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CONTABILIDADE GERAL 1 (CG1) – RESUMÃO AP1 à Aula 1: Por que fazer Contabilidade? - O planejamento de uma empresa depende de informações financeiras. Com base nas informações fornecidas pela contabilidade que o administrador pode verificar se o desempenho da empresa está de acordo com as metas de desenvolvimento estabelecidas, e pode tomar as devidas providências com segurança. Controle de custos e finanças: Administrador avalia a capacidade de a empresa efetuar pagamentos a curto e longo prazos, ou define os níveis de estoque de mercadorias que deverá manter, além de outros aspectos igualmente importantes. Stakeholders: pessoas ou instituições interessadas em acompanhar o desenvolvimento / performance de um empreendimento (Ex: sócios, funcionários, fornecedores, bancos, grupos ativistas, sindicatos, governo, acionistas, clientes) Funções da Contabilidade: Importantes para o administrador em suas tomadas de decisão. ● Econômica: Determinação do lucro ou prejuízo de uma empresa. Ações do passado. ● Administrativa: Controle e planejamento do patrimônio e das atividades dessa organização. Visa o futuro. O que é Contabilidade: 1) Ciência social que estuda as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia. 2) Ciência social que estuda o comportamento das riquezas que se integram ao patrimônio em face das ações humanas. Portanto, a Contabilidade ocupa-se de fatos humanos. 3) Segundo a enciclopédia Encarta, Contabilidade é o “processo mediante o qual é identificada, medida, registrada e divulgada a informação econômica de uma organização ou empresa, com a finalidade de possibilitar às pessoas interessadas que avaliem a situação da entidade”. A contabilidade: Uma retrospectiva - Pesquisadores afirmam que o início das práticas relacionadas com o controle de contas data mais de mil anos antes de Cristo. Para mensurar, avaliar e controlar seus bens pessoais desde os tempos remotos, os reis, faraós, comerciantes, agricultores etc. utilizavam técnicas de registros, o que pode ser entendido como o início da Contabilidade como hoje é conhecida - Apesar de a Contabilidade ter sua origem em tempos bastante remotos, foi no século XV que ela começou a tomar forma semelhante à Contabilidade atual. Com um tratado de Matemática que abrangia também a Contabilidade, frei Luca Paccioli, um franciscano, lançou na Itália as bases da Contabilidade como a conhecemos hoje em dia. - Em 1509, Luca Paccioli publicou em Veneza, Itália, o que se tornaria a pedra fundamental da Contabilidade: a obra Summa de Arithmetica. Entre outras coisas, a obra descrevia o Método das Partidas Dobradas (ou Método de Veneza), com o qual os mercadores daquela cidade registravam suas atividades. - Os pensamentos da escola italiana se difundiram por toda a Europa, dominando o cenário mundial até o final do século XIX; ficaram conhecidos como escola científica devido ao seu conteúdo muito teórico e pouco prático. - Com a ascensão econômica dos Estados Unidos e sua dedicação à pesquisa na área contábil, esse país, a partir do século XX, passou a ser referência no cenário contábil mundial. A escola americana tinha como característica principal o pragmatismo. - No Brasil, a primeira escola de Contabilidade foi criada em 1902, com linha de pensamento notadamente europeia. Contudo, nos meados do século XX a escola americana passa a prevalecer em nosso país, devido ao aumento de estudiosos brasileiros formados naquele país e ao crescente número de empresas multinacionais americanas que se instalavam no Brasil. à Aula 2: A bússola da Contabilidade Postulados, Princípios e convenções contábeis: Trazem consistência / padronização para a prática da Contabilidade. Tendo assim maior confiabilidade dos resultados financeiros dos relatórios para o administrador analisar com segurança a situação financeira de uma empresa. Postulados contábeis (Axiomas da Contabilidade): Observação de certa realidade que pode ser considerada não sujeita a verificação. Enunciam condições sociais, econômicas e institucionais dentro das quais a Contabilidade atua. a) Postulado da entidade contábil: Estabelece que quaisquer duas entidades (pessoa física ou jurídica) contábeis devem ser consideradas distintamente. Ex: O dinheiro do caixa da empresa não é o dinheiro pessoal do dono. • Entidade contábil: Toda pessoa ou empresa é, tenha ela finalidade lucrativa ou não. b) Postulado da continuidade: É uma entidade contábil (empresa) em andamento, que não pressupõe descontinuidade ou parada de funcionamento. Princípios contábeis (Teoremas da Contabilidade): Constituem o núcleo da estrutura contábil e delimitam como a profissão irá posicionar-se diante das realidades social, econômica e institucional admitidas pelos postulados. São premissas básicas acerca dos eventos contemplados pela Contabilidade. a) Realização: Venda do bem mediante entrega ao proprietário. A receita decorrente de venda somente será reconhecida quando o bem ou serviço for entregue, com a devida contrapartida em dinheiro, em direito a receber (a prazo) ou em troca. • Receita realizada = Bem ou Serviço e pagamento recebido b) Custo histórico como base de valor: Avaliação/Registro dos bens ou dos direitos deve ser feita com base no valor original ou no custo histórico, não no valor de mercado. c) Confrontação das despesas com as receitas (= Lucro ou prejuízo): Receitas e Despesas devem ser registradas no período em que se verificar o fato gerador. Despesas e receitas só devem ser reconhecidas no período contábil em que houve efetivamente sua utilização. Ex: Pg foi feito em fevereiro, mas é referente a conta de janeiro. • Fato gerador: Episódio que gerou a receita ou despesa d) Denominador comum monetário (moeda comum): Relatórios contábeis devem ser apresentados em uma única moeda. Convenções contábeis (Corolários da Contabilidade): Condicionamentos de aplicação. Delimitam ou qualificam o tipo de comportamento do contador frente a liberdade que os postulados e princípios oferecem. a) Consistência ou uniformidade: Objetiva a padronização dos relatórios contábeis, visando facilitar sua compreensão. Mudanças não devem ser constantes, mas mudanças inadiáveis e que contribuam para a eficiência e a eficácia da empresa devem ser feitas. b) Conservadorismo ou prudência: Entre dois valores prováveis de receita, você deve escolher o menor para estimar caso a receita não chegue ao valor máximo; E entre dois valores prováveis de despesa, você deve escolher a maior despesa para estimar assim você estará preparado. d) Materialidade: Binômio Custos X Benefícios. A fim de evitar desperdício de tempo e dinheiro, a contabilidade deve registrar apenas os eventos relevantes e dignos de atenção. d) Objetividade: entre um critério subjetivo e outro objetivo, deve-se escolher o objetivo. Princípios Fundamentais de Contabilidade: • Entidade ; • Continuidade. • Oportunidade: Deve-se fazer o registro contábil no tempo certo. Não tem correspondente entre os princípios instituídos pela CVM/Ibracon. • Registro pelo valor original: Equivalente ao princípio do custo histórico como base de valor. • Atualização monetária: Corresponde ao princípio do denominador comum monetário. • Competência: Equivalente aos princípios da realização e da confrontação das despesas com as receitas. • Prudência: Conteúdo similar àquele da convenção do conservadorismo. à Aula 3: Relatórios contábeis: Permitem uma percepção mais completa da contabilidade da empresa. Ordena os fatos levando em conta os aspectos econômico, financeiro ou patrimonial, de acordo com sua influência. Fato ao relatório contábil: Patrimônio Líquido (do proprietário) = Bens e Ganhos de uma loja (Dinheiro recebido, bens presentes na loja como computador, estantes) ̵̶ Despesas e Dívidas ( Retiradas do caixa para manutenção, aluguel, salário, contas) • Bens imóveis (balcão, computadores, estantes) não são propriedadesdas quais ele possa abrir mão para efetuar algum pagamento ou saldar alguma dívida. • Comprar itens que serão convertidos em estoque para venda são considerados despesa e aquisição de propriedade ao mesmo tempo. Não há débitos (gastos) sem que haja Ganhos (créditos) numa transação contábil. Todo débito corresponde a um crédito se o valor debitado é igual ao creditado. Razonete: Esquema de organização do livro Razão (1 dos livros obrigatórios utilizados pela contabilidade) em 2 colunas, lado a lado, associando aos débitos (na esquerda) e créditos (na direita). - Ex: Abertura de C/c no banco. Retirado R$50,00 reais do caixa e transferido para o banco. Débito -> Banco R$50,00 / Crédito -> Caixa R$50,00 à Conceito contábil: Banco está em débito com o Caixa. Caixa está em crédito com o Banco. • Exercício social tem duração de 1 ano. Transações de 2020 são apuradas em 2020. Tipos de sociedades: 1) Sociedades limitadas: empresas constituídas com um número definido de sócios. 2) Sociedades anônimas (ou por ações) / Companhias: Têm um número bem maior de sócios ou proprietários, conhecidos como acionistas. • Sociedade anônima de capital fechado: Tradicional, restrito a pequenos grupos e que capta recursos entre os próprios acionistas, não recorrendo ao público em geral. • Sociedade anônima de capital aberto: Captação de recursos é realizada junto ao público. Estas empresas estão sujeitas às regras estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). - Devem apresentar, além das demonstrações normais: a) Demonstração do Valor Adicionado (DVA); • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) que substitui a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Informações complementares às demonstrações contábeis: • Notas Explicativas; • Parecer dos Auditores; • Relatório da Administração; • Balanço Social (conjunto de informações sobre as relações profissionais, evolução do nível de emprego, condições de higiene e de segurança, formação profissional); • Dados para calcular indicadores econômico-financeiros etc. Transparência e Periodicidades: Se não houver um registro constante das transações, dos valores de cada operação, não é será conciliar o que a empresa tem a receber com o que tem a pagar. Bens de uma entidade contábil: Bens tangíveis (Computador, estantes) e intangíveis (Marca da empresa). Relatórios / Demonstrações contábeis obrigatórias: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Objetivo de apurar os resultados obtidos pela empresa (ou seja, lucro ou prejuízo) durante o período (exercício social). • Feito pelo confronto das receitas c/ custos e despesas. • Itens patrimoniais (compõem patrimônio da empresa) não são considerados aqui, já que eles são os meios para a empresa atingir sua finalidade: o lucro. • Fornece as informações aos administradores p/ realizar corte de custos. • Resultado (Lucro ou prejuízo) é levado p/ a DLPAc. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc): Objetiva demonstrar as variações da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados (resultado) no exercício social. Pode ser encontrada também na DMLP (na coluna de Lucros Acumulados). • DMPL (Demonstrações das mutações do Patrimônio Líquido): Pode substituir a DLPA. Não é obrigatória e visa demonstrar as variações ocorridas em cada conta e no Patrimônio Líquido (Capital, Reservas de Lucros, etc). - Reserva Estatuária e Reserva de Lucros Legal: São constituídas pela apropriação de lucros da companhia visando instituir as reservas de lucros, para o crescimento da empresa. Representam lucros reservados e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da empresa. À adequada formação e reversão das reservas de lucros é importante, particularmente para fins de cálculo do dividendo obrigatório. Criamos essas reservas para uma garantia de nossos credores e investidores, são utilizadas pata uma melhor rentabilidade de nossas ações. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): Passou a ser obrigatória. Indica a origem do dinheiro que entrou no Caixa, as aplicações do dinheiro que saiu do Caixa e o Resultado do Fluxo Financeiro. • Não era obrigatória, passou a ser com a lei que diz que a companhia fechada com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2 milhões não estará obrigada à elaboração e publicação da DFC. • Evidencia alterações ocorridas no saldo do Caixa. Demonstração Vertical agrupada por atividades: operacional, investimento. e financiamento. a) Fluxos das Operações: Recebimento de clientes, pagamento de alugueis, pagamento de salários,.. b) Fluxos dos Financiamentos: Emopréstimos, financiamentos,.. c) Fluxos dos Investimentos: Compra de terrenos,.. Demonstração do Valor Adicionado (DVA): Passou a ser obrigatória. Se companhia aberta. Indica valor da riqueza gerada pela companhia, sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza (Empregados, financiadores, acionistas, governo). Evidencia para quem a empresa está canalizando a renda obtida. Balanço Patrimonial (BP): Relatório preparado com o objetivo de registrar os principais fatos que afetaram o patrimônio da empresa. Levantamento de tudo que a empresa tem em bens e Direitos (Valores a serem recebidos de terceiros) menos o que ela tem em Obrigações (Dívidas assumidas). • Direitos de uma empresa: Valor a receber é um direito da empresa. Ex: Contas a Receber, Títulos a Receber e Duplicatas a Receber, Cheques, etc. - Dessa forma, os diferentes direitos de uma empresa aparecem em seu balanço patrimonial. Obrigações de uma empresa: • Obrigações de uma empresa: Valor a pagar é uma obrigação da empresa. Ex: Contas a Pagar, Salários a Pagar, Encargos Sociais a Recolher, Empréstimos a Pagar. • Balanço Patrimonial Ativo: Ganhos da empresa (bens e direitos) • Balanço Patrimonial Passivo: Obrigações (origens) - Bens: Bens tangíveis, necessários para o funcionamento da empresa. Máquinas, terrenos, estoques, moeda, ferramentas, veículos, instalações, Patente (Intangível). - Direitos: Papeis que estão em poder da empresa e que representam valores a receber em uma data futura. Contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber. - Obrigações: Dívida que a empresa tem com terceiros e que pagará em uma data futura. Contas a pagar, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos. à Aula 4: Balanço Patrimonial: Demonstração estática, uma foto da posição do patrimônio de uma entidade em determinado momento (final do ano). Relatório com o objetivo de registrar os principais fatos que afetaram o patrimônio, levantamento de tudo o que se tem em bens e direitos menos o que se tem em obrigações. Ex: • Ativo -> Títulos a receber R$3.000,00 • Passivo -> Empréstimos a pagar R$5.000,00 Classificação das contas do ativo: Bens e Direitos de propriedade de uma entidade. Ex: Ferramentas, estantes, cheques a receber. • Contas agrupadas com o grau decrescente de liquidez (Capacidade do bem / direito de se transformar em dinheiro). Ex: Mercado -> Sabonete é mais líquido do que a geladeira que ele possui. Categorias do ativo: 1) Circulante: Contas com mais liquidez (bens/direitos que se transformarão em dinheiro a curto prazo). Ex: Caixa, Depósitos, Duplicatas, Estoques; 2) Não circulante: Bens/Direitos que se transformarão em dinheiro a longo prazo (< 12 meses). Ex: Títulos a receber e empréstimos concedidos. a) Realizável a longo prazo: Ex: Empréstimos Concedidos a Diretores. b) Investimentos: Bens e direitos não necessários à atividade operacional da empresa e que não pretendem vender. Ex: Ações; Obras de arte; c) Imobilizado: Bens corpóreos ou direitos destinados à manutenção da atividade principal da empresa que não pretendem vender. Ex: Terrenos, máquinas, veículos; d) Intangível: Bens impalpáveis destinados a manutenção da empresa e que não pretendem vender. Ex: Marcas, Patentes, Direitos de autoria. Classificação das contas do passivo exigível e do patrimônio líquido: Obrigações (dívidas)que a entidade possui com terceiros (Capital de Terceiros). 1) Passivo exigível: Agrupadas de acordo com o grau decrescente de exigibilidade (qto é exigível). a) Circulante: Dívidas que deverão ser pagas mais rapidamente (até 12 meses). Ex: Salários, Impostos, Duplicatas de fornecedores. b) Não circulante (Exigível a longo prazo): Dívidas que deverão ser pagas num prazo superior a 12 meses. Ex: Empréstimos, Financiamentos. 2) Patrimônio Líquido (Capital Próprio): Contas que representam o capital investido pelos sócios (Capital Social), os resultados acumulados (Lucros/Prejuízos Acumulados) e reservas. • (PL = A – P): É a diferença entre o Ativos e o Passivo Exigível. • Passivo a Descoberto: Ativo é menor que o Passivo (Obrigações). Estruturação de um balanço patrimonial: Listagem de contas do Ativos, Passível Exigível e do Patrimônio Líquido (em categorias). Bens listados em graus decrescentes de liquidez (Ativos) e exigibilidade (Passivo). Deduções do Ativo: Contas que, apesar de classificadas no Ativo, reduzem seu montante. Provisão p/ devedores duvidosos: Valor estimado das duplicatas a receber que a entidade acredita que não serão pagas pelos clientes. Deve ser registrado no Balanço. Duplicatas Descontadas: Entidade necessita de recursos e não quer aguardar o vencimento e o recebimento de duplicatas, negocia com o banco e o banco antecipam os recursos, mas desconta juros e despesas bancárias. Deve ser registrado no Balanço com o valor integral e não o valor com juros e taxas descontadas. Depreciação Acumulada: Perda acumulada da eficiência funcional/vida útil do bem, devido ao uso, obsolescência, exposição a fatores climáticos, dentre outros. Ex: Compra de máquina por R$20.000 com vida útil de 10 anos. R$2.000 de depreciação por ano. De ano em ano acumula mais 2 mil no Balanço Patrimonial. • Depreciação: Perda da capacidade de um bem gerar benefícios. Deduções do Passivo: Contas que, apesar de classificadas no Passivo, reduzem o seu montante. Prejuízos Acumulados: Pertencem aos acionistas ou donos. Por isso consta no Passivo, incluída no Patrimônio Líquido. à Aula 5: Situação financeira X situação econômica Situação financeira: Resultado entre as receitas recebidas e as despesas pagas (sem levar em consideração futuros ganhos e despesas). Situação econômica / Resultado econômico: Direitos e obrigações da empresa, independente de alterações no Caixa (recebimento/pagamento destes) • Mostra a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Demonstração obrigatória para toda empresa. Tem objetivo de apurar os resultados obtidos pela empresa (lucro ou prejuízo), através do confronto entre receitas e despesas ocorridas num período comum. Ex: se uma empresa prestou um serviço, não importa se a receita já foi recebida ou não. Se o fato gerador foi consumado, a receita deve ser considerada na apuração do resultado econômico. Como apurar o resultado econômico (Situação econômica): É encontrado na DRE (Na confrontação entre receitas e despesas). - Princípio da confrontação entre receitas e despesas: são confrontadas a partir do fato gerador ou ocorrência do fato, independente do recebimento ou do pagamento, respectivamente. As despesas econômicas e seus reflexos no RDE: Redução do Lucro tributário (Lucro apurado para cálculo do Imposto de Renda): Empresas modificam resultado de sua situação econômica por meio da contabilização de despesas que não influenciam diretamente sua situação financeira. Despesa com a depreciação de bens materiais permanentes para preservar o caixa da empresa (pagar menos imposto pois o lucro tributário foi reduzido pela despesa de depreciação.): • Ao postulado da Continuidade, pela expectativa de vida útil e do correspondente desgaste do bem, por seu uso contínuo; • À convenção do Conservadorismo ou Prudência, pelo fato da empresa reconhecer a perda de valor do bem e conservar seu caixa (situação financeira) ao reconhecer a despesa apenas no resultado econômico. Com isso, reduz-se o lucro tributável e a empresa paga menos Imposto de Renda (Legislação tributária aceita a depreciação como item dedutível). Ex: 5 anos de vida útil do veículo (60 meses). 60.000 / 60 = 1.000 de depreciação por mês. - Percentual de depreciação: 100%/5 anos = 20% de depreciação anual. 20%/12 meses = 1,67% ao mês. -> Cálculo da depreciação: R$60.000 x 1,67% = R$1.000 (valor que será depreciado ao mês). - Conta retificadora: Corrige o valor de outra conta do Balanço Patrimonial. Ex: A conta depreciação Acumulada é retificadora da conta Veículo (Ativo não-circulante Imobilizado) Situações Econômica e Financeira no Balanço Patrimonial Os saldos de cada item do balanço patrimonial podem sofrer alterações ao longo do mês pelos recebimentos e pagamentos e pelas depreciações. A diferença dos resultados financeiro e econômico geram um lucro superior ao reflexo de seu caixa. O reflexo no caixa evidencia a situação financeira, enquanto o reflexo no lucro indica o resultado econômico. • É incluído no Balanço Patrimonial: - Depreciação Acumulada, retificadora do Veículo. - Lucro apurado economicamente na Demonstração do Resultado do Exercício. • Empresa aumentou seu patrimônio líquido em razão do lucro (resultado econômico) apurado na DRE e transferido para o Balanço. • As transações 3 e 4 não causaram movimentos na conta Caixa no mês de janeiro, pois são: - Serviços prestados em janeiro q o direito Contas a Receber (que acontecerá em fevereiro); - Contas a pagar referentes às despesas gastas em janeiro, a serem pagas em fevereiro. • No resultado financeiro, somente as receitas recebidas e as despesas pagas influenciam seu valor. • No resultado econômico, não importa se a receita foi recebida ou se a despesa foi paga; o que influencia é o fato gerador ou a ocorrência da receita e da despesa, mesmo que o recebimento e o pagamento respectivos sejam para o futuro. • Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante. à Aula 6: Regimes de Contabilidade Regimes de Contabilidade: Formas de apuração do resultado de uma entidade (Lucro ou prejuízo ao final de um exercício). Regime de Caixa: Considera apenas o fluxo de dinheiro do caixa. Leva em consideração entrada (encaixe) e saída (desencaixe) de dinheiro do caixa. • Regra básica: Lançar a entrada/saída no momento que ocorreu. • O resultado é o razonete da conta Caixa (Cálculo da situação financeira). • A legislação determina que as empresas que podem utilizar esse Regime são aquelas que não têm o lucro como objetivo. Regime de Competência: Considera o acontecimento dos fatos geradores de receitas ou despesas. Se relaciona com o cálculo da Situação econômica. É a base da DRE. Usada por empresas que objetivam lucro. • Relembrando o que é DRE: Demonstração contábil obrigatória, que utiliza contas de resultado (Receitas – Despesas). Com a DRE que a empresa sabe se teve lucro ou prejuízo no exercício. O resultado apurado pela DRE (Lucro ou prejuízo) é adicionado ao Patrimônio Líquido no BP (Lucros ou prejuízos acumulados). - Na DRE não importa o momento que a receita/despesa foi paga. O que importa é quando se realiza o fato gerador da Receita e quando aquilo que originou a Despesa foi consumido. • Qualquer bem adquirido pela empresa é registrado no BP na categoria ativo, e ficará no BP até que seja completamente consumido. Quando ele for consumido ele corresponderá a uma despesa e deverá ser lançado na DRE. Essa despesa alterará o resultado da empresa e seu BP (Variação do Patrimônio Líquido). Regime de competência e Princípios contábeis: 2 princípios contábeis explicam o Regime de competência. Realização da Receita: Prevê que ela seja reconhecida no momento em que foi gerada; Sua geração se dá quando há a transferência do bem ou serviço ao comprador em troca de dinheiro (à vista), de direito a receber (a prazo) ou de outro ativo (permuta, troca). Confrontaçãodas Despesas: Possibilita a apuração do Resultado subtraindo as despesas consumadas das receitas obtidas. Ex: Empresa contratada para serviço lançará receita só após realizar serviço, só assim justificará despesas com funcionários pagos e materiais gastos na execução do serviço. Regime de competência e Demonstrações contábeis: Para um resultado preciso, empresas fazem estimativas de valores que não receberão de maus pagadores (Cálculo feito a partir da média do que não foi recebido nos 3 exercícios anteriores). • Esse valor estimado é subtraído do total de Duplicatas a Receber como ‘Provisão/Estimativa para Devedores Duvidosos no BP e no DRE (A receita é lançada integralmente na DRE e o desconto relativo aos devedores duvidosos é lançado ao que falta ser recebido e não ao montante total). Lançamentos no BP e na DRE: Situações e a relação que será estabelecida entre estas e o BP e a DRE. 1) Material pago, mas não foi consumido ainda -> Material foi adquirido (Existe e faz parte dos bens da empresa) deve ser registrado no BP (Ativo). 2) Material completamente consumido -> Material não existe mais (Não pode estar listado como um patrimônio da empresa). Deve ser retirado do BP e lançado na DRE (Despesa). 3) Contratação de seguros -> Empresa adquire um direito. Deve ser lançado no BP como “Prêmio de seguro a Vencer” (Ativo). Com o tempo, este direito vai se transformando em despesa (empresa está gastando o direito que adquiriu da seguradora). Quando passa a ser uma despesa, sai do BP e é lançado na DRE (Despesas com Seguros). 4) Adiantamento de Receita -> Empresa passa a ter uma dívida (Obrigação) com o cliente que efetuou o pagamento adiantado. Deverá ser lançada no BP como “Adiantamento de Clientes” (Passivo Circ). Para este ganho ser considerado uma receita, o fato gerador tem que acontecer (serviço prestado, mercadoria entregue).
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