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ANATOMIA sistema locomotor

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Sistema locomotor equino 
ANATOMIA FUNCIONAL DO APARELHO LOCOMOTOR EQUINO 
Os membros dos equinos formam um conjunto perfeitamente harmônico, com participação ativa de cada componente. O esqueleto se constitui no arcabouço de todo o organismo do cavalo, sendo o alicerce para o sistema de alavanca que as articulações exercem. Os músculos atuam como transmissores da cinética do movimento aos tendões, possibilitando a movimentação de todas as estruturas que formam e mantêm a estabilidade da articulação. 
Osso
	O osso tem duas principais funções corporais. Primeiro, forma o esqueleto, que atua como suporte mecânico, protegendo os órgãos vitais, atribuindo forma aos tecidos moles, possibilitando movimento dos músculos e permitindo a locomoção dos equinos. 
	A segunda função dos ossos no organismo se relaciona à importância na homeostase do cálcio. O osso tem dois constituintes principais: células e matriz.
	 A matriz óssea consiste em componentes orgânicos (35% da matriz), que é 95% de colágeno e 5% de uma substância não-estrutural da matriz. O restante da matriz (65%) é inorgânico e representado por cálcio, fósforo, magnésio, sódio e flúor. 
	A estrutura óssea é mais bem descrita pela utilização de um osso longo como exemplo. O osso longo apresenta três porções: epífise, metáfise e diáfise.
	Cada extremidade do osso é denominada de epífise tanto proximal como distal. A epífise é uma área de expansão coberta por cartilagem articular que faz parte de sua articulação comunicante. A diáfise do osso é composta de osso compacto (cortical) e a epífise de osso esponjoso (medular). Periósteo é o tecido conjuntivo fibroso que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. Nos ossos longos, o periósteo prende-se à metáfise justafiseal, não alcançando, portanto, a epífise. Tem duas camadas: uma fibrosa, que lhe confere resistência, e outro celular. O periósteo é responsável pelo crescimento do osso em diâmetro e desempenha importante papel na consolidação das fraturas. 
	A medula óssea ocupa o canal medular da diáfise e os espaços intratrabeculares dos ossos de estrutura esponjosa. Tem por principal função a hematopoiese e a produção de elementos de defesa. Há dois tipos de medula: a amarela, com alto conteúdo de gordura, que não tem função hematopoiética, a não ser por estímulos patológicos, e a medula vermelha, que é a medula ativa, localizando-se principalmente na extremidade superior do fêmur e do úmero. 
	A vascularização óssea é formada pela artéria nutridora do osso, que penetra nele através da cortical. No osso longo, isso ocorre na diáfise e logo ao atingir o canal medular, a artéria divide se em dois ramos: um que vascularizará a medula e o outro a parte interna da cortical. A região externa da cortical é nutrida pelos vasos periosteais. 
	A metáfise, os vasos não atravessam a cartilagem de conjugação, terminando sob a forma de sinusoides. A epífise tem vascularização própria; fechada a linha fisária, esses vasos se anastomosam. 
	A fise, também chamada de cartilagem de conjugação ou crescimento, é responsável pelo crescimento do osso em comprimento. 
Articulações
	As articulações realizam a união de um ou mais ossos. Os músculos esqueléticos se inserem por meio de seus tendões nos ossos, os quais atuam como alavancas em movimento. Essa união pode ser móvel, pouco móvel ou imóvel. 
	Nas articulações móveis pode-se distinguir as com grande mobilidade, permitindo o deslocamento do osso em três dimensões: plano sagital com flexão e extensão, plano frontal com adução e abdução, bem como giro ao redor de seu próprio eixo, para dentro e para fora, provocando movimentos de rotação. As articulações que possuem essas condições são denominadas diartrodiais; têm cavidade articular e grande quantidade de líquido sinovial, já que suas necessidades fisiológicas são exigentes. Um exemplo dessas articulações é a articulação escapuloumeral. 
	Entre as articulações móveis estão aquelas que podem efetuar movimentos em um único ou vários planos. Os ligamentos e a cápsula articular atuam como estruturas limitantes, reduzindo o grau de liberdade dos movimentos. 
	Os componentes de uma articulação sinovial típica são cartilagem articular, epífises ósseas, cápsula articular e membrana sinovial. A cartilagem articular é constituída principalmente de colágeno e proteoglicanos. 
	A superfície lisa da cartilagem permite o deslizamento das extremidades articuladas com o mínimo de atrito. Suportam pressões elevadas como ocorre na articulação femorotibiopatelar.
	As fibras colágenas formam um firme esqueleto e são responsáveis pela elasticidade. A nutrição da cartilagem ocorre principalmente pelo líquido sinovial.
	As epífises ósseas revestidas de cartilagem constituem os pontos de apoio das alavancas que geram o movimento das articulações. Têm estrutura de tecido ósseo esponjoso.
	A medula óssea nessa região é muito vascularizada e inervada. Quando o fluxo sanguíneo aumenta, em decorrência de inflamação, há rarefação óssea; quando o fluxo diminui ou há isquemia, o osso se condensa.
	A camada mais externa da articulação é fibrosa, densa e contínua com a membrana periosteal do osso. A camada mais interna da cápsula articular é vascular e possui um tecido conjuntivo frouxo, chamado membrana sinovial. Essa membrana reveste toda a área articular com exceção das áreas cobertas por cartilagem articular.
Nomenclatura das articulações
 12 - articulação escápulo-umeral  13 - articulação úmero-radio-ulnar  14 - articulação radiocárpica  15 - articulação inter-cárpica  16 -articulação carpo-metacárpico  17 - articulação metacarpofalangiana  18 - articulação interfalangiana proximal  19 - articulação interfalagiana distal 20 - articulação coxo-femural  21 - articulaçção femuro-tibio-patelar  22 - articulação tibeotársica  23 - articulação tarso-metatársico 24 - articulação metatarso-falangiana 
 1 - articulação atlanto-occiptal  2 - articulação atlanto-axial  3 - articulações inter-cervicais  4 - articulação cérvico-torácica  5 - articulações inter-torácicas  6 - articulação tóraco-lombar  7 - articulações inter-lombares  8 - articulação lombo-sacral  9 - articulação sacro-coccígenas  10 - articulação costal  11 - articulação esterno-costal  
Tendões e Ligamentos
	Os tendões e os ligamentos localizados na região distal dos membros dos equinos têm notória importância anatômica, funcional, clínica e patológica. Durante a filogênese, os membros dos equinos desenvolveram uma adaptação especial para se locomoverem em altas velocidades, incluindo a simplificação da extremidade distal para um único forte dígito.
	 Os tendões e ligamentos dos equinos tornaram-se estruturas anatômicas extremamente resistentes que sustentam cargas e tensões elevadas. Essa seleção para aumentar a velocidade deve ter ocorrido inicialmente objetivando a própria sobrevivência do animal e posteriormente, com sua domesticação, o transporte e o lazer.
	O tendão é composto de tecido conjuntivo denso, regularmente modelado com baixa celularidade, cuja unidade básica são as fibras colágenas, direcionadas longitudinalmente ao eixo tendíneo. Apesar de apresentarem particularidades funcionais e estruturais, os diversos tipos de colágeno têm estrutura química e organizacional semelhantes. Além do colágeno, os tendões apresentam em sua composição proteínas estruturais como a elastina e os glicosaminoglicanos, que fazem parte da matriz extracelular. 
	O tendão é uma estrutura de transmissão de forças que une o tecido muscular ao esqueleto. Na parte distal do ramo muscular na proporção em que as fibras musculares tornam-se progressivamente menores, com uma área transversal reduzida, o endo, peri e epimísio se unem dando origem à estrutura tendínea. 
	A continuação da rede colágena do músculo forma o tendão que se insere no osso na parte distal do esqueleto. Os tendões são extremamente complexos em termos de estrutura e características mecânicas funcionais. 
	O tendão é composto de células e matriz extracelular.A unidade básica de força funcional é a fibrila colágena que é componente da matriz extracelular. 
 TFDP. Tendão flexor digital profundo. TFDS. Tendão flexor digital superficial. 
Músculo
	Os músculos atuam ativamente na locomoção, no movimento dos membros, na postura e na estabilidade articular. O sistema muscular é constituído por aproximadamente 500 músculos que correspondem a 40 a 45% do peso corporal, sendo importante no sistema de sustentação da espécie equina. 
	Os músculos são formados por uma série de células alongadas mais conhecidas como fibras musculares. Um grupo de fibras imerso em tecido conjuntivo (endomísio) e limitado pelo mesmo tecido com estrutura mais densa (perimísio) constitui um fascículo. Vários fascículos são envolvidos pela mesma camada de tecido conjuntivo (epimísio), formando um músculo.
	Vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, que suprem o músculo, correm nessas faixas de tecido conjuntivo e vão se ramificando sucessivamente até envolver cada fibra muscular isolada. Três tipos de fibras musculares podem ser identificados, com base nas suas características metabólicas demonstráveis por técnicas histoquímicas: SÓ (Slow Oxií/aríve), representando as células musculares de contração lenta e metabolismo oxidativo; FOG (Fast Oxidaíive Glycolytic), de contração rápida e metabolismo oxidativo e glicolítico; e, finalmente, FG (Fast Gfyco/y fie), rápida e glicolítica. 
	A adaptação da capacidade metabólica dessas fibras musculares ao treinamento, com consequente alteração da forma de obtenção energética, dá-se o nome de modulação. 
	O grande potencial oxidativo das unidades SÓ e FOG em relação às unidades FG faz delas mais adaptáveis a atividades prolongadas, quando a reserva energética pode ser usada com maior vantagem. Por outro lado, as fibras FG são mais bem adaptadas a curto e intenso padrão de contratilidade, no qual a produção de lactato, assim como a sua tolerância, é exigida. Como resultado dessas diferentes propriedades não é surpreendente que em cavalos de enduro seja encontrada alta proporção de fibras SÓ e FOG, enquanto animais que realizam exercícios de alta velocidade tendem a ter altas proporções de fibras FOG e FG. 
Doenças comuns do sistema locomotor equino
Claudicações
As claudicações, popularmente conhecidas como manqueiras, estão entre os principais problemas enfrentados pelos equinos atletas.
Caracterizada, primordialmente pela dor ao executar movimentos, a patologia causa falta de sincronia na locomoção, associada a movimentos assimétricos ou em estação. A doença afeta o desempenho dos animais e tem influência sobre a qualidade de vida dos cavalos, por conta do quadro doloroso que tem implicações diretas no bem-estar do cavalo. A claudicação é classificada em quatro tipos: de membro locomotor de apoio, de membro locomotor em suspensão, mista e complementar ou compensatória.
Síndrome Navicular
A Síndrome do Navicular é um dos problemas que mais preocupam os criadores de cavalos de alto desempenho. A doença, que envolve um conjunto de alterações degenerativas no aparelho navicular do cavalo, está diretamente associada as claudicações crônicas. Caracterizada pela dor no osso navicular e em estruturas adjacentes como ligamentos, a patologia atinge os equinos que atuam em atividades de alto impacto, como apartação, rédeas, tambor e baliza, laço ou salto.
Esparavão ósseo
O esparavão ósseo é outra doença que atinge os equinos atletas. Entre as principais causas está o estresse mecânico e repetitivo sobre a articulação do jarrete ou a carga excessiva de exercício.
O excesso de trabalho e as recorrentes rotações dos ossos do tarso, associadas à hipertensão dos ligamentos presentes na articulação, são os fatores mais importantes no desenvolvimento do Esparavão ósseo.

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