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Psicologia Jurídica - Aula 1

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PSICOLOGIA 
JURÍDICA
Prof. Dr. Marcus Vinicius
marvin.psc@gmail.com
O que é psicologia forense?
▪ A psicologia forense é como aqueles
programas de televisão, CSI –
Investigação criminal? A psicologia
forense envolve prender serial
killers?
▪ Sem dúvida, essas imagens retratam
de forma limitada alguns dos
aspectos da psicologia forense.
▪ Os psicólogos forenses estudam o
comportamento humano e procuram
aplicar esses princípios para auxiliar
o sistema legal.
Psicologia forense x Psicologia jurídica
▪ A palavra forense é relativa ao foro, aos tribunais e à justiça. Na Roma
Antiga, o Fórum era o local onde os cidadãos resolviam suas disputas, algo
parecido com o nosso tribunal.
▪ A Psicologia Forense se refere à aplicação da psicologia ao sistema legal.
O papel do psicólogo forense é, portanto, auxiliar o sistema legal.
▪ Ela foi considerada inicialmente um ramo da psicologia dedicada ao estudo
do comportamento criminal do ser humano, estendendo-se à observação
do cumprimento da pena imposta ao infrator.
▪ Porém, paulatinamente, ampliou-se a área de atuação da Psicologia
Forense, que deixou de permanecer restrita aos foros e tribunais, bem como
à esfera criminal.
Psicologia forense x Psicologia jurídica
▪ A evolução conjunta do Direito com a Psicologia gera, então, a Psicologia
Jurídica, desenvolvida por psicólogos para dirimir controvérsias trazidas ao
Judiciário, no que se refere os conflitos emocionais e comportamentais.
▪ Psicologia jurídica é um termo mais amplo porque inclui tanto a norma
como os procedimentos e as pessoas. Em contrapartida, o termo Psicologia
Forense se estabelece como uma subespecialidade da psicologia jurídica.
▪ A Psicologia Jurídica é uma ciência que compreende o estudo, o
assessoramento e a intervenção acerca do comportamento humano e as
normas legais e institucionais que o regulam (PERISSINI, 2009).
Linha do Tempo: marcos históricos
1908
Hugo 
Munsterberg
1927 
Código de 
Menores
1945
Mira y Lopez
1979
Código de 
Menores
1984 
Lei de 
Execução 
Penal
1985 
1º concurso 
TJSP
1990 
Estatuto da 
Criança e do 
Adolescente 
(ECA)
2001 
Título de 
especialista 
(CFP)
História da Psicologia Jurídica
▪ Historicamente, a colaboração dos psicólogos à Justiça seguiu o modelo
adotado pelos profissionais médicos, que eram chamados a atuar por
designação do magistrado para a realização de perícias.
▪ No final do século XIX, a solicitação para a realização de estudos acerca da
fidedignidade dos testemunhos prestados na Justiça foi, para alguns,
responsável pela criação dos laboratórios de psicologia experimental.
▪ Hugo Munsterberg é considerado um dos pioneiros na aplicação dos
princípios psicológicos ao direito em seu livro intitulado “No banco das
testemunhas”, publicado em 1908.
▪ A prática clínica da psicologia forense se originou com Witner e Healy.
Witner ministrou cursos de psicologia do crime no início dos anos de 1900 e
Healy fundou o Instituto Psicopático Juvenil de Chicago, em 1909.
História da Psicologia Jurídica
▪ Cabe destacar o legado do psiquiatra espanhol Mira y Lopez, autor do
Manual de Psicologia Jurídica, que veio ao Brasil em 1945 para ministrar
cursos nessa área do conhecimento.
▪ Provas ou técnicas para aferir e obter a máxima sinceridade dos
testemunhos, bem como para determinar a periculosidade dos
delinquentes, encontram-se descritas no livro mencionado.
▪ Outro pioneiro dessa área no Brasil foi Eliezer Schneider. A personalidade
do criminoso, o papel da punição, bem como os efeitos da lei na
constituição do indivíduo foram os principais temas de seu interesse.
História da Psicologia Jurídica
▪ Os primeiros cargos de psicólogo no Poder Judiciário no Brasil foram
criados nos anos de 1980, tendo sido o estado de São Paulo pioneiro na
realização de concurso público.
▪ Em 1985 ocorreu o primeiro concurso público para a capital de São Paulo,
com a criação de 65 cargos efetivos e 16 cargos de chefia. Em 1992 foi a
vez do estado de Minas Gerais e em 1998 do estado do Rio de Janeiro.
▪ As equipes interdisciplinares foram contratadas inicialmente para atuação
nas Varas de Infância e Juventude, cumulativamente às varas de família,
expandindo-se aos poucos para outras áreas do sistema de Justiça.
Apontamentos sobre as práticas iniciais
▪ No sistema penal brasileiro, já existiam psicólogos atuando nos anos 90,
mormente após o advento da Lei de Execução Penal de 1984, que dispôs
sobre a Comissão Técnica de Classificação que deveria existir em cada
estabelecimento penal.
▪ Quanto às atribuições dessa comissão, o artigo 6º da mesma lei dispunha:
[a] Comissão [...] elaborará o programa individualizador e acompanhará a execução
das penas privativas de liberdade [...] devendo propor à autoridade competente, as
progressões e regressões dos regimes [...].
▪ Tais incumbências já sofriam críticas naquela época, pois muitos psicólogos
alegavam que não seria de competência da categoria propor regressões ou
progressões de regime para os detentos.
Apontamentos sobre as práticas iniciais
▪ No campo da Justiça da infância e da juventude, apesar do Código de
Menores de 1979 fazer referência às equipes, foi o Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8069/1990) que, tornou obrigatória a inserção dos
psicólogos no sistema de justiça.
Art. 150: Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária,
prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar
a Justiça da Infância e da Juventude.
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições [...], fornecer
subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim
desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e
outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre
manifestação do ponto de vista técnico.
Algumas questões contemporâneas
▪ Brito (2012) salienta que é a partir do claro entendimento da incumbência
que lhe cabe que o psicólogo poderá ter ciência dos limites e dos
propósitos de sua atuação.
Por exemplo, não cabe ao psicólogo a incumbência de redigir sentenças ou
indicar medidas judiciais.
▪ Mesmo sob o enquadre funcional de analista judiciário, os profissionais
continuam respondendo, atuando e assinando documentos como
psicólogos. É mister, portanto, seguir o Código de Ética Profissional e as
demais resoluções.
▪ Dentre outras, destacamos a Resolução nº009/2010 que vedou ao
psicólogo a realização do exame criminológico.
Considerações Finais
▪ Não se considera que a psicologia jurídica seja uma nova área para os
psicólogos, como alguns poderiam supor.
▪ No cenário que se descortina para esses profissionais, considera-se que
uma atitude de suspeita constante, de desconfiança, ou ainda o
desenvolvimento de uma postura de investigação não soam como
comportamentos a serem adotados por psicólogos jurídicos em seus
atendimentos.
▪ Conclui-se, porém, que essa deveria ser uma rotina para com as
solicitações encaminhadas aos psicólogos, favorecendo, assim, o que a
Resolução nº007/2003 do CFP denomina “uma intervenção sobre a própria
demanda”.
Referências Bibliográficas
BRITO, L. M. T. Anotações sobre a psicologia jurídica. Psicologia: ciência e
profissão, 2012, v.32, n.esp, pp.194-205.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Origem da psicologia jurídica e
inserção dos profissionais no sistema judiciário. In: Referências técnicas para
a atuação de psicólogas(os) em varas de família. Brasília: CFP, 2019.
HUSS, M. Psicologia forense: pesquisa, prática clínica e aplicações. Porto
Alegre: Artmed., 2011.

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