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Pentastomida REINO: ANIMALIA FILO: ARTHROPODA SUBFILO: CRUSTACEA CLASSE: MAXILLOPODA SUBCLASSE: PENTASTOMIDA ORDENS: CEPHALOBAENIDA & POROCEPHALIDA Introdução A classe Maxillopoda foi originalmente proposta de modo a agrupar os crustáceos que tivessem maxílulas e maxilas bem desenvolvidas, bem como apêndices torácicos que não desempenhassem nenhum papel no processo mastigatório. Atualmente, Maxillopoda inclui as seguintes subclasses: Copepoda, Thecostraca, Branchiura, Mystacocarida, Tantulocarida e Pentastomida. Pentastomida é um grupo exclusivamente parasita com corpo bastante modificado que mantém um hospedeiro intermediário, geralmente invertebrado, e um hospedeiro definitivo, o qual pode ser um réptil, uma ave, um anfíbio ou um mamífero. Pentastomidos adultos habitam predominantemente os pulmões e passagens nasais de seus hospedeiros definitivos e se alimentam de sangue ou seja, hematófagos. Desenvolvimento Armillifer armillatus é uma espécie parasita obrigatoriamente que vive geralmente pulmões de cobras e répteis, porém recentemente foram reportados casos de pentastomíases por Armillifer armillatus em cachorros e humanos na África. Quando a cobra é o hospedeiro definitivo, os ovos do parasita passam pelas fossas nasais e permanecem nas secreções nasais, contaminando vegetais por onde a cobra passa, então hospedeiros intermediários roedores geralmente ratos comem esses vegetais e se desenvolvem até serem predados por uma cobra, e então o ciclo se conclui. Em 3 casos de humanos infectados a pentastomíase não apresentou sintomas convergentes sendo em um dos casos dores lombares, em outro mal humor e palidez, e no terceiro o hospedeiro se voluntariou para bateria de exames e foi diagnosticado. É acidentalmente diagnosticada através de exames parasitológicos, histopatológicos e biópsia em raio x. A pentastomíase ocorre nos humanos quando se ingere os vegetais contaminados pelos ovos de Armillifer armillatus ou através da ingestão de carne de cobra. Cachorros e cobras podem ser utilizados como sentinelas nesta parasitose, visto que se não tratados chegam a óbito, porém em seres humanos se desconhece o resultado final dessa parasitóse por ser muito recente os registros em humanos. Os medicamentos utilizados nos tratamentos de cães foi a base de anti-helmíticos Mebendazole e em humanos o antibiótico Ciprofloxacin. Adverte-se que não se coma carne de cobra para evitar a pentastomíase. Linguatula serrata Indíviduos machos atingem apenas 2 cm enquanto fêmeas podem ter até 12 cm. Eles têm um corpo achatado e a extremidade anterior é mais larga do que a cauda. Em contraste com os outros parasitas, seu corpo mostra uma segmentação externa e é coberto com um esqueleto externo (como todos os crustáceos e artrópodes) contendo quitina. Os adultos se alojam no revestimento da nasofaringe e se alimentam de sangue e fluidos corporais do hospedeiro. Os ovos têm forma ovoide, têm uma cor acastanhada a amarelada e medem cerca de 70x90 micrómetros. Esses parasitas preferem regiões com climas quentes, encontrados principalmente nos trópicos e subtrópicos. Ciclo de vida Os Linguatula serrata têm um ciclo de vida indireto, ou seja, utilizam hospedeiros intermediários (principalmente herbívoros) para completar o desenvolvimento. Mas, dependendo de como alguns hospedeiros se tornam infectados, eles podem atuar como hospedeiros finais ou como hospedeiros intermediários. Outras espécies têm um ciclo de vida direto, por exemplo, Linguatula arctica que infecta renas. As fêmeas que têm 12 cm em média, colocam centenas de milhares de ovos. Estes ovos podem ser tossidos ou engolidos e derramados com as fezes. Se um hospedeiro intermediário ingere (por exemplo, bovinos, ovelhas, camelos , etc.) enquanto que pastam, as larvas eclodem no seu intestino, escavando através da parede do intestino e migrando para vários órgãos (por exemplo, o fígado, os pulmões, os nodos linfáticos, ocasionalmente os olhos), onde ocorre o desenvolvimento das ninfas. Quando um hospedeiro final come um hospedeiro intermediário ou seus restos, os cistos liberam as ninfas no estômago, que migram para cima para a nasofaringe através da faringe. Cerca de 6 meses depois, eles completam o desenvolvimento para adultos e se reproduzem. Os cães e, ocasionalmente, os gatos ficam infectados depois de comerem órgãos contaminados de hospedeiros intermediários infectados. Em contraste com isso, os animais ficam infectados apenas depois de comer ovos que contaminam pastagens ou água. Imagem I: Sintomatologia Na maioria dos casos, cães e gatos infectados não apresentam sinais clínicos. No entanto, infecções maciças podem causar inflamação do nariz e nasofaringite com espirros crônicos e/ou tosse, secreção nasal purulenta, hemorragia nasal (epistaxis), etc. O diagnóstico em cães e gatos é baseado nos sinais respiratórios e pode ser confirmado através da detecção de ovos na secreção nasal ou nas fezes. No entanto, o derramamento de ovo é intermitente, o que pode levar a falsos negativos. Os adultos podem ser visualizados diretamente na nasofaringe através de rinoscopia ou rinotomia.No gado, a maioria das infecções com ninfas são benignas e permanecem assintomáticas . Em caso de infecções maciças infreqüentes, os sinais podem se desenvolver dependendo dos órgãos afetados. As infecções humanas são bastante frequentes na região do Oriente Médio. Porém há casos registrados na europa, onde uma criança perdeu a visão do olho direito, onde o parasita se alojou. Epidemiologia Os principais meios de contato com esses crustáceos são atravéz de seus hospedeiros ou fezes dos mesmos. O caso da criança que perdeu a visão na europa devido a esse parasita, foi estudado e descobriram que a menina provavelmente foi contaminada por um dos seus dois cães. A melhor medida preventiva em regiões endêmicas consiste em manter os cachorros e os gatos longe das tripas cruas de gado, ovelha e outros animais e evitar alimentos potencialmente contaminados (por exemplo, restos de matadouro). Isso também diminuirá a produção de ovos de Linguatula para o meio ambiente, que é a principal fonte de contaminação para o gado e os seres humanos. Para prevenir infecções humanas em regiões endêmicas, as medidas higiênicas básicas devem ser seguidas: lavagem freqüente de mãos com sabão; Nunca coma insetos ou vegetais não cozidos; Evite contatos muito próximos com animais de estimação e remova rapidamente seus excrementos, etc. Em cães ou gatos infectados com grande dificuldade, a remoção cirúrgica geralmente é a única alternativa. Não há virtualmente nenhum medicamento veterinário aprovado para o controle de Linguatula serrata em cães, gatos ou gado. Há alguns relatórios que mostram que a Ivermectina injetável foi eficaz contra uma espécie relacionada, Linguatula arctica em renas. No entanto, o tratamento de bovinos, ovinos ou outros animais com parasiticidas contra Lingulata serrata geralmente não é indicado, porque eles não causam nenhum dano econômico. Imagem II: Linguatula serrata, uma pentastomida,foi encontrada parasitando os pulmões de uma vicunha (Vicugna vicugna) de Cuzco, Peru. Foram encontradas no total 13 larvas encontradas no tecido parenquimatoso dos pulmões. Todas as larvas foram identificadas como estádios ninfais de L. serrata por métodos morfológicos. Linguatula arctica O gênero Linguatula spp. tem preferência por regiões tropicais com climas quentes, com exceção da espécie Linguatula arctica que se aloja no nariz - ou mais especificamente nas cavidades dos seios - de renas que vivem nas regiões mais frias, como exemplo a Noruega, onde foi descoberta. Essa espécie era desconhecida até pouco tempo (foi descoberta em 1987), pois é em sua maioria assintomática. Imagem III: Linguatula arctica Referências http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842006000300023 https://books.google.com.br/books?id=QzeeDAAAQBAJ&pg=PA382&lpg=PA382&dq=pen tastomida+invertebrados&source=bl&ots=TVwceLdu30&sig=gLto9I-oBdDBbfH_1FZb2Svv Uuk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjg9YWEkMHWAhWDFpAKHeimD-cQ6AEIRDA H#v=onepage&q&f=true http://parasitipedia.net/index.php?option=com_content&view=article&id=2616&Itemid=289 5 http://www.parasitology.com.au/Diagnostic%20Dilemmas/Diagnostic%20Dilemma_2_Answ er.html https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5321160/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3647675/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842006000300023 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3321759/ http://septentrio.uit.no/index.php/rangifer/article/viewFile/611/580 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842006000300023 https://books.google.com.br/books?id=QzeeDAAAQBAJ&pg=PA382&lpg=PA382&dq=pentastomida+invertebrados&source=bl&ots=TVwceLdu30&sig=gLto9I-oBdDBbfH_1FZb2SvvUuk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjg9YWEkMHWAhWDFpAKHeimD-cQ6AEIRDAH#v=onepage&q&f=true https://books.google.com.br/books?id=QzeeDAAAQBAJ&pg=PA382&lpg=PA382&dq=pentastomida+invertebrados&source=bl&ots=TVwceLdu30&sig=gLto9I-oBdDBbfH_1FZb2SvvUuk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjg9YWEkMHWAhWDFpAKHeimD-cQ6AEIRDAH#v=onepage&q&f=true https://books.google.com.br/books?id=QzeeDAAAQBAJ&pg=PA382&lpg=PA382&dq=pentastomida+invertebrados&source=bl&ots=TVwceLdu30&sig=gLto9I-oBdDBbfH_1FZb2SvvUuk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjg9YWEkMHWAhWDFpAKHeimD-cQ6AEIRDAH#v=onepage&q&f=true https://books.google.com.br/books?id=QzeeDAAAQBAJ&pg=PA382&lpg=PA382&dq=pentastomida+invertebrados&source=bl&ots=TVwceLdu30&sig=gLto9I-oBdDBbfH_1FZb2SvvUuk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjg9YWEkMHWAhWDFpAKHeimD-cQ6AEIRDAH#v=onepage&q&f=true http://parasitipedia.net/index.php?option=com_content&view=article&id=2616&Itemid=2895 http://parasitipedia.net/index.php?option=com_content&view=article&id=2616&Itemid=2895 http://www.parasitology.com.au/Diagnostic%20Dilemmas/Diagnostic%20Dilemma_2_Answer.html http://www.parasitology.com.au/Diagnostic%20Dilemmas/Diagnostic%20Dilemma_2_Answer.html https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5321160/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3647675/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842006000300023 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3321759/ http://septentrio.uit.no/index.php/rangifer/article/viewFile/611/580 Imagem II: https://www.researchgate.net/publication/318603407_First_finding_of_nymphal_stages_of_ Linguatula_serrata_in_a_South_American_camelid_a_vicuna_from_Peru acesso em 25/09/2017 Imagem II: https://web.stanford.edu/group/parasites/ParaSites2006/Linguatulosis/lifecycle.html acesso em 25/09/2017 Imagem III: http://www.rosspiper.net/2016/09/15/a-worm-is-not-just-a-worm/ https://www.researchgate.net/publication/318603407_First_finding_of_nymphal_stages_of_Linguatula_serrata_in_a_South_American_camelid_a_vicuna_from_Peru https://www.researchgate.net/publication/318603407_First_finding_of_nymphal_stages_of_Linguatula_serrata_in_a_South_American_camelid_a_vicuna_from_Peru https://web.stanford.edu/group/parasites/ParaSites2006/Linguatulosis/lifecycle.html http://www.rosspiper.net/2016/09/15/a-worm-is-not-just-a-worm/
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