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DOENÇAS PARASITÁRIAS: VERMINOSES DE SUÍNOS; INFESTAÇÕES POR MOSCAS; VERMINOSES DE EQUINOS; ECTOPARASITOSES DE EQUINOS; MIELOENCEFALITE PROTOZOÁRIA EQUINA

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P3 Vet 342 
 
 METASTRONGYLUS SP 
 Acomete leitões jovens – menos de 6 meses (muito 
imunogênico); 
 Sinais clínicos: tosse ruidosa, dispneia, corrimento 
nasal e pneumonia secundária; 
 Podem formar nódulos acinzentados (2-4 mm) na 
mucosa das vias respiratórias devido a presença do 
verme nos tecidos; 
 HI: minhocas – infectadas por vários anos. 
 Diagnóstico: ovos larvados nas fezes (método de 
flotação); 
 Tratamento: Benzimidazóis, Levamisol e Lactonas 
macrocíclicas. 
 
 Metastrongylus apri 
 Acomete suínos; 
 HI: minhocas (L1 > L2 > L3); 
 Adultos presentes na traqueia, brônquios e 
bronquíolos; 
 Jovens são mais susceptíveis – bastante 
imunogênico; 
 Liberação de ovos nas fezes  NÃO USA 
BAERMANN! 
 Zoonose raríssima – devido a consumo de 
minhoca por humanos. 
o Ciclo 
 
Suíno ingere minhocas com L3  L3 atravessa a 
parede intestinal  Atinge a via linfática e muda para 
L4 nos gânglios mesentéricos  Capilares alveolares 
 Alvéolo, brônquio e bronquíolo  Adultos (30 dias) 
nos pulmões  Ovos embrionados  Árvore brônquica 
 Faringe  Expectorados (junto a exsudato catarral) 
ou deglutidos  Eliminados nas fezes  Ovos 
ingeridos por minhocas  L1 > L2 > L3 em 10 dias. 
o Ambiente 
Não se espera broncopneumonia verminótica de suínos 
(metastrongilose) em granjas tecnificadas, apenas em 
criatórios orgânicos e animais criados em pasto ou 
mangues, devido ao contato com a minhoca. 
Em criatórios tecnificados espera-se não se ter 
problemas com verminoses (apesar disso fazem 
controle estratégico), o que se vê mais são 
ascaridídeos (Ascaris suum) e sua presença mede o 
nível de higienização dos criatórios. 
 
 PARASITAS DE SUÍNOS 
Esôfago – não é frequente (Gongylonema); 
Estômago – Hyostrongylus (mais frequente); 
Pulmão – Metastrongylus sp (zoonóticos); 
Fígado – Fasciola; 
Intestino – Ascaris (granjas tecnificadas, maior 
incidência de ID), Strongyloides (mais frequentes – ID), 
Globocephalus; 
Intestino delgado – Macracanthorhynchus 
(Acanthocephala  raro – HI: besouros); 
Ceco – Oesophagostomum e Trichuris (muito 
incidentes ppt em granjas não tecnificadas); 
Rins – Stephanurus dentatus (eventualmente); 
Músculo – cisticerco de Taenia solium (ppt)  
Inspeção: língua, coração e músculos mandibulares. 
Importante.: A maioria está presente em granjas 
não tecnificadas. 
 
 TAENIA SOLIUM 
Cisticercose: homem é hospedeiro completo (verme 
adulto se forma nele)  Teníase: infecção externa 
(ingestão de ovos) ou eclosão do proglótides no TGI 
(autoinfecção)  Suínos ingere os ovos nas fezes do 
homem e desenvolve cisticercose. 
 
 
 Controle 
“Profilaxia do Complexo Teníase-Cisticercose”, que se 
baseia nos seguintes procedimentos: 
Inspeção das carcaças – localização eventual dos 
cisticercos; 
Carcaças parasitadas devem ser tratadas ou 
receber destino adequado, levando-se em 
consideração o grau de infecção: 
 Tratamento pelo frio; 
 Tratamento pelo calor (carne industrial); 
 Salga; 
 Destruição da carcaça quando são 
encontrados mais de 25 cisticercos. 
Educação sanitária: orientar a população para o 
consumo de carne inspecionada, diminuir o consumo 
de carne crua ou malpassada e esclarecer sobre a 
importância do destino adequado das excretas. 
 
 
 
SUÍNOS 
VERMINOSES DE SUÍNOS 
 Épocas de vermifugação 
Quadro 
 
Vermifugações: 
 Leitões (ppt devido ao Ascaris suum em 
granjas tecnificadas)  Com 50 dias e repetir 
de 6 em 6 meses; 
 Matrizes  30 dias pré-parto (fenômeno 
periparto) e após o desmame dos leitões; 
 Reprodutores: 2x ao ano (6 em 6 meses). 
 
o Criatórios orgânicos 
Contato com a terra; 
Vermifugação de 3 em 3 meses (4x ao ano)  Dobra-
se a dose. 
 
 Drogas anti-helmínticas 
 Doramectina (período de carência maior: 24 dias), 
Ivermectina, Febendazol e Levamisol (normalmente 
injetáveis)  Leitões; 
 Lactonas  Leitões (0,3 mg/kg PV) – dose maior 
que a de ruminantes; 
 Levamisol; 
 Algumas formulações, como pré-mix são misturados 
a ração e normalmente o tratamento dura 10 dias. 
 IMPORTÂNCIA 
 Ectoparasitose que afeta ruminantes no Brasil, onde 
a predominância de clima tropical e subtropical 
favorece o desenvolvimento de carrapatos e de 
moscas; 
 Moscas precisam de substrato (restos de 
alimentação animal como capim, silagem, ração 
além dos bolos fecais), altas temperaturas e 
umidade relativa para se desenvolver  No período 
de outono e inverno a queda na temperatura e nos 
índices pluviométricos leva a diminuição do número 
de moscas devido ao ambiente deixar de se tornar 
propício para seu ciclo de desenvolvimento. Por 
isso, a população de moscas é maior em épocas de 
altas temperaturas e índices pluviométricos; 
 Grande parte da população de moscas importantes 
para bovinos no Brasil são da espécie Musca 
domestica. Estas não têm atuação parasitária direta, 
só se alimentam de sangue quando há lesão pré-
existente, porém veicula mais de 120 agentes 
causadores de doenças em animais, afetando 
dentre outros, os pequenos ruminantes; 
 Stomoxys calcitrans: resíduos da produção 
sucroalcooleira (vinhoto) são propícios para o 
desenvolvimento dessa espécie, causando surtos 
em locais próximos. OBS.: Musca domestica 
também pode utilizar. 
 Musca domestica e Stomoxys calcitrans 
dependem mais do substrato produzido pelos 
animais nos sistemas de produção para seu 
desenvolvimento. Já Haematobia irritans, 
Cochliomya hominivorax, Cochliomya 
macellaria e Dermatobia hominis (mosca do 
berne) dependem de hospedeiros foréticos (todas 
as outras espécies); 
 Oestrus ovis: importância para caprinos e ovinos): 
bicho de cabeça (miíase nasal que se localiza nos 
seios nasais; 
 Várias espécies destas são simbovinas, ou seja, se 
adaptam as condições criadas (ambiente) pelo 
sistema de criação de bovinos; 
 É muito importante o conhecimento dos aspectos 
biológicos das moscas que permitem aplicação de 
medidas de controle de forma mais eficaz; 
 Moscas voam, o que aumenta a capacidade de 
dispersão de agentes infecciosos. 
 
 Musca domestica 
 Aparelho bucal lambedor sugador e pelos nas 
pernas favorecem a veiculação de agentes 
patogênicos; 
 Inconstância de habitats – também favorece a 
veiculação de agentes; 
 Apresenta hábitos sinantrópicos (se adaptou aos 
resíduos orgânicos formados pelos seres humanos) 
e simbovinos; 
 É uma mosca cosmopolita de hábitos sinantrópicos, 
importante veiculadora de patógenos (mais de 120 
agentes já relatados: bactérias, vírus, protozoários, 
fungos e helmintos); 
 Hospedeiro intermediário de Habronema spp – 
doença comum em várias regiões de clima tropical 
(Habronemose cutânea): os ovos do Habronema 
saem nas fezes do equino, que é um substrato para 
o desenvolvimento de estágios imaturos de mosca 
 Mosca ingere o Habronema, que se desenvolve 
junto com ela  Mosca adulta libera larvas 
infectantes de Habronema  Ingestão das larvas 
pelo equino  Desenvolvimento da fase adulta no 
estômago do animal  Se a mosca pousa próximo 
a uma ferida = larva de Habronema entra, causando 
Habronemose cutânea (esponja ou ferida de verão); 
 Larva  Pupa  Adulto. OBS.: A pupa pode 
permanecer longos períodos em diapausa, 
saindo do casulo apenas em condições 
favoráveis; 
 Pode atuar como forético do berne. 
 Biologia 
Desenvolvimento em matéria orgânica: quanto mais 
quente, mais rápido mosca completa seu ciclo de vida. 
Em temperaturas muito baixas as larvas entram em 
diapausa no casulo pupal até encontrarem uma 
condição mais favorável  Ciclo de ovo a adulto: 10-
14 dias – em temperaturas mais baixas, até 45 dias; 
Substratos (matéria orgânica em decomposição) 
ótimos: fezes de equinos, bovinos e suínos, resíduos 
da avicultura e restos de ração. 
 
 Stomoxys calcitrans 
 Mosca cosmopolita hematófaga; 
 Envolvida na transmissão de Anaplasma marginale, 
vírus da Anemia Infecciosa Equina, Trypanosoma 
evansi, Habronema spp (HI); 
 Surtos principalmente em locais próximos a usinas 
sucroalcooleiras; 
 Aparelho bucal picadorsugador – a picada 
dolorida faz com que pouse em vários hospedeiros 
em curto espaço de tempo (eficiência de 
disseminação de doenças), além de diminuir a 
INFESTAÇÕES POR MOSCAS 
qualidade do couro devido as lesões causadas na 
pele dos animais; 
 Está muito associada a produção leiteira  
Queda na produção de leite (queda de 20-60%) – 
picada muito dolorida faz o animal se prostrar; 
 Forético de Dermatobia hominis; 
 Lesões no pavilhão auricular dos cães; 
 Transmissão de agentes da mastite; 
 Ferida nas orelhas de cães; 
 Irritação e perda de peso; 
 100 milhões de dólares de prejuízo. 
 Biologia 
 Oviposição e desenvolvimento de larvas em fezes 
de bovinos, equinos, suínos e ovinos, misturada a 
matéria orgânica vegetal. OBS.: Grande parte das 
populações de moscas estão resistentes a 
praticamente todos os inseticidas disponíveis 
no mercado atualmente; 
 Vinhoto (resíduo da indústria sucroalcooleira) 
relacionado a surtos em várias regiões do país; 
 Cama de aviários; 
 Silagem; 
 Restos de ração. 
o Ciclo biológico 
De ovo a adulto em 30 dias  Em baixas temperaturas 
se prolonga por meses. 
 
 Haematobia irritans 
 Mosca hematófaga; 
 É um problema maior para gado de corte; 
 Popularmente conhecida como mosca dos chifres; 
 Entrou no país no século passado pelo estado de 
Roraima, dispersando-se para outros estados; 
 Bos taurus (origem europeia) são mais 
suscetíveis; 
 Machos inteiros e animais escuros possuem 
maior concentração de glândulas sebáceas na 
superfície da pele e são mais parasitados devido ao 
odor mais forte; 
 Causam grande irritação, estresse e prejuízos. 
Infestação por 500 moscas  60 mL de sangue por 
dia perdidos; 
 Redução da produção de leite (50%) e de carne 
(30%); 
 Prejuízo (estimativa de 2002): U$ 150 milhões no 
Brasil; 
 Transmissão da Anaplasmose, Carbúnculo 
hemático, Stephanofilariose e Tripanossomíase; 
 Redução da qualidade do couro dos animais 
parasitados devido às lesões causadas na pele do 
animal. 
 Biologia 
Possui grande influência de fatores climáticos: 
 Maior temperatura e maior umidade 
(setembro/outubro) = Aumento da população 
dessas moscas; 
 Baixas temperaturas e pouca umidade = 
Larvas em diapausa. 
O ciclo biológico de ovo a adulto dura cerca de 10 a 
15 dias: 
 Colocam seus ovos no bolo fecal (bordas)  
Desenvolvimento da larva nas fezes  
Ressecamento das fezes (o besouro rola-bosta 
para isso) leva a destruição das larvas por 
dessecação e redução das populações de 
Haematobia irritans; 
 Inibidores de quitina são fornecidos na 
alimentação do animal e saem nas fezes 
fazendo com que as larvas não consigam 
mudar de fase (evoluir) já que a quitina faz 
parte do exoesqueleto da mosca. 
O clima brasileiro é favorável para praticamente 
todos os parasitos: 
 Problema para o controle estratégico, que deve 
controlar TODOS os parasitos ao mesmo 
tempo, o que é difícil devido a exposição das 
populações a pressão de seleção  Parasitos 
vão criando resistência; 
 Medidas de manejo devem ser priorizadas em 
sobreposição ao uso de químicos para controle 
de moscas. 
 Haematobia x Stomoxys 
H. irritans possui palpos avantajados (proporção 
palpo:probócide muito maior do que a S. calcitrans)  
Coloca seus ovos em fezes frescas de animais; 
S. calcitrans possui palpos bem menores 
comparativamente  Coloca seus ovos em matéria 
orgânica em decomposição. 
 
IMPORTANTE.: 
 Permanece a maior parte do tempo sobre o animal 
(dorso e tronco). Em fêmeas grávidas na parte 
ventral do abdome; 
 Quando o bovino defeca as fêmeas abandonam os 
hospedeiros para realizar a oviposição; 
 Animais machos adultos são mais parasitados do 
que fêmeas e animais jovens (menor morbidade, 
sensibilidade e concentração de testosterona). 
 
 CONTROLE DE MOSCAS DA FAMÍLIA 
MUSCIDAE 
Utilização de inseticidas tanto para as formas 
imaturas do agente (larvas) quanto para a forma 
adulta; 
Diversas medidas de manejo para que o controle 
seja efetivo, devido ao problema da resistência; 
 Problema da utilização de inseticidas: 
resistência dos parasitos, resíduo ambiental 
(segurança ambiental), resíduos gerados nos 
produtos de origem animal (segurança 
alimentar). 
Envolve a utilização de produtos químicos nos 
animais e ambiente (instalações, no caso de bovinos 
de leite), associado ao manejo correto de dejetos e 
resíduos. 
 Controle biológico 
Controle das moscas com fungos e bactérias (produtos 
de controle biológico de moscas). 
 Controle químico 
Principais medidas de controle químico: 
 Pulverização de instalações com inseticidas 
(organofosforados, piretróides e outros); 
 Uso de inibidores da síntese de quitina 
(ciromazina, diflubenzuron) na ração ou sal 
mineral; 
 Armadilhas atrativas – alimentos (açúcar) ou 
feromônios. OBS.: Também podem ser de 
luz. 
 Armadilhas 
Construção de corredor onde são penduradas várias 
tiras de câmaras de ar com vidro transparente na 
lateral, onde os animais passam durante a troca de 
piquete. As moscas vão em direção a luz e não 
conseguem voltar ao hospedeiro  Funciona bem com 
gado holandês (animais mais dóceis). 
 
 Controle estratégico de Haematobia irritans 
 Outubro (mês em que a temperatura e pluviosidade 
começam a aumentar)  Aplicação de inseticidas 
piretróides ou organofosforados; 
 Março (final do período chuvoso)  Repetir a 
aplicação observando a população média de 
moscas; 
 Nesse meio tempo já devem ter sido feitos 5 a 6 
banhos carrapaticidas e o manejo concomitante 
de dejetos e resíduos: 
 Evitar acúmulo de matéria orgânica de 
qualquer origem próximo as instalações; 
 Remover esterco, resíduos de silagem, capim 
e ração; 
 Formar montes cobertos com lonas plásticas – 
para favorecer o processo de fermentação 
matando as formas imaturas; 
 Utilização de biodigestores – muito mais 
utilizados na produção de suínos do que na de 
bovinos e têm grande eficácia; 
 Espalhar resíduos em camadas finas e expor 
ao sol – para favorecer a morte das formas 
imaturas por desidratação). 
 
 Controle biológico de Haematobia irritans 
Utilização do besouro rola-bosta africano 
(Digitonthophagus gazella – coleóptero coprófago)  
Destrói os bolos fecais fazendo o controle da mosca 
dos chifres (H. irritans) e de verminoses. 
 
 MIÍASES 
Infestação de tecidos vivos ou necrosados por 
larvas de dípteros sobre um vertebrado vivo: 
 Miíases primárias ou obrigatórias; 
 Miíases secundárias ou facultativas; 
 Pseudomiíases. 
 Espécies de importância no Brasil 
 Cochliomyia hominivorax (maior impacto 
econômico): causadora de miíase primária 
associada a cirurgia de descorna e lesões de 
umbigo  Se desenvolvem em tecidos vivos; 
 Cochliomyia macellaria: atraída pelo odor do 
tecido necrosado (miíase secundária), causa lesão 
menos graves do que as primárias); 
 Dermatobia hominis; 
 Oestrus ovis. 
 
 Importância 
 Danos a pele – depreciação do couro; 
 Perda de peso; 
 Queda na produção de leite – para algumas 
espécies prejuízos de até 150 milhões de dólares; 
 Mortalidade dos animais. 
 
 
 
 Cochliomya hominivorax 
 Uma das mais importantes espécies causadoras de 
miíase; 
 Larvas biontófagas (se alimento de tecido vivo); 
 Adaptada a quase todos os climas brasileiros – 
ocorre em 94% dos municípios; 
 Ovipõe em lesões recentes. 
 Epidemiologia 
 Importante causa de mortalidade em bezerros 
recém-nascidos; 
 40,7% de bezerros afetados na região do pantanal; 
 Miíases em cirurgias de descorna e castração; 
 Miíases em humanos; 
 Miíases em cães submetidos a cirurgias; 
 Pode afetar humanos e animais. 
 Controle 
o Miíase umbilical em bezerros 
 Se baseia na cura adequada do umbigo dos 
bezerros com álcool iodado; 
 Aplicação inseticidas aerossóis e Ivermectina no 
primeiro dia de vida do bezerro (problema para gado 
de leite, onde o confinamento não permite o contato 
com o carrapato para desenvolvimento de 
anticorpos); 
 Em propriedades com alto índice de 
mortalidade:visita periódica aos piquetes durante 
a época de partos para fazer cura adequada do 
umbigo de recém-nascidos. 
o Bovinos recém castrados 
 Doramectina (eficácia >90%); 
 Fipronil (mais eficaz: controle de 97,1%); 
 Ivermectina (eficácia de 75%). 
o Em cães 
 Utilização de repelentes nas bordas da ferida; 
 Inspeção visual frequente; 
 Retirada com pinças; 
 Tratamento com Nitempyram 2mg/kg com repetição 
variando de acordo com a extensão da lesão. 
 
 Dermatobia hominis 
 Miíase primária ou obrigatória; 
 Miíase nodular ou furuncular em animais e 
humanos; 
 Ocorre do México e ao norte da Argentina; 
 Utilizam foréticos para depositar seus ovos e 
atingem seus hospedeiros por meio deles – não 
possui hábito simbovino (de viver próximo aos 
animais)  Importante realizar o controle dos 
foréticos além do da mosca, pois a infestação dos 
animais tem início quando estes pousam sobre os 
hospedeiros. 
 Ciclo 
 
OBS.: 
 Tempo de desenvolvimento: 120 dias (do ovo ao 
adulto no solo)  Podem ter até 3 gerações por ano; 
 Ocorrência em vários estados do Brasil, ppt Sul 
e Sudeste – regiões com maior incidência, pois 
possuem períodos de favorecimento dos foréticos 
(temperatura e umidade relativa altas); 
 Ocorrência maior nos meses de temperatura e 
umidade relativa elevada; 
 Prejuízos estimados em aproximadamente 260 
milhões de dólares. 
 Controle 
o Químico 
Aplicação de inseticidas organofosforados, piretróides 
e avermectinas (lactonas macrocíclicas: Abamectina, 
Ivermectina e Doramectina); 
Controle dos insetos foréticos (Musca domestica, 
Stomoxys calcitrans e outros dípteros têm ação indireta 
sobre o berne). 
 
 Oestrus ovis 
 Oestrose; 
 Parasita cosmopolita causador de miíase 
cavitária (cavidade nasal e seios paranasais de 
caprinos e ovinos); 
 Também conhecido como “bicho da cabeça”; 
 Mosca vivípara – deposita L1. 
 Ciclo 
Larva se desenvolve nos seios nasais paranasais  
Mosca vivípara (deposita L1)  Animais acometidos 
começam a pressionar a cabeça uns contra os outros 
devido ao barulho irritante das moscas  Estresse que 
leva a perda de peso, sinusite, perfuração da calota 
craniana e pneumonia. 
 O desenvolvimento larval pode variar de 25-30 dias 
até 9 meses (diapausa em condições não 
favoráveis); 
 Larvas se alimentam de mucina e colágeno; 
 Moscas adultas causam grande irritação nos 
animais, que parem de se alimentar para esconder 
seus focinhos; 
 Irritação da mucosa nasal por larvas  Rinite e 
Sinusite; 
 Sinais clínicos: espirros e acúmulo de muco nasal. 
 
 Controle e tratamento 
Tratamentos com avermectinas e triclorfon no início e 
final da estação chuvosa na região centro-oeste. 
Importante: o tratamento do quadro de cólica só é feito 
em animais de alto valor zootécnico. 
 GASTROENTERISTE VERMINOSA DE 
EQUINOS 
 ESTÔMAGO 
Trichostrongylus axei – único Nematoda que coexiste 
em bovinos e equinos, possui frequência baixa na faixa 
tropical e alta na faia temperada; 
Habronema muscae; 
Habronema majus; 
Habronema megastorna. 
OBS.: Gasterophilus: mosca que se comporta como 
endoparasita, pois suas larvas infectam o estômago 
dos equinos. 
 INTESTINO DELGADO 
Parascaris equorum (Ascaridídeo) – transmissão 
transmamária (colostro e leite), não ocorre transmissão 
transplacentária  Parasita potros (ppt animais de 4-5 
meses); 
Strongyloides westeri (Nematoda) – transmissão 
transmamária  Parasita potros (ppt animais de 4-5 
meses); 
OBS.: Parascaris equorum e Strongyloides westeri 
são limitados pela idade, pois a partir de 1 ano os 
animais não têm mais a infecção (muito 
imunogênicos). 
Anoplocephala magna (Cestoda – Taenia); 
Paranoplocephala mamillana (Cestoda – Taenia). 
 INTESTINO GROSSO 
Anoplocephala perfoliata (Cestoda) – parasita ppt a 
válvula ileocecal; 
OBS.: Aumenta da população dos Cestodas devido 
ao tratamento apenas com lactonas macrocíclicas 
 Erro de manejo sanitário. 
Oxyuris equi – mais presente em animais estabulados; 
Grandes e pequenos estrôngilos (Nematodas 
hematófagos) – levam a quadros cólica que podem 
causar a morte do animal e definem a estratégia e 
periodicidade da vermifugação, pois grande % dos 
animais são afetados por estes. OBS.: Pequenos 
estrôngilos são mais presentes, porém os grandes 
causam mais quadros de cólica devido a seu maior 
tamanho. 
 FÍGADO 
Fasciola hepática; 
Cisto hidático – equinos são HI de Echinococcus 
(Cestoda de cão). 
IMPORTANTE.: São zoonoses! 
 
 NEMATELMINTHES 
 Classe Nematoda 
 Vermes cilíndricos; 
 Nematoides têm sido apontados como os grandes 
responsáveis pelas perdas econômicas mundiais na 
criação de animais destinados a produção, 
principalmente os grandes e pequenos estrôngilos. 
 Parasitologia 
No amplo grupo dos helmintos, Nematelminthes e 
Platyhelminthes causam sérios problemas a saúde dos 
animais. 
 Nematoides parasitas de importância 
veterinária: classificação simplificada 
Superfamília Aspectos típicos 
Nematoides com bolsa copuladora 
Trichostrongyloidea 
(Trychostrongylus, 
Ostertagia, 
Dictyocaulus, 
Haemonchus etc.) 
Cápsula bucal pequena. 
Ciclo evolutivo direto: 
infecção por ingestão de 
L3. 
Strongyloides 
(Strongylus, 
Ancylostoma, 
Syngamus etc.) 
Cápsula bucal bem 
desenvolvida, coroas 
lamelares e dentes 
geralmente presentes. 
Ciclo evolutivo direto: 
infecção por ingestão de 
L3. 
Metastrongyloides 
(Metastrongylus, 
Muellerius, 
Prodostrongylus etc.) 
Cápsula bucal pequena. 
Ciclo evolutivo indireto: 
infecção por ingestão de 
L3 no hospedeiro 
intermediário. 
VERMINOSES DE EQUINOS 
 ORDEM STRONGYLIDA 
 Características 
 São chamados de nematoides “bursados” – 
possuem uma Bursa copulatória com raios 
musculares na extremidade posterior dos machos; 
 Geralmente têm ciclo direto, mas podem utilizar 
hospedeiros paratênicos/de transporte (formigas e 
minhocas). 
o Machos: 
 Testículo único, vesícula seminal e ducto deferente, 
cloaca e ducto ejaculador; 
 Presença de espículos quitinizados (mantém a vulva 
aberta); 
 Alguns grupos de nematoides possuem um 
Gubernáculo (auxiliar no direcionamento dos 
espículos). 
 Particularidade 
Ordem Strongylida: vermes pequenos com boca bem 
desenvolvida ou rudimentar, com lábios ou coroa 
radiada. Machos com bolsa copuladora e com dois 
espículos iguais; 
Com as famílias: Strongylidae, Cyathostomidae, 
Stephanuridae, Syngamidae, Trichostrongylidae, 
Ancylostomatidae, Progostrongylidae e Pseudoliidae  
Pequenos estrôngilos. 
 
 FAMÍLIA STRONGYLIDAE 
Estrôngilos de equinos são responsáveis por quadros 
de cólica e hemorragia (hematófagos). 
 Epidemiologia Estrongilose 
Existem duas fontes de infecção de equinos que 
entraram no regime de pastagem: 
 Primeira: larvas infectantes que se 
desenvolveram no pastejo anterior; 
 Segunda: ovos eliminados durante o pastejo 
dos animais, incluindo éguas lactentes (período 
puerperal com pico de parasitose). 
 
 
 
 
 STRONGYLUS DE EQUINOS 
1. GRANDES ESTRÔNGILÍDEOS 
Os membros deste grupo vivem no intestino grosso de 
equinos e asininos e com o Triodontophorus são 
comumente conhecidos como grandes estrôngilos. 
Espécies: S. vulgaris, S. edentatus e S. equinus. 
 
 
 Strongylus vulgaris 
Período pré-patente: 6-7 meses; 
Hospedeiros: equinos e asininos. 
 A migração larval pode levar a formação de 
aneurisma (desfolhamento da parede dos vasos) e 
infarto na circulação intestinal devido a presença de 
L4 nos vasos mesentérios  Leva a quadros de 
Cólica Parasitária; 
 São vermes hematófagos – utilizam sangue para 
fertilização dos ovos, alimentação e oxigenação; 
 O macho mede 11-16 mm e a fêmea 20-25 mm de 
comprimento. 
 Ação sobre os hospedeiros 
Má-circulação levando a enfartamento dos vasos 
mesentéricos devido a migração de larvas  Cólica 
Parasitária (quadro causado ppt por essa espécie). 
 
 Strongylus edentatus 
Tamanho do adulto: 2,5 a 4,5 cm; 
Período pré-patente: 10 a 12 meses (animal 
parasitado, mas o verme não é identificado por 
técnicas coproparasitológicas).Após a penetração na mucosa intestinal as L3 seguem 
sob o peritônio para muitos locais (órgãos como fígado 
e pâncreas), onde ocorre a formação de L4. 
 
 Strongylus equinus 
Tamanho do adulto: 2,5 a 5 cm; 
Período pré-patente: 8 a 9 meses. 
Pouco se conhece sobre a migração das larvas, L4 e 
L5 são encontradas no pâncreas (ppt), podendo ser 
encontradas em outros órgãos. 
 Ciclo biológico 
Pouco se conhece da migração larval: 
As larvas de L3 perdem a bainha ao penetrar as 
paredes do ceco e cólon  Formam nódulos nas 
camadas mucosa e subserosa do intestino  Muda 
para L4  Migração para o peritônio e fígado, aonde 
permanece no parênquima  Migração para o 
pâncreas e finalmente para a luz do intestino grosso. 
 Patogenia 
Larvas: formação de trombos e arterite; 
Adultos: lesão da mucosa intestinal em virtude dos 
hábitos alimentares dos vermes. Ruptura e hemorragia 
acidental. 
 Ação no hospedeiro 
Hematófagos: não ficam apenas no sítio de ação, 
migram formando petéquias (coagulante na saliva 
permite a saída de um sítio e ligação em outro). 
IMPORTANTE.: Possuem morfologia diferente que 
permite sua identificação, porém não é necessário 
realizar coprocultura e Baermann para identificação, 
pois o tratamento é o mesmo. 
 
2. PEQUENOS ESTRONGILÍDEOS 
 FAMÍLIA TRICHONENMA/CYATHOSTOMUM 
Este gênero compreende mais de 40 espécies. 
Popularmente são conhecidos como pequenos 
estrôngilos. 
Esses parasitos são os mais prevalentes em equinos 
(90% das infecções) do que os grandes estrôngilos e 
suas larvas estão presentes nas pastagens ao longo do 
ano. Por isso, são importantes para a definição da 
estratégia e periodicidade da vermifugação. 
Possuem ciclo e período pré-patente curtos (2 
meses), o que permite reinfecções imediatas (aplicação 
de vermífugo a cada 2 meses) e são muito resistentes 
aos anti-helmínticos, sendo necessária a torração anual 
das bases. 
 Particularidades 
Cavidade bucal curta, ocasionalmente alongada, 
cilíndrica, com paredes relativamente espessas. Coroa 
radiada ausente ou presente, com ou sem fenda 
cervical; 
Com duas subfamílias de interesse veterinário: 
Cyathostominae e Oesophagostominae. 
 Espécies 
Mais de 40 gêneros, geralmente 90% da carga 
parasitária: Cyathostomum, Cylicocyclus, 
Cylicodontophorus e Cylicostephanus. 
 Identificação 
 Nematoides com bolsa copuladora; 
 Tamanho: <1,5 cm de comprimento; 
 Coloração: branca a vermelho-escura; 
 Larva infectante (L3): 8 células intestinais. 
 Características 
 Constituem um grupo de muitas espécies e são 
conhecidos como trichonemas, ciatostomíneos ou 
pequenos estrôngilos; 
 As larvas dos pequenos estrongilídeos não migram 
pelo corpo dos hospedeiros e limitam-se a penetrar 
na mucosa, onde realizam as mudas retornando à 
luz do intestino para atingir a maturidade. 
 
 Ciclo biológico 
 
L3 estadia totalmente no IG do animal até formar o 
verme adulto. Longo e com período pré-patente (tempo 
da ingestão até a liberação de ovos nas fezes do 
animal) demorado. 
 Localização: 
Ceco e cólon. 
 
 Sintomatologia clínica 
 Geralmente os animais abrigam em campo uma 
carga parasitária mista (grandes de pequenos 
estrôngilos), o que favorece a resistência a anti-
helmínticos; 
 Causa definhamento, anemia e às vezes diarreia. 
 OUTRAS ESPÉCIES 
 Oxyuris equi 
Desenvolvimento dentro do ovo, não há forma larval 
livre  Forma infectante: ovo com L3  Mais comum 
em animais estabulados, onde a infecção é facorecida 
devido ao contato com as instalações e fômites; 
Formação de aglomerado ressecado que fica aderido a 
região perianal e cai no solo devido ao prurido causado. 
 
 Parascaris equorum 
 Transmissão transmamária (colostro e leite); 
 Vermes de grande dimensão (20 cm de 
comprimento): carga parasitária grande pode causar 
obstruções intestinal em potro. 
 Anoplocephala e Paranoplocephala 
Cestodas: aumento da incidência devido ao manejo 
sanitário errado (grande utilização de lactonas 
macrocíclicas). 
 Estágio cisticercóide (semelhante a cisticerco): 
2 a 4 meses. OBS.: Ocorre após a L1 ser ingerida 
por ácaros oribatídeos (HI) presentes na 
pastagem; 
 Período pré-patente nos equinos geralmente é de 
1 a 2 meses. 
 
 Patogenia 
Anoplocephala perfoliata: 
 Adultos geralmente ficam próximos da junção 
ileocecal causando ulcerações na mucosa e 
intussuscepção; 
 Ventosas causam intensa congestão local e 
estrias de sangue nas fezes; 
 Parasitoses maciças levam a obstrução e 
perfuração da parede intestinal. 
 
 Habronema 
o Habronemose gástrica 
Verme adulto desenvolvido no estômago após a 
ingestão de L3  Animal libera ovos nas fezes (ciclo 
completo no hospedeiro). 
o Habronemose cutânea 
L3 na pelagem do animal; 
HI: moscas das espécies Musca domestica e Stomoxys 
calcitrans. 
 Ciclo biológico 
 
Larva da mosca ingere ovo ou larva de Habronema  
Habronema se desenvolve até L3 na mosca, 
acompanhando seu desenvolvimento em pupa e adulto 
 Mosca adulta possui L3 e deposita na pelagem 
através da sua probóscide  L3 pode ir para a 
cavidade oral e ser ingerida: Habronemose gástrica; 
ou para mucosas de olho, vagina, uretra, prepúcio etc. 
causando lesões granulomatosas (difícil de curar) por 
onde a larva migra: Habronemose cutânea (ferida de 
verão). OBS.: Geralmente os membros são mais 
acometidos devido a grande movimentação. 
 
 CONTROLE DE NEMATOIDES PARASITOS 
GASTROINTESTINAIS EM EQUINOS 
É realizado com anti-helmínticos, os quais não têm sido 
totalmente eficazes devido a ação restrita aos parasitos 
adultos e a ocorrência de resistência. 
 Antiparasitários usados em equinos 
Triclorfon – Gasterophilus; 
Diclorvós; 
Ivermectina – Nematoda; 
Moxidectin – Nematoda; 
Benzimidazóis; 
Praziquantel – Cestoda e Trematoda; 
Pamoato de pirantel – Cestoda e pouco nematicida. 
OBS.: As drogas são administradas por VO, pois 
possuem palatabilizantes, o que facilita o manejo, 
além de prevenir feridas em animais de alto valor 
zootécnico que a administração injetável poderia 
causar. 
 
 
Importante: 
 Incluir todos os cavalos – não há resistência 
adquirida como nos bovinos; 
 Quarentena de novos animais na 
propriedade; 
 Princípios epidemiológicos de controle – 
animais com 1 a 2 meses e éguas no período 
periparto tem pico de parasitose; 
 Lenta rotação de classe das drogas – todo 
ano a droga nematicida deve ser trocada; 
 Seguir a dose recomendada para evitar 
subdosagem e resistência dos helmintos; 
 Exames coproparasitológicos – o OPG é 
suficiente, não se faz coprocultura. 
 
*PROVA!* 
Limiar de tratamento para equinos é muito baixo: só são 
permitidos no máximo 200 ovos/grama de fezes (ou 2 
ovos na Câmara de McMaster)  Para quantidades 
maiores deve-se instituir tratamento. 
 
 CONTROLE ESTRATÉGICO 
 Controle realizado nos animais  Antihelmínticos 
(controle tático: após o nascimento (1º mês de vida), 
desmame e 1ª mês antes do parto); 
 Controle realizado nas pastagens (formas 
infectantes: ovos e/ou larvas)  Descanso e 
evitar superlotação. 
OBS.: 
1 mês de vida: Strongyloides (ovo não larvado na 
forma de mórula) e Neoascaris; 
Evitar superlotação: favorece reinfecções (helmintos 
de mantêm na pastagem). 
Medidas: 
Nutrição (animal bem nutrido é resistente), OPG 
periódico, pastejo rotacionado com alternância de 
princípios de vermífugos anualmente, evitar 
superlotação, destino higiênico de resíduos orgânicos e 
utilização de feno (mata ovo e larva por ressecamento). 
 
 DICTYOCAULUS ARNFIELD 
Espécie Prevalência 
Asininos 65% 
Muares 23% 
Equinos 4,5% 
OBS.: 
 Asininos: hospedeiros naturais; 
 Equinos: infectados quando em contato com 
asininos e muares. 
 
 Características 
Verme pulmonar: 
 Brônquios e bronquíolos; 
 Ovos larvados ou L1 nas fezes; 
 Jovens são mais susceptíveis; 
 Adultos não atingem a patência (imunidade sólida); 
 Infecção assintomática em equinos; 
 Tosses e hiperpnéia em asininos e muares pós-
exercícios; 
 Adultos – pequenos brônquios (muco purulento); 
 Controleestratégico: tratamento de vermes 
pulmonares; 
 No tratamento, não esquecer de tratar os asininos e 
muares. 
 MEDICAMENTOS 
Avotan gel – Abamectin  Só para animais acima de 
4 meses; 
Telmin, Equiverm – Mebendazole; 
Panthal – Oxibendazole; 
Equalan – Ivermectin; 
Panacur composto – Febendazole (nematicida) + 
Triclorfon (Gasterophilus)  Associação correta; 
Ivotan, Centurion – Ivermectina (nematicida e 
Gasterophilus) + Pamoato de Pirantel (Cestoda)  
Associação correta; 
Equimax, Handicap – Ivermectina (nematicida e 
Gasterophilus) + Praziquantel (Trematoda e Cestoda); 
Equest – Moxidectin; 
Equest Pramox – Moxidectin (Nematoda e 
Gasterophilus – única larvicida) + Praziquantel 
(Trematoda e Cestoda)  Não pode ser administrado 
todo ano e é muito mais caro. 
 
IMPORTANTE.: 
Larvas: Moxidectin e Febendazole por 5 dias; 
Vermifugações: 1 mês de idade (Strongyloides 
westeri), no desmame e antes do parto. 
 
Atualmente, algumas doenças que acometiam 
equinos não acometem mais devido ao 
desenvolvimento de endectocidas, grupo onde as 
Lactonas Macrocíclicas (Avermectinas e Milbemicinas) 
são as principais representantes. Os mais usados em 
equinos são Ivermectina e Doramectina. 
Por serem endectocidas, quando usados para tratar 
verminoses também agem sobre ectoparasitas, como 
ácaros (poucos casos devido ao uso). Além disso, são 
muito utilizados como auxiliares no tratamento para 
infecções de carrapatos. 
 
Equídeos podem ser acometidos por várias 
espécies de artrópodes parasitos: carrapatos, 
moscas, piolhos e ácaros causadores de sarna. 
Os principais ectoparasitas que acometem os 
equinos atualmente são carrapatos (complexo 
Amblyomma cajennense: A. cajennense s.s. (de Goiás 
para cima) e A. sculptum (região Sudeste), 
Dermacentor (Anocentor) nitens e Rhipicephalus 
(Boophilus) microplus) e moscas (Stomoxys calcitrans, 
Musca domestica e Tabanídeos (ppt gênero Tabanus) 
 Importância na transmissão da AIE, fora as 
causadoras de miíases: Cochliomyia hominivorax e 
Chrysomya). 
 
 
 
 CARRAPATOS 
 Importância 
 Picada causa irritação, espoliação sanguínea, 
inoculação de toxinas; 
 Transmissão de patógenos (Babesia caballi e 
Theilleria equi); 
 Transmissão de doenças zoonóticas para seres 
humanos, incluindo a Febre Maculosa (Rickettsia 
rickettsii); 
 Lesões como porta de entrada para infecções 
secundárias; 
 Depreciação zootécnica – exemplo: inflamação na 
orelha causada por Dermacentor nitens, levando a 
queda da mesma. 
 
 Epidemiologia 
Levantamentos epidemiológicos no Brasil mostram: 
 Amblyomma cajennense sculptum; 
 Dermacentor (Anocentor) nitens; 
 Rhipicephalus (Boophilus) microplus; 
 Outras espécies de Amblyomma. 
OBS.: Pode ser um dos reservatórios para Rickettsia 
rickettsii, mas não é o mais adequado, pois apresenta 
ricketisemia curta. 
 Localização no hospedeiro 
 Amblyomma: axilas, úbere, pescoço, períneo, 
ganacha (região do masseter), face e membros 
posteriores. OBS.: Mais disseminado pela 
superfície corporal; 
 Dermacentor (Anocentor) nitens: pavilhão 
auricular, divertículo nasal (dificulta o controle 
eficaz, pois é negligenciada, servindo de foco para 
reinfecção de outros locais do corpo), região 
perineal e cauda. OBS.: Normalmente regiões de 
pele mais fina. 
 
 Aspectos epidemiológicos 
o Amblyomma 
 Presença maior em locais com capoeiras, matas e 
animais silvestres (se tiver a disponibilidade na fase 
de larva e ninfa irá parasitar, o que facilita o 
transporte para outras espécies); 
 Pastagens “sujas”; 
 Carrapato de 3 hospedeiros (trioxenos) com baixa 
especificidade; 
 Larvas e ninfas (frequência maior na estação seca: 
Abril-Outubro) e adultos (frequência maior estação 
chuvosa: Outubro-Maio)  Tempo de 
desenvolvimento longo, pois dependem da 
presença dos hospedeiros. OBS.: Larvas e ninfas 
são as fases mais sensíveis a ação do produto 
carrapaticida  Controle estratégico deve ser 
concentrado no período seco do ano); 
 Equino pode ser 1º, 2º e 3º hospedeiro da espécie 
 Não depende de animais silvestres para 
completar o ciclo, porém, se houver ausência de 
equinos no local, o carrapato irá procurá-los; 
 Nos seres humanos o carrapato mais frequente é o 
A. cajennense sculptum; 
 Características marcante: capítulo 
longo/proeminente e escudo ornamentado. OBS.: 
Identificação dificultada na fêmea devido ao 
engurgitamento. Base do capítulo mais 
triangular; 
ECTOPARASITOSES DE EQUINOS 
 Amblyomma cajennense x Amblyomma 
sculptum: diferenciação difícil, geralmente feita 
pelo poro genital. 
 
o Dermacentor (Anocentor) nitens 
 Carrapato de 1 hospedeiros; 
 Larvas e adultos sobre o corpo do animal 
(frequência maior na estação chuvosa); 
 Pode ser encontrado em outros animais, porém, 
possui maior especificidade por equinos se 
comparado ao Amblyomma; 
 Características marcantes: base do capítulo 
retangular e placa peritremática em forma de dial de 
telefone. 
 
 Controle 
o Químico 
 Banhos carrapaticidas com piretróides (Butox): 
o estádio adulto de Amblyomma cajennense é 
naturalmente mais resistente ao produto, por isso, a 
concentração deve ser duas vezes maior que a 
utilizada para bovinos (carrapato naturalmente 
resistente aos piretróides  Quatro a cinco litros de 
calda por animal. OBS.: Em potros, o risco de 
intoxicação é menor do que o dos 
organofosforados (margem de segurança 
menor) 
 
IMPORTANTE.: 
 A quantidade de produtos registrados é menor, os 
principais são produtos à base de piretróides, 
Aciendel (organofosforado + piretróide), Sulfanil 
(sulfonila + organofosforado) e Organofosforado; 
 Principais formas de aplicação: aspersão e pour 
on (animal pode perder pelo na região de aplicação). 
 
 Amblyomma cajennense 
Banhos carrapaticidas semanais durante o período 
mais seco do ano (Abril/Maio-Outubro) quando 
predominam as formas imaturas (mais sensíveis aos 
acaricidas). 
OBS.: Fluazuron (Acatak), Fipronil e Colosso: 
recomendação extra-bula. 
 
 Dermacentor (Anocentor) nitens 
 Banhos de 24 em 24 dias (época de 
primavera/verão); 
 Aplicar no pavilhão auricular (medicamentos na 
forma de pó) e no divertículo nasal. 
 
 Controle ambiental 
 Limpeza dos pastos com retirada de plantas 
invasoras – ppt para Amblyomma para diminuir a 
sobrevivência de larvas e ninfas); 
 Independente da espécie de carrapato detectada, 
sempre retornar com o animal ao pasto em que o 
animai estava após o tratamento; 
 Épocas de controle: Amblyomma (Abril/Maio-
Outubro) x Dermacentor (Outubro-Abril)  Banhos 
de 24 em 24 dias; 
 Armadilhas vivas. 
 
 
 
o Dermacentor (Anocentor) nitens 
 Utilização de carrapaticida em pó nos pavilhões 
auriculares; 
 Uso de pasta carrapaticida nos divertículos nasais 
(comercialmente indisponível); 
 Manutenção das pastagens limpas. 
 MOSCAS 
 Mais raras que nos bovinos: 
 Stomoxys calcitrans ou mosca do estábulo, Musca 
domestica, Haematobia irritans ou mosca do chifre 
e tabanídeos (mutucas). 
 Stomoxys calcitrans e Musca domestica muito 
associadas a Habronemose (ferida de verão)  
Hospedeiros intermediários de Habronema: 
 Ciclo errático: moscas pousam perto de uma 
lesão ou quando Stomoxys calcitrans pica 
próximo de uma lesão  ocorre o 
desenvolvimento da lesão com tecido de 
granulação exuberante; 
 Ciclo típico: cavalo ingere a mosca morta 
presente na ração  Habronema vai para o 
estômago. 
 
 Stomoxys calcitrans ou mosca do estábulo 
o Importância 
 Transmissão da AIE; 
 Transmissão de Trypanosoma evansi (agente 
etiológico do Mal das cadeiras); 
 Hospedeiros intermediários de Habronema; 
 Secreções salivares tóxicas; 
 Picada dolorida (pequenas gotículas de sangue no 
local da picada); 
 Identificação: muito semelhante a Musca 
domestica com as diferenças do aparelho bucal 
picado-sugador (probóscide projetada para frente) e 
abdômen axadrezado. 
 
 Tabanídeos 
Popularmente conhecido como mutucas ou moscas 
dos cavalos. 
o Importância 
 Importância grande na transmissãoda AIE – são os 
vetores ideais, pois sugam uma quantidade grande 
sangue num curto período e tem a picada dolorida; 
 Transmissão na Tripanossomíase por Tripanosoma 
evansi; 
 Picadas doloridas – importância na transmissão de 
patógenos. 
o Morfologia 
 Podem atingir 25mm de comprimento; 
 Envergadura de até 65mm; 
 Cabeça e olhos grandes; 
 Probóscide proeminente. 
 
 Musca domestica 
 Mosca de hábitos sinantrópicos; 
 Vetor mecânico de vários agentes causadores de 
doenças – não tem o hábito de sugar sangue, ou 
seja, não tem ação espoliativa (aparelho bucal 
lambedor-sugador), porém, devido aos hábitos de 
viver sobre matéria orgânica pode levar agentes 
presos em seu corpo; 
 Hospedeira intermediária de Habronema; 
 Identificação: abdômen amarelado e aparelho 
bucal lambedor-sugador. 
 
 Haematobia irritans 
 Identificação: palpos avantajados em forma de 
espátula; 
 A maior parte das infestações ocorrem onde há a 
presença de bovinos. 
 
 Epidemiologia 
Reprodução em matéria orgânica fecal (esterco, camas 
orgânicas, sobras de ração, urina) ou vegetal em 
decomposição. OBS.: Os tabanídeos não têm seu 
ciclo nesses locais, mas sim em animais silvestres, 
por isso, seu controle é mais difícil. 
Stomoxys calcitrans: resíduos da indústria de álcool-
açúcar; 
Aumento das populações em períodos quentes e 
úmidos. 
 
 Controle 
o Químico 
Pulverização; 
Feromônios. 
o Mecânico 
Armadilhas luminosas, com utilização de feromônios. 
o Integrado (animal e ambiente) 
Manejo de resíduos, dejetos e matéria orgânica; 
Limpeza das baias; 
Tratamento químico dos animais (pulverização com 
piretróides); 
Uso de avermectinas (experimental). 
 
 MIÍASES 
Popularmente conhecidas como “bicheiras”; 
Infestação de tecidos por larvas de moscas; 
Cochliomyia hominivorax (moscas azuis metálicas)  
Mais comuns nos equinos (miíases primárias); 
Chrysomya. 
 Controle e tratamento 
 Coleta das larvas com pinça (utilizar éter para 
facilitar); 
 Uso de inseticidas em pó (Tanidil) ou Spray (Lepecid 
e Cydental); 
 Desinfetar e proteger lesões nos animais 
OBS.: Em comparação aos bovinos são menos 
acometidos devido ao maior controle. 
“Bambeira”, “Bambeira do gambá” 
 
 ETIOLOGIA 
Considerada uma doença de etiologia múltipla: 
 Sarcocystis neurona – frequência muito 
maior, HD: gambás (se infectam ingerindo 
tecidos com cistos de outros animais, principais 
espécies: Didelphis virginiana e albiventris – 
não está presente em Didelphis aurita). 
Equinos são hospedeiros acidentais e ingerem 
esporocistos presentes na urina e fezes dos 
gambás. OBS.: Em Viçosa, não há D. 
albiventris, porém, há casos de 
Mieloencefalite. 
 Neospora hughesi. 
Importante.: Neospora: protozoário coccídeo que 
apresenta alguns aspectos biológicos e patológicos 
ainda não definidos. Por exemplo, o hospedeiro 
definitivo de Neospora caninum (acredita-se que sejam 
os cães), que causa problemas para bovinos. 
 
Diagnóstico 
É longo (60-90 dias) e muito caro, pois o animal 
precisa ser sedado para colheita de LCR e realização 
de sorologia pareada. Além disso, há muitos 
diagnósticos diferenciais (diversas doenças 
neurológicas podem ser confundidas) e em vários 
casos os métodos padrões para diagnóstico, que são 
SagELISA e Western Blot, dão negativo. 
O tratamento é influenciado pelo status imune do 
animal, por isso, em alguns casos os animais que 
deram positivo nos resultados são tratados e não se 
curam. Além disso, é bem caro e as sequelas também 
precisam ser tratadas, o que dificulta sua realização. 
Por isso, muitas vezes não é concluído, pois o 
proprietário não aceita pagar. 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
Estudos sorológicos no Brasil revelam 35,6% de 
prevalência – varia entre propriedades e regiões. 
OBS.: Juiz de Fora possui prevalência alta (maior 
número de criatórios ao redor e maior percentual de 
diagnósticos). 
Importante: pequeno % dos animais que têm contato 
com o protozoário desenvolvem a encefalite em sua 
forma mais grave. 
 
 Fatores de risco 
 Idade – ppt animais mais velhos (> 4 anos), porém 
a sintomatologia clínica também já foi identificada 
em animais jovens (1 ano); 
 Presença de hospedeiro definitivo – Didelphis 
albiventris; 
 Estresse – muitos animais apresentam a doença 
após algum tipo de esforço físico, outras doenças e 
utilização de fármacos que podem levar a 
imunossupressão (corticoides). Todos esses fatores 
também são predisponentes de outras doenças. 
OBS.: Utilização de corticoides tem grande 
importância nos animais atletas, que são 
frequentemente tratados com corticoides para 
resolver problemas locomotores 
(Dexametasona); 
 Intensidade de exercício – animais submetidos a 
treinamentos extenuantes, cavalgadas  Estresse. 
 
 PATOGENIA 
Protozoário atinge o SNC do animal e forma cistos que 
levam a necrose tecidual. 
 
 SINAIS CLÍNICOS 
 Anormalidade de marcha – muitas vezes a 
claudicação é confundida e tratada como problema 
de aparelho locomotor, porém, o quadro evolui. 
Também pode se iniciar na forma de tropeços. 
OBS.: É mais fácil de avaliar no animal adulto; 
 Dificuldade de deglutição; 
 Atrofia de grupos musculares – olhos e orelhas 
caídos devido à problema neuromuscular; 
 Hiporeflexia; 
MIELOENCEFALITE PROTOZOÁRIA EQUINA 
 Hipoalgesia – diminuição da sensibilidade 
dolorosa; 
 Perda sensorial – superficial ou profunda; 
 Convulsões (raramente); 
 Em estágio mais avançado o animal pode não 
conseguir se manter em pé e ficar em decúbito 
esternal ou lateral. 
Importante: 
- A sintomatologia é ampla e os animais apresentam 
quadros clínicos diferentes, o que dificulta o 
diagnóstico; 
- Animais positivos podem apresentar recidivas devido 
a situações de estresse. 
 
Exemplo: 
Avaliação de propriocepção: 
Animal normal: se puxar a cauda para o lado o animal 
consegue se manter em pé; 
Animal com EPM: devido a ataxia não consegue se 
manter. 
Importante: SEMPRE realizar a avaliação de 
propriocepção (animal parado ou na marcha): cruza os 
membros dos animais  Normalmente eles voltam 
para a posição normal. 
 
 Mieloencefalite causada por Neosporose 
Neospora hughesi: 
 Ataxia dos membros pélvicos ou dos quatros 
membros; 
 Dificuldade de deambulação acentuada. 
 
Como é identificada? 
Após tratamento padrão para Mieloencefalite causada 
pelo protozoário Sarcocystis neurona sem obtenção de 
melhora  Diagnóstico para Neospora hughesi. 
 
 DIAGNÓSTICO 
 Histórico e sinais clínicos – em propriedades que 
já apresentaram quadros o risco é maior. Existem 
propriedades com tendência maior a doença e, além 
disso, filhos de determinados garanhões parecem 
ser mais susceptíveis  Cuidado: pode ser outro 
problema neurológico passado de forma herdada, 
pois geralmente animais são tratados e melhoram; 
 Métodos de imunodiagnóstico – SagELISA e 
Western Blot; 
 PCR – viável após a morte do animal (a partir de 
tecidos), pois precisa-se do agente e raramente um 
líquor irá apresentá-los; 
 Resposta a terapia – a maior parte dos 
diagnósticos no Brasil são baseados no tratamento 
(diagnóstico terapêutico). 
o Laboratórios de diagnóstico no Brasil 
VetLab e Padock. 
 
 TRATAMENTO 
 No Brasil grande parte é feito com Diclazuril, 
Toltrazuril (Baycox) e medicação manipulada (custo 
menor). Fora do Brasil o Ponazuril também é 
utilizado – medicamentos que diminuem a 
multiplicação e eliminam os cistos; 
 Geralmente utiliza-se superdosagem (4-5x a dose) 
de Diclazuril nos 4 primeiros dias de tratamento, pois 
parece diminuir as chances de recidiva. Nos outros 
23 dias utiliza-se a dose normal. 
 Também utiliza-se associação com Flunixin 
Meglumine (AINEs utilizados para diminuir a 
inflamação, dor etc.), DMSO (estabilizador de 
membranas, antioxidante), vitaminas B1, B6 e B12 
e vitamina E  Tratamento para processo 
neurológico de origem inflamatória, por isso, o 
animal apresenta cura clínica, porém, isso não quer 
dizer que houve cura para EPM. OBS.: Corticoides 
(Dexametasona) também podem ser utilizadosem alguns quadros, mas deve-se ter cuidado. 
. 
 Fármacos 
 Diclazuril (5,6 mg/kg) por 28 dias (período mínimo) 
– geralmente a dose utilizada é de 10 mg/kg (4-5x); 
causa poucos efeitos colaterais, animal pode 
apresentar diarreia, flatulência, porém a maior parte 
são tratador por até 90 dias sem problemas. Se 
mantém por um bom tempo no LCR, por isso, não 
há problema caso o animal não receba o 
medicamento durante um dia do tratamento; 
 Toltrazuril (10 mg/kg) por 28 dias; 
 Ponazuril (Toltrazuril Sulfona) – acredita-se que o 
tratamento tenha mais resultado. 
 
Importante: 28 ou 56 dias (depende do veterinário)  
Reavaliação do animal (propriocepção)  Mantém ou 
não o tratamento  Animal que se recupera pode ter 
recidiva, por isso, o ideal é manter o tratamento por 
mais tempo  Animal recuperado pode ter sequelas  
Tratadas com fisioterapia. OBS.: Estudos 
demonstram que alguns animais só respondem 
bem ao tratamento após 60 dias. O tempo de 
tratamento está muito relacionado ao custo. 
 
Importante.: NÃO EXISTE transmissão 
transplacentária e transmamária, porém, o animal 
infectado sempre terá riscos de recidiva. 
 
 Tratamento suporte 
Flunixin meglumine (3-7 dias)/Fenilbutazona – 
cuidado com formação de úlceras gástricas; 
Dimetilsulfóxido (DMSO) – via injetável juntamente 
com soro (infusão lenta), pois possui efeito hemolítico. 
Também pode ser feito via oral, apesar de causar 
irritação esofágica; 
Dexametasona – apresenta resultados muito bons se 
bem utilizado; 
Vitamina E (6.000-10.000 UI durante todo o período 
de tratamento) – favorece a cicatrização das lesões 
neurológicas e tem efeito antioxidante que evita novas 
lesões; 
Tiamina – vitamina B1. 
 
Protocolo de tratamento mais comum no Brasil: 
Diclazuril + Flunixin meglumine + DMSO (nos primeiros 
dias) + Vitaminas B1, B12 e E. 
 
 Tratamento para sequelas 
Fisioterapia – caminho proprioceptivo, escova de 
cerdas grossas nos membros são utilizados na 
recuperação dos animais; 
Acupuntura – associada a ozonioterapia.

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