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FRAUDES EM LICITAÇÕES E SUAS TIPOLOGIAS - PEDRO LOURENÇO DE LIMA JUNIOR

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FACULDADE DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
PEDRO LOURENÇO DE LIMA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
FRAUDES EM LICITAÇÕES E SUAS TIPOLOGIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANTÔNIO DA PLATINA 
 
 
2020 
PEDRO LOURENÇO DE LIMA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRAUDES EM LICITAÇÕES E SUAS TIPOLOGIAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à 
Faculdade de Santo Antônio da Platina – 
Universidade Brasil, como requisito parcial obtenção 
do título de Bacharel em Direito. 
 
Orientador: Prof. Me. Laerty Morelin Bernardino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANTÔNIO DA PLATINA 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JUNIOR, Pedro Lourenço de Lima. 
 
 
Fraudes em licitações e suas tipologias / Pedro Lourenço de Lima 
Junior. Santo Antônio da Platina – PR, 2020. 
 
65 folhas, 29 cm. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – 
Faculdade de Santo Antônio da Platina – Universidade Brasil. 
 
Orientador: Prof. Me. Laerty Morelin Bernardino. 
 
 Inclui referências. 
 
 1. Direito Administrativo. 2. Direito Público. 3. Licitações. I. Fraudes 
em Licitações e suas tipologias. II. Faculdade de Santo Antônio da Platina 
– Universidade Brasil. 
 
 
 CDU: 342 
 
 
 
PEDRO LOURENÇO DE LIMA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRAUDES EM LICITAÇÕES E SUAS TIPOLOGIAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à 
Faculdade de Santo Antônio da Platina/Universidade 
Brasil, como requisito parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Direito, com nota final igual a __________ 
conferida pela Banca Avaliadora formada por: 
 
 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Me. Laerty Morelin Bernardino 
Presidente e Orientador 
 
 
 
 
________________________________________________ 
1ª Examinador 
 
 
 
 
________________________________________________ 
2º Examinador 
 
 
 
Santo Antônio da Platina – PR, ______ de ______________ de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho, primeiramente, а Deus, por ser 
essencial em minha vida, autor do mеυ destino, mеυ 
guia, socorro presente em todas as horas da minha 
vida. Dedico, também, à minha esposa, minha filha е 
a toda minha família. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço, primeiramente, a Deus pela oportunidade, pois Dele emana toda 
a sabedoria. Agradeço por ter me guiado durante o curso, tendo me dado força, 
saúde, coragem, paciência, sabedoria e resiliência. Ainda, por ter me sustentado 
nos momentos mais difíceis, fazendo com que eu não desistisse da caminhada e 
chegasse até o fim. 
 De igual modo agradeço: aos meus familiares, pelo amor, incentivo, força е 
apoio incondicional; ao meu orientador, Prof. Laerty, que sempre me ajudou e a 
todos os meus amigos do curso de graduação que compartilharam dos inúmeros 
desafios que enfrentamos, sempre com o espírito colaborativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você nunca alcança o sucesso verdadeiro a menos 
que você goste do que está fazendo. (Dalie Canargie) 
 
 
JUNIOR, Pedro Lourenço de Lima. Fraudes em licitações e suas tipologias. 2020. 
65 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito). Faculdade de 
Santo Antônio da Platina – Universidade Brasil. Orientador: Prof. Me. Laerty Morelin 
Bernardino. Santo Antônio da Platina, 2020. 
 
 
RESUMO 
 
 
Atualmente, o que vemos nos noticiários são só notícias de corrupção, sistemas de 
corrupção desarticulado e carteis de fraudes em licitações estourados pela polícia. 
Mas parece que é mais fácil aceitar que vivemos em uma fase negra do que 
apresentar propostas para evitar a falta de ética de uma sociedade perdida. A fraude 
é pequena ou grande, mas tem o mesmo objetivo de onerar o Estado e beneficiar 
empresas corruptas. O Estado deve trazer uma análise mais contundente, que gere 
mecanismos antifraude e contribua para a capacitação de agentes do controle social 
para uma identificação de indícios de fraude e corrupção em processos de 
contratação pública mais célere. As fraudes licitatórias podem ocorrer de diversas 
formas, e é comum a utilização de distintos mecanismos de ação fraudulenta para 
que se atinja o objetivo de reduzir ou eliminar a competição em uma licitação. Na 
prática verifica-se que situações de fraudes muitas vezes implicam em violações de 
outros princípios básicos norteadores da licitação pública É obrigação do agente 
público e da sociedade na identificação de situações potenciais de fraude e 
corrupção em licitações públicas e também em auxiliar os órgãos de controle em sua 
função de detectar e investigar casos dessa natureza. Para tanto é necessário um 
estudo aprofundado das regras e características, das tipologias fraudulentas e seus 
princípios. Destes há muitos sistemas sendo usados para combater fraudes 
licitatórias, como a nova Lei das licitações que está no congresso, outro é a criação 
do observatório social e também maior rigor das penalidades aplicados pelo Estado 
para o combate das fraudes. Outros procedimentos poderão ser criados para ajudar 
a administração pública. 
 
Palavras-chave: Direito Administrativo. Fraudes. Licitações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNIOR, Pedro Lourenço de Lima. Bidding fraud and its typologies. 2020. 65 
pages Course Conclusion Paper (Graduation in Law). Santo Antônio da Platina 
Faculty - University Brazil. Advisor: Prof. Me. Laerty Morelin Bernardino, 2020. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
What we see in the news these days is just corruption news, disjointed corruption 
systems, and bid fraud cartels burst by the police. But it seems that it is easier to 
accept that we live in a dark phase than to come up with proposals to avoid the 
unethical of a lost society. Fraud is small or large but has the same goal of burdening 
the state and benefiting corrupt companies. The State should bring a more forceful 
analysis, which generates anti-fraud mechanisms and contributes to the training of 
social control agents to identify signs of fraud and corruption in faster public 
procurement processes. Bid fraud can occur in a variety of ways, and it is common to 
use different mechanisms of fraudulent action to achieve the goal of reducing or 
eliminating competition in a bid. In practice it is found that situations of fraud often 
imply violations of other basic principles guiding public procurement. It is the 
obligation of the public agent and society to identify potential situations of fraud and 
corruption in public procurement and also to assist the control bodies. in its function 
to detect and investigate such cases. This requires a thorough study of the rules and 
characteristics, fraudulent typologies and their principles. Of these there are many 
systems being used to combat bid fraud, such as the new law on bids in Congress, 
another is the creation of the social observatory and also more stringent penalties 
applied by the state to fight fraud. Other procedures may be created to assist public 
administration. 
 
 
KEYWORDS: Administrative Law. Bids. Fraud. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 
1 ASPECTOS GERAIS DA LICITAÇÃO................................................................... 13 
1.1 O PROCESSO LICITATÓRIO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA .........................14 
1.1.1 Decreto-Lei 2.300/1986.....................................................................................18 
1.1.2 Medida Provisória 2.206/2000 Lei 10.520/02....................................................20 
1.1.3 Lei nº 8.666/1993..............................................................................................211.2 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO PÚBLICA..............................................................21 
1.2.1 Princípio da Isonomia........................................................................................22 
1.2.2 Princípio da Legalidade.....................................................................................23 
1.2.3 Princípio da Impessoalidade.............................................................................24 
1.2.4 Princípio da Moralidade.....................................................................................24 
1.2.5 Princípio da Publicidade....................................................................................25 
1.2.6 Princípio do Julgamento Objetivo......................................................................26 
1.3 LICITAÇÃO INTERNA E EXTERNA....................................................................26 
1.3.1 Comissão de Licitação......................................................................................30 
1.4 MODALIDADES DE LICITAÇÃO.........................................................................31 
1.4.1 Concorrência.....................................................................................................32 
1.4.2 Tomada de Preços............................................................................................32 
1.4.3 Carta-Convite....................................................................................................33 
1.4.4 Pregão...............................................................................................................34 
 
 
1.4.5 Leilão.................................................................................................................34 
1.4.6 Concurso...........................................................................................................35 
1.4.7 Pregão Eletrônico..............................................................................................36 
2 HIPÓTESES DE NÃO OCORRÊNCIA DA LICITAÇÃO.........................................37 
2.1 CONTRATAÇÃO DIRETA....................................................................................42 
2.2 DISPENSA EM RAZÃO DE PEQUENO VALOR.................................................42 
2.3 DISPENSA EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS................................44 
2.3.1 Emergências ou Calamidades Pública..............................................................44 
2.4 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO......................................................................45 
2.5 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS..............................................................46 
2.6 FORNECEDOR EXCLUSIVO..............................................................................47 
2.7 SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS.......................................................48 
2.8 PROFISSIONAL CONSAGRADO........................................................................48 
3 DAS FRAUDES EM LICITAÇÃO E SUAS TIPOLOGIAS......................................49 
3.1 PROJETO.............................................................................................................50 
3.2 DESVIO NAS LICITAÇÕES.................................................................................50 
3.3 DIRECIONAMENTO.............................................................................................50 
3.4 DESISTÊNCIAS/IMPEDIMENTOS......................................................................53 
3.5 DOS CRIMES.......................................................................................................54 
3.5.1 Do Compliance como Método de Prevenção aos Crimes na Licitação............55 
3.6 CASOS DE FRAUDES EM LICITAÇÃO/NOTICIADO.........................................56 
 
 
3.6.1 As Fraudes e seus Esquemas...........................................................................58 
3.6.2 Tabela Resumo dos Procedimentos de Análise................................................61 
3.7 FONTES DE PESQUISAS...................................................................................64 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................65 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo trazer os crimes na fase licitatória 
pública, no processo de licitação, o que se encontra muito é o desvio de verba 
pública, ou o privilégio de empresas renomadas, com a busca de vantagens 
indevidas, entre outras inúmeras questões a serem abordadas. 
Assim o trabalho trouxe um pouco da história das licitações no Brasil e suas 
regras próprias, observando suas características, que foram detalhadas um pouco 
sobre cada modalidade e como se caracteriza, dentro da lei 8.666/93. 
O Regulamento de Licitações e Contratos que tinha especificações gerais, 
para que pudesse definir um espaço normativo que pode ser preenchido também 
desempenhou um papel importante na história dos concursos. 
Os Princípios das licitações que devem ter observância públicas e que 
devem ser norteada pelos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Igualdade, Publicidade, Probidade Administrativa, Vinculação ao Instrumento 
Convocatório e Julgamento Objetivo por meio desta que licitações são conduzidas, e 
que tanto a Administração Pública quanto os participantes devem respeitá-las e 
segui-las para que aconteça o bom andamento do procedimento licitatório. 
Já o segundo trouxe as hipóteses de não licitar, quando a administração 
pública pode ou não realizar o evento, desde que possa justificar o motivo pelo qual 
a licitação foi abandonada. 
 Somente nos casos em que se torne inviável por certas razões suficientes e 
legítimas, a licitação deve ser renunciada e o contrato diretamente celebrado com a 
pessoa particular e que deve utilizar melhor os recursos públicos para atender aos 
interesses da sociedade e, sob a premissa de observar ações administrativas, que 
ocorreram com grandes mudanças na moralização das compras públicas. 
 Assuntos transparentes, para ajudar reduzir os gastos públicos, de modo 
que, por exemplo, o dinheiro economizado em uma certa quantidade de compras 
possa ser convertido em outros benefícios a sociedade. 
Na terceira fase o trabalho buscou entender o perfil do fraudador, porque o 
interesse em praticar o ilícito e a aproximação da administração pública pra formar o 
conluio de cartel, e assim ficar demostrada a falta estrutural na administração 
pública e a morosidade em corrigir os desvios das verbas públicas, deixando a 
sociedade desacreditada. 
12 
 
 Hoje em dia o que vemos nas mídias, são casos de nomes mais robustos 
que fazem a alusão ao objeto do crime. É tão importante o ato licitatório, que 
encontramos previsão na constituição federal em seu art. 37, XXI, ajudando para, 
que o administrador público faça uma boa gerencia dos recursos públicos. 
Tudo passa por licitação nos órgãos públicos, e o agente público deve 
prevenir e remediar todo o processo fraudulento no certame da licitação. 
Identificar situações de potenciais fraudulentas e corruptos da forma ativa 
em licitações públicas devendo auxiliar no controle em sua função. 
Tudo isso é função do agente público, com previsão legal na constituição 
também, esse profissional deve atuar de maneira preventiva ao que diz respeito das 
interrupções, antes mesmo da efetivação da contratação e da concretização do 
contrato, trazendo danos ao erário público. 
 Não há dúvidas de que o controle social de licitações públicas envolve 
grandes desafios. Além da complexidade inerente de alguns procedimentos, o 
próprio volume de processos que podem ser acompanhados. Independente do nível 
da administração em seu âmbitofederal, estadual ou municipais. 
Em vista disso, este material busca também oferecer alguns indicadores de 
risco que podem orientar a identificação de procedimentos licitatórios de maior 
criticidade ou mais relevantes, isto é, cuja análise mais detalhada seja prioritária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1 ASPECTOS GERAIS DE LICITAÇÃO 
 
 A lei das licitações está relacionada em primeira com a natureza jurídica que 
se compreende no meio de um cenário jurídico público. E depois o outro lado 
regulador, mais objetivo. 
 Para isto a finalidade da licitação deve ser sempre atender o interesse 
público, buscar a proposta mais vantajosa, e também deve haver igualdade de 
condições, e respeitar e seguir, como os demais princípios resguardados pela 
constituição federal. Mas nem sempre a posposta mais vantajosa é a de menor 
preço. Fundamentado no corpo da Lei 8666/93: 
 
Art. 3º - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade 
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 
§ 1º - É vedado aos agentes públicos: 
 
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, 
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o 
seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades 
cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da 
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra 
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato; 
 
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, 
trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas 
brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, 
modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos 
financiamentos de agências internacionais. 
 
O processo licitatório deve ser regido pelos princípios constitucionais 
da isonomia, legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação 
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e outros 
correspondentes, se assim houver. 
 
[...] 
 
A partir dessa estrutura legal, que é um tipo de procedimento certo, com o 
objetivo de dar aos entes da Gestão Pública a possibilidade de realizar um ou o 
14 
 
melhor negócio ou, até mesmo a dar a quem é interessado à oportunidade de 
concorrência com igualdade de condições e também para que não paire duvidas de 
algum tipo de fraude. 
A licitação, inicialmente, teve sua origem no latim, e 
diz: licitatione ou licitatio conforme Fortes Junior, (2017, on-line), e há indícios que 
os chineses tenham utilizado algo parecido com “licitação” e o código de Hamurabi 
traz, mas de uma forma simples, Acredita-se que foi escrito pelo rei Hamurabi, 
aproximadamente em 1772 a.C. Foi encontrado por uma expedição francesa em 
1901 na região da antiga Mesopotâmia, correspondente à cidade de Susa, no 
sudoeste do Irã ou Irão. 
Para Meirelles, 2002, apud Âmbito Jurídico 2012 (on-line) 
 
Estados medievais da Europa usaram-se do sistema denominado 
“vela e pregão”, que consistia em apregoar-se a obra desejada e 
enquanto ardia uma vela os construtores interessados faziam suas 
ofertas. 
Quando extinguia a chama adjudicava-se a obra a quem houvesse 
oferecido o melhor preço. 
 Reminiscência desse sistema medieval é a modalidade de licitação 
italiana denominada “estinzione di candela vergine”, em que as 
ofertas eram feitas verbalmente enquanto se acendem três velas, 
uma após a outra. Gasta a última sem nenhum lance, a licitação era 
declarada deserta; caso contrário, acendia-se uma quarta vela e 
assim sucessivamente, para que se pudesse adjudicar o objeto do 
certame, era obrigatório que uma vela tivesse ardido por inteiro sem 
nenhum lance superior precedente. 
 
 
 Portanto, com a ajuda de agentes financeiros internacionais para incentivar o 
Brasil, e simplificar o sistema. 
 
1.1 O PROCESSO LICITATÓRIO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
 
 A primeira lei no Brasil, que tratou de compras públicas, foram as Ordenações 
Filipinas de 1595. Conhecida como a Lei de Portugal que fora importada para o 
Brasil Colônia. 
 Assim como diz (Brazão, 2015). 
 
Depois surgiu em 1909, à lei nº 2.221, essa lei tinha apenas um 
significado que era de coibir ou regular os gastos públicos. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/150906/lei-2221-94
15 
 
No Brasil colônia, mais ou menos em meados do ano de 1828, onde 
muitas pessoas aproximavam-se de um local indicado para ofertar 
lances de menor preço, com isso no passar de tempo surgiu em 
1862 o decreto 2.926, que determinava o processo de arrematações, 
que dizia em seus primeiros artigos: 
 
 
Uma vez definida a lei, os gastos públicos devem ter sidos definidos e 
respeitados para o controle orçamentário de modo que esta disposição constitui um 
direito, pois define as instruções para entidades públicas que os agentes deveriam 
seguir 
 
1º Logo que o Governo resolva mandar fazer por contracto qualquer 
fornecimento, construção ou concertos de obras cujas despezas 
corrão por conta do Ministerio da Agricultura, Commercio e Obras 
Publicas, o Presidente da junta, perante a qual tiver de proceder-se á 
arrematação, fará publicar annuncios, convidando concurrentes, e 
fixará, segundo a importancia da mesma arrematação, o prazo de 
quinze dias a seis mezes para a apresentação das propostas. 
 
2º Se a arrematação se referir a fornecimentos, sempre que fôr 
possivel, serão postas em lugar accessivel aos concurrentes as 
amostras dos objectos que se pretenderem comprar; todas as vezes, 
porém, que se tratar de construcção ou concertos de obras, os 
concurrentes poderáõ examinar as plantas, perfis e detalhes 
respectivos, os quaes serão para esse fim depositados no Archivo 
Central das Obras Públicas, onde se prestaráõ tambem as 
informações que forem necessarias a respeito das clausulas geraes 
e condições especiaes do contracto. Com permissão do Ministro 
poderáõ ser tambem examinados os orçamentos das obras ou 
concertos; esta permissão, sendo concedida a um, fica extensiva a 
todos os concurrentes. 
 
3º Até oito dias antes do marcado para a arrematação os 
concurrentes deveráõ apresentar fiador idoneo, que se 
responsabilise pelas multas em que incorrerem, não só quando, 
offerecendo condições reputadas mais vantajosas pelo Ministro da 
Agricultura, Cormmercio e Obras Publicas, recusarem-se a assignar 
o contracto, como tambem por não cumprirem as cláusulas geraes e 
condições especiaes a que pelo mesmo contracto se tiverem 
obrigado. Os que preferirem prestar caução, o farão em dinheiro, ou 
em fundos publicos ou de companhias garantidas pelo Governo, 
devendo a mesma caução ser igual á importancia da fiança, e o 
deposito effectuado no Thesouro. Se fôr em dinheiro vencerá o juro 
da Lei, ou o corrente, se fôr inferior. 
 
 Neste ano de 1862 todas as arrematações eram de competência do Ministério 
da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, que era considerado como a primeira 
norma de licitações. O decreto continha 39 artigos assinados então por Manoel 
16 
 
Felizardo de Souza e Mello, que tinha o cargo de Ministro e assinava em forma de 
rubrica para o imperador Dom Pedro II. 
 Depois de algumas modificações do Decreto Nº 2.926/1862, foi promulgado o 
Decreto Lei Nº 4.536/1922, que organizava o Código de Contabilidade da União. 
Com praticamente 20 Artigos, onde esses artigos citavam a respeito das licitações. 
 Segundo Fortes Junior (2017, on-line): 
 
 O Artigo 49 obrigava concorrência pública para fornecimentos acima 
de determinado valor e para obras quandoultrapassasse o dobro do 
valor estipulado para fornecimento. Havia também uma fase anterior 
em que era julgada a idoneidade da pessoa no prazo de dez dias 
passados o qual seria inscrito no certame. Havia um tipo de 
obrigatoriedade de publicação em diário oficial com todas as 
informações necessárias aos interessados. O que ficou evidenciado 
é que neste caso se fosse aos dias de hoje seria, o princípio da 
vinculação ao instrumento convocatório. 
 
 O Decreto nº 4.536 federal emitido em 1922, foi sistematizado no Decreto nº 
200/1962. O conteúdo do decreto estabeleceu reformas administrativas em nível 
federal e foi estendido para 5.45 / 1968.s. Áreas estaduais e municipais. 
 Ao longo do século passado, várias agências de propostas surgiram. Eles 
começaram com alguns modelos muito básicos e até hoje se tornaram os modelos 
que seguem. 
 A Lei nº 4.401 foi promulgada em 1964, tornando a licitação um procedimento 
de contratação pública realizado pela administração pública. Antes disso, todas as 
disposições legais consideravam esse procedimento uma concorrência. 
 Com o desenvolvimento da história, é justo que a sociedade se organize 
melhor e estabeleça um mecanismo de garantia constitucional baseado em 
princípios. 
 No seu artigo 37, item XXI, todas as áreas federal, estaduais e municipais 
devem cumprir essa disposição. 
 O mencionado Artigo 22, Artigo XXVII da Constituição Federal é promulgado 
especificamente para os sindicatos legislarem sobre as regras gerais de licitação e 
contratação governamental de várias maneiras. 
 Antes disso, o Decreto nº 2300/86 era o principal símbolo da licitação 
brasileira. Como diz se diz: 
 
17 
 
Art. 1º Este decreto-lei institui o estatuto jurídico das licitações e 
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, compras, 
alienações, concessões e locações, no âmbito da Administração 
Federal centralizada e autárquica. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 
2.348, de 1987) 
 Art. 2º As obras, serviços, compras e alienações da Administração, 
quando contratadas com terceiros, serão necessariamente 
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas neste 
decreto-lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.348, de 1987) 
Art 3º A licitação destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao 
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhe são 
correlatos. 
§ 1º É vedado aos agentes públicos admitir, prever, incluir, ou tolerar, 
nos atos de convocação, cláusulas ou condições que: 
I - comprometam, restrinjam, ou frustrem, o caráter competitivo do 
procedimento licitatório; 
II - estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, 
da sede ou do domicílio dos licitantes. 
§ 2º Observadas condições satisfatórias de especificação de 
desempenho e de qualidade, de prazo de entrega e de garantia, será 
assegurada preferência aos bens e serviços produzidos no 
País. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.360, de 1987) 
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos, e acessíveis ao 
público, os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das 
propostas, até a respectiva abertura. 
Art 4º Todos quantos participem de licitação instaurada e procedida 
por órgãos ou entes da Administração Federal têm direito público 
subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento, nos termos 
deste decreto-lei. 
 
 Antes da entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, o estatuto 
também considerava os estatutos aplicáveis aos estados e municípios brasileiros. 
 O Regulamento de Licitações e Contratos tinha especificações gerais, para 
que pudesse definir um espaço normativo que pode ser preenchido também 
desempenhou um papel importante na história dos concursos. 
De acordo com os critérios para a divisão da autoridade vertical, o órgão 
federativo era responsável por definir regras gerais sobre esse assunto, por outro 
lado, permitindo que outras entidades formassem regras específicas de acordo com 
suas particularidades. 
 Portanto, para outros departamentos governamentais, apenas regras gerais 
eram obrigatórias e livres para supervisionar outros departamentos. 
 Conforme observa Sílvio Roberto Seixas Rego (2009) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2348.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2348.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2348.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2360.htm#art1
18 
 
À magnitude de um princípio constitucional é tamanha, que motivou 
Celso Ribeiro Bastos a se manifestar no sentido de que a não 
observação de um princípio informador de determinado sistema é 
muito mais grave do que a violação da própria lei aplicada. Segundo 
o festejado constitucionalista, a infração da lei é mal menor se 
considerada em relação à não observância de um princípio, eis que 
este último traduz-se na própria estrutura informadora da norma. Ao 
contrário da norma que somente possui eficácia nas situações por 
ela disciplinadas, os princípios, em razão de sua abstratabilidade 
sem conteúdo concreto, açambarcam, ao contrário da lei, um número 
indeterminado de situações fornecendo critérios para a formação das 
leis. Aspecto relevante da aplicabilidade dos princípios diz respeito 
aos critérios que estes fornecem para uma sólida, justa, lógica e legal 
interpretação da lei. 
 
 Segundo Rigolin (2008), apud Forte Junior (2017, on-line), a Constituição 
Federal de 1988 recepcionou integralmente o Decreto-Lei 2300. A nova 
Constituição Federal de 88 recebeu integralmente a orientação da Lei de licitações 
de 86, sendo a primeira no direito constitucional brasileiro. 
 Mas se o principal objetivo de criação constitucional das licitações teve esse 
crescimento na constituição federal de 1988, o ápice de verdade aconteceu em 1993 
com a promulgação da lei nº 8.666/93 que se usa até hoje, onde à busca da 
eficiência dada pela administração era o objetivo para alguns tipos. Porque a 
constituição também expôs os princípios da obrigatoriedade de licitação, na gestão 
pública. A lei era no começo muito boa, mas a gestão burocrática brasileira não 
deixava se desenrolar e não tinha agilidade nos processos licitatórios era muito 
morosa, já que se procurava uma eficiência, isto a deixava mais engessada em suas 
burocracias. 
 
1.1.1 Decreto-Lei nº 2.300/1986 
 
 Os parágrafos, do decreto era especialmente voltado para a transparência da 
contratação pública. 
 O Decreto nº 2300, de 1986, tentou preencher a lacuna deixada pelas 
barreiras comerciais. Simplifique seu antecessor, ajuste cuidadosamente os 
procedimentos de licitação e a execução do contrato e os tópicos relacionados. Seus 
noventa artigos, Projetado para regular esse assunto apenas no nível federal, 
 Conforme comenta, Fernando Bandeira de Melo Filho (p.03, on-line) 
 
19 
 
Decreto-Lei nº 2.300 frente à Constituição vigente à época de sua 
adoção por julgar que ela demonstra que determinadas práticas hoje 
tidas como abusivas já vêm de longa data profanando os ditames 
constitucionais brasileiros. Tal constatação, aliás, não deixa de ter 
uma certa ironia, quando hoje nos deparamos com a discussão sobre 
as medidas provisórias. É que o Decreto-Lei nº 2.300, de 1986, 
amparou-se justamente no dispositivo do art. 55, II, da Constituição 
de 67/69, que permitia a edição dos tais decretos-leis em casos de 
urgência ou interesse público relevante sobre matéria de finanças 
públicas, inclusive normas tributárias. Aliás, o segundo embasamento 
constitucional do Decreto-Lei em questão foi justamente o art. 8º, 
XVII, alínea c, que previa a competência da União para legislar 
naquilo que se referisse a “normas gerais sobre orçamento, despesa 
e gestão patrimonial e financeira denatureza pública”. 
Desnecessário distinguir, aqui, direito administrativo de direito 
financeiro e o evidente uso forçado que se fez à época, como ainda 
hoje se faz, para ampliar a possibilidade do Executivo utilizar-se de 
tais mecanismos legislativos de urgência. 
 
 A famosa Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993, trouxe consigo muitos 
problemas detectados nas limitações do mercado ao licitar, onde decifrar estava à 
problemática em que o mercado tinha o dever de encontrar a ponta do novelo. De 
1909 a 1986, houve sucessivas leis e decretos que consubstanciaram as bases de 
nossa legislação atual no concernente a licitações. 
 Em 21 de novembro de 1986, foi promulgado o Decreto-Lei n° 2.300, que foi 
extremamente relevante na história das licitações, pois trouxe o estatuto jurídico das 
licitações e contratos administrativos. 
 A Constituição Federal de 1988 também teve papel basilar na história das 
licitações, haja vista, que por intermédio dela, foi aplicado o Estatuto de Licitações e 
Contratos a Estados e Municípios. Assim, ao analisar o disposto no art. 37, XXI da 
Constituição Federal, pode-se observar que a obrigatoriedade de licitar é princípio 
constitucional, apenas fazendo uso da dispensa ou inexigibilidade nos casos 
expressamente previstos em Lei. 
 Entretanto, somente em 22 de junho de 1993, a Lei Federal 8.666 é 
sancionada no País como a Lei de licitações e contratos da administração pública. 
 Neste art. 37, XXI da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei 8.666, 
de 21.06.93 (alterada pelas Leis 8.883/94, 9.648/98 e 9.854/99), em vigor 
atualmente, que disciplina as licitações e contratos da Administração Pública. Esta 
lei estabelece cinco modalidades licitatórias: concorrência, tomada de preços, 
convite, leilão e concurso. Estas modalidades estão definidas no art. 22 da Lei 
Federal nº 8.666/93. As quais em regra devem seguir os princípios vinculados. 
20 
 
1.1.2 Medida Provisória 2.026/2000/ Lei 10.520/02 
 
A Medida Provisória nº 2.026/2000, instituiu a criação da modalidade pregão, 
como à complexibilidade da medida provisória onde alguns de seus termos 
precisaram ser editados por 18 vezes, mas que tal modalidade só servia para a 
união, com a promulgação da lei 10.520/02 a modalidade se estendeu também aos 
entes federativos. 
A lei 10.520/02 que instituiu a modalidade pregão foi criada para dar mais 
celeridade nas aquisições de bens e serviços. 
Assim ficou instituído: 
 
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns poderá ser 
adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por 
esta Lei. 
 
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os 
fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e 
qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio 
de especificações usuais no mercado. 
 
Art. 2º (VETADO) 
 
§ 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de 
recursos de tecnologia da informação, nos termos de 
regulamentação específica. 
 
§ 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bolsas de 
mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades 
promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de 
tecnologia da informação. 
 
§ 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar organizadas 
sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos e com a 
participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos 
unificados de pregões. 
 
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: 
 
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação 
e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os 
critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento 
e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para 
fornecimento; 
 
 
21 
 
O processo evolutivo é constante em uma sociedade e também se ajusta, 
por isso houve outros anseios que refletiram na conduta dos gestores, abrindo novos 
caminhos a serem seguidos, logo a gestão pública se mobilizou para buscar o 
melhor para a sociedade, com isso o processo administrativo foi criado e a partir de 
um emaranhado de regras que constituem seus fundamentos. Tais regras, apesar 
de tudo, conseguiram guardar entre si diferenças básicas que passaram a regular a 
matéria. 
 
1.1.3 Lei nº 8.666/1993 
 
 A Lei Federal 8.666, foi sancionada no país como a Lei de licitações e 
contratos da administração pública em 22 de junho de 1993. Essa lei foi criada para 
moralizar a Administração, os negócios públicos e os contratos administrativos em 
todos os níveis, da Administração pública, assim, quando se verifica a necessidade 
de contratar e celebrar um contrato, realiza-se a licitação. 
O art. 3° da lei 8.666 de 1993 diz: 
 
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 
 Entendendo que a administração pública não pode contratar sem regras, e 
sim deve respeitar o princípio da igualdade de todos para contratar com as 
empresas obdescendo princípio da moralidade acima de tudo. 
 
1.2 Princípios Da Licitação Pública 
 
 Todo e qualquer ato, ou pessoa deve respeitar os direitos fundamentais que 
comporta uma adequação necessária às circunstâncias e aos valores envolvidos na 
situação concreta, enquanto a regra de direito caracteriza-se pela redução da 
margem da autonomia valorativa, estando o aplicador vinculado ao seu conteúdo. 
Art. 3º da Lei 8.666/93 assim dispõe em seu corpo o embasamento: 
22 
 
 
§ 1o É vedado aos agentes públicos: 
 
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, 
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o 
seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades 
cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da 
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra 
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato; 
 
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, 
trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas 
brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere à moeda, 
modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos 
financiamentos de agências internacionais. 
 
 Esses princípios devem ser obedecidos em todas as licitações os princípios 
que serão utilizados como base para todos os procedimentos, mostra o acórdão: 
 
Acórdão 6198/2009 - Primeira Câmara. A violação de princípios 
básicos da razoabilidade, da economicidade, da legalidade e da 
moralidade administrativa, e a desobediência às diretrizes 
fundamentais da licitação pública, no caso, a isonomia entre 
licitantes, o julgamento objetivo, a vinculação ao instrumento 
convocatório, bem como o caráter competitivo do certame, 
constituem vícios insanáveis que ensejam a fixação de prazo para 
exato cumprimento da lei, no sentido de declarar a nulidade do 
certame. 
 
 De forma que para a administração pública sempre vai valer a ideia de menor 
preço ou a proposta mais vantajosa aos interesses coletivos. E sempre obedecendo 
aos princípios. 
 
1.2.1 Princípio da Isonomia 
 
 Trata-se da igualdade jurídica. É um procedimento muito importante, como 
direto fundamental, pois ele está ligado à impessoalidade e se encontra na 
constituição federal do Brasil, onde se mantém a concorrência e principalmente o 
respeito entre os licitantes, sem que alguns sejam favorecidos e outros prejudicados. 
O princípio da isonomia ou igualdade serve para prevalecer o respeitoa 
competitividade entre os licitantes, e mantém assim a igualdade entre os licitantes. 
Tratamento igualitário aos licitantes, sem favoritismos ou parcialidades. 
23 
 
 Segundo Carvalho Filho (2011), A igualdade na licitação significa que todos os 
interessados em contratar com a administração devem competir de condições, sem 
que nenhum se ofereça vantagem não extensiva a outro. 
 Desta maneira este princípio vai aplicar a igualdade para todos sem 
desmerecer ou escolher ninguém. 
 É inconstitucional e ilegal o estabelecimento de exigências que restrinjam o 
caráter competitivo dos certames. 
 
1.2.2 Princípio da Legalidade 
 
 O administrador vincula seus atos à lei, não podendo dela se afastar ou 
desviar. Esse princípio é de suma importância, pois o administrador não pode fazer 
de sua vontade própria, desta maneira constitui inteiramente do procedimento da lei 
vinculada da administração pública e as suas regras constituídas nas normas e 
princípios. Este princípio diz e quer dizer que o agente público tem de agir conforme 
o que está prevista na lei, este princípio legal, está vinculado inteiramente na lei, que 
rigorosamente estuda todas suas etapas e estabelece como direito público subjetivo 
dos licitantes a fiel observância do relacionado procedimento nela constituído. 
Assim: 
 
Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. 
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não 
proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a Lei 
autoriza. A lei para o particular significa “pode fazer assim”; para o 
administrador público significa “deve fazer assim” (MEIRELLES, 
2008, p.89). 
 
Observando sempre que o ente público administrador, estará submetido ao 
cumprimento da lei para poder atuar. 
O princípio da legalidade está demonstrado do art. 5° da carta Magna e de 
forma clara no art. 4º da Lei de Licitações, que dispõe o seguinte: 
 
Art. 4º - Todos quantos participem da licitação promovida pelos 
órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm o direito público 
subjetivos à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido 
nesta Lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu 
desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou 
impedir a realização dos trabalhos. 
24 
 
 
Neste princípio da legalidade, sob a ótica da administração pública, devem 
seguir sempre em fazer o que está previsto em lei, não podendo agir na omissão 
dela. 
 
1.2.3 Princípio da Impessoalidade 
 
O interesse público é contrário ao interesse próprio ou de terceiros. Este 
princípio faz o agente público a ter critérios e objetivos antecipadamente 
constituídos, evitando a administração de agir livremente sem objetivos na condução 
dos processos de licitação. Deste feito o agente público nunca vai agir de benefícios 
para si ou terceiros particulares. O princípio tem como uma cópia do princípio da 
igualdade que tem em vista garantir igualdade para todos os que encontram em uma 
mesma situação. 
As decisões têm de vir objetivadas, o intuito terá sempre um objetivo certo e 
não poderá ser afastado de qualquer ato administrativo, que não seja o interesse 
público. 
As funções desempenhadas pelo administrador podem precisar identificar 
todos os canais que causam má execução de funções públicas. Mostra até que o 
dever de justiça se tornou o aspecto mais importante do princípio da impessoalidade 
administrativa. 
 
1.2.4 Princípio da Moralidade 
 
 A atividade do administrador deverá ser legal, justa, conveniente, oportuna, 
ética e honesta. Esse princípio conhecido também como o da probidade, tem o 
objetivo de conservar a honestidade e ética dos agentes públicos, e tem como 
obrigação de punir. Em vista as licitações, é comum encontrar situações de conluios 
entre aqueles que realizam o devido processo, de forma que ferem a moral e 
caracterizam ofensa direta ao princípio da moralidade. 
 A incorporação de princípios morais administrativos na Constituição Federal 
reflete a preocupação com a ética na administração pública e o combate à corrupção 
e à impunidade no setor público. Antes disso, a má conduta administrativa era 
25 
 
apenas uma previsão e definição de violações contra políticos. Para outros, apenas 
punição por enriquecer ilegalmente. 
 Com a inserção do princípios da moralidade, as pessoas começaram a 
antecipar a conduta imprópria e sancionaram estritamente todas as categorias de 
funcionários públicos e cobriram outros comportamentos ilegais, além de 
enriquecerem ilegalmente. 
 
1.2.5 Princípio da Publicidade 
 
 A divulgação do ato para conhecimento público e condição para início de seus 
efeitos externos, assim todo interessado deve ter acesso às licitações públicas e seu 
controle, por meio de divulgação dos atos cometidos pelos administradores em 
todas as etapas da licitação. 
 Sobre o tema comenta Carvalho Filho (2011, p. 226): 
 
Este princípio informa que a licitação deve ser amplamente 
divulgada, de modo a possibilitar o conhecimento de suas regras a 
um maior número possível de pessoas. E a razão é simples: quanto 
maior for a quantidade de pessoas que tiverem conhecimento da 
licitação, mais eficiente poderá ser a forma de seleção, e, por 
conseguinte, mais vantajosa poderá ser a proposta vencedora. 
 
 Então, o modo dos atos praticados deverá ter transparência coletiva para 
todos os que participam das licitações, com o objetivo de analisar as informações 
sobre licitação, e assim obtendo um melhor conhecimento sobre o assunto, Conclui 
Carvalho Filho (2011). 
 
Significa que as regras traçadas para o procedimento devem ser 
fielmente observadas por todos. Se a regra fixada não é respeitada, 
o procedimento se torna inválido e suscetível de correção na via 
administrativa ou judicial. 
 
 
 O artigo 41 da Lei 8666/1993 tem como objetivo o instrumento para convocar 
licitantes para a apresentação de proposta, que é uma lei de licitação interna que 
vincula os termos licitantes quando a administração pública que expediu. Esse 
princípio obriga a administração pública em analisar e cumprir com as leis já 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1027021/lei-de-licita%C3%A7%C3%B5es-lei-8666-93
26 
 
estabelecidas para o certame que é de grande importância. Observada ainda que a 
administração tem que respeitar o que diz as regras e a lei. 
 
1.2.6 Princípio do Julgamento Objetivo 
 
 O objetivo desse princípio é impor ao administrador a responsabilidade de 
julgar propostas, conforme com os critérios definidos no edital. Devem ressaltar 
critérios, objetivos estabelecidos no ato convocatório para a avaliação das 
propostas. Para impedir ou descartar o subjetivismo, condutas tendenciosas, 
injustas e impróprias. 
 O princípio do julgamento objetivo deve seguir o que foi estipulado no edital, 
sendo assim, diz a lei: 
 
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a 
Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em 
conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente 
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição 
pelos licitantes e pelos órgãos de controle. 
 
 
 Embora seja para melhoramento da própria Administração, o agente público 
não poderá usar critérios que não se encontram estipulado no edital. 
 
1.3 LICITAÇÃO INTERNA E EXTERNA 
 
 A licitação pública é composta em dois processos distintos ou como 
conhecida como fase interna e externa. 
 Afirma Adriana Maurano, 2004 que o processo interno é onde serão formadas 
as regras para que não pairem dúvidas de bens ou serviços comuns e que acontece 
antes da publicação do edital. 
 Deste modo a finalidade da licitação é permitir que o poder público 
conseguisse a proposta que lhe seja mais vantajosa, e com o menor custo, cujo 
desiderato não pode ser lançado com violação aos princípios básicosconstitucionais 
que regem as licitações. 
27 
 
 Suas modalidades distintas e separadas, mas com importância especifica que 
são: concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão, bem como 
o pregão eletrônico. Nesta fase interna a comissão de licitação tem a obrigação de 
esgotar todas as dúvidas que pairem, para que não haja vícios. 
 Sempre irá utilizar a licitação para possibilitar a contratação de serviços e ou 
adquirir bens e ou realizar obras, no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
 Ainda a essas fases vão saber, o que o órgão público está necessitando, e 
quais os meios usados para chegar a essa necessidade, e saber quais são os 
projetos básicos, fonte de recursos e ai passar para uma comissão de licitação que 
irá analisar a conformidade com os tipos de licitação. 
Os critérios têm que estar previamente definido, para possibilitar sua 
aferição pelos licitantes e os órgãos de controle. 
Seja na fase interna do pregão ou da fase interna, regidas pela lei nº 
8.666/1993, e também na fase prévia às contratações diretas, sob a denominação 
de Termo de Referência, Projeto Básico ou especificação técnica, o mais importante 
é que, guiados pelo princípio da eficiência e da economicidade, os servidores 
públicos estejam devidamente capacitados para especificar o melhor produto/serviço 
que atenda aos anseios da administração. 
Na fase externa, somente conseguirá alcançar resultados eficazes e 
adequados para a Administração Pública a partir de especificações técnicas 
objetivas e adequadas. 
Consta no art. 38 da Lei 8.666/93, o procedimento: 
 
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de 
processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e 
numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de 
seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão 
juntados oportunamente: 
I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; 
II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 
21 desta Lei, ou da entrega do convite; 
III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro 
administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite; 
IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem; 
V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; 
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação 
dispensam ou inexigibilidade; 
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua 
homologação; 
28 
 
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e 
respectivas manifestações e decisões; 
IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for 
o caso, fundamentado circunstanciadamente; 
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; 
XI - outros comprovantes de publicações; 
XII - demais documentos relativos à licitação. 
 
 Sem isso, nenhuma melhoria na legislação que trata do tema das licitações 
públicas alcançará a esperada eficiência. 
 A fase externa, então é conhecida na publicação do edital. Quando se torna 
pública as informações de como e quando será a licitação bem como qual a 
modalidade escolhida pelo órgão público. 
 O que consta no art.40 da lei 8666/93: 
 
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série 
anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a 
modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de 
que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da 
documentação e proposta, bem como para início da abertura dos 
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos 
instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do 
contrato e para entrega do objeto da licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital 
de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com 
os artigos. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das 
propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros 
objetivos; 
VIII - locais horários e códigos de acesso dos meios de comunicação 
à distância em que serão fornecidos elementos, informações e 
esclarecimentos relativos à licitação e às condições para 
atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu 
objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas 
brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais; 
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme 
o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados à fixação 
de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em 
relação a preços de referência, ressalvada o disposto nos parágrafos 
1º e 2º do art. 48. 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do 
custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou 
setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou 
29 
 
do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do 
adimplemento de cada parcela 
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para 
execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos 
em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas; 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento em relação à data final a cada período de 
aferição não superior a 30 (trinta) dias; 
b) cronograma de desembolso máximo por período, em 
conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros; 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, 
desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a 
data do efetivo pagamento. 
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, 
e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 
e) exigência de seguros, quando for o caso; 
XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; 
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; 
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. 
§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as 
folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no 
processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou 
resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados. 
§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: 
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, 
desenhos, especificações e outros complementos; 
II - demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de 
quantitativos e custos unitários; 
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços 
unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). 
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o 
licitante vencedor; 
IV - as especificações complementares e as normas de execução 
pertinentes à licitação. 
§ 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como 
adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a 
realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem 
como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja 
vinculada a emissão de documento de cobrança. 
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas 
com prazo de entrega até trinta dias da data prevista para 
apresentação da proposta, poderão ser dispensadas: 
I - o disposto no inciso XI deste artigo 
II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV 
deste artigo, correspondente ao período compreendido entre as 
datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que 
não superior a quinze dias. 
§ 5º A Administração Pública poderá, nos editais de licitação para a 
contrataçãode serviços, exigir da contratada que um percentual 
mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema 
prisional, com a finalidade de ressocialização do reeducando, na 
forma estabelecida em regulamento. 
 
30 
 
 Esse momento é o conhecimento geral onde se fez público, partindo disto a 
ideia do instrumento convocatório pela administração pública, pois já determinou o 
que é realmente o que ela procura e como vai pagar na sua dotação orçamentária, e 
aí se inicia com a publicação do edital. 
 A habilitação, que nada mais é de uma empresa se interessar em participar 
da licitação, o agente publicou no instrumento convocatório no edital e uma empresa 
x, se interessou, pois tem capacidade de participar, tudo o que o edital pede a 
empresa está em acordo ou habilitado. 
 Consiste basicamente na verificação da documentação e requisitos pessoais 
dos licitantes. Tem como finalidade a garantia de que o licitante, sendo o vencedor 
do certame, tenha condições técnicas e financeiras para cumprir o contrato de forma 
adequada. 
 A lei 8.666/93 proíbe qualquer exigência que seja supérflua, pois exigências 
desnecessárias indicariam direcionamento da licitação em favor de alguém ou de 
algum grupo. 
 E também o licitante não habilitado não poderá participar dos atos 
subsequentes da licitação, sendo assim excluído do certame. 
 Depois da habilitação, vem a proposta porque já habilitado a empresa 
apresenta a proposta, seguindo o princípio do sigilo, tem que ser lacrado as 
propostas. 
 O seguinte é a fase de classificação ou o julgamento do que está previsto no 
edital, como o menor preço, melhor técnica ou técnica e preço, sempre respeitando 
o edital. E se homologa então, confirmando que está tudo ok, mas não pode ser pela 
comissão de licitação e sim por órgão competente. 
 
1.3.1 Comissão de Licitação 
 
A lei das licitações diz que o agente público deve estabelecer uma comissão 
para que possa ser responsável por todo o processo licitatório, essa comissão então 
seria nomeada por decreto e de no mínimo três membros e devidamente 
qualificados. 
Estabelecida à comissão, então está teria a função de julgar, receber, 
procedimentos relativos às licitações e das suas modalidades. 
31 
 
É importante salientar que a comissão é de função excepcional para a 
realização do certame licitatório porque ali naquele momento é que se começa a 
discutir a organização do certame, os objetivos o momento do andamento do 
processo em si, como entregas de envelopes, julgamentos das impugnações e 
outros fatores de necessidade. 
A importância das comissões está prevista no artigo 51 da Lei 8.666/93: 
 
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a 
sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e 
julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 
(três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores 
qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da 
Administração responsáveis pela licitação. 
 
Comissão de licitação neste entendimento é responsável pela condução de 
toda etapa da licitação, até como uma prevenção de possíveis fraude. 
 
1.4 MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
 
 As licitações possuem modalidades admissíveis por lei que são: concorrência, 
tomada de preços, carta convite, concurso, leilão e pregão, é o Instrumento pelo 
qual a administração leva ao conhecimento público a abertura de concorrência, de 
tomada de preço, de concurso e de leilão, fixa as condições de sua realização e 
convoca os interessados para a apresentação de suas propostas. O processo 
licitatório é um método administrativo que visa garantir igualdade de condições a 
todos que queiram realizar um contrato com o poder público. O § 8º do art. 22 da 
LGL (1993), é vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação 
das licitações neste artigo, cita AMORIM (2018, p.73) 
 
Tal norma dirige-se ao administrador público no sentido de vedar a 
composição ou mistura de modalidades quando da realização de 
determinado procedimento licitatório. Ademais, não é possível a 
combinação ou criação de modalidades de licitação por lei estadual, 
distrital ou municipal, sob pena de contrariedade ao inciso XXVII do 
art. 22 da CF. 
 
 A licitação é prevista por lei (Lei 8666 de 1993). Esta propõe critérios 
objetivos de escolha das propostas de contratação para o ente público 
 
32 
 
1.4.1 Concorrência 
 
 Forma da qual podem participar quaisquer interessados e na fase de 
habilitação preliminar, mostrem possuir requisitos mínimos de qualificação, exigidos 
no edital para execução do objeto da licitação, art. 22 em seu § 1º: 
 
Art. 22 - § 1º - Concorrência é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos 
no edital para execução de seu objetivo. 
 
 A concorrência deve ser utilizada na alienação de bens imóveis, nas 
concessões de direito real de uso, nas permissões e concessões de serviços 
públicos e nas licitações internacionais, qualquer que seja o valor do objeto; sendo 
que nas duas primeiras hipóteses exige-se que o procedimento seja praticado com 
autorização legislativa específica. 
 
1.4.2 Tomada de Preços 
 
 Dispõe a Lei 8666/93 em seu art. 22 em seu § 2º: 
 
§ 2º - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. 
 
Trata-se, então de modalidade realizada entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento 
até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação. É modalidade indicada para contratos de vultos médios 
admitindo a participação de interessados previamente cadastrados, ou conforme 
acima especifica a lei apresente documentação até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas. 
Este cadastro corresponde ao assentamento que defere a qualificação de 
interessados em contratar segundo sua área de atuação, substituindo a 
apresentação de parte da documentação. 
33 
 
Senão vejamos o que diz a Lei 8.666/93 em seu art. 22, parágrafo 9º: 
 
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração 
somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos 
previstos nos arts. 27 a 31, que comprovarem habilitação compatível 
com o objeto da licitação, nos termos do edital. 
 
 Portanto podem participar também aqueles que não estiverem cadastrados 
desde que atendam os mesmos requisitos dos previamente cadastrados e sigam o 
prazo estabelecido. 
 
1.4.3 Convite 
 
O convite é realizado entre interessados do ramo de que trata o objeto da 
licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela administração. O 
convite é a modalidade de licitação mais simples. 
Expressa sobre esta modalidade a Lei 8666/93 em seu art. 22, parágrafo 3º: 
 
§ 3º - Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo de 03(três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará em local apropriado cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas de apresentação das 
propostas. 
 
A administração escolhe quem quer convidar, entre os possíveis 
interessados, cadastrados ou não. A divulgação deve ser feita mediante afixação de 
cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de 
ampla divulgação. 
Segundo, Enap (2014, p.11) 
 
No Convite, para que a contratação seja possível, são necessárias 
pelomenos três propostas válidas, isto é, que atendam a todas as 
exigências do ato convocatório. Não é suficiente a obtenção de três 
propostas. É preciso que as três sejam válidas. Caso isso não 
ocorra, a Administração deve repetir o convite e convidar mais um 
interessado, no mínimo, enquanto existirem cadastrados não 
convidados nas últimas licitações, ressalvadas as hipóteses de 
limitação de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, 
34 
 
circunstâncias estas que devem ser justificadas no processo de 
licitação. 
 
 No convite é possível a participação de interessados que não tenham sido 
formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto a ser licitado, desde que 
cadastrados no órgão ou entidade licitadora. Esses interessados devem solicitar o 
convite com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas 
 
1.4.4 Pregão 
 
 É a modalidade de licitação em que disputa pelo fornecimento de bens e 
serviços comuns, é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas 
propostas de preço por escrito e por lances verbais, independentemente do valor 
estimado da contratação. Ao contrário do que ocorre em outras modalidades, no 
pregão a escolha da proposta é feita antes da análise da documentação, razão 
maior de sua celeridade. 
 A modalidade pregão foi instituída pela Medida Provisória 2.026, de 04 de 
maio de 2000, convertida na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo Decreto 
3.555, de 2000. O pregão é modalidade alternativa ao convite, tomada de preços e 
concorrência para contratação de bens e serviços comuns. Não é obrigatória, mas 
deve ser prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado de contratação. 
 
1.4.5 Leilão 
 
 O leilão é a modalidade de licitação na qual podem participar quaisquer 
interessados e deverá ser utilizada predominantemente para a venda de bens 
móveis inservíveis, ou seja, são aqueles bens que não têm destinação pública 
definida (bens dominicais), e por isso podem ser colocados à venda pela 
administração pública para a obtenção de renda. Essa modalidade de leilão entre 
quaisquer interessados, adequada pare venda de bens móveis inservíveis para a 
administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para 
alienação de bens imóveis previstas no art. 19 do Estatuto Licitatório, a quem 
oferecer maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
35 
 
§ 5º - Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de 
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a 
alienação de bens imóveis previstas no Art. 19, a quem oferecer o 
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
 O leilão realizado pela administração, segue os mesmos fundamentos do 
leilão realizado entre particulares, com a diferença de poder ser realizado por 
leiloeiro oficial ou por servidor designado para tanto pela administração como um 
pregoeiro. 
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor 
designado pela Administração, procedendo-se na forma da 
legislação pertinente. 
§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela 
Administração para fixação do preço mínimo de arrematação 
 
 No mais, segue os procedimentos tradicionais previstos na legislação 
pertinente, comercial e processual. 
 
1.4.6 Concurso 
 
 O concurso está descrito na Lei 8666/93, em seu artigo 22, parágrafo 4º: 
 
§ 4º - Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, 
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial 
com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. 
 
 O concurso deve ser anunciado com ampla divulgação pela imprensa tanto 
oficial quanto particular, através de edital, publicado com uma antecedência mínima 
legal de 45 dias para a realização do evento. A qualificação exigida aos participantes 
será estabelecida por um regulamento próprio do concurso, que conterá também as 
diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, bem como as condições de 
realização e os prêmios a serem concedidos. 
36 
 
Nesta modalidade, poderão participar quaisquer interessados que 
atenderem às exigências do edital. Sendo bastante utilizada para a escolha de 
projetos arquitetônicos. 
 
1.4.7 Pregão Eletrônico 
 
O preço é o principal fator de influência para que ocorra a contratação. Por 
isso, primeiro é realizada a abertura das propostas e só depois ocorre à 
apresentação da documentação. Assim o pregão eletrônico como condutor do 
processo, a sessão pública acontece à distância, por meio de sistemas eletrônicos, 
como é regulamentado pelo decreto nº 5.450/2005. 
O processo se inicia da seguinte forma: as empresas interessadas devem 
entrar no sistema do órgão público responsável pela licitação em questão e realizar 
o cadastro. Feito isso, a empresa interessada deverá finalizar o processo de 
credenciamento – que altera conforme cada Portal de Compras – para assim estar 
apto para a participação do pregão. 
Justamente por se tratar de uma modalidade on-line, em que a escolha é 
determinada pelo menor preço, aumenta tanto o número de participantes da licitação 
quanto a competitividade entre os fornecedores. 
No Pregão eletrônico não se aplica a seleção dos preços até 10% do menor 
apresentado. Todos os proponentes podem oferecer lance e também não há ordem 
de apresentação de lance (ao contrário do Presencial, onde os lances ocorrem do 
proponente selecionado com maior preço para o de menor preço). 
É fixado sim um prazo (em minutos) para apresentação de lances. Há 
possibilidade de se prever prorrogações automáticas quando houver lance ao final 
do prazo. De acordo com o Artigo 9º da Lei 10520/02: Aplicam-se, as normas da Lei 
nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
2 HIPÓTESES DE NÃO OCORRÊNCIA DA LICITAÇÃO 
 
Ainda existem outras modalidades de licitações, tão importantes quanto e 
que para esses tipos, há hipóteses que aparecem em outro subgrupo de 
modalidades como a contratação direta, dispensas de licitações e outras. 
A dispensa está prevista no art. 24 da Lei 8.666/93. Consolidou-se o 
entendimento de que o caso concreto se enquadrará como dispensa se ficar 
caracterizada uma das situações previstas pela legislação. Nesse caso, as hipóteses 
legais são taxativas. 
Essas hipóteses, muitas vezes são usados quando não configurar a 
necessidade de um pregão, onde em seu Art. 37, inciso XXI da Constituição: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante 
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações 
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos 
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações. 
 
 
É claro que existem os termos nas obrigações de licitar e que existe brechas 
em casos específicos para não se licitar e sim dispensar, assim sabemos que se 
licitar traz mais segurança, ao processo de compra ou serviços do ente público. Mas 
como facilita de um lado complica de outra também, porque deixa o ente público 
comprar direto. 
 A lei 8.666/93 adota os mesmos passos da Constituição. Na licitação 
dispensável, o agente público, se quiser, poderá realizar o procedimento licitatório, e 
já com relação à licitação dispensada,o administrador não pode licitar, visto que já 
se tem a definição de pessoa física ou jurídica com quem se firmará o contrato. 
A lei nº 8.666/93 indica as situações em que a licitação deve ser dispensada, 
em seu artigo 17, como diz: 
38 
 
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada 
à existência de interesse público devidamente justificado, será 
precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos 
da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, 
para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de 
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, 
dispensada está nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da 
administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o 
disposto nas alíneas f, h e i; 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do 
inciso X do art. 24 desta Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de 
qualquer esfera de governo; 
 
Existem hipóteses relacionadas à alienação de bens da Administração 
Pública e tal alienação está subordinada à existência de interesse público, 
devidamente justificado, e à prévia avaliação. 
As hipóteses em que a licitação é dispensada estão previstas no artigo 24 da 
Lei 8666/93. Confira algumas dessas situações a seguir: 
 Art. 24. É dispensável a licitação: 
 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por 
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, 
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço 
ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local 
que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação 
dada pela Lei nº 9.648, de 1998). 
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) 
do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para 
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram 
a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior 
vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela 
Lei nº 9.648, de 1998). 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, 
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e 
somente para os bens necessários ao atendimento da situação 
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços 
que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e 
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos 
contratos; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e está, 
justificadamente, não puderem ser repetidas sem prejuízo para a 
39 
 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas; 
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para 
regular preço ou normalizar o abastecimento; 
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços 
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou 
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais 
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 
desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta 
dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro 
de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48). 
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, 
de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que 
integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse 
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança 
nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da 
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento) 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento 
das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de 
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o 
preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação 
prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou 
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que 
atendida à ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as 
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive 
quanto ao preço, devidamente corrigido; 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou 
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento 
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do 
preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação 
ético-profissional e não tenha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei 
nº 8.883, de 1994). 
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termo de acordo 
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando 
as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o 
Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). 
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos 
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou 
inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários 
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas 
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a 
pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades 
que integrem a Administração Pública, criados para esse fim 
específico; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994). 
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional 
ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante 
o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses 
equipamentos, quando tal condição de exclusividade for 
indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, 
de 1994). 
40 
 
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o 
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e 
seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta 
duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas 
sedes, por motivo de movimentação operacional ou de 
adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder 
comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde 
que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II 
do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994). 
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, 
com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando 
houver necessidade de manter a padronização requerida pela 
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, 
mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela 
Lei nº 8.883, de 1994). 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência 
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos 
ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços 
ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, 
de 1994). 
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e 
desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de 
engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea 
“b” do inciso I do caput do art. 23. 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos 
licitatórios

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