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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUANA KARINY LOPES NOGUEIRA ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2016 GOIÂNIA DEZ/2017 II LUANA KARINY LOPES NOGUEIRA ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2016 Monografia apresentada à Escola de Ciências Agrárias e Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientador(a): Profª Nathalie Martelli de Paula, Ms. Co-orientador: Welington Tritão da Rocha, Esp. GOIÂNIA DEZ/2017 III PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA Aluno (a): Luana Kariny Lopes Nogueira Orientador (a): Profª Ms. Nathalie Martelli de Paula Membros: 1. Ms. Nathalie Martelli de Paula 2. Ms. Vanessa Bernardes 3. Esp. Welington Tritão da Rocha IV Dedico este trabalho a todos (as) amigos Biólogos, que buscam sempre aprimorar seu conhecimento em todas as áreas de pesquisas. E aos meus familiares, colegas e professores mais próximos que venceram mais esta etapa de sua formação acadêmica e colaboraram para que fosse possível a realização deste trabalho e pesquisas realizadas. V AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais pelo incentivo e pelo custeamento dos meus estudos, sempre me ajudando e apoiando em tudo que precisei durante todo período que estive estudando. Aos meus amigos e amigas que presenciou e participou de todos os momentos difíceis dessa trajetória acadêmica, através dos trabalhos feitos em grupo das viagens a campo. A minha orientadora que apesar de todas as dificuldades encontradas pelo caminho sempre nos passou energia positiva para que tudo desse certo no final, ao Centro de Zoonoses de Goiânia pela disponibilidade dos dados, que foram cruciais para o trabalho. VI “O começo de todas as ciências é o espanto das coisas serem o que são.” (Aristóteles) Resumo VII RESUMO A Chikungunya tem origem na África e na Ásia. Existem dois vetores para a doença o Aedes aegypti e o A. albopictus. A grande capacidade adaptativa do mosquito tem se tornado um grande problema nas tentativas de combater ao vetor. O objetivo do trabalho foi à verificação da incidência da referida doença no município de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016, a partir do Informe Técnico Semanal disponibilizado pelo Centro de Zoonoses de Goiânia e também compara lós com a incidência de casos do estado de Goiás através do Boletim Epidemiológico disponível no DATASUS. Os resultados obtidos foi o aumento da incidência de casos da Chikungunya do ano de 2016 em relação ao ano de 2015 no município de Goiânia, já ao comparar a incidência de casos do município com os dados do estado de Goiás dos anos de 2015 e 2016, constatamos uma discrepância no número de casos em 2015. As causas encontradas para o aumento foram o índice de chuva, falta de programas de combates ao vetor da doença, descaso da população no combate do vetor dentro de suas residências, aumento de turistas no município de Goiânia e no estado de Goiás, a falta de comprometimento do estado, a lentidão do diagnostico preciso da doença e a falta de estudos epidemiológicos. Palavras-chave: Aedes aegypti, Aedes albopictus, Chikungunya, causas, controle. Abstract VIII ABSTRACT The Chikungunya has its origins in Africa and Asia. There are two vectors for the disease the Aedes aegypti and a. albopictus. The adaptive capacity of the mosquito has become a big problem in attempts to combat the vector. The objective of this work was to verify the incidence of that disease in the municipality of Goiânia between 2015 and 2016, from the Weekly Technical Report made available by the Centre for Zoonoses of Goiânia and also purchase them with the incidence of cases of Goiás State through the Epidemiological Bulletin available on the DATASUS. The results obtained was the increased incidence of cases of Chikungunya in the year 2016 in relation to the year 2015 in the municipality of Goiânia, to compare the incidence of cases of the municipality with the data of the State of Goiás from 2015 and 2016 you will see a discrepancy in the number of cases in 2015. The causes found for the increase were the index of rain, lack of programs for fighting the disease vector, neglect of populates. Key-words: Aedes aegypti, Aedes albopictus, Chikungunya, causes, control. Lista de figuras IX LISTA DE FIGURAS Figura 01. Diferença entre as linhas do tórax dos mosquitos Aedes aegypti (4linhas) e Aedes albopictus (1 linha).................................................................... 6 Figura 02. Número de casos importados da Febre Chikungunya em residentes de Goiânia entre os anos 2015 e 2016.................................................................. 10 Figura 03. Número de casos autóctones da febre Chikungunya em residentes de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016............................................................. 10 Figura 04. Número de casos prováveis e incidência de chikungunya (/100 mil habitantes (hab.)) no estado de Goiás, da semana epidemiológica 01 até a semana epidemiológica 52 dos anos de 2015 e 2016........................................... 13 Figura 05. Comparação entre o índice de casos prováveis da Chikungunya entre o estado de Goiás e o município de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016..................................................................................................................... ... 15 Figura 06. Teste ANOVA (Excel/2010), valor-P - indica que existe diferença entre os dois grupos: grupo 1 Goiás e grupo 2 Goiânia......................................... 17 Lista de tabelas X LISTA DE TABELAS Tabela 01. Casos notificados, confirmados e em investigação de Febre de Chikungunya em residentes de Goiânia, por ano.................................................. 9 Tabela 02. Dados do número de casos de Chikungunya do Informe Técnico Semanal de 23 de maio de 2017 dos anos de 2015 e 2016.................................. 12 Tabela 03. Número e casos prováveis notificados e incidência de febre Chikungunya / 100 mil habitantes (hab.)) da semana epidemiológica 01 a semana epidemiológica 52, no estado de Goiás nos anos de 2015 e 2016.......... 13 Tabela 04. Comparação entre o número de casos prováveis da Chikungunya entre o estado de Goiás e o município de Goiânia nos anos de 2015 e 2016....................................................................................................................... 15 Lista de símbolos, siglas e abreviaturas XI LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS A. - Aedes DENV - Vírus da Dengue ZIKV - Vírus da Zika CHIK - Vírus da Chikungunya PCR - Exame Proteína C Ativa RNA - Ribonucleic acid (ácido ribonucleico) DATASUS - Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil M.S. - Ministério da Saúde SE – Semana Epidemiológica Hab. – Habitantes ACS - Agentes Comunitários de Saúde ACE - Agentes de Combate a Endemias INMET – Instituto Nacional de Meteorologia Sumário XI SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO........................................................................................... .. 1 2.0 OBJETIVOS.............................................................................................. ... 7 2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................7 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.................................................................. 7 3.0 METODOLOGIA........................................................................................ .. 8 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 9 4.1 Analise de dados coletados do Informe Técnico Semanal: Dengue, Chikungunya e Zika do município de Goiânia Goiás dos anos de 2015 e 2016............................................................................................................. 9 4.2 Analise de dados coletados do Boletim Epidemiológico dos anos de 2015 e 2016 disponível no site de pesquisas DATASUS............................ 12 4.3 Comparações entre o número de casos prováveis entre os anos 2015 e 2016 no município de Goiânia descrito no Informe Técnico Semanal em relação ao número de casos prováveis no estado de Goiás do Boletim Epidemiológico............................................................................................. 15 5.0 CONCLUSÃO............................................................................................ .. 18 6.0 REFERÊNCIAS........................................................................................... 20 Introdução 1 1 INTRODUÇÃO De acordo com Ferreira (2010), a epidemiologia trata – se de um estudo das inter-relações dos vários determinantes da frequência e distribuição de doenças num conjunto populacional, ou seja, um estudo tanto da frequência de determinadas doenças quanto ao seu respectivo diagnóstico, o que corrobora para a identificação dos problemas relacionados à saúde pública em uma determinada população em um determinado espaço de tempo, o que ajuda na determinação de medidas especifica de prevenção ou controle da erradicação da moléstia. Os estudos epidemiológicos podem ser divididos em estudos observacionais e estudos experimentais. O estudo observacional permite que a natureza siga o seu curso: já que o pesquisador mensura o índice de doenças na população, mas não intervém no seu curso, ou seja, apenas observam os processos que levaram uma população a contrair determinada doença, com o mínimo de interferência nos objetos estudados. Estes estudos podem ser de dois tipos, descritivos e analíticos (BONITA et al., 2003). Como descritos à cima os estudos observacionais podem ser: descritivos que têm por objetivo determinar a distribuição tanto das doenças, quanto das condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e as características dos indivíduos, o que indica a incidência de casos novos e a prevalência de casos existentes de uma determinada doença ou condição relacionada à saúde associados a padrões como sexo, idade, escolaridade e renda. Por sua vez os estudos analíticos são aqueles delineados para examinar a existência da associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. Os principais delineamentos de estudos analíticos são: ecológico, seccional (transversal), caso-controle (caso- referência) e coorte (prospectivo) (LIMA-COSTA e BARRETO, 2003). Já os estudos experimentais ou de intervenção são caracterizados por uma tentativa ativa de modificar um determinante da doença, como exposição, comportamento ou progressão da doença, através do tratamento adequado. Assim os estudos experimentais são mutualmente controlados e randômicos sendo os pacientes os sujeitos do estudo. Os efeitos de uma intervenção gerada por esses estudos podem ser mensurados ao comparar a evolução do grupo experimental com Introdução 2 a de um grupo controle, esses estudos podem ser de três tipos: testes controlados aleatórios, testes de campo, testes comunitários ou testes em comunidades (BONITA et al., 2003). No Brasil, o controle das doenças transmitidas por vetores está baseado em um conjunto de ações vinculadas à vigilância em saúde, às atividades da atenção básica e à mobilização social. Estas ações representam em conjunto uma nova estratégia de pensar e agir que tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população e o desenvolvimento de práticas adequadas ao enfrentamento dos problemas existentes (ALENCAR et al. 2008). Foi detectada na cidade de Oiapoque no estado do Amapá em setembro de 2014 no Brasil a primeira transmissão autóctone do vírus da Chikungunya conhecida também por Febre Chikungunya, ou seja, a doença foi transmitida dentro do próprio estado, e não trazida por alguém que se contaminou em outro local. Ao longo de 2014 foram confirmados 2.772 casos de contaminação pelo vírus da Chikungunya no Brasil. O reconhecimento precoce da transmissão local, seguido de rápido e efetivo controle dos vetores e outras medidas de saúde pública são a única medida para impedir a ocorrência de surtos explosivos (HONÓRIO et al., 2015). As informações sobre, por exemplo, as moléstias: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela circulam mais no verão, após o período de maior infestação do mosquito do gênero Aedes como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. O trabalho de controle de focos dos vetores assumem uma frequência e cobertura menores após o período de maior infestação, o que propaga uma falsa ideia de que essas moléstias citadas acima só ocorrem naquela época do ano, e na verdade elas ocorrem durante todo o ano. Observa-se, assim, um aumento do conhecimento da população sobre o assunto somente nesse período em que o vetor toma uma maior força devido a fatores como, por exemplo, o clima, tornando sua capacidade de propagação maior no período onde as moléstias não são mais combatidas, sem que haja uma respectiva queda nas taxas de incidência das doenças, fazendo com que tenha sucessivas epidemias das doenças (SILVA, 2011). A emergência de arboviroses em locais antes indenes, que antes não havia sofrido nem um dano decorrente de uma infestação, representa um potencial desafiador para a saúde pública em muitos aspectos. Já que a uma notável associação dos mosquitos vetores com o homem também é um desafio, outro desafio relevante para a saúde pública é o diagnóstico dessas novas arboviroses. Introdução 3 Castro et al., 2016 relatam que o quadro clinico da Chikungunya se da em duas fases: a fase aguda onde a pessoa infectada tem uma febre alta, calafrios, cefaléia, náuseas, vomito, fadiga, dor nas costas, mialgia e artralgia simétrica. As dores articulares persistem além do período de recuperação, caracterizando na fase crônica da doença. A poliartralgia (presença de dor sem inflamação das articulações) se prolonga por semanas a anos, comprometendo a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico da Chikungunya inclui a confirmação laboratorial da infecção, baseado na sorologia, PCR em tempo real (RT-PCR) ou isolamento viral, associado à presença de quadro clínico sugestivo da doença (Castro et al., 2016). A infecção pelo CHIKV apresenta muitas semelhanças com dengue. O período de incubação varia de 1 a 12 dias – média de 4 dias, seguido por febre alta repentina, dores agudas e persistentes nas articulações, cefaleia, mialgia. Aproximadamente de 25% das pessoas atingidas pelo vírus da Chikungunya, a infecção é assintomática. A poliartralgia caracteriza os casos sintomáticos. Os sintomas e sinais agudos da infecção pelo CHIKV podem sumir em cerca de 7 a 15 dias, embora as dores, rigidez e edema nas articulações possam durar meses e até anos, em aproximadamente 12% dos casos. Pessoas com idade acima de 45 anos apresentam a doença crônica concomitante e com maior intensidade das dores na fase aguda contribuindo para a persistência da poliartralgia (TAUIL, 2014). A Febre Chikungunya, no momento, não dispõe de terapia antiviral específica nem vacina preventiva. O objetivo do tratamento, portanto, é controlar a febre, reduzir o impacto do processo imunológico, tratar a dor, eliminar o edema, minimizar os efeitos das erupçõese evitar o aparecimento de lesões articulares crônicas. Os pacientes são orientados a adotar cuidados gerais e a utilizar fármacos como antipiréticos e analgésicos; entretanto, alguns indivíduos permanecem sintomáticos (CASTRO et al. 2016). O nome Chikungunya deriva de uma palavra em Makonde que significa aproximadamente “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia (dores nas articulações) intensa (BRASIL, 2014). A Chikungunya teve origem na África e na Ásia, o CHIKV é mantido na natureza em dois ciclos de transmissão: silvático e urbano, o silvático está aparentemente, em larga medida, restringido ao continente Africano e envolve principalmente primatas não-humanos, pequenos mamíferos e mosquitos como Aedes furcifer-taylori, A. africanu e A. aegypti, que habitam as florestas, no ciclo urbano, caracterizado por Introdução 4 surtos de grandes dimensões no continente Asiático, observa-se transmissão humano-mosquito-humano sob a forma epidémica em populações com fraca imunidade, onde o homem funciona como reservatório. Neste contexto, os principais vetores são mosquitos A. aegypti e, mais recentemente, também o A. albopictus devido a uma mutação adaptativa no vírus (PINTO, 2013). O CHIKV é um vírus RNA (Ácido ribonucléico) que pertence ao gênero Alphavírus da família Togaviridae. O CHIKV consiste em partículas virais icosaédricas, com aproximadamente 70 nm de diâmetro, revestidas por um invólucro lipídico onde estão inseridas as glicoproteínas virais E1 e E2 (PINTO, 2013). Existem dois vetores principais do CHIKV, A. aegypti e A. albopictus. Ambos os mosquitos são amplamente distribuídos por todos os trópicos, com A. albopictus sendo também presentes em latitudes mais temperadas (BRASIL, 2014). A seleção do local de oviposição por parte das fêmeas é o principal fator responsável pela distribuição dos mosquitos nos criadouros e é de maior relevância para a distribuição das espécies na natureza (CONSOLI e OLIVEIRA, 1998). Sabe se que o A. aegypti foi introduzido no Brasil durante o período colonial, provavelmente na época do tráfego de escravos. Devido a sua importância como vetor da febre amarela, foi intensamente combatido em nosso território, tendo sido considerado erradicado em 1955. Contudo, países vizinhos como as Guianas e a Venezuela, dentre outros sul-americanos, como também os Estados Unidos da América, Cuba e vários países centro-americanos, não o erradicaram. Esse descuido provocou a reinvasão do Brasil pelo A. aegypti, em Belém do Pará, em 1967, no Estado do Rio de Janeiro, provavelmente em 1977 e em Roraima no início da década de 1980 (CONSOLI E OLIVEIRA, 1998). O mosquito A. aegypti transmite os quatro sorotipos da dengue e tem competência e capacidade vetora para veicular a febre amarela e outros arbovírus como o Zika vírus e a chikungunya, devendo haver preocupação com a segurança em nossas cidades, no que tange aos riscos de epidemias (NATAL, 2002). Tem se observado que o mosquito A. aegypti tenha adquirido uma alta capacidade adaptativa no meio ambiente. Forattini e Brito (2003), relatam que este culicídeo tem uma alta preferência por recipientes contendo água limpa, embora tenha sido observado também em ambientes poluídos. Silva (2007), concluiu que o referido mosquito pode ter se adaptado a um novo ambiente, como fossas de esgotamento sanitário doméstico, tolerando água turva e rica em material orgânico Introdução 5 em decomposição, e em sais. É conhecido que o comportamento do referido vetor é altamente endofílico e antropofílico, ele utiliza o interior das casas para se abrigar e alimentar-se do sangue humano. Dessa forma, o encontro do mosquito ocorre, principalmente, em ambientes urbanos e suburbanos, onde há elevada concentração populacional humana e de residências (LIMA-CAMARA et al., 2016b). O A. albopictus é semelhante com o A. aegypti. Ocorre naturalmente em áreas de clima temperado e tropical na Região Oriental, na Austrália, na Nova Guiné, nas Ilhas Mariane, Havaianas, Bonin, Reunion e Mauricius, em Madagascar, no Oeste do Irã e Japão. Chegou ao continente americano recentemente em 1985, ocupando localidades ao sul dos Estados Unidos, sendo pela primeira vez encontrada no Brasil, em maio de 1986, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (CONSOLI E OLIVEIRA, 1998). As fêmeas do A. albopictus depositam seus ovos aos poucos, em vários recipientes diferentes, o que facilita a dispersão da espécie. Seus hábitos são muitos semelhantes aos do A. aegypti, porem o A. albopictus é diurno, muito eclético quanto ao hospedeiro, sendo o homem e as aves suas vítimas mais frequentes, seus ovos são resistentes à dessecação e sua densidade é diretamente influenciada pelas chuvas (CONSOLI E OLIVEIRA, 1998). Nos últimos anos Pessoa et al. (2013) tem observado uma significativa antropofilia do A. albopictus, que combinada com sua habilidade de transitar pelos ambientes urbanos e periurbano, fazem deste culicídeo uma ponte entre patógenos silvestres e urbanos, dentre os quais destacam-se os vírus Chikungunya, Dengue e da febre Amarela. Podemos citar como diferença entre ambos os vetores as faixas brancas presentes na parte superior do tórax. Viveiros (2010), relata que o mosquito A. aegypti possui quatro segmentos de manchas brancas em seu tórax. Já o mosquito A. albopictus apresenta apenas uma listra bem definida e compactada de escamas brancas (FORATTINI, 2002) (Figura 01). Introdução 6 Fonte: site Planeta dos invertebrados; Figura 01. Diferença entre as linhas do tórax dos mosquitos Aedes aegypti (4 linhas) e Aedes albopictus (1 linha). Disponível em: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=artigos_ver&id=119; acessado em 29/10/2017 ás 14h12mim. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi obter por meio de dados epidemiológicos cedidos pelo centro de Zoonoses de Goiânia, a taxa de incidência do arbovírus da chikungunya, transmitido pelo mosquito A. aegypti e A. albopictus na região do município de Goiânia Goiás entre os anos de 2015 e 2016. Objetivos 7 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Identificar no município de Goiânia a incidência de casos de Chikungunya entre os anos de 2015 e 2016. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Comparar a taxa de incidência da Chikungunya, presentes no DATASUS e nos dados do centro de zoonoses no município de Goiânia Goiás, entre os anos de 2015 a 2016; - Comparar o número de casos autóctones e importados no município de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016; - Apontar as possíveis causas do por que houve ou não o aumento do número de casos da Chikungunya a partir dos resultados obtidos da taxa de incidência entre os anos de 2015 e 2016; Metodologia 8 3 METODOLOGIA A efetivação deste trabalho foi fundamentada com a observância das Normas de Pesquisa de Saúde, designadas na Resolução 196/96, de 10 de outubro de 1996, do Conselho de Saúde, do Ministério da Saúde e demais resoluções complementares à mesma. Por tratar-se de um estudo baseado em um levantamento de dados secundários, a aplicação de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, tornou-se desnecessária. Para a análise dos dados, primeiramente foi realizado um levantamento do número de casos de Chikungunya no município de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016 a partir do Informe Técnico Semanal: Dengue, Chikungunya e Zika disponibilizado pelo centro de zoonoses de Goiânia, nós quais estão descritos o total de notificações da doença feita ao longo dos anos da pesquisa. E também foi feito uma coleta de dados do estado de Goiás no site de pesquisas DATASUS (http://datasus.saude.gov.br/; acessado em 18/10/2017 ás 12h18min.) in: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/boleti m-epidemiologico#numerosanteriores> acessadono dia 18/10/2017 ás 12h34min, onde estão disponibilizados os Boletins Epidemiológicos, editados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, com os dados do número de casos da Chikungunya no estado de Goiás sendo o total do número de casos registrados da semana epidemiológica 01 a semana epidemiológica 52 dos anos de 2015 e 2016. A partir daí as variáveis do número de casos no estado e no município foram comparadas e analisadas pela estatística ANOVA. Podendo identificar a incidência da respectiva doença e apontando as possíveis causas que permitiu o aumento do número de casos da Chikungunya do ano de 2015 para o ano de 2016. A análise descritiva utilizada para o cálculo das frequências absolutas de cada variável escolhida foi através do software Microsoft office ® Excel, versão 2010. Resultados e discussão 9 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Analise de dados coletados do Informe Técnico Semanal: Dengue, Chikungunya e Zika do município de Goiânia Goiás dos anos de 2015 e 2016. Ao analisar o Informe Técnico Semanal: Dengue, Chikungunya e Zika com data de atualização de 20 de setembro de 2017, cedido pelo Centro de Zoonoses de Goiânia Goiás, foi possível constatar que foram notificados no ano de 2015, 47 casos de Febre Chikungunya no município de Goiânia Goiás, sendo desses 47 casos 0 casos confirmados e 0 casos permanecem em investigações. Já no ano de 2016 foram notificados 95 casos, sendo 16 casos confirmados dos quais 10 são casos importados e 6 autóctones, e 23 casos ainda permanece em investigação (Tabela 01). Tabela 01. Casos notificados, confirmados e em investigação de Febre de Chikungunya em residentes de Goiânia, por ano. Ao compararmos os dados do Informe Técnico Semanal, podemos observar que a incidência de casos de Chikungunya no Município de Goiânia aumentou entre os anos de 2015 e 2016. Pode ser observado que no ano de 2016 o número de casos importados é maior que o número de casos autóctones. Já em 2015 dos 47 casos notificados nem um foi confirmado ou permanece em investigação (Figuras 02 e 03). Ano Notificações Confirmados Em investigação 2016 95 16 (10 importados e 6 autóctones) 23 2015 47 0 0 Resultados e discussão 10 Figura 02. Número de casos importados da febre Chikungunya em residentes de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016. Figura 03. Número de casos autóctones da Febre Chikungunya em residentes de Goiânia entre os anos 2015 e 2016. Resultados e discussão 11 Diante deste resultado podemos citar possíveis causas que contribuíram para o aumento do número de casos principalmente o aumento de casos importados (10 casos) em relação ao número de casos autóctones (6 casos) no ano de 2016. Matos et al. (2013), relatam que o turismo é considerado pelos agentes de saúde um fator responsável pelo aparecimento de algumas doenças emergentes ou reemergentes. Portanto, podemos apontar como uma dessas causas o aumento do número de turistas no município em 2016 já que as Olimpíadas foram sediadas no Brasil no estado do Rio de Janeiro, o que poderia ter proporcionado o aumento do número de pessoas vindo de outras regiões em todos os estados e municípios do Brasil, proporcionando a reincidência dos casos de Chikungunya em 2016 em relação de 2015. O volume de chuva no ano de 2016 poderia ser também considerado um fator que proporcionou o aumento do número de casos da Chikungunya no município de Goiânia em relação ao ano de 2015. Embora, o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET nos mostra que a possível causa do aumento de casos da Febre Chikungunya no município de Goiânia GO em 2016, não foi devido ao um aumento do nível de chuva no ano, pois em relação ao ano de 2015 que teve zero casos da doença confirmados, o nível de chuva foi aproximadamente o mesmo em relação ao total de precipitação em mm dos meses no ano de 2016. Ainda de acordo com o referido instituto no ano de 2015 houve a precipitação cerca de 1,480 mm somando aproximadamente a quantidade precipitação por mês no ano, e no ano de 2016 precipitou cerca de 1,430 mm no ano. O volume de chuva não é mais considerado um fator que ocasiona o aumento do número de casos de doenças transmitidas por vetores, então podemos descartar essa possibilidade de causa do surto de Chikungunya, pois sem muita diferença entre o nível de precipitação de chuva no ano, o número de casos da doença deveria ter sido relativamente o mesmo do ano de 2015 para o ano de 2016. No entanto, Forattini e Brito, 2003, relatam que o mosquito A. aegypti ao longo dos anos apresentou o aumento da capacidade de sobrevivência, já que agora o mesmo consegue se reproduzir em água turva e não mais somente em água limpa. As medidas de prevenção junto com os agentes de saúde e a população se tornou um meio que combate ao vetor que teria que ter um constate monitoramento, tomando por base do aumento a resistência no mosquito proliferador de Resultados e discussão 12 Chikungunya e também de outra arboviroses que tem uma grande importância na saúde publica (CARVALHO e SOUZA, 2016). O Informe Técnico Semanal utilizado nesta pesquisa cedido pelo centro de zoonoses foi atualizado na data de 20 de setembro de 2017, por isso ele inda não se encontra disponível no banco de dados do DATASUS, porém, já se encontra disponível na internet o Informe Técnico Semanal com data de atualização de 23 de Maio de 2017 que encontramos dados diferentes do informe utilizado no trabalho. No informe de maio de 2017 os casos confirmados de Chikungunya em 2016 eram de 14 casos confirmados sendo 9 importados, 5 autóctones e 27 casos em investigação. Podemos então confirmar a partir da comparação desses dois informes a lentidão em se tratar na identificação da doença já que estamos no final de 2017 e os casos de 2016 ainda estão sendo confirmados (Tabela 02). Tabela 02. Dados do número de casos de Chikungunya do Informe Técnico Semanal de 23 de maio de 2017, nos anos de 2015 e 2016. Sabe se que no Brasil, há uma circulação de vários tipos de arboviroses, como Dengue e Zika que apresentam sintomas muitos similares aos observados na Chikungunya, podendo ser mais um motivo que proporcionou tal lentidão no diagnostico preciso da Chikungunya (LIMA-CAMARA, 2016a). Ainda de acordo com Lima-Camara (2016a), além da dificuldade do diagnostico através dos sintomas, alguns testes sorológicos utilizados para detecção desses arbovírus podem apresentar resultados parecidos, o que dificulta o diagnóstico preciso da doença. 4.2 Analise de dados coletados do Boletim Epidemiológico dos anos de 2015 e 2016 disponível no site de pesquisas DATASUS. De acordo com o Boletim Epidemiológico coletado no site de pesquisa DATASUS, o ano é dividido em semanas epidemiológicas, onde as semanas se iniciam no domingo e se enceram no sábado seguinte, essas semanas são Ano Notificações Confirmados Em investigação 2016 92 14 (9 importados e 5 autóctones) 27 2015 47 0 0 Resultados e discussão 13 determinadas por um centro de vigilância epidemiológica, onde todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão em cada uma dessas semanas epidemiológicas no ano publicarem o número de casos registrados na unidade de saúde. Em 2015 no estado de Goiás da Semana Epidemiológica (SE) 01 a semana epidemiológica 52, foi notificado de acordo com o Boletim Epidemiológico 15 casos prováveis de Febre Chikungunya e 0,2 de incidência (número de casos / 100 mil habitantes), em 2016 da SE 01 a SE 52, foi notificado 393 casos prováveis de Febre Chikungunya no estado de Goiás e 5,9 de incidência (/ 100 mil hab.) (Tabela 03; Figura 04). Tabela 03. Número de casos prováveis notificados e incidência de febre Chikungunya / 100 mil habitantes (hab.)) da semana epidemiológica 01 a semana epidemiológica 52, no estado de Goiás nos anos de 2015 e 2016. Anos Nº de casos Incidência/ 100 mil hab. 2016 393 5,9 2015 15 0,2 Figura 04. Número de casos prováveis e incidência de chikungunya (/100 mil habitantes (hab.)) no estado de Goiás, da semana epidemiológica 01 a semana epidemiológica 52 dos anos de 2015 e 2016. Resultados e discussão 14 A partir desses dados podemos confirmar mais uma vez o aumento do número de casos de Chikungunya também em todo o estado de Goiás nos anos de 2015 para o ano de 2016. Reafirmando a importância no controle da doença já que se pode ver um número de casos bem maiores no ano de 2016 do que no ano de 2015, para que isso não venha a piorar nos anos consecutivos de 2016. O que torna os programas de combates do vetor de arboviroses essenciais. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE), em parceria com a população, são responsáveis por promover o controle mecânico e químico do vetor, cujas ações são centradas em detectar, destruir ou destinar adequadamente reservatórios naturais ou artificiais de água que possam servir de depósito para os ovos do Aedes. Outra estratégia complementar preconizada pelo Ministério da Saúde é a promoção de ações educativas durante a visita domiciliar pelos Agentes Comunitários, com o objetivo de garantir a sustentabilidade da eliminação dos criadouros pelos proprietários dos imóveis, na tentativa de romper a cadeia de transmissão das doenças (ZARA et al., 2016). Brasil (2006), constatou uma ausência do estado no monitoramento dessa nova situação de saúde ou, em alguns níveis de atuação, um tímido movimento, caracterizado pela tentativa de transferir, quase automaticamente, todos os meios, ou seja, estratégias e tecnologias, utilizadas na vigilância na prevenção e no controle de doenças. As medidas de combate só acontecem apenas nos períodos que se têm maior número de casos das doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti, e nem sempre essas medidas de combates são voltadas ao combate da Chikungunya, mas sim de outras moléstias como Dengue e a Zika que tem maiores ênfases na mídia, deixando de lado o restante do ano, se essas medidas fossem constantes e não se acentuassem apenas nos períodos críticos de crescimento do número de casos, as condições de saúde seriam melhores. Resultados e discussão 15 4.3 Comparações entre o número de casos prováveis entre os anos 2015 e 2016 no município de Goiânia descrito no Informe Técnico Semanal em relação ao número de casos prováveis no estado de Goiás do Boletim Epidemiológico. O número provável de casos da Chikungunya no estado de Goiás coletados no Boletim Epidemiológico em relação ao número de casos prováveis no município de Goiânia coletados no Informe Técnico Semanal (Tabela 04), podemos observar uma discrepância entre os dados do ano de 2015 onde o número de casos descritos no estado é menor que o numero de casos descrito no município de Goiânia (Figura 05). Tabela 04. Comparação entre o número de casos prováveis da Chikungunya entre o estado de Goiás e o município de Goiânia nos anos de 2015 e 2016. Locais Anos 2016 2015 Estado de Goiás 393 15 Município de Goiânia 95 47 Figura 05. Comparação entre o índice de casos prováveis da Chikungunya entre o estado de Goiás e o município de Goiânia entre os anos de 2015 e 2016. Resultados e discussão 16 A partir dos estudos e pesquisas feitas podemos apontar como causa dessa discrepância entre os dados do número de casos de 2015, uma falha no sistema único de saúde publica ao que diz respeito ao diagnostico da doença, já que se trata de uma doença nova, não encontramos equipamentos capazes de identificar com exatidão e tempo abiu qual doença realmente se trata, já que podem ser confundida facilmente entre outras arboviroses como a Dengue e o Zika vírus que apresentam quase os mesmos sintomas, tornando assim os dados do número de casos confirmados da Chikungunya instáveis, podendo ter um aumento do número de casos a partir da confirmação tardia dos casos que ainda permanecem em investigação. Brasil (2006), relata que a capacidade rápida de disseminação de algumas doenças e o surgimento de emergências em saúde pública em escala cada vez mais frequente que em muitas situações exigem intervenções efetivas, mas os serviços de saúde não se encontram suficientemente preparados para detectá-las com rapidez e para adotar medidas adequadas. Podemos falar sobre o ciclo de vida dos vetores que participam da cadeia de transmissão de doenças esta diretamente relacionada á dinâmica ambiental dos ecossistemas onde estes se desenvolvem (CARVALHO e SOUZA, 2016). Um dos fatores ambiental que podemos colocar é o crescimento populacional e a urbanização das áreas rurais que fizeram com que estes mosquitos vetores de doenças como a Chikungunya, possam se tornar cada vez mais endofílicos ocorrendo no interior das cidades e antropofílico aumentando a sua capacidade vetora de infectar o ser humano (MESQUITA et al., 2017). E podemos a partir de dados estatísticos, comprovar a diferença entre o número de casos de 2015 e 2016 do estado de Goiás e do município de Goiânia. A análise utilizada para o cálculo das frequências de cada variável escolhida foi ANOVA através do software Microsoft office ® Excel, versão 2010 (Figura 06). Onde podemos observar que o valor de P de 0,56 nós indica que temos uma diferença entre o número de casos da chikungunya entre os anos de 2015 e 2016 no estado de Goiás e no município de Goiânia. Resultados e discussão 17 Figura 06. Teste ANOVA (Excel/2010), valor-P - indica que existe diferença entre os dois grupos: grupo 1 Goiás e grupo 2 Goiânia. Conclusões 18 5 CONCLUSÕES A partir dos resultados obtidos pela analise dos dados coletados do Boletim Epidemiologico e do Informe Tecnico Semanal nos anos de 2015 e 2016, foi possivel concluir que os casos da Febre Chikungunya têm aumentado em um número significativamente alto. A falta de meios eficases e rápidos está fazendo com que os diagnosticos mais precisos da doença demorem dificultanto a analise epidemiológica o que atrasa as medidas de prevenções da doença para a população nao sofrer novos surtos, como ja esta acontecendo com o aumento do número de casos confirmados em 2016. Ao compararmos o número de casos descritos no estado de Goiás e no Municipio de Goiânia foi observada uma descrepância no número de casos no ano de 2015, em que o diagnostico preciso da doença pode ser um dos motivos para que isso aconteça. Ao analisar as possiveis causas que proporcionaram esse aumento pricipalmente no Municipio de Goiânia algumas se destacaram, nas quais estão o indice de chuva que foi descartado como causa do aumento de casos no ano de 2016, pelo fato da precipitação de chuva dos anos de 2015 e 2016 foi relativamente o mesmo, tendo assim em vista que o mosquito vetor da doença deveria ter relativamente às mesmas condições de reprodução no ano de 2015 e 2016. Tendo em vista essas séries de programas educativos, a população não tem cumprido com o seu papel em combater os focos do mosquito dentro de sua própria residência e dificultam o trabalho dos agentes em sua residência. Também podemos citar como falha do controle do mosquito proliferador da Chikungunya e de varias doenças como Dengue e Zika, a falta de investimentos e da gestão do governo no trabalho de prevenção, se tornando um dos principais fatos que colaboram para o aumento da Febre chikungunya no município de Goiânia. E apartir da analise feita no municipio de Goiânia o que causou o aumento do número de casos importados no ano de 2016, foi possivelmente o número de turistas que aumentou devido as Olimpíadas de 2016 sediadas no Rio de Janeiro, portanto essa pode ter sido a causa do aumento do número de casos importados em relação ao número de casos autóctones. Conclusões 19 A falta de estudos epidemiológicos quesão essenciais para se ter uma visão de quanto aquela determinada doença está se agravando e então tomar as medidas cabíveis diante dos dados que serão descritos no estudo. O uso de diagnóstico molecular que é imprescindível para uma rápida constatação da doença, não só utilizando dados clínicos como os sintomas apresentados, que podem dificultar uma precisa confirmação de tal doença já que outras doenças têm os mesmos sintomas, podendo ser confundidas. A partir dessas conclusões sugiro uma ação de prevenção preventiva dessas doenças permitindo eliminar a incidência da doença, controlando suas causas e fatores de risco, antes que haja um novo aumento da incidência de casos de Chikungunya. 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