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Estudo de caso SAE TCE



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ESTUDO DE CASO:
TRAUMATISMO 
CRANIOENCEFÁLICO 
PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL
2016/02
ESTUDO DE CASO:
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL
2016/02
Este trabalho tem por objetivo relatar o caso de um 
paciente que deu entrada no UTI da Unidade de 
Emergência do Agreste Dr. Daniel Houly mediante 
agressão física de um paralelepípedo na cabeça e que 
evoluiu para TCE. 
É uma pesquisa onde foram utilizados dados
coletados de uma paciente da UTI da Unidade de
Emergência do Agreste Dr. Daniel Houly e
de artigos científicos do Google acadêmico e
SCIELO.
O Traumatismo Cranioencefálico constitui a
principal causa de óbitos e sequelas em pacientes
multitraumatizados. Entre as principais causas estão:
acidentes automobilísticos, quedas, assaltos e
agressões,esportes e recreação . No Brasil, anualmente
meio milhão de pessoas requerem hospitalização
devido a traumatismos cranianos, destas, 75 a 100 mil
pessoas morrem no decorrer de horas enquanto outras
70 a 90 mil desenvolvem perda irreversível de alguma
função neurológica.
O traumatismo cranioencefálico é qualquer agressão traumática
que tenha como consequência lesão anatômica, como fratura de
crânio ou lesão do couro cabeludo, ou ainda o comprometimento
funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos.
A principal causa de TCE são os acidentes automobilísticos, seguidos
de quedas, acidentes por arma de fogo e atividades esportivas.
A população comumente afetada são os adultos jovens do sexo
masculino, responsáveis por 80% dos casos.
As lesões do TCE dependem da relação entre a capacidade de
complacência cerebral (capacidade de suportar a agressão) e as
alterações no fluxo sanguíneo cerebral.Podendo ser classificadas
como:
 Lesão encefálica primária: ocorre no momento do trauma e
corresponde principalmente à contusão cerebral e à lesão axonal
difusa.
 Lesão secundária: é determinada por processos iniciados no
momento do trauma, mas clinicamente evidentes algum tempo
depois.
As causas mais comuns de TCE são acidentes de automóveis,
traumas esportivos,agressões e quedas. Os traumas que ocorrem ao
nascimento podem provocar fraturas de crânio, cefalohematoma,
hematoma subdural e epidural, síndrome do Bebê Sacudido e os cistos
leptomeningeos (ou fratura em crescimento).
Classificação
 Fechado – quando não há exposição de estruturas do crânio.
Ocorre em acidentes automobilísticos, quedas e agressões.
 Aberto ou penetrante – quando há exposição de estruturas do
crânio. Ocorre em ferimentos por arma de fogo e lesões por
instrumentos perfurantes.
TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
13-15 LEVE
9-12 MODERADA
3-8 GRAVE
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
VARIÁVEIS ESCORE
Abertura Ocular
Espontânea 4
Estimulo Sonoro 3
Estimulo Doloroso 2
Nenhuma 1
Resposta Verbal
Orientada 5
Confusa 4
Palavras Inapropriadas 3
Palavras Incompreensivas 2
Nenhuma 1
Resposta 
Motora
Obedece a Comandos 6
Localiza a Dor 5
Movimento de Retirada 4
Flexão Anormal 3
Extensão Anormal 2
Nenhuma 1
Os pacientes vítimas de TCE podem apresentar
sequelas físicas, neuropsicomotoras, epilepsia,
hidrocefalia e estética (defeitos cranianos). Em geral,
quanto mais grave for o trauma, maior a chance de
sequelas.
O hematoma subdural é uma coleção sanguínea resultante de
uma hemorragia nos espaços meninges, entre a aracnóide e a dura-
máter .
O hematoma subdural é mais frequente em pacientes que estejam
tomando antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes, nos pacientes
em diálise renal, naqueles com epilepsia ou que sofram traumatismos
cranianos frequentes.
 História recente de trauma 
na cabeça;
 Perda ou flutuação dos níveis 
de consciência; 
 Irritabilidade;
 Convulsões;
 Dores de cabeça;
 Tontura; 
 Desorientação;
 Amnésia;
 Fraqueza muscular ou letargia;
 Náuseas e vômitos; 
 Alterações de personalidade;
 Distúrbios da fala; 
 Dificuldades para andar;
 Respiração alterada; 
 Queda na audição ou zumbidos;
 Alterações da visão, 
 Paralisia;
 Coma;
Atualmente, os exames de tomografia
computadorizada ou ressonância magnética são importante
ajuda no diagnóstico dos hematomas subdurais, bem como
contribuem para avaliar o tamanho e localização deles. Como
trata-se de uma lesão dinâmica, que pode aumentar ou
diminuir de tamanho (sangramento ou reabsorção), esses
exames auxiliam na avaliação da sua evolução. Exames
da coagulaçãosanguínea podem ajudar a analisar esse fator.
 R.R.P. T, 27 anos, sexo masculino, cor amarela, natural de 
Penedo-Al, deu entrada na Unidade de Emergência do Agreste Dr. 
Daniel Houly no dia 23-08-2016 às 19h20min, proveniente da área 
laranja, devido a trauma causado por agressão física e com 
diagnóstico de traumatismo cranioencefálico e hematoma subdural. 
 Cliente encontra-se no 11° dia de internação, em coma 
induzido, não responsivo bradipneico, acianótico, hipocorado, 
fazendo o uso de colar cervical, afebril, com diurese apresentando 
coloração amarelo ouro.
Biótipo longilíneo, calota craniana sem presença óssea em
região frontal direita, hematoma frontal-parietal, sutura na região
frontal-parietal direita, cabelos curtos sem sujidades. Face apática.
Hematoma periorbital bilateral, mucosas hipocoradas, pupilas em
midríase, blenoftalmia em ambos os olhos, sutura no sulco palpebral
lateral esquerdo. Orelhas com cerúmen, otorréia, pavilhão auricular
íntegro, septo nasal sem desvio, sonda nasogástrica em sifonagem
de secreção biliar de cor esverdeada. Mucosa labial ressecada,
palatos íntegros,língua saburrosa,dentição completa com presença
de cáries com tubo orotraqueal .
Punção subclávia sem sinais flogísticos, tórax simétrico boa 
expansibilidade torácica, AC= RCR 2T c/ BNF,AP=MV(+) em AHT 
. Abdômen plano, flácido com presença de ruídos hidroaéreos. 
Sonda Vesical de Demora com retorno urinário de 100 ml, de cor 
amarelo ouro, início de lesão por pressão em região sacra (com 
curativo). MMSS com mãos edemaciadas, unhas curtas e sem 
sujidades extremidades frias e perfundidas. MMII edemaciados, 
inicio de lesão por pressão no calcanhar esquerdo e presença de 
vesícula. SSVV. PA=134/88mmHg, R=13rpm, Pulso=79bpm,
Saturação = 99% PaO2.
DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM
PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM
RESULTADOS 
ESPERADOS
Família com estado
emocional debilitado;
1. Manter a família informada 
do estado do paciente – em 
todos os horários de visita;
•Melhora do aspecto emocional 
da família;
Risco de infecção devido a 
punção subclávia;
1. Realizar procedimento 
obedecendo a técnicas 
assépticas;
2. Lavagem das mãos;
3. Higienização adequada;
•Evitar aparecimento de 
processos infecciosos e sinais 
flogísticos;
Alteração sensorial 
perceptiva relacionada a edema 
craniano caracterizado por 
ausência de reação pupilar;
1. Solicitar avaliação 
neurológica;
2. Manter diálogo com o 
paciente durante
procedimentos; 
3. Administrar analgésicos 
que não mascarem o nível 
de consciência; 
•Recuperar a percepção 
sensorial;
DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM
PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM
RESULTADOS 
ESPERADOS
 Padrão respiratório ineficaz ;
1. Monitorar respiração 
mecânica;
2. Exercícios respiratórios 
com a fisioterapia;
•Alcançar níveis respiratórios 
satisfatórios;
Uso de sonda vesical de 
demora; 
1. Observar o volume e 
aspecto da urina drenada;
2. Não abrir o sistema entre a 
sonda e a bolsa coletora;
3. Realizar balanço hídrico; 
4. Limpeza diária da inserção 
da sonda;
•Evitar obstrução da sonda;
•Manter o sistema estéril;
Paciente impossibilitado de 
deambular,
1. Mudança de decúbito a 
cada 2 horas;
2. Exercícios motores com a 
fisioterapia;
•Prevenir lesão por pressão;
DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM
PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM
RESULTADOS 
ESPERADOS
Monitorar o estado comatoso;
1. Avaliar nível de 
consciência: escala de 
Glasgow;
•Observar alterações na 
consciência;
Presença de secreção em 
ambas orelhas;
1. Realização de limpezaadequada;
•Evitar possível início de 
infecção;
 Uso de sonda nasogástrica;
1. Manter SNG aberta em 
drenagem se prescrito, 
monitorar características e 
volume da drenagem;
2. Limpeza de rotina da 
sonda;
•Evitar aparecimento de sinais 
flogísticos;
Mucosa Labial Ressecada;
1. Hidratação com manteiga 
de cacau;
• Manter a mucosa hidratada;
DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM
PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM
RESULTADOS 
ESPERADOS
Drenagem de secreção biliar;
1. Observação do aspecto e 
volume da secrecao
drenada;
•Controle da secrecao;
Uso de tubo orotraqueal;
1. Aspiração do tubo 
orotraqueal;
2. Fazer a troca do cadarço;
•Manter vias aéreas 
desobstruídas; 
•Manter melhor fluxo de 
oxigênio;
Edema craniano; 1. Monitorar o edema; •Evitar pressão intracraniana;
ANÁLISES 
LABORATORIAIS
24/08/2016 03/09/2016
Hematócrito 42,60% 33,70%
Hemoglobina 13,10g/dl 11,00 g/dl
Hemácias 4,51 milhões/mm3 3,79 milhões/mm3 
Leucócitos 8.700/mm3 16.500/mm3
A assistência de enfermagem ao paciente de Unidade
de Terapia Intensiva, dirige seus esforços no sentido de
promover, manter e recuperar a saúde, de prevenir a
doença, de aliviar o sofrimento, procurando assegurar
uma morte tranquila quando a vida não pode mais ser
mantida. O enfermeiro deve ainda, criar um ambiente
acolhedor para a família que certamente se encontra
angustiada e apreensiva por ter um ente querido
gravemente enfermo.
 Gentile J.K.A; Himuro H.S; Rojas S.S.O; Veiga V.C; Amaya L.E.C; 
Carvalho J.C;.Condutas no paciente com trauma 
crânioencefálico.Disponível 
em<http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/15106/2268662_109706.
pdf>. [Acesso em 06 Nov. 2016.]
 Pereira N;Fernandes M.A;Moura M.E.B; Brito J.N.P.O;Mesquita G.V;.O 
cuidado do enfermeiro à vítima de traumatismo cranioencefálico: uma 
revisão da literatura.Disponível 
em:<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://w
ww.novafapi.com.br/sistemas/revistainterdisciplinar/v4n3/revisao/rev4
_v4n3..pdf&gws_rd=cr&ei=iyIfWLq3MoW0wASY3pTYBw>. [Acesso 
em 06 Nov. 2016.]
 Andrade A.F; Paiva W.S; Amorim R.L.V; Efigueiredo E.V; Neto E.R; 
Teixeira M.J;.Mecanismos de lesão cerebral no traumatismo 
cranioencefálico.Disponível 
em:<http://www.scielo.br/pdf/ramb/v55n1/v55n1a20.pdf>. [Acesso em 
06 Nov. 2016.]
 Centro de Neurocirurgia Pediátrica. Traumatismo 
cranioencefálico.Disponível em:<http://www.cenepe.com.br/duvidas-
frequentes/saudes-doencas/traumatismo-cranioencefalico/>. [Acesso 
em 06 Nov. 2016.]
 Samogim A.A.; Souza C.C; Mouco E.C.;Traumatismo craniencefálico: 
definições, causas e aassistência do enfermeiro com o 
paciente.Disponível 
em:<http://www.fadap.br/revista/enfermagem/files/revista%20digital
%20enfermagem.pdf#page=32>.[Acesso em 06 Nov. 2016.]
 Meneses J.R; Assistência de enfermagem ao paciente com traumatismo 
cranioencefálico (jan-fev 2011).Disponível 
em:<http://traumatismocranioencefalico.blogspot.com.br/2009/06/assis
tencia-de-enfermagem-ao-paciente.html> .[Acesso em 06 Nov. 2016.]
 Rodrigues A.C.F; Medeiros H.R.L.; Lima C.B.; Rodrigues 
S.C.;.Traumatismo cranioecefálico e atuação do enfermeiro junto às 
respectivas vítimas.Disponível 
em:<http://www.submit.10envolve.com.br/uploads/3aadb730a6ff3d6cd
7077445b1b94bc9c85e41c5/5d99ef829dd033512768311c2cb7e235.pdf>.
[ Acesso em 06 Nov. 2016.]
OBRIGADA!!!!!