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Resenha Crítica Processo Penal 2

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RESENHA CRÍTICA
Aluna: Bruna Sardá dos Santos 
Turma: 1001
MEIOS DE PROVA – BUSCA E APREENSÃO 
A busca e apreensão está prevista no CPP, nos arts. 240 a 250, esse meio de prova é complexo, pois se você não respeitar as exigências feitas na nossa Carta Magna, ela por muitas vezes poderá ser anulada, por está ferindo preceitos constitucionais. 
A busca e apreensão para alguns doutrinadores é uma medida cautelar probatória, mas outros doutrinadores dizem que a busca e apreensão é um meio de obter provas. Existe a busca e apreensão domiciliar (art. 240, paragráfo 1°, CPP) e a busca pessoal (art. 240, paragráfo 2°,CPP). A busca e aprensão nada mais é que, a busca por algo ílicito ou que foi adquirido por meio ílicito, ou alguém que está foragido ou está com pendências judiciais. 
Como se refere Cleunice A. Valentim Bastos Pitombo:
‘’A finalidade da busca, no processo penal brasileiro, é, de modo geral, achar o desejado, ou o descobrimento do pretendido, de pessoa, coisa móvel – objeto, papel ou documento -, semovente, e de outros elementos materiais. Todos ligados, de alguma sorte, à persecução penal, em seus momentos: extrajudicial e judicial.’’
Processo
AgRg no HC 556588 / RS
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS
2020/0002967-4
Relator(a)
Ministro JOEL ILAN PACIORNIK (1183)
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
05/05/2020
Data da Publicação/Fonte
DJe 11/05/2020
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. FLAGRANTE DE CRIME DE TRÁFICO DE
DROGAS NA MODALIDADE 'TER EM DEPÓSITO'. JUSTA CAUSA EVIDENCIADA.
CRIME PERMANENTE. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
1. Durante a realização de diligência verificar a existência de
indícios de crime após o recebimento de notícia anônima
circunstanciada, a guarnição policial se deslocou até o local dos
fatos. O agravante, por sua vez, ao avistar a viatura policial
empreendeu fuga, no que foi seguido pelos policiais até que adentrou
à residência. Diante da fundada suspeita da prática de crime, os
milicianos adentraram à residência e lograram apreender significante
quantidade de entorpecente.
2. "Tratando-se de crimes de natureza permanente, como é o caso do
tráfico de drogas, mostra-se prescindível o mandado de busca e
apreensão para que os policiais adentrem o domicílio do acusado, não
havendo se falar em eventuais ilegalidades relativas ao cumprimento
da medida" (RHC 99.309/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA
TURMA, DJe 10/8/2018).
3. Agravo regimental desprovido.
Está previsto na Constituição Federal no art 5°, XI:
“A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”
Todavia, é importante salientar que os direitos fundamentais mencionados, entretanto, não são absolutos, podendo sofrer limitações em determinadas circunstâncias. Diante disto, vale explicitar as exceções ao direito fundamental da inviolabilidade do domicílio previstas no texto constitucional.
Nossa Constituição também trás os princípios como da dignidade da pessoa humana, intimidade, vida privada e a incolumidade física e moral do indivíduo. 
Neste caso, o indivíduo não deixou dúvidas que estava ‘’fugindo’’ da polícia e possivelmente tentando ocultar algo. Então, não se pode dizer que foi ilegal a busca e apreensão, pelo fato do flagrante delito, e não violou nenhum princípio constitucional.
 Para Fernando da Costa Tourinho Filho:
Apreensão, do verbo apreender, vem a ser a medida que se sucede à
busca. Uma vez procurada e encontrada a pessoa ou coisa (busca),
proceder-se-á à apreensão, isto é, a pessoa ou coisa será pegada,
segurada, apreendida, já que a apreensão é o objeto da busca.
 
TOURINHO FILHO, F. da C. Manual de Processo Penal. 10. ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
PITOMBO, CLEUNICE A. Valentim Bastos. Da Busca e da Apreensão no Processo Penal. São Paulo, Revista dos Tribunais.2005.

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