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Aprendendo a planejar as finanças de uma empresa SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 658.15 Curso on-line – Aprendendo a planejar as finanças de uma empresa – Brasília: SEST/SENAT, 2019. 34 p. :il. – (EaD) 1. Administração financeira - reciclagem. 2. Finanças. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 5 7 9 10 11 11 12 13 15 16 18 18 20 21 22 23 25 26 28 28 30 31 32 33 Sumário Apresentação Unidade 1 | Planejamento Financeiro 1 A Importância do Planejamento Financeiro 1.1 Metas e Objetivos 1.2 Planejamento 1.3 Finanças Glossário Atividades Referências Unidade 2 | Preço de Venda 1 A Formação dos Preços 1.1 Aspectos de Mercado 1.2 Aspecto Financeiro 1.3 O Equilíbrio entre os Custos e os Preços Praticados Glossário Atividades Referências Unidade 3 | Fluxo de Caixa 1 O Fluxo de Caixa 1.1 Elaborando um Fluxo de Caixa 1.2 O Fluxo de Caixa para Previsões Glossário Atividades Referências Gabarito 34 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Aprendendo a planejar as finanças de uma empresa! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 8 horas e foi organizado em 3 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Planejamento Financeiro 4 h Unidade 2 | Preço de Venda 2 h Unidade 3 | Fluxo de Caixa 2 h 6 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação fi nal” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certifi cado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 7 UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO FINANCEIRO 8 Unidade 1 | Planejamento Financeiro f Você sabe como fazer um planejamento financeiro? E para que serve? Qual o modo correto de fazê-lo? Quantas pessoas e instituições podem se beneficiar com o planejamento financeiro? Estudos revelam que o planejamento fi nanceiro é fundamental para que se alcancem os objetivos buscados. Sabe-se que quanto mais disciplina é empregada no planejamento, mais empenho os indivíduos terão em buscar seus objetivos. Entende-se o termo planejamento fi nanceiro como um processo contínuo para a determinação de estratégias e desenvolvimento de meios para alcançar o objetivo proposto por uma pessoa ou instituição. Essa idealização engloba a identifi cação e adequação das receitas e despesas, o controle de contas, a análise de investimentos e o acompanhamento das dívidas. 9 1 A Importância do Planejamento Financeiro A importância do planejamento fi nanceiro vem da necessidade de organização de um plano para que se possam atingir as metas buscadas pelos indivíduos ou pelas empresas. Ter a consciência do quanto os recursos são escassos e até onde podem ir os custos são os principais pontos que o planejamento fi nanceiro procura abordar (SAMANEZ, 2006). O planejamento financeiro é importante devido aos diversos fatores que influenciam nas entradas e saídas de recursos das pessoas ou empresas. Alguns desses fatores são: • Crises econômicas; • Fatores políticos adversos; • Externalidades positivas e negativas; • Clima econômico favorável ou desfavorável; • Descontrole inflacionário; • Taxa básica de juros adotada pelo governo (Sistema Especial de Liquidação e Custódia — SELIC); • Entre outros. Graças aos fatores citados, que interferem na vida de todas as pessoas e instituições, faz-se necessária a busca constante por metas, às vezes ambiciosas, às vezes modestas. Para o estabelecimento de metas, é necessária a análise constante da situação do país, bem como de suas relações com o restante do mundo e com seus próprios cidadãos (BRIGHAM; EHRHARDT, 2010). Uma vez estabelecidas as metas, é preciso buscar sua realização, fazendo com que os mecanismos necessários sejam empregados e os empecilhos sejam removidos (MATA, 2010). O desenvolvimento individual das pessoas ou famílias depende da busca incessante por meios que possibilitem a realização dos objetivos traçados anteriormente. Para essa busca, faz-se imprescindível o controle das atividades diárias e o acompanhamento dos resultados obtidos, com vistas à readequação constante das estratégias empregadas. 10 1.1 Metas e Objetivos O estabelecimento de metas e objetivos a serem seguidos é o foco principal do planejamento fi nanceiro. Se não houver metas nem objetivos, não existe a necessidade de se planejar os passos seguintes. Quando se estabelece uma meta, está- se buscando um caminho a percorrer para chegar a um objetivo. O objetivo é como um alvo para onde se quer chegar e, consequentemente, quanto maior o objetivo, maior deve ser o comprometimento com o planejamento. b Saiba mais sobre metas e objetivos, acesse o link disponível a seguir. http://pt.wikihow.com/Definir-Metas A visão global das metas e dos objetivos deverá nortear o planejamento fi nanceiro, já que é ele que vai mostrar o tempo necessário para que sejam atingidos esses objetivos e essas metas, além da possibilidade de sua modifi cação ou manutenção (SEBRAE, 2012). 11 1.2 Planejamento Pode-se definir planejamento como uma ferramenta administrativa que permite entender a realidade, avaliar as alternativas e enxergar o caminho escolhido. Ele organiza e define as ações a serem tomadas, sendo, portanto, a parte racional da atuação (BREALEY; MYERS, 2015). O planejamento é uma maneira de antecipar os resultados esperados e a possibilidade de sua concretização, e também de antever as difi culdades que possam existir. O intuito do planejamento em uma organização, ou para um indivíduo, é buscar com sensatez o melhor caminho para chegar ao lugar esperado (MATA, 2010). 1.3 Finanças O conceito de finanças está relacionado a dinheiro, riqueza, ciência da variação da moeda. Esse conceito, atual, nasceu em 1950, introduzido por Harry Markowitz. Com tal defi nição tornou-se admissível utilizar a matemática no estudo de seleção de carreira. Quando se fala de fi nanças, pode-se dizer que se trata de um método de administração dos recursos disponíveis aplicado aos meios empresarial e particular. Abarca, também, a distribuição e o investimento dos recursos, sejam referentes ao salário do pessoal ou referentes ao faturamento da empresa. b Saiba mais sobre finanças, acesse o link a seguir. www.financaspraticas.com.br 12 Resumindo O planejamento financeiro é imprescindível para a obtenção dos parâmetros referentes às metas e objetivos traçados. O estabelecimento de metas e objetivos é importante para que se possa estabelecer o planejamento financeiro adequado para alcançá-los. O planejamento permite que a realidade seja observada, e possibilita que haja adequação aos métodos utilizados. O conceito de finanças se refere a dinheiro, recursos ou riqueza. Sempre se pode relacionar este termo aos recursos existentes. Glossário Faturamento: total das vendas de uma empresa em dado período. Sensatez: atitude cautelosa, prudente. 13 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) O planejamento financeiro das empresas é potencialmente importante por trazer a seus dirigentes os indicadores de como se está caminhando para chegar ao objetivo traçado. b. ( ) O planejamento financeiro pode ser realizado tanto porinstituições quanto por indivíduos. c. ( ) Pode-se confiar cegamente no planejamento financeiro pois ele somente fornece indicadores de como chegar ao objetivo traçado. 2) A importância do planejamento financeiro vem da necessidade de se organizar um plano para atingir as metas buscadas pelos indivíduos ou empresas. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) A importância do planejamento financeiro gira em torno dos seguintes itens. a. ( ) Metas e objetivos. b. ( ) Lucro e prejuízo. c. ( ) Perdas e ganhos. d. ( ) Serviços e vendas. 4) Alguns dos motivos que embasam a importância do planejamento financeiro são: a. ( ) Crises econômicas. b. ( ) Fatores políticos adversos. c. ( ) Externalidades positivas e negativas. Atividades 14 d. ( ) Clima econômico favorável ou desfavorável. e. ( ) Todas as alternativas anteriores. 5) O conceito de finanças está relacionado a: a. ( ) Dinheiro. b. ( ) Riquezas. c. ( ) Recursos. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. 15 Referências BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman, 2015. BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração fi nanceira. São Paulo: Cengage, 2010. MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>. Acesso em: 20 nov. 2015. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração fi nanceira: corporate fi nance. São Paulo: Atlas, 2007. SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson, 2006. SEBRAE. Gestão fi nanceira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões fi nanceiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009. 16 UNIDADE 2 | PREÇO DE VENDA 17 Unidade 2 | Preço de Venda f Você sabe como determinar o preço de um produto que vai vender? Quais as variáveis que influenciam o preço de um produto? Por que os preços podem subir ou descer? E, por fim, quando um preço deve subir ou cair? A defi nição do preço apropriado de venda de um produto ou serviço depende da relação existente entre o preço já praticado no mercado e o valor calculado considerando os custos da produção ou aquisição do bem (SAMANEZ, 2006). Esse valor deve ser sufi ciente para cobrir o custo direto da mercadoria, produto ou serviço, com as despesas fi xas e variáveis e, do mesmo modo, deve ser capaz de gerar lucro líquido. Para a defi nição do preço de venda de um produto ou serviço, o empresário deve considerar aspectos internos e externos do negócio. 18 1 A Formação dos Preços A formação dos preços de venda a serem praticados no mercado é, de certa forma, complexa, pois leva em consideração diversos aspectos implícitos e explícitos do negócio. Vários fatores podem infl uenciar, para cima ou para baixo, os preços praticados e, assim, causar o sucesso ou insucesso da empresa. g Existem alguns pontos de vista comumente analisados para a formação do preço a ser cobrado. Eles levam em consideração fatores que dependem do empresário, e fatores outros, que são completamente alheios à vontade de quem está vendendo o produto ou serviço. Esses fatores são: • O aspecto de mercado; • O aspecto fi nanceiro; e • O equilíbrio entre os custos e os preços praticados. É por meio deles que o vendedor vai embasar sua decisão de quanto cobrar pelo produto, e também o momento correto de aumentar, ou até mesmo diminuir, os preços. 1.1 Aspectos de Mercado Pelo aspecto de mercado, o preço de venda sempre deverá acompanhar os preços praticados pelos concorrentes que atuam no mesmo segmento e vendem produtos, ou prestam serviços, similares. 19 Alguns fatores como a tradição da marca, o tempo que ela atua no mercado, o quanto ela vende e o espaço já conquistado por ela, além da agressividade da concorrência, também infl uenciam diretamente no preço do produto ou serviço. e Alguns outros aspectos econômicos devem ser avaliados sob esse aspecto, como o tipo de bem, que pode ser: • Normal; • Inferior; • Giffen; e • Luxo. E o tipo de mercado em que se está atuando, como: • Concorrência perfeita; • Monopólio; • Oligopólio; e • Oligopsônio. Por exemplo, no caso de não existirem concorrentes no mercado, esse ponto de vista se torna mais complexo ainda. Quando o vendedor vai se tornar um monopolista ou um pioneiro, a capacidade de pagamento dos clientes, a necessidade gerada pelo produto e a aceitação do produto no mercado devem ser levadas em consideração. b Sobre bens em economia, acessando o link disponível a seguir. http://old.knoow.net/cienceconempr/economia/bem.htm 20 1.2 Aspecto Financeiro Quanto ao aspecto fi nanceiro, o preço de venda sempre tem a função de cobrir os custos diretos das mercadorias, dos produtos ou dos serviços vendidos. e Esses custos são formados por despesas variáveis, como: • Contratação de funcionários temporários; • Pagamento de bônus; • Insumos (quanto mais se produz, mais se compram); e • Impostos e taxas. E despesas fixas, como: • Aluguel; • Contas de água; • Contas de luz; • Contas de telefone; • Salários; e • Insumos. Tudo que sobrar desses custos formará o lucro líquido. O aspecto financeiro é extremamente relevante para a formação dos preços a serem praticados. Devido às inúmeras variáveis, a complexidade é crescente na medida do crescimento do negócio ou da produção. Como também existem variáveis externas que independem do empresário, como os impostos, salário mínimo, variação de preços de insumos (alguns dependem da variação cambial ou são cotados em bolsa de mercadorias e futuros), a empresa deve estar sempre atualizada para não estar em descompasso com o restante do mercado. 21 g Utilizando um exemplo bem simples para ilustrar esse cenário, podemos lembrar da esquematização de uma padaria. Ao determinar o preço pão, seu proprietário deve estar sempre de olho no aumento do salário mínimo, que embasa muitos salários de seus funcionários, deve acompanhar a cotação do trigo no mercado internacional, de onde sairá a tendência do preço da farinha, além de acompanhar possíveis novos impostos e taxas e o nível de demanda pelos seus pães. 1.3 O Equilíbrio entre os Custos e os Preços Praticados O preço ditado pelo mercado pode ser menor que o estabelecido a partir dos custos internos da empresa. Quando isso acontece, o empresário deve refazer os cálculos fi nanceiros para considerar a viabilidade da sua decisão. Em outros termos, para adequar o preço praticado, a instituição deve diminuir seus custos diretos, despesas fi xas ou, ainda, admitir um lucro líquido menor. e O ponto de equilíbrio para o estabelecimento dos preços pode considerar também custos implícitos, ao invés de observar somente custos explícitos (que se podem checar facilmente). Os custos implícitos são amplamente estudados nas ciências econômicas e são, muitas vezes, difíceis de apurar. Dentre estes está o custo de oportunidade, isto é, o custo daquilo que a pessoa poderia estar fazendo se não estivesse nesse trabalho. 22 Por exemplo, uma pessoa que tenha um emprego onde ganhava R$ 3.000,00 por mês e o abandonou para abrir um negócio próprio, deve considerar que estes R$ 3.000,00 devem constar na estrutura de custos do produto a vender, logo, ao constituir o preço do produto, seu valor deverá ser sufi ciente para cobrir o custo implícito da produção, ou, neste caso, o custo de oportunidade. Resumindo A definição do preço apropriado de venda de um produto ou serviço depende da relação existente entre o preço já praticado no mercado e o valor calculado considerando os custos da produção ou aquisição do bem. A formação dos preços de venda a serem praticados no mercado é, de certa forma, complexa, pois leva em consideração diversos aspectos implícitos e explícitos ao negócio. O preço ditado pelo mercado pode ser menor queo estabelecido a partir dos custos internos da empresa. Quando isso acontece, o empresário deve refazer os cálculos financeiros para considerar a viabilidade de sua decisão. Sob a ótica do aspecto financeiro, o preço de venda sempre tem a função de cobrir os custos diretos das mercadorias. Glossário Monopólio: situação em que uma só empresa ou pessoa controla a oferta de um produto ou serviço, sem enfrentar concorrência. Oligopólio: situação econômica em que um pequeno número de empresas controla a oferta de produtos para ter domínio sobre o mercado. Oligopsônio: situação do mercado em que o número de compradores se encontra reduzido. 23 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) O ponto de equilíbrio para o estabelecimento dos preços não pode considerar também os custos implícitos. b. ( ) Existem variáveis externas aos poderes do empresário, como os impostos, o salário mínimo e a variação de preços de insumos. c. ( ) Alguns fatores como a tradição da marca, o tempo em que ela atua no mercado, o quanto ela vende e o espaço já conquistado, além da agressividade da concorrência, também influenciam diretamente no preço do produto ou serviço. 2) Existem alguns pontos de vista normalmente analisados para a formação de um preço a ser cobrado: aspectos de mercado, financeiro, e de equilíbrio entre custos e preços praticados. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Os custos dos bens também são formados por despesas variáveis, como: a. ( ) Contratação de funcionários temporários. b. ( ) Pagamentos de bônus. c. ( ) Insumos (quanto mais se produz, mais se compra). d. ( ) Impostos e taxas. e. ( ) Todas as alternativas anteriores. Atividades 24 4) Os custos implícitos podem ser formados por: a. ( ) O custo de oportunidade. b. ( ) O risco do negócio. c. ( ) A satisfação do empreendedor. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. e. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 5) Os preços praticados em um mercado de concorrência perfeita podem ser estabelecidos arbitrariamente, sem levar em consideração os demais agentes do mercado. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 25 Referências BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman, 2015. BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração fi nanceira. São Paulo: Cengage, 2010. MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>. Acesso em: 20 nov. 2015. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração fi nanceira: corporate fi nance. São Paulo: Atlas, 2007. SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson, 2006. SEBRAE. Gestão fi nanceira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões fi nanceiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009. 26 UNIDADE 3 | FLUXO DE CAIXA 27 Unidade 3 | Fluxo de Caixa f Qual é a função do fluxo de caixa? Como montá-lo? Quais elementos constam em um fluxo de caixa? Você é capaz de entender as informações contidas no fluxo de caixa? As decisões fi nanceiras devem ser tomadas adotando-se como base critérios que compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo. Qualquer comparação entre quantias de dinheiro deve ser referida a uma data, e sua transferência para outra data somente pode ser realizada considerando os juros envolvidos no período entre as datas. É impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em momentos diferentes. 28 1 O Fluxo de Caixa Os problemas de Gestão Financeira compreendem basicamente a fi xação de valores, como receitas e despesas, ao longo do tempo, que podem ser representadas em um diagrama ou em uma tabela denominada fl uxo de caixa. Na linha horizontal são representados os períodos de tempo (meses, semanas, trimestres, anos etc.). As receitas e desembolsos estão representados por setas no fi m de cada período. Não há escala para as setas — os valores envolvidos são indicados numericamente sobre as setas ou ao lado. Diversos valores consecutivos e iguais podem ser indicados por uma linha horizontal, no período correspondente, com indicação do valor comum. A seta para baixo representa um desembolso P, ou seja, um valor emprestado ou investido, também denominado Principal, Capital Inicial, Valor Atual, Valor de Aplicação ou qualquer outra denominação que indique claramente serem valores cedidos ou aplicados. A seta para cima representa uma receita F, ou seja, um Montante, Valor de Resgate, Valor Futuro, Valor capitalizado ou qualquer denominação que indique se tratar de um retorno. O diagrama de fl uxo de caixa depende do ponto de vista considerado, pois como toda receita corresponde a um desembolso em outro caixa, o mesmo fl uxo dá origem a dois diagramas simétricos, conforme o ponto de vista do investidor. 1.1 Elaborando um Fluxo de Caixa O fl uxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo, será necessário que todas as demonstrações fi nanceiras estejam disponíveis. 29 Para a elaboração do fluxo de caixa, pode-se utilizar a seguinte sugestão de Sebrae (2012): I. Separação e classificação de todas as despesas Nesta etapa, pode-se classificar as despesas de modo a ficarem facilmente reconhecidas por sua classe. A classificação pode seguir a seguinte estrutura: • Despesas com Produtos; • Despesas com Serviços; • Despesas Não Operacionais; • Despesas com Rh; • Despesas Operacionais; • Despesas de Marketing; e • Impostos e Investimentos. II. Separação e classificação das receitas Agora, do mesmo modo que nas despesas, deve-se fazer com as receitas, por meio da seguinte sugestão: • Receitas com produtos; • Receitas com serviços; e • Receitas não operacionais. III. Montagem de uma planilha contendo as informações mencionadas Nesta etapa, monta-se uma planilha do tipo Microsoft Excel, em que todos os dados mencionados devem estar inseridos, no período de tempo escolhido. IV. Visualização e análise dos dados Nesta etapa, deve-se visualizar os dados da planilha e realizar as análises desejadas. 30 Pode-se, também, fazer gráfi cos para auxiliarem as análises, com vistas a se observarem linhas de tendência de variáveis específi cas como receitas, despesas etc. 1.2 O Fluxo de Caixa para Previsões A utilização do fl uxo de caixa para a realização de previsões é muito comum. A maneira de utilizar a ferramenta será a mesma, bastando trocar os dados — dos existentes para as variáveis desejadas (BREALEY; MYERS, 2015). e As previsões devem ser realizadas de acordo com as especificações teóricas existentes, estimando-se os fatores de maneira igualitária. Essa ferramenta é importante, pois permite a aplicação de análises diversas, como Valor Presente Líquido (VPL), Payback e Taxa Interna de Retorno. Importante: Aqui você terá uma visão consolidada do seu contas a pagar / receber. Observe que a Necessidade de Caixa é o valor que você precisa tem em caixa para conseguir honrar seus compromissos �nanceiros. 31 Resumindo Os problemas de Gestão Financeira compreendem, basicamente, a fixação de valores como receitas e despesas, ao longo do tempo. As decisões financeiras devem ser tomadas adotando como base critérios que compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo. É impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em momentos diferentes no tempo. O fluxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo, será necessário que todas as demonstrações financeiras estejam disponíveis. O diagrama de fluxo de caixa depende do ponto de vista considerado. Glossário Despesa: o que se gastou ou consumiu; expensa, custo, importe. Montante: soma, quantia; soma do capital e juros após um período de aplicação. Receita: renda, montante arrecadado, quantia recebida 32 a 1) Assinale a alternativa falsa. a. ( ) A seta para baixorepresenta um desembolso no seu fluxo de caixa. b. ( ) O fluxo de caixa deve conter todas as entradas e saídas do caixa da empresa. c. ( ) O fluxo de caixa não pode ser utilizado por pessoas comuns, famílias ou pequenas empresas devido à sua complexidade. 2) O fluxo de caixa não deve conter informações referentes a impostos, já que, para isso, o governo detém legislação apropriada. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Alguns dos itens que podem constar no fluxo de caixa são: a. ( ) Receitas com Produtos. b. ( ) Receitas com Serviços. c. ( ) Receitas Não Operacionais. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. 4) O fluxo de caixa nunca pode ser utilizado para expor informações referentes a previsões, já que somente é utilizado para dados passados. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 5) O ponto de vista do investidor e do investimento são relativamente similares em relação ao fluxo de caixa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 33 Referências BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman, 2015. BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração fi nanceira. São Paulo: Cengage, 2010. MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>. Acesso em: 20 nov. 2015. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração fi nanceira: corporate fi nance. São Paulo: Atlas, 2007. SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson, 2006. SEBRAE. Gestão fi nanceira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012. SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões fi nanceiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009. 34 Gabarito Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Unidade 1 C V A E D Unidade 2 A V E A F Unidade 3 C F D F F
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