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PARASITA

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Biologia
Dep. de Zoologia
Zoologia IA/IBZ(Protistologia)
Prof. Inácio Domingos da Silva Neto
PHYLUM MASTIGOPHORA
Tripanossomíase devido ao Trypanosoma cruzi ( Chagas, 1909) - Doença de Chagas.
Caracterização do parasito:
	A família Trypanosomatidae pertencente a ordem Kinetoplastida, reúne grande número de espécies parasitas de insetos e de vertebrados.
	A espécie tipo da família, Trypanosoma cruzi causador da Doença de Chagas no homem o qual apresenta quadros clínicos com características e consequências muito variadas (cardiopatia chagásica e as dilatações dos órgãos cavitários; insuficiência das glândulas de secreção interna, em particular da tireóide e da supra renal, além dos distúrbios cardíacos).
	A família Trypanosomatidae pode apresentar durante seu ciclo vital as seguintes formas: amastigota, promastigota, coanomastigota, epimastigota, tripomastigota e opistomastigota.
	Triatoma infestans e T. brasiliensis, inseto hemíptero, podem ser os transmissores, mas muitas espécies, mesmo de outros gêneros têm essa capacidade (por exemplo espécies dos gêneros Rhodinius , Panstrongylus e mesmo um carrapato Amblyoma podem transmitir esse parasita ao homem (ou ao gambá, tatú etc). O Barbeiro produz escoriações leves no rosto do indivíduo que, dormindo, perde sangue, alimentando assim o hemíptero. Ao mesmo tempo que o inseto chupa o sangue, lança excrementos na face da pessoa atacada. Os excrementos são escuros, mais ou menos liquefeitos e com formas infestantes de Trypanosoma. Ao sentir a picada, a pessoa passa a mão, com o intuito de amenizar a dor, assim, espalha os excrementos, permitindo que as formas infestantes (tripomastigotas) tomem contato com a corrente sanguínea da escoriação e penetrem no corpo. Este é um tipo de infestação direta, mas ela pode processar-se através das mucosas, dos olhos (edema palpebral unilateral), do nariz e da boca.
	Quando o inseto, ao sugar sangue de um vertebrado, ingere tripanossomas sanguícolas na forma tripomastigota (que não se reproduzem), tem início o ciclo do desenvolvimento característico do T. cruzi na luz intestinal dos triatomíneos. No estômago do hemíptero, constatam-se fenômenos regressivos, como se o meio lhe fora inadequado.
	Os flagelados que chegam ao intestino do hemíptero assumem a forma epimastigota e se instalam permanentemente, pois a infecção mantém-se neste local durante toda a vida do inseto.
	Eles se apresentam com dimensões e aspecto bastante variáveis, citoplasma abundante, cinetoplasto discóide e situado perto do núcleo.Membrana ondulante curta e flagelo livre bem desenvolvido.
	No intestino do inseto a multiplicação do flagelado é muito ativa, realizando-se por divisão binária longitudinal.
	Essas formas não são infectantes para hospedeiros vertebrados, constituindo um estágio reprodutor adaptado essencialmente ao aparelho digestivo dos insetos.
	Porém, quando os epimastigotas são levados ao intestino posterior do triatomídeo (reto), sofrem nova metamorfose, pela qual retomam a fase tripomastigota; e , por constituírem as formas finais do ciclo no inseto , são conhecidos como tripomastigotas metacíclicos.
	Ao picar um hospedeiro vertebrado ( homem ) o hemíptero defeca e faz a contaminação pelo método já descrito acima. Este é um tipo de infestação direta. Através da corrente sanguínea eles podem penetrar nas células dos vertebrados e se transformar, de novo, em amastigotas. Através de divisões binárias simples o amastigota produz um número crescente de elementos-filhos que vão consumindo o citoplasma da célula parasitada e sofre uma nova transformação para tripomastigota.
Outras espécies de Trypanosoma:
	T. equinum - mal de Caderas
 
	T. brucei - agente da nagarra de diversos mamíferos. Agente transmissor - Glossina sp.
 
	T. rangeli - também parasita o homem e grande quantidade de mamíferos silvestres não causando doença alguma. Agente transmissor - Rhodnius prolixus.
 
	T. gambiense - causador da doença do sono. Os parasitos são transmitidos pelas moscas do gênero Glossina ( Díptera ), chamadas comumente de "tsé-tsé".
Leishmanioses cutâneas e mucocutâneas
	Os parasitos do gênero Leishmania , transmitidos ao homem por insetos flebotomíneos ( Phlebotomus ) em regiões quentes, determinam infecções denominadas leishmanioses, que afetam particularmente o sistema fagocítico mononuclear. Mas, por apresentarem características clínicas e epidemiológicas diferentes em cada área geográfica, foram consideradas doenças distintas:
 1. Leishmaniose cutânea
 2. Leishmaniose mucocutânea
 3. Leishmaniose visceral
	Os protozoários que causam a Leishmanose são flagelados (da Família Trypanosomatidae e do gênero Leishmania ) caracterizados por apresentarem somente duas formas durante seu ciclo vital:
a) Forma amastigota - quando os parasitos estão no interior das células dos hospedeiros vertebrados.
b) Forma promastigota - quando se desenvolvem no tubo digestivo dos hospedeiros invertebrados ( insetos flebotominios ), bem como nos meios de cultura.
	A Leishmania mexicana provoca lesões no homem localizadas na pele sendo estas benignas, não apresentando metástases nasofaringianas.
	
	As Leishmania donovani são parasitas de pequeno tamanho e mostram fortes tendências de invadir as víceras, localizando-se de preferência no sistema macrofágico do baço, fígado, da medula óssea e dos órgãos linfóides. Eles produzem diversos tipos clínico-epidemiológicos de Leishmaniose visceral. É o agente do Calazar.
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias
	Entre os flagelados Trichomonadidae destacamos:
	Trichomonas vaginalis - Espécie cosmopolita que vive na vagina e uretra da mulher (pH 4 - 8 ou 6 - 6,5), a próstata, as vesículas seminais e uretra do homem. Ele se reproduz por divisão binária e não se encista. A transmissão ocorre geralmente durante a relação sexual. Dentre as alterações que favoreceriam o desenvolvimento do flagelado citamos: a modificação da flora bacteriana vaginal; diminuição da acidez local; diminuição de glicogênio nas células do epitélio e acentuada descamação epitelial. Como tratamento temos o uso do metronidazol.
	Pentatrichomonas hominis - Não é patogênico. Vive nos intestinos delgado e grosso, onde se nutre de bactérias e outros materiais da luz intestinal. Não produz cistos.
	Giardia intestinalis - Durante seu ciclo evolutivo apresenta duas formas: trofozoito e cisto. A primeira tem simetria bilateral e contorno piriforme. O corpo, bastante deformável, mostra um achatamento dorsoventral. Na superfície ventral há uma área ovóide que constitui um disco adesivo ou disco suctorial, ocupando os dois terços dessa face.
	No interior do citoplasma, as estruturas são quase sempre duplas e simétricas. Assim, há um par de núcleos, cada qual tendo um corpo central ou cariossomo, mas sem cromatina periférica. Dois feixes de fibras ou axonemas que se iniciam junto a oito blefaroplastos, percorrem o corpo celular longitudinal. Os flagelos formam pares.
	Giardia lamblia (Diplomonadina) - É uma espécie cosmopolita, parasita do duodeno, jejuno e íleo do homem. O parasita adere as microvilosidades das células intestinais por uma ventosa e se nutre por pinocitose. Os cistos, formados no colo, são os estágios de disseminação. Geralmente, este flagelado não é patogênico e uma certa imunidae pode ser adquirida. Entretanto em crianças ele pode vir a ser patogênico, impedindo a absorção intestinal porque ele recobre todo o epitélio, ou atacando a secreção mucosa das células intestinais, esta que provoca uma modificação estrutural das microvilosidades, uma diminuição da absorção das gorduras, crescimento da produção de mucos, donde aparecem as diarréias, dores e uma inflamação localizada com febre. Os canais biliares podem ser invadidos. A lambliose ou giardíase pode durar vários anos.
	O diagnóstico repousa sobre a observacão dos cistos nas fezes. O tratamentopode ser feito com metronidazol (flagil).
PHYLUM RHYZOPODA
Amebíase causada por Entamoeba hystolitica 
	As amebas intestinais apresentam seus ciclos relativos simples. A infecção come a com a ingestão de formas resistentes, os cistos, em geral com água ou alimento contaminados por fezes de indivíduos portadores de Entamoeba histolytica.
	O desencistamento que tem lugar no intestino delgado do novo hospedeiro, só se opera a partir de cistos maduros e não exige mais temperatura adequada (37�SÍMBOLO 176 \f "Symbol"�) e um meio anaeróbio. Aí, de cada cisto tetranucleado formam-se oito pequenas amebas com um só núcleo - estágio ou forma metacística - que se alimenta e crescem na luz intestinal para logo alcançarem a forma trofozoítica.
	As amebas maduras são maiores que as metacísticas e muito ativas. Fagocitam bactérias e multiplicam-se indefinidamente no intestino grosso. Estas podem transformar-se em novos cistos após diminuição de tamanho e segregação de novo envoltório, a parede cística. O núcleo dividi-se duas vezes para que se constituam novos cistos típicos,com quatro núcleos. Graças ao encistar, os parasitos expulsos com as fezes podem resistir as condi ões do meio exterior e propagar-se. Só a E. histolytica é patogênica.
PHYLUM APICOMPLEXA
Os esporozoários e as coccidioses
	Os esporozoários são todos parasitos obrigatórios e apresentam um ciclo biológico onde se alternam a reprodução sexuada e a reprodução assexuada, caracterizam-se por que em determinadas fases de sua vida , possuem no polo anterior do seu corpo alonga- do umas estruturas celulares especiais que formam o complexo apical, destinado a sua fixação e penetração nas células dos organismos hospedeiros.
	
	Ciclo assexuado ou esquizogônico: Cisto ou esporocisto (novo hospedeiro) penetra nas células do epitélio digestivo e divide várias vezes seu núcleo resultando numa forma multinucleada ou esquizonte. O citoplasma também se divide dando origem aos organismos filhos uninucleados. Este processo é denominado reprodução esquizogônica ou esquizogonia. Os organismos filhos daí resultantes são chamados merozoítos e, ao se formarem, voltam a possuir um complexo apical que lhe permitirá invadir novas células do mesmo hospedeiro.
	Ciclo sexuado ou esporogônico: Inicialmente os merozoítos (ou alguns entre eles) diferenciam-se em células especializadas para a reprodução sexuada: são os gametócitos. Aqueles que se destinam a produzir gametas masculinos (dotados de motilidade) chamam-se microgametócitos e os que se transformarão em gametas femininos são os macrogametócitos.
	Quando os gametas de sexos opostos se unem (cópula) forma-se um ovo ou zigoto que logo se encista e passa a ser chamado de oocisto
	Ordem Haemosporidiida - Parasitos da malária (parasitas intracelulares).
	Ordem Coccidiida - Coccídios
		Três famílias de Coccidiida contém parasitos que infectam a espécie humana:
	1) Família Eimeriidae - Eimeria (1 oocisto; 4 esporocistos; 2 esporozoitos) e Isospora (1 oocisto; 2 esporocistos; 4 esporozoitos), que são parasitos de animais domésticos (aves, gado etc.), e Isospora belli, que infecta o homem.
	2) Família Cryptosporiidae
	3) A Família Sarcocystidae conta com apenas três espécies de interesse médico: Sarcocystis hominis, S. suihominis e Toxoplasma gondii.
	Numerosas espécies do gênero Eimeria causam doenças graves nas aves, no gado e em outros animais de importância econômica para o homem. Este gênero caracteriza-se facilmente porque no interior dos oocistos formam-se quatro esporocistos, cada um deles com dois esporozoitos. O gênero Isospora distingue-se porque os oocistos contém dois esporocistos, cada qual com quatro esporozoitos.
	Somente algumas espécies parasitam ativamente o homem: Isospora belli, Sarcocystis hominis e S. suihominis.
	S. suihominis tem normalmente como hospedeiro intermediário o porco; e para hospedeiro definitivo o homem que se infecta ingerindo esporocistos contidos na carne mal cozida. A parasitose se traduz por diarréis com possibilidades de colapso circulatório.
		
Toxoplasmose
	A toxoplasmose é uma zoonose que infecta o gato e numerosa outras espécies de vertebrados. Ela tem por causa o Toxoplasma gondii, um esporozoário que desenvolve parasitismo intracelular obrigatório. No homem é capaz de determinar nos indivíduos adultos um quadro agudo febril, com linfadenopatia e na criança uma forma subaguda de encefalomielite e coriorretinite. A forma congênita é particularmente grave.
	Tal como Sarcocystis, T. gondii desenvolve um ciclo sexuado nos hospedeiros definitivos e um ciclo assexuado nos hospedeiros intermediários.
	Porém, nos hospedeiros definitivos , T. gondii realiza os dois ciclos. Espécies dos gêneros Felis e Lynx - mas particularmente os gatos - são os únicos hospedeiros nos quais o T. gondii pode completar todo seu ciclo vital.
	Quando um gato jovem é alimentado com um camundongo que tenha toxoplasmose aguda ou crônica, começam a aparecer em suas fezes oocistos imaturos de Toxoplasma, alguns dias depois.
	Os parasitos que penetram nas células epiteliais do intestino arredondam-se e começam a multiplicar-se assexuadamente (por endogenia), podendo repetir esse ciclo por muitas vezes.
	Porém, logo alguns deles diferenciam-se em gametas, produzindo macrogametas e microgametas, que vão copular, formar um zigoto que logo segrega uma membrana cística e, assim, fechar seu ciclo sexuado (gametogônico). Os oocistos formados abandonam as células epiteliais, antes de completarem seu desenvolvimento, e saem para o exterior com as fezes. Esses oocistos amadurecem no meio externo em 2 a 5 dias, para o que requerem oxigênio, e então apresentam em seu interior dois esporocistos, cada qual com quatro esporozoitos e uma massa de citoplasma residual. Assim que ficam maduros, eles passam a ser infectantes se ingeridos por gatos ou quaisquer outros animais suscetíveis (aves, mamíferos e, inclusive, o homem).
	A evolução dos toxoplasmas nos tecidos do hospedeiro compreende a invasão das células deste e a multiplicação do parasito endocelular por processo assexuado.
	Cada indivíduo forma dois toxoplasmas filhos num processo de reprodução assexuada (endogenia). A reprodução assexuada pode ocorrer também dentro do vacúolo parasitóforo, para a formação de pseudocistos, os quais darão origem a tarquizoitos.
	Nas formas crônicas da infecção, em hospedeiros com imunidade, os toxoplasmas reproduzem-se também por endogenia, porém muito lentamente e forma grandes aglomerados parasitários que segregam envoltórios císticos, semelhantes aos que vimos formarem em volta dos Sarcocystis.
	Os cistos de Toxoplasma medem entre 20 e 200 micrometros, podendo ser arredondados ou alongados. Os parasitos que se encontram dentro desses cistos são numerosos e foram denominados bradizoítos.
	Quando os gatos são infectados, por via oral, a partir de cistos ou de pseudocistos, o período pré-potente da infecção dura 7 a 9 dias.
Malária
Plasmodiidae - Plasmodium
	As espécies que habitualmente parasitam o homem são quatro:
1) Plasmodium falciparum, que produz a febre terçã maligna, com quadros clínicos em que os acessos febris repetem-se ciclicamente com intervalos de 36 a 48 horas. É responsável pela maioria dos casos fatais.
2) P. vivax, agente da febre terçã benigna, com ciclo febril que retorna a cada 48 horas.
3) P. ovale, com distribuição limitada ao continente africano e responsável por outra forma de febre terçã benigna com ciclo de 48 horas.
4)P. malariae, causa a febre quartã, que se caracteriza pela ocorrência de acessos febris a cada 72 horas.
	Os três primeiros são típicos do homem e somente o P. malariae pode também infectar algumas espécies de macacos.
	Os hospedeiros intermediários limitam-se a algumas espécies de mosquitos do gênero Anopheles para cada região geográfica.
	Ciclo parasitário:
	No homem inicia-se quando o anofelino infectado, ao picar uma pessoa parasugar-lhe o sangue, inocula diretamente na circulação, com sua saliva, as formas infectantes do Plasmodium que se haviam acumulado nas glândulas salivares do inseto.
	Antes de decorrida uma hora, essas formas, que são esporozoítos, não se encontram mais no sangue. É que os parasitos já alcançaram o fígado e invadiram as células hepáticas. Os esporozoítos transformam-se então em formas arredondadas, denominadas criptozoítos, pois é com dificuldades que podem ser descobertos nesta fase.
	Além de crescer, os criptozoítos iniciam um ciclo de reprodução assexuada, conhecido como ciclo pré-eritrocítico ou esquizogonia pré-eritrocítica, em vista de preceder obrigatoriamente à fase do parasitismo sanguíneo. Assim que começam as divisões nucleares, os parasitos passam a ser chamados esquizontes e, no fim da esquizogonia, dão lugar a formação de milhares de elementos-filhos: os merozoítos.
	A esquizogonia pré-eritrocítica dura de 6 a 16 dias, segundo a espécie de Plasmodium. A célula hepática parasitada, muito distendida e degenerada, acaba por romper-se deixando em liberdade os merozoítos, muitos dos quais são fagocitados e destruídos pelas células de Kupffer. Os que sobrevivem invadem as hemácias e dão início ao segundo ciclo de reprodução assexuada dos plasmódios: o ciclo esquizônico ou ciclo eritrocítico.
	No sangue, este ciclo esquizogônico repete-se a intervalos regulares e característicos para cada espécie: 36 a 48 horas para P. falciparum, 48 horas para P.vivax e P. ovale ou 72 horas para P. malariae. Essa periodicidade se relaciona diretamente com o rítmo das crises febris observado em cada forma de malária.
	Quando um paciente é portador das formas sexuadas do parasito (gametócitos), dizemos que ele é gametóforo. Ao sugar-lhe o sangue, o mosquito ingere as hemácias e os leucócitos, que são digeridos no estômago do inseto juntamente com todas as formas evolutivas do parasito, exceto os dois tipos de gametócitos:
	a) O macrogametócito, que no estômago do anofelino passará a macrogameta ou gameta feminino.
	b) O microgametócito, que aí sofrerá três mitose - microgametas.
	O processo rápido de formação de microgametas, denominado exflagelação, dura poucos minutos.
	Quando os gametas se unem formam o zigoto que, depois de algum tempo, começa a deslocar-se com movimentos amebóides, razão pela qual são chamados de oocinetos. Ele se dirige para o revestimento epitelial da parede intestinal do inseto, onde se aloja.
	Aí, segrega um envoltório protetor e passa a ser denominado oocisto, Inicia-se então o processo de multiplicação esporogâmica ou esporogonia, mediante a qual são formados centenas ou milhares de elementos-filhos, os esporozoítos, ao mesmo tempo que o oocisto cresce consideravelmente de tamanho.
	O oocisto maduro acaba por romper-se e libertar os esporozoítos que invadem a hemolinfa do inseto. Muitos deles migram para as glândulas salivares. Completa-se assim, o ciclo vital dos plasmódios nos hospedeiros invertebrados.
	Os esporozoítos apresentam um complexo apical que compreende três formações anulares, centradas por uma pequena depressão apical, onde vêm ter um par de roptrias e numerosos micronemas. Estas estruturas contêm substâncias necessárias à penetração do parasito nas células do hospedeiro vertebrado. Estas formas podem permanecer viáveis por quase dois meses nas glândulas salivares do inseto.
PHYLUM CILIOPHORA
Balantidíase
	Causada pelo Balantidium coli, um ciliado parasito do porco e o único que eventualmente infecta o homem. A balantidíase é uma infecção do intestino grosso que, em suas formas mais típicas, produz diarréias ou disenteria, muito semelhente clinicamente a amebíase.
	B. coli vive no intestino grosso onde se alimenta de bactérias, fungos, hemácias, detritos orgânicos, etc. A multiplicação processa-se por divisão binária transversal, sendo precedida pela divisão do macro e micronúcleo. Em cultura, pode se observar a reprodução saxuada por conjugação, de que participa apenas o micronúcleo.
	Os parasitos, depois de se multiplicarem na luz do intestino, produzem cistos ovóides ou esféricos que aparecem em grande número nas fezes sólidas. Eles são resistentes às condições do meio externo e constituem os elementos infectantes para novos hospedeiros (por exemplo o homem).

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