Buscar

Artigo imprimir

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

16
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR MÚLTIPLO – IESM
CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
HÉLIO LUIS DA SILVA SANTOS
OS MÉTODOS APLICADOS NAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E OS EFEITOS NAS TOMADAS DE DECISÕES NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
TIMON-MA
2018
HÉLIO LUIS DA SILVA SANTOS
OS MÉTODOS APLICADOS NAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E OS EFEITOS NAS TOMADAS DE DECISÕES NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Artigo Científico apresentado ao instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof. Esp. Paulo de Matos Gomes Júnior.
TIMON-MA
2018
HÉLIO LUIS DA SILVA SANTOS
OS MÉTODOS APLICADOS NAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E OS EFEITOS NAS TOMADAS DE DECISÕES NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Artigo apresentado ao Instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM, como requisito parcial a obtenção de título de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof. Esp. Paulo de Matos Gomes Júnior.
Artigo aprovado em _____/______/_______
BANCA EXAMINADORA
 
__________________________________________________________
Prof. Esp. Paulo de Matos Gomes Júnior
Instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM
__________________________________________________________
Prof. Esp. Carlos Henrique de Carvalho Neri
Instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM
_________________________________________________________
Prof. Esp. Jesus Paixão Silva Bandeira
Instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM
AS MÉTODOS APLICADOS NAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E OS EFEITOS NAS TOMADAS DE DECISÕES NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Hélio Luis da Silva Santos[footnoteRef:1] [1: Bacharelando em Ciências Contábeis na Faculdade IESM Timon – MA] 
Paulo de Matos Gomes Júnior[footnoteRef:2] [2: Professor Especialista em Contabilidade Gerencial, Faculdade IESM] 
RESUMO
O presente estudo teve como viés basilar trazer uma visão a respeito da importância da análise dos demonstrativos contábeis na gestão bancária. Embora tais demonstrativos devam seguir o corolário da Lei das Sociedades Anônimas, devem também seguir os parâmetros e diretrizes cunhadas pelo Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional, diretrizes estas que só complementam a exigência da legislação contábil e ampliam a responsabilidade dos bancos para primarem pelo compliance e transparência em suas atividades. Para tanto, perpassou o estudo por uma visão analítica a respeito do arcabouço basilar da objetividade geral da contabilidade gerencial, trazendo uma paridade dos controles utilizados na gestão contábil de todo e qualquer tipo empresarial. Tais controles podem abranger desde a micro até a empresa de grande porte, onde em uma economia globalizada os demonstrativos e relatórios contábeis devem sempre trazer um parâmetro de estudos e análise, sobretudo ao se tratar de instituição bancária, onde os controles são mais rígidos em face de trabalhar com recursos de terceiros. Não obstante se fez menção ao nascimento da contabilidade como instrumento de controle para as empresas desde os primórdios da civilização, bem como pela legislação preponderante da instituição bancária como um todo, pois a contabilidade bancária possui seu regramento específico. Para se chegar ao presente estudo, utilizou-se da pesquisa bibliográfica, esmerando-se na legislação pertinente que rege a contabilidade propriamente dita e a que subjuga a atividade bancária como um todo, tais como: a legislação do Banco Central do Brasil, do Conselho Monetário Nacional, bem como do Plano de Contas específico para a atividade bancária.
Palavra(s) Chave(s): Contábeis. Demonstrativos. Legislação.
1 INTRODUÇÃO 
Este estudo tem como premissa trazer uma visão holística a respeito da metodologia de análise das demonstrações contábeis para a tomada de decisão no âmbito das instituições financeiras, mais especificamente junto aos bancos.
Para tanto, perpassará por uma visão holística e histórica da contabilidade propriamente dita, bem como pelas nuances da análise das demonstrações contábeis, com a intenção de situar o leitor, sob os aspectos relevantes da gestão da contabilidade gerencial e sua importância para a tomada de decisões, uma vez que, desde os primórdios da civilização, o homem busca controlar suas riquezas. 
Com o passar dos anos, a contabilidade evolui, buscando cada vez mais demonstrar e controlar os recursos das empresas. Com o passar do tempo, surge a contabilidade gerencial utilizada por gestores, essa que atua como uma ferramenta auxiliar, que dá suporte para a tomada de decisões. 
A correta análise das demonstrações contábeis é de suma importância para a tomada de decisões, sobretudo quando envolve as atividades financeiras do sistema bancário, uma vez que além do dever de cumprimento da legislação contábil, devem preocupar-se com o gerenciamento de riscos, ou seja, dever de identificar as ameaças inerentes ao sistema financeiro
O objetivo geral do presente estudo é examinar os métodos aplicados nas análises das demonstrações contábeis e os efeitos nas tomadas de decisões nas Instituições Bancárias, com objetivo de transmitir as informações relevantes a serem utilizadas para as melhores decisões no gerenciamento dos recursos econômicos e financeiros. 
Os objetivos específicos do presente estudo são: identificar, métodos aplicados nas análises das demonstrações contábeis e os efeitos nas tomadas de decisões nas instituições bancárias, caracterizar, compreender e refletir sobre sua relevância na utilização dessas ferramentas nas análise das demonstrações da Companhia Banco do Brasil, para contribuir de maneira acertada nas tomadas de decisões de seus usuários.
2 IDENTIFICAÇÃO DE UMA VISÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE
Objetiva-se nesta primeira sessão realizar uma pesquisa sobre os métodos aplicados nas análises das demonstrações contábeis e os efeitos nos p de tomadas de decisões.
Os pesquisadores e estudiosos da Contabilidade, afirmam que a Análise das Demonstrações Contábeis é tão antiga quanto a própria contabilidade, como afirma Marion; (2012) ao dizer que:
Se nos reportarmos para o início provável da Contabilidade (± 4000 a.C.), em sua forma primitiva, encontraremos os primeiros inventários de rebanhos (o homem que voltava sua atenção para a principal atividade econômica: o pastoreio) e a preocupação da variação de sua riqueza (variação do rebanho). (MARION, 2012, p. 6).
A contabilidade é tão antiga quanto a civilização do mundo, estando diretamente ligada às manifestações da necessidade social de proteção à posse. Diante dessa necessidade, o homem, com o decorrer dos tempos, deixa a prática da caça e passa a organizar a agricultura e o pastoril, onde a organização econômica acarretou a separatividade na comunidade, passando cada um a criar sua riqueza, propiciando, como já esperado, a necessidade do controle na atividade de troca e venda entre os comerciantes semíticos, pois a troca de bens e serviços era seguida de registros sobre o fato, todavia a cobrança de impostos já se fazia com escritas, ainda que de maneira rudimentar pelos Babilônios.
Ao surgirem as primeiras administrações particulares, esse controle fica mais evidente para a prestação de contas da coisa administrada, o que não poderia ser efetuada sem o devido registro. O desenvolvimento do papiro e do cálamo no antigo Egito facilitou o registro de informações dos negócios.
2.1 PERCURSO METODOLÓGICA
A metodologia utilizada neste artigo foi ancorada no método dialético. De acordo com Demo (2008), dialética é uma palavra que vem do grego dialektiké e significa a arte do diálogo, do debater, raciocinar ou persuadir. Dialética é um debate onde há ideias diferentes, onde um posicionamento é defendido e contradito logo depois. Para os gregos, dialética era separar fatos, dividir as ideias para poder debatê-las com mais clareza.
A dialética pode ser vista de várias outras maneiras, observando seus elementos como afirma, Demo (2008) ao dizer que:
Nocontexto das metodologias, é claro, trata-se de uma entre outras, cuja excelência precisa ser fundamentada, não suposta, assim não existindo somente uma dialética, por exemplo, a marxista. Se assim fosse já não seria dialética. E mesmo dentro do marxismo, não há nada em torno do que seria dialética, a partir do próprio Marx. De modo geral, admite-se ainda que a dialética é propriamente uma metodologia social, no sentido de que não seria adaptável, de forma adequada, às ciências sociais exatas e naturais. Sempre houve o esforço de colocar a dialética como capaz de substituir as outras no campo total das ciências. (DEMO, 2008, p.85).
Esta pesquisa consiste em um estudo do tipo bibliográfico, pois trará conhecimentos de diversos autores, com confrontação de ideias e análise de dados coletados através da pesquisa em livros, artigo de revistas e internet. Macedo (2005) diz que:
Pesquisa bibliográfica em um conceito restrito, é a busca de informação que se relaciona com o problema de pesquisa, (livros, verbetes de enciclopédia, artigos de revistas, trabalhos de congressos, teses e etc.), e os respectivos fichamentos referenciados para que sejam posteriormente utilizadas (na identificação do material referenciado ou na bibliografia final). (MACEDO, 2005, p.97).
O autor traz ensinamentos de como executar uma pesquisa bibliográfica, pois o mesmo se utiliza de regras e traz um caminho para mostrar, através de conceitos autorais diferentes, suas visões e estudo sobre os temas abordados.
O estudo foi realizado através de obras voltadas à contabilidade, às Análise das Demonstrações Contábeis, colocando em discussão o tema e procurando chegar ao objetivo do trabalho.
O estudo foi desenvolvido mediante pesquisa qualitativa, pois é utilizada de forma direta e interativa em relação ao assunto estudado, proporcionando complementação e esclarecimento das informações coletadas, como afirma, Silva (2010) ao dizer que:
O paradigma qualitativo não emprega dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. Tendo como base análises empíricas sobre o cotidiano e sobre a análise das demonstrações contábeis. (SILVA; 2010, p.28).
Não obstante este estudo tenha usado como base a pesquisa bibliográfica e a legislação pertinente à contabilidade e à atividade bancária, estas consubstanciada dentro dos órgãos fiscalizadores, como o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional, O Conselho Federal de Contabilidade, o Código Civil Brasileiro, dentre outros, utilizou como suporte estudos realizados por autores renomados, dentro e fora do universo acadêmico.
A pesquisa foi realizada na Companhia Banco do Brasil. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi as demonstrações contábeis dos anos 2016, 2017 e o terceiro trimestre de 2018, para uma análise comparativa entre estes períodos. As técnicas que foram aplicadas, são as supramencionadas de acordo com a literatura explorada, para avaliar a efetiva contribuição da utilização de tais técnicas na gestão da Instituição e nas tomadas de decisões dos usuários externos.
3 CARACTERIZAÇÃO DAS TÉCNICAS APLICADOS NAS ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
Objetiva-se nesta segunda sessão a caracterização dos métodos aplicados nas Análises das Demonstrações Contábeis e os efeitos nas tomadas de decisões.
A Análise das Demonstrações contábeis de uma empresa deve ter como objetivo principal analisar a liquidez ou situação financeira, o endividamento e a rentabilidade ou situação econômica, estes fatores e essencial para ter uma análise das demonstrações com boa qualidade, sendo estes fatores essenciais na boa saúde financeira de uma empresa. Como afirma Braga (1999) ao dizer que:
As demonstrações contábeis, denominadas de demonstrações financeiras na legislação societária (Lei nº. 6.404/76), são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante acionistas, credores, governos e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo, revelar, a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o patrimônio e os resultados da empresa, a fim de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-financeira (BRAGA 1999, p.70).
O analista pode obter conclusões sobre a atratividade de investir em ações de determinada companhia; se um crédito solicitado deve ou não ser atendido; se a capacidade de pagamento (liquidez) encontra-se numa situação de equilíbrio ou insolvência; se a atividade operacional da empresa oferece uma rentabilidade que satisfaz as expectativas dos proprietários de capital; e assim por diante, como afirma ASSAF; (2012), ao dizer que:
A análise de balanços é desenvolvida com base nas demonstrações contábeis formalmente apuradas pelas empresas. As expressões análise de balanços, análise das demonstrações, demonstrativos contábeis, relatórios financeiros são considerados sinônimos. (ASSAF, 2012, p.43).
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante é esta análise para as empresas. Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de controle" da administração.
3.1 PRINCIPAIS DEMONSTRATIVOS
As análises das demonstrações contábeis são relatórios contábeis e financeiros que as empresas elaboram periodicamente, dentre eles existem os relatórios obrigatórios e os não-obrigatórios. Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos pela legislação, conhecida como “demonstrações contábeis” ou “demonstrações financeiras”. De acordo com Perez Jr e Begalli (1999, p.62), “as expressões demonstrações contábeis e demonstrações financeiras serão utilizadas indistintamente, com o mesmo significado”.
Sobre a obrigatoriedade dos demonstrativos, afirma Marion (2012) que:
Devem estar inclusas nos relatórios, as seguintes informações geradas pela análise de balanço: situação financeira, situação econômica, desempenho, eficiência na utilização de recursos, pontos fortes e fracos, tendências e perspectivas, quadro evolutivo, adequação das fortes aplicações dos recursos, causas das alterações na situação financeira, evidencia de erros na administração, providencias que deveriam ser tomadas e não foram e avaliação das alternativas econômico- financeiro futuros. (2012, p. 32).
As principais demonstrações contábeis, estão compostas da seguinte forma: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Assim, entenda-se que o Balanço Patrimonial (BP) é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura contábil. De acordo com Kroetz (2000, p.36), “nele se sintetiza, na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e controles, objetivando estudar o comportamento e tendências do patrimônio”.
O Balanço Patrimonial está dividido em dois grandes grupos: o ativo e o passivo. Conforme Perez Jr. & Begalli (1999, p.62), “o ativo é composto de bens e direitos de propriedade da sociedade, enquanto o passivo é composto de obrigações e do patrimônio líquido”.
Figura: 01 – Balanço Patrimonial 
	Balanço Patrimonial
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens + Direitos
	Obrigações com terceiros
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	Obrigações com a empresa (diretores, acionistas, etc.)
	TOTAL ATIVO                    $
	TOTAL PASSIVO                $
Fonte: Autor do artigo. 
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre como as contas deverão ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma para um melhor entendimento:
Figura: 02 – Balanço Patrimonial com seus grupos e subgrupos. 
	Balanço Patrimonial
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	Circulante
	  Disponibilidades
	  Fornecedores
	  Créditos
	  Obrigações trabalhistas
	  Estoques
	  Empréstimos e financiamentos (CP)
	  Outros créditos
	  Obrigações tributárias
	  Despesas antecipadas
	  Provisõese encargos das provisões
	 
	  Outras obrigações
	Não Circulante
	 
	  Realizável a longo prazo
	Não Circulante
	  Investimentos
	  Exigível a longo prazo
	  Imobilizado
	 
	  Intangível
	Patrimônio Líquido
	 
	  Capital
	 
	  Reservas
	 
	  Ajustes de avaliação patrimonial
	 
	  Prejuízos acumulados
	TOTAL ATIVO                            $
	TOTAL PASSIVO                         $
Fonte: Autor do artigo. 
Após a ilustração do Balanço Patrimonial, se faz necessário alguns conceitos importantes com relação aos prazos e grau de liquidez.
Curto prazo, todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte, mas pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com duração maior do que o período de 12 meses, dessa forma a classificação como curto ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Longo prazo, todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte.
Grau de liquidez, é o maior ou menor prazo no qual os Bens e os Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o dinheiro em mãos).
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma peça contábil que apresenta a gestão econômica e financeira de uma empresa. De acordo com Ribeiro (2014, p.58), “a DRE, portanto é uma demonstração contábil que evidencia o resultado econômico, isto é, o lucro ou prejuízo apurado pela empresa no desenvolvimento das suas atividades durante um determinado período que geralmente é igual a um ano”.
Para uma melhor compreensão desse demonstrativo, é relevante apresentar sua estrutura, conforme afirmar Ribeiro (2014), ao dizer que:
A DRE deve ser estruturada observando-se as disciplinas contidas no artigo 187 da Lei nº 6.404/1976. O citado dispositivo legal não fixa um modelo a ser observado por todas empresas, porém, estabelece as informações mínimas que devem conter na DRE, ficando, portanto, cada entidade livre para elaborar, observando essas informações mínimas, o modelo que melhor espelhe o resultado de suas atividades.
Portanto, conforme estabelece o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976, a DRE evidenciará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de correção monetária (artigo 185, § 3º);
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. (2014, p.58,59). 
Para uma melhor compreensão na aplicação dos Quocientes de Rentabilidade, se faz necessário apresentar alguns componentes da DRE que são determinantes na análise, são eles: Lucro Operacional Bruto; Lucro Operacional; Lucro Líquido do Exercício. 
De acordo com Ribeiro (2014, p.62), “o Lucro Operacional Bruto, corresponde à Receita Operacional Líquida da qual foram deduzidos os Custos Operacionais. Numa empresa comercial, por exemplo, o Lucro Operacional Bruto corresponde ao Lucro apurado nas transações de compra e venda de Mercadorias”. 
Ribeiro (2014, p.64), afirma que: “Lucro Operacional corresponde ao Lucro obtido no confronto entre o Lucro Bruto acrescido das demais Receitas Operacionais e deduzido das demais Despesas Operacionais. Quando o total dos Custos Operacionais mais as Despesas Operacionais for superior ao total da Receita Operacional Líquida mais as demais Receitas Operacionais, esse resultado corresponderá a Prejuízo. Logo, a sua denominação será Prejuízo Operacional”.
Ribeiro (2014, p.67), afirma que: “Lucro Líquido do Exercício corresponde ao Resultado do Exercício após o Imposto de Renda, deduzido das Participações. Quando o Resultado do Exercício corresponder a Prejuízo, ele será denominado de Prejuízo Líquido do Exercício”.
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), é obrigatória para todas companhias abertas, e importante porque evidencia a capacidade financeira de determinada Instituição, conforme afirma ASSAF (2012) ao dizer que:
A DFC permite que se analise, principalmente, a capacidade financeira da empresa em honrar seus compromissos perante terceiros (empréstimos e financiamentos) e acionistas (dividendos), a geração de resultados de caixa futuros e das operações atuais, e a posição de liquidez e solvência financeira. (2012, p.97).
De acordo com a lei atual, a DFC deve evidenciar, no mínimo, três fluxos financeiros: das operações; dos investimentos; e dos financiamentos. 
ASAFF (2012, p.97) afirma que: “os fluxos Financeiros Operacionais: descrevem basicamente as transações registradas na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)”.
	ASAFF (2012, p.97) afirma que: “os Fluxos Financeiros de Investimentos: são geralmente determinados por variações dos ativos não circulantes (ativos de longo prazo) e destinados à atividade operacional de produção e venda da empresa”.
	ASAFF (2012, p.97) afirma que: “os Fluxos Financeiros de Financiamentos: referem-se basicamente às operações com credores e investidores”. 
Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no saldo da conta lucros e prejuízos acumulados.
 Para tanto, ASSAF (2012) afirma que:
A DLPA promove a integração entre Balanço patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Seu objetivo básico é o de demonstrar a destinação do lucro líquido do exercício: parcela distribuída aos acionistas e aquela retida pela empresa para reinvestimento. (2012, p.88).
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade “a demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, num determinado período de tempo”. Considerando que as variações nas contas representam aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido, mas também ocorrem operações entre elementos do grupo sem afetar o seu total.
De acordo com Reis (2003, p.117), “a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do grupo patrimônio líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração”.
Demonstração do Valar Adicionado (DVA), o valor adicionado é contabilmente calculado por meio da diferença entre as receitas de vendas e os bens e serviços adquiridos de terceiros. A demonstração do valor adicionado tem por objetivo evidenciar o cálculo do valor adicionado e demonstrar como este é distribuído entre os diferentes segmentos da sociedade que contribuíram para sua obtenção – governo, financiadores, trabalhadores e proprietários. Esse demonstrativo é exigido nas companhias de capital aberto.
De acordo com ASSAF (2012, p.100) “Outro proveito da DVA está baseado no fato de ser um excelente instrumento macroeconômico servindo para mensurar a riqueza gerada pelas atividades das empresas”.
3.2 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE
Tendo elencado os principais demonstrativos utilizados pela administração empresarial, cabe deliberar a respeito dos principais quocientes utilizados pela contabilidade de gestão ou contabilidade gerencial, para uma eficiente tomada de decisão, principalmenteno que tange a sua utilização para a eficácia na tomada de decisão através dos demonstrativos contábeis, quocientes este que, por sua importância, passam a trazer suas principais características.
De acordo com essa afirmativa, Padoveze (2010) diz que:
Os indicadores econômico-financeiros são os elementos e tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos financeiros, patrimoniais, e de rentabilidade. (2010, p. 213).
	Para uma melhor reflexão, são abordados no presente artigo as seguintes técnicas de análise: Análise Vertical e Horizontal; Análise dos Índices de Liquidez; Análise da Rentabilidade; e Composição do Endividamento;
As análises Vertical e Horizontal são consideradas técnicas adicionais, que demonstram o percentual de cada conta e a sua real importância no conjunto. Para Ribeiro (2014, p.200) “As analises Vertical e Horizontal são mais detalhadas, envolvendo todos os itens das demonstrações, e revelam as falhas responsáveis pelas situações de anomalia da Entidade”.
A análise Vertical consiste no estudo da relação existente entre percentual dos itens que compõe o Ativo e o Passivo, e seu total, ou seja, uma análise vertical indica, por exemplo, a percentagem do Ativo Total que foi aplicada em suas várias categorias.
Para o analista, a análise vertical Indica a composição daquele elemento ou grupo com relação ao todo, o que dependendo da característica da empresa é profundamente relevante para o resultado da análise.
Segundo Ribeiro (2014)
O principal objetivo da Análise Vertical é mostrar a importância de cada conta na demonstração financeira a que pertence. A Análise Vertical por ser feita em qualquer demonstração financeira, mas alcança sua plenitude quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). (2014, p.203)
Esse tipo de análise propicia também a comparação das porcentagens em relação às obtidas por outras empresas que atuam no mesmo ramo de atividade. Essa comparação serve de base para avaliar a melhor maneira de administrar a empresa. Todavia, a análise vertical só será completa quando elaborada simultaneamente em dois ou mais períodos.
A análise Horizontal consiste no estudo da evolução percentual dos itens que compõem uma série histórica de períodos para determinado item da demonstração em análise. Tornam evidente ao analista as principais alterações no comportamento de itens daquela demonstração, restando somente uma investigação mais aprofundada destes que mais se modificaram.
Segundo Braga (1999):
Um dos problemas fundamentais apresentados por este método, tomado dentro de seu conceito original, diz respeito à fixação da base para a escolha da demonstração padrão, de vez que é difícil determinar um comportamento padrão, tantos são os fatores internos e externos que afetam a gestão dos negócios. (1999, p.132).
 Os Quocientes de Liquidez ou Solvência evidenciam o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros. Para tanto Ribeiro (2014, p.163) afirma que: “Estes quocientes demonstram a proporção existente entre os Investimentos efetuados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo em relação aos Capitais de Terceiros (Passivo Circulante e Passivo Exigível a Longo Prazo), são calculados com base em valores extraídos do Balanço Patrimonial”. 
Liquidez Geral, evidencia se os recursos financeiros aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo são suficientes para coibir as Obrigações totais, isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo para cada R$ 1,00 de Obrigação total. 
Segundo Matarazzo (2003, p.164) “O índice de liquidez geral demonstra a capacidade de pagamento a longo prazo, considerando o que a empresa converterá em dinheiro e relacionando o que a empresa assumiu como dívida”.
O índice de liquidez geral é identificado pela seguinte fórmula: soma-se o Ativo Circulante com o Realizável a Longo Prazo e divide-se o total pela soma do Passivo Circulante com o Exigível a Longo Prazo. Este índice indica quanto de ativo circulante para cada um (1 real) de passivo circulante. Quanto maior melhor.
Segundo Matarazzo (2003, p.166) O índice de Liquidez Corrente, demonstra quanto a empresa detém para o pagamento de suas dívidas a curto prazo. O mesmo revela a capacidade financeira da empresa em cumprir os seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui de Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante.
O índice de liquidez corrente é identificado dividindo-se o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante. Este índice indica quanto de ativo liquido cada um (1 real) de passivo circulante. Quanto maior melhor.
De acordo com ASSAF (2012, p.176), O quociente de Liquidez Imediata, revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições de serem liquidadas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.
A verdadeira avaliação dos índices de liquidez implica em verificação correta das contas do ativo e passivo da empresa. A composição dessas contas pode valorizar ou desmerecer as conclusões sobre a correta situação da empresa.
O índice de liquidez imediata é identificado dividindo-se o Ativo Disponível pelo Passivo Circulante.
A rentabilidade do Capital investido na empresa é conhecida por meio do confronto entre contas ou grupos de contas da Demonstração do Resultado do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço Patrimonial. Neste sentido, entende FRANCO (1992, p.144): “É o resultado da comparação entre dois componentes do conjunto. Não se confunde, pois, com coeficiente, que é a porcentagem de um componente em relação ao conjunto”.
Para uma melhor compreensão, são abordados neste artigo os seguintes quocientes de rentabilidade utilizados pela gestão contábil:
Para Ribeiro (2010, p. 171), o quociente Giro do Ativo, evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total.
O quociente Giro do Ativo é identificado, dividindo-se as Vendas Líquidas pelo Ativo Total. Quanto maior for este quociente, melhor.
Para Ribeiro (2010, p. 172), o quociente Margem Líquida, revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, isto é, quanto a empresa obteve de Lucro Líquido para cada R$ 1,00 vendido, qual seja, a margem de venda em relação às vendas.
O quociente Margem Líquida é identificado, dividindo-se o Lucro Líquido pelas Vendas Líquidas. Quanto maior for este quociente, melhor.
Para Ribeiro (2010, p.173), o quociente Rentabilidade do Ativo evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, qual seja, o quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada R$ 1,00 de investimento total.
O quociente Rentabilidade do Ativo, é identificado, dividindo-se o Lucro Líquido pelo Ativo Total. Quanto maior for este quociente, melhor.
Para Ribeiro (2010, p. 175), o quociente Rentabilidade do Patrimônio Líquido revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital Próprio investido na empresa, qual seja, quanto a empresa obteve de lucratividade líquida para cada R$ 1,00 de Capital Próprio investido.
O quociente Rentabilidade do Patrimônio Líquido, é identificado, dividindo-se o Lucro Líquido pelo Patrimônio Líquido. Quanto maior for este quociente, melhor.
De acordo com Ribeiro (2010, p.158), “a Composição do Endividamento, revela qual a proporção existente entre as obrigações de curto prazo e as obrigações totais, isto é, quanto a empresa terá de pagar a curto prazo para cada 1 real do total das obrigações existentes. Quanto menor este quociente,melhor.”
A fórmula do Composição do Endividamento é: dividindo-se o passivo circulante pelo exigível total.
Após o analista ou gestor contábil efetuar a análise da situação patrimonial e financeira da empresa, este apresenta para os administradores, sócios, diretores dentre outros interessados, um relatório de análise do qual constam as conclusões resultantes do desenvolvimento do processo de análise, que representa as informações sobre a situação econômico-financeira da empresa e sobre seu desempenho ao longo dos períodos analisados, bem como as tendências para o futuro. 
3.3 LEGISLAÇÃO
Tais procedimentos devem atender as Normativas específicas editadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN e do Banco Central do Brasil – BACEN, normativas estas que regem a gestão de risco junto ao Sistema Financeiro em diversos níveis. Neste sentido, apresentam-se as principais normativas que regem o mercado:
Figura: 03 – Concelho Monetário Nacional 
	NORMATIVA
	OBJETIVO
	Resolução do CMN 2099/1994
	Aprova regulamentos relativos à atuação dos bancos e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC.
	Resolução CMN 2554/1998
	Dispõe sobre a implantação e implementação de sistema de controles internos.
	Carta-Circular BACEN 2819/1998
	Altera o COSIF para o registro de contas do capital e de aumento de capital.
	Resolução CMN 2804/2000
	Dispõe sobre controles de risco de liquidez.
	Resolução CMN 2837/2001
	Define o patrimônio de referência das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
	Resolução CMN 2891/2001
	Altera o critério de apuração do Patrimônio Líquido Exigido (PLE) para a cobertura do risco decorrente de exposição de operações praticadas no mercado financeiro 
	Comunicado BACEN 12746/2004
	Comunica os procedimentos para a implementação da nova estrutura de capital – Basileia II.
	Comunicado BACEN 20615/2011
	Comunica os procedimentos para a implementação da nova estrutura de capital – Basileia III.
Fonte: Banco Central do Brasil.
As instituições bancárias devem seguir as normativas elencadas além das nuances da Lei 6.404/1976, alterada pela Lei 11.941/2009, esta que trouxe nova estrutura no Balanço Patrimonial dentre outras alterações, também devem respaldar-se pelas normativas norteadoras de suas atividades, estas erigidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central.
Até pelo fato de que as demonstrações contábeis evidenciam os principais subsídios para uma acertada tomada de decisão, uma vez que revela a real situação econômica e financeira de uma instituição. Neste sentido é o ensinamento de FRANCO (1992) que se corrobora:
Analisar significa transformar as demonstrações contábeis em partes de forma que melhor se interprete os seus elementos. Interessa conhecer primordialmente dois aspectos do patrimônio, quais sejam, o econômico e o financeiro. A situação econômica diz respeito à aplicação do capital e seu retorno e a situação econômica diz como a empresa está em relação a seus compromissos financeiros. (1992, p.93)
Na explicação do ensinamento do doutrinador supracitado, nota-se que as demonstrações contábeis além de evidenciar a situação econômica da instituição financeira, também evidenciam seu grau de endividamento dentro do regime de competência.
Não obstante é responsabilidade das instituições financeiras a implantação de mecanismos que visem a coibir a possibilidade de fraudes e de risco operacional, o que com a tecnologia, se houver, afetará diretamente em uma análise das demonstrações contábeis além da responsabilização civil e criminal das instituições e seus administradores, até mesmo por se tratar de uma relação de consumo entre o banco e o cliente, respaldado pelo Código Civil Brasileiro no bojo do artigo 927, visando à responsabilidade de reparação, in verbis, daí a importância do compliance nas instituições bancárias.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Como se pode observar o Código Civil responsabiliza a instituição financeira por todo e qualquer prejuízo ocasionado ao cliente/consumidor, o que torna maior a responsabilidade da instituição em primar pela coerência e transparência em sua atuação e na elaboração das demonstrações contábeis ante a legislação e ao mercado como um todo, visando coibir toda e qualquer lacuna para o acometimento de atos ilícitos ou irresponsáveis de seus administradores e/ou gestores.
	Como pode se ver a atuação bancária no Estado Pátrio deve ser pautada por ditames trazidos pelo Banco Central do Brasil, do Conselho Monetário Nacional, e também devem observar os ditames da legislação contábil e as normativas da Lei das Sociedades Anônimas para a elaboração das demonstrações contábeis.
4. COMPREENSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO BANCO BRASIL
Nesta seção, será feito a análise comparativa das demonstrações contábeis da Companhia Banco do Brasil nos anos 2016, 2017 e do terceiro trimestre de 2018, e através das técnicas supracitadas, será feito uma avaliação sobre os métodos de análise, para saber se tais métodos, ajudam a conhecer sobre o banco principalmente como sendo uma fonte de informação para os usuários externos.
De acordo com pesquisas e estudos realizados, a Companhia Banco do Brasil é a maior Instituição Bancária do Brasil. Por ser a primeira e a maior Instituição bancaria do Brasil, a Instituição supracitada foi escolhida para a realização deste artigo.
A primeira técnica aplicada foi a Análise Vertical, a mesma foi aplicada para realizar uma análise comparativa na DRE do segundo e terceiro trimestre do corrente ano. Aplicado a técnica identificamos que as Despesas Operacionais dobraram de 5% (-1.926.217) para 10% (3.267.925) das Receitas Líquidas que totalizam no acumulado dos dois trimestres o valor em real de R$ 76.303.792, (valores em milhões). A porcentagem encontrada corresponde ao percentual de participação das Despesas Operacionais em relação ao volume das Receitas Líquidas.
A segunda técnica aplicada foi a Análise Horizontal, foi realizada uma análise comparativa na DRE, utilizando os três primeiros trimestres do corrente ano. Aplicado a técnica tendo utilizado o primeiro trimestre como período-base, pois dessa forma torna a análise mais dinâmica, identificamos uma evolução no Lucro Líquido do segundo trimestre de 14% a mais comparado com o primeiro trimestre e aplicando a mesma técnica no terceiro trimestre houve uma evolução de 13% comparado com o período-base. Nesta feita permitiu constatar a evolução em períodos menores de tempo, contribuindo para que os usuários externos tenham uma visão mais otimizada dos lucros da Companhia Banco do Brasil.
Figura: 4 – Tabela com a exemplificação da Análise Horizontal.
	TRIMESTRES
	1º TRIMESTRE
	AH %
	2º TRIMESTRE
	
	
	AH %
	3º TRIMESTRE
	AH %
	LUCRO LÍQUIDO
	2.726.885,00
	100,00
	3.108.230,00
	
	
	114,00
	3.092.332,00
	113,00
Fonte: Autor do artigo.
Nesta oportunidade serão aplicados os Quocientes de Liquidez para evidenciar a situação financeira da Companhia Banco do Brasil frente aos seus diversos compromissos financeiros de curto e de longo prazo.
Com base no terceiro trimestre a Companhia Banco do Brasil apresenta um Índice de Liquidez geral de 1,03, ou seja, para cada 1 real a companhia tem 1,03 para cumprir com seus compromissos a longo prazo.
Aplicado o Índice de Liquidez Corrente, Com base no terceiro trimestre a Companhia Banco do Brasil, para cada 1 real de dívida de curto prazo a companhia dispõe de 0,79 centavos, ou seja para honrar com seus compromissos a instituição ainda necessita de 0,21 centavos. 
Aplicado o Índice de Liquidez Imediata a companhia apresenta 0,01, ou seja, somente com as disponibilidades a instituição não conseguirá sanar suas obrigações a curto prazo.
Com base no terceiro trimestre,aplicado o Giro do Ativo, a Receita Líquida deu um retorno de 0,02 vezes para o capital investido no ativo.
Realizado a Margem Líquida com base no terceiro trimestre, o lucro líquido da companhia corresponde a 9% da receita líquida.
Com a Rentabilidade do Ativo, a companhia obteve 0,02 de lucro líquido para cada 1 real de investimentos totais.
Aplicado a Rentabilidade do Patrimônio Líquido, a companhia obteve 0,03 de lucro líquido para cada 1 real de capital próprio investido.
A companhia apresentou o quociente de Composição do Endividamento, onde a companhia terá que pagar 50% a cada 100 reais do total das obrigações existentes a curto prazo; em consequência melhor será a situação financeira da companhia.
Após realizar a aplicação de tais técnicas pode-se afirmar que os métodos aplicados nas análises das demonstrações contábeis é eficaz para a tomada de decisão dos usuários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou trazer, uma visão geral sobre a relevância da análise sistêmica dos relatórios contábeis, visando externar a contribuição das técnicas contábeis no processo de tomada de decisão de maneira acertada pela gestão/administração, investidores e demais partes interessadas.
A decisão em finanças poderá significar o fracasso ou o sucesso de toda uma Administração, sendo que este processo ocorre em um ambiente de mudanças, com riscos de incertezas em termos da conjuntura econômica, política e social.
Todo processo decisório apresenta as seguintes etapas, cujo Objetivo da decisão tomada deve estar definido. A variável “objetivo” está intimamente ligada a questões de precisão, quantidade, exatidão, deve ser coerente e permitir comparações em uma escala de valores.
Para se chegar ao objetivo almejado, é necessário que haja “alternativas”. É imprescindível que se conheça as alternativas que a situação permite. Outra variável ligada aos objetivos da tomada de decisão é o Cenário, ou contexto onde ocorre o processo decisório, fator que pode intervir na decisão.
Uma vez que os demonstrativos contábeis alicerçam as ações e decisões a serem tomadas pela alta cúpula dos bancos e evidenciam a importância de uma eficácia na gestão, visam a coibir a fraude e primam pela transparência, evitando prejuízos a todos os envolvidos.
A análise das demonstrações contábeis é um instrumento gerencial que permite aos administradores melhor visão das tendências dos negócios. Tem por finalidade a correta obtenção e aplicação dos recursos, na realização das metas da empresa.
A pesquisa permitiu responder efetivamente ao problema inicialmente proposto “os métodos aplicados nas análises das demonstrações contábeis contribui para a tomada de decisões nas Instituições Bancárias?”, visto que o resultado da análise auxilia principalmente os usuários externos à organização, ora como instrumento de gestão, ora como auxílio ao entendimento das demonstrações.
Pode-se afirmar, ao final da pesquisa, que a análise das demonstrações contábeis é um instrumento eficiente para a tomada de decisão, pois o mesmo proporcionou uma análise aprofundada dos demonstrativos da Companhia Banco do Brasil, onde esta análise contribuiu efetivamente para que os usuários pudessem usar as técnicas contábeis para tomar suas decisões. Para os usuários internos contribuiu para que tais tivessem uma visão mais ampla da saúde financeiro da instituição e para os usuários externos em especial os investidores, contribuiu para que soubessem o momento ideal para fazer suas aplicações.
 Os conhecimentos teóricos expressos neste trabalho poderão servir como contribuição à pesquisa por parte de discentes do IESM, futuros profissionais de Ciências Contábeis.
ABSTRACT
The present study had as basic bias to bring a vision regarding the importance of the analysis of the accounting statements in banking management. Although such statements should follow the corollary of the Brazilian Corporate Law, they should also follow the parameters and guidelines established by the Brazilian Central Bank and the National Monetary Council, which guidelines only complement the requirement of accounting legislation and extend the responsibility of the banks to prevail compliance and transparency in its activities. In order to do so, the study was based on an analytical view of the basic framework of the general objectivity of managerial accounting, bringing a parity of controls used in accounting management of all types of business. Such controls can range from the micro to the large company, where in a globalized economy the statements and accounting reports should always bring a parameter of studies and analysis, especially when it is a banking institution, where the controls are more rigid in the face to work with third-party resources. Nevertheless, mention was made of the birth of accounting as an instrument of control for companies since the dawn of civilization, as well as the preponderant legislation of the banking institution as a whole, since bank accounting has its specific rules. In order to arrive at the present study, it was used the bibliographical research, taking care of the pertinent legislation that governs the accounting itself and that subjugates the banking activity as a whole, such as: the legislation of the Central Bank of Brazil, National Monetary System, as well as the specific Chart of Accounts for banking activity.
Keywords: Accounting. Demonstratives. Legislation.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
Banco Central do Brasil – BACEN. Normativos. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/Fis/Crc/Port/normvigor.asp Acesso em 13/Nov/2018.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações contábeis: estrutura, Análise e interpretação. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
BRASIL. Lei 6404/1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm Acesso em 13/Nov/2018. 
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2.ed. Atlas, São Paulo: 2008.
FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. Atlas São Paulo: 1992.
_________ Lei 10.406/2002 – Novo Código Civil Brasileiro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm Acesso em; 13/Nov/2018. 
KROETZ, Cesar Eduardo Stevens. Balanço Social: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
MACEDO, Neusa Dias de. Iniciação a pesquisa bibliográfica: guia do
estudante para a fundamentação do trabalho de pesquisa, 2. ed. Loyola, 2005.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 6. ed. Atlas. São Paulo: 2010. 
PEREZ JR, José Hernández; BEGALLI, Glaucos Antônio. Elaboração das demonstrações contábeis. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços. 10. Ed. ampl. E atual. – São Paulo: Saraiva, 2014.
REIS, Arnaldo Carlos De Rezende. Demonstrações Contábeis: Estrutura e Análise. São Paulo: Saraiva, 2003.
SILVA, Antônio Carlos Ribeiro. Metodologia da Pesquisa Aplicada à Contabilidade. 3. ed. Atlas, São Paulo: 2010.

Continue navegando