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Trabalho Social com Famílias no PAIF

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PAGE 
 CLAÚDIA MARIA SILVA MEIRELES
TRABALHO SOCIAL COM AS FAMÍLIAS
UMA ANÁLISE DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA - PAIF
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de .Serviço Social......
Orientador: Prof. Juliana Isabele Gomes Probst.
MEIRELES, Claúdia Maria Silva, Trabalho Social com as famílias.Uma análise do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF ; Trabalho de conclusão de curso. Número total de 23 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Serviço Social) –. Universidade Norte do Paraná, Governador Valadares, 2019.
 RESUMO
O presente trabalho visa mostrar uma reflexão sobre o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF e sua interlocução com a Política Nacional de Assistência Social na contribuição para a superação das situações de vulnerabilidade dos usuários atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O trabalho com famílias requer o conhecimento de seus costumes, sua história, seu território, seus habitus que na concepção de Bourdieu tende a orientar a ação à medida que é produto das relações sociais, assegurando a reprodução dessas relações. As questões que perpassam pelo trabalho do PAIF influenciam diretamente no exercício do Serviço Social no CRAS e possibilitam destacar a importância da atuação profissional. 
Palavras-chave: Política Nacional De Assistência Social; PAIF; Habitus, Assistente Social.
SUMÁRIO
1 Introdução...................................................................................................
2 Objetivos Gerais...........................................................................................
2.1 Objetivos Específicos................................................................................
3 Justificativa................................................................................................
4 Metodologia.................................................................................................
5 Desenvolvimento........................................................................................
6 Considerações Finais...................................................................................
7 Referências..................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
 A política de assistência social tem como papel principal responder, mesmo que de forma focalizada, seletiva e excludente, aos problemas sociais dos sujeitos que vivem em condições precárias de vida, com dificuldade de acesso aos direitos sociais e até mesmo sem acesso a nenhum deles. Desse modo, a referida política deve assegurar a todos que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social, a garantia, constitucional, de acesso aos seus direitos. 
 O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como objetivos específicos, analisar a acolhida interdisciplinar ao usuário do PAIF, no âmbito da PSB do SUAS. Buscamos também, compreender as relações entre as atribuições e competências da equipe de referência do CRAS que é a unidade pública estatal responsável em reconhecer e atender as vulnerabilidades e riscos sociais no âmbito do seu território de abrangência e oferecer este serviço de proteção com exclusividade. 
 Saliento que a escolha do objeto de pesquisa “A Acolhida Interdisciplinar ao Usuário do PAIF”, surgiu a partir da experiência vivenciada no campo de Estágio Obrigatório I e II, realizado no CRAS Capoeiras, onde surgiram dúvidas sobre as quais discorreremos a seguir. 
Durante o período de estágio, quando foi possível observar certa inquietude de alguns profissionais da equipe de referência do CRAS, no tocante a real competência de cada profissional dentro da interdisciplinaridade evidenciada no âmbito da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). 
Nesse sentido, dadas às dimensões técnicas e teóricas de cada profissão, como identificar as competências e atribuições dos técnicos de referência que atuam no CRAS, mais precisamente, na acolhida interdisciplinar ao usuário do PAIF? 
 A presente pesquisa visa realizar uma análise sobre o trabalho social com famílias, no intuito de promover uma reflexão, de forma a abordar toda trajetória histórica, pensando na contemporaneidade, e no trabalho do assistente.
social como um todo. A contribuição do Serviço Social consiste em identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que mais afligem as famílias na atualidade. Identificamos que na Constituição de 1988 trás algum as transformações da família contemporânea sendo cada vez mais ampliadas e é alvo de discussões as questões relacionadas á família, como casais ou mulheres que não querem ter filhos, famílias constituídas por homossexuais, famílias adotivas, gravidez na adolescência. 
 O trabalho realizado no âmbito do PAIF consiste em um conjunto de procedimentos implementados por profissionais, a partir de pressupostos éticos, tendo como objetivo contribuir para a convivência de um conjunto de pessoas unidas por laços consangüíneos, afetivos e/ou de solidariedade, a fim de proteger seus direitos, apoiar no desempenho da sua função de proteção e socialização de seus membros e assegurar o convívio familiar e comunitário.
 São objetivos do PAIF: a) Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida; b) Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas; c) Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades; d) Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e serviços sócio assistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social; e) Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos; e f) Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares. 
 São aquisições esperadas dos usuários que participam do PAIF, no âmbito da Segurança de Acolhida: a) Ter acolhida suas demandas, interesses, necessidades e possibilidades; b) Receber orientações e encaminhamentos, com o objetivo de aumentar o acesso a benefícios sócio assistenciais e programas de transferência de renda, bem como aos demais direitos sociais, civis e políticos; c) Ter acesso a ambiência acolhedora; d)Ter assegurada sua privacidade. 
 No âmbito da Segurança de Convívio Familiar e Comunitário: a) Vivenciar experiências que contribuam para o estabelecimento e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; b) Vivenciar experiências de ampliação da capacidade protetiva e de superação de fragilidades sociais; c) Ter acesso a serviços de qualidade, conforme demandas e necessidades. 
 No âmbito da Segurança de Desenvolvimento da Autonomia: a) Vivenciar experiências pautadas pelo respeito a si próprio e aos outros, fundamentadas em princípios ético-político de defesa da cidadania e justiça social; b) Vivenciar experiências potencializadoras da participação cidadã, tais como espaços de livre expressão de opiniões, de reivindicação e avaliação das ações ofertadas, bem como de espaços de estímulo para a participação em fóruns, conselhos, movimentos sociais, organizações comunitárias e outros espaços de organização social; c) Vivenciar experiências que contribuam para a construção de projetos individuais e coletivos, desenvolvimento da auto-estima, autonomia e sustentabilidade; d) Vivenciar experiênciasque possibilitem o desenvolvimento de potencialidades e ampliação do universo informacional e cultural; e) Ter reduzido o descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF); f) Ter acesso a documentação civil; g) Ter acesso a experiências de fortalecimento e extensão da cidadania; h) Ter acesso a informações e encaminhamentos a políticas de emprego e renda e a programas de associativismo e cooperativismo. 
 O impacto social esperado do Serviço é de que ele contribua para: a) Redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social no território de abrangência do CRAS; b) Prevenção da ocorrência de riscos sociais, seu agravamento ou reincidência no território de abrangência do CRAS; c) Aumento de acessos a serviços sócio assistenciais e setoriais; e d) Melhoria da qualidade de vida das famílias residentes no território de abrangência do CRAS.
 Pensar em famílias constitui ter um olhar diferente, pois vivemos em um mundo de diversidades sociais na qual a sociedade exige que seguissem determinados modelos que nos é imposto com o ideal pela sociedade, como se não pudéssemos visualizar ou viver novos modelos. 
 O Serviço Social é uma profissão que atua na realidade social através do atendimento de inúmeras demandas, e laboração de pesquisas e construção de propostas que visam o atendimento ás necessidades sociais da população, nas áreas de: Assistência Social, Saúde, Educação, Habitação, etc. Como um direito do cidadão e não como um favor ou simples ajuda. (Soares,2003,p52).
 O atendimento de famílias em situações singulares se refere ao trabalho desenvolvido diretamente com as famílias. Ou seja, através de um processo compartilhado entre famílias e profissionais mediante o qual a autonomia das famílias é construída, reconstruída e preservada. O principal objetivo é identificar as fontes de dificuldades familiares, as possibilidades de mudanças e os recursos necessários para que consigam articular respostas compatíveis com uma melhor qualidade de vida. Tais mudanças pressupõem transformações nos padrões de relações internas da família e nos padrões de relações entre ela e as outras esferas da sociedade, implicando o desenvolvimento da capacidade de discernir as mudanças possíveis de serem realizadas no âmbito dos grupos familiares e de suas redes, daquelas que exigem o engajamento em processos sociais mais amplos para que ocorram transformações de ordem estrutural.
 A PNAS indica a Assistência Social como Proteção Básica não contributiva que se apresenta em dois níveis: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial. Os serviços da Proteção Social Básica devem ser oferecidos pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) que atuam com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando à orientação e o convívio sócio familiar. 
 Nesse sentido, é responsável pela oferta do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família– PAIF (Brasil, 2004). O PAIF é realizado através do trabalho social com as famílias e tem a finalidade, segundo a Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais (2009), “de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura de vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir com a melhoria de sua qualidade de vida”. Obrigatoriamente o assistente social compõe a equipe de referência da Proteção Social Básica (Brasil, 2006) e, portanto, deve trabalhar no desenvolvimento do PAIF. 
 No SUAS, os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social tem por base o território, de acordo com sua complexidade, respeitada a diversidade regional e local.
 Para Bourdieu, o habitus preenche o espaço da relação indivíduo/sociedade e define formas que possibilitam o indivíduo a se orientar em relação às suas condições de existência e se estabelece como uma matriz de percepções, avaliações e de ações. O habitus interiorizado por cada indivíduo na socialização primária partilha com seu grupo um código comum e como ser biológico adquire habitus desse grupo, criando uma identidade das condições de existência. A postura, a forma de andar e olhar, os gestos são traços marcantes do indivíduo e do seu grupo, representando o processo de “socializar” a fisiologia uma vez que a confere uma dimensão simbólica.
 O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF consiste no trabalho social com famílias em prol da promoção de suas potencialidades e identificando as necessidades e vulnerabilidades vivenciadas. Esse programa é desenvolvido por assistentes sociais e outros profissionais no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). 
 Os usuários do PAIF são famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou não acesso aos serviços públicos, da fragilização de vínculos sociais e de pertencimento ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social no território de abrangência do CRAS. 
 Dentre os objetivos do programa, destacam-se: o fortalecimento da função protetiva da família; a prevenção da ruptura dos vínculos familiares e comunitários; a promoção do acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços sócio assistenciais; e o apoio a famílias com indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares, contribuindo assim para o protagonismo e autonomia dos usuários e a superação das vulnerabilidades (Brasil, 2009). A transformação social corresponde a uma possível mudança de habitus. A possibilidade de mudanças no habitus para vivenciar novas situações é assinalada por Bourdieu.
 O trabalho do assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF com famílias requer uma escuta qualificada e cuidadosa, buscando entender as reais demandas dos usuários e as características do território a fim de identificar os pontos de vulnerabilidade, mas também a existência de recursos disponíveis. Cada território é permeado por suas especificidades históricas, culturais e sociais e por isso é necessário um estudo mais aprofundado de suas características para efetivar a atuação profissional. Segundo Bourdieu (2007:164) “as condições diferentes de existência produzem habitus diferentes, sistemas de esquemas geradores suscetíveis de serem aplicadas, por simples transferência as mais diferentes áreas da prática”. A família constrói sua própria história em que expressa a explicação da realidade vivida, com base nos elementos objetivos e subjetivos da cultura em que vive (Sarti, 2008).
 O Serviço de Proteção e Atendimento Integral á Família- PAIF, do qual este artigo trata, está localizado na Proteção Social Básica, executado no Centro de Referência de Assistência Social- CRAS. O CRAS também é responsável por executar: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas. De acordo com as orientações técnicas do CRAS (2009), seu objetivo é prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania.
 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO
2.1 Geral
Analisar a prática profissional dos assistentes sociais nos centros de referência de Assistência Social, na cidade de Governador Valadares – MG, verificando também as possibilidades e limites presentes no desenvolvimento da Política de assistência na referência cidade;
Contribuir para a convivência deum conjunto de pessoas unidas por laços consangüíneos, afetivos e/ou de solidariedade, a fim de proteger seus direitos, apoiar no desempenho da sua função de proteção e socialização de seus membros e assegurar o convívio familiar e comunitário. Identificar as fontes de dificuldades familiares, as possibilidades de mudanças e os recursos necessários para que consigam articular respostas compatíveis com uma melhor qualidade de vida. Tais mudanças pressupõem transformações nos padrões de relações internas da família e nos padrões de relações entre ela e as outras esferas da sociedade, implicando o desenvolvimento da capacidade de discernir as mudanças possíveis de serem realizadas no âmbito dos grupos familiares e de suas redes, daquelas que exigem o engajamento em processos sociais mais amplos para que ocorram transformações de ordem estrutural.
2.2 Específicos 
* Conhecer a trajetória da política de Assistência Social no Brasil;
* Analisar os programas e projetos desenvolvidos pelo CRA;
* Identificar e apontar as dificuldades do serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) relacionadas à atuação do serviço social;
*. Descrever as mudanças sociais nas comunidades carentes, trançando relação com o PAIF.
*. Diagnosticar como está articulado o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAIF.
Ident ifica r e re fle t ir sob re os limite s e poss ib ilidade s do traba lho do ass iste nte soc ia l 
* Analisar a atuação do assistente social no tocante às dimensões constitutivas do serviço social.
*Ofertar ações sócio assistenciais de prestação continuada, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social.
* Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos;
* Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.
3 JUSTIFICATIVA
 O projeto de pesquisa proporciona um conhecimento acerca das políticas que auxilia na preservação e igualdade de direitos que envolve todos os âmbitos familiares, elementos para construção em bases criticas. A contribuição dos profissionais de Assistência Social é importante para que a sociedade incorpore e entenda sobre as Políticas sociais em especial na Assistência Social, que tem ritualizado as demandas de trabalho sócio educativo com grupos de famílias. 
 É importante que o debate sobre a família e suas novas configurações (incluindo aqui as famílias mono parentais) analise seu significado para(s) para o individuo e para a sociedade, tendo presente a possibilidade do que a organização da família nesta ou naquela forma pode representar: para alguns, escolhas individuais inseridas num contexto relacional no qual os vínculos com parente, amigos ou colegas de trabalho estão mantidos; para outros, circunstancia de vida que não representam propriamente escolhas pessoais e que podem significar isolamento social, pois tais vínculos inexistem ou estão fragilizados,ficando assim individuo numa condição de maior vulnerabilidade pessoal e social(GUEIROS,2002,P.117). 
 Através da acolhida e do diagnóstico social, com base no Cadastro Único, que é um instrumento importante e constituído pelos seguintes grupos de informação: Identificação da família e das pessoas que a compõem; características familiares; identificação da residência e de suas características; renda da família; gastos da família e informações sobre propriedades e participação em programas sociais, entre 9 outros, insere-se a família nos serviços do PAIF , caso se enquadre na situação de Vulnerabilidade Social. 
4 METODOLOGIA 
 A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. (FONSECA, 2002, p. 32). 
 A pesquisa caracteriza como pesquisa exploratória também, conforme Gil (2007), esta proporciona maior familiaridade com o problema (explicitá-lo) ou construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). 
 O presente estudo apóia em pesquisa de natureza qualitativa. Esta é definida por Goldenberg (1997) como uma pesquisa que não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o profundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.. Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens. 
 Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações . A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.
 Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. 
 As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. O presente artigo pertence a modalidade de pesquisa bibliográfica, baseada em periódicos de psicologia indexados n. A pesquisa foi realizada a partir das palavras-chaves: “PAIF”, “resultados do PAIF”, “famílias atendidas no PAIF”, e os artigos foram selecionados a partir do critério de que as produções escritas brasileiras. Identificou-se e localizou-se vinte e cinco artigos relacionados às palavras-chaves supracitadas em seis revistas de Assistência Social, Psicologia e Serviço Social: 1 –Revista Jornada; 2 - Revista Eletrônica de Psicologia e Políticas Públicas; 3 - Textos & Contextos – ; 4 - Serviço Social- Revista de Londrina 5 - Psicologia em Estudo e 6 - Psicologia, Reflexão e Crítica. Oito destes artigos foram selecionados após a realização da leitura flutuante dos textos. Determinou-se como critério de seleção, que o artigo tivesse analisado ações do PAIF, que trouxesse na discussão os resultados obtidos com as famílias atendidas no serviço. 
 A pesquisa bibliográfica concentra-se no levantamento da bibliografia referente ao assunto que se deseja estudar, e, nesse caso em especial, buscou-se fundamentos/evidências dos resultados obtidos através da execução do Serviço de Proteção e Atendimento Integral á Família- PAIF. Para a organização das informações contidas nas publicaçõescientíficas encontradas, foram seguidos os passos preconizados por Minayo (1993): leitura flutuante dos artigos, com o objetivo de estabelecer o primeiro contato com os instrumentos de pesquisa, identificando o objeto, os objetivos do estudo e os seus resultados. Posteriormente, os dados foram registrados sob a forma de fichas de leitura.
 As fontes pesquisadas para a realização da pesquisa foram livros que trata do assunto, como o autor Soares, 2003, p52, que nos revela a vetertente da profissão,da práxis do assistente social. Outra fonte importante para realização desta pesquisa foi a constituição federal de 1988,que mim habilita para dizer com propriedade as responsabilidades e competências,quando falamos sobre famílias. 
5 DESENVOLVIMENTO
 A família assume a centralidade nas políticas sociais, caracteriza -se pela dinâmica e renovação de expectativas sociais e formas de organização social que variam de acordo com o contexto histórico. 
 Na assistência social o que tem reatualizado as demandas de trabalho, é o modo como vários acontecimentos histórico tem acontecido,fatores como a industrialização, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a introdução na sociedade de princípios constitucionalmente previstos como a dignidade e liberdade, que somados a outros não tão mais importante contribuíram decisivamente para a complexidade familiar em que se encontra.
 Os usuários do CRAS são famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou não acesso aos serviços públicos, da fragilização de vínculos sociais e de pertencimento ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social no território de abrangência do CRAS. Dentre os objetivos do programa, destacam-se: o fortalecimento da função protetiva da família; a prevenção da ruptura dos vínculos familiares e comunitários; a promoção do acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços sócio assistenciais; e o apoio a famílias com indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares, contribuindo assim para o protagonismo e autonomia dos usuários e a superação das vulnerabilidades (Brasil, 2009).
 O autor Soaraes 2003 refere -se a profissão serviço social como uma profissão que norteia a realidade social, com demandas que visa o atendimento as necessidade s sociais nas áreas de: Assistência Social, saúde, educação, habitação, etc. Como um direito do cidadão e não como um favor ou simples ajuda. 
 Na Constituição Federal nos dá base legal para compreendermos os direitos no qual a família pertence e nas igualdades sociais citadas na própria 
constituição. 
 O autor Gueiros, 2002 refere-se a importância da participação da família a respeito do debate e as novas configurações na qual a sociedade está inserida. 
 Realizaremos estudo sobre a Política Nacional de Assistência Social no Brasil, a partir da Constituição de 1988. Abordaremos pontos como a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Proteção Social Básica, na qual dar-se a atenção maior, visto que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o órgão público onde é desenvolvido o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). 
Assistência Social como Política Pública no Brasil
 Em um contexto de grande mobilização democrática e exigência de práticas inovadoras na área social, tem início uma intensa discussão para a formulação de uma política pública de Assistência Social, constitucionalmente assegurada. Para tanto, fez se necessária a elaboração de diagnósticos, estudos e propostas, promovidas pelo Estado, categorias profissionais e organizações da sociedade civil, compreendendo o significado político e o vínculo de tal área com os setores populares. 
 No governo de José Sarney, de 1985 a 1990, executa-se um quadro de reformas institucionais, visando o desenvolvimento econômico e social, esquematizando planos de realinhamento de posições. Dentre tais planos destaca-se, em 1985, o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República, propondo um desenvolvimentismo baseado em critérios sociais. Ainda no governo de Sarney, com Waldir Pires à frente do Ministério da Previdência no ano de 1985, devido sua forte oposição ao regime autoritário, houve grande impulso inicial para as reformas nesse âmbito, que, contudo, não tiveram continuidade com sua saída, um ano depois da sua posse, assumindo Raphael de Almeida Magalhães como Ministro. Neste período de 1985 a 1987, instala-se um complexo processo de debates e articulações com vistas ao nascimento da Política de Assistência Social, inscrita no campo democrático dos direitos sociais, garantindo densidade e visibilidade à questão. 
 Portanto, o contexto do processo constituinte que gestou a Nova Constituição Federal de 1988, é marcado por grande pressão social, crescente participação corporativa de vários setores e decrescente capacidade de decisão do sistema político.
9 considerações finais
O processo de formação do sistema de proteção social brasileiro é bem peculiar e se diferencia dos demais países, as políticas sociais no Brasil historicamente se caracterizam por sua pouca efetividade social e por sua subordinação a interesses econômicos dominantes, revelando incapacidade de interferir no perfil de desigualdade e pobreza que caracteriza a sociedade brasileira. Durante muito tempo a assistência social foi tida como favor, sendo sempre colocada como secundária e marginal no conjunto das políticas públicas. 
Apenas com a Constituição de 1988 ela foi reconhecida como um direito e parte fundamental do sistema de proteção social, tornando-se uma ferramenta para um novo contrato social na direção da inclusão dos excluídos, pois permite ampliar o alcance da cidadania, ainda que em uma sociedade de desigualdades, rompendo com a tendência de inclusão no sistema de proteção social apenas aos membros da comunidade nacional, localizados em ocupações reguladas pelos preceitos legais, como a legislação trabalhista. 
Ao contrário da lógica do seguro, todos que necessitam passam a ter direito à assistência social, não se limitando apenas àqueles que eram trabalhadores reconhecidos pela lei. A centralidade da família e o trabalho social com famílias previstos na Política Nacional de Assistência Social de 2004 podem significar avanço ou retrocesso, pois podem favorecer o ocultamento das contradições da sociedade de classes, restringindo suas reflexões em análises da família nela mesma ou no território, dissociadas da realidade mais ampla, ou um trabalho psicossocial e educativo de caráter normativo e disciplinador. Além disso, é necessário romper com as concepções de família-padrão e família irregular, sendo imprescindível a compreensão da totalidade para não decair na responsabilização da família pelos problemas e soluções destes ou a superestimação da capacidade destas de proverem cuidados, exigindo uma postura crítica que vise o protagonismo dos usuários, dentro do quadro das lutas por seus direitos de cidadania e ao mesmo tempo o de suas relações familiares. 
O trabalho com famílias exige do profissional uma base teórica fundamentada, possibilitando que sua atuação consiga dar respostas que superem a imediaticidade da situação apresentada, buscando a construção de uma nova ordem societária. É imprescindível que suas ações sejam constantemente avaliadas, analisando-as para verificar se estão tendo algum impacto para a superação das vulnerabilidades sociais e contribuindo para o processo de emancipação e cidadania dos indivíduose famílias, e uma capacitação teórica e metodológica continuada para que possam oferecer intervenções propositivas e não apenas restaurativas. 
 Nos diversos campos de atuação do assistente social, é notória a complexidade das questões que se apresentam cotidianamente (situações de vulnerabilidade social, desemprego, miserabilidade, dentre outras). São situações que não são possíveis de se resolver com ações lineares ou simplistas. Diante disso, é exigido do profissional que atua junto a essas famílias o conhecimento da realidade, sendo este o ponto de partida para o trabalho com famílias, pois é por meio desta realidade que se torna possível construir uma ação em direção ao desenvolvimento pleno dos indivíduos. 
 A família, independentemente de sua configuração, pode ser um local para a construção da identidade pessoal e social, já a ação profissional pode auxiliar os membros dessa família a construção dos indivíduos sociais. É destacado que o PAIF sistematiza um trabalho com famílias, contudo, o que se observa é que na operacionalização o foco está sempre na mulher, mãe, que normalmente é a provedora da família, e que deve se responsabilizar pela família como um todo. 
 O acompanhamento familiar quando realizado acaba se restringindo apenas a mãe, sendo muito difícil ter acesso a todos os membros da família, e quando se tem acesso à família para além da mãe, é apenas com os filhos pequenos que normalmente estão com as mães. 
 Aponta que as obrigações que são atribuídas às famílias são criadas socialmente e penalizam as mulheres e os membros mais frágeis nas relações hierarquizadas dentro da família, relações não-complementares, mas assimétricas e desiguais e que podem ser perpetuadas pelas políticas públicas que as reproduzem como funções naturalizadas. 
 A proteção social da assistência social reforça as funções da tradicional família burguesa, não correspondendo às exigências da inserção produtiva das mulheres, o trabalho de ambos os cônjuges ou a mulher como provedora da família, como ou sem cônjuge. Sendo assim, a política precisa criar condições que permitam conciliar as responsabilidades familiares e trabalho por meio de redes de apoio em tempo integral e com caráter universal. 
 O PAIF reconhece os diferentes arranjos familiares e o papel integrador da família, acreditando na capacidade dessas famílias para maximizar a proteção oferecida (TEIXEIRA, 2010). Por esse motivo é necessário que as intervenções no âmbito do Serviço Social resultem de uma análise criteriosa das demandas e do percurso de vida dos sujeitos ou das famílias, buscando obter uma compreensão das estratégias de enfrentamento das vulnerabilidades sociais, partindo do entendimento da política de assistência social como política de seguridade social e atuando para garantir a efetivação de direitos sociais, sendo necessário, portanto, se pensar em metodologias de trabalho que possibilitem atingir esse objetivo. 
 Os serviços e programas ofertados são divididos por faixa etária e geralmente durante os atendimentos no CRAS há a presença de apenas um membro da família, normalmente a mulher/mãe. Isso demonstra a dificuldade de atuação nesses ambientes de trabalho, e ainda, um despreparo e uma dificuldade em atuar de acordo com a nova PNAS. 
 Além disso, deve-se buscar romper com o pragmatismo, já que a política deveria cuidar para a prevenção das situações de risco. Percebe-se o esforço em tornar claro o conceito de trabalho social com famílias no caderno PAIF, contudo esta é a única publicação que avança nesse sentido e ainda assim não se faz clara e não atingiu o objetivo proposto de estabelecer um significado comum a técnicos e gestores dos serviços de assistência social no sentido de cumprir com as diretrizes e objetivos estabelecidos na PNAS, pois ainda percebe-se uma predominância dos serviços resumidos a benefícios de transferência renda. 
 O trabalho social com famílias tem a finalidade de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de intervenção na vida social de um conjunto de pessoas, objetivando proteger seus direitos, apoiá-las no desempenho da sua função de proteção e socialização de seus membros, bem como assegurar o convívio familiar e comunitário, a partir do reconhecimento do papel do Estado na proteção às famílias e aos seus membros mais vulneráveis.
 Portanto, não deve se restringir a transferência de renda, sendo necessárias condições de se materializar esse serviço por meio da construção de metodologias e planos efetivos de atendimento a estas famílias, o que só é possível se houver condições estruturais e compreensão do que se trata por parte dos técnicos e gestores. Ressalta-se infra estrutura do CRAS para que estes consiga atingir seu objetivo maior, a prevenção de ocorrências no seu território de abrangência, de situações de risco social. Sem investimentos em recursos humanos e demais insumos, não haverá condições de alcançar os objetivos propostos, além disso, a assistência social sozinha não consegue garantir diversos direitos que tais famílias necessitam sem o apoio efetivo de outras políticas públicas.
Por meio deste artigo que analisou oito experiências diferentes realizadas no Serviço de Proteção e Atendimento Integral- PAIF no âmbito do Brasil vê-se a importância do trabalho, pois contribui para que famílias em situação de vulnerabilidades ou risco social fossem incluídas em programas sociais, permite com que comunidades e famílias sejam preparadas para lidar de forma estratégica com os problemas surgidos no dia-a-dia do sujeito que sofre. Sob essa perspectiva, observou-se que as experiências do PAIF estão alinhados com os objetivos da PNAS: promoveram o acesso a serviços, programas e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que necessitavam. Contribuiu com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços sócio assistenciais básicos e especiais. 
Atuaram de forma preventiva, protetiva e proativa, reconhecendo a importância de responder às necessidades humanas de forma integral, para além da atenção a situações emergenciais, centradas exclusivamente nas situações de risco social. Destaca-se que o PAIF tem por função “apoiar” a família no desempenho de sua função protetiva, num dado território, caso as famílias tenham o desejo de fortalecer sua capacidade protetiva. Logo, o trabalho social com famílias do PAIF não tem como objetivo “obrigá-las” a cumprir tal papel protetivo. Nos temas debatidos nas oficinas do PAIF que esta pesquisa destacou, salientou-se temas do dia- a dia das pessoas, das dificuldades que possuem, sendo assim estava conectados com a realidade dos usuários, executando um trabalho que fizesse sentido para estes sujeitos. Conforme a Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais, o PAIF é baseado no respeito à heterogeneidade dos arranjos familiares, aos valores, crenças e identidades das famílias. Fundamenta-se no fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as formas de violência, preconceito, de discriminação e de estigmatizarão nas relações familiares. 
Assim nesse sentido, observou-se as que na presente pesquisa, as ações foram desenvolvidas com famílias que possuem pessoas que precisavam de cuidado, focou-se na troca de informações sobre questões relativas à primeira infância, à adolescência, à juventude, ao envelhecimento e deficiências, a fim de promover espaços para a troca de experiências, expressão de dificuldades e reconhecimento de possibilidades. 
 Oferecer às famílias, que possuem membros que necessitam de cuidados, espaços de socialização das experiências vividas, de elaboração de meios de enfrentamento de dificuldades e de reconhecimento de potencialidades, de modo a preservar e fortalecero convívio familiar e social. Tais ações também tiveram foco a troca de informações sobre as formas de cuidar de pessoas dependentes, bem como a formação, identificação e potencialização de redes de apoio às famílias que vivenciam essa experiência. Identificou-se nos temas tratados nas oficinas ou grupos com as famílias, que possibilitam a superação vulnerabilidade vivenciadas por toda a família, contribuindo para sua proteção de forma integral. 
Os resultados apresentados com o trabalho desenvolvido no PAIF apontam que as equipes realizam suas ações pela ótica do direito, e devido à diversidade das demandas familiares, realizarem o planejamento prévio dessas ações, ou seja, há elaboração de uma metodologia para que o trabalho com essas famílias surta resultados e para que auxilie no processo de construção de respostas profissionais sustentáveis. 
O CRAS, enquanto equipamento de uma política pública, deve se distanciar do caráter assistencialista, imposto historicamente, e trazer o protagonismo de seus usuários para o centro do debate. Faz-se necessário compreender a dinâmica familiar e o contexto social em que estão os usuários desse órgão a fim de garantir seus direitos. O território, o conjunto de relações, condições, a forma de viver daquela população, contribui para a construção do sujeito social e seu habitus – que na concepção de Bourdieu tende a orientar a ação à medida que é produto das relações sociais, assegurando a reprodução dessas relações.
 Nesse sentido, há grandes desafios para trabalho no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família(PAIF) desenvolvido pelos Centros de Referências de Assistência Social para a contribuição do enfrentamento das vulnerabilidades que remetem ao entendimento de que é necessária uma maior compreensão das relações sociais e familiares a fim de visualizar as situações concretas de sobrevivência da família no território onde vive e sua inserção no mundo contemporâneo. O trabalho do PAIF deve se pautar na escuta e nos laços de afetividade da família que pode expor sua própria história, seus habitus, costumes, seus pontos de vulnerabilidades e construir, em conjunto com os assistentes sociais, alternativas de transformação da realidade
 A atuação do CRAS no território de abrangência é de grande relevância para a garantia de direitos sociais e deve estar vinculada à participação social enquanto habitus na concepção de Bourdieu, rompendo com a cultura de uma política assistencialista, em prol da construção efetiva da democracia de direitos no Brasil.
REFERÊNCIAs
APOSTILAS COMPLEMENTARES - curso de serviço social 2013. 
BEHRING, Eliane Rossetti; Boschetti, Ivonete. Politica social: Fundamentos e 
História. 2ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2007. 
FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos históricos, Teóricos e Metodológicos do 
Serviço Social IV. São Paulo: Pearson Prentice hall, 2009. 
FALEIROS, Vicente de Paula. Desafios do Serviço Social na era da globalização 
Revista Serviço Social e Sociedade nº 61, São Paulo , Cortez, 1999, p.153 -186. 
FERREIRA, I.; BOSCHETTI, S. A política brasileira de seguridade social: 
assistência social. In: Capacitação em Serviço Social, Módulo 03. Brasília: 
UnB/Centro de Educação Aberta, Continuada a Distância, 2000. 
FERREIRA, Elaine Rossetti; Boschetti, Ivonete. Política Social: Fundamentos e 
História. 2ª edição. São PauloCortez Editora, 2007. 
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: 
esboço de uma interpretação históricometodológica. 16 ed., São Paulo: Cortez; 
Lima, Peru: CELATS, 2004> Acesso em: 15 de abril de 2011. 
PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
CLÁUDIA MARIA SILVA MEIRELES
TRABALHO SOCIAL COM AS FAMÍLIAS
UMA ANÁLISE DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA - PAIF
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GOVERNADOR VALADARES
2019
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