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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
RESUMO
Este paper de estágio tem como área de concentração as Metodologias de Ensino e como tema central o Lúdico. Apresentaremos algumas considerações sobre o Lúdico no processo de aprendizagem, visto que a EJA tem grande diversidade de idades. Com base nos estudos de alguns autores comentaremos as ações pedagógicas que uma metodologia diferenciada, nas quais permite ao professor despertar a atenção e o interesse dos alunos, fazendo com que eles tenham vontade de buscar novos conhecimentos melhorando seu relacionamento e interação social frente ao mundo que os cercam. Abordaremos a relação das ideias de Paulo Freire junto com a utilização do lúdico na educação de Jovens e Adultos, além de registrar as observações desse estágio os momentos mais significativos, a palestra que tivemos sobre a EJA e as respostas obtidas na entrevista com a professora da EJA(SESI).
Palavras-chave: Lúdico; A EJA; Paulo Freire.
1 INTRODUÇÃO
A área de concentração escolhida para este trabalho é Metodologias de Ensino, pois compreendemos que ao conhecer vários métodos, poderemos contribuir com um processo de ensino aprendizagem mais eficaz, o qual despertará o interesse dos jovens e adultos a continuidade dos estudos. E como tema gerador apresentaremos a ludicidade, que como método, proporciona condições para o envolvimento e desenvolvimento dos alunos, ampliando suas possibilidades de pensar e atuar sobre o conteúdo, melhorando seu relacionamento e interação com os colegas e com o professor. A ludicidade desempenha um importante papel na aprendizagem, pois torna a aula mais divertida e prazerosa, além de gerar conhecimentos.
Precisamos estimular nos jovens e adultos o desejo de aprender, de construir e, de vivenciar o conhecimento em diferentes possibilidades, superando a visão de educação tradicional e trazendo uma nova prática, que contribua para a compreensão e o enriquecimento da realidade em que vivem. Ao utilizar o lúdico na educação facilita-nos o processo de ensino aprendizagem nas diversas faixas etárias, contribuindo então para uma aprendizagem motivadora.
Diante disso, nos basearemos aos ensinamentos de Paulo Freire, como visão transformadora, quanto à autonomia, cidadania e prática pedagógica, onde o aluno é que faz o seu próprio currículo escolar, levando em conta o ambiente social e histórico em que está incluído aprendendo com temas de sua realidade de vida.
O professor é o protagonista ativo da aprendizagem dos alunos, e é de fundamental importância que aprendam com o lúdico, servindo como suporte para mantê-los mais envolvidos e interessados nas atividades pedagógicas atingindo níveis cada vez mais complexos, acontecendo uma socialização diante do grupo. Sendo assim nosso objetivo geral é verificar a eficiência do lúdico na prática da Educação de Jovens e Adultos para poder descrever o processo de aprendizagem nesse âmbito.
Este trabalho teve como base de pesquisa alguns autores como: ANZORENA; BENEVENUTTI, FREIRE, MELLO, MIETTO, SANTOS, entre outros, como meio de adquirir mais informações e conhecimentos.
Neste Paper procuramos descrever a fundamentação teórica com base nos autores acima citados, a minha observação na EJA e as respostas obtidas na entrevista com a professora da EJA sobre algumas curiosidades e dúvidas que tinha nessa modalidade e por fim apresentar as conclusões finais deste trabalho.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A área de concentração do projeto é a metodologia de ensino, pois temos que ter um método criativo e interessante para que gostem do que vão aprender. Entende-se por método de ensino a aprendizagem do aluno de maneira eficaz, trata-se de um caminho para chegar ao objetivo proposto.
 E conforme JUNG (2012) os métodos de ensino mais usados são: trabalhos em grupos, métodos de exposição pelo professor, método de trabalho independente, método de perguntas e respostas, métodos de solução de problemas, método de ditado e fascículo, métodos de recursos humanos, métodos de discussão. 
De acordo com Araújo (2006, p. 27):
A metodologia de ensino – que envolve os métodos e as técnicas – é teórico-prática, ou seja, ela não pode ser pensada sem a prática, e não pode ser praticada sem ser pensada. De outro modo, a metodologia de ensino estrutura o que pode e precisa ser feito, assumindo, por conseguinte, uma dimensão orientadora e prescritiva quanto ao fazer pedagógico, bem como significa o processo que viabiliza a veiculação dos conteúdos entre o professor e o aluno, quando então manifesta a sua dimensão prática.
As Metodologias de Ensino descrevem, pesquisam e justificam os melhores métodos e técnicas de ensino-aprendizagem. Desse modo escolhendo um método ou uma técnica em que for aplicada de forma significativa terá uma eficácia maior.
E como tema gerador, o Lúdico juntamente com as ideias de Paulo Freire na educação de Jovens e Adultos, onde se envolva teoria e prática na sala de aula. Com avanço tecnológico que marca a contemporaneidade, novas frentes de trabalho surgem. Viablizar uma formação que atenda a essas necessidades tornam-se premente. Para tanto, a formaçao do educador de EJA e a oferta de programas voltados para esse contexto são decisivas. (ANZORENA; BENEVENUTTI, 2013, p.114).
3 A EJA
No começo da história da educação brasileira, de acordo com Anzorena e Benevenutti (2013 p. 30), não existia um ensino de qualidade para jovens e adultos, somente após a década de 40 que no Brasil começaram a pensar nesse ensino. 
A alfabetização dos adultos no Brasil, segundo Anzorena e Benevenutti (2013 p. 69), no início as classes altas tinham esse privilégio, pois possuíam dinheiro e condições para estudar, depois os serviçais e outras pessoas tiveram esse direito, para poderem ajudar seus patrões, assim tendo condições de um trabalho melhor. Mais tarde as mulheres conseguiram a garantia de estudo.
Conforme Anzorena e Benevenutti (2013 p.36), na década de 60 criaram o MOBRAL, da concepção de Paulo Freire, que foi um movimento de alfabetização para os jovens e adultos. Começou a realizar-se outros programas facilitando a aprendizagem desses alunos.
As pessoas que frequentam a EJA hoje são jovens e adultos que sentem necessidade de buscar novos conhecimentos para uma realização pessoal, em busca de emprego e uma vida melhor com melhores oportunidades.
De acordo com Anzorena e Benevenutti (2013, p. 67): 
A trajetória da EJA nos faz perceber esta intrínseca ligação da busca do tempo perdido, deixando de questionar os motivos reais destes sujeitos que foram excluídos da educação regular, ocultando pontos cruciais como: o fracasso da escola básica; o sistema social que os obriga a ir para o mercado de trabalho (muitas vezes precocemente); políticas públicas ineficientes e o despreparo dos professores que atendem essa demanda.
Hoje em dia a EJA possui muitas diversidades em seus alunos, são jovens, adultos, idosos, agricultores, indígenas, entre outros, que não tiveram a oportunidade de estudar e que agora voltam para adquirir conhecimento
4 PAULO FREIRE E O LÚDICO
A pedagogia de Paulo Freire está baseada num método crítico e transformador, focando na formação de cidadãos livres, autônomos, críticos, conscientes, com uma concepção que a mudança é possível. Paulo Freire utilizava um método de alfabetizar adultos na teoria em que os alunos buscassem uma reflexão sobre os temas intrigantes e que tenham conhecimento através das experiências vividas no dia a dia.
Segundo Freire (1996, p. 39), “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” 
No mundo hoje temos muitas facilidades de ir atrás dos novos conhecimentos, pois a tecnologia está a nosso favor, portanto ao aprenderem, na sala de aula poderão utilizá-la junto com o lúdico trazendo uma aprendizagem facilitadora para auxiliar no seu processo de alfabetização.
Ao utilizar os meios tecnológicos os jovens e adultos absorvem imagens eescritas buscando absorver novas ideias, novas culturas, estimulando a procurar novos conhecimentos. Esse estimulo é essencial, pois é uma prática diferenciada, podemos utilizar diversos meios de atividades, como por exemplo charges, vídeos, quebra-cabeça, absorvendo os conteúdos com mais facilidade e possibilidade de elevar seu potencial.
Segundo Stahl (1991, p. 18), “um jogo educativo por computador é uma atividade de aprendizagem inovadora, na qual, as características do ensino apoiado em computador e as estratégias de jogo são integradas para alcançar um objetivo educacional específico.”
O papel fundamental de todos os professores alfabetizadores, inclusive os que trabalham na EJA, é de oferecer condições para que os alunos exerçam plenamente uma cidadania, utilizando recursos úteis ao seu alcance para a criação do conhecimento, tendo a leitura como papel fundamental nesta interação do mundo letrado.
[...] o objetivo de Paulo Freire quando propôs o método para alfabetizar adultos era o de proporcionar formas de ajudar a população analfabeta a organizar reflexivamente o pensamento, de maneira a superar o seu pensamento ingênuo, passando para um pensamento lógico, abstrato. (OLIVEIRA, 2011, p. 132)
A leitura e a escrita na concepção lúdica podem ser consideradas, de acordo com Lerner (2002), como uma forma de adquirir novos conhecimentos além de serem fundamentais para o aprendizado de todas as matérias escolares, sendo assim, através de jogos podemos criar um ambiente alfabetizador mais dinâmico e concreto.
A ludicidade vai além de uma simples recreação, pois envolve a descoberta, ao desenvolver mais e mais sua capacidade de ler e escrever, formando sujeitos autônomos. Assim podemos perceber que a ludicidade vai de encontro com as ideias de Paulo Freire, pois falam sobre ajudar os jovens e adultos a serem participativos ao aprender essas novas descobertas.
De acordo com Lerner (2002, p. 73) “ler é entrar em outros mundos possíveis, é indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, e tiver conta de cidadania no mundo da cultura e escrita.” 
Cabe ao professor desenvolver uma forma que os alunos tenham uma compreensão de leitura, ampliando sua visão de mundo, atravessando fronteiras e adquirindo conhecimento. Desta forma, uma maneira eficaz é o lúdico, que ao ser utilizado como prática pedagógica faz com que se interessem em aprender. 
Ao adotar o lúdico como metodologia de ensino, poderemos ter um recurso que os envolvam nas atividades, ocasionando a interação da turma, como por exemplo quando utilizamos a contação de histórias, que podem ser de suas vidas, fatos que acontecem no dia a dia, transformando-as em texto, poesia ou até teatro, fazendo.
É preciso envolver os jovens e adultos num ensino que possibilite a inserção de práticas que desenvolvam a permanência desses na escola, usando um método educacional que os prepara pra novos desafios.
De acordo com a Constituição Federal de 1988 o Artigo 205 estabelece que a educação é direito de todos sendo dever do estado e da família e o artigo 208 na primeira ementa diz que o ensino fundamental é obrigatório e gratuito, inclusive para quem não teve acesso na idade própria. Dessa maneira temos garantido a educação para todos e gratuitamente, cabe a nós professores o comprometimento com a adequação de uma metodologia adequada, que desperte no aluno o interesse.
Trabalhar com o lúdico na EJA traz essa possibilidade de um novo olhar para a adequação das metodologias, em especial nas classes de jovens e adultos, pois como não tiveram oportunidades de estudar na idade própria, ao retornar ao ensino na EJA podem encontrar um ambiente prazeroso. Com a introdução da metodologia lúdica os alunos ficam motivados ao ter uma aula mais dinâmica e significativa.
A ludicidade estimula uma aprendizagem com enriquecimento de experiências, pois possibilita um trabalho interdisciplinar em que se desenvolvem habilidades de reflexão, cooperação, enfatizando valores e conhecimentos através de brincadeiras produtivas, estimulando o imaginário do aluno. (MELO, 2011, p. 41-42)
O lúdico é uma forma de adquirir conhecimentos, pois tem um grande valor pedagógico oportunizando o aprender em várias modalidades de ensino. As atividades lúdicas envolvem os alunos num trabalho coletivo, onde jogando poderão expressar seus pensamentos e escolhas enquanto aprendem.
Para Haidt (2003, p. 176) “o jogo tem um valor formativo porque contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência as regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.” Essas características fazem nos remeter a implantação da ludicidade como recurso metodológico.
O professor comprometido com o ensino, utiliza sua criatividade e inteligência para percebe os níveis de compreensão e desenvolvimento pleno de cada aluno, cuidando para não infantilizar os jogos inseridos em sala, adaptando de maneira criativa sua prática.
Todo ensino desafiador ministrado de forma lúdica tem esse efeito: aulas dinâmicas, divertidas, rica em conteúdo visual e concreto, onde o aluno não é um mero observador, passivo e distante, mas sim participante, questionador e ativo nessa construção do seu próprio saber, deixam-no literalmente ligado, plugado, antenado. (MIETTO, 2011, p. 24)
O professor, ao realizar uma aula diferenciada no processo de ensino, consegue fazer com que os alunos aprendam de uma maneira dinâmica, motivando a participação, obtendo a curiosidade e a vontade de aprender. Os alunos estão em busca de conhecimento, querendo participar das aulas, interagindo com os outros, mas o ensino tem que ser algo marcante para que sempre tenham vontade de continuar essa caminhada. Para Melo (2011, p. 4) “o lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, passando a ser necessidade básica da personalidade do corpo e da mente.”
Os professores têm um grande poder transformador em suas mãos, o lúdico, cabe a eles usarem em suas aulas e potencializar o desempenho dos alunos, aproveitando as diferentes vivências que trazem consigo.
De acordo com Santos (1997, p. 12):
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização comunicação, expressão e construção do conhecimento.
O método lúdico faz com que tenham mais autoestima e consigam se comunicar através dos jogos, conversando, respeitando e compartilhando ideias com seus colegas, pois para Paulo Freire “a alegria necessária à atividade educativa é a esperança. A esperança de que professor e alunos juntos podem aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos.” (1996, p. 72) 
Todos temos algo a aprender, pois vamos atrás de novos conhecimentos, e em busca dessa aprendizagem evoluímos, temos que ajudar uns aos outros, porque ninguém aprende sozinho, sem compartilhar seus conhecimentos. Essa caminhada é fácil quando temos alguém nos motivando a continuar.
5 ANÁLISE DOS DADOS
Este estágio iniciou-se com a elaboração de um projeto de Curso de Capacitação Docente. Para a elaboração do projeto e deste paper foi realizado pesquisas bibliográficas, uma palestra com uma estudante de Pedagogia e a observação de uma sala de aula na EJA. A observação foi realizada no município de Presidente Getúlio, no SESI, no dia 02/03/2016, no período noturno.
A turma em que realizamos a observação é uma turma mista, composta por alunos jovens e adultos. Neste dia estavam quase todos os matriculados, apenas faltou um, e como a professora relatou, essa falta com frequência, pois como é cobrador de ônibus às vezes o horário atrasa, dependendo do movimento. Na nossa entrevista nos informou que muitos estão estudando por interesse, para adquirirnovos conhecimentos, no entanto muitos alunos estão estudando apenas porque a empresa exige, pois por eles não voltariam a estudar, mas para manter o emprego frequentam as aulas e esforçam-se em aprender.
A Professora utiliza de diferentes recursos lúdicos como metodologia de ensino, e no dia que realizamos a observação ela mostrou uma história na data show e tiveram que escrever a continuação dessa história e em seguida fazer um desenho da mesma.
Explorar as histórias, de modo que a leitura se constitua crítica, é fundamental para a formação dos sujeitos. Para tanto, as mesmas devem ser uma constante no contexto escolar, fazendo parte da rotina da escola; um componente curricular... a escolha do livro, a troca entre os alunos – sujeitos fundamentais para e no processo ensino-aprendizagem -, o diálogo com as histórias – sensações, ritmos, lembranças, etc. -, a discussão sobre o lido – explorando aspectos, elementos das histórias -, e a retomada das narrativas – conhecimento e diferentes possibilidades de fins e começos. Há uma infinidade de possibilidades e metodologias pautadas na exploração das histórias (COSTA, 2010, p.36).
Durante a sua aula, interage com todos sempre chamando-os pelo seu nome, destacando que cada um é importante, e estar lá em busca de conhecimento, faz a diferença nas suas vidas, conforme LUCA (2011) o professor edifica socialmente o conhecimento, e ao perguntarmos se realizava algum método de Paulo Freire, falou que sempre procura em suas aulas usar exemplos do cotidiano dos alunos, assim aprendem melhor.
Percebemos que possui um bom planejamento e com certeza é algo indispensável, pois tendo uma aula bem planejada já tem base para realizar um bom ensino:
Ao educador cabe planejar e propor atividades de aprendizagem, tendo clareza dos fatos e intenção educacional, pois a ação do educador deve ser antes de tudo, refletida, planejada e, uma vez executada, avaliada para perceber se os objetivos foram alcançados. (MELO, p. 63, 2011).
 No final da aula a professora relatou que voltar a estudar pode ser difícil sim, mas que com certeza muda algo na vida desses alunos, seu modo de pensar e agir já muda, e tendo uma fundamentação científica tem a base para lutar por melhores direitos.
6 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (Considerações Finais)
Com a realização deste estágio, através da observação realizada na EJA, a palestra que tivemos em sala, e os estudos bibliográficos, conseguimos perceber como é importante ter uma Metodologia de Ensino, buscando recursos lúdicos, dinâmicas e atividades diversificadas em todas as faixas etárias. A prática lúdica, no dia a dia, faz com que os alunos prestem mais atenção e aprendam com mais facilidade auxiliando sua vida cotidiana e social.
Com a participação dos alunos, conseguem trazer suas experiências de vida e o seu cotidiano ajudando assim a realizar uma aula de seus interesses a partir de temas geradores do seu dia a dia, sempre mostrando para esses alunos como a educação faz a diferença para a sua vida no trabalho e na sociedade, não importanto a idade e sim transformando essas pessoas mais críticas, conscientes e seguras para oportunidades que sempre estão surgindo.
A prática frequente na EJA deve ser o incentivo, a motivação, a afetividade, para terem vontade em continuar seus estudos. Usar dinâmicas em sala de aula de forma lúdica para a interação desses alunos assim transmitindo conhecimento de forma prazerosa, realizando um trabalho de forma conjunta preparando assim para enfrentar a vida em sociedade.
É possível com a finalização desse estágio concluirmos que planejar é essencial, ter uma metodologia de ensino já definida e estudada é fundamental, pois quando chegamos já sabemos exatamente o que fazer com turma, claro ás vezes surgem imprevistos, e é nessa hora que temos que mostrar que somos profissionais capacitados e o mais importante que amamos o que estamos fazendo.
Concluimos que ao realizar uma educação de qualidade em que envolva os alunos a realmente aprenderem e gostarem de aprender, principalmente utilizando dinâmicas lúdicas que envolvam o seu cotidiano, estamos tranformando-os em cidadões que lutaram por seus direitos e deveres.
5 REFERÊNCIAS 
ANZORENA, Denise Izaguirre; BENEVENUTTI, Zilma Mônica Sansão. Educação de Jovens e Adultos. Indaial: UNIASSELVI, 2013. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral: O uso de jogos. São Paulo: Ática, 2003.
KISHIMOTO, I. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
LERNER, Delia. Ler e Escrever na Escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: ARTMED, 2002.
LUCA, Anelikse Grünfeld de. Metodologia e conteúdos básicos de ciências naturais. Indaial: Uniasselvi, 2011. 
MELO, Fabiana Carbonera Malinverni de. Lúdico e Musicalização na Educação Infantil. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
MIETTO, Vera Lucia de Siqueira. Neurociência: professor precisa conhecer os processos que envolvem a aprendizagem. Revista do Professor. Porto Alegre, n. 108.p. 24-28, out/dez. 2011.
OLIVEIRA, Fernanda Germani de. Psicologia da Educação e aprendizagem. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do Educador. 6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

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