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Educação de Jovens e Adultos (EJA)

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UNOPAR- UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA
PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA
2020
PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Estadual Norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Ma. Lilian Amaral da Silva Souza
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	12
7	METODOLOGIA	17
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIAS	23
3
INTRODUÇÃO
	O presente projeto evidencia sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), na qual ainda é vista por muitos como uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram que abandonar a escola. Felizmente o conceito vem mudando e, entre os grandes desafios desse tipo de ensino, agora se inclui também a preparação para o mercado de trabalho. Essa contextualização nos dá a situação em que se iniciou a educação brasileira. Principalmente, como deve planejar no processo de ensino e aprendizagem no processo de jovens e adultos EJA. Portanto ao planejar é preciso que se saiba onde pretende chegar, buscar e compreender os principais objetivos a serem alcançados desde o programa de trabalho até as eventuais e necessárias mudanças.
	Vale ressaltar que é preciso atender as necessidades do público não alfabetizado, pois o Brasil tem promovido políticas públicas de combate ao analfabetismo. Contudo, esse tema ainda tem sido bastante discutido devido à existência de grande quantidade de pessoas não alfabetizadas. Esse fator tem levado o governo e a sociedade a promoverem ações que visem o sucesso da alfabetização de jovens e adultos objetivando erradicar o analfabetismo no país. 
Diante desse pressuposto, é preciso que o educador da EJA tenha clareza do seu papel, na formação de indivíduos conscientes de seus direitos e deveres e capazes de posicionar-se frente aos desafios do seu cotidiano. Para tal, é imprescindível que a formação de educadores habilite e qualifique profissionais aptos a desenvolver, na sua prática pedagógica, atividades que cumpram as finalidades da educação básica.
Contudo, o trabalho está organizado da seguinte maneira: tema, justificativa, participantes, objetivos, problematização, referencial teórico, metodologia, cronograma, recursos e avaliação. Conclui-se que o futuro professor deve buscar subsídios em sua prática onde atendam a demanda dos alunos matriculados no EJA, onde contribuirá para a transformação da sociedade e possibilitará para inserção do indivíduo no mercado de trabalho. 
TEMA 
	O presente tema tem o seu enfoque Educação de Jovens e Adultos (EJA), um olhar de pesquisa nesta tão graciosa modalidade de ensino formal ou não formal, onde os estudantes desenvolvem suas capacidades enriquecem seus conhecimentos e melhoram suas competências técnicas profissionais tentando atender as suas próprias necessidades e assim contribuir como cidadão na sociedade ao qual está inserido. Estudo teórico sobre a influência da teoria de Paulo Freire no processo de ensino-aprendizagem da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. 
	Ao abordar a Educação de Jovens e Adultos como tema é fundamental conhecer e destacar o pensamento de alguns autores e educadores como Paulo Freire e outros que ao longo da vida profissional dedicaram-se a alfabetizar e que contribuem para a formação docente continuada. Este capítulo aborda tais reflexões e as particularidades do tema.
	Como essa modalidade de ensino tem repercutido com intensidade nas propostas educacionais brasileiras e é notório o despreparo dos docentes para lecionarem para educandos jovens e adultos, esse trabalho tem por objetivo analisar a influência da teoria de Paulo Freire no processo de ensino-aprendizagem da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Porém, fazendo a análise sobre a utilização do seu método de ensino, é possível verificar que a sua influência já não é seguida fielmente, como afirmam os docentes que dizem utilizar o método Paulo Freire. 
O método Paulo Freire chamava a atenção dos educadores e políticos da época, pois seu método acelerava o processo de alfabetização de adultos e tinha como ponto fundamental as palavras geradoras, sendo assim podemos dizer que seu método consiste em três momentos entrelaçados. (FREIRE, 1979, p. 72).
	É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Pois o papel do educador deve ser o de acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. Ainda é vista por muitos como forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram que abandonar a escola. Felizmente o conceito vem mudando entre grandes desafios desse tipo de ensino, agora se inclui uma preparação para o mercado de trabalho. 
	Vale ressaltar que sua importância no processo de ensino do professor e aluno e nas suas relações pedagógicas apontando uma reflexão sobre aprendizagem e letramento quando o professor se torna o principal mediador em uma sala de aula, propiciando a aprendizagem, podendo melhorar o convívio do aluno e o professor seu próprio progresso permitindo um relacionamento estabelecido entre amizade e o respeito, desenvolvendo assim seu próprio progresso físico, psíquico, espiritual e moral. Pudemos observar, que a não mais infantilização dos métodos de alfabetização de adultos, vem aumentando cada vez mais a procura de adultos a esta modalidade, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem, nos ajudando a responder quem são os educandos e seus educadores. 
	Existem diversos fatores que muitas vezes não possibilitam a alfabetização no período da infância no decorrer dos anos o indivíduo sente a necessidade de inserir-se nesse processo e procuram a EJA (Educação de Jovens e Adultos) oferecido por escolas pública e por projetos comunitários de alfabetização, essa pesquisa enfatiza esse processo de alfabetização, analisando informações sobre o tema e a validade das metodologias aplicadas. 
	A questão das desigualdades existentes, entre a EJA e os demais seguimentos educacionais, com relação às oportunidades existentes na Sociedade. É importante a abordagem desse assunto, levando em consideração o aspecto histórico, para que se possa ter uma visão analítica da educação precária de hoje. Os jovens e adultos optam pela EJA, com a ilusão de terminarem seus estudos mais rápidos e com a intenção de arrumar um emprego melhor. Porém a realidade é cruel, quando a pessoa oriunda da EJA, procura um emprego, ocorre que as limitadas vagas existentes, exige mão de obra especializada, o que sentencia esse jovem ou adulto ao fracasso educacional e profissional.
	Por fim, entende-se que a responsabilidade que este trabalho tem para que haja a discussão e reflexão das políticas educacionais existentes para a EJA, tanto para que se possa repensar um pouco sobre as metodologias utilizadas no processo de ensino-aprendizagem, complementando pesquisas já existentes sobre o tema 
20
JUSTIFICATIVA
Alfabetizar Jovens e Adultos é uma preocupação antiga que não se limita a uma tarefa meramente escolar, está intimamente ligada a sonhos, expectativas, anseios de mudança e a escolha do tema deste trabalho se deu com o convívio com jovens e adultos durante o estágio supervisionado na EJA. Geralmente é depois da adolescência que o indivíduo reconhece que necessita do conhecimento escolar e passa a buscá-lo. As causas de não ter se alfabetizado na infância podem ser várias, como o fato deter que trabalhar para sobreviver, não ter acesso a escola no local onde mora e até mesmo a evasão escolar, por isso é comum ainda haver escolas que alfabetizam jovens e adultos.
O Processo da Educaçãode Jovens e Adultos no Brasil, tem sido alvo de grande preocupação, devido à ênfase dada pelo governo à essa modalidade de ensino e ao direcionamento escasso de verbas para subsidiarem os gastos necessários ao seu bom desenvolvimento. 
A expansão das instituições de ensino que disponibilizam o acesso a esse tipo de educação, versus a péssima formação do corpo docente, resultam em baixa qualidade do ensino-aprendizagem para o público-alvo de jovens e adultos. Professores despreparados têm sido uma das várias causas de não se obter resultados significativos, ao que se refere aos inúmeros projetos criados pelo governo, ou seja, não há a preocupação em capacitar os docentes para esse tipo de educação, universalizando dessa maneira, os conteúdos abordados e a metodologia de ensino aplicada em sala de aula.
Como a Educação de Jovens e Adultos não é uma modalidade de ensino nova, pois já atravessou décadas, despertou o interesse de diversos teóricos e sofreu a influência destes e da política de cada época. Ganhou métodos, aplicações pedagógicas, revisões e novas estruturas. Porém, nenhuma influência foi tão significativa quanto a do teórico Paulo Freire, o qual revolucionou a história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil e em muitos países por todo o mundo.
As instituições de ensino afirmam utilizar a metodologia criada por Paulo Freire. Justifica-se, portanto, a necessidade de aprofundamento do estudo relativo a metodologia de ensino de Paulo Freire e sua influência na Educação de Jovens e Adultos no Brasil, para proporcionar aos discentes, uma qualidade de ensino gradual e uma aprendizagem realmente significativa. As instituições de ensino afirmam utilizar a metodologia criada por Paulo Freire. Mas, nos resultados qualitativos da educação implantada no Brasil, fica evidenciada a deficiência do conhecimento relativo a esse método e mais ainda, da aplicação do mesmo.
 É muito gratificante para uma pessoa leiga poder aprender a ler e escrever consciente da necessidade e importância de tal ato para a sua vida, um mundo novo se abre para ela é como se fosse cega e de repente abrisse os olhos e enxergasse coisas que até então não via. Alfabetizar tais pessoas é proporcionar para elas grandes mudanças, uma nova visão de mundo, a chance de ter uma vida melhor pelo menos com mais oportunidades.
	Para os professores, já docentes ou em formação, é fundamental saber como acontece e vem acontecendo o processo de alfabetização nestas fases da vida, é nítido que com os jovens e adultos a alfabetização não acontece da mesma forma como na infância, os adultos precisam ser incentivados para que tenham motivação e não deixem que os problemas rotineiros os afastem da escola, o professor precisa conhecer as metodologias atuais e as que foram aplicadas e tiveram êxito para melhor atender ao seu aluno que independente de ser criança ou adultos também necessita de formação crítica e social.
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PARTICIPANTES
A proposta é reunir periodicamente representantes de diversos segmentos da sociedade, de cada estado brasileiro, para trabalhar em conjunto, seguindo a filosofia do compromisso pela educação. Desse modo, os participantes são professores especializados e alunos matriculados na modalidade de ensino da EJA. Os educadores para fazerem parte do corpo docente do EJA devem ter uma formação inicial, além de contribuírem de forma relevante para o crescimento intelectual do indivíduo, realizando o exercício de cidadania.
 Vale ressaltar que, os alunos do EJA são geralmente trabalhadores/as, empregados/as e desempregados/as que não tiveram acesso à cultura letrada. Fica evidente que o público alvo da EJA hoje vem passando a ser, predominantemente, a pessoa idosa e a pessoa com deficiência. Além disso, destaca-se que os sujeitos da EJA são aqueles que moram em cidades ribeirinhas, quilombos, cidades do interior, periferias. Pessoas que muitas vezes podem ser analfabetas funcionais, ou seja, aqueles que têm até a quarta série do antigo primário, sabem ler, escrever e contar basicamente, o modelo tradicional de educação. 
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OBJETIVOS
Objetivo Geral: 
 Realizar atividades de orientação para alunos e responsáveis que desejarem participar valorizando, interpretando a leitura como fonte de informações, de aprendizagem tanto na linguagem oral e escrita nos livros de ensino
Objetivos Específicos:
· Resgatar a identidade do aluno e possibilitar a socialização entre os colegas
· Utilizar temas geradores para desenvolver a leitura e escrita
· Desenvolver a capacidade dos Jovens e Adultos ler e escrever onde ampliará seu diálogo e reflexão sobre a realidade. 
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PROBLEMATIZAÇÃO
	
	A educação de Jovens e Adultos traz muitos desafios tanto para professores quanto para alunos e são esses desafios que constroem práticas eficazes de alfabetização. Em função das particularidades dessa modalidade de ensino, é preciso que a sociedade compreenda que alunos da educação de jovens e adultos vivenciam problemas como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade. 
	A diferença social e cultural que marca a escola e suas relações humanas, pode ser um ambiente propício para a expressão das experiências de vida que cada aluno possui. No caso dos adultos, muitos deles são pessoas que vieram de outros estados, possuindo na sua bagagem cultural conhecimentos do mundo da vida. Por isso cabe ao profissional crítico a tarefa de explorar tais conhecimentos e buscar relações entre eles e aqueles necessários a aprendizagem na escola. Como professores precisamos refletir sobre a nossas práxis, se queremos tanto a atenção da educação de jovens adultos, procurar entender suas particularidades, mostrá-lo que é importante para nós e que desejamos manter um convívio harmonioso. 
	Transformar a sala de aula em um ambiente harmonioso é uma tarefa que requer bastante esforço por parte do educador, pois deverá haver muita compreensão e um olhar afetivo nas relações diárias em sala de aula com o aluno, pois jovens adultos já tem sua própria personalidade formada. É nesse ambiente das novas relações com o mundo e com o outro que elas vão construindo/internalizando atitudes, valores e conceitos. Com paralelo com a evolução histórica, formação de professores, mercado de trabalho no Brasil, utilizando fontes primárias e secundárias de pesquisa, compreendendo o período de 1973 até 2007. Constatamos que a literatura especializada, em geral, descreve acontecimentos cronológicos de iniciativas pontuais na tentativa de solucionar os problemas decorrentes do analfabetismo e falta de qualificação.
	Na formação continuada tem que se procurar enfocar: metodologia, avaliação e relação professor/aluno de forma sistêmica, sendo o mais objetivo possível. Uma tarefa fundamental desses professores da EJA é conhecer que saberes e habilidades os alunos desenvolvem em função do seu trabalho no seu dia-a-dia. Da mão de obra necessária ao modo de produção vigente em cada época, como iniciativas em relação às políticas públicas. No que diz respeito à relação com as propostas pedagógicas para esta modalidade de ensino, com base na análise de documentos legais, diretrizes e programas para o contexto educacional brasileiro, estas se caracterizam por uma educação compensatória, supletiva e emergencial.
	No que diz respeito à relação com as propostas pedagógicas para esta modalidade de ensino, com base na análise de documentos legais, diretrizes e programas para o contexto educacional brasileiro, estas se caracterizam por uma educação compensatória, supletiva e emergencial.
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REFERENCIAL TEÓRICO
	No primeiro momento é preciso destacar que com efeitos a LDBEN nº 9394/96, Artigo (Art.) 37, a educação de jovens e adultos, é uma modalidade da educação básica “destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Além da elevação do nível de escolaridade da população, segundo o Art. 22 da LDBEN nº 9394/96, a EJAtem como finalidade o desenvolvimento da autonomia dos educandos, a sua preparação para o mundo do trabalho e para o prosseguimento nos estudos, assim como o compromisso com a formação humana dos mesmos. A motivação é a chave para o sucesso da educação de jovens e adultos, desmotivados eles não conseguirão enfrentar as barreiras cotidianas, tudo se tornará mais difícil, cabe aos professores e a escola em geral incentivá-los para que não desistam.
	Enfatizando atender as necessidades do público não alfabetizado, o Brasil tem promovido políticas públicas de combate ao analfabetismo. Contudo, esse tema ainda tem sido bastante discutido devido à existência de grande quantidade de pessoas não alfabetizadas. Esse fator tem levado o governo e a sociedade a promoverem ações que visem o sucesso da alfabetização de jovens e adultos objetivando erradicar o analfabetismo no país. 
	Também com a finalidade de combater o analfabetismo, as Nações Unidas proclamaram os anos de 2003-2012 como a década da alfabetização. Durante esse período, os esforços são para assegurar o direito das pessoas a usufruir da cultura letrada, melhorando suas condições de vida tendo uma participação efetiva junto à sociedade. Para tal, é necessário que tenha a oportunidade de fazer jus ao direito à educação, que deve ser para todos.
Contudo, a EJA apresentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9394/96) como uma modalidade de ensino, necessita cumprir suas funções: “reparadora, equalizadora e qualificadora”, pois se entende que o motivo pelo qual as pessoas ingressam na EJA é variado, mas o objetivo é um: a busca pela garantia do direito ao pleno desenvolvimento da cidadania. Frente a este pressuposto, considera-se que as ações pedagógicas utilizadas pelos professores têm grande relevância no processo de ensino aprendizagem, visto que a metodologia de ensino desenvolvida pelo professor poderá contribuir para a efetividade deste processo. 
Todavia, para efetivar uma educação comprometida com a realidade do educando no sentido de prepará-lo para a vida e para o mundo do trabalho, faz-se necessário uma educação conscientizadora para que o aluno possa, então, ser capaz de fazer sua leitura do mundo, com a mediação do educador. A esse respeito o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Brasil (2006, P.27) esclarece que: “Desde Freire, a educação de jovens e adultos vem caminhando na direção de uma educação democrática e libertadora, comprometida com a realidade social, econômica e cultural dos mais pobres”. 
Essa visão defendida Paulo Freire a respeito do analfabetismo fez surgir, a partir da década de 1960, um novo modelo pedagógico o qual concebe o analfabetismo como reflexo de uma sociedade desigual. Diante desse pressuposto, é preciso que o educador da EJA tenha clareza do seu papel, na formação de indivíduos conscientes de seus direitos e deveres e capazes de posicionar-se frente aos desafios do seu cotidiano. Para tal, é imprescindível que a formação de educadores habilite e qualifique profissionais aptos a desenvolver, na sua prática pedagógica, atividades que cumpram as finalidades da educação básica. A interdisciplinaridade deve fazer parte também desse processo os temas transversais como, ética, valores e cidadania são temas que norteiam a construção do conhecimento nesta fase. 
 	Uma proposta de educação ética como nos diz Paulo Freire: A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (FREIRE, 2005, p.16). Ao longo das mais diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo, o resultado sempre foi gratificante e muitas vezes comovente.
	 O homem iletrado chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre com orgulho que também é um “fazedor de cultura” e, mais ainda, que a condição de inferioridade não se deve a uma incompetência sua, mas resulta de lhe ter sido roubada a humanidade. O método Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, de certa forma. Percebendo – se como sujeito da história, toma a palavra daqueles que até então detêm seu monopólio. Alfabetizar é, em última instância, ensinar o uso da palavra.
	Na época do regime militar (1964), surge um movimento de alfabetização de jovens e adultos, na tentativa de erradicar o analfabetismo, chamado MOBRAL, esse método tinha como foco o ato de ler e escrever, essa metodologia assemelha – se a de Paulo Freire com codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros, fichas, porém, não utilizava o diálogo como a de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos.
	Há algumas décadas era comum grupos de pessoas adultas se reunirem para aprender escrever o nome e conhecer as letras do alfabeto, tais pessoas ficavam extremamente maravilhadas, pois dentro do contexto delas tal aprendizado era suficientemente satisfatório. Atualmente grupos ainda se reúnem, mas as expectativas são outras, só o aprendizado do próprio nome não é suficiente, o mercado de trabalho exige mais, até mesmo o simples fato de precisar identificar o itinerário do ônibus requer leitura. 
A escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo. Para isso o ensino escolar deve contribuir para:
·Formar indivíduos capazes de pensar e de aprender permanentemente;
·Prover formação global para atender à necessidade de maior e melhor qualificação profissional;
·Desenvolver conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício consciente da cidadania;
·Formar cidadãos éticos e solidários (LIBANEO, 2003, p.53)
	Por isso a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio analfabeto, somente ajustado pelo educador. Esta é a razão pela qual procuramos um método que fosse capaz de fazer instrumento também do educando e não só do educador e que identificasse, o conteúdo da aprendizagem com o processo de aprendizagem. 
	De acordo com Freire (1979, p.72), “Conscientização" é definida como o processo no qual as pessoas atingem uma profunda compreensão, tanto da realidade sociocultural que conforma suas vidas, quanto de sua capacidade para transformá-la. Ela envolve entendimento praxiológica, isto é, a compreensão da relação dialética entre ação e reflexão. Freire propõe uma abordagem praxiológica para a educação, no sentido de uma ação criticamente reflexiva e de uma reflexão crítica que seja baseada na prática. Através da Conscientização, o princípio que concebe educação como reflexão sobre a realidade existencial busca articular essa realidade com as causas mais profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir sempre os fatos particulares na globalidade das ocorrências da situação. 
	A aprendizagem da leitura e da escrita passa a ser uma releitura do mundo antes da leitura da palavra. O método Paulo Freire estimula a alfabetização/educação dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, os participantes da mesma experiência, através de tema/palavras gerador (as) da realidade dos alunos, que é decodificada para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. O diálogo é o elemento chave onde o professor e aluno são sujeitos atuantes.
	No processo de aprendizado, o alfabetizando ou a alfabetizanda é estimulado (a) a articular sílabas, formando palavras, extraídas da sua realidade, do seu cotidiano e das suas vivências. Nesse sentido, vai além das normas metodológicase linguísticas, na medida em que propõe aos homens e mulheres alfabetizandos que se apropriem da escrita e da palavra para se politizarem, tendo uma visão de totalidade da linguagem e do mundo.
Baseado neste pressuposto, cada Espaço de Conhecimento tem início com a leitura e análise de um texto que serve como pretexto para que se estabeleça o diálogo, porque:
· O diálogo deve acontecer em torno de um tema comum às consciências do (a) professor (a) e seus alunos e alunas;
· É preciso desenvolver as condições para que o diálogo se estabeleça;
· Cabe ao (à) professor (a) a iniciativa de desencadeá-lo;
· O (a) professor (a) não pode subestimar a capacidade dos seus alunos;
· É necessário considerar todos capazes para o diálogo;
· É preciso desafiar constantemente o pronunciamento do outro;
· É importante aceitar a condição de ser “aluno (a) com alunos (as)”;
· Ao mesmo tempo o (a) professor (a) necessita ter um domínio profundo dos conteúdos e dominar as formas mais eficazes de ensinar para (re) alimentar e (re) orientar o diálogo.
Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1985) realizaram pesquisas sobre o processo do conhecimento da escrita e da leitura em crianças e adultos não escolarizados e descobriram que o alfabetizando ao tentar compreender o que a escrita representa e como representa, vai formulando hipóteses explicativas para suas dúvidas. O alfabetizando vai compreendendo que a escrita representa a fala e que há um sistema, uma organização própria para escrever. À medida que vai encontrando respostas parciais, vai construindo o conhecimento da escrita e da leitura. A formulação dessas hipóteses, permeada por conflitos cognitivos e a passagem de um nível a outro do conhecimento da escrita é o momento da gênese, da origem de um novo conhecimento. Surge então uma nova etapa na compreensão no processo da escrita.
Ferreiro (2000) identificou os seguintes níveis: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético, alfabético. Explica-se que o Pré-silábico é quando o aluno acredita que pode escrever com grafismo, desenhos, números e sinais gráficos como modelo de letra cursiva. No que se refere ao silábico, é quando o aluno percebe que cada som tem um sinal gráfico. Referente silábico-alfabético, é quando o indivíduo passa pela transição entre o nível silábico e o alfabético e início da fonetização da silaba. E por fim, o alfabético é quando o aluno escreve como fala, ou seja, foneticamente. Neste nível o aluno atingiu a compreensão do sistema da escrita alfabética.
A necessidade do professor se aprofundar no conhecimento das formas de como os jovens, adultos e idosos aprendem. Para tal, “oferece anualmente cursos de qualificação profissional para os professores que atuam na EJA, bem como, relato de experiências, oficinas, seminários e material didático apropriado visando melhorar a qualidade do ensino na EJA”. (5/6) das profissionais realiza cursos de formação continuada, mas, o fator disponibilidade de tempo, tem sido determinante para reduzir a frequência com que participam dos cursos e até para a não participação nos mesmos. Behrens (1996, p. 135-136) explica que: “As pesquisas na área da formação de professores enfatizam que os docentes precisam estar com vontade de mudar, sensibilizados pela necessidade de transformar a ação docente, em busca de um ensino de melhor qualidade”.
	Os cursos de formação continuada atendem parcialmente às suas necessidades docentes. Ou seja, casos específicos da EJA não são comtemplados em cursos enfatiza a importância de o professor considerar os conhecimentos prévios dos alunos visando, a partir deles, promover novos conhecimentos. Por isso, entende-se que a metodologia de ensino utilizada na EJA precisa considerar essa construção cognitiva desenvolvida pelo educando a fim de possibilitá-lo desempenhar uma participação efetiva e consciente, tanto na sala de aula quanto na sociedade
	
	
METODOLOGIA
 A metodologia utilizada será por meio de respeito a diversidade dos alunos, contextualizar em diferentes formas para possibilitar a eles espaço para conversas e narrativas, proporcionar a eles situações de comunicação e possibilitar que se sentem seguros de expor as dúvidas. No entanto, o professor deve compreender o aluno e aproximá0lo com fontes de informações diversificadas. Em meio disso será proposto leitura e comparar autores, fontes, ano de publicação, entre outros.
No entanto, os textos devem ser selecionados de diferente faixa etária, gostos dos alunos e de acordo com suas realidades. Será trabalhado com diversos tipos de textos: poemas, letra de música, folheto, cartaz, anúncio, contos, crônicas, fábulas e anedotas, relatos, biografias, textos com informações históricas, textos com informações científicas. 
Assim, buscará orientar o processo educativo de produção o conhecimento considerando: Alfabetização básica, na qual é entendida como a construção do saber corresponde a primeira e segunda séries do ensino fundamental. A Alfabetização avançada em que correspondente às 3ª e 4ª séries do ensino fundamental. Tendo ambos os níveis conteúdos relativos aos conhecimentos do mundo do trabalho e ao exercício da cidadania crítica.
A metodologia é concebida com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura de mundo, considerando-se a realidade do educando. Serão planejados conteúdos e abordagem diante seu contexto social com perguntas norteadoras: O que fazer? Como fazer? Quem vai ajudar? A partir dos instrumentos de pesquisa bibliográfica, levantamento e seleção de bibliografia, leitura analítica, análise, pesquisa descritivas e experimentação.
CRONOGRAMA
	Reunião dos professores e equipe pedagógica
	Será um momento de reflexão e planejamento no primeiro contado com os alunos
	Primeiros contatos com os alunos
	O professor irá conhecer o aluno, identificar as necessidades, dificuldades, quais pontos que deverão ser trabalhado.
	Reunião para expor as necessidades dos alunos e refletir no planejamento
	Os professores irão se organizar para um projeto de leitura, onde irá adequar seu planejamento de acordo com seu aluno e realidade
	Aplicação do projeto 
	Trabalhar os gêneros textuais, possibilitando o aluno explorar das diversas formas o estilo de comunicação, escrita e leitura
	Discussão e Avaliação
	Levantamentos do desenvolvimento e da aplicação do projeto. Pontuar os pontos positivos e negativos, quais desafios e possibilidade de novos planejamentos
RECURSOS 
	
	Serão utilizados recursos de materiais didáticos, impressos tais como livros, jornais, revistas e cartazes. Além disso, também contará com recursos tecnológicos, considerando-os como importante ferramenta na aprendizagem dentro da escola em qualquer modalidade de ensino. Ainda assim, apesar dos benefícios desses recursos, constata-se que estes não são muito utilizados na Educação de Jovens e Adultos. Assim, será utilizado, diferentes tipos de papel; cola branca e colorida; lápis de cor, giz de cera; tesoura; tinta guache; CD’S, sala de informática, data show, notebook, rádio, pendrive, entre outros. Os educadores irão encontrar os materiais que podem ser usados com os recursos que existem na sala de aula, como animações, mapas, livros digitais e conteúdo para dispositivos.
Ao permitir o acesso às tecnologias tais como: computadores ligados à internet, filmes, vídeos e outros, os alunos jovens e adultos passam a ter maior acesso as manifestações culturais e artísticas, e por meio dessas tecnologias o acesso ao conhecimento é maior, perpassando barreiras, sócio-culturais e regionais. 
No cotidiano escolar muitos são os desafios enfrentados pelos alunos da EJA na busca por um ensino com qualidade, como exemplo, a diversidade cultural, a diferença de idades entre os alunos, equacionando dificuldades de estabelecerem boas relações, a superação do analfabetismo digital, o cansaço, a forma de superar as diferenças.
 
. 
AVALIAÇÃO
	A concepção de avaliação que deve subsidiar o trabalho é a avaliação formativa processual e mediadora, pois seu papel enquanto professora é o de promoverdesafios capazes de ampliar as condições de desenvolvimento de seus alunos. Assim, todos os recursos disponíveis poderão ajudá-la a estrutura os momentos de avaliação. Os quais são os instrumentos úteis e necessários para lhe subsidiar a organização do seu planejamento, sem perder de vista os objetivos propostos no Projeto Político-Pedagógico da instituição em que atua. 
	Na avaliação tradicional a classificação do aluno acontece a partir do processo corretivo, ou seja, eliminando-se a subjetividade, evitando, assim, que se cometam injustiças na contagem de erros e acertos. Visto que, muitas vezes, avaliar é confundido com medir. Nessa concepção, de acordo com Paulo Freire (1987), o professor será sempre o que sabe, enquanto que o aluno será sempre o que não sabe. Esta forma avalia a fração do conhecimento desvinculando aquilo que o aluno lembra sobre o que lhe foi transmitida, daquilo que ele pode fazer com o que aprendeu. 
	Avaliação Mediadora, com base da Jussara Hoffmann, exige prestar muita atenção no aluno, conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e desafiadoras, guiando-o por um caminho voltado à autonomia moral e intelectual, pois estamos vivendo um momento caracterizado por uma infinidade de fontes de informação. Nessa concepção a subjetividade na elaboração das perguntas é positiva, uma vez que, permite no momento da correção uma reflexão sobre as hipóteses construídas pelos alunos, “quanto maior a empatia entre professor e aluno, maior será o aprendizado”. A qualificação da aprendizagem enquanto princípio da educação tem na Avaliação Mediadora um caminho seguro, pois através dela educadores e educandos estabelecem vínculos na construção contínua e cumulativa de conhecimentos.
Há ainda que se considerar que o avaliador, no nosso caso, o professor da Educação Infantil e do Ensino Fundamental ao avaliar, fundamenta-se em seus valores, como nos alerta Hoffmann: “[...] O processo avaliativo está fundamentado em sentimentos e percepções dos avaliadores uma vez que se interpreta o que se observa das crianças”. Interferem na avaliação nossos valores morais, concepções de Educação, de sociedade e de infância entre outros.
O Processo da EJA necessita praticar a avaliação, prática essa que realimentará novos estudos e aprofundamentos que possibilitem identificar sucessos e deficiências e, desse modo orientar novas situações motivadoras e com significação de ensino aprendizagens para os alunos. Evidenciando-se, a partir destas percepções a prática refletida, investigada. A avaliação é tão central na didática, pois é a forma atual mais direta de analisar o desempenho de aprendizado do aluno da avaliação consiste em uma forma de o aluno ser testado a ponto de exprimir o que ele sabe sobre o assunto. 
Essa avaliação vale pontos que determinarão o grau de conhecimento de cada aluno. Por meio dos sistemas de notas existentes na avaliação os alunos serão aprovados ou reprovados. Porém, infelizmente hoje o que temos é o currículo tradicional de uma pedagogia tradicional, impregnada de característica seletiva. A qualificação da aprendizagem enquanto princípio da educação tem na Avaliação Mediadora um caminho seguro, pois através dela educadores e educandos estabelecem vínculos na construção contínua e cumulativa de conhecimentos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A Educação de Jovens e Adultos no Brasil, desde o Império, já demonstrava o descaso da parte do poder público e o despreparo do corpo docente atuante. O governo agia de forma demagógica, quando aparentava preocupar-se em educar o povo que, em sua maioria, era iletrado. Em resultado de tamanha exclusão, formou-se uma predominância de pessoas dominadas, desfavorecidas, e o que é pior, passivas em relação às suas posições na sociedade em que estavam inseridas. 
Quando o Brasil se tornou uma república, as pessoas acreditavam na mudança política e social do país. A esperança de igualdade, de melhoria de vida, estava nos corações do povo brasileiro. Contudo, a elite da época continuava a dominar a sociedade e a ludibriar o povo, o qual não possuía um senso crítico para perceber-se como modificador desta sociedade opressora. A educação deveria ser prioridade na política brasileira. Por não trazer receita para os cofres públicos, a educação no Brasil, nunca foi tratada da forma que deveria. 
Os cidadãos brasileiros, os quais ousaram fazer a diferença, se permitindo educar e serem educados, de forma a incentivar a reação da massa oprimida contra seus opressores, foram massacrados pela ditadura militar, sendo exilados do país, presos, mortos, violentados. Desse modo, vale ressaltar que o professor Paulo Freire, um dos presos políticos da época da ditadura militar, foi um cidadão que lutou para que o povo se tornasse consciente da sociedade a qual estava inserido e que pudesse fazer a sua própria leitura de mundo. Para isso, criou o seu tão famoso método, através do qual mudaria a história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, pois não somente faria do educando um sujeito letrado, mas faria deste um ser crítico e consciente. Todo o amor dedicado à educação, custou à Paulo Freire a sua liberdade e resultou na sua expulsão do país.
	Diante essa perspectiva conclui-se que a Educação de Jovens e Adultos deve ser o centro das atenções no âmbito educacional, pois o país tem uma dívida considerável com o povo ao que se refere a esta modalidade de educação. A educação brasileira requer mais atenção dos poderes públicos, requer também a elaboração de projetos educacionais eficazes, que proporcionem um ensino de qualidade. 
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REFERÊNCIAS
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