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Educação de Jovens e Adultos EJA

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
Autor: Stephanie Correia de Melo
Tutor externo: Silvana Lazzarini Bulla
Centro Universitário Leonardo da Vinci – Prática Interdisciplinar Educação de Jovens e Adultos.
Pedagogia (PED2321) – 
09/12/2020
RESUMO 
O presente trabalho tem como propósito analisar os processos de aprendizagem do aluno adulto do EJA. Cada sujeito possui sua história e cultura. Cada um possui um motivo para continuar estudando ou parar. Cada um tem seu tempo para aprender. Saber o que é e como se dá esse tempo de aprendizagem da educação de jovens e adultos e tem como finalidade mostrar a importância da EJA – Educação de Jovens e Adultos no contexto educacional brasileiro, demonstrando o seu retrospecto histórico e o processo de aplicação nas escolas. Evidenciando que a EJA é uma educação possível e capaz de alterar significativamente a vida de uma pessoa em sociedade, admitindo-se reescrever sua história de vida. Desenvolvido através de análises de pesquisas.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos (EJA). Processo de Aprendizagem. Aprender.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos – EJA proporciona a educação básica àqueles que não tiveram condições de frequentar, por quaisquer motivos, a escola, na idade tida como “correta”. O objetivo desta pesquisa é compreender os processos de aprendizagem dos alunos adultos da EJA e através desta compreensão apontar caminhos para que ela ocorra. Muitas oportunidades para estudar estão sendo oferecidas para as pessoas, porém não é fácil a permanência destas pessoas em sala de aula, por motivos diversos elas abandonam os estudos, deixando o aprendizado de lado e buscando aprender na vivência diária. 
Os estudos são importantes para a vivência em sociedade, buscar um emprego melhor, saber tomar decisões. Estudar novos métodos de ensino e aprendizagem, buscar novos conceitos, para que se consiga despertar o interesse destes alunos e com isso obtermos resultados do processo de ensino e aprendizagem, formando estas pessoas para o mercado de trabalho. Assim, os professores da EJA têm o compromisso de contribuir com a superação das diversas formas de exclusão e de discriminação, a qual os educandos trazem em suas trajetórias de vida. Para que isso possa ser possível, é preciso compreender, refletir e analisar as histórias de vida desses alunos, bem como seus ensinamentos e conhecimentos. 
 O que se nota, é o crescente interesse que o tema da juventude acadêmica vem despertando no campo da Educação de Jovens e Adultos. Ademais, se analisarmos as ideias da reflexão de Pierre Bourdieu 3, jovens originários de famílias com pouco "capital cultural" e que experimentaram difíceis trajetórias que os distanciaram do "tempo certo" da escolarização. Atualmente, acompanhando a tendência da educação de maneira geral, os holofotes do ensino nas universidades têm como ideia basilar a cidadania e a formação de docentes com novos perfis profissionais.
 Mesmo assim, apesar da apreensão com o desenvolvimento pleno do acadêmico, nota-se que o tema cidadania foi pouco implementado por grande parte dos professores. Nesse sentido, o que pode-se notar é a relevância da contribuição do Ensino de Jovens e Adultos para a formação do cidadão no meio social. 
2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA tem por finalidade, proporcionar a educação básica àqueles que não tiveram condições de frequentar, por quaisquer motivos, a escola, na idade tida como “correta”.
 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (Parecer CEB nº 11/2000), em concordância com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB apontam três funções como responsabilidade da EJA: reparadora (restaurar o direito a uma escola de qualidade); equalizadora (restabelecer a trajetória escolar); qualificadora (propiciar a atualização de conhecimentos por toda a vida). Atualmente a idade mínima para frequentar a EJA é 15 (quinze) anos para o Ensino Fundamental, e 18 (dezoito) para o Ensino Médio. No Art. 22 LDB 9.394/1996, está prevista a Educação de Jovens e Adultos – EJA, classificada como parte integrante da Educação Básica. E, assim como a educação regular, é dever do governo disponibilizar educação de jovens e adultos, contudo, também existem instituições privadas, autorizadas a atender esta modalidade de ensino. 
 Como a própria LDB propõe a idade mínima para ingressar à EJA, fica ao encardo de o professor conseguir trabalhar com sujeitos dos dois tipos de desenvolvimento cognitivo: o jovem e o adulto. O adulto, cujos anos de vida lhe proporcionaram maturidade emocional, intelectual e social, além de uma “certa” independência financeira e pessoal, são mais “aceitos” pelos professores, de forma geral, por achá-los mais esforçados, e pelo fato do maior respeito que o aluno adulto tem para com o professor, como uma hierarquia professor x aluno, inconscientemente imposta desde sua infância. 
 No entanto, os professores devem levar em conta que, a maioria desses jovens possuem uma história de vida muito diferente dos jovens de sua idade. Muitos já possuem tanta responsabilidade quanto um aluno adulto, mas, seu psicológico entra em “conflito” por estar passando por uma experiência ainda não maturada em sua mente. O convívio entre as diferentes faixas-etárias pode ser muito enriquecedor. Contudo, é preciso atentar-se ao fato das “necessidades” do aluno jovem; seu ritmo de aprendizagem, sua “impaciência” em ficar parado. O ideal é propor atividades que estimulem parcerias com os mais velhos, e não competição organizando atividades que propiciem formar vínculos positivos, como respeito à forma de pensar, agir e sentir do outro. 
A Educação de Jovens e Adultos apresenta hoje uma identidade que a diferencia da escolarização regular e essa diferenciação não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária, mas, primordialmente, a uma questão de especificidade sócio- histórico-cultural (FERRARI e AMARAL, s/a. p.1).
De mais a mais, preciso é, que a sociedade compreenda que os acadêmicos de EJA vivenciam dificuldades como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros problemas. E que tais problemáticas são vivenciadas tanto no dia-a-dia familiar como na vida em sociedade. Dessa maneira, faz-se evidenciar que a EJA é uma educação possível e capaz de alterar significativamente a vida de uma pessoa, admitindo-se reescrever sua história de vida
2 PROCESSO DE APRENDIZAGEM	
O processo de ensino-aprendizagem ampara-se na concretização de relações interpessoais, segundo Santos (2009), esses decorrem do modo como os sujeitos envolvidos interagem e desempenham seu papel social, procuramos compreender os diferentes fatores que interferem na interação pedagógica. Neste sentido muitas vezes o professor é desafiado a atuar sobre nova visão em relação aos processos tradicionais de ensino e aprendizagem, segundo Anastasiou e Alves (2009), ele poderá encontrar muitas dificuldades, incluindo pessoais e de se colocar numa diferenciada ação docente, iniciando pela própria compreensão da necessidade de ruptura com o tradicional método conhecido. 
Através de estratégias aplica-se e expõem-se meios, métodos, formas e jeitos de ensinar visando evidenciar o pensamento, deixando claro o ponto que se deseja chegar, onde cabe determinar a dinâmica mais adequada para se atingir o objetivo. O autor Paulo Freire estabeleceu alguns conceitos na área de educação, buscando foco num melhor aprendizado, através de técnicas e metodologias evolutivas. Paulo Freire foi um grande pensador e inovador na área de educação, publicou vários livros e suas teorias são seguidas por muitas pessoas. Segundo Miranda; Barroso (2004), Freire parte de um pressuposto, onde o ser humano é o foco no processo de ensino. O aluno deve refletir muito sobre a sua existência, influenciando na sua vida e decisão de ser mais livre. 
As ações educativas devem fazer o aluno refletir, levando isso a uma análise de reflexão de vida do educando.Após uma reflexão, levando-o a tomada de consciência e atitudes críticas, possibilitando mudanças na vida real. O educando deve ser comprometido, desenvolvendo nele a capacidade de agir, e o relacionamento em sociedade. 
O educando deve-se integrar, criando cultura, fazendo história no contexto de sua existência através da reflexão, obtendo assim respostas para os desafios que a vida oferece. Paulo Freire estabelece alguns fundamentos, os quais devem nortear a educação das pessoas, estabelecendo os princípios: problematização, diálogo, liberdade, conscientização. 
Segundo Miranda; Barroso (2004), a Problematização é a fase de estudos onde o educador faz a reflexão junto com os alunos, colocando situações e fazendo-os refletirem sobre o problema proposto. Com essa reflexão, através de situações supostamente apresentadas, mesmo estas situações serem acontecimentos passados, o educador faz uma reflexão, trazendo o conhecimento e a cultura de forma crítica. 
O Diálogo é considerado uma necessidade, onde através dele, podemos fazer a reflexão e ação para nossas atitudes, trazendo através do diálogo a base e essência do conhecimento, transformando nossas atitudes. A base para que exista comunicação e interação, conforme explica Miranda; Barroso, (2004), para que se chegue a uma atitude crítica e reflexiva, este seria por um processo problemático. De qualquer forma para a aprendizagem existir, precisa ter liberdade para criar, para tomar decisões e aprender. 
 Neste vértice, importante frisar que educador e educando devem interagir. Criando assim, novos processos de aprendizagem, de maneira que o alfabetizador trabalha o conteúdo a ser ensinado, a língua escrita, preocupando-se para que seus alunos compreendam o sentido para o sistema da escrita, partindo de temas e palavras geradoras, com ligação às suas experiências de vida. Nesse novo entendimento do sistema de alfabetização, a língua escrita vem seguida por uma metodologia de construção do conhecimento, dando-se através de diálogos de interação entre educador e educando.
Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo. Aquela em que os sujeitos do ato de conhecer (educador-educando; educando-educador) se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido. Nesta perspectiva, portanto, os alfabetizandos assumem, desde o começo mesmo da ação, o papel de sujeitos criadores. Aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre Freire (2002, p. 58) 
 
O famoso "método” Paulo Freire objetiva a alfabetização visando à libertação do educando. Essa libertação não é apenas no campo cognitivo, mas acontece também, primordialmente, nos campos sociocultural e político, pois o ato de conhecer não é apenas cognitivo, mas político, e se realiza no âmbito da cultura.
Santos (2006) menciona que a escola atualmente encontra-se fortemente basilada com um ensino de qualidade e com a ideia de construção voltada para a cidadania, contudo, ainda, sob perspectiva teórica, pois, na prática, os problemas encontrados pela escola para a concretização de tais ideais são grandes. Aos recursos precários dos educadores, a falta de condições de trabalho, a falta de ajuda dos responsáveis por mudar essa realidade, dentre tantos outros problemas, deixa um grande descrédito na modificação real da escola onde frequenta. É importante frisar, que o educador deve entender o aluno como um ser pensante, com muita capacidade e portador de ideias, as quais apresentam-se espontaneamente, em uma conversação simples e em suas apreciações aos acontecimentos do dia-a-dia. 
O professor deve apresentar-se também como um parceiro do aluno, e não como um “doutor”, arrogante, porquanto nesse caso o educando vai se sentir inferior, discriminado. O educando adulto tem muito a colaborar para o processo de ensino aprendizagem, não apenas por ser um trabalhador, mas sim, por todas as ações que exerce na família e na sociedade geral. Noutro vértice, o aluno, em especial o adulto, ao entender que está sendo tratado de maneira a sentir-se como um agente ativo, atuante de todo o processo de aprendizagem, sentir- se mais interessado e mais responsável pelo seu conhecimento. Assim, a responsabilidade é tão superior nessa compreensão que o educando compreende que está ajudando para a mudança da sua sociedade, sua realidade e os fundamentos de seu país. Isso tudo pelo fato de estar transformando a si mesmo, e que a educação que está recebendo não é favor ou caridade e sim um direito.
4 Métodos e práticas de ensino na educação de jovens e adultos 
 Os métodos de ensino é a categoria mais dinâmica do processo de ensino aprendizagem, já que é determinado por objetivos que mudam em função do dinamismo da realidade sociocultural em que o processo está inserido. Além disso, os métodos de ensino trabalharam com conteúdo que, pelos mesmos motivos, também sofrem permanente revisão. O método ainda depende dos meios de ensino disponíveis em seu contexto educativo e, principalmente, das características gerais da clientela a que se dirige (número de alunos, sua idade, seu nível de desenvolvimento prévio, o estrato sociocultural a que pertencem, gênero, dentre outros).
A aula deve ser interessante para ambas as partes, tanto o aluno quanto o professor devem compartilhar seus conhecimentos. Assim o professor deixa de ser o responsável apenas para transmitir conhecimento e passa a ser um provocador em sala de aula. O bom professor também deve aproveitar em sala de aula os conhecimentos prévios dos seus alunos. Para CASTANHO (2000), o professor deve, “ter o aluno como referência, valorizar o cotidiano, preocupar-se com a linguagem (acerto de conceito) privilegiar a análise sobre a síntese, ver aprendizagem como ação, selecionar conteúdos emergindo do s objetivos, inserir a dúvida como princípio pedagógico, valorizar outros materiais de ensino.
5 MATERIAL DIDÁTICO 
O material didático é o condutor de um conjunto de atividades que procura levar à construção do conhecimento, através de uma linguagem dialógica que, na ausência física do professor, possa garantir certo tom coloquial, reproduzindo mesmo, em alguns casos, uma conversa entre professor e aluno, tornando sua leitura leve e motivadora (BELISÁRIO, 2003). 
A Educação de Jovens e Adultos ainda precisa de ajustes, e um dos aspectos que pode melhorar é o material didático de qualidade e adaptado às características dessa modalidade de ensino, que vai auxiliar bastante o educador, servindo de instrumento facilitador do seu trabalho. 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, na Resolução nº 18 de 24 de abril de 2007, cria o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos – PNLA, com a finalidade de distribuir obras didáticas para todas as entidades parceiras do programa e para as escolas públicas, como garante a Resolução: 
Art. 1º Regulamentar a execução do Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos – PNLA 2008, no âmbito do Programa Brasil Alfabetizado, para distribuição, a título de doação, de obras didáticas às entidades parceiras, com vistas à alfabetização e à escolarização de pessoas com idade de 15 anos ou mais. § 1º São consideradas entidades parceiras aquelas que estabelecem parceria com o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD/MEC, na execução das ações do Programa Brasil Alfabetizado, quais sejam: Estados, Distrito Federal, Municípios, entidades da sociedade civil organizada e instituições de ensino superior. § 2º As entidades parceiras beneficiárias do PNLA 2008 deverão obedecer ao cadastramento dos alfabetizandos, das turmas e, se houver, dos coordenadores de turmas do Programa, informados em meio eletrônico no endereço www.mec.gov.br/secad Art. 2º O PNLA 2008 será financiado com recursos provenientesde dotações consignadas no orçamento do Ministério da Educação. Art. 3º A execução do Programa ficará a cargo do FNDE e contará com a participação da SECAD/MEC e das entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, em regime de mútua cooperação [...]. 
Melhorar a qualidade do material didático é tão importante quanto conhecer o que o aluno traz na sua bagagem. Identificar as características desse aluno no levantamento do seu perfil, quais suas potencialidades e limitações, qual a sua profissão, quais as formas que ele se relaciona com a comunidade em que vive, quais os seus anseios e desejos, o seu caminho percorrido na educação, o que ele 22 espera da EJA, suas expectativas, enfim, conhecer potencialmente o seu aluno é necessário para poder construir um material atrativo, que desperte neste aluno o desejo de buscar a aprendizagem. 
O material didático vai ser a ponte para a construção do conhecimento, mostrando que ele pode servir até para substituir em algumas situações o professor. Ele pode ser definido amplamente como produtos pedagógicos utilizados na educação e, especificamente, como material instrucional que se elabora com finalidade didática (BANDEIRA, 2009). 
O material didático será o material de leitura do aluno, onde ele poderá sozinho construir seus conhecimentos. É um aliado forte para esse aluno conquistar seu espaço na sociedade, se sentir um cidadão e exercer seus direitos. 
Os materiais didáticos são todos os recursos utilizados como elementos mediadores do processo de aquisição do conhecimento, bem como facilitadores da apreensão de conceitos, do domínio de informações e uma linguagem específica de cada disciplina. Apesar das diferenças consideráveis ao nível da concepção do conteúdo e do modo como estes materiais são utilizados, reconhece-se atualmente que a qualidade e a intensidade do processo de interação entre os alunos e os materiais contribuem de modo decisivo para o resultado do processo de aprendizagem (MELLO, 2010). 
O material vai ser usado pelos sujeitos da EJA de forma que ele se aproprie da sua aprendizagem, travando um diálogo constante com esse material e refletindo sobre ele, trazendo essa aprendizagem para a sua vivência. 
Segundo Ribas (2014), existem poucas pessoas que fazem material didático efetivamente pensado para adultos, ocorrendo, assim, muita adaptação de materiais da escola regular, e na EJA as pessoas que estão buscando o conhecimento não estão na mesma fase escolar que crianças e adolescentes, elas já têm experiências pessoais e profissionais, é importante partir dos interesses e da necessidade dos alunos, e as editoras não têm nenhuma prática de trabalhar com jovens e adultos pensado na educação popular. 
Além disso, os melhores materiais da EJA não dão conta da diversidade de idades, da diversidade regional e da diversidade das escolas, é preciso que sejam feitas adaptações para a realidade de cada sala de aula, pois caso contrário ocorrerá o desinteresse pela aprendizagem por parte dos alunos.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alguns autores que falam sobre a educação de jovens a adultos:
Conheçam os saberes e as habilidades que os alunos desenvolvem em função do seu trabalho no dia a dia e no seu cotidiano; assim, cada vez mais, os professores da EJA têm de lidar com várias situações: a especificidade socioeconômica do seu aluno abaixa a autoestima decorrente das trajetórias de desumanização, a questão geracional, a diversidade cultural, a diversidade étnico-racial, as diferentes perspectivas dos alunos em relação à escola, as questões e os dilemas políticos da configuração do campo da EJA como espaço e direito do jovem e adultos, principalmente os trabalhadores. (Fonseca (2015).
A falsa caridade, da qual decorre a mão estendida do “demitido da vida”, medroso e inseguro, esmagado e vencido. Mão estendida e trêmula dos esfarrapados do mundo, dos “condenados da terra”. A grande generosidade está em lutar para que, cada vez mais, estas mãos, sejam de homens ou de povos, se estendam menos em gestos de súplica. Súplicas de Humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãos humanas que trabalhem e transformem o mundo. (FREIRE, 1997:42).
Na medida em que esta visão bancária anula o poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando sua ingenuidade e não sua criticidade, satisfaz ao interesse dos opressores: para estes o fundamental não é o desnudamento do mundo, a sua transformação. O seu “humanitarismo”, e não humanismo, está em preservar a situação de que são beneficiários e que lhes possibilita a manutenção de sua falsa generosidade. (FREIRE, 1997:83).
Meu pensamento sobre o tema é que realmente ainda falta muita estrutura e profissionais qualificados para dar aula pra o EJA, temos que se aprimorar mais e ter mais atenção para esses alunos pois eles iniciam que nem crianças de series iniciais muitas vezes sem saber ler e escrever, tem que ter um bom planejamento, adaptar matérias, tem que se manter atualizado, e tentar fazer o máximo para que menos alunos desistam e fazer que se interessem cada vez mais pelas aulas e conseguirem finalizar os estudos com sucesso. 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim deste trabalho, consegue-se observar que todos podem e devem contribuir para o desenvolvimento da EJA: deve-se haver políticas integradas para a EJA implementadas pelos governos, elaboração de projetos adequados para seus próprios alunos e não seguir modelos prontos por parte das escolas, os educadores devem estar sempre atualizando seus conhecimentos e métodos de ensino, os alunos devem sentir orgulho da EJA e valorizar a oportunidade que estão tendo de estudar e ampliar seus conhecimentos. À sociedade, cabe a contribuição com a EJA não discriminando essa modalidade de ensino nem seus educandos, e por derradeiro, as pessoas num todo que conhecerem jovens e adultos analfabetos, devem falar da importância da educação e estimulá-los a procurarem uma escola de EJA. 
Pode-se identificar também, as características que devem possuir os educadores que atuam com jovens e adultos, e a importância e o respeito as informações que os educandos trazem de seu dia-a-dia. Fazer com que os educandos sejam seres pensantes, críticos e produtores do seu próprio conhecimento, devendo isso, ser requisito básico ao professor.
 Dessa forma, de acordo com a análise feita, é evidente que um dos maiores problemas, senão a maior, é o não prestígio por parte dos educadores do seu efetivo papel de contribuinte para a consolidação do exercício da cidadania. Ainda que percebam a importância da sua prática na formação de educandos-cidadãos, ao que se percebe, os educadores não internalizaram claramente a ideia, pois, nenhuma ação concreta tem sido feita com essa finalidade para aumentar o alcance do de seu papel na sociedade. 
Com o desenvolvimento desta pesquisa, percebe-se o quanto é importante os estudos sobre novas formas de ensino aprendizagem. Sempre se deve estar melhorando e assim estar buscando novos conhecimentos, buscando despertar o interesse de nossos alunos aos estudos e que eles tenham mais vontade de estarem presentes nas aulas, participando e contribuindo. 
Possibilitando que com esse aprendizado, resultado dos esforços diários seja mais proveitoso. Muitos estudiosos no assunto a exemplo de Paulo Freire pesquisaram e estudaram sobre as formas de estudos, trazendo a aprendizagem como ciclo do dia a dia na escola. Com os estudos, pode-se estar melhorando a qualidade de ensino e tornar nossos alunos, pessoas aptas para viver no mundo moderno, tendo capacidade de pensar e tomar decisões para a vida em sociedade, tanto no mercado de trabalho como na vida pessoal. Saber tomar decisões é importante para a sobrevivência em sociedade.
5 REFERÊNCIAS
ARRARO, Paulo. Educação de Jovens e Adultos e Juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da "segunda chance". Disponível em: http ://www.emdialogo. uff.br/documento /educa%C3%A7%C3% A3o - de- jovens- e- adultos- ejuventude- o- desafio- de- compreender- os- sentido s-da- presen%C3%A7 - Acesso em: 09/12/2020.
ANASTASIOU, Lea das Graças Camargo; ALVES, Leonir Pessate. Processos de ensinagem na universidade. Pressupostos para uma estratégia de trabalho em sala. Joinville, SC: UNIVILLE, 2010.
BRASIL. LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em: 10/12/2020.
BOURDIEU. Pierre. PASSERON, Jean-Claude. Os herdeiros: os estudantes e a cultura. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014b.ANTUNES, Celso. Relações Interpessoais e autoestima. A sala de aula como um espaço do crescimento integral. 4ª ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2006.
CASTANHO, M. E. L. M. A criatividade na sala de aula universitária. In: VEIGA, I. P.A. et.al.. Pedagogia universitária: a aula em foco. 2. ed. Campinas – SP: Papirus,
2000
CURY, Carlos Roberto Jamil. Por uma nova Educação de Jovens e Adultos. In: TV Escola, Salto para o Futuro. Educação de Jovens e Adultos: continuar... e aprender por toda a vida. Boletim, 20 a 29 set. 2004. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/ salto/boletins2004/eja/ index.ht m Acesso em: 09/12/20.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Parecer CEB nº 11/2000. Disponível em: Acesso em: 09/12/2020.
FERRARI, Shirley Costa e AMARAL, Suely. O aluno de EJA: jovem ou adolescente? Disponível em: Acesso em: 09/12/2020.
FREITAS, Maria de Fátima Quintal de. Educação de jovens e adultos, educação popular e processos de conscientização: intersecções na vida cotidiana. Educar, Curitiba, n. 29, p. 47- 62, 2007. Editora UFPR.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José. (org.). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. São Paulo. Editora Cortez, 2011
MELLO, P. E. D. Materiais didáticos para a Educação de Jovens e Adultos: história, formas e conteúdo. Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. 2010. P, 254.
SOUZA, Ewerton de. Os cinco mandamentos do professor da EJA. Nova escola gestão. 28 de março de 2019. <Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2147/os-cinco-mandamentos-do-professor-da-eja> Acesso em : 09/12/2020

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