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Dissertação -ALINE SILVESTRE MENDES

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20
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO CECAP – ISCECAP
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ALINE SILVESTRE MENDES
O USO DO SEMINÁRIO COMO PROCEDIMENTO AVALIATIVO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE FORTALEZA/CE
FORTALEZA/CEARÁ
2020
ALINE SILVESTRE MENDES
O USO DO SEMINÁRIO COMO PROCEDIMENTO AVALIATIVO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE FORTALEZA/CE
Dissertação apresentada à do Curso de Mestrado da Educação da Faculdade CECAP para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação.
Orientador: Profa. Dra. Rita Maria Paiva Monteiro
FORTALEZA/CEARÁ
2020
ALINE SILVESTRE MENDES
O USO DO SEMINÁRIO COMO PROCEDIMENTO AVALIATIVO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE FORTALEZA/CE
Dissertação apresentada à do Curso de Mestrado da Educação da Faculdade CECAP para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação.
Aprovada em: ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
PhD. Dr. Damião Carlos Freitas de Azevedo
(Examinador Externo)
PhD. Dr. Álvaro Carvalho Dias da Silva
(Examinador Interno) 
Profa. Dra. Rita Maria Paiva Monteiro 
(Orientadora)
Dedico esse trabalho a todos os professores que diariamente fazem de sua profissão uma missão, que desempenham com esmero e amor apesar de tantas dificuldades; dentre esses meus maiores e eternos mestres: meus pais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida e por não ter permitido que eu desistisse apesar de tudo. 
À professora Dra. Rita Monteiro pelos ensinamentos.
Aos meus colegas de turma, em especial: Éder, Raquel, Agamenon, Carlos Alberto, Michele e as minhas queridas especiais pedagogas de Caucaia.
Agradeço também a minha família nas pessoas de minha irmã e meu cunhado por acolherem, ao meu noivo Emanuel pela compreensão e paciência, e a Dona Antônia e Senhor Djalma (meus pais) – meus melhores amigos e eternos amores.
Enfim, a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para esse momento.
[...]. Sei viver na penúria e sei viver na abundância. Aprendi a viver em toda e qualquer situação: estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou passando falta. Tudo posso naquele que me fortalece. [...]
Filipenses 4 – 12, 13.
RESUMO 
A avaliação é uma ação presente na prática pedagógica de qualquer docente. Dessa forma, discussões sobre essa temática são relevantes. No ensino superior, avaliação deve ser entendida como um processo que atua diretamente no processo de ensino e aprendizagem. A presente dissertação teve como objetivo mostrar a importância do uso do seminário como instrumento de avaliação, para isso, analisou as perspectivas dos alunos e professores do curso de educação física de uma instituição privada de Fortaleza/CE, foram identificadas as dificuldades impostas a alunos e professores quando utilizam o seminário como prática avaliativa e por fim, analisou as contribuições do seminário como procedimento avaliativo para a concepção positiva do processo de ensino e aprendizagem. Para alcançar os resultados, metodologicamente utilizou-se a pesquisa explicativa e qualitativa, como também a pesquisa de campo para aplicação das entrevistas semiestruturadas que foram aplicadas nos meses de outubro e novembro de 2019. A população alvo da pesquisa foram: 20 alunos e 20 professores de uma instituição privada de Fortaleza/CE.  Então, os principais resultados com a aplicação das entrevistas foram: as análises das respostas dos alunos e professores evidenciaram que o seminário não é aplicado de maneira que descrevem as literaturas consultadas; o seminário é um procedimento avaliativo, que infelizmente, ainda não é dominada por alunos e professores; observou-se que há uma deficiência na definição e avaliação, não ficando claro o que significa essa modalidade de avaliação. É importante destacar que a prática do seminário é de extrema importância, desde que bem orientada e organizada, e favorece a formação de futuros profissionais. Em seminários bem organizados, estudantes aprendem e ensinam. Professores, no que lhes concerne, exercem a função de mediadores do conhecimento, orientando, ensinando e também aprendendo. Por fim, essa modalidade de avaliação é importante para o processo de ensino aprendizagem, então necessita-se ter o cuidado e o rigor necessário para que atinja o objetivo central, que é a troca de conhecimento entre os discentes e docentes.
Palavras-chave: Avalição. Seminário. Ensino Superior   
ABSTRACT
Assessment is an action present in the pedagogical practice of any professor. Thus, discussions on this topic are relevant. In university education, assessment must be understood as a process that acts directly on the teaching and learning process. The present dissertation aimed to show the importance of using the seminar as an assessment tool. For this, it analyzed the perspectives of students and professors of the physical education course of a private institution in Fortaleza / CE, the difficulties imposed on students and professors when they use the seminar as an evaluative practice and finally, analyzed the contributions of the seminar as an evaluative procedure for the positive conception of the teaching and learning process. To achieve the results, explanatory and qualitative research were used methodologically, as well as a field research to apply the semi-structured interviews that were applied in the months of October and November in year 2019. The target population of the research were: 20 students and 20 professors from a private institution in Fortaleza / CE. Then, the main results with the application of the interviews were: the analysis of the responses of the students and the professors showed that the seminar is not applied in the way described by the consulted literature; the seminar is an evaluation procedure, which, unfortunately, is not yet dominated by students and professors; it was observed that there is a deficiency in the definition and evaluation, difficulting the understanding in what this type of evaluation means. It is important to highlight that the practice of the seminar is extremely important, as long as it is well oriented and organized, and favors the training of future professionals. In well-organized seminars, students learn and teach. Professors, as far as they are concerned, act as mediators of knowledge, guiding, teaching and also learning. Finally, this type of assessment is important for the teaching-learning process, so it is necessary to be careful and rigorous in order to achieve the central objective, which is the exchange of knowledge between students and professors.
Keywords: Assessment. Seminar. University education
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA	13
3 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA	18
3.1 A definição de avaliação	21
3.2 As modalidades de avaliação	23
3.2.1 Avaliação diagnóstica	24
3.2.2 Avaliação formativa	24
3.2.3 Avaliação somativa	25
3.3 Finalidades da avaliação	25
3.4 Instrumentos avaliativos a serem utilizados no ensino superior	26
3.4.1 Prova objetiva	27
3.4.2 Prova discursiva	28
3.4.3 Prova oral	28
3.4.4 Portfólio	29
3.4.5 Trabalho escrito	29
3.5 Seminário	30
4 METODOLOGIA	34
4.1 Tipo de pesquisa	34
4.2 Coleta e análise de informações	35
4.2.1 Elaboração da entrevista	35
4.3 Participantes da pesquisa	36
4.4. Lócus da pesquisa	36
5 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS	37
5.1 Análise e discussão das entrevistas semiestruturadas	37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS	43
REFERÊNCIAS	44
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PROFESSORES	48
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO ALUNOS	49
1 INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa pretende trazer uma reflexão sobre o seminário como procedimento avaliativo no curso de educação física de uma instituição privada de Fortaleza/CE.
A avaliação é uma ação presente na prática pedagógica de qualquer docente. Dessa forma, discussões sobre essa temática são relevantes. No ensino superior,a avalição deve ser entendida como um processo que atua diretamente no processo de ensino e aprendizagem.
A escolha da temática deu-se a partir da elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvidos no curso de pós-graduação a nível de especialização em Metodologia e Docência do Ensino Superior, tendo como sujeitos alunos e professores do curso de educação física de uma instituição privada de Fortaleza/CE.
A imposição para se avaliar sempre se fará presente. Sua necessidade é relevante desde a educação básica até o ensino superior. À vista disso pode-se perceber que nos debates atuais sobre educação, a avaliação no ensino superior, tem lugar de destaque.
A apreciação do seminário como instrumento de avaliação no curso superior, as perspectivas e anseios dos alunos e professores, podem, de maneira precisa, auxiliar os docentes no desenvolvimento de práticas pedagógicas melhor estruturados.
Observa-se no meio acadêmico uma ascendente busca dos professores em realizar avalições diferenciadas. Porém, é necessário ter consciência que o processo avaliativo não consiste apenas em atribuir notas a fim de decidir se o discente avança ou não em relação ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. As notas devem representar instrumentos relevantes à sondagem da aprendizagem do aluno, fornecendo subsídios ao professor para que ele contemple uma melhor abordagem pedagógica e escolha a metodologia que melhor se adeque a disciplina e ao grupo de alunos.
A avaliação é movimentada e instrutiva, seu proposito na prática pedagógica, é dar assistência ao docente, a fim de que este, proceda de maneira mais coerente, primando por um aprendizado mais efetiva do educando.
Ao pensar no processo de ensino e aprendizagem como procedimentos e práticas em que a avaliação é entendida como instrumento de aprendizagem do aluno e do docente do ensino superior, a avaliação torna-se parte do seguimento que possibilita averiguar o resultado final da concepção de conhecimento e habilidades significativas por parte do educando e professor.
Todas as ferramentas de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem hoje existentes e utilizados em universidades (testes, questionários, entrevistas, pesquisas bibliográficas, relatórios, provas escritas, seminários, entre outras), em si são úteis para os exercícios da prática avaliativa da aprendizagem no ensino superior.
Com o argumento de que a avaliação propicia incentivos à aprendizagem de diferentes competências e habilidades, faz-se, nesse trabalho, referência ao uso do seminário que possa servir como meio de construção do conhecimento dos alunos e professores, posto que no processo de ensino e aprendizagem não só os alunos devem ser avaliados, mas também o docente que deve tomar a avaliação como base para uma futura melhora de sua prática pedagógica.
Em qualquer procedimento avaliativos se objetiva que o aluno construa determinado tipo de competência e habilidade. O seminário pode ser desenvolvido de forma individual ou em grupo, viabilizando aos discentes condutas que levem em consideração a interpretação de contribuições para o desenvolvimento do trabalho feito pelo outro, como também o exercício da pesquisa e do estudo orientado de forma independente quando o seminário for realizado individualmente.
A presente pesquisa tem como objetivo geral mostrar a importância do uso do seminário como instrumento de avaliação; e específicos: 1 – Analisar as perspectivas dos alunos e professores do curso de educação física de uma instituição privada de Fortaleza/CE, 2 – Apresentar as dificuldades impostas a alunos e professores quando utilizam o seminário como prática avaliativa e 3 – Analisar as contribuições do seminário como procedimento avaliativo para a concepção positiva do processo de ensino e aprendizagem. 
Ademais, as seguintes questões foram traçadas como problemáticas norteadoras da pesquisa: as concepções de alunos e professores sobre o seminário como procedimento avaliativo tem influência sobre o processo de ensino e aprendizagem? Quais impactos desse método avaliativo sobre o desempenho de alunos e professores? Quais as dificuldades encontradas por alunos e professores quando o método de avaliação é o seminário?
Metodologicamente a pesquisa abordou os pressupostos da abordagem qualitativa. O tipo de pesquisa a ser observado foi a pesquisa de campo que contribuiu para responder a problemática do estudo e atender aos objetivos propostos. A coleta de dados foi realizada através de questionário e entrevista semiestruturada. A população alvo da pesquisa foram os alunos e professores do curso de educação física de uma instituição privada de Fortaleza/CE. Serviram de amostra para a pesquisa, que foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2019, 20 alunos e 20 professores.
Vale ressaltar que o propósito, ao pensar no desenvolvimento da pesquisa não foi somente investigar o uso do seminário como procedimento avaliativo, mas, principalmente, contribuir para que tanto alunos como professores realizem, a partir dos dados coletados, reflexões que possam contribuir para um melhor entendimento desse instrumento de avaliação.
Para contemplar as questões propostas, esta dissertação estrutura-se em cinco capítulos: a introdução com apresentação geral da temática como problemática, justificativa, objetivos e procedimentos metodológicos. O capítulo 2 - irá contemplar definições, funções e relevância das formações inicial e continuada do profissional de educação física. No capítulo 3 – a princípio será abordada a prática pedagógica do professor de educação física, a avaliação do processo de ensino e aprendizagem no ensino superior, as técnicas avaliativas que podem ser utilizadas nesse nível de ensino e posteriormente focar na técnica do seminário. No capítulo 4 – serão descritos os procedimentos metodológicos dialogados com os autores que discorrem sobre a temática. Por fim no capítulo 5, os dados coletados são trabalhados e expostos para análises e discussões. 
2 A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Os assuntos e debates sobre a formação inicial e continuada dos professores de educação física, devem acontecer com o intuito de que haja uma maior compreensão sobre as limitações na formação e posteriormente a limitação de suas práticas pedagógicas.
Segundo Metzner (2016, p. 646) “a formação inicial pode ser definida como o período de aquisição dos conhecimentos/capacidades essenciais para iniciar o exercício de uma profissão. Ou seja, o período de preparação e desenvolvimento do futuro profissional.” A formação inicial é a maneira de garantir aos futuros docentes acesso ao conhecimento técnico inerentes a suas áreas de atuação, dando-lhes sustentação para suas futuras práticas pedagógicas. É uma fase de longo e diferenciado processo de formação e desenvolvimento profissional.
Para que se entenda as reais aspirações da realidade escolar, os currículos das IES – Instituições de Ensino Superior, devem ser adaptados à história social e também aos padrões dos mercados de trabalho.
Levando em consideração a afirmação acima, percebe-se o quão árduo é o trabalho docente na escola. Por isso, faz-se necessário que os professores planejem suas atividades levando em conta a realidade da qual ele e seus alunos fazem parte.
De acordo com o artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 20 de dezembro de 1996 (Lei 9394/96) aponta que:
A formação de doentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima, para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
No tocante a formação do licenciado em educação física as IES devem preparar os futuros professores para atuarem na educação básica com o intuito, segundo Kruger (2007, p. 21-22),
[...] desenvolver ações técnicas teórico-práticas em que o conhecimento e saberes na formação do ser humano em sua totalidade;possibilitar uma formação político-social, dentro de uma abordagem histórico-crítica, em diferentes manifestações da cultura corporal, compromissada com a educação emancipatória; possibilitar uma formação técnico-profissional visando o aperfeiçoamento de habilidades, capacidades e competências necessárias ao exercício profissional docente. 
O processo de formação alinhado com racionalidade técnica, com propostas curriculares que não prezem por uma formação integral, levará o futuro professor a ser um mero reprodutor do conhecimento adquirido. Assim, esse tipo de formação não irá permitir a formação de professores com a capacidade para refletirem sobre as situações que irão surgir no processo de ensino e aprendizagem.
As ponderações sobre a formação do profissional de educação física foram intensificadas entre o final dos anos 70 e início dos anos 80. O reflexo dessas discussões culminou na proposição apresentada pelo Conselho Federal de Educação, pelo Parecer CFE No 215/87 e consolida-se com a Resolução CFE No 03/87 que propôs alguns avanços para as mudanças/reformas curriculares nos cursos superiores, definiu a duração a mínima para currículos dos cursos de licenciatura e a criação do bacharelado em educação física (BRASIL, 1987a; 1987b).
Segundo Cruz (2011, p. 36-37) “[...] a licenciatura não consegue atender as exigências de todos os espaços nos quais atuam o profissional de educação física, estando, portanto, o bacharelado apto a preparar o profissional para o outro mercado de trabalho”.
Para a atuação do bacharel em educação física devem haver espaços não formais, tipo: academias, clubes, centros de treinamento, hotéis, etc. dessa forma, considera-se que a área de atuação do licenciado configura-se em espações formais.
De acordo com Basso (1998, p. 24),
[...] o significado de seu trabalho é formado pela finalidade da ação de ensinar, isto é, pelo seu objetivo e pelo conteúdo concreto efetivado através das operações realizadas conscientemente pelo professor, considerando as condições reais e objetivos na conclusão do processo de apropriação do conhecimento pelo aluno.
O trabalho do professor de educação física deve ter como característica a constante reflexão sobre sua prática pedagógica, ajudando-o na elaboração do processo de ensino e aprendizagem. Isso quer dizer que o professor deve planejar ações condizentes aos contextos sociais, estão inseridos os alunos e a escola como um todo.
A formação docente em educação física está muito mais além do que os conteúdos práticos. Para que haja qualidade na formação desses professores deve existir na sua formação uma unidade entre teoria e prática para uma organização da prática pedagógica.
 Ao considerarem teoria e prática em seu planejamento, os professores vislumbram um novo caminho para a educação física, separando-a das práticas esportivas tecnicistas, que selecionam os mais habilidosos em detrimento da maioria.
Segundo Nóvoa (1995, p. 25) “ao pensar na formação dos professores de educação física (E.F), suas práticas pedagógicas norteiam e direcionam seu trabalho, como uma das perspectivas mais relevantes e importantes. Nesse sentido é no contexto da escola que o docente constrói a sua verdadeira identidade”. Ou seja, a convivência diária com a realidade escolar envolvendo todas as esferas que a circundam influenciaram na formação identitária desse professor. 
Fazem parte dos currículos dos cursos de formação inicial de educação física, disciplinas de caráter pedagógico, também disciplinas curriculares que remetem ao entendimento sobre análise do movimento humano, ao desenvolvimento motor.
Em virtude disso, o que se espera das IES em relação aos cursos de formação inicial de educação física é que estas deem aos futuros doentes subsídios teóricos e práticos para que eles possam ter um aporte sólido de conhecimentos, para que os futuros profissionais possam atuarem em diferentes níveis educacionais.
De acordo com Ferreira (2014, p. 44) “os professores precisam valorizar a aprendizagem dos seus e soma-las a novos horizontes de conhecimentos, os tempos de educação são complexos diante da contemporaneidade do processo de aprendizagem e conhecimento para a formação de professores.” Os docentes tem que valorizar o ato de planejar, pensar na sua prática, valorizar o processo de ensino e aprendizagem, superando a ideia que o professor de educação física é limitado a aulas práticas. 
Ao planejar o professor deve levar em consideração que os alunos aprendem de diferentes formas e em diferentes tempos. A aprendizagem dar-se nas complexas relações resultantes do processo.
Variam em números as pesquisas no tocante a formação docente; elas evidenciam a importância da formação continuada no desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional. Tal afirmação tem seu respaldo nos estudos de Romanowisk e Martins (2010, p. 295) “[...] na atualidade, a formação dos professores apresentam-se diversificada tanto em forma como em conteúdo”.
A formação continuada tem como objetivo complementar a formação inicial, e como finalidade dar um norte ao desenvolvimento do professor na procura de novos métodos que propiciem mudanças significativas nas práticas pedagógicas.
Cada momento histórico influencia a educação e consequentemente o professor deverá buscar sua atualização profissional. Baseada no dinamismo dessa sociedade contemporânea, a formação continuada busca a concepção centrada no docente como sujeito de sua prática pedagógica.
Assim, para Ferreira (2014, p. 46) “a formação continuada é significativa e tem relevância a profissionalidade docente quando consegue relacionar teoria e prática e experiência profissional para superar os desafios complexos da realidade contemporânea da profissão professor”.
É por meio da formação continuada que o professor irá aprimorar sua prática pedagógica, levando sempre em conta sua trajetória pessoal, individual e as relações interpessoais. Deve formar-se com capacidade de ter sempre a reflexão sobre suas práticas. Assim, o docente terá a capacidade de adaptação as intemperes impostas pela profissão.
Garcia (1999, p. 22) destaca as condições que acontecem as formações docentes e afirma que:
[...] num contexto onde o professor é valorizado como produtor de conhecimento e a sua prática docente é entendida como algo complexo e que recebe inúmeras influências, a formação será entendida também com a mesma complexidade e influência de diferentes fatores, crenças e experiências [...].
O professor deve ter clara consciência do quão complexa é a profissão de docente, considerando sempre, durante sua formação, os aspectos pessoais, que irão dar autonomia e segurança durante sua formação e posteriormente na sua atuação profissional.
Essa ideia do docente que reflete sobre sua prática, oportuniza uma prática docente, cujo propósito é transformar o conhecimento adquirido em atos críticos. Então, essa prática docente deve ser entendida como uma prática imbuída de cultura, evidenciando que há relação entre a formação docente, a prática docente e de mais esferas da sociedade.
Para que a formação continuada em educação física forneça subsídios para reflexões e ponderações, a fim de que aconteçam mudança no contexto social e escolar, é imprescindível que não seja levada em conta a visão simplista atribuída à disciplina.
Para Azevedo, Moreira e Silva (2010, p. 238):
No campo da educação física, estudos demonstram que a formação continuada tem se preocupado pouco com as necessidades de prática pedagógica do professor bem como do contexto escolar ocupando-se das necessidades mercadológicas e demandas do sistema de ensino e, apesar do investimento em várias inciativas de estudos e implementações na formação continuada em educação física, o cenário escolar ainda não visualiza novos saberes e prática de maneira a reinventar o exercício da docência.
Com propósito de ter-se práticas pedagógicas críticas e reflexivas, a formação continuada deve ser um método para a intervenção junto aos docentes de educação física.
A articulação dos saberes docentes, da competênciaprofissional e da prática pedagógica articulados, segundo Azevedo, Moreira e Silva (2010), são pressupostos da formação continuada. Essas interações consentem uma formação para um ambiente mais favorável para construção de novos saberes, dando um novo sentido à prática docente.
Então a formação continuada do professor de educação física deve ser caracterizada como uma prática colaborativa. O intuito dessa caracterização do trabalho de formação é gerar uma maior identificação entre os docentes de diferentes áreas para a partir disso, juntos busquem soluções para dilemas oriundos do sistema escolar.
3 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O professor desempenha uma função muito partícula dentro da escola e no ensino superior, pois é o elo de ligação entre a escola e a sociedade fora dela. Mesmo conscientes do relevante papel desses profissionais, Cunha (1996) afirma que o papel do professor não se encontra claramente definido e nem valorizado.
A ação prática está presente na rotina de qualquer profissional, portanto não se pode desconsiderar o professor como ser que é inserido em um contexto histórico e social o que influencia diretamente as suas práticas pedagógicas.
Libâneo e Alves (2012, p. 172) discorrem sobre a prática pedagógica que “[...] estamos reportando a sociais que se exercem com finalidade de concretizar processos pedagógicos”. Já Tardif (2014, p. 11) afirma o seguinte sobre os saberes pedagógicos:
Na realidade, no âmbito dos ofícios e profissões, não creio que possa falar do saber sem relacioná-lo com os condicionantes e com o contexto do trabalho: o saber é sempre de alguém que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um objetivo qualquer. [...] o saber dos professores é o saber deles, e está relacionado com a pessoa e a identidade deles, com a sua história profissional, com as suas relações com os alunos em sala de aula e com os outros atores escolares na escola etc.
Na atual conjuntura o trabalho docente tornou-se muito diverso, exigindo uma prática pedagógica organizada e adequada a cada faixa etária. À profissão docente não cabe a mera transmissão de conhecimento.
Sobre a formação docente na atualidade Messias (2011, p. 07) comenta que:
As diretrizes curriculares, como política pública, são ações que guardam intrínsecas conexões com o universo simbólico e cultural próprios de uma determinada realidade social e de um contexto histórico, que orientam a sua formulação, implementação e desenvolvimento.
Assim, seu propósito é o de elaborar orientações para a formação de professores, de maneira que poderem sobre a identidade do processo. As diretrizes devem servir de base para a confecção dos currículos dos cursos e ainda adaptados à realidade de cada um.
Farias et al. (2014, p. 68), acerca da formação docente discorrem que, “[...] trata-se, pois, de um processo no qual o professor deve ser envolvido de modo ativo, precisando continuamente de se envolver atitude de questionamento, reflexão, experimentação e interação que fomenta a mudança”.
O ponto de vista das autoras vai de encontro a postura estagnada dos processos de formação, onde os professores não são vistos como seres que produzem conhecimento.
No mundo contemporâneo, o docente deve adequar-se as exigências da sociedade na qual está inserido. Complementando essa afirmação Castro (2008, S/P.) afirma que:
[...] o papel do professor deve ser o de ajudar o aluno a desenvolver sua aptidão do pensar, através da técnica do diálogo, estimular a capacidade cognitiva do aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir, saber conviver e se conhecer. [...]. Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro.
Enfim, é relevante reiterar que a qualidade da formação docente e consequentemente da educação está proporcionalmente ligada a efetivação de políticas educacionais que valorizem o magistério.
Assim, convém estudar o saber fazendo relações com os elementos que compõe o trabalho do professor. É no ambiente escolar que o docente desenvolve seu exercício profissional.
De acordo com Verdum (2013), o significado que a prática pedagógica possa assumir varia, isto é, consiste em algo que não pode ser definido, apenas concebido, mudando conforme os princípios em que estão baseados nas ideias de cada um.
O processo educacional exige, muitas vezes, dos docentes a tomada decisões difíceis e variadas, que na maioria das vezes transcende as dependências da escola. É através do trabalho que o professor se estabelece como profissional. É nesse ambiente que o docente vai se expressar através de seus métodos e das relações com os demais professores.
Libâneo e Alves (2012, p. 172) enfatizam que “é comum considerar que as práticas docentes educativas sejam palavras sinônimas e, portanto, unívocas. No entanto, ao falarmos de práticas educativas estamos nos referindo às práticas sociais que se exercem com finalidade de concretizar processos pedagógicos”.
O momento da aula compreende as mais variadas histórias, pois os participantes vêm de distintas realidades sociais o que podem em alguns momentos, gerar relações conflituosas, contribuindo para formação da personalidade destes.
Corroborando com essa informação Freire (1996, p. 125) afirma que “a educação dialógica é uma posição epistemológica [...]”. O professor não é considerado o dono da verdade, mas sim um profissional que venha a despertar nos discentes interesses para que juntos atinjam seus objetivos.
Todavia, são necessárias alterações em padrões de ensino, em especial na educação física, através de aulas mais atrativas, construtivas, estimulantes, com estímulo consciente à criatividade. O professor prime por um processo de ensino e aprendizagem sem ser utilizada abordagem tradicional, enaltecendo os conhecimentos e habilidades dos envolvidos nesse processo.
Para que haja um melhor entendimento sobre a importância da educação física escolar devem ser buscadas ferramentas que auxiliem no processo. Uma dessas ferramentas é a reflexão sobre sua prática pedagógica. De acordo com Picollo (1993, p. 15) “[...] refletir é necessário e os resultados dessa reflexão radical e contextualizada devem ser socializadas na perspectiva de se estruturar-se a ordem estabelecida”.
Percebe-se que a reflexão constante dos professores de educação física sobre suas práticas, auxilia-os na tomada de atitudes para possíveis alterações em suas práticas pedagógicas. Dessa forma, o crescimento profissional, e consequentemente de seus alunos, se dá por meio desse processo.
De acordo com Picollo (1993, p. 13):
[...] o principal papel do professor, através de suas propostas, é o de criar condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de pensamento e ação. Assim, poderá se pensar numa educação física comprometida coma formação integral do indivíduo. Dessa forma, pode-se enfatizar o papel relevante que a educação física no processo educativo. O que, na verdade, ameaça a existência desta disciplina na escola é a falta de identidade. Ela sofre consequência por ter seu corpo teórico próprio, isso é, a informação acumulada é vasta e extremamente desintegrada por tratar-se de uma área multidisciplinar.
O professor que tem o cuidado de refletir sobre sua prática pedagógica, dificilmente a julgará sem defeitos; ao contrário, estará em constante contato com os demais docentes, observando os alunos para melhor entende-los e a partir disso planejar suas ações.
Segundo De Marco (1995, p. 77) “[...] a educação física como sendo um espaço educativo privilegiado para promover as relações interpessoais, a autoestima e autoconfiança, valorizando-se aquilo que cada indivíduo é capaz de fazer em função de suas possibilidades e limitações pessoais”. A habilidade que as crianças têm para movimentar-se é importantepara que elas possam interagir consigo e com as demais. Para que isso aconteça a prática pedagógica deve ser caracterizada pelas intenções que estão por traz do planejamento.
O professor de educação física deve possuir o domínio dos conteúdos específicos, pois sua função no ambiente escolar vai além da transmissão de conteúdo. Ser professor é ser agente transformador, e para que ele consiga desempenhar tal função, deve ter tido um aporte teórico por parte das instituições de ensino superior – IES; além disso estar sempre buscando melhorar seus conhecimentos atualizando-se em busca de uma melhora para a educação e consequentemente para a sociedade.
De acordo com Barbosa (2014, p. 43): 
Essas três características em conjunto – domínio de conteúdo, de metodologia e intencionalidade ao ensinar – é o que basicamente deve definir um educador profissional, aquele que estudou em uma instituição oficial e recebeu um diploma para o exercício da profissão docente.
É possível afirmar que todo professor é capaz de ensinar aos seus alunos as competências as quais se propôs ensinar. Mesmo com a consequência de que nem todos os alunos possuem o mesmo nível de habilidade, é dever do professor conduzi-los à progressão destas.
Assim Selbach (2010, p. 81) afirma que ajudar os alunos, “é atividade essencial em todas as aulas ou atividades em educação física que se possa ajudar os alunos em diferentes competências, graduando seu padrão de dificuldade conforme a idade, série ou ciclo em que estes se encontrem”.
O papel do professor de educação física é fundamental para o desenvolvimento integral dos alunos, seja ele de ordem afetiva, cognitiva ou motora; isso pode ser proporcionado pelas possibilidades de os alunos terem acesso a diversas experiências, através das quais eles poderão criar novos movimentos, desafiar-se, redefinir-se percebendo o seu corpo e como ele reage as diversas atividades.
3.1 A definição de avaliação
Discutir sobre avaliação, refere-se a percepção e reflexão sobre a relevância do processo educacional. A concepção tanto de alunos como de professores, tem a respeito desse processo, está de modo relacionada a seu entendimento sobre o processo educativo.
Broadfoot (1979, p.11) menciona que:
A avaliação está associada inevitavelmente à sociedade, pois o desempenho dos alunos reflete as funções que um dado sistema educativo especifico requer, uma vez que as práticas de avaliação constituem um dos mais claros indicadores da relação entre escola e a sociedade, pois elas fornecem a comunicação entre as duas.
Sob este prisma, torna-se crucial, a princípio, expor alguns conceitos a fim de um melhor entendimento de seu peso e consequências na práxis educativa. Desta forma Libâneo (1994, p. 195) conceitua avaliação como sendo,
[...] uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos a fim de constatar progressos e reorientar o trabalho para as correções necessárias.
As análises sobre a avaliação podem gerar alguns problemas por gerar preocupações em relação ao caráter técnico (o como fazer) e o caráter teórico (o que fazer). Avaliar é primordial para a evolução do processo de ensino e aprendizagem.
É necessário o estabelecimento de uma nova cultura de avaliação ligada ao progresso dos alunos, ao trabalho coletivo e sustentada em técnicas, instrumentos e procedimentos pelos quais cada discente será avaliado em relação a si e ao coletivo, por meio de critérios e objetivos claramente definidos.
Para constatar-se se os objetivos educacionais foram alcançados, é necessário que aconteça a avalição da aprendizagem. Deve acontecer a observação sobre a mudança dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, o professor deve observa-lo no começo do processo e ao final par a partir de aí constatar se os objetivos foram, ou não atingidos.
A definição e elaboração dos instrumentos de avaliação devem sempre levar em conta os objetivos a serem contemplados. Devem sugerir situações que proporcionem aos docentes enxergar o desempenho dos alunos na resolução das situações-problema. Para que haja uma credibilidade dos resultados obtidos, o professor, ao elaborar os instrumentos de avaliação, deve considerar não apenas os objetivos propostos, mas também, a realidade dos alunos e da escola.
De acordo com Luckesi (2011, p.73):
Para que a avaliação da aprendizagem possa cumprir o seu papel, como um dos componentes do ato pedagógico escolar, deve atuar a serviço de uma concepção desenvolvimentista do ser humano; caso não seja esta a concepção que norteia a ação pedagógica, a avaliação da aprendizagem não realizará o seu papel de subsidiária da ação, já que a sua função é retratar a qualidade da realidade para intervenções adequadas, tendo em vista a construção dos melhores resultados possíveis.
Para que isso aconteça, deve ser prioridade no processo de ensino e aprendizagem o desenvolvimento do aluno, que será decorrente, da prática reflexiva do professor, para que ele possa enxergar possíveis deficiências na aprendizagem dos alunos.
Portanto, o processo avaliativo é a parte mais importante do processo de ensino e aprendizagem, que compreende desde a educação básica até o ensino superior. Os processos de avaliação influenciam o modo como os alunos organizam suas atividades, planejam seus estudos, ou seja, influenciam diretamente seu desempenho acadêmico.
Conforma Garcia (2009, p. 206), de modo amplo, pode-se afirmar que existe relação entre as formas de avaliação adotadas pelos professores e as atitudes de aprendizagem apresentadas pelos alunos na graduação.
Tal informação confirma a importância do papel dos docentes na apreensão dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. Mesmo assim, as formas como os docentes, pós avalição, irão orientar os alunos, ainda depende de inúmeras análises.
O processo de ensino vem a ser a resposta programada às condições provenientes do processo de aprendizagem. Por isso, é importante que a docente acompanhe de perto a aprendizagem dos seus alunos, ao invés de preocupar-se em excesso com os conteúdos a serem ministrados. O ensino é visto como um resultado da relação pessoal do professor com o aluno.
Conforme Santos (2001, p. 70), “as instituições de ensino precisam formar seu corpo docente com professores que tenham uma autêntica vocação para ensinar, e dar-lhes todo apoio e incentivos para que o façam com liberdade e tranquilidade”.
Com o propósito de alcançar resultados positivos, além de respeitar a aprendizagem natural, o processo de ensino deveria simplifica-la e aprimora-la. A aprendizagem no ensino superior pode acontecer a partir do emprego de diversas técnicas didático-pedagógicas, que estejam pautadas na proposta, de ensino dinâmico, criativo, autônomo, cooperativo e reflexivo, e que a partir dessa nova perspectiva venham a romper com uma concepção essencialmente tradicional.
Segundo Zukowesky-Tavares (2012, p.139) “[...] os docentes são o mais precioso recurso existente no sistema educacional, e o que se observa com muita frequência é que eles vêm para a sala de aula sem a necessária competência para enfrentar mudanças no currículo e exercer seus papéis de avaliadores”.
A aprendizagem é um processo que tem início por intermédio das abstrações empíricas feitas pelo aluno e pelas reflexões sobre suas apreensões. Depois de assimilar um novo conceito que lhes é apresentado, o discente defronta-se com o novo, na tentativa de não entrar em conflito com o novo, na tentativa de não entrar em conflito consigo mesmo, procurando ordenar as informações a ele difundidas, fazendo a modificação mental entre os conhecimentos prévios e os que serão adquiridos. Entende-se então que a aprendizagem, é a percepção ativa do conhecimento e posteriormente a aplicação destes de forma racional e independente.
Conclui-se que aprender não é sinônimo de ensinar,posto que a aprendizagem acontece com o discente que é um dos agentes fundamentais desse processo. Dessa forma, é relevante que o docente compreenda de maneira adequada o processo de ensino e aprendizagem, sempre consciente de seu papel de facilitador da aprendizagem.
3.2 As modalidades de avaliação
O processo de ensino converge para o desenvolvimento biopsicossocial dos alunos com o processo de diagnosticar se os componentes do processo de ensino e aprendizagem estão contribuindo para isso ocorra.
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem fornece ao docente informações para que este realize, constantemente, uma reflexão sobre sua prática docente, a fim de observar o que deve ser revisto para um melhor desenvolvimento da aprendizagem. Em relação aos alunos, a avalição irá auxilia-los a ter consciência sobre as dificuldades, apreensões e possibilidades de melhoras.
Conforme Silva Filho (2012, p. 06), ao avaliar o professor deve levar em conta que os alunos “[...] são diferentes, tanto em no nível socioeconômico, como nas caraterísticas individuais. A avaliação possibilita o conhecimento de cada uma, da sua posição em relação a classe, estabelecendo uma base para atividades de ensino e aprendizagem”.
O ensino deve favorecer todas as crianças, sempre levando em conta que todos são diferentes em relação aos aspectos físicos, sociais e econômicos. A avaliação irá possibilitar ao professor o conhecimento de cada um dos alunos para assim planejar suas atividades. A avalição pode ser classificada em três modalidades que serão detalhadas a seguir.
3.2.1 Avaliação diagnóstica
É um tipo de avaliação que deve ser realizada sempre no início de um período letivo ou de uma unidade de ensino e ainda ao fim de períodos letivos. Assim é possível: observar se os alunos possuem níveis de habilidades necessários à aprendizagem de novos conteúdos, identificar e tentar compreender quais fatores determinam as dificuldades de aprendizagem.
Corroborando com essa afirmação Haydt (1994, p.16), afirma que a avaliação diagnóstica é,
[...] aquela realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e habilidades imprescindíveis para a novas aprendizagens e identificar suas possíveis causas, numa tentativa de saná-los.
Compreende-se então que a relevância desse diagnóstico põe em evidência os níveis de conhecimentos dos alunos para que por meio destes, o professor planeje sua prática pedagógica, privilegiando as deficiências.
3.2.2 Avaliação formativa
Sua principal característica é nomear as mais marcantes deficiências de aprendizagem que são necessárias ao desenvolvimento dos conteúdos. É formativa porque mostra como se portam os discentes diante dos objetivos assinalados para os conteúdos.
Sobre avaliação formativa Krug e Krug (2015, p. 34 e 35), afirmam que:
Após cada unidade de ensino avalia-se o desempenho de cada aluno e estabelece-se forma de trabalho para que ele resgate e construa. Essa avaliação é uma retroalimentação para o aluno e para o professor, e [...] tem efeito nivelador, é periódica e integrada ao processo de ensino. [...] então a avaliação formativa mede os avanços do aluno, ela é corretiva, niveladora, contínua e criteriosa.
Assim, essa modalidade de avaliação é constante, ou seja, todo relacionamento entre os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, funcionam como avaliações diárias, tendo como objetivo a melhoria da aprendizagem do aluno.
3.2.3 Avaliação somativa
Refere-se a avaliação feita ao fim de períodos bimestrais, semestrais ou anuais; com o intuito classificatório. Segundo Haydt (1994, p.18),
[...] a avaliação somativa consiste em classificar os alunos de acordo com níveis de aproveitamento previamente estabelecidos, geralmente tendo em vista sua promoção de uma série para outra. Isso quer dizer que ao fim dos citados períodos será atribuído um conceito ao nível de aprendizagem discente.
É um modelo que serve para observação e análise das performances individuais, assim como sobre os objetivos atingidos que foram traçados no planejamento foram ou não atingidos.
3.3 Finalidades da avaliação
Quando professores acompanham de perto o desenvolvimento dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem, atribui à avaliação um papel de extrema relevância nesse processo.
O professor tem na avaliação de seus alunos uma de suas funções, e é através dela que ele detecta as possíveis deficiências que irão expor o rendimento discente. Avaliar é corrigir e orientar; corrigir as deficiências detectadas, e orientar como fazê-lo através de suas apreensões prévias.
De acordo com Hoffmann (1998, p. 110),
O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a transformação. Os pesquisadores muitas vezes se satisfazem com a descoberta do mundo, mas a tarefa do avaliador é a de torna-lo melhor. O que implica num processo de interação educador e educando, num engajamento pessoal a que nenhum educador pode se furtar sob pena de ver completamente descaracterizada a avaliação em seu sentido dinâmico.
A interação entre professores e alunos só contribuiu positivamente para o processo de ensino e aprendizagem. Assim, o professor deve adequar-se aos objetivos traçados, considerando tudo que acontece no decorrer do processo. Após feita a avaliação, alunos e professores, em conjunto, devem realizar ponderações sobre as deficiências encontradas.
A avaliação deve ter a função de auxiliar as considerações feitas por professores quando da continuidade de sua prática pedagógica, devendo ser vinculada com a ação que servirá de auxílio às deficiências encontradas.
3.4 Instrumentos avaliativos a serem utilizados no ensino superior
Dissertar sobre a avaliação no ensino superior e seus instrumentos expressa a resposta sobre quais habilidades foram desenvolvidas, quais competências se estabeleceram e quais conteúdos o discente domina.
De acordo com Krug e Krug (2015, p. 108),
A avaliação do desempenho acadêmicos nas universidades tem sido objetivo de algumas discussões nos últimos anos em instituições sérias que realmente se preocupam se o que está ensinado está bom e o que realmente tem aprendido. Também estão estabelecendo mais seriamente os conhecimentos que precisam um nível mínimo que deve ser observado e uma abrangência que permita aos futuros profissionais decolarem nas carreiras de suas escolhas.
Se avaliar é estabelecer um diagnóstico, então é importante que o docente ao fazê-lo utilize ferramentas que contribuam de maneira positiva para o processo de ensino e aprendizagem. Sendo a avalição um processo ligado diretamente ao ensino e a aprendizagem, entende-se que os objetivos a serem atingidos é que são os determinantes de quais técnicas avaliativas os docentes irão utilizar.
Dessa forma, Masseto (2015, p. 180), “[...]. Como os objetivos educacionais são diversos, várias e diferentes também serão as técnicas necessárias para avaliar se a aprendizagem está sendo obtida ou não”.
Seguindo esse modelo de avaliação o professor deve observar o nível de entendimento do aluno antes e depois da aplicação do conteúdo, só assim ele poderá saber se aconteceram mudanças nas concepções dos alunos. Segundo Campos (2015), para que isso aconteça o professor deve ter claro quais são os objetivos para poder observar se houve e quais alterações ocorreram no comportamento dos alunos. 
Para garantir a credibilidade dos resultados obtidos, não basta o professor definir bem os objetivos do processo de ensino e aprendizagem, mas sim utilizar técnicas de avaliação que se adequem as realidades dos alunos, tanto social como acadêmica. Claramente pode-se afirmar que é inevitável e fundamental, nos cursos de graduação, a existência de estreita relação entre as técnicas avaliativas escolhidas pelos professores e as atitudes de aprendizagem apresentadas pelos alunos.
Para oferecer aos alunos um retorno sobre o desempenho deles no processo de ensino e aprendizagem no ensinosuperior, algumas técnicas são utilizadas. As técnicas avaliativas do ensino superior reincidem sobre uma gama limitada de escolhas.
Conforme Garcia (2009, p. 205),
É interessante considerar que as formas predominantes de avaliação da aprendizagem na educação superior refletem não somente as escolhas pedagógicas exercidas pelos professores, mas também as diretrizes curriculares dos cursos universitários, ou, ainda, de modo mais amplo, a própria cultura institucional que os influencia.
Assim, como esses instrumentos vem sendo escolhidos e utilizados eles não avaliam, apenas coletam dados que mostram um desempenho momentâneo dos alunos, fornecendo subsídios para uma classificação também momentânea.
Dentre esses instrumentos podem ser citados:
3.4.1 Prova objetiva
Geralmente esse instrumento tem como característica questões de marcar alternativas corretas, verdadeira ou falsa, fazer relações entre colunas ou ainda realizar o preenchimento de lacunas.
É utilizado pela facilidade de sua correção. Para Gil (2001), as provas objetivos são aquelas que satisfazem às características básicas da objetividade da avaliação, ou seja, brevidade da resposta e exatidão da correção.
O enunciado das questões deve ser o mais claro possível, com vocabulário oportuno, fornecendo aos alunos possibilidades de compreensão do que está sendo cobrado. Assim, o professor que lança mão dessa técnica deve levar em consideração um bom planejamento. Assim, segundo Masseto (2015, p. 182), “o uso da prova com teste de múltipla escolha supõe um grande planejamento dos conceitos a serem avaliados, das alternativas a serem usadas [...]”.
Em suma, não é um instrumento de simples elaboração, no entanto, se for bem confeccionado pode ser um instrumento de avaliação.
3.4.2 Prova discursiva
Esse tipo de instrumento apresenta questões que podem ser respondidas de maneira dissertativa ou com respostas curtas. Geralmente é utilizado para a avaliação de conteúdos mais complexos.
As respostas dadas a esse tipo de questão permitem aos docentes a identificação de eventual erro do aluno. É importante que os discentes estejam cientes dos critérios de correção a serem utilizados pelos professores a fim de terem o mínimo de subjetividade.
Então, Masetto (2015, p. 180 e 181), aponta como limitações para a prova discursiva: 
[...] número restrito de questões abrangendo uma amostra limitada da matéria de matéria, pela sua aparente facilidade de preparação, favorecem a improvisação por parte do professor; em geral, só há feedback para o aluno se sua resposta estava certa ou errada, perdendo-se a riqueza de encaminhamentos sobre outros aspectos da aprendizagem que ela poderia medir.
O feedback é relevante porque assim o professor e os alunos darão a devida importância ao processo de construção do conhecimento. A cada pergunta desse tipo de avaliação é atribuído um valor onde estas podem ser definidos ou como certas ou como erradas. Por ter muitas variantes, pode-se afirmar que o professor pode perceber o raciocínio do seu aluno, mesmo que nas entrelinhas, abrindo o precedente para que o conceito seja atribuído levando-se em conta o raciocínio e, poder de argumentação nas repostas.
3.4.3 Prova oral
No ensino superior o processo de ensino e aprendizagem pode ter dois lados de um mesmo processo, estabelecendo-se dessa forma uma relação dialógica entre professor e aluno.
Provas orais são instrumentos avaliativos pouco utilizados nos cursos de graduação, mesmo que a habilidade oral seja relevante para um profissional reflexivo e críticos, ao expor ideias para posteriores discussões.
Presente na vida cotidiana das pessoas, a avaliação também faz parte de processos sociais educacionais. Assim, Calomeno (2016, p. 03), afirma que nesses processos são estabelecidos “objetivos, tarefas e/ou atividades as quais são atribuídos valores, e partir dos valores, os objetivos podem ser aferidos se estão sendo alcançados ou não, e por conseguinte, as estratégias podem ser alteradas para que os objetivos pretendidos sejam atingidos”.
A prova oral é um dos instrumentos avaliativos mais antigos, porém, não é tão utilizado atualmente nas IES. Uma vantagem desse instrumento é que o professor pode observar e avaliar a criticidade contida nas reflexões dos alunos. A quantidade de alunos por sala pode ser apontada como dificuldade à aplicação desse instrumento, posto que eles devem ser avaliados individualmente o que demanda muito mais tempo.
Desta forma, além da quantidade de alunos, avaliar através da prova oral exclui o que sua fala expressa, do processo de ensino e aprendizagem.
3.4.4 Portfólio
É um instrumento de avaliação formativa, que tem o aluno como agente central do processo de ensino e aprendizagem. Assim, de acordo com Villas Boas (2004, p. 39), muitas pessoas possuem “coleção de seus trabalhos”. Enquanto alguns chamam isso de portfólio, não é o que assim entendemos. Um portfólio é uma coleção especial dos melhores trabalhos organizada pelos próprios alunos.
No decorrer da elaboração deste instrumento o professor tem como função auxiliar o aluno deixando claro que para ele suas habilidades e evolução durante a disciplina para que cada aluno tenha condições de escolher quais trabalhos irão compor seu portfólio.
Por conseguinte, é um instrumento que pode proporcionar ao discente a autoavaliação em relação, por exemplo, ao comprometimento com as atividades e sua evolução durante o processo de ensino e aprendizagem. 
3.4.5 Trabalho escrito
Pode ser elaborado individualmente ou em grupo, é basicamente de origem bibliográfica, tem o propósito de proporcionar aos alunos um contato mais íntimo com o que foi ministrado em sala de aula seguindo o modelo estabelecido pela instituição.
Cobra dos alunos a condição de garimpar informações, fichá-las, analisa-las e compara-las de maneira crítica, formulando novos conceitos que ampliem o entendimento deles sobre determinado assunto.
De acordo com Masetto (2015, p.184), “[...] o aluno não tem condições de fazer sozinho todo esse trabalho. Se não puder contar com a orientação do professor em cada parte e no todo, ele não conseguirá concluir a tarefa”. O acompanhamento por parte do professor é extremamente importante pois dependendo do tempo exigido para a entrega, a recebê-los o professor pode constatar que houve cópias por parte de alguns alunos.
3.5 Seminário
Analisando o processo de ensino e aprendizagem, de maneira abrangente, ver-se a existência de um conjunto de atribuições e habilidades que são elementares e devem ser desenvolvidos pelos discentes.
Como visto anteriormente, existem muitos instrumentos avaliativos para serem utilizados no ensino superior, porém, o cerne dessa pesquisa é o seminário como instrumento de avaliação e como ele pode contribuir para com o aprendizado tanto dos alunos quanto de professores, pois ambos são sujeitos ativos do processo de ensino e aprendizagem.
Assim, Carbonesi (2014, p. 7), afirma que:
Neste contexto pode-se abordar o uso da técnica de seminário como procedimento avaliativo que possibilita ao aluno desenvolver competências e habilidades no que se refere à pesquisa, à autonomia na busca de conhecimento, ao trabalho em grupo, à comunicação e o posicionamento crítico-reflexivo verbalizado do educando no decorrer do processo de organização e resultados do trabalho proposto.
Corroborando com Carbonesi, Lakatos e Marconi (2006, p. 31), conceituam seminário como sendo,
[...] uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Essa técnica desenvolve não só a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas também o hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos.
É uma discussão rica em ideias, os alunos participam criando um ambiente de discussão baseados nos argumentos expostos nos argumentos expostos, aprofundando e complementando as exposições feitas, colocando os discentes diretamente em contato com atividades científicas de pesquisa.
Embora o seminário seja uma técnica conhecidae muito utilizada no ensino superior, nem sempre, é uma técnica bem desenvolvida; isso tanto por parte de alunos, quanto de professores.
De acordo com Gil (2009, p. 172),
A estratégia do seminário é bem conhecida pelos estudantes universitários. Mas isso não significa que reconheçam importância da técnica; nem mesmo que a vejam com bons olhos. Provavelmente porque nenhuma estratégia de ensino tenha sido tão mal utilizada pelos professores do ensino superior.
O seminário é uma técnica avaliativa que pode ser elaborada e apresentada sob duas formas: primeiro pode ser feito de modo individual que irá proporcionar ao aluno a prática da pesquisa, e em segundo lugar o aluno aprende posicionamentos que ponderem a interpretação do outro como contribuição para o desenvolvimento do trabalho.
Ao participar de um processo avaliativo tendo o seminário como técnica, o aluno desenvolve competências e habilidades, dentre elas: levantamento de informações para discussões mais aprofundadas, uso correto da grafia para uma melhor organização da pesquisa, saber discernir as colocações críticas do trabalho em grupo, formação de uma nova gama de conhecimento a partir das pesquisas realizadas e também a compreensão sobre as intervenções feitas pelo professor no intuito de contribuir para o desenvolvimento crítico dos alunos.
Dessa forma, Masseto (2015, p. 135), conclui que o seminário, “[...] é uma técnica riquíssima de aprendizagem que permite ao aluno desenvolver sua capacidade de pesquisa, de produção e conhecimento, de comunicação, de organização e fundamentação de ideias, de elaboração de pesquisa, de forma coletiva”.
Como já mencionado, o seminário é o procedimento avaliativo que de acordo com os procedimentos metodológicos de sua confecção, insere o aluno no processo de pesquisa. A metodologia de confecção do seminário constitui-se como instrumento para instigar a curiosidade dos alunos para que estes interpretem os dados que coletarem, construindo desta forma uma postura crítica e reflexiva.
Assim Barros (2007, p. 25), afirma que o seminário é um procedimento que: [...] pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, análise e interpretação de textos e dados sobre a apresentação de fenômenos vistos sobe ângulos das expressões científicas, analíticas, reflexivas e críticas.
Com o intuito de promover a aprendizagem, o seminário deve ter como objetivo fornecer meios para o desenvolvimento de novos saberes advindos da elaboração das pesquisas; as reflexões e discussões sobre as temáticas pesquisadas proporcionaram isso.
Como ferramenta de ensino e aprendizagem, tem seu destaque quando sugerida e bem direcionada a começar dos propósitos pré-estabelecidos. Sendo para apropriar-se do conhecimento proposto a partir da definição da temática, simboliza uma probabilidade de condução dos alunos na busca por conhecimentos.
Para tanto Masseto (2015, p. 135), afirma sobre o funcionamento do seminário em duas partes:
[...] No primeiro momento, usa-se a técnica do ensino com pesquisa até a comunicação final. Na segunda parte os assuntos de pesquisa que foram distribuídos pelos diferentes grupos guardam entre si uma relação de complementação, ou de crítica que não aparece à primeira vista.
Ao lançar mão do seminário como técnica avaliativa o professor deve ter em mente a funcionalidade que esse procedimento deve ter para o aluno, que seria de auxilia-lo por meio da pesquisa, na construção de novos saberes. Durante esse processo, obstáculos irão surgir e os sujeitos que fazem parte devem buscar harmonia quando da elaboração do seminário, para garantir que seja uma proposta baseada na pesquisa e discussões subsequentes.
Debates que devem ser iniciados com o intuito que acontecem posturas críticas e de reflexões durante a confecção e exposição do seminário, todos os participantes contribuem através de suas opiniões.
Outra contribuição do seminário enquanto avaliação é o desenvolvimento da capacidade de discutir, interpretar sob diferentes pontos de vistas, o incentivo ao trabalho em grupo; situações que contribui também para a vida pós-universidade.
É de extrema importância que o professor saiba ouvir as contribuições dadas pelos alunos em virtude da confecção e apresentação do seminário. É imprescindível que o professor tenha sempre em mente que os debates e reflexões críticas que acontecem com a adoção do seminário como técnica avaliativa, tem ligação direta com as orientações feitas por parte do professor.
Por ter notória e comprovada importância para o desenvolvimento cognitivo e social do discente, as atividades em grupo devem estar presentes desde a produção do plano de atividade até sua conclusão. Consequentemente, o seminário, como atividade de grupo, na opinião de Zanon e Althaes (2010, p. 13),
[...] pressupõe envolver professores e alunos sob a lógica de trabalho colaborativo, tendo como referencial a organização didática de todo processo, evidenciando os elementos essenciais – ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, assegurando a qualidade requerida na formação acadêmica.
Afinal, como destacam as autoras citados acima, “[...] o seminário, quando articula pesquisa, ensino, avaliação e aprendizagem favorece a apropriação crítica do conhecimento” (2010, p. 13).
Por conseguinte, Masseto (2015, p.136) menciona, “[...] é uma excelente técnica quando bem compreendida e adequadamente utilizada. Por isso, vale a pena conhece-la, pratica-la e permitir que nossos alunos a descubram também”. Assim, o seminário, cuja finalidade é o desenvolvimento e aprendizagem discente, como toda atividade educacional necessita ser avaliada.
4 METODOLOGIA 
Destacam-se aqui os caminhos metodológicos da pesquisa, a metodologia ajuda a entender o processo de criação do trabalho, desde do método adotado, o tipo de pesquisa e as técnicas de coleta de dados. 
Inicialmente aborda-se o método, a escolha do método acontece de acordo com o caminho tomado para a investigação, buscando compreender como se dar o processo, então dentro das possibilidades e limitações, optou-se pelo método fenomenológico. Segundo Cristino (2007, p. 58):
A pesquisa fenomenológica parte da compreensão do viver, voltada mais para as definições das percepções dos grupos do que para conceituações. A compreensão da forma vivida na cotidianidade supõe a análise do comportamento social relacionado aos seus motivos, finalidades e racionalidade. Tal compreensão, como um método particular das ciências sociais, para a apreensão do contemporâneo, adota a investigação do mundo, da vida face à qualitativas.
Trata-se do vivido, através de uma descrição direta da experiência como ela de fato acontece e sem atribuir outras explicações casuais, Trivinõs (1987, p. 43), cita o conceito de fenomenologia abordado pelo Francês Merleau-Ponty, onde “todo o universo da ciência é construído sobre o mundo vivido e, se quisermos pensar na própria ciência com rigor, apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, convém despertarmos primeiramente esta experiência do mundo da qual ela é expressão segunda”.
A fenomenologia nos leva a construção do conhecimento, a partir da consciência do sujeito, segundo Trivinõs (1987), a realidade é construída socialmente, ou seja, o sujeito tem grande importância no processo de construção do conhecimento.
Definido o método de pesquisa, apresenta as etapas de investigação:
4.1 Tipo de pesquisa 
A pesquisa científica tem várias abordagens, entre essas, destacam-se a forma de abordagem para o problema, a forma de abordagem dos objetivos e do ponto de vista dos seus procedimentos técnicos.
A abordagem do problema pode ser de duas maneiras, através da pesquisa qualitativa ou quantitativa. No caso dessa pesquisa utilizou-se as duas abordagens, e baseado na percepção de Prodanov (2013, p.69), na pesquisa qualitativa “há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”. Nesse tipo de pesquisa é importante a interpretaçãodos fenômenos e os seus significados. Já Diez e Horn (2013, p. 27), aprofundam análise sobre a pesquisa qualitativa e dizem “que a mesma não se preocupa com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de seu objetivo [...]”.
Segundo Silva e Menezes (2001), a pesquisa qualitativa se caracteriza por ser a base para tudo que pode ser quantificável, mensurável; requerendo o uso de técnicas estatísticas, ou seja, procura medir e quantificar os resultados da investigação, elaborando-os em dados estatísticos. É apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos. Uma abordagem não anula a outra, pelo contrário, elas estão interligadas e se complementam, vai depender do ponto de vista do pesquisador. 
A pesquisa também pode ser classificada pelos seus objetivos em: exploratória, descritiva e explicativa. Neste trabalho as três formas de pesquisa são contempladas, com ênfase na pesquisa explicativa. Segundo Gil (2004, p.43), “uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que esteja suficientemente descrito e detalhado”, busca aprofundar, identificar, compreender o conhecimento da realidade, explicando a razão e a ocorrência do fenômeno 
4.2 Coleta e análise de informações 
Os dados necessários para a elaboração da pesquisa foram: levantamento bibliográfico, trabalho de campo, aplicação de questionário e entrevistas semiestruturadas. 
Então, a pesquisa bibliográfica foi elaborada a partir de material já publicado em livros, revistas científicas, teses, dissertações, jornais, boletins entre outros. Essas fontes foram disponibilizadas em meio digital e impressas. Essa etapa foi importante para traçar o corpo teórico metodológico do trabalho.
O trabalho de campo foi uma etapa fundamental para a pesquisa, foi neste momento que foram feitas as observações in loco e que foram aplicadas as entrevistas.
4.2.1 Elaboração da entrevista 
A entrevista é um instrumento de coleta de dados, são construídas perguntas que serão respondidas pelos entrevistados. Sugere-se que apresente uma linguagem clara, simples e direta, para facilitar a compreensão das questões. A entrevista pode ser estruturada, semiestruturada e não estruturada, para o trabalho presente optou-se pelo uso da entrevista semiestruturada, por dar uma certa liberdade para os entrevistados. 
Sobre a entrevista semiestruturada Triviños (1987, p.146), afirma que:
[...] tem como característica, questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novos a novas hipóteses surgidas a partir de respostas dos informantes. O foco principal seria colocado pelo investigador-entrevistado.
Foram elaboradas questões centrais voltadas para a temática, no caso, o uso do seminário como método avaliativo, como pode ser visto no apêndice (A). 
A forma de apresentação dos dados aconteceu de forma discursiva, a fim de propiciar melhor interpretação dos resultados contidos nas informações aquiridas.
4.3 Participantes da pesquisa 
Os sujeitos que fizeram parte da pesquisa foram: 10 alunos do 4o semestre do curso de educação física com idades entre 20 e 40 anos, dos quais 8 são mulheres e 2 homens; e 10 docentes, dos quais três tem idade entre 33 e 39 anos, quatro entre 40 e 47 anos e 3 entre 50 e 55 anos de idade. Dentre esses docentes oito possuem mestrado, 1 possui especialização e apenas um é graduado.
4.4 Lócus da pesquisa 
A instituição foi um Instituto de Ensino Superior localizado na cidade de Fortaleza/CE. O mesmo foi criado em 7 de junho de 2002 e tem por objetivo social contribuir para o aprimoramento das atividades educacionais, culturais, comunicações científicas e tecnológicas. Promove a democratização do ensino superior com cursos descentralizados. Assegura amplo acesso a todos e contribui para a irradiação harmônica do conhecimento e do desenvolvimento integral da sociedade. Desenvolve a educação como a base principal do crescimento local e da valorização das potencialidades da população. 
Atua em Fortaleza e em vários municípios do interior do Ceará, comprovando a cada ano a eficiência do ensino dispensado. Sempre preocupado com a qualidade e qualificação de seus colaboradores, e de seu corpo docente e discente, investe na realização de estudos e pesquisas para que se assegurem o respeito à diversidade, baseado no trabalho sério, e confiança depositada em cada parceiro.
5 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
O curso de Licenciatura em Educação Física que serviu de amostra para essa pesquisa é voltado à formação do educador, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades técnicas, metodológicas e didáticas. O curso tornará o licenciado apto a exercer a docência, prezando por comportamentos éticos e morais da profissão, com disciplinas teóricas e práticas.
O diferencial do curso de Licenciatura em Educação Física da instituição pesquisada é o desenvolvimento técnico, crítico e interdisciplinar, bem como o alto índice de aprovações em concursos públicos.
O curso de Licenciatura em Educação Física forma o profissional para que organize ou supervisione programas de exercícios físicos, sensível às características dos alunos em todas as suas dimensões: cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.
Espera-se que ao se formarem os alunos pesquisados, atuem na docência da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e no Ensino Superior, em instituições públicas ou privadas, ministrando aulas que ajudem a aumentar a concentração, sensibilizando os discentes para a importância da prática de atividade física, através dos campeonatos, gincanas, jogos e brincadeiras, danças, lutas, que favorece cada vez mais uma vida menos sedentária e estressada. Além de trabalhar diretamente na sala de aula, o licenciado elabora e analisa materiais didáticos como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros, realizando ainda pesquisas em educação física, elaborando e coordenando projetos de trabalho, de modo a atender as diferentes manifestações e expressões da atividade física escolar.
5.1 Análise e discussão das entrevistas semiestruturadas 
As análises das respostas dos alunos e professores evidenciaram que o seminário não é aplicado de maneira que descrevem as literaturas consultadas.
Segundo Oliveira (2007, p. 87), “[...] as respostas obtidas devem ser classificadas criteriosamente, observando-se as respostas similares ou convergentes para se definirem as unidades de analise que são trabalhados a luz da fundamentação teórica”.
O uso do seminário como procedimento avaliativo, foco de investigação desta monografia, direcionou a entrevista semiestruturada para questões referentes as seguintes temáticas:
A análise das respostas dos alunos a respeito da temática acerca das suas concepções sobre a avaliação no ensino superior evidenciou: que muitos ainda entendem essa modalidade como maneira de puni-los deixando claro que, embora necessária, é uma prática que deve ser revista. Segundo outras repostas há uma deficiência na definição e avaliação, não ficando claro o que significa essa modalidade. Algumas repostas obtidas deixam claro as colocações anteriormente citadas.
E1 – A avaliação no nível superior é muito válida, pois temos que testar nossos conhecimentos acadêmicos e saber o grau de conhecimento que estamos adquirindo já que usaremos mais à frente no nosso dia a dia, seja nas escolas ou nas academias, ou até mesmo na vida em sociedade. A avaliação nos ajuda a crescer tanto no pessoal como no profissional.
E2 – é válida, tem sua importância, mas creio ser uma prática que tem que ser revista.
E3 – Tem um papel essencial na qualidade do aprendizado, avaliando a prática pedagógica do professor universitário e se ele está preparado para transmitir os conteúdos. As formas de avaliação na minha concepção devem ser revistas e variadas.
E4 –Insatisfatória, pois sabemos desde o início dos estudos que prova escrita não avalia o aluno e conteúdo já feito não traz conhecimentos duradouros, como na escola já vivenciamos assim, acredito que no ensino superior deveria ser diferente, com o propósito de formar profissionais pensantes, dispostos a defender seus pensamentos e objetivos.
Em relação ao segundo questionamento se o processo de avaliação no ensino superior, avalia tanto alunos como o modo de os professores ensinarem; as respostas mostraram o seguinte:
E1 – Como o próprio nome do processo diz – ensino e aprendizagem – e ambos, tanto alunos como professores fazem parte deste, é natural que a avaliação seja mútua.
E2 – Para o aluno a avaliação irá mostrar se a apreensão dos conteúdos aconteceu, se houve ou não a assimilação dos conteúdos; já para os professores irá mostra-los se a metodologia utilizada contribui de fato para a aprendizagem do alunado. 
E3 – O rendimento do aluno será espelho do planejamento do professor. 
E4 – Mesmo refletindo o modo de ensinar do professor, o processo de ensino e aprendizagem deve com o empenho do aluno.
Outro questionamento feito para os alunos foi em relação ao conhecimento deles sobre as três modalidades de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa. A maioria não sabe definir cada um dos modelos, conforme as respostas a seguir:
E1 – Diagnóstica: é entendida como sendo um relatório da aprendizagem do aluno. Formativa: entendida como sendo uma avaliação formal do aluno. Somativa: é a soma dos aspectos citados anteriormente.
E2 – Diagnóstica: é a que avalia o aluno por meio de questionário. Formativa: avalia o aluno oralmente. Somativa: é quando há a soma dos acertos dos alunos.
E3 – Diagnóstica: é quando o professor avalia a evolução diária do aluno. Formativa: é a que proporciona o conhecimento de suas capacidades. Somativa: é quando o professor soma diversas nota para obter uma média.
E4 – Diagnóstica: tem o intuito de verificar o aprendizado e ver qual metodologia o professor deverá proceder depois dos resultados. Formativa: verifica o nível teórico da aprendizagem. Somativa: contribui para o somatório da nota do aluno.
No tocante ao que foi perguntado sobre o uso do seminário como procedimento avaliativo no ensino superior as respostas, como mostram os exemplos a seguir, que há uma preocupação por parte dos alunos com o envolvimento durante a elaboração e apresentação do seminário.
E1 – Muito importante, pois os seminários nos ajudam a treinar nossa postura como futuros professores, preparando assim nós alunos, a nos expressarmos de maneira correta e também perder o medo de falar em público.
E2 – Acredito que seja de relevância no processo avaliativo. Porque sendo bem orientado, estimula o aluno a ler, estudar e criar um senso crítico; melhora a didática e a expressão corporal do aluno.
E3 – Ferramenta válida, pois faz com que o aluno pesquise mais sobre o assunto proposto pelo professor e serve também como um treinamento ou uma experiência para futuras aulas ou apresentações de trabalhos fora do ambiente universitário.
E4 – Não deve ser o único procedimento avaliativo, porém, ele permite avaliar o desempenho da aprendizagem, bem como a postura do futuro professor. Na maioria das vezes é imposto ao aluno apresentar um seminário com um assunto o qual ele nunca viu. Em consequência disso surgem desafios e dificuldades. Deveriam ser abordados conteúdos vistos em sala de aula ou com algo com ele (aluno) se identificasse. O tempo é curto, o aluno tem pouco tempo para se preparar.
Comungando com esses posicionamentos Balcells e Martin (1985, p. 88), descrevem acerca da dinâmica do seminário: “[...] deve existir nos estudantes uma preparação acadêmica prévia, quer dizer, um mínimo de conhecimentos sobre os temas a tratar”.
Outro ponto presente nas transcrições das entrevistas diz respeito as pesquisas feitas como embasamento para confecção do seminário. O ponto comum elencado pelos interlocutores é que o seminário bem organizado e orientado servirá de treinamento para seu futuro como docente.
O segundo grupo de sujeitos da pesquisa foram os10 docentes do curso de Licenciatura em Educação Física. Quanto ao papel docente é importante explicitar aos alunos os objetivos sugerindo temas e fazendo um trabalho de acompanhamento. Ademais, é competência de o professor recomendar bibliografia mínima.
Nas palavras de Balcells e Martins (1985, p. 90):
O papel do professor no seminário consiste em coordenar as diversas atividades; orientar e guiar os alunos em todas as fases; fazer a síntese [...] no seminário, o professor é um diretor do trabalho, não é o seu executante [...] esta forma didática exige do professor dedicação, preparar e acompanhar de muito perto as investigações; ter experiência do trabalho de criação. De contrário, corre-se o risco de o seminário perder o seu valor para se transformar numa simples exposição magistral [...] 
São competências dos discentes: investigar o(s) tema(s), estudando-o(s). Devem também organizar as questões críticas visando à discussão no momento da apresentação.
Quanto ao primeiro questionamento feito aos docentes, as respostas sobre suas concepções acerca da avaliação no ensino superior, como revelam alguns fragmentos abaixo, mostraram que alguns professores universitários tem o costume de ligar o processo avaliativo como forma de estímulo à aprendizagem, e não como via para expor os resultados dos alunos.
P1 – A avalição no ensino superior deve ser um conjunto de ações baseadas na evolução e desempenho dos acadêmicos, os quais levem o mesmo a desenvolverem suas potencialidades enquanto futuros docentes.
P2 – A avaliação é um processo complexo, porém necessário, uma vez que por meio desta pode ter um diagnóstico onde o professor terá como rever e direcionar suas ações pedagógicas.
P3 – A avaliação é um procedimento que contribuirá no próprio processo de formação do estudante, levando-os a repensar esse percurso, muito mais além de suas futuras práticas enquanto profissional.
P4 – Processo necessário que se bem sistematizado será de grande importância para o processo de ensino e aprendizagem posto que ambos, alunos e professores, fazem parte desse processo.
Uma segunda questão apresentada aos professores, foi sobre se o processo avaliativo servia como instrumento para avaliar tanto alunos como professores. Os docentes como mostram alguns fragmentos a seguir, têm em comum em seus discursos que a avaliação serve sim para avaliar ambos (alunos e professores), para que assim haja uma melhor sistematização do processo de ensino e aprendizagem.
P1 – O importante na utilização da avaliação no ensino superior é corroborar com os conhecimentos dos alunos pertinentes à sua formação. No que se refere aos professores, a avaliação servirá para que o mesmo possa refletir sobre o instrumento além do resultado apresentado por cada aluno, ou seja, levando-o a refletir os aspectos positivos e negativos de como a sua prática pedagógica está sendo desenvolvida e a partir de aí significá-las.
P2 – Depende muito de como o docente avalia seus alunos, uma vez que acredito ser a avaliação um processo contínuo o qual seu resultado serve também de avaliação para o profissional docente. Serve para que ele mediar o conhecimento dos discentes.
P3 – Creio que se ambos são sujeitos de um mesmo processo (ensino e aprendizagem) todos são avaliados simultaneamente.
P4 – O professor se auto-avalia, ou seja, verifica os resultados, o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, para a partir disso sistematizar e também resignificar sua prática.
Perguntados sobre os seus entendimentos acerca do que entendem sobre as modalidades de avaliação, as respostas retratadas nos fragmentos abaixo evidenciam que ao contrário das respostas dos alunos, os docentes têm clara consciência do que significam as 3 modalidades de avaliação.
P1 – Diagnóstica: Apresenta uma prévia dos conhecimentos adquiridos pelos alunos para assim dar subsídios para o professor organizar seu trabalho. Formativa: Foge ao padrão

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