Fenomenologia e Existencialismo na Clínica na Clínica

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19/06/2020 5NNA- Fenomenologia e Existencialismo na Clínica na Clínica
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5NNA- Fenomenologia e 
Existencialismo na Clínica na Clínica
Curso de Psicologia. 2ª Chamada
Data: 19/06/2020
Professora: Dorotéa Cristo
A prova contém 10 questões de múltipla escolha, gerando um total de 10 pontos.
* Obrigatória
NOME
MATRÍCULA * 
1.
Insira sua resposta
“O ser humano não é uma consciência separada do mundo”. Em sua obra O ser 
e o tempo (1927), Heidegger supera o conceito de consciência e propõe o 
conceito de Dasein. O termo Dasein, nesta perspectiva refere-se a: * 
(1 Ponto)
2.
a) ao existir humano que se dá como um acontecer que se realiza aí, no mundo
b) à consciência que engloba as existências e os objetos considerando-os como
fenômenos.
c) que se ocupa da “existência”", que permite apreender o abstrato no concreto
d) A substância enquanto substância primeira, o ser individual, matéria
e) ao indispensável de um mundo, a substância segunda, a forma.
Opção 2
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Resposta ao Tempo
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
(Aldir Blanc)
Na canção acima, o compositor faz uma reflexão sobre o tempo e a existência. 
A vivência do tempo é uma das estruturas fundamentais constituintes do 
Dasein. Temporalizar consiste em, EXCETO * 
(1 Ponto)
3.
a) Apesar de o homem criar o seu tempo, não pode determiná-lo
b) O homem não pode controlar racionalmente o tempo
c) Ser finito, para a morte, é condição básica do homem
d) As vivências de contentamento restringem nosso temporalizar
e) O homem procura objetivar a marcha do tempo através de relógios e calendários
Opção 2
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C. A família de minha mulher e eu, somos duas coisas distintas. Dois mundos 
diferentes. Eles fazem tudo que está a seu alcance para me evitar. Se me veem 
chegar, atravessam a rua. De minha parte, finjo não os ver. Quando vamos 
visitá-los, é a custo que me dirigem a palavra- aliás, não vejo o que teríamos a 
nos dizer. Nós não temos nada em comum. Por exemplo, durante as cinco 
semanas em que minha mulher esteve no hospital, eles não me convidaram 
nem uma vez para jantar. Não que isto me incomode, naturalmente (o cliente 
ri). Se não me levam em conta, também não devo levá-los em conta. Se não me 
convidam, pelo menos não preciso convidá-los. E isto afinal, é um sossego!
T. Não estou certo de apreender exatamente o que você exprime. Você quer 
dizer que as relações entre você e eles- ainda que más- são no fundo... aquilo 
que você deseja que sejam... Ou trata-se antes de uma situação que lhe é tão 
penosa ao ponto de que você tenha, de certa forma, que se proteger, se 
“blindar” contra os sentimentos que parecem demonstrar para com você...Não 
vejo muito claramente... (ROGERS, C. R. & KINGET, M. G. Psicoterapia e Relações 
Humanas. Belo Horizonte: Interlivros, 1975)
No caso acima, dentro de uma compreensão fenomenológica existencial, 
pode-se afirmar: * 
(1 Ponto)
4.
a) O cliente apresenta problemas no plano do relacionamento interpessoal pela
dificuldade de relacionar-se consigo mesmo, com suas diferenças.
b) O cliente não é aceito incondicionalmente, e isso o leva a apresentar
incongruências para se defender
c) A fuga das relações percebidas como ameaçadoras é uma forma de resolvê-las
d) Os outros são adversários, inimigos, e o cliente busca resolver a questão reagindo
como eles.
e) O cliente apresenta comportamento neurótico e não se percebe como causa da
rejeição dos outros
Opção 2
Amanda está estudando Fenomenologia Existencial de Heidegger e 
compreende a proposta do filósofo para o ser do homem (ontologia). Ela já 
entende que o homem é um ser de relações, que está inserido em um contexto 
de relações e nele está implicado. Amanda já entende o conceito de: * 
(1 Ponto)
5.
a) ser-no-mundo
b) ser para a morte
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c) angústia
d) ser com o outro
e) espacializar
Opção 2
Um psicólogo estava pretendendo fazer o diagnóstico de uma criança, 
observando-a, sem que percebesse, no quintal de sua própria residência, onde 
poderia comportar-se espontaneamente. Notou, então, que ela a princípio 
chutava as pedras do jardim, depois as plantas e, finalmente, pegou uma 
minhoca e começou a cortá-la ao meio, com muito prazer. Considerou que a 
criança estava apresentando um comportamento agressivo, no início em 
relação às coisas inanimadas, depois às plantas e por último, em nível mais 
relevante, a um animal. Porém, como percebeu que ela estava murmurando 
algo, aproximou-se e conseguiu ouvi-la dizer, com grande satisfação: “Pronto! 
Agora você já tem um amiguinho!” Verificou, então, que ela não pretendia 
destruir a minhoca, mas, simplesmente, dar-lhe um companheiro, ou tirá-la da 
solidão. (Forghieri, Y. Psicologia fenomenológica: fundamentos, método e 
pesquisas, Pioneira, 2002). 
Em relação ao psicodiagnóstico fenomenológico pode-se afirmar: * 
(1 Ponto)
6.
a) O objetivo essencial ao psicodiagnóstico é classificar segundo as descrições do
DSM-IV ou do CID-10.
b) O clínico tem como responsabilidade esclarecer os motivos que levaram outros
profissionais a encaminharem os clientes para avaliação.
c) A formação da hipótese diagnóstica é restrita às queixas reveladas pelos clientes.
d) O processo busca identificar em que ponto de sua existência a pessoa se
encontra e que significado ela atribui a si e ao mundo
e) A integração de dados do processo circunscreve-se aos resultados da bateria de
testes
Opção 2
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O cuidado na clínica fenomenológica trás uma nova dimensão à prática 
psicológica, pois o cuidado diz de um acolhimento que é buscado pelo sujeito 
que vai até a clínica, e, portanto, precisa ser escutado. Uma característica do 
cuidado na clínica fenomenológica é * 
(1 Ponto)
7.
a) Prestar atenção tanto nos eventos ambientais antecedentes para explicar o que
esta pessoa faz e o que sente quando faz alguma coisa, assim como promover as
mudanças para ajudar esta pessoa a superar suas dificuldades.
b) Atuar com a orientação e aconselhamento, que são modalidades de intervenções
psicológicas existenciais
c) Aceitar a pessoa como ela se mostra, remetendo o indivíduo para si no sentido de
encontrar suas próprias respostas, suspendendo todos os esclarecimentos prévios,
inclusive diagnósticos
d) Equilibrar e tornar mais clara a relação do “eu” interior do paciente com seus
questionamentos internos e com os problemas do mundo.
e) interpretar o conteúdo do inconsciente bem como dos seus efeitos nas ações,
palavras e pensamentos do indivíduo, o que se faz pelo manejo de duas
ferramentas principais: a fala e a escuta.
Opção 2
Estava com raiva porque queria falar sobre algo, mas não identificava o que 
era. Telefonei para o psicólogo e ele me disse para ir ao seu consultório assim 
que pudesse. Cheguei lá e chorei durante pelo menos uma hora e então as 
palavras vieram. Ainda não sei tudo o que eu disse. Tudo o que sei é que saiu 
de mim tanta mágoa e raiva que eu jamais soube que existisse. Voltei para casa 
e parecia que um estranho havia tomado o controle de mim. Continuei a me 
sentir assim até uma noite emque, sentada, pensando, compreendi que esse 
estranho era o “eu” que estive tentando encontrar. (ROGERS, C. Um jeito de ser; 
São Paulo: EPU, 1983)
De acordo com a dinâmica ôntica da saúde, pode-se afirmar que: * 
(1 Ponto)
8.
a) A cliente está em sofrimento mental, com alteração de consciência
b) Adoecida existencialmente, confusa e com sintomas psicóticos
c) Está passando por uma crise existencial e ressignificou experiências a partir da
escuta
d) Não estava em crise, apenas necessitava de uma escuta de apoio
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e) Crise existencial com diagnóstico provável de depressão
Opção 2
A filosofia de Martin Heidegger (1889-1976) e, mais especificamente, sua 
concepção de homem e de mundo são uma importante contribuição para as 
ciências que lidam com o humano. Um dos primeiros médicos a reconhecer 
essa contribuição é Medard Boss (1903-1990), que organiza seminários 
ministrados pelo filósofo a médicos. Dessa contribuição surge a 
Daseinsanalyse. Sobre essa ciência do homem analise as afirmativas abaixo:
I – O termo ‘análise’ que compõe o nome da disciplina retira seu significado da 
etimologia grega do termo. Aparecendo pela primeira vez na Odisseia, de 
Homero. Análise significa ‘desfazer uma trama’, ‘soltar’.
II – O termo ‘Dasein’ que compõe o nome da disciplina refere-se à concepção 
de homem e mundo que a caracteriza, podendo ser traduzido por ser-aí, 
significando que a existência humana é ser-no-mundo.
III – A escolha do termo por parte de Heidegger em sua obra Ser e Tempo, de 
1927, foi “analítica” (Analytik) e não “análise” (Analyse)
IV – A Daseinsanalyse é uma disciplina filosófica, sendo, portanto, não científica 
e não objetiva. Sua contribuição à psicologia hospitalar é, portanto, muito 
limitada.
Marque a alternativa CORRETA: * 
(1 Ponto)
9.
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) I e III.
e) I, II e III.
Opção 2
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Maria vem para consulta psicológica com queixa de medo ao viajar de avião, se 
sente ansiosa, passa mal, uma vez chorou, disse preocupar-se mais quando o 
avião balança, quando tem turbulência. Refere ter medo de perder o controle, 
suas maiores preocupações atualmente são: o seu filho e sua educação e ter 
que sujeitar-se aos outros.
Considerando-se o caso acima dentro de uma perspectiva fenomenológica 
existencial, pode-se afirmar: * 
(1 Ponto)
10.
a) O medo é uma emoção importante para nossa sobrevivência, nos permitindo
evitar perigos iminentes ou fugir de perigos presentes em um determinado
momento, faz parte da existência e de nossa relação com o espaço
b) A paciente apresenta distorções cognitivas tais como: personalização, inferência
arbitrária, catastrofização, maximização, sobregeneralização e abstração seletiva.
c) A existência de Maria se dá dentro das estruturas existenciais como uma
totalidade, como a temporalidade, a espacialidade, o ser-com-o-outro, o ser-para-
a-morte, presentes no seu discurso. As possibilidades de sua existência estão
restritas. Maria não se sente livre para ser autêntica, pois sente-se presa a critérios
externos
d) A paciente apresenta aerofobia incapacitante. A reação emocional é muito
intensa, então o indivíduo passa a evitar situações em que aquilo possa acontecer.
e) A cliente apresenta um trauma, que pode ter origem na infância ou na fase
adulta, para se livrar da dor da lembrança, construiu armadilhas inconscientes. Essas
armadilhas surgem na forma de medo que sentem em certas situações, como viajar
de avião.
Opção 2
Assinale a alternativa INCORRETA: * 
(1 Ponto)
11.
a) Na expressão ser-no-mundo (dasein) cunhada por Heidegger e utilizada na
daseinsanalyse compreende-se que o indivíduo não é nada por si só; ele é, se
estiver inserido em algo; ele é sua circunstância.
b) Na expressão ser-no-mundo cunhada por Heidegger e utilizada na
daseinsanalyse compreende-se mundo como sendo a estrutura de relações
significativas em que a pessoa existe e em cuja configuração toma parte.
c) O homem, como ser-no-mundo, não se encontra encerrado em uma interioridade
psíquica mas sim, sempre, em um contexto relacional. Ser-no-mundo é ser-com.
d) O ser-no-mundo compreende um universo que é inserido em cada homem,
universo este dado a priori, antes mesmo da existência do sujeito no mundo.
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e) O termo Dasein, nesta perspectiva, refere-se ao existir humano que se dá como
um acontecer (sein) que se realiza aí (Da), no mundo, sendo o próprio existir que
consitui o aí em que se dá a existência.
Opção 2
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