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AFECÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO EM EQUINOS Gabrielle Marinho Makiak Cristo A anatomia do sistema urinário dos equinos é composta por: rins, ureteres, bexiga e uretra. O equinos é um animais que urina de 5 a 7 vezes por dia com um volume médio de 3-6 litros por vez. O animal com tenesmo vesical tende a urinar de forma lenta e dolorosa e é importante por sua vez saber observar e diferenciar de disúria ou qualquer outro sinal clinico. A anamnese do equino com sintomatologia urinária é feita com tais perguntas: início súbito ou insidioso, sintomas contínuos ou esporádicos, qual a característica da urina, o animal se alimente e ingere agua e se o animal apresenta dor ao urinar. → LEPTOSPIROSE: é uma zoonose com distribuição mundial causada pela espiroqueta Leptospira sp. A leptospirose pode desencadear diversas manifestações clínicas, sendo o rato o principal animal responsável pela sua transmissão, através de alimentos ou agua contaminada com a urina do rato. O equino se contamina através da penetração da bactéria em mucosas e pele. O animal acometido por Leptospira geralmente é assintomático, contudo poderá apresentar: abortos, apatia, redução da perdormance, uveite, blefaroespasmo, fotofobia, e em casos crônicos poderá apresentar catarata. O diagnóstico da doença geralmente é feito com anamnese e sinais clínicos, urinálise (proteinúria, piúria e hematúria), hemograma, ELISA e PCR. O tratamento na fase aguda pode- se utilizar estreptomicina (12,5 mg/kg), BID, durante 3 dias e na fase crônica, recomenda-se o uso de estreptomicina (25mg/kg) em dose única. O melhor meio de prevenção é a vacinação. → UROLITÍASE: Se inicia com formação de cristais que, em condições específicas, podem progredir para formação de urólitos (pedras) no interior do trato urinário. A maior prevalência é em machos devido a uretra ser mais estreita e mais longa que as fêmeas. A doença é obstrutiva do trato urinário de cavalos machos é rara e de baixa prevalência, mas quando ocorre é consederada uma condição de emergência. Tipos de urolitíase: Oxalato: Monoidratado: formato normalmente arredondado, superfície lisa, coloração amarelo claro com tamanho entre 2-7mm. Diidratado: Formato de roseta, superfície rugosa, coloração amarelo claro e com tamanho entre 1-15mm. Cistina: formato arredondado e superficide lisa ou lobulada com tamanho entre 2-10mm, composição química predominante cistina. Em um estudo observou-se que o cálculo com maior incidência em equinos é cístico, em segundo uretral, em terceiro renal e quarto ureteral, sendo que em 10% dos casos os equinos tinham cálculos em múltiplos locais. Os sinais clínicos são: disúria, estrangúria, polaciúria, sinais de cólica, postura de urinar repetidamente, cifose e urina com coloração anormal. O diagnóstico é feito por anamnese e observação dos sinais clínicos, palpação, sondagem e ultrassom. O tratamento é sondagem e cirúrgico. → NEFRITE: É uma doença que causa uma destruição aguda dos néfrons com causa primária oriunda de doença como leptospirose, processos tóxicos-infeccioso e septicemia em potros. Os sinais clínicos de acordo com a doença primária são hematúria, falsas cólicas, apatia, anorexia, debilidade e disúria. O diagnóstico é feito com exame clínico, cultivo bacteriano e urinálise. O tratamento indicado é tratar a doença primária, utilizar fluidoterapia, penicilina (8.000 a 24.000 UI/kg PV) e estreptomicina (25 mg/kg PV). → NEFROSE: É um processo degenerativo que acomete os rins devido ao aumento de permeabilidade, tem como causas primárias: processos toxêmicos exógenos e endógenos, intoxicações e toxinas bacterianas. Os sinais clínicos podem ser: edema, oligúria, proteinúria, lipidúria e uremia. O diagnóstico é dado por urinálise e necropsia. O tratamento é indicado é tratar a causa primária, e fluidoterapia, não sendo indicado o uso de utilizar diuréticos. → INSUFICIENCIA RENAL: aguda: Redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular eqou do volume urinário. Causas: choque séptico e hemorrágico, IC, coagulopatias, septicemias, AINE e Gentamicina. Crônica: incapacidade dos rins funcionarem adequadamente, devido ao comprometimento de 2/3 a ¾ dos néfrons, o que determina a perda de suas funções de forma progressiva e irreversível. Causas: obstrução crônica dos túbulos, pielonefrite crônica, neoplasias e hipoplasia renal. Os sinais clínicos incluíam: anorexia, pelagem áspera, odor urêmico bucal, poliúria e polidpsia, estomatite urêmica e edema ventral. O diagnóstico é feito por sinais clínicos, urinálise (aumento de uréia 100 a 250 mg/dL) e creatinina (2,0 a 20 mg/dL), através do ultrassom com diferenças anatômicas no rim (dimensão, contorno, distância entre a superfície e a junção corticomedular) e biopsia renal feita com laparoscópio guiado com ultrassom. O tratamento para os casos de insuficiência renal e crônica inclui tratar a causa primária, fluidoterapia, dieta com teor ideal de proteína, suplemento com selênio e vitamina. → CISTITE: É uma infecção de origem bacteriana que pode ocasionar cálculo vesical, paralisia da bexiga e em prenhêz avançada é mais comum. Os sinais clínicos inclui: dor ao urinar, micção frequente e com pequeno volume de urina. O diagnóstico é feito a partir dos sinais clínicos, e urinálise. O tratamento é feito com penicilina (8.000 a 24.000 UI/kg PV), estreptomicina (25 mg/kg PV), sulfa- trimetropim (15mg/kg PV).
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