Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
● DOEÇAS DA PELE DO EQUINO -pele e pelos → manto de revestimento do organismo animal, formando uma barreira de proteção ao frio, ao sol, da desidratação e das contaminações externas,sendo um dos componentes importantes na manutenção da termorregulação; do cavalo é resistente e muito sensível; glandulas sudoriparas do cavalo estão distribuídas praticamente por todo o corpo do animal, exceto nas extremidades, conferindo uma grande capacidade de suar, que associada a mecanismos de ereção dos pelos, formam um perfeito sistema de resfriamento; cor da pele é proporcionada por grânulos de melanina, conferindo, em união com a cor dos pelos, a tonalidade característica de cada padrao de coloração; ★ HABRONEMOSE CUTÂNEA - conhecida por ferida de verão > nesta época do ano proliferam as moscas predispondo ao desenvolvimento da lesão; - dermatose nodular, gerada por hipersensibilidade às larvas de helmintos gástricos dos gêneros, Habronema muscae, Habronema majus e Draschia megastoma - tais larvas > podem alcançar até 13mm de comprimento; lesão da doença está relacionada à deposição das larvas desse parasito na pele dos animais, através de moscas do gênero Musca domestica (mosca doméstica) e Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo), que são hospedeiros intermediários. ciclo normal da verminose > as moscas ingerem fezes de animais contaminados com larvas/ovos imaturas dos parasitas, e essas larvas/ovos se desenvolvem no interior das moscas até a forma infectante; as moscas com a forma infectante depositam essas larvas próximo à boca do cavalo ou no focinho, para permitir a deglutição e garantir que elas completem o ciclo biológico no sistema digestório (estômago) ou ocorre a ingestão de moscas mortas na água ou alimentação; A habronemose cutânea surge no ciclo errático , quando o hospedeiro intermediário (moscas) deposita as larvas infectantes em feridas superficiais dos cavalos ou em regiões úmidas, como olhos, lábios, narinas, prepúcio, pênis e vulva. Na região cutânea, as larvas dos parasitas são incapazes de completar o ciclo evolutivo, por isso desenvolvem um processo de hipersensibilidade no organismo, mantendo a inflamação ativa; - sinais clínicos > causam ferida de verão; lesões de pele ou escoriações onde o equino não consegue espantar as moscas vetoras das larvas; Desenvolve-se mais comumente no canto interno do olho, na linha média do abdômen e nos membros abaixo das regiões metacárpica e metatarsica; São menos comuns as localizações na cernelha, orelhas e regiões acima da articulação carpiana e da tarsiana, no pênis e prepúcio; animais que apresentam Habronemose em seu corpo, terão uma lesão nodular ou múltiplas, podendo ser ou não acompanhada por tecido de granulação; Essas feridas não cicatrizam por conta da presença das larvas, que não completam seu ciclo mantendo a inflamação ativa; Devido ao prurido intenso, há traumas no local de deposição das larvas, gerando um granuloma com bordas irregulares que não cicatriza, podendo evoluir para uma fibrose inativa, com tamanho até dez vezes maior do que no início. ferida evolui de forma rápida, podendo atingir grandes diâmetros; https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos Possui o centro ligeiramente côncavo com tecido de granulação irregular, avermeIhada e, as vezes, recobertas par crosta acinzentada ; granuloma pode evoluir atingindo grandes volumes, o que torna importante o tratamento precoce; - diagnóstico > baseado nos sinais clínicos + identificação no raspado de pele ou biópsia da lesão; -tratamento > uso de agentes sistêmicos e locais, eliminando as larvas presentes no estômago, e também fazendo o controle e eliminação do parasita cutâneo . excisão cirúrgica completa do tecido de granulação exuberante, tratamento sistêmico, curativo tópico e vermifugação por via oral; repelentes em feridas abertas; Nos casos de apenas pequenas lesões, é realizado o curativo local com pomada cicatrizante associada a um organofosforado e um vermífugo à base de Ivermectina, já que é necessário também tratar os parasitas internos, principalmente os presentes no estômago, com administração oral de pasta à base de Ivermectina; triclorfon é um organofosforado, com ação antiparasitária e sistêmica, indicado no controle da habronemose (gástrica e cutânea); Triclorsil (pó) e o Triclorsil Pasta contêm esse princípio ativo, e são altamente indicados no tratamento dessa parasitose; não responde aos tratamentos comuns de feridas, indicando-se nestas condições o uso de produtos organofosforados (triclorfom pó) através da sonda nasogastrica, dose de 25-40 mg/kg, repetindo-se a dose após 20 dias, ou organofosforados pasta, na dose de 40 mg/kg, ou ivermectina na dose de 0,2 mg/kg, ou sob a forma injetavel; Localmente, podemos utilizar a mesma formula de pomada indicada para as feridas tratadas por segunda intenção adicionando-se, porém, 9 gramas de triclorfom pó; Quando o tecido de granulação se torna muito exuberante e necessite ressecção,associar ao tratamento tópico, infusão intravenosa de organofosforados (triclorfom) dose 22 mg/kg diluído em 1 a 2 litros de solução fisiológica (aplicação deve ser lenta e interrompida a qualquer sinal que o animal manifeste de intolerância ao produto, como excitação e sudorese; sempre ter o cuidado de submeter o animal a jejum total de volumosos pelo menos 12 horas, e hídrico de 6 horas); Como opção ao tratamento convencional, em granulomas pequenos, pode-se instituir a crioterapia, utilizando-se gás carbônico ou nitrogênio líquido. -prevenção > manter as instalações limpas e construir esterqueiras, eliminando os focos de proliferação de moscas e conservando o animal em baias teladas; eliminar os resíduos de esterco rapidamente; não leva à morte, mas causa prejuízos estéticos e queda de rendimento do animal; https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/habronemose-cutanea-em-equinos ★ PITIOSE -ficomicose, oomicose, zigomicose; "tumor dos pântanos e alagadiços” -infecção invasiva, ulcerativa, proliferativa, micótica piogranulomatosa, zoonótica; -causada pelo Pythiuminsidiosum , antes denominado Hyphomyces destruens; micro-organismos se instalam no tecido subcutâneo do animal, principalmente nos membros, abdômen, pescoço e cabeça, podendo incluir a cavidade nasal, lábios e eventualmente a traquéia; -ocorre em animais de regiões tropicais e subtropicais úmidas, principalmente nos meses de verão, atacando equinos de todas as idades, sexo ou raças; tambem pode causar doença cutânea em bovinos e humanos, e ainda acometer cães e gatos; -lesões caracterizam-se, macroscopicamente, por grandes granulomas subcutâneos, preenchidos por material necrótico, amarelado, seco e friável denominados de “kunkers”; infecção se instala no tecido subcutâneo quando há lesão de pele, desenvolvendo, de forma crônica o tecido de granulação exuberante; processo de desenvolvimento da lesão se inicia com áreas de necrose formando múltiplos trajetos fistulosos com exsudação serosa intensa; A lesão evolui para formação granulomatosa com presença de fistulas; canais com secreção viscosa abundante e áreas mais ou menos circulares de massas necroticas amareladas e acinzentadas, contendo hifas e núcleos calcificados; O intenso processo reacional que se instala, e a caracteristica pruriginosa da lesao, faz o cavalo roçar a lesão em superficies ásperas e se automutilar com os dentes, estimulando ainda mais a proliferação granulomatosa, que cresce sem controle; Na maioria das vezes o processo fica restrito a pele e tecido subcutâneo. Entretanto, ocasionalmente poderá haver invasão de estruturas mais profundas, ou, até mesmo atingir a distância o trato intestinal, os ossos, pulmões, a traquéia, os linfonodos, as articulações e as bainhas de tendões, causando gastroenterites, periostites, osteomielites, artrites sépticas, laminite, pneumonia, linfadenites, e tenosinovites de extrema gravidade. -diagnóstico > baseia-se no aspecto granulomatoso da lesão; presença de áreas necróticas com fístulas e canais que secretam prurido viscoso e núcleos calcificados; Em muitos casos, há necessidade de realização de exames histopatológicos com biopsias profundas da região de transição do granuloma, auxiliando, desta maneira, o diagnóstico diferencial (reação eosinofílica, necrose de vasos sanguineos e presença de hifas). -Em razão do aspecto granulomatoso da lesão, há a possibilidade de ser confundida, no inicio, ou ser associada com tecido de granulação cicatricial exuberante, habronemose cutânea, basidiobolomicoses, e com o sarcoide fibroso ou fibroblástico, deve-se realizar o diagnostico diferencial, cultivando-se a secreção em meios especiais para fungos, para observação e isolamento do agente; -tratamento > ressecção cirúrgica profunda da massa granulomatosa, associado a terapia com anfotericina B ou cetoconazol; ● dose inicial de anfotericina B 0,30 mg/kg, na dose total diária de 150 mg, pela via intravenosa, diluída em 1 litro de glicose 5%, em infusão com agulha fina (40 x 10) e lentamente, a cada 3 dias a dose pode ser aumentada em 50mg ou 1mg/kg, até atingir um máximo de 0,8 a 0,9 mg/kg por dia ou 400 mg totais, Esta dose é administrada por até 30 dias quando o exsudato diminui, o tecido de granulação se contrai e a epitelização se inicia. Ao tratamento intravenoso, pode-se associar o usa tópico de 50 mg de anfotericina B e DMSO 20% em penso úmido que deve ser trocado diariamente, assim como a administração de 1g/15 kg, no máximo de 20 g/dia de iodeto de potássio pela via oral. A duração do tratamento em media devera ser de 30 dias; ● Devido a nefrotoxicidade da anfotericina B, é recomendável a monitorização dos rins a cada 72 horas, atraves de exames de urina e níveis sericos de ureia e creatinina, Caso estes exames indiquem alteração renal, o tratamento pode ser interrompido temporariamente e retomado após a normalização dos parâmetros bioquímicos. ● Outra precaução - flebite decorrente da forte irritação que podera ser causada na parede do vaso pela anfotericina B OBS: As drogas antifúngicas existentes não são eficientes contra o P. insidiosum. A membrana plasmática desse agente não possui ergosterol, que é alvo de ação da maioria dos antifúngicos A imunoterapia envolvendo vacinação com antígenos derivados de culturas do Pythium insidiosum tem sido recomendada em alguns países - prevenção > evitar a permanência de animais em áreas de alagadiços, ou pantanosos, devido a gravidade com que se reveste a lesão e aos altos custos do tratamento preconizado; ● MIOPATIAS -em equinos são de ocorrência comum, na maioria das vezes estão relacionadas aos exercícios físicos, podendo acometer tanto os músculos esqueléticos quanto cardíaco. -Independentemente da via etiológica, existem evidências de que as alterações miopáticas desenvolvem-se dentro de um padrão de degeneração, o que justificaria, na maioria das vezes a dificuldade em classificar-se o tipo de afecção que o cavalo apresenta e, consequentemente, a elaboração de um diagnóstico etiopatogênico com precisão. -origem: ➢ Traumática - por ruptura do músculo; Miopatia Fibrosa, Ruptura do Músculo Gastrocnêmio e Ruptura do Músculo Serrato Ventral. ➢ Inflamatória - Idiopática e por injeções intramuscular de drogas irritantes. ➢ Infecciosa - Bacteriana como na Gangrena Gasosa/tétano e no Edema Maligno; viral como na Influenza e parasitária como no Sarcocystis. ➢ Tóxica - Plantas, como a Cassia occidentalis e drogas, como a monensina. ➢ Hormonal - Por Hiperadrenocorticismo e Hipotireoidismo. ➢ Auto-imune - Na Púrpura Hemorrágica, que pode causar lesões secundárias a hemorragia muscular. ➢ Circulatória - Na Miosite Pós Anestésica localizada ou generalizada; Trombose Aórtico-ilíaca. ➢ Genética - Na Paralisia Periódica Hipercalêmica; nas Miotonias e nas Miopatias Metabólicas. ➢ Nutricional - Nas deficiências de vitamina E e selênio e em casos de má-nutrição. ➢ Exercício - Na Síndrome de Exaustão; miosites, azoturia, tying up (condição que causa cãibras musculares dolorosas no cavalo; também conhecido como Azotúria, Doença das Manhãs de Segunda-feira ou Rabdomiólise por Esforço Recorrente; é basicamente cãibras musculares; geralmente afeta cavalos em alto nível de trabalho que descansam por 1 ou mais dias e ainda são alimentados com uma dieta rica em carboidratos e com baixo teor de gordura. Ocorre mais frequentemente após 20-30 minutos de trabalho durante o primeiro exercício após um período de descanso. No entanto, também pode ocorrer como resultado do aumento da intensidade do trabalho ou de cavalos inaptos submetidos a períodos prolongados de exercício); Envolvem: Animais de performance, Repouso, Alimentação rica em CHO, Falta de preparo atlético; ➢ Atrofia caquetica (em caso de sedentarismo; Atrofia por desuso) -DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS MUSCULARES ➢ Histórico - histórico de trabalho intenso realizado pelo animal, claudicação, relutância em andar; ➢ Exame físico: • simetria • firmeza • dor • edema • temperatura ➢ Patologia Clínica: necessárioavaliar os valores séricos de enzimas musculares no caso de suspeita de lesão muscular, pois tendem a estar aumentadas quando existem danos musculares; As principalmente são a creatinofosfoquinase (CK) , aspartato aminotransferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH); Além disso, há a possibilidade de se estimar o tempo de lesão muscular, permitindo estimar qual a fase da afecção, e se o processo de dano muscular está ativo ou inativo; -CK: Seu pico de mensuração ocorre entre 4-6 horas após a lesão muscular, e a mesma tende a regressar aos valores de referência 24-48 horas após o episódio. Sua atividade sérica fica entre os seguintes valores: 109-287 unidades internacionais por litro (UI/L) -AST: em casos de necrose muscular sua elevação é mais lenta quando comparada com a CK, uma vez que seu pico é atingido entre 12-24 horas posteriores ao quadro. A tendência é que seus valores perdurem elevados por um certo tempo, uma vez que sua eliminação é realizada lentamente pelo organismo, podendo persistir por duas ou até três semana; não é específica de doença muscular, e a sua apresentação acima dos valores de referência também pode indicar hemólise celular, patologias hepatocelulares e doenças de cunho renal. -LDH: é responsável por catalisar a reação reversível de lactato em piruvato, isto se visualiza em todos os tecidos, porém é observada em maiores quantidades na musculatura esquelética. Os níveis séricos aumentam em situações de esforço físico de alta intensidade, desta maneira a mesma é mensurada a fim de se observar presença de atividade enzimática anaeróbia; embora menos específica quando em comparação com a AST e CK, essa enzima tem sua concentração elevada em casos de lesão muscular, e a duração e intensidade do exercício ao qual o animal foi exposto são relevantes para determinar o aumento desta enzima durante o trabalho. ➢ Termografia ➢ Biópsia: tipo de fibra, tipo de lesão. ● MIOSITE -processo inflamatório que acomete os músculos esqueléticos do cavalo. Pode resultar de trauma direto ou indireto sobre o músculo e ocorrer como processo secundário em um certo numero de doenças ➢ trauma indireto - pode acontecer nos grandes esforços de contração e extensão de certos grupos musculares, ultrapassando a capacidade das fibras em se contrair e relaxar. pode também ser observada como uma forma de cansaço ou fadiga muscular, nas enfermidades primárias de ossos ou articulações, como resultante do trabalho intenso e contínuo dos musculos na tentativa de manterem o eixo de gravidade do corpo. O trabalho muscular contínuo leva a grande consumo das reservas energéticas, inicialmente por metabolismo celular aeróbio, e, mais tarde, devido a deficiente oferta de oxigênio as celulas, o trabalho celular se faz em condições anaeróbias, liberando ácido lático. -sinais clínicos > ➢ Inicialmente > -discreta/ligeira incoordenação locomotora, principalmente nos membros posterior; discreta sudorese regional; -pode ter dificuldade em se movimentar espontaneamente, principalmente quando estão afetados os musculos psoas, flexores da coluna tóraco-lombar, longuissimos dorsais e glúteos > se apresentam sensiveis a palpação e pressão digital, temperatura local aumentada, pode ocorrer edema e frequentemente os músculos se encontram sob tensão -animal quando caminha parece andar desajeitado, mantendo a coluna encurvada, flexão dorsiventral (xifose), devida a dor, notadamente próximo a regiao renal -distância do passo diminui (passo curto) ➢ Nos casos de miosite aguda primária dos músculos dos membros -grave claudicação, inflamação, prostração e dor à palpação; frequente o cavalo apresentar sinais de toxemia devido a discreta acidose lática que se instala. - Diagnóstico > pesquisa laboratorial das enzimas do metabolismo das células musculares, como CK, AST, e LDH podem revela-Ias aumentada no soro sanguineo (importância para a confirmação do diagnóstico e no acompanhamento da evolução clínica durante o tratamento); Muitas vezes o diagnóstico etiológico é difícil de ser estabelecido. - tratamento > sempre sera direcionado para a correção da causa primária, e, geralmente, a eliminação das condições que determinaram a miosite produz alívio imediato do quadro doloroso; ➢ animal deve ser mantido em repouso, em baia com piquete. ➢ Aplicação de drogas anti inflamatórias - Butazolidina (fenilbutazona) 4,4 mg/kg IV, durante 3 a 5 dias, associada a miorrelaxantes - flunitrazepan 0,5 a 7,0 mg /100 kg, para alivio da dor muscular ➢ vitamina B - 0,5 a 1,0g a cada 2 dias, IM; vitamina E e selênio para melhorar os processos metabólicos das células musculares ➢ quando o quadro de acidemia se instalar, aplicar, IV, diluída em solução eletrolítica, 1 a 3g de bicarbonato de sódio para cada 1 litro de solução infundida acompanhando-se clinicamente, e, laboratorialmente pela hemogasometria, o equilíbrio ácido-base do animal ➢ fisioterapia através de natação - irá proporcionar uma rápida recuperação do metabolismo das células do músculo, ativando a circulação e relaxando as miofibras. ➢ alimentação - evitar excesso de grãos ou de carboidratos; Animais predispostos devem ter o arraçoamento reduzido a metade (metade do concentrado), 24 horas antes do trabalho, adicionada com cerca de 20g de bicarbonato de sódio. Nunca ultrapasse a capacidade física do cavalo, levando-o a fadiga e prepare-o adequadamente ao trabalho através da musculação progressiva. ● TYING-UP/ATAMENTO -é uma miopatia que acomete equinos após vigorosa atividade muscular, como em corridas e provas de adestramento; animais de temperamento nervoso, submetidos a transporte prolongado au situações de estresse também são bastante predispostos; acomete mais animais de 3 ou 4 anos por conta desses serem colocados em treinamentos; - etiopatogenia > exato mecanismo permanece, até o momento, pouco esclarecido, havendo quem a classifique ou considere como uma forma benigna da azotúria, muito embora ainda nao tenha sido comprovada a sua inter-relação; tambem pode ter como causa predisponente a alimentação dos animais com níveis elevados de grãos antes de treinamentos e de temporadas de corridas, assim como as deficiências nutricionais de vitamina E e selênio; - patogenia > caracteriza-se como um excesso de ácido lático acumulado nos músculos, devida a ativação da respiração anaeróbia e da baixa do fluxo sanguíneo decorrente do espasmo das arteríolas nutridoras, diminuindo, consequentemente, a oferta de oxigênio às células musculares. - sinais clínicos > iniciais - poucos minutos após a exercfcio, decorrente das alterações metabólicas que acometem principalmente os musculos ílio-psoas, quadríceps e glúteos; discreta incoordenação locomotora, como se estivesse "atado", sudorese, marcante tensão e dor grupos musculares afetados; Ocasionalmente - discreta congestão das conjuntivas e aumento da freqüência cardíaca e respiratória; - diagnóstico > é clínico (através dossintomas), porém os valores séricos de CK, LDH e AST são os indicadores do grau de lesão muscular e comumente estão acima dos valores admitidos para os soros de animais submetidos a exercícios forçados e de alta intensidade; Pode também ser realizada a biópsia muscular, sendo que a mesma pode ser feita nos músculos intercostais; - tratamento > ➢ repouso para os animais levemente afetados pode reverter a situação, assim como conduzi-los pela rédea, em ritmo lento (de passo) durante 30 a 40 minutos pode aliviar os sintomas. ➢ demais casos, o tratamento é semelhante a azotúria: preventivamente, em animais predispostos, reduzir a administração de concentrados pela metade 24 horas antes da corrida ou prova; administração preventiva de vitamina E e selênio (1x por semana durante 4 semanas; ação antioxidante, agindo como coadjuvante ao tratamento), administração de bicarbonato de sódio na alimentação antes dos exercícios retorno gradual ao exercício. - prognóstico > reservado, pois não retornam aos níveis de perfomance; ● MIOGLOBINÚRIA PARALÍTICA (AZOTÚRIA)/LUMBAGO - CIÁTICA - DOENÇA DA MANHÂ DA SEGUNDA FEIRA/RABDOMIÓLISE/MIOSITE PARALISIA -enfermidade que acomete principalmente eqüídeos que são alimentados com dietas ricas/com excesso em carboidratos e proteínas e estão por longos períodos sem atividades físicas. -causa grave destruição muscular em cavalos; - Geralmente manifesta-se em animais submetidos a exercícios, não importando a intensidade deles, após período de descanso e inatividade, em que o alimento com excesso de grãos for oferecido a vontade (excesso de armazenamento de glicogênio na musculatura) ou exercícios excessivos e inadequados; - sinais clínicos > azotúria pode aparecer poucos minutos após o exercício ou na forma hiperaguda durante o exercício, com manifestações de fadiga muscular, rigidez a locomoção,incoordenação motora, dor e tremores musculares; insistência em se manter o exercício pode intensificar os sintomas ocasionando incapacidade do cavalo em permanecer em pé, podendo ate cair; músculos afetados - glúteos, quadríceps e ílio-psoas > tensos, firmes, contraídos, edemaciados e sensíveis quando palpados; podem apresentar intensa sudorese, taquicardia e taquipneia; temperatura pode atingir 40,5°C; urina frequentemente apresenta coloração "avermelhada", "marrom" ou até "enegrecida", dependendo do grau de severidade das leses musculares e da mioglobina eliminada pelos rins, dando 0 o aspecto de "cor de café"; -As lesões musculares são decorrentes do excesso de ácido láctico produzido pelo metabolismo de "queima" do glicogênio durante a realização do exercício; o ácido láctico acumulado nos músculos destroi as células liberando grande quantidade de mioglobina, que é filtrada através dos rins, dando a cor característica a urina; excesso de ácido láctico circulando na corrente sanguínea leva ao desequilíbrio ácido-base, responsável pela acidose metabólica que desencadeia aumento da frequencia cardiaca, respiratória e congestão das conjuntivas; sequela mais grave da liberação de mioglobina pelos músculos sao as lesões produzidas nas estruturas tubulares dos rins durante a filtração, causando nefrose que pode levar a morte por insuficiência renal. - diagnóstico > baseado no aparecimento brusco dos sintomas após o exercício e em cavalos que são superalimentados com dietas ricas, principalmente em grãos, durante os períodos de repouso ou inatividade; valores sericos de CK, LDH e AST são indicadores do grau de lesão muscular e comumente estão acima dos valores admitidos para os soros de animais submetidos a exercícios forçados e de alta intensidade; necessario a realização do diagnóstico diferencial para eliminar a possibilidade de laminite e de trombose das arterias ilíacas, muito embora a laminite possa ocorrer secundariamente ao quadro de azoturia, agravando o prognóstico - tratamento > deve ser instituído o mais rápido possível com fluidoterapia ringer lactato, tranquilizantes para tranquilizar o animal nervoso e reduzir as dores musculares; vitamina B1 ; vitamina E e selênio (incerta mas sua ação sobre o metabolismo célular justifica o uso profilático na tentativa de evitar a reincidência) ; anti-inflamatórios não esteroides (fenilbutazona 4-8mg/kg IV; utilizar com cautela em animais desidratados e com rabdomiólise pelo risco de agravar danos renais por causa de potencial nefrotoxidade ), corticosteróide (dexametasona 0,1-0,2mg/kg IV ou succinato sódico de prednisolona 1-2mg/kg IM durante 2 dias), uma vez que, produzem relaxamento dos esfíncteres capilares e melhoram a perfusão tecidual; bicarbonato de sódio 5 a 10% 0,5 ml/ kg lentamente IV, controlando a dose total observando o ritmo e a profundidade da respiração ou reposição de fluido ringer lactato para assegurar uma adequada perfusão renal; Monitorar continuamente os rins, observando o fluxo de urina, volume e coloração,durante todo período de tratamento; Algumas vezes a animal poderá apresentar cianose - oxigenioterapia de emergência; devem ser mantidos em baias arejadas, limpas e com cama alta e macia; movimentos de locomoção,mesmo quando conduzidos pelo tratador, devem ser evitados para não agravar o quadro; retorno ao exercício deve ser lento e gradual; animais em decúbito devem ser protegidos das lesões decubitais e de auto-injúrias; efeitos da fisioterapia ocorrem porque os métodos e técnicas adotados alcançam a rede nervosa, os sistemas linfático e sanguíneo aumentando a irrigação periférica, consequentemente a concentração de eritrócitos, oxigênio e nutrientes, promovendo a correção do desequilíbrio hidroeletrolítico, recuperação muscular mais rápida e alívio da dor > duchas na musculatura por 20 minutos durante 7 dias; compressas quentes e massagens nos músculos são realizadas para aumentar a circulação e conter a dor; hidroterapia em praticamente todos os problemas nos quais se preconiza manter ou recuperar o condicionamento físico, capacidade aeróbica e as estruturas musculares; - Preventivamente > nos períodos de repouso ou inatividade, reduzir a administração de concentrado pela metade, ofereçer alimentos verdes e propiciar exercícios leves para a manutenção da forma ffsica e do tônus muscular; alimentação do cavalo deve ser predominantemente composta por capim ou feno de gramínea de boa qualidade, evitando excesso de concentrado para o animal em repouso; suplementação com vitamina E e Selênio que possuem efeito preventivo em lesão muscular induzida por radicais livres; -prognóstico > bom, se o cavalo permanece em posição quadrupedal, tranquilo e se a taquicardia se resolver dentro de 24 horas. ● PARALISIA HIPERCALÊMICA PERIÓDICA (HYPP) -acomete certas linhagens de cavalos da raça Quarto de Milha, desencadeando episódios intermitentes de contrações musculares tônico-clônicas (tremores e fasciculações), seguida de fraqueza generalizada (associada a um aumento na concentração de potássio sérico), semelhante ao quadro clínicoem humanos - etiologia > Acredita-se que ,assim como no homem, a doença seja hereditária com genes dominante autossômico, decorrente de mutação em genes que atuariam nos mecanismos de transporte de água e íons entre os meios intra e extracelular, interferindo dessa maneira, decisivamente no potencial de membrana em repouso e no potencial limiar, significando que a fibra muscular estará mais ou menos excitável. Os animais homozigotos, embora raros - menos de 09% dos casos - seriam mais predispostos a manifestarem a afecção do que os heterozigotos. -sinais clínicos > variam em intensidades diferentes; crises são imprevisíveis, e condições como massa muscular pronunciada, estresse e treinamento, são situações muito importantes durante a avaliação do quadro. Entretanto, as crises podem se manifestar independentemente de qualquer das condições acima referidas, sem que aparentemente haja uma justificativa aparente para tal; tem como características episódios intermitentes de fasciculações ou ondulações musculares involuntárias em que o garanhão apresenta contrações musculares que favorecem a aparência de musculatura desenvolvida; caracterizada por episódios intermitentes de tremores musculares, generalizados ou localizados em certos grupos de músculos, seguida de debilidade e aspecto trêmulo; crises podem durar períodos de poucos minutos a várias horas, levando o animal ao colapso; morte pode ocorrer por parada cardíaca ou falência respiratória; Eventualmente, as crises podem ser acompanhadas por respiração ruidosa devido a comprometimento da musculatura da faringe e da laringe; Os animais afetados permanecem completamente conscientes durante a crise, e devido a fraqueza que se instala, podem adotar atitude de "cão sentado"; Outros sinais - prolapso com movimentos de tremores da membrana nictitante, atitude ansiosa ou nervosa, conjuntivas e mucosas congestas e fezes amolecidas; em alguns casos; recuperação da "fraqueza" muscular e a deambulação poderá ocorrer de forma espontânea e progressiva -diagnóstico > através do padrão clínico da manifestação da doença, excluindo outras causas de alterações eletrolíticas (como falência renal crônica, utilização de drogas excitantes ou relaxantes de musculatura e principalmente a rabdomiólise difusa); Exames laboratoriais - durante os episódios de crise da doença, os níveis de potássio sérico, que em um animal normal, ou fora de crise, situam-se entre 3 a 5 mEq/L, poderá atingir picos de 7 a 9 mEq/L, e regredirem rapidamente a níveis normais, logo após cessarem as manifestações do episódio; Podera tambem, haver hemoconcentração e elevação da proteína total com manutenção do equillbrio ácido-base dentro dos parâmetros de normalidade; A identificação de animais predispostos ao "HYPP", ou a confirmação da suspeita, pode ser efetuada com o teste do potássio e o teste sanguineo de DNA. 1. teste do potássio - consiste na administração de 0,08- 0,13 g/kg, de cloreto de potássio diluído em 3 litros de água, via sonda nasogastrica; Este teste frequentemente provoca a crise em 1 a 4 horas, nos animais susceptíveis. 2. teste sanguineo de DNA - realizado em laboratórios especializados para tal, detecta a presença ou ausência de mutações genéticas específicas, que regulam o funcionamento dos canais de sódio, permitindo com elevado grau de confiabilidade, a identificação dos animais positivos (heterozigotos e homozigotos) e negativos. OBS: Atenção especial deve ser dada ao diagnostico diferencial com apoplexia, tying-up e cólica; -tratamento > ➢ nos picos de crise - Aumentar a entrada de potássio na célula elevando teores de sódio e cálcio na dieta > administração lenta IV de gluconato de cálcio a 20% na dose de 0,2-0,4ml / kg, diluido em glicose a 5%. alternativa - infusao IV rápida de 1 a 2 mEq/L de bicarbonato de sódio ou 4,4 a 6,6 ml/kg glicose a 5%, quando esta não tiver sido utilizada; ➢ fluidos eletrólitos tem que ser livres de potássio, pois o potássio podera causar agravamento do quadro clínico aplicação de insulina e de salbutamol, auxilia na reversão dos sintomas. -prevenção > impedir que animais susceptíveis se reproduzam; Alimentos ricos em potássio, como alfafa, devem ser reduzidos ou mesmo retirados da dieta do cavalo, os exercícios físicos realizados moderadamente; administração de 2 mg/kg, VO, de acetazolamida, 2x ao dia, controla os níveis séricos de potássio (eleva a excreção renal de potássio), possibilitando ao cavalo um manejo físico e alimentar praticamente normal. ● MIOPATIA PÓS-DECUBITO E PÓS-ANESTESIA. - desencadeada após longos períodos de decúbito por contenção ou sob anestesia geral, decorrente da hipóxia nas células em grandes grupos musculares e, ocasionalmente, pode estar acompanhada de compressão de nervos. o processo se inicia devido à compressão e o comprometimento da rede circulatória que irriga os corpos musculares que, em situações de anestesia geral, pode ser agravado pela vasodilatação e redução do débito cardiaco, e, consequentemente, da pressão sanguinea, desencadeada pela utilização de drogas tranquilizantes e do anestésico. -Na maioria, os músculos que podem estar comprometidos quando o decúbito for lateral - masseter, triceps braquial, quadriceps femoral, e os extensores dos membros posteriores; no decúbito dorsal - longuissimo dorsal, iliocostal, glúteo medio e vasto lateral. -mais frequente em procedimentos com duração maior que 2:30h - sinais clínicos > Clinicamente os músculos comprometidos se apresentam semelhantes ao observado nas miopatias de esforço; firmes, edemaciados, sudorese localizada; hipertermia, músculos encontram-se sob tensão, dor a palpação, prostração e inflamação; Na dependência do grupo muscular comprometido, o cavalo pode adotar posturas anormais - diagnóstico > com base nos sinais clínicos de posturas anormais e de impossibilidade de apoio do membro anterior correspondente ao lado do decúbito, relutância a marcha e discreta xifose, nos casos em que o decúbito foi dorsal; elevação dos níveis séricos de CK e AST -tratamento > ➢ uso de miorrelaxante (Acepromazina) e de antiinflamatório não esteroidal e analgésicos; ➢ fluidoterapia com o intuito de se manter a perfusão renal e, nos casos mais graves, há a possibilidade de ocorrência de mioglobinúria; ➢ fisioterapia e massagens nos grupos musculares comprometido; ➢ administração de vitamina E e selênio por via sistêmica. -Profilaxia > ➢ Posicionamento adequado - evitar posições desconfortávei quando o animal estiver em decúbito, proporcionar que a superfície de contato com o corpo não seja dura, quer seja durante a contenção, ou mesmo no período de recuperação anestésica. ➢ controle do anestésico e da PA - Nas anestesias gerais deve-se evitar a hipotensão por longo tempo,o que ira proporcionar uma recuperação mais rápida e segura; ➢ acolchoamento adequado da mesa de cirurgia ou a forração com palha ou maravalha,do piso ou solo,nas contençõesem decúbito com o animal tranquilizado,evitam o desencadeamento da miosite. ● EPISTAXE - rinorragia; -significa a saída de quantidade variável de sangue através das narinas, podendo ser uni ou bilateral. - etiologia > constitui sempre um acontecimento secundário a qualquer 1. processo traumático das vias aéreas anteriores/superiores 2. afecção, previamente estabelecida, nas vias aéreas posteriores/inferiores 3. lesões traumáticas sobre a cavidade nasal e as fraturas de ossos nasais/frontais, seguida pela hemorragia causada pela passagem mal-conduzida de sonda nasogástrica, ou em cavalos com fragilidade vascular decorrente de endotoxemia ou alterações nos fatores de coagulação; Nestas situações, o sangue pode fluir por uma ou ambas as narinas e quase sempre a hemorragia é copiosa > mais comuns 4. Menos frequentes - provenientes de processos de ulceração micótica dos vasos sanguíneos das bolsas guturais, e de lesões da laringe e traqueia. 5. doenças respiratórias agudas, principalmente as virais, doenças respiratórias crônicas, como broncopneumonia crônica, enfisema alveolar e doença pulmonar crônica, ou mesmo em presença de lesões pulmonares abscedantes. Em todas estas situações, quase sempre existe um quadro prévio de um problema respiratório concomitante ou anterior a epistaxe; sangue pode fluir por ambas as narinas com o animal em repouso ou alguns minutos após o exercício; 6. hemorragia pulmonar por exercício intenso ou esforço > Com o excesso de esforço muscular, a demanda de oxigênio circulante não é suficiente, aumentando o débito cardíaco de seis a oito vezes, fazendo com que o fluxo sanguíneo se eleve consideravelmente, este sangue deverá passar pela circulação pulmonar, na qual recebe o oxigênio. Para comportar esse aumento de fluxo ocorrerá a dilatação dos vasos pulmonares, diminuindo assim, a resistência pulmonar. Durante o exercício físico, o equino apresenta a pressão arterial pulmonar acima dos valores de outras espécies, assim essa alta pressão intravascular combinada com a exigência física intensa leva ao extravasamento de eritrócitos dos capilares pulmonares, o que caracteriza o quadro de HPIE; teorias explicam a HPIE, a mais antiga acredita que a hipertensão pulmonar e o edema são os mecanismos de ação , já as mais recentes, apontam que fatores como a hiperviscosidade provocada pelo exercício, o trauma mecânico pulmonar contínuo pelo impacto do movimento do sistema locomotor e lesões inflamatórias e obstrutivas das vias aéreas, sobressaem como causas e mecanismos fisiopatológicos para a ruptura da membrana dos capilares pulmonares - sinais clínicos > variável; desconforto, hiperpneia, taquicardia; as vezes ruído estertoroso durante a expiração quando o volume de sangue é relativamente pequeno; - tratamento > Se for traumático e for necessária a correção cirúrgica das vias aéreas anteriores, é preciso inicialmente conter a hemorragia e evitar que o animal inspire o sangue e não se asfixie; ➢ mantenha-o de cabeça baixa ➢ aplique pela via intravenosa 100-200ml de gluconato de cálcio a 10% ➢ 0,5 a 1,0 mg/kg succinato de estriol pela via intravenosa; hemorragia deverá estar estancada em torno de 5 a 10 minutos. ➢ compressas frias e bolsa de gelo na região nasal ➢ Nos casos de hemorragia nasal após passagem mal-conduzida de sonda nasogastrica aguarde ate 15 minutos, se o sangramento não ceder trate como no caso anterior e investigue uma possível alteração sanguínea quanto aos fenômenos de coagulação. ➢ Nas epistaxes provenientes de problemas das vias aéreas posteriores (problema respiratório), o exame clínico minucioso deve revelar a origem do processo. Investigar e tratar; endoscopia pode ser realizada para poder identificar o local da hemorragia e, dessa forma, conduzir o exame clínico, para um diagnóstico definitivo, e uma terapêutica adequada para cada caso em particular. Caso se instala quadro de anemia devida a perda de sangue, providenciar imediatamente a transfusão sanguínea. ● SINUSITE -processo inflamatório e infeccioso que acomete os seios, principalmente os paranasais, como maxilar (concha superior e inferior) e frontal; seio maxilar comunica-se com a cavidade nasal através da abertura nasomaxilar, assim como o seio frontal com o maxilar através do orifício frontomaxilar. -de acordo com a sua etiopatogenia , podem ser classificadas em primárias e secundárias ➢ primárias - decorrentes de infecções do trato respiratório anterior, causadas frequentemente pelo Streptococcus equi e Streptococcus zooepidemicus, sendo mais rara a ocorrência do granuloma estafilocócico (botriomicose). ➢ secundárias - dentes fraturados, deslocamentos dentários, mal-posicionamento dentario, lesões da coroa ou qualquer processo periodontal que culmine em alvéolo-periostite; Ocasionalmente processos tumorais benignos e malignos, ou traumas abertos com fraturas ósseas podem evoluir para comprometimento dos seios; forma mais severa de comprometimento dentário com evolução para sinusite é a pulpite secundária a infecção de fratura dentária longitudinal completa, ou de necrose de cemento; processo inflamatório inicial evolui para o alvéolo, membrana periodontal, cemento e membrana mucosa do seio. organização da osteíte alveolar e da osteólise, poderá culminar com a formação de granuloma apical, que, em geral, apresenta intensa reação tecidual local. - sinais clínicos > acúmulo de pus de características Líquidas a grumosa no interior dos seios, e que pode passar para a cavidade nasal e fluir pelas narinas; fluxo poderá se intensificar quando o animal abaixa a cabeça,e se o conteúdo purulento for bastante fluido; na maioria das vezes, manifesta-se unilateralmente, no entanto, quando bilateral, e estiver fluindo pus por ambas as narinas, o quadro clínico poderá estar revestido de muita gravidade; Eventualmente, a comunicação do seio com a cavidade nasal pode estar obstruída por massa purulenta grumosa, o que impedirá a observação de fluxo nasal purulento; Nestes casos, é comum a observação de abaulamentos dos ossos da face , destruição óssea e fistulização do processo para o exterior ; Raramente as que se cronificam evoluem do seio frontal através da placa cribiforme e desenvolvem meningoencefalite purulenta - diagnóstico > baseado principalmente na deformidade da região do seio comprometido e depende da etiopatogenia, da presença de fístula, corrimento nasal purulento, apatia e som maciço à percussão do seio; sinusites secundárias, na maioria das vezes, produzem pus de odor fétido, e pode, ocasionalmente, ser devida a infecções com germes anaeróbios. Nas sinusites primárias é importante que se observe se o animal não apresenta sinais de garrotilho ou infecção respiratória anterior, ou que estas não tenham sido convenientemente tratadas quando se manifestaram no cavalo. Já nos processos secundários a lesões dentárias, animal Irá apresentar intensa halitose e alterações nos dentes da arcada superior(maior frequência) principalmente no 1° molar, 4° e 3° pré-molares; percussão dos seios demonstrará sons de tons submaciço a maciço. avaliações dos seios comprometidos através dos Raios-X, possibilitam a avaliação da gravidade das lesões ósseas, localização dos dentes envolvidos e a extensão da infecção. Raramente os seios apresentam comprometimento secundário devido a processos circunvizinhos, como tumores localizados na esfera oftálmica, e por hematoma etmoidal ; Nas sinusites primárias, sem presença de fístulas secretoras, a identificação do microorganismo causador da infecção poderá ser realizada por colheita de amostras através de trajeto ósseo preparado par pequena trepanação,sendo o material cultivado em meio aerobico e anaerobico, e realizado o antibiograma - tratamento > ➢ consiste no combate ao agente etiológico e a drenagem do conteúdo dos seios ➢ drenagem - realizada por trepanação e lavados com soluções anti-sépticas (permanganato de potássio solução 1:3.000 ou iodo-povidine solução 1%); deve ser acompanhada da antibioticoterapia sistêmica; Infusões no seios, com soluções de metronidazol 0,5% são mais efetivas no combate aos germes do que as realizadas com os antibióticos que podem sofrer interferencias do pH e de matéria orgânica em suspensão, principalmente em cultivos positivos para germes anaeróbios. ➢ envolvimento dentário - extração dos dentes comprometidos, e tratamento com a curetagem do seio e do alvéolo correspondente; Nestes casos, a frequência dos lavados - seio e alveolo - deve ser de no mínimo 3 vezes ao dia para que não ocorra interferência de restos de alimentos na reparação da ferida cirúrgica. ➢ sinusite crônica, em que as respostas aos tratamentos instituídos forem insuficientes para debelarem a afecção, devemos adotar a trepanação ou osteotomia com abertura óssea em forma de "flap", para a drenagem do conteúdo e o debridamento cirúrgico. Neste, é frequente a ocorrência de extensa necrose óssea, de osteíte e de agravamento dos sinais inflamatórios, devendo ser utilizado apenas e tão somente em situação de extrema gravidade. ➢ Em qualquer forma de apresentação clínica - drogas anti inflamatórias não hormonais, alivia os sinais clínicos, facilitam a drenagem do conteúdo purulento dos seios e proporcionam bem estar ao animal. ➢ A resolução ou redução do volume do corrimento nasal é indicação do êxito do tratamento. Se for obtido pouco progresso após 10 a 14 dias, ou se drenarem volta a ocorrer, poderá haver necessidade de sinusotomia para a resolução do problema -Quanto à preservação e controle da sinusite em equinos é difícil de realizar devido a inúmeras variedades de agentes etiológico que podem causar a sinusite primária. No entanto quando a sinusite secundária pode ser prevenida com cuidados dentários regulares e dieta adequada; isolamento dos cavalos, com relação aos animais afetados com moléstia bacterianas ou virais do trato respiratório superior, pode trazer benefícios quanto à prevenção da sinusite primaria; ● HEMIPLEGIA LARÍNGEA/CAVALO RONCADOR - paralisia da laringe ou ruído laríngeo recorrente; -Afecções mais frequentes que afetam as vias respiratórias superiores, principalmente em cavalos de corrida entre 2 e 3 anos de idade; Cavalos Puro Sangue de Corrida e “draught breeds” são mais afetados do que cavalos de menor porte ou pôneis; incidência maior em cavalos jovens, frequentemente antes do início do treinamento, em cavalos de dois a três anos em corrida e em cavalos durante treinamento para corridas; - caracteriza-se por redução da performance, intolerância ao exercicio e ruído respiratório anormal - etiolopatogenia > ocorre por conta de uma axoniopatia distal do nervo laringeo recorrente, responsável pelo estímulo necessário para a contração da musculatura intrínseca da laringe, em particular do músculo cricoaritenoideo dorsal, responsavel pela abdução da cartilagem aritenóide, Consequentemente, o processo Irá resultar em atrofia neurogênica dos músculos envolvidos, sendo que em 95% dos casos ela pode ser parcial ou completa no lado esquerdo da laringe, levando a alterações na movimentação (adução e abdução) da cartilagem aritenóide, Lesões a direita ou bilateralmente são raras; apresentação do lado esquerdo é mais comum; Devido a paralisia do músculo, resultar em perda progressiva da mielinização dos axônios no nervo laríngeo recorrente esquerdo, a neuropatia recorrente laringeana é atualmente um termo melhor apropriado para essa condição; na maior parte dos cavalos afetados a etiologia precisa é raramente evidenciada, e o termo hemiplegia laríngea idiopática é aplicada como sinônimo; -causas > podem ocorrer devido a afecção no sistema nervoso central, ou etiologias de origem sistêmica, causas mais comuns são as sequelas de garrotilho, principalmente quando há linfadenopatia ou empiema de bolsas guturais; inflamações perivasculares junto a região da faringe e laringe; micose das bolsas guturais; abscessos perineurais recorrentes; neoplasias do pescoço; lesões decorrentes de laringotomia; esofagostomia e cirurgias reparadoras da traqueia; Pode tambem causar paralisia laríngea: saturnismo; intoxicação por chumbo, abscedação paralaríngea e compressão ou estiramento do nervo laríngeo recorrente, em sua passagem pelo arco aórtico; deficiência de vitamina E e Selênio; envenenamentos por plantas e organofosforados; toxinas virais e bacterianas; deficiências de tiamina; lesões traumáticas neurais ou perineurais do n. laríngeo recorrente, e lesões inflamatorias produzidas por aplicação de drogas irritantes adjacentes ao n. laríngeo recorrente (Drogas - éter gliceril-guaiacol, fenilbutazona e complexos vitamínicos oleosos (de uso intravenoso) são extremamente irritantes quando injetados fora da veia); -pode ser observada sob três formas: hemiparesia, sem sinais clínicos evidentes, hemiparesia com sinais clínicos e hemiplegia característica; forma subclínica, possui, alta prevalência podendo ser um achado endoscópico em 77% dos animais de corrida e que anteriormente nao possuiam histórico de dispneia ou de ruído respiratório; forma clínica pode acometer entre 3 a 9% dos cavalos atletas. - sinais clínicos > baixa performance, intolerância ao exercício e ruído respiratório anormal caracterizado como chiado ou ronco, razão porque estes cavalos eram chamados de "chiadores" ou "roncadores"; o ruído laríngeo, audível em cavalos afetados, constitui apenas a turbulência do ar causada pela posição axial e falta de abdução da cartilagem aritenóide durante a respiração, causando um obstáculo mecânico, e forçando a passagem do ar pelo ventrículo ou sáculo lateral, que funcionam nestas condições como ressonadores; Poderá haver também a vibração anormal das cordas vocais; ruído é audível tanto na inspiração como na expiração, porém é muito mais acentuado durante a inspiração e em exercícios ou trabalhos forçados; grande dificuldade respiratória que pode ser progressiva ou se instalaragudamente, e desenvolvem mais rapidamente sinais de hipóxia, hipercapneia e acidose metabólica, principalmente quando estão comprometidos ambos os nervos; graus mais severos - cavalos velocistas poderão apresentar colapso respiratório em razão da intrusão axial, da prega ariteno epiglótica, da cartilagem aritenóide paralisada e da corda vocal correspondente, em razão da alta tensão de inspiração realizada. Atrofia neurogênica da musculatura intrínseca laringeana resulta em perda progressiva na capacidade da aritenóide em realizar as funções de adução ou abdução. Devido ao processo degenerativo axônal ser progressivo em vez de ocorrer imediata perda da função muscular, variáveis graus de movimentos anormais da(s) cartilagem(s) aritenoídes podem ser observados, no exame endoscópico. Esta disfunção causa diminuição no trânsito de ar pela laringe, causando um ruído inspiratório característico enquanto o equino se movimenta; Cavalos portadores de HL, não alcançam a completa abdução da cartilagem aritenóide e com a pressão inspiratória negativa aumentada, a rima glotis progressivamente diminui de tamanho; resulta na abdução incompleta da cartilagem aritenóide durante a inspiração, levando a uma queda no fluxo de ar, aumento na resistência inspiratória e queda nas trocas gasosas em nível pulmonar; -diagnóstico > fácil de ser elaborado dadas as caracterfsticas da afecção; animal deve ser avaliado durante o repouso, em exercício, e após este (com o animal em repouso, o ruído respiratório raramente é audível quando a hemiplegia for unilateral e de graus discretos; ruído pode ser exacerbado golpeando-se o tórax do animal com o punho, o que produziria inspiração forçada e acentuação da característica do som; mesmo efeito pode ser conseguido com palmadas aplicadas na região do masseter); com o cavalo em repouso, sons inspiratórios ruidosos ou sibilantes podem ser acentuados empregando-se uma técnica em particular: um dos lados da laringe é seguro com os dedos e a palma de uma das mãos estendida, enquanto as extremidades dos dedos da outra mão exercem pressão para dentro, acima da laringe, do lado oposto; Desta forma, produzir-se-a um som estenótico, estertoroso, derivado da hemiplegia laríngea durante a inspiração, porque é durante esta fase que o aumento da pressão negativa no interior da laringe, causa um obstáculo mecânico da aritenóide, resultando em maior estreitamento do lúmen laringeano; possível a palpação digital do processo muscular do m. cricoaritenoideo dorsal, em razão da atrofia do músculo nas hemiplegias de graus mais severos; exame em exercício - realizado com precaução, uma vez que, na dependência da gravidade da paralisia e da intensidade do exercício, o animal poderá apresentar hipoventilação, cianose, acidose e colapso cardiorrespiratório; Dessa forma, apresentará intolerância ao exercício e o ruído inspiratório sera audível mesmo a distância; Após o exercício, na medida que o animal regulariza a frequência e amplitude da respiração, a tendência é de redução gradativa do ruído e do desconforto a inspiração; endoscopia - pode ser realizado em repouso, em exercício (esteira) ou imediatamente após o exercício em pista, possibilitando a avaliação dos movimentos de adução e abdução das cartilagens aritenóides bem como de sua sincronia; Na paralisia unilateral, é evidente a assimetria da aritenóide comprometida na fase de abdução; Endoscopicamente a doença pode ser classificada em 4 graus, conforme o comprometimento da motricidade da cartilagem aritenóide: 1. Grau I. Abducao e aduçao completas e sincronizadas das cartilagens aritenóides, com discreta assimetria. 2. Grau II . Movimento assimétrico evidente da cartilagem aritenóide comprometida durante todas as fases da respiração. Ocorre abdução completa ao estimular-se a deglutição ou ao realizar-se a oclusão nasal. 3. Grau III. Movimento assimétrico da cartilagem aritenóide comprometida durante todas as fases da respiração, nao se obtendo abdução completa mesmo ao se estimular a deglutição ou se realizar a oclusão nasal. 4. Grau IV . Paralisia completa da cartilagem aritenóide esquerda, mesmo ao se estimular a deglutição ou se realizar a oclusão das narinas -tratamento > deve ser conservador/médico e cirúrgico; ➢ Conservador quando o cavalo é precocemente atendido, é portador de enfermidades como o garrotilho, podendo a antibioticoterapia específica produzir melhora do quadro clínico, ➢ drogas estimuladoras do sistema nervoso ou reparadoras neuronais (gangliosideos) até o presente, não demonstrou resultados efetivos que justificassem a sua utilização, além do alto custo em que se reveste este tipo de tratamento. tratamento cirúrgico - inúmeras técnicas propostas para a resolução do ruído e da asfixia, entretanto, nenhuma delas é capaz de reparar definitivamente as funções normais da laringe; técnica menos complexa, e que em situações de emergência respiratória pode salvar a vida do cavalo é a traqueotomia ou traqueostomia com aplicação do traqueotubo - inspiram ar sem prévio aquecimento, risco que correm de desenvolverem afecções pulmonares por inalação de partículas de corpos estranhos; Em cavalos portadores de grau I,com ruído inspiratório discreto, e que não apresentam perda de performance atlética, a cordectomia realizada através de equipamento de raios laser ou através da laringotomia, tem eliminado convenientemente o desconforto que causa ao proprietário do animal, o ruído respiratório anormal. técnicas cirúrgicas propostas para a correção de paralisias acima de grau I - ventriculectomia ou saculectomia > tecnica mais antiga utilizada para o tratamento; atualmente, tem sido associada a laringoplastia (aritenopexia) tambem denominada de prótese do musculo abdutor. associação tem proporcionado os melhores resultados reparativos quanto a eliminação do ruído respiratório e a recuperação da performance atlética do cavalo; pode-se ainda optar pela aritenoidectomia parcial, subtotal ou total associada ou não a ventriculectomia, da ressecção do processo corniculado associada ou não a cordectomia; utilizar técnicas de reinervação da laringe por transposição de nervo, com ou sem o seu pedículo muscular, para sobre o músculo cricoaritenóideo dorsal atrofiado. Entretanto, em vista da atrofia irreversível do músculo cricoaritenóideo dorsal que ocorre nos casos de graus elevados de paralisia e de processos antigos, as técnicas de reinervação não proporcionam resultados satisfatorios. - Prognóstico > sobre a performance atlética do cavalo submetido a qualquer das técnicas de tratamento da hemiplegia laríngea, deverá sempre ser considerado reservado, devido ao comprometimento do rendimento pleno do animal que poderá ocorrer. ● DPOC (DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA) - outros nomes: enfisema crônico, bronquite crônica, bronquiolite crônica e obstrução de fluxo de ar recorrente; Obstrução Aérea Recorrente, em animais com mais de 5 anos de idade, e Enfermidade Inflamatóriada Respiração para cavalos jovens de 2 a 3 anos; - doenças do sistema respiratório inferior; distúrbios respiratórios mais comuns no cavalo nas regiões temperadas, ocorrendo em especial onde são estabulados por longos períodos, e alimentados e providos de camas de produtos à base de cereais e/ou capim preservado; características de animais velhos acima de 8 anos, principalmente mantidos em baias (principalmente baias mal ventiladas), como resultado de bronquites ou bronquiolites alérgicas; frequente em cavalos de corrida; - fatores que predispõem > infecções virais (principalmente da influenza eqüina), infecções por vermes pulmonares (Dictyocaulus arnfield (fase larvária 4), Parascaris equorum;), fatores genéticos, bactérias (Streptococcus zooepidemicus, Corynebacterium equi e Bordetella bronchiseptica); fungos (Aspergillus fumigatus, Aspergillus niger, Alternaria, Penicillium e Riffizopus sp); camas de serragem ou de maravalha, rações esfareladas e fenos secos, facilmente eliminam partículas que ficam em suspensão no ar e são inaladas pelo cavalo, constituindo-se em fator irritante e antigênico importante no desencadeamento da afecção; - etiopatogenia > não se encontra ainda completamente esclarecida; provável etiologia do distúrbio é a repetida agressão alérgica às mucosas das vias respiratórias condutoras. atribuem o desenvolvimento da síndrome à hipersensibilidade a contaminantes ambientais inalados/aspirados, como os esporos fúngicos, pólens, e possivelmente outros materiais protéicos (substâncias alergênicas em suspensão no ar); considerada uma reação de hipersensibilidade a poeira ou fungos comumente encontrados no feno ou palha utilizada para camas; -sinais clínicos > redução da performance, intolerância ao exercício, dispnéia expiratória, tosse e perda de peso nos casos crônicos mais graves; hipoxemia, decréscimo da complacência e aumento da resistência pulmonar com baixa troca gasosa, compatíveis com quadro de obstrução difusa do fluxo de ar; processo inflamatório que se instala, com produção de tampões de muco, restos celulares e exsudato, associado ao broncoespasmo decorrente da ação de mediadores químicos e estimulação de receptores alfa adrenérgicos, determina a manifestação e a intensidade dos sinais; hiperpneia, expiração forçada; aumento da frequência respiratória durante o repouso é a primeira manifestação clínica aparente da bronquiolite e em alguns casos do enfisema pulmonar, associado a uma dificuldade na expiração que se processa em dois tempos, devida à dilatação,perda de elasticidade, obstrução e finalmente ruptura dos alvéolos, consequências estas devidas a obstrução do fluxo de ar causada por tampões mucosos, restos celulares e espasmos da musculatura lisa dos brônquios. As vezes, podem apresentar corrimento seroso ou seromucoso proveniente dos pulmões, ou mesmo, corrimento sero-mucoso sanguinolento em virtude de rompimento de vasos alveolares. ânus pode estar protraído se a dispnéia for severa; Nos casos graves, as narinas encontram-se dilatadas e o abdômen pode apresentar uma linha muscular de esforço o que se dirige da fossa paralombar para a porção cranio-ventral, até o esterno; Tosse curta e fraca pode estar presente, pronunciando-se e adquirindo características de sibilo com o exercício; o quadro pode ainda ser estimulado ao se fazer o animal entrar em contato com ambiente empoeirado, ar frio e úmido e alimento farelado seco; caracteriza por períodos de obstrução das vias aéreas (principalmente dos brônquios) por contração do músculo liso e acúmulo de secreção mucosa, fragmentos celulares e exsudato; inalação de alérgeno pode induzir uma imunorreação do tipo I ou do tipo III; aumento do esforço respiratório, dispnéia e tosse principalmente associada ao exercício e alimentação - diagnóstico > baseia-se exclusivamente na manifestação clínica característica, devendo-se sempre descartar a possibilidade de afecção respiratória aguda; exame clínico - revela expiração bifásica e em casos graves linha de esforço respiratório; criteriosa percussão do pulmão onde pode ser constatado aumento de área pulmonar com hipersonoridade; auscultação deve ser feita em ambientes livres de ruídos e com o animal calmo, revela sons anormais como ruídos de muco, "roncos", "apitos" e roce, sendo que a maioria apresenta apenas ruido vesicular aumentado durante a inspiração; auscultação com inspiração forçada exacerbará os ruidos pulmonares; pode-se notar estertoração sibilante principalmente ao esforço respiratório; exames clínicos especiais - broncoscopia para visualização das "lesões" do órgão, colheita de secreção traqueobronquial ou bronquioalveolar para exame citologico > exame endoscopico pode-se evidenciar presença de secreção mucopurulenta excessiva no interior da traquéia, assim como na colheita do material broncoalveolar comprova-se reação inflamatória asséptica; Hemograma, bioquimicos, hemogasometria, medida de pressão interpleural, complacencia pulmonar etc. - subsidiam o diagnóstico definitivo; Testes de detecção de alérgenos úteis para se estabelecer o diagnóstico diferencial etiopatogenico; -tratamento > deve ser conduzido no sentido de se aliviar a insuficiência respiratória do animal e estar direcionado para combater a etiopatogenia; base - deve incluir alterações de manejo para remoção das aparentes causas, isto é, deixar o animal solto o maior tempo possível; redução dos agentes irritantes como poeira, molhar o feno quando do fornecimento, etc; acompanhamento clínico e tratamento durante pelo menos 5 a 7 dias - fundamentais na recuperação do processo. ➢ Cavalos com crises agudas - antihistaminicos (prometazina 0,5 a 1,0 mg/kg) associados a corticoterapia ( prednisolona oral 2 mg/kg); ➢ Drogas broncoespasmoliticas/broncodilatadoras ( clembuterol 0,8 mg/kg, VO, BID) - pode ser injetável, VO ou nebulização; produzem alívio imediato dos sintomas, principalmente quando se realiza oxigenioterapia concomitantemente; ➢ Manobras de tapotagem - colocando-se uma das mãos em forma de concha, gerando-se leves batidas em ambos hemitórax, sempre da parte mais caudal para cranial . Assim as vibrações na parede torácica propiciam no desprendimento de muco; 2 vezes ao dia, durante 10 minutos cada sessão; proporcionam descolamento e deslocamento rostral de secreções dos pulmões, facilitando suas eliminações. ➢ atentar-se para as possíveis etiologias da afecção, no sentido de se estabelecer um esquema preventivo; -animais devem ser mantidos protegidos do vento, principalmente nos meses de inverno, ao ar livre ou baias arejadas; -Toda poeira da baia deve ser evitada -cama não deve conter partículas que permaneçam em suspensão no ar -feno deve ser de boa qualidade, sem conter "mofo" e convenientemente umedecido antes de ser ingerido. -concentrados devem ser fornecidos na forma de "pellets" que contenham melaço para diminuir a poeira que possa ocorrer se os "pellets" forem quebrados; -Cavalos apresentam melhora substancial do quadro clínicoquando são mantidos em manejo extensivo de pastagens, mantendo apenas a possibilidade dos mesmos terem acesso espontâneo a abrigos e baias quando assim o desejarem -Prognóstico > muito bom, porém, nos cavalos de corrida e de salto, a D.PO.C. torna-os deficientes em termos de respiração, devido abaixa capacidade ventilatória que se instala. Os animais devem ser conduzidos a reprodução em regiões preferencialmente de clima quente e de baixa umidade. - prevenção > estresse deve ser diminuído em todos os animais que sofrem de doenças do trato respiratório de origem infecciosa ou alérgica; cavalos apresentam melhora substancial do quadro clínico quando mantidos em manejo extensivo de pastagens, com a possibilidade de terem acesso espontâneo a abrigos e baias quando assim o desejarem; devem ser mantidos abrigados de intempéries, principalmente nos meses de inverno, em baias arejadas; evitar partículas em suspensão nas baias, isto é signicativo em potros com pneumonia e nos cavalos atletas com infecções virais; Vacinas contra as doenças respiratórias regionais devem ser utilizadas ao menos duas vezes ao ano, podendo aumentar a frequencia caso necessário; programa apropriado de vermifugação também deve ser instituído e mantido para auxiliar na redução da irritação dos pulmões, principalmente em animais jovens; Grãos de boa qualidade, bem como feno e cama, devem ser usados para manter os níveis de poeira sempre no mínimo possível; Cavalos com doença respiratória crônica devem ter o feno umedecido antes da ingestão ou usar feno peletizado de alta qualidade; Esses animais não devem ser estabulados em locais onde haja o armazenamento de feno ou próximo à pistas de areia; evitar a aglomeração de animais em ambientes fechados e pouco arejados, o que favorece a transmissão e a disseminação do vírus da influenza; ● PNEUMONIAS NO GERAL E PLEUROPNEUMONIA -doenças sempre graves -se caracterizam pela inflamação do parênquima pulmonar, frequentemente podem estar associadas com inflamações dos brônquios, bronquíolos e da pleura -causas predisponentes > 1. decorrentes de estresse - transporte prolongado e inadequado, trabaIho forçado em animais débeis e enfermos, exercícios extenuantes, intervenções cirúrgicas e debilidade física geral (ferimentos, traumas). 2. consequentes a acidentes iatrogênicos ou não, como na entubação pulmonar, nas passagens de sonda nasogástrica, ferimentos e traumas torácicos e traqueais, ou introdução de corpos estranhos nos pulmões 3. alterações imunológicas/queda imunológica que produzem quedas de resistência ou falha de transferência da imunidade passiva - fatores importantes na instalação e evolução dos processos pneumônicos em potros. 4. ciclo pulmonar de parasitos como Parascaris equorum e Dictyocaulus arnfield - predispor ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana; processos virais geralmente ocorrem como epidemias, ou endemias, com alta morbidade e baixa mortalidade causados, principalmente pelo vírus da para Influenza equi A1 e equi A2 ; Menos frequentes, mas de extrema gravidade, processos causados por fungos e outros oportunistas como Aspergillus sp., Mucor, Rhizopus e Candida spp . Fungos patogênicos como Coccidioides immitis, Histoplasma capsulatum e Cryptococcus neoformans podem infectar cavalos imunologicamente competentes e normais, desencadeando quadros clinicos fulminantes. - pneumonias acometem com frequência potros e cavalos adultos, sendo que nos cavalos adultos, os germes que mais frequentemente podem ser isolados sao o Streptococcus zooepidemiccus, Pasteurella hemolítica, Staphylococcus aureus, E. coli e a Klebsiela pneumoniae . Nos potros são comuns os isolamentos de S. zooepidemicus, Pasteurella sp., Rhodococcus equi, Staphylococcus aureus, Actinobacillus equuli, Klebsiella e Salmonella spp . - sinais clínicos > diretamente relacionada ao grau e extensão do tecido pulmonar afetado. No inicio - apatia, anorexia, intolerância ao exercício, tosse seca, frequência respiratória aumentada/rápida e superficial; temperatura pode atingir até 40 a 41°C; animal recusa a se mover, respiração extremamente superficial. Nas fases mais avançadas - depressão, corrimento nasal bilateral mucoso, muco-hemorrágica ou mucopurulento. Nos casos graves, em que o processo pulmonar é extenso e difuso, ou quando a afecção não é suficientemente tratada, poderá ocorrer, secundariamente, o desenvolvimento de pleurite, que constitui o processo inflamatório da membrana serosa que "envolve" os pulmões, conhecida como pleura visceral, e a que "forra" a caixa torácica, denominada pleura parietal. pleurite intensifica o quadro pulmonar, tornando a respiração extremamente dolorosa; animal recusa mover-se, apresenta respiração extremamente superficial, devido a dor; animal geme ao caminhar ou tentar defecar e urinar; Frequentemente em potros, pleurite é primária ou secundária e, ao menos avisado, pode simular uma manifestação de desconforto abdominal, pois a manipulação do abdomen e o aumento da compressão sobre o diafragma e pressão intratorácica é extremamente dolorosa, provocando gemido e reação de defesa por parte do animal. -pleurodinia (dor pleural) pode estar presente quando se realiza a compressão digital intercostal profunda -diagnóstico > se baseia nos sinais clínicos, na auscultação e percussão do tórax, no sentido de detectar alterações do ruído respiratório, que podem apresentar: aumento do murmúrio vesicular, na fase congestiva, e estertores úmidos e crepitantes na periferia da área atingida, em casos de broncopneumonia; pneumonias gangrenosas eventualmente o ar expirado poderá apresentar odor fétido, decorrente do comprometimento bacteriano ou da ação necrosante sobre o parênquima pulmonar. Quando há pleuropneumonia, a auscultação torácica revelará ruído de roce pleural nas fases iniciais,e ausencia de ressonancia pulmonar nos estágios exsudativos posteriores, com evidente linha de silêncio pulmonar causada pelo acúmulo de líquido na caixa torácica. ultra-sonografia do tórax irá revelar efusão pleural, presença de fibrina, atelectasia pulmonar, presença de abscessos e necrose; raio-x, embora menos eficiente do que o ultrassom pode auxiliar a confirmação da suspeita diagnóstica, podendo demonstrar perda da nitidez da linha do diafragma e do coração, além de abscessos pulmonares profundos e aumento dos linfonodos do mediastino. Exames complementares como os de hemograma e lavado traqueobronquial/traqueal para se determinar o grau de alteração orgânica, mais a realização de cultura e antibiograma - importantes para a avaliação do quadro clínico e o tratamento a ser instituído; suspeita de pleuropneumonia - toracocentese é realizada para a colheita e o cultivo da secreção -diagnóstico diferencial com afecções pulmonares de causas não infecciosas > D.P.O.C. (bronquiolite alérgica obstrutiva) - tratamento > deve incluir obrigatoriamente que o ➢ cavalo permaneça abrigado em baias arejadas e protegido do frio e do vento. ➢
Compartilhar