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1 BLOCO DE PEÇAS 2 - MATERIAL EXTRA - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS® Queridíssimos(as) Amigos(as) e alunos(as) do Curso da 2ª fase para a OAB. Esse é o nosso material extra para auxiliar no treino para identificação das peças processuais (recursos) possíveis de cobrança na 2ª fase do Exame de Ordem. Esperamos que seja tão útil quanto o Bloco de Peças 1, em que tratamos das petições iniciais, durante o nosso Curso Regular. Observe que o principal objetivo dessa material NÃO É a fundamentação jurídica de cada Enunciado (embora seja um excelente complemento para os seus estudos), mas sim a IDENTIFICAÇÃO DE CADA PEÇA CABÍVEL, considerando os itens FORMAIS de cada Enunciado. Muito boa sorte; bons estudos e que o Próprio JESUS CRISTO os iluminemDCDMJSB!!! Votos do seu amigo, José Aras PARTE II – QUESTÕES PARA IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA CABÍVEL Obs. Algumas delas referem-se a Exames passados... Não veja o gabarito antes de tentar fazer SOZINHO! 1. A empresa Bárbara Construções S/A participou de processo licitatório na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de uma delegacia no interior do Estado Esperança. Embora tivesse apresentado toda a documentação prevista no edital, a Empresa foi inabilitada do certame ante o entendimento da comissão de licitação de que teria deixado de comprovar capacidade técnica, uma vez que os atestados de seus engenheiros não comprovariam experiência anterior, pois o edital exigia comprovação de presídios com capacidade correspondente a quatro delegacias e os referidos profissionais somente tinham executado obras correspondentes a duas delegacias. Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em razão do desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra o secretário municipal de obras, perante o Juízo competente. 2 Processado o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a segurança. Considerando os dados fornecidos, adote a medida judicial cabível na hipótese para reverter a situação da licitante, sua cliente. 2. O Estado X realizou concurso público para provimento do cargo de perito criminalístico tendo inserido no edital a necessidade de aprovação em psicoteste, inclusive estabelecendo tratar-se de uma das etapas eliminatórias do certame. Realizado o concurso, o Candidato Antonio, embora aprovado nas etapas anteriores, não logrou aprovação no psicoteste. Inconformado, buscou perante a Administração do Estado as razões para sua inabilitação, tendo sido apresentado a justificativa de que o psicoteste teria caráter subjetivo e discricionário, e que, portanto, não necessitaria de motivação. Assim, foi mantida a sua reprovação no certame, por decreto assinada pelo Governador do Estado. Inconformado, Antonio impetrou mandado de segurança, o qual teve sua decisão meritória julgada em sentido contrário à sua pretensão. Assim, na condição de advogado contratado, adote a medida judicial cabível para reverter a situação de seu cliente. Considere, ainda, que a intimação da decisão meritória foi disponibilizada no dia 29 de Setembro, uma quarta-feira, e publicada no Diário da Justiça do dia 30 de Setembro, uma quinta-feira, datando a peça com o último dia do prazo, conforme legislação cabível à espécie. 3. Considerando ilegal a sua demissão por ato do Ministro da Previdência, o servidor público federal Joaquim resolve constituir advogado para ingressar com medida judicial visando sua reintegração ao cargo antes ocupado. Quando do julgamento dessa medida, entendeu o juízo colegiado competente em manter a demissão, ao entendimento da sua regularidade. Ainda inconformado, pretende o servidor a adoção de medida judicial cabível, contratando você como advogado. Considere que a publicação da decisão que apreciou o objeto da ação ajuizada pelo servidor foi publicada em 19 de Agosto, uma sexta-feira, data a peça com a data correspondente ao último dia do prazo legal. 4. A servidora Dulce impetrou mandado de segurança contra ato do prefeito do Município X, tendo em vista o fato de ter efetivado a sua remoção para local distante da sede do município, por questões de ordem pessoal. O juízo monocrático competente denegou a segurança ao entendimento de que havia sido regular o ato. Inconformada, Dulce interpôs o recurso cabível, demonstrando, desde então, o não atendimento do art. 36, I, da Lei 8.112 de 90. Quando do julgamento do mencionado recurso, o órgão colegiado competente lhe negou provimento, deixando de abordar a tese relativa 3 à violação do dispositivo legal acerca do desacerto da remoção da Recorrente. Assim, interessada em interpor recurso à instância competente com o atendimento dos requisitos necessários para tanto, Dulce lhe procura, a fim de que você cuide da sua ação e adote a medida cabível para a defesa dos seus interesses. 5. O União lançou Edital de concurso público para provimento de Juiz Federal substituto. O cidadão Antonio se inscreveu no referido certame para concorrer às vagas reservadas aos portadores de deficiência por ser portador de visão monocular. Aprovado nas primeiras etapas do concurso em referência, o Candidato foi submetido a avaliação perante uma Junta médica, quando se entendeu que por ser portador de visão monocular não estaria contemplado nas vagas reservadas pelo Edital aos deficientes, sendo, portanto, eliminado do certame, por ato publicado pela própria junta médica. Em razão disso, Antonio procurou os seus serviços profissionais tendo vossa senhoria impetrado imediatamente ação de mandado de segurança postulando, em sede de liminar, a nomeação imediata do impetrante ou, ao menos, a reserva da vaga do seu cliente. No mérito, foi postulada a concessão da segurança para declarar a nulidade da decisão administrativa com o consequente direito à nomeação. O juízo competente, entretanto, indeferiu o pedido de liminar, com o fundamento de que portadores de visão monocular não têm direito a concorrer a vagas reservadas aos deficientes, determinando a notificação da autoridade apontada como coatora, assim como a ciência do feito à União para se manifestar, no prazo legal. Considerando que o prazo de validade do concurso está para se expirar nos próximos dias, Antonio lhe cobra providências para assegurar seus direitos. Adote a medida cabível, utilizando-se dos fundamentos jurídicos adequados, datando a peça com o último dia do prazo, considerando que a publicação da decisão impugnada se deu através do Diário Eletrônico do dia 15 de Outubro, segunda-feira. 6. A empresa Bárbara Construções S/A participou de processo licitatório na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de uma delegacia no interior do Estado Esperança. Embora tivesse apresentado toda a documentação prevista no edital, foi inabilitada do certame ante o entendimento da comissão de licitação de que teria deixado de comprovar capacidade técnica, uma vez que os atestados de seus engenheiros não comprovariam experiência anterior e o edital exigia comprovação de presídios com capacidade correspondente a quatro delegacias e os referidos profissionais somente tinham 4 executado obras correspondentes a duas delegacias. Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em razão do desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra o secretário municipal de obras, perante o Juízo competente. Processado o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a segurança. Inconformada, a licitante interpôs o recurso cabível, tendo o Órgão competente para conhecê-lo lhe negado provimento, oportunidade em que entendeu não cabível a alegação de violação aos arts. 3º e 30, §5º, da Lei 8.666/93. Foram opostos embargos declaratórios, que também não foram acolhidos. Considerando os dados fornecidos, adote a medida judicialcabível na hipótese para reverter a situação da licitante. 7. A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de reserva. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no mencionado certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 12/05/2013, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi homologado em 24/01/2014. Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas funções. PERSEVERANTE então toma conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2018, sua nomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já havia expirado desde 12/05/2017, assim como pelo fato de que o direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas existentes no momento da abertura do certame, não alcançando cadastro de reserva. INCONFORMADO, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança no Juízo competente postulando a sua nomeação, o qual denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente com os mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações que foram prestadas no decênio legal. Inconformado, PERSEVERANTE interpõe o recurso cabível, alegando que o STJ havia sedimentado o posicionamento de que o direito à nomeação alcança as vagas abertas durante o prazo de validade do concurso, havendo direito à nomeação aos candidatos aprovados para o cadastro de reserva (RMS’S 38.117-BA e RMS 37.882-AC). O órgão competente não se manifestou sobre a alegação de violação aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso e nem foram opostos embargos com finalidade de efetivar o prequestionamento. 5 Mas PERSEVERANTE (assim como você que está lendo essa questão agora), é PERSEVERANTE, de modo que contrata os serviços de um advogado competente, que é você, que, embora cobre caro (rs), afirma ainda haver uma tentativa de solução do problema. Adote ai, então, a medida cabível! 8. A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de reserva. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no mencionado certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 12/05/2013, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi e homologado em 24/01/2014. Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas funções. PERSEVERANTE então toma conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2018, sua nomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já havia expirado desde 12/05/2017, assim como pelo fato de que o direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas existentes no momento da abertura do certame, não alcançando cadastro de reserva. Inconformado, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança no Juízo competente postulando a sua nomeação, o qual denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente com os mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações que foram prestadas no decênio legal. IRRESIGNADO, PERSEVERANTE interpõe o recurso cabível, alegando violação ao art. 37, II e III, da Constituição Federal. O órgão competente não se manifestou sobre a alegação de violação aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso, de modo que foram opostos embargos com finalidade de efetivar o prequestionamento, na forma do que estabelecem as Súmulas 282 e 356 do STF, recurso horizontal este que não foi provido. Mas PERSEVERANTE (assim como você que está lendo essa questão agora), é PERSEVERANTE, de modo que contrata os serviços de um advogado competente, que é você, que, embora cobre caro (rs), afirma ainda haver uma tentativa de solução do problema. Adote ai, então, a medida cabível! 9. O Banco X (empresa pública do Estado Y) realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - para atualizar os 6 sistemas do banco, com base na Lei Estadual 1.234, que exclui, para aquela hipótese, a Lei 8.666/93. O caso vem a público após a revelação na imprensa de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço em outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Estado Y; Banco X; do Presidente do banco X e da empresa W perante o Juízo competente da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 37, XXI da CF e a diversos princípios constitucionais. José argumentou também a invalidade da Lei Estadual 1.234 em face da obrigatoriedade de licitar imposta pela Lei Federal 8.666/93. O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado por José, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados, nem mesmo o art. 37, XXI, da CRFB. José interpõe o recurso cabível, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios também opostos por José, este te procura para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando todos os requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema. 10. João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso de nível superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei apesar de vigente há dois anos e com plena eficácia, não se aplicaria àquele concurso, pois não houve previsão no seu edital. Irresignados, os candidatos impetraram Mandado de Segurança originariamente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo a seção competente, por maioria de votos, denegado a segurança, dando razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, improvidos. Redija o recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. 7 11. O União lançou Edital de concurso público para provimento de Juiz Federal substituto. O cidadão Mévio se inscreveu no referido certame para concorrer às vagas reservadas aos portadores de deficiência por ser portador de visão monocular. Aprovado nas primeiras etapas do concurso em referência, o candidato foi submetido a avaliação perante uma Junta médica, quando se entendeu que por ser portador de visão monocular não estaria contemplado nas vagas reservadas pelo Edital aos deficientes, sendo, portanto, eliminado do certame, por ato publicado pela própria junta médica. Em razão disso, Mévio procurou os seus serviços profissionais tendo vossa senhoria impetrado imediatamente ação de mandado de segurança postulando, em sede de liminar, a nomeação imediata do impetrante ou, ao menos,a reserva da vaga do seu cliente. No mérito, foi postulada a concessão da segurança para declarar a nulidade da decisão administrativa com o consequente direito à nomeação. O juízo monocrático competente não concedeu a liminar postulada e, ato contínuo, indeferiu a petição inicial, através de comandos decisórios publicados no Diário Eletrônico do dia 15 de Outubro, segunda-feira. Adote a medida cabível, utilizando-se dos fundamentos jurídicos adequados, datando a peça com o último dia do prazo. 12. O Estado X delegou a prestação de serviços públicos de transporte marítimo à Empresa Navegue na Fé, vencedora de prévia licitação, na modalidade concorrência, em que houve a inversão das fases de habilitação e classificação, conforme permissivo legal e regras constantes do respectivo Edital. No curso da concessão, atendendo a denúncias formuladas por usuários, o Governador do Estado editou Decreto para fins de intervenção da concessão, designando o interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. Declarada a intervenção, o poder concedente, no prazo de trinta dias, instaurou o procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurando à Empresa Navegue na Fé o direito de ampla defesa e o contraditório, decorrentes do devido processo legal. Duzentos dias após a instauração do processo administrativo, ainda sem conclusão, a Empresa Navegue na Fé moveu contra o Poder Concedente ação ordinária postulando a declaração da nulidade da intervenção, o pagamento, em seu favor, de indenização, pelos fundamentos que entendeu pertinentes e, em sede de antecipação dos efeitos da tutela, requereu a devolução imediata do serviço que lhe fora legalmente concedido. 8 Apreciando a ação, o Juiz competente indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ao entendimento de não haver qualquer vício na intervenção, determinando, assim, a citação do Estado. Inconformada, a Empresa Navegue na Fé interpôs o recurso cabível, tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, por decisão colegiada unânime dos seus membros. Irresignada, a Empresa Navegue na Fé opôs embargos de declaração para fins de prequestionar os artigos 33, §2º e 34, ambos da Lei 8.987/95, que entendeu terem sido violados pelo referido julgamento colegiado. Esses embargos foram improvidos, igualmente por unanimidade de votos. Na qualidade de advogado da Empresa Navegue na Fé, elabore a peça que entender cabível. 13. Inconformado com a Lei nº x, que, com diversos vícios no que tange ao seu processo legislativo, declarou de utilidade pública do seu imóvel, Antonio impetra mandado de segurança contra ato do Prefeito da Cidade de Taquara Rachada, Estado do Madeiral, postulando liminar no sentido de suspender qualquer ato expropriatório do referido imóvel, pedindo, no mérito, a concessão de segurança para declarar a nulidade da mencionada norma. Recebendo o feito, o juízo competente não concedeu a liminar, e, ato contínuo, indeferiu a inicial, sob a consideração de não ser admitida, na hipótese, a utilização do writ, entendendo ser aplicável ao caso a Súmula 266 do STF, segundo a qual, não cabe mandado de segurança contra lei em tese. Inconformado, Antonio te procura para a adoção da medida judicial cabível. 14. Norberto, brasileiro, desempregado e passando por sérias dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve participar de concurso público para o cargo de médico de hospital estadual. Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas costas. Norberto, então, foi eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. Inconformado, Norberto ajuizou ação ordinária em face do Estado, de competência de vara comum, com pedido liminar, na qual requereu (i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada. O juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada ontem, 9 pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi equivocada. Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão publicada ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, os fundamentos legais e os princípios que poderiam ser usados em favor do autor. 15. Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele Estado) realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - para atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço em outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um advogado para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando todos os requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema. 16. A sociedade de papel “ABC” Ltda. requereu a decretação da falência da sociedade empresária “XYZ” Ltda. Devidamente citada, a sociedade empresária “XYZ” Ltda. apresentou sua contestação e, para elidir a decretação da falência, requereu a prestação de uma caução real a fim de garantir o juízo falimentar. Tal pedido foi imediatamente deferido 10 pelo juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Acre. Você, na qualidade de advogado da requerente “ABC” Ltda., deve elaborar a peça adequada com o objetivo de impugnar a decisão em questão, com a fundamentação e indicação dos dispositivos legais pertinentes. Suponha que o Tribunal de Justiça do Acre possui cinco Câmaras Cíveis, cinco Câmaras Criminais, nenhuma vice-presidência, e uma Presidência cuja competência seja distribuir quaisquer recursos para apreciação em 2º grau de jurisdição. 17. Em 27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou ação para responsabilizar seu ex-diretor de planejamento, “M”, por prejuízos causados à companhia decorrentes de venda, realizada em 27/09/2005, de produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, em troca de vantagem pessoal. Em sua defesa, “M” alegou que não houve a realização prévia de assembleia da companhia que houvesse deliberadoo ajuizamento da demanda e que as contas de toda administração referentes ao exercício de 2005 haviam sido aprovadas pela assembleia geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja ata foi devidamente arquivada e publicada na imprensa oficial no dia 05/02/2006, não podendo este tema ser passível de rediscussão em razão do decurso do tempo. Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reconheceu os fatos de que (i) não houve a prévia assembleia para aprovar ajuizamento da ação; e de que (ii) as contas de “M” referentes ao exercício de 2005 foram aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações não se verificou erro, dolo, fraude ou simulação incorridos ou perpetrados por quem dela participou. No entanto, manteve a condenação do ex-diretor que havia sido imposta pela sentença da 1ª instância, que entendeu prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n. 6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal desta Lei, sobretudo os que embasam os argumentos de “M”. Assim, na qualidade de advogado de “M” e utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa, diante do acórdão proferido pelo Tribunal, elabore a peça cabível. Para tanto, suponha que o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí possua apenas o total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice- presidência. Deve ser levado em consideração, pelo examinando, que não cabem Embargos de Declaração. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua. 18. O Governador do Estado Y, premido da necessidade de reduzir a folha de pagamentos do funcionalismo público estadual, determinou que o teto remuneratório dos Defensores Públicos admitidos após a Emenda Constitucional n. 41/2003 fosse limitado ao valor correspondente ao subsídio mensal do Governador, ao entendimento de 11 que aquele órgão integra a estrutura do Poder Executivo estadual. Com a implementação da medida, os Defensores Públicos do Estado, irresignados com a redução do seu teto remuneratório, levam a questão à Associação Nacional dos Defensores Públicos Estaduais, legalmente constituída e em funcionamento há pouco mais de dois anos, e esta contrata os seus serviços advocatícios para impetrar mandado de segurança coletivo em face do ato do Governador. A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça local, observando a competência originária constante do seu código de organização e divisão judiciária, diante da autoridade coatora -governador do Estado- deu por extinto o processo, sem resolução do mérito, sob os argumentos de que a associação não preenche o requisito de três anos de constituição, não demonstrou a autorização dos associados em assembleia geral para a propositura da demanda e não poderia representar os associados em demanda que veicule interesse apenas de uma parte da categoria, uma vez que os Defensores atingidos pela medida, isto é, aqueles admitidos após a Emenda Constitucional n. 41/2003, os mais novos na carreira, ainda não foram promovidos e sequer recebem sua remuneração em valores próximos ao subsídio mensal do Governador. Ciente de que este acórdão contendo a unanimidade de votos dos desembargadores que participaram do julgamento, já foi objeto de Embargos de Declaração, que foram conhecidos mas não providos, e que a publicação dessa última decisão se deu na data de hoje, redija a peça processual adequada com seus fundamentos. 19. Felipe das Neves, 20 anos, portador de grave deficiência mental, vem procurá-lo, juntamente com seu pai e responsável, eis que pretendeu adquirir um carro, para ser dirigido por terceiro, a fim de facilitar sua locomoção, inclusive para tratamentos a que se submete semanalmente. Entretanto, o Delegado da Delegacia Regional Tributária negou-lhe o benefício que buscava usufruir, para não pagar ICMS e IPVA. Este benefício está previsto na Lei WWW/00, a qual dispõe: “os portadores de deficiência poderão adquirir veículo automotivo com isenção integral de ICMS e IPVA, sendo os carros de produção nacional, com adaptação e características especiais indispensáveis ao uso exclusivo do adquirente portador de paraplegia, impossibilitado de usar os modelos comuns.” Foi impetrado Mandado de Segurança, com pedido de liminar, para que Felipe obtivesse o benefício pretendido. Entretanto, o Juízo negou a liminar, referindo que não se vislumbra a presença de fumaça do bom direito em que se arrime o pleito liminar referido pelo Impetrante. O fundamento foi o de que a norma isentiva tem caráter excepcional e se aplica apenas aos portadores de deficiência física e não aos portadores de deficiência mental. Além disso, segundo a decisão, a norma pressupõe que o beneficiário da 12 isenção esteja apto a dirigir, tanto que é concedido para contrabalançar as despesas na adaptação do carro. Trata-se, primeiramente, de opção legislativa que não cabe ao intérprete superar. Igualmente, não demonstrado qualquer perigo na demora da solução do caso, afirmou a decisão. Na qualidade de advogado de Felipe, e ciente de que já vencido o prazo para a interposição de eventuais Embargos de Declaração, mas não superado 15 (quinze) dias da data da publicação da decisão, elabore o recurso cabível da decisão que negou a liminar, apresentando todos os fundamentos necessários à melhor defesa do interesse de Felipe, tanto no que pertine ao direito a ser aplicado, quanto à sua interpretação. 20. Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, João o procura, para que, na qualidade de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os embargos declaratórios) para se manter no imóvel, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 21. João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso de nível superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei apesar de vigente há dois anos e com plena eficácia, não se aplicaria àquele concurso, pois não houve previsão no seu edital. 13 Irresignados, os candidatos apresentaram Mandado de Segurança originariamente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo a seção competente, por maioria de votos, denegado a segurança, dando razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, improvidos. Ainda inconformados, apresentaram o recurso cabível contra a decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça. Redigir o recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. 22. João utiliza todosos dias, para retornar do trabalho para sua casa, no Rio de Janeiro, o ônibus da linha “A”, operado por Ômega Transportes Rodoviários Ltda. Certo dia, o ônibus em que João era passageiro colidiu frontalmente com uma árvore. A perícia concluiu que o acidente foi provocado pelo motorista da sociedade empresária, que dirigia embriagado. Diante disso, João propôs ação de indenização por danos materiais e morais em face de Ômega Transportes Rodoviários Ltda. O Juiz julgou procedentes os pedidos para condenar a ré a pagar a João a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos materiais, e mais R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para compensar os danos morais sofridos. Na fase de cumprimento de sentença, constatada a insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, o Juiz deferiu o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, procedendo à penhora, que recaiu sobre o patrimônio dos sócios Y e Z. Diante disso, os sócios de Ômega Transportes Rodoviários Ltda. interpuseram agravo de instrumento, ao qual o Tribunal de Justiça, por unanimidade, deu provimento para reformar a decisão interlocutória e indeferir o requerimento, com fundamento nos artigos 2º e 28 do CDC (Lei nº 8.078/90), por não haver prova da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. O acórdão foi disponibilizado no DJe em 05/05 (segunda-feira), considerando-se publicado no dia 06/05. Inconformado com o teor do acórdão no agravo de instrumento proferido pelo TJ/RJ, João pede a você, na qualidade de advogado, a adoção das providências cabíveis. Sendo assim, redija o recurso cabível (excluída a hipótese de embargos de declaração), no último dia do prazo, tendo por premissa que todas as datas acima indicadas são dias úteis, assim como o último dia para interposição do recurso. 23. A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de ISSQN, realizou depósito integral e opôs embargos à execução. Após a instrução probatória, sobreveio sentença de improcedência dos embargos, contra a qual foi interposto recurso de apelação recebido em seu regular efeito devolutivo. A Fazenda Municipal, após contrarrazoar o recurso, requer o desapensamento dos autos dos embargos. O Juízo 14 determina o desapensamento e remete os autos dos embargos para o Tribunal. Um mês após, é aberta vista na execução fiscal à Fazenda Municipal, que requer a conversão em renda do depósito judicial, nos termos do Art. 156, VI, do CTN, alegando que a execução fiscal é definitiva e não provisória (Art. 587 do CPC e Súmula nº 317 do STJ). O Juízo defere o pedido da Fazenda proferindo decisão interlocutória na qual determina a conversão em renda do depósito e determina a intimação das partes para requererem o que entenderem de direito. Não há, na decisão proferida, qualquer omissão, obscuridade ou contradição. Na qualidade de advogado(a) de XYZ Ltda., redija a peça recursal adequada a evitar que haja a imediata conversão do depósito em renda. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão do cliente, sendo certo que a publicação da decisão mencionada se deu nove dias atrás. 24. Álvares Indústria e Comércio S/A propôs ação de conhecimento sob o rito ordinário em face de Borba Indústria e Comércio de Móveis S/A. A ação, que tramitou na 1ª Vara da Comarca de Itacoatiara, Estado do Amazonas, teve por objeto: a) a busca e apreensão de produtos nos quais foi utilizada indevidamente a marca “Perseu” de propriedade da autora; b) a abstenção dos atos de concorrência desleal de comercialização pela Ré de qualquer produto com a utilização da marca, sob pena de multa (pedido cominatório); c) abstenção de fazer qualquer uso da expressão “Persépolis”, sob qualquer modo ou meio gráfico, sozinha ou associada a qualquer outra expressão que se assemelhe com a marca “Perseu”; d) condenação ao pagamento de danos materiais e morais derivados da comercialização indevida de produtos objeto de contrafação. O juízo de primeira instância julgou procedente em parte o pedido, reconhecendo que as expressões “Perseu” e “Persépolis” apresentam semelhanças capazes de causar imediata confusão ao consumidor, não podendo ambas coexistir licitamente no mesmo segmento de mercado e que a Ré utilizou indevidamente a marca da autora. A sentença determinou (i) que a Ré se abstenha de fazer qualquer uso da marca “Perseu” e da expressão “Persépolis”, sob qualquer modo ou meio gráfico, sozinha ou associada a qualquer outra expressão que se assemelhe com a marca “Perseu” de propriedade do autor, sob pena de multa diária fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), (ii) a busca e apreensão de produtos em que foram utilizadas, indevidamente, a marca “Perseu” e a expressão “Persépolis”. Os pedidos de condenação em danos morais e materiais foram julgados improcedentes sob os seguintes fundamentos: Quanto aos danos materiais: “Não tendo o Autor do pedido indenizatório pela contrafação 15 da marca demonstrado na instrução probatória que deixou de vender seus produtos em razão da contrafação, não se caracteriza dano efetivo e direto indenizável. Tratando-se de fato constitutivo do direito, o prejuízo não se presume. Portanto, descabe dano material em caso de não comercialização dos produtos com a marca falsificada.” Quanto aos danos morais: “No caso vertente, em que pese a contrafação, não se produziu qualquer prova tendente a demonstrar que o nome da Autora foi prejudicado em razão da semelhança das expressões ‘Perseu’ e ‘Persépolis’ nos produtos da Ré. Ademais, os direitos da personalidade são inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.” Intimadas as partes da prolação da decisão, Benjamin Figueiredo, administrador e acionista controlador da sociedade autora, insatisfeito com a procedência parcial dos pedidos, pretende que a decisão seja reformada na instância superior. Elabore a peça adequada para a defesa dos interesses da cliente. 25. Fernando e Lara se conheceram em 31/12/2011 e, em 02/05/2014, celebraram seu casamento civil pelo regime de comunhão parcial de bens. Em 09/07/2014, Ronaldo e Luciano celebraram contrato escrito de compra e venda de bem móvel obrigando-se Ronaldo a entregar o bem em 10/07/2014 e Luciano a pagar a quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em 12/07/2014. O contrato foi assinado pelos seguintes sujeitos: Ronaldo, Luciano, duas testemunhas (Flávia e Vanessa) e Fernando, uma vez que do contrato constou cláusula com a seguinte redação: “pela presente cláusula, fica estabelecida fiança, com renúncia expressa ao benefício de ordem, a qual tem como afiançado o Sr. Luciano e, como fiador, o Sr. Fernando, brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, economista, portador da identidade X, do CPF-MF Y, residente e domiciliado no endereço Z”. No dia 10/07/2014, Ronaldo entregou o bem móvel, enquanto Luciano deixou de realizar o pagamento em 12/07/2014. Em 15/07/2014, Ronaldo iniciou execução de título extrajudicial apenas em face do fiador, Fernando, distribuída automaticamente ao juízo da MM. 2ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O executado é citado para realizar o pagamento em 03 dias. Fernando apresentou embargos, os quais são rejeitados liminarmente, porquanto manifestamente improcedentes. Não foi interposto recurso contra a decisão dos embargos. A execução prosseguiu, vindo o juiz a determinar, em 08/11/2014, a penhora de bens, a serem escolhidos pelo Oficial de Justiça, para que, uma vez penhorados e avaliados, sejam vendidos em hasta pública, a ser realizada em 01/03/2015. Em 11/12/2014, foi penhorado o único apartamento no qual Fernando e Lara residem — avaliado, naquela16 data, em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) —, bem imóvel esse adquirido exclusivamente por Lara em 01/03/2000. Na mesma data da penhora, Fernando e Lara foram intimados, por Oficial de Justiça, sobre a penhora do bem e sobre a data fixada para a expropriação (01/03/2015). Em 12/12/2014, Lara compareceu ao seu Escritório de Advocacia, solicitando aconselhamento jurídico. Na qualidade de advogado (a) de Lara, elabore a peça processual cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. Obs.: o examinando deve apresentar os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. 26. O Município Beta instituiu por meio de lei complementar, publicada em 28 de dezembro de 2012, Taxa de Iluminação Pública (TIP). A lei complementar previa que os proprietários de imóveis em áreas do Município Beta, que contassem com iluminação pública, seriam os contribuintes do tributo. O novo tributo incidiria uma única vez ao ano, em janeiro, à alíquota de 0,5%, e a base de cálculo seria o valor venal do imóvel, utilizado para o cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) lançado no exercício anterior. Fulano de Tal, proprietário de imóvel servido por iluminação pública no Município Beta, recebeu em sua residência, no início de janeiro de 2013, o boleto de cobrança da TIP relativo àquele exercício (2013), no valor de 0,5% do valor venal do imóvel, utilizado como base de cálculo do IPTU lançado no exercício de 2012 – tudo em conformidade com o previsto na lei complementar municipal instituidora da TIP. O tributo não foi recolhido e Fulano de Tal contratou advogado para ajuizar ação anulatória do débito fiscal. A despeito dos bons fundamentos em favor de Fulano de Tal, sua ação anulatória foi julgada improcedente. A apelação interposta foi admitida na primeira instância e regularmente processada, sendo os autos encaminhados ao Tribunal de Justiça após a apresentação da resposta ao apelo por parte da Procuradoria Municipal. No Tribunal, os autos foram distribuídos ao Desembargador Relator, que negou seguimento à apelação sob o equivocado fundamento de que o recurso era manifestamente improcedente. Não há, na decisão monocrática do Desembargador Relator, qualquer obscuridade, contradição ou omissão que justifique a interposição de Embargos de Declaração. Elabore a peça processual adequada ao reexame da matéria no âmbito do próprio Tribunal de Justiça, indicando o prazo legal para a interposição do recurso e os fundamentos que revelam a(s) inconstitucionalidade(s) da TIP. 17 27. No dia 24 de dezembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo e um amigo não identificado foram para um bloco de rua que ocorria em razão do Natal, onde passaram a ingerir bebida alcoólica em comemoração ao evento festivo. Na volta para casa, ainda em companhia do amigo, já um pouco tonto em razão da quantidade de cerveja que havia bebido, subtraiu, mediante emprego de uma faca, os pertences de uma moça desconhecida que caminhava tranquilamente pela rua. A vítima era Maria, jovem de 24 anos que acabara de sair do médico e saber que estava grávida de um mês. Em razão dos fatos, Rodrigo foi denunciado pela prática de crime de roubo duplamente majorado, na forma do Art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal. Durante a instrução, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de Rodrigo, onde constavam anotações em relação a dois inquéritos policiais em que ele figurava como indiciado e três ações penais que respondia na condição de réu, apesar de em nenhuma delas haver sentença com trânsito em julgado. Foram, ainda, durante a Audiência de Instrução e Julgamento ouvidos a vítima e os policiais que encontraram Rodrigo, horas após o crime, na posse dos bens subtraídos. Durante seu interrogatório, Rodrigo permaneceu em silêncio. Ao final da instrução, após alegações finais, a pretensão punitiva do Estado foi julgada procedente, com Rodrigo sendo condenado a pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, e 13 dias-multa. O juiz aplicou a pena-base no mínimo legal, além de não reconhecer qualquer agravante ou atenuante. Na terceira fase da aplicação da pena, reconheceu as majorantes mencionadas na denúncia e realizou um aumento de 1/3 da pena imposta. O Ministério Público foi intimado da sentença em 14 de setembro de 2015, uma segunda-feira, sendo terça-feira dia útil. Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso de apelação perante o juízo de primeira instância, acompanhado das respectivas razões recursais, no dia 30 de setembro de 2015, requerendo: i) O aumento da pena-base, tendo em vista a existência de diversas anotações na Folha de Antecedentes Criminais do acusado; ii) O reconhecimento das agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas ‘h’ e ‘l’, do Código Penal; iii) A majoração do quantum de aumento em razão das causas de aumentos previstas no Art. 157, §2º, incisos I e II, do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as majorantes; iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de pena, pois o roubo com faca tem assombrado a população do Rio de Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda a sociedade. A defesa não apresentou recurso. O magistrado, então, recebeu o recurso de apelação do Ministério Público e intimou, no dia 19 de outubro de 2015 (segunda-feira), sendo terça feira dia útil em todo o país, você, advogado(a) de Rodrigo, para apresentar a medida cabível. Com base 18 nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00) 28. O Estado X realizou concurso público para provimento do cargo de perito criminalístico tendo inserido no edital a necessidade de aprovação em psicoteste, inclusive estabelecendo tratar-se de uma das etapas eliminatórias do certame. Realizado o concurso, o Candidato Antonio, embora aprovado nas etapas anteriores, não logrou aprovação no psicoteste. Inconformado, buscou perante a Administração do Estado as razões para sua inabilitação, tendo sido apresentado a justificativa de que o psicoteste teria caráter subjetivo e discricionário, e que, portanto, não necessitaria de motivação. Assim, foi mantida a sua reprovação no certame, por decreto assinado pelo Governador do Estado. Inconformado, Antonio impetrou mandado de segurança, postulando, por meio de liminar, a sua permanência do certame e, no mérito, a declaração de nulidade da decisão que o eliminou no mencionado concurso, assegurando o seu direito à nomeação, ou, ao menos, a reserva de sua vaga. O julgador, então, indeferiu a liminar e determinou a notificação dos impetrados para se manifestarem, no prazo legal. Assim, na condição de advogado de Antonio, considerando o risco relativo ao fato de ter sido eliminado no certame, adote a medida judicial cabível para reverter a situação de seu cliente. 29. O Reitor da Universidade Federal X, após processo administrativo disciplinar, demitiu o servidor Júnior do cargo de professor, considerando que este tinha faltado ao serviço por 30 dias consecutivos. Considerando que a sua ausência se deu por comprovados motivos alheios à sua vontade, Júnior contratou advogado que impetrou mandado de segurança no Juízo Competente, o qual, denegou a segurança, ao entendimento de que a sua conduta teria configurado abandono do cargo. Inconformado, Júnior interpôs recurso ao Colegiado competente, que, por decisão unânime, lhe deu provimento, ao entendimento de que, em razão da comprovação de que a ausência se deu de forma justificada, não teria configuradoa falta funcional de abandono do cargo. Irresignada, a Universidade Federal X opôs embargos de declaração, a fim de que fosse prequestionada, na forma das Súmulas 282 e 356 do STF, a norma do art. 138 da Lei 8.112 de 1990, o qual restaram improvidos. Ainda no prazo legal, a Universidade Federal X interpôs o recurso cabível, tendo o Presidente do Tribunal Regional Federal da ... Região 19 determinado a intimação de Júnior, por seu advogado, para a adoção da medida judicial cabível. Faça, destarte, a Peça Prático-Profissional apropriada, considerando que a intimação foi disponibilizada no dia 26 de Setembro e que a sua publicação se deu no dia 27 de Setembro, uma segunda-feira. 30. SABIDÃO impetrou mandado de segurança contra ato do Ministro do Ministério X no Juízo competente buscando sua reintegração ao cargo que ocupava, do qual foi demitido após regular processo administrativo disciplinar, sob a justificativa de que teria sido absolvido na ação penal ao fundamento de que o fato não constituía infração penal, na forma do art. 386, III, do CPP, c/c o art. 126, caput, da Lei 8.112/90. Nas informações prestadas pela autoridade coatora e na manifestação apresentada pela pessoa jurídica a que esta se vincula demonstrou-se que não haveria razão para a pretendida reintegração, e que o acolhimento da tese do Impetrante implicaria violação ao art. 41, §2º, da CRFB. A ordem foi concedida pelo órgão julgador, oportunidade em que expressamente não se acolheu a tese de violação ao dispositivo constitucional supramencionado. Vossa Senhoria (meu/minha amigo/a, meu/minha aluno/a e meu/minhã irmão/ã, Advogado/a retado/a!!! rs rs) atua na condição de Advogado da União e deve utilizar a medida judicial cabível para reverter o comando decisório proferido contra a autoridade coatora e a pessoa jurídica ao qual esta se vincula. “E agora, José/Maria?” (rs rs rs). Jogue duro ai! (Segue modelo de resposta abaixo dessa questão “pegadinha”. Comentarei em aula quando da correção desse Bloco de Peças 2)”. 20 Esse é só mesmo por excesso de cautela, servindo para o treino do Recurso Extraordinário. PADRÃO DE RESPOSTA DO ENUNICIADO 30® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Processo nº.... (10 linhas) UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, com sede, endereço eletrônico, CNPJ, por seu advogado, estabelecido na, vem perante Vossa Excelência, com fulcro no Art. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 102, III, alínea “a”, da CRFB e art. 18 da Lei 12.016/09, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO, contra o v. acórdão proferido nos autos do processo de mandado de segurança em que litiga com SABIDÃO, estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF e RG..., ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o admita e faça subir à instância Superior, qual seja, o Supremo Tribunal Federal. Requer a ciência ao recorrido para responder. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... (OUTRA PÁGINA) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, com fulcro no art. 541, do CPC, c/c Art. 102, III, “a”, da CRFB, “literis”: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal precipuamente a guarda da Constituição, cabendo-lhe: ... III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; ” O presente recurso também tem amparo no art. 18 da Lei 12.016/09, “in verbis”: “Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.” DO PREQUESTIONAMENTO 21 Registra o prequestionamento da norma violada pelo Tribunal de origem, qual seja, Recorrente que a matéria objeto do presente recurso foi efetivamente discutida na instância originária, pela efetiva manifestação do Tribunal de origem quanto à violação ao art. 41, §2º, da CRFB, na forma das Súmulas 282 e 356 do STF. DA REPERCUSSÃO GERAL Registra, ainda, a presença de recursão geral no presente feito em razão da existência de questões de interesse econômico e jurídico que ultrapassam os interesses subjetivos da causa, tendo em vista o risco da Administração ter que reintegrar servidores demitidos após regular processo administrativo disciplinar e sem causa legal para tanto, conforme demonstrado, de forma minudente, nas linhas abaixo. DOS FATOS O Recorrido impetrou mandado de segurança contra ato do Ministro do Ministério X no Superior Tribunal de Justiça buscando sua reintegração ao cargo que ocupava, do qual foi demitido após regular processo administrativo disciplinar. Alegou que teria sido absolvido na ação penal ao fundamento de que o fato não constituía infração penal, na forma do art. 386, III, do CPP, c/c o art. 126, caput, da Lei 8.112/90. Nas informações prestadas pela autoridade apontada como coatora e na manifestação apresentada pela pessoa jurídica ora Recorrente demonstrou-se que não haveria razão para a pretendida reintegração, e que o acolhimento da tese do Impetrante implicaria violação ao art. 41, §2º, da CRFB. Ocorre que a ordem foi concedida pela autoridade julgadora, oportunidade em que expressamente não se acolheu a tese de violação ao spositivo constitucional supramencionado. Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que o servidor público responde por seus próprios atos nas esferas civil, penal e administrativa, sendo estas instâncias e seus respectivos processos de apuração e responsabilização independentes entre si. Não obstante, o servidor público estável será reintegrado ao cargo do qual foi demitido mediante processo administrativo disciplinar quando for invalidada a demissão por sentença judicial. É o que se vê do art. 41, §2º, da CRFB, abaixo colacionado: “Art. 41... §2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado...” Pois bem. 22 As hipóteses mais comuns de invalidação judicial de demissão por processo administrativo se referem às situações em que, havendo concomitância entre as instâncias, isto é, nos casos em que o mesmo ato configura infração civil, penal e administrativa, o servidor é absolvido por sentença penal que tenha por fundamento a negativa da materialidade do fato ou da autoria, conforme estabelece o art. 126 da Lei 8.112/90, “literis”: “Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.” Percebe-se, assim, que não é qualquer causa de absolvição criminal prevista no art. 386 do CPP que interfere no processo administrativo disciplinar gerando o direito à reintegração. No caso em tela, como se vê, o servidor foi absolvido na esfera penal porque o fato não constituía infração penal (art. 386, III, CPP), prevalecendo, assim, o princípio da independência das instâncias, mesmo porque o fato, embora não tipifique crime, configura infração administrativa de natureza grave, justificando-se, portanto, a demissão imposta pela Recorrente ao Recorrido. Daí porque a decisão que concedeu a segurança e determinou a reintegração do Recorrido merece reforma, na medida em que deixou de considerar o fato de que a alegada absolvição penal, pelo fundamento apontado, não tem o condão de interferir na seara administrativa, havendo, destarte, violação ao art. 41, §2º da CRFB, acima transcrito, uma vez que a Recorrente não está obrigada, na hipótese dos autos, a reintegrar o servidor faltoso. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelênciaque seja conhecido e provido o recurso, reformando e modificando o acórdão recorrido, e proferindo nova decisão para declarar a legalidade da demissão do servidor, afastando o dever de reintegrá-lo no cargo que foi demitido. Requer a condenação do recorrido nos ônus da sucumbência, notadamente honorários advocatícios. Pede deferimento. Local..., Data..., Advogado..., OAB... Está chegando a Hora.... Da VITÓRIA!!!! Empenho e Fé nessa reta final, AMIGOS AMADOS!!! Imenso Beijo!!! Aras e a sua Família CEJAS!!!
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