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1 
 
 
BLOCO DE PEÇAS 2 - MATERIAL EXTRA - TODOS OS DIREITOS 
RESERVADOS® 
 
Queridíssimos(as) Amigos(as) e alunos(as) do Curso da 2ª fase para a 
OAB. 
 
Esse é o nosso material extra para auxiliar no treino para 
identificação das peças processuais (recursos) possíveis de cobrança 
na 2ª fase do Exame de Ordem. 
 
Esperamos que seja tão útil quanto o Bloco de Peças 1, em que 
tratamos das petições iniciais, durante o nosso Curso Regular. 
 
Observe que o principal objetivo dessa material NÃO É a 
fundamentação jurídica de cada Enunciado (embora seja um excelente 
complemento para os seus estudos), mas sim a IDENTIFICAÇÃO DE 
CADA PEÇA CABÍVEL, considerando os itens FORMAIS de cada 
Enunciado. 
 
Muito boa sorte; bons estudos e que o Próprio JESUS CRISTO os 
iluminemDCDMJSB!!! 
 
Votos do seu amigo, 
José Aras 
 
PARTE II – QUESTÕES PARA IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA CABÍVEL 
Obs. Algumas delas referem-se a Exames passados... Não veja o 
gabarito antes de tentar fazer SOZINHO! 
 
1. A empresa Bárbara Construções S/A participou de processo licitatório 
na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de 
uma delegacia no interior do Estado Esperança. Embora tivesse 
apresentado toda a documentação prevista no edital, a Empresa foi 
inabilitada do certame ante o entendimento da comissão de licitação de 
que teria deixado de comprovar capacidade técnica, uma vez que os 
atestados de seus engenheiros não comprovariam experiência anterior, 
pois o edital exigia comprovação de presídios com capacidade 
correspondente a quatro delegacias e os referidos profissionais somente 
tinham executado obras correspondentes a duas delegacias. 
Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso 
administrativo, e, em razão do desprovimento deste, impetrou 
mandado de segurança contra o secretário municipal de obras, perante 
o Juízo competente. 
 
2 
 
Processado o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a 
segurança. Considerando os dados fornecidos, adote a medida judicial 
cabível na hipótese para reverter a situação da licitante, sua cliente. 
 
2. O Estado X realizou concurso público para provimento do cargo de 
perito criminalístico tendo inserido no edital a necessidade de 
aprovação em psicoteste, inclusive estabelecendo tratar-se de uma das 
etapas eliminatórias do certame. Realizado o concurso, o Candidato 
Antonio, embora aprovado nas etapas anteriores, não logrou aprovação 
no psicoteste. Inconformado, buscou perante a Administração do 
Estado as razões para sua inabilitação, tendo sido apresentado a 
justificativa de que o psicoteste teria caráter subjetivo e discricionário, 
e que, portanto, não necessitaria de motivação. Assim, foi mantida a 
sua reprovação no certame, por decreto assinada pelo Governador do 
Estado. Inconformado, Antonio impetrou mandado de segurança, o qual 
teve sua decisão meritória julgada em sentido contrário à sua 
pretensão. Assim, na condição de advogado contratado, adote a medida 
judicial cabível para reverter a situação de seu cliente. Considere, 
ainda, que a intimação da decisão meritória foi disponibilizada no dia 29 
de Setembro, uma quarta-feira, e publicada no Diário da Justiça do dia 
30 de Setembro, uma quinta-feira, datando a peça com o último dia do 
prazo, conforme legislação cabível à espécie. 
 
3. Considerando ilegal a sua demissão por ato do Ministro da 
Previdência, o servidor público federal Joaquim resolve constituir 
advogado para ingressar com medida judicial visando sua reintegração 
ao cargo antes ocupado. Quando do julgamento dessa medida, 
entendeu o juízo colegiado competente em manter a demissão, ao 
entendimento da sua regularidade. Ainda inconformado, pretende o 
servidor a adoção de medida judicial cabível, contratando você como 
advogado. 
Considere que a publicação da decisão que apreciou o objeto da ação 
ajuizada pelo servidor foi publicada em 19 de Agosto, uma sexta-feira, 
data a peça com a data correspondente ao último dia do prazo legal. 
 
4. A servidora Dulce impetrou mandado de segurança contra ato do 
prefeito do Município X, tendo em vista o fato de ter efetivado a sua 
remoção para local distante da sede do município, por questões de 
ordem pessoal. O juízo monocrático competente denegou a segurança 
ao entendimento de que havia sido regular o ato. 
Inconformada, Dulce interpôs o recurso cabível, demonstrando, desde 
então, o não atendimento do art. 36, I, da Lei 8.112 de 90. 
Quando do julgamento do mencionado recurso, o órgão colegiado 
competente lhe negou provimento, deixando de abordar a tese relativa 
 
3 
 
à violação do dispositivo legal acerca do desacerto da remoção da 
Recorrente. 
Assim, interessada em interpor recurso à instância competente com o 
atendimento dos requisitos necessários para tanto, Dulce lhe procura, a 
fim de que você cuide da sua ação e adote a medida cabível para a 
defesa dos seus interesses. 
 
5. O União lançou Edital de concurso público para provimento de Juiz 
Federal substituto. O cidadão Antonio se inscreveu no referido 
certame para concorrer às vagas reservadas aos portadores de 
deficiência por ser portador de visão monocular. Aprovado nas 
primeiras etapas do concurso em referência, o Candidato foi 
submetido a avaliação perante uma Junta médica, quando se 
entendeu que por ser portador de visão monocular não estaria 
contemplado nas vagas reservadas pelo Edital aos deficientes, sendo, 
portanto, eliminado do certame, por ato publicado pela própria junta 
médica. Em razão disso, Antonio procurou os seus serviços 
profissionais tendo vossa senhoria impetrado imediatamente ação de 
mandado de segurança postulando, em sede de liminar, a nomeação 
imediata do impetrante ou, ao menos, a reserva da vaga do seu 
cliente. No mérito, foi postulada a concessão da segurança para 
declarar a nulidade da decisão administrativa com o consequente 
direito à nomeação. 
O juízo competente, entretanto, indeferiu o pedido de liminar, com o 
fundamento de que portadores de visão monocular não têm direito a 
concorrer a vagas reservadas aos deficientes, determinando a 
notificação da autoridade apontada como coatora, assim como a 
ciência do feito à União para se manifestar, no prazo legal. 
Considerando que o prazo de validade do concurso está para se 
expirar nos próximos dias, Antonio lhe cobra providências para 
assegurar seus direitos. Adote a medida cabível, utilizando-se dos 
fundamentos jurídicos adequados, datando a peça com o último dia 
do prazo, considerando que a publicação da decisão impugnada se 
deu através do Diário Eletrônico do dia 15 de Outubro, segunda-feira. 
 
6. A empresa Bárbara Construções S/A participou de processo licitatório 
na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de 
uma delegacia no interior do Estado Esperança. Embora tivesse 
apresentado toda a documentação prevista no edital, foi inabilitada do 
certame ante o entendimento da comissão de licitação de que teria 
deixado de comprovar capacidade técnica, uma vez que os atestados de 
seus engenheiros não comprovariam experiência anterior e o edital 
exigia comprovação de presídios com capacidade correspondente a 
quatro delegacias e os referidos profissionais somente tinham 
 
4 
 
executado obras correspondentes a duas delegacias. Inconformada com 
a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em 
razão do desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra 
o secretário municipal de obras, perante o Juízo competente. 
Processado o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a 
segurança. Inconformada, a licitante interpôs o recurso cabível, tendo o 
Órgão competente para conhecê-lo lhe negado provimento, 
oportunidade em que entendeu não cabível a alegação de violação aos 
arts. 3º e 30, §5º, da Lei 8.666/93. Foram opostos embargos 
declaratórios, que também não foram acolhidos. Considerando os dados 
fornecidos, adote a medida judicialcabível na hipótese para reverter a 
situação da licitante. 
 
7. A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para 
provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de 
reserva. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no mencionado 
certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 
12/05/2013, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais 
dois anos. O concurso foi homologado em 24/01/2014. Os candidatos 
aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados 
e, assim, passaram a exercer suas funções. PERSEVERANTE então toma 
conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão 
pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2018, sua 
nomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi 
indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já 
havia expirado desde 12/05/2017, assim como pelo fato de que o 
direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se 
unicamente às vagas existentes no momento da abertura do certame, 
não alcançando cadastro de reserva. 
INCONFORMADO, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança no 
Juízo competente postulando a sua nomeação, o qual denegou a 
segurança fundamentando o decisum exatamente com os mesmos 
fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do 
indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações 
que foram prestadas no decênio legal. 
Inconformado, PERSEVERANTE interpõe o recurso cabível, alegando que 
o STJ havia sedimentado o posicionamento de que o direito à nomeação 
alcança as vagas abertas durante o prazo de validade do concurso, 
havendo direito à nomeação aos candidatos aprovados para o cadastro 
de reserva (RMS’S 38.117-BA e RMS 37.882-AC). 
O órgão competente não se manifestou sobre a alegação de violação 
aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso e nem 
foram opostos embargos com finalidade de efetivar o 
prequestionamento. 
 
5 
 
Mas PERSEVERANTE (assim como você que está lendo essa questão 
agora), é PERSEVERANTE, de modo que contrata os serviços de um 
advogado competente, que é você, que, embora cobre caro (rs), afirma 
ainda haver uma tentativa de solução do problema. Adote ai, então, a 
medida cabível! 
 
8. A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para 
provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de 
reserva. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no mencionado 
certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 
12/05/2013, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais 
dois anos. O concurso foi e homologado em 24/01/2014. Os candidatos 
aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados 
e, assim, passaram a exercer suas funções. PERSEVERANTE então toma 
conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão 
pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2018, sua 
nomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi 
indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já 
havia expirado desde 12/05/2017, assim como pelo fato de que o 
direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se 
unicamente às vagas existentes no momento da abertura do certame, 
não alcançando cadastro de reserva. Inconformado, PERSEVERANTE 
impetra mandado de segurança no Juízo competente postulando a sua 
nomeação, o qual denegou a segurança fundamentando o decisum 
exatamente com os mesmos fundamentos apresentados pela 
autoridade coatora quando do indeferimento do pedido administrativo, 
assim como nas informações que foram prestadas no decênio legal. 
IRRESIGNADO, PERSEVERANTE interpõe o recurso cabível, alegando 
violação ao art. 37, II e III, da Constituição Federal. O órgão 
competente não se manifestou sobre a alegação de violação aos 
dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso, de modo que 
foram opostos embargos com finalidade de efetivar o 
prequestionamento, na forma do que estabelecem as Súmulas 282 e 
356 do STF, recurso horizontal este que não foi provido. 
Mas PERSEVERANTE (assim como você que está lendo essa questão 
agora), é PERSEVERANTE, de modo que contrata os serviços de um 
advogado competente, que é você, que, embora cobre caro (rs), afirma 
ainda haver uma tentativa de solução do problema. Adote ai, então, a 
medida cabível! 
 
 
9. O Banco X (empresa pública do Estado Y) realiza a contratação direta 
de uma empresa de informática - a Empresa W - para atualizar os 
 
6 
 
sistemas do banco, com base na Lei Estadual 1.234, que exclui, para 
aquela hipótese, a Lei 8.666/93. 
O caso vem a público após a revelação na imprensa de que a empresa 
contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal 
serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito 
acima do preço de mercado do serviço em outras empresas. 
José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Estado Y; Banco 
X; do Presidente do banco X e da empresa W perante o Juízo 
competente da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de 
invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, 
ao fundamento de violação ao art. 37, XXI da CF e a diversos 
princípios constitucionais. José argumentou também a invalidade da 
Lei Estadual 1.234 em face da obrigatoriedade de licitar imposta pela 
Lei Federal 8.666/93. 
O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido 
formulado por José, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a 
contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado 
da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não 
considerando violados os princípios constitucionais invocados, nem 
mesmo o art. 37, XXI, da CRFB. José interpõe o recurso cabível, ao 
qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo 
fundamento levantado na sentença. 
Dez dias após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos 
declaratórios também opostos por José, este te procura para assumir 
a causa e ajuizar a medida adequada. 
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando todos os 
requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema. 
 
10. João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído 
curso de nível superior. Diante da abertura de vagas para 
preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura, 
postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por 
força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de 
deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio 
Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei apesar de vigente há dois 
anos e com plena eficácia, não se aplicaria àquele concurso, pois não 
houve previsão no seu edital. 
Irresignados, os candidatos impetraram Mandado de Segurança 
originariamente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo a 
seção competente, por maioria de votos, denegado a segurança, dando 
razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, 
improvidos. Redija o recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. 
 
 
7 
 
11. O União lançou Edital de concurso público para provimento de 
Juiz Federal substituto. O cidadão Mévio se inscreveu no referido 
certame para concorrer às vagas reservadas aos portadores de 
deficiência por ser portador de visão monocular. Aprovado nas 
primeiras etapas do concurso em referência, o candidato foi 
submetido a avaliação perante uma Junta médica, quando se 
entendeu que por ser portador de visão monocular não estaria 
contemplado nas vagas reservadas pelo Edital aos deficientes, sendo, 
portanto, eliminado do certame, por ato publicado pela própria junta 
médica. Em razão disso, Mévio procurou os seus serviços 
profissionais tendo vossa senhoria impetrado imediatamente ação de 
mandado de segurança postulando, em sede de liminar, a nomeação 
imediata do impetrante ou, ao menos,a reserva da vaga do seu 
cliente. No mérito, foi postulada a concessão da segurança para 
declarar a nulidade da decisão administrativa com o consequente 
direito à nomeação. 
O juízo monocrático competente não concedeu a liminar postulada e, 
ato contínuo, indeferiu a petição inicial, através de comandos decisórios 
publicados no Diário Eletrônico do dia 15 de Outubro, segunda-feira. 
Adote a medida cabível, utilizando-se dos fundamentos jurídicos 
adequados, datando a peça com o último dia do prazo. 
 
12. O Estado X delegou a prestação de serviços públicos de 
transporte marítimo à Empresa Navegue na Fé, vencedora de prévia 
licitação, na modalidade concorrência, em que houve a inversão das 
fases de habilitação e classificação, conforme permissivo legal e 
regras constantes do respectivo Edital. 
No curso da concessão, atendendo a denúncias formuladas por 
usuários, o Governador do Estado editou Decreto para fins de 
intervenção da concessão, designando o interventor, o prazo da 
intervenção e os objetivos e limites da medida. 
Declarada a intervenção, o poder concedente, no prazo de trinta dias, 
instaurou o procedimento administrativo para comprovar as causas 
determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurando à 
Empresa Navegue na Fé o direito de ampla defesa e o contraditório, 
decorrentes do devido processo legal. 
Duzentos dias após a instauração do processo administrativo, ainda 
sem conclusão, a Empresa Navegue na Fé moveu contra o Poder 
Concedente ação ordinária postulando a declaração da nulidade da 
intervenção, o pagamento, em seu favor, de indenização, pelos 
fundamentos que entendeu pertinentes e, em sede de antecipação 
dos efeitos da tutela, requereu a devolução imediata do serviço que 
lhe fora legalmente concedido. 
 
8 
 
Apreciando a ação, o Juiz competente indeferiu o pedido de 
antecipação dos efeitos da tutela, ao entendimento de não haver 
qualquer vício na intervenção, determinando, assim, a citação do 
Estado. 
Inconformada, a Empresa Navegue na Fé interpôs o recurso cabível, 
tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, por decisão 
colegiada unânime dos seus membros. 
Irresignada, a Empresa Navegue na Fé opôs embargos de declaração 
para fins de prequestionar os artigos 33, §2º e 34, ambos da Lei 
8.987/95, que entendeu terem sido violados pelo referido julgamento 
colegiado. 
Esses embargos foram improvidos, igualmente por unanimidade de 
votos. 
Na qualidade de advogado da Empresa Navegue na Fé, elabore a peça 
que entender cabível. 
 
13. Inconformado com a Lei nº x, que, com diversos vícios no que 
tange ao seu processo legislativo, declarou de utilidade pública do seu 
imóvel, Antonio impetra mandado de segurança contra ato do Prefeito 
da Cidade de Taquara Rachada, Estado do Madeiral, postulando liminar 
no sentido de suspender qualquer ato expropriatório do referido imóvel, 
pedindo, no mérito, a concessão de segurança para declarar a nulidade 
da mencionada norma. 
Recebendo o feito, o juízo competente não concedeu a liminar, e, ato 
contínuo, indeferiu a inicial, sob a consideração de não ser admitida, na 
hipótese, a utilização do writ, entendendo ser aplicável ao caso a 
Súmula 266 do STF, segundo a qual, não cabe mandado de segurança 
contra lei em tese. 
Inconformado, Antonio te procura para a adoção da medida judicial 
cabível. 
 
14. Norberto, brasileiro, desempregado e passando por sérias 
dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve participar 
de concurso público para o cargo de médico de hospital estadual. 
Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi submetido a exames 
médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em 
suas costas. Norberto, então, foi eliminado do concurso, com a 
justificativa de que o cargo de médico não era compatível com 
indivíduos portadores de tatuagem. Inconformado, Norberto ajuizou 
ação ordinária em face do Estado, de competência de vara comum, com 
pedido liminar, na qual requereu (i) a anulação do ato administrativo 
que o eliminou do concurso; e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade 
de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada. O juízo 
de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada ontem, 
 
9 
 
pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos de anulação do ato de 
eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois 
significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A Administração 
Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições 
aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do 
Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi 
equivocada. Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de 
Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão publicada 
ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, 
os fundamentos legais e os princípios que poderiam ser usados em 
favor do autor. 
 
15. Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui 
as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de 
licitar, o banco X (empresa pública daquele Estado) realiza a 
contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - 
para atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a 
revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente 
do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago 
(milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço 
em outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face 
do Presidente do banco X e da empresa W perante o Juízo de 1ª 
instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de 
invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao 
fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 
8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos 
princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou improcedente 
o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei 
estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas 
entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em 
face da lei federal, não considerando violados os princípios 
constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se 
negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento 
levantado na sentença. Dez dias após a publicação da decisão que 
rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um advogado 
para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Na qualidade de 
advogado, elabore a peça cabível, observando todos os requisitos 
formais e a fundamentação pertinente ao tema. 
 
16. A sociedade de papel “ABC” Ltda. requereu a decretação da falência 
da sociedade empresária “XYZ” Ltda. Devidamente citada, a sociedade 
empresária “XYZ” Ltda. apresentou sua contestação e, para elidir a 
decretação da falência, requereu a prestação de uma caução real a fim 
de garantir o juízo falimentar. Tal pedido foi imediatamente deferido 
 
10 
 
pelo juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Acre. 
Você, na qualidade de advogado da requerente “ABC” Ltda., deve 
elaborar a peça adequada com o objetivo de impugnar a decisão em 
questão, com a fundamentação e indicação dos dispositivos legais 
pertinentes. Suponha que o Tribunal de Justiça do Acre possui cinco 
Câmaras Cíveis, cinco Câmaras Criminais, nenhuma vice-presidência, e 
uma Presidência cuja competência seja distribuir quaisquer recursos 
para apreciação em 2º grau de jurisdição. 
 
17. Em 27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou 
ação para responsabilizar seu ex-diretor de planejamento, “M”, por 
prejuízos causados à companhia decorrentes de venda, realizada em 
27/09/2005, de produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, 
em troca de vantagem pessoal. Em sua defesa, “M” alegou que não 
houve a realização prévia de assembleia da companhia que houvesse 
deliberadoo ajuizamento da demanda e que as contas de toda 
administração referentes ao exercício de 2005 haviam sido aprovadas 
pela assembleia geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja ata foi 
devidamente arquivada e publicada na imprensa oficial no dia 
05/02/2006, não podendo este tema ser passível de rediscussão em 
razão do decurso do tempo. Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do 
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reconheceu os fatos de que (i) 
não houve a prévia assembleia para aprovar ajuizamento da ação; e de 
que (ii) as contas de “M” referentes ao exercício de 2005 foram 
aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações não se verificou 
erro, dolo, fraude ou simulação incorridos ou perpetrados por quem 
dela participou. No entanto, manteve a condenação do ex-diretor que 
havia sido imposta pela sentença da 1ª instância, que entendeu 
prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n. 6.404/76, sobre qualquer 
outro dispositivo legal desta Lei, sobretudo os que embasam os 
argumentos de “M”. Assim, na qualidade de advogado de “M” e 
utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa, diante do 
acórdão proferido pelo Tribunal, elabore a peça cabível. Para tanto, 
suponha que o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí possua apenas o 
total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice-
presidência. Deve ser levado em consideração, pelo examinando, que 
não cabem Embargos de Declaração. A simples menção ou transcrição 
do dispositivo legal não pontua. 
 
18. O Governador do Estado Y, premido da necessidade de reduzir a 
folha de pagamentos do funcionalismo público estadual, determinou 
que o teto remuneratório dos Defensores Públicos admitidos após a 
Emenda Constitucional n. 41/2003 fosse limitado ao valor 
correspondente ao subsídio mensal do Governador, ao entendimento de 
 
11 
 
que aquele órgão integra a estrutura do Poder Executivo estadual. Com 
a implementação da medida, os Defensores Públicos do Estado, 
irresignados com a redução do seu teto remuneratório, levam a questão 
à Associação Nacional dos Defensores Públicos Estaduais, legalmente 
constituída e em funcionamento há pouco mais de dois anos, e esta 
contrata os seus serviços advocatícios para impetrar mandado de 
segurança coletivo em face do ato do Governador. A decisão proferida 
pelo Tribunal de Justiça local, observando a competência originária 
constante do seu código de organização e divisão judiciária, diante da 
autoridade coatora -governador do Estado- deu por extinto o processo, 
sem resolução do mérito, sob os argumentos de que a associação não 
preenche o requisito de três anos de constituição, não demonstrou a 
autorização dos associados em assembleia geral para a propositura da 
demanda e não poderia representar os associados em demanda que 
veicule interesse apenas de uma parte da categoria, uma vez que os 
Defensores atingidos pela medida, isto é, aqueles admitidos após a 
Emenda Constitucional n. 41/2003, os mais novos na carreira, ainda 
não foram promovidos e sequer recebem sua remuneração em valores 
próximos ao subsídio mensal do Governador. Ciente de que este 
acórdão contendo a unanimidade de votos dos desembargadores que 
participaram do julgamento, já foi objeto de Embargos de Declaração, 
que foram conhecidos mas não providos, e que a publicação dessa 
última decisão se deu na data de hoje, redija a peça processual 
adequada com seus fundamentos. 
 
19. Felipe das Neves, 20 anos, portador de grave deficiência mental, 
vem procurá-lo, juntamente com seu pai e responsável, eis que 
pretendeu adquirir um carro, para ser dirigido por terceiro, a fim de 
facilitar sua locomoção, inclusive para tratamentos a que se submete 
semanalmente. Entretanto, o Delegado da Delegacia Regional Tributária 
negou-lhe o benefício que buscava usufruir, para não pagar ICMS e 
IPVA. Este benefício está previsto na Lei WWW/00, a qual dispõe: “os 
portadores de deficiência poderão adquirir veículo automotivo com 
isenção integral de ICMS e IPVA, sendo os carros de produção nacional, 
com adaptação e características especiais indispensáveis ao uso 
exclusivo do adquirente portador de paraplegia, impossibilitado de usar 
os modelos comuns.” Foi impetrado Mandado de Segurança, com 
pedido de liminar, para que Felipe obtivesse o benefício pretendido. 
Entretanto, o Juízo negou a liminar, referindo que não se vislumbra a 
presença de fumaça do bom direito em que se arrime o pleito liminar 
referido pelo Impetrante. O fundamento foi o de que a norma isentiva 
tem caráter excepcional e se aplica apenas aos portadores de 
deficiência física e não aos portadores de deficiência mental. Além 
disso, segundo a decisão, a norma pressupõe que o beneficiário da 
 
12 
 
isenção esteja apto a dirigir, tanto que é concedido para contrabalançar 
as despesas na adaptação do carro. Trata-se, primeiramente, de opção 
legislativa que não cabe ao intérprete superar. Igualmente, não 
demonstrado qualquer perigo na demora da solução do caso, afirmou a 
decisão. Na qualidade de advogado de Felipe, e ciente de que já 
vencido o prazo para a interposição de eventuais Embargos de 
Declaração, mas não superado 15 (quinze) dias da data da publicação 
da decisão, elabore o recurso cabível da decisão que negou a liminar, 
apresentando todos os fundamentos necessários à melhor defesa do 
interesse de Felipe, tanto no que pertine ao direito a ser aplicado, 
quanto à sua interpretação. 
 
20. Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente 
no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em 
Juiz de Fora/MG, celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por 
escrito de locação com João, brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo 
de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel 
seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, 
João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou 
fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o 
locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de 
quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizou ação de 
despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da 
Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela 
para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que 
desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a 
petição inicial, regularmente instruída e distribuída, e defere a medida 
liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas 
para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 
(dois mil reais). Desesperado, João o procura, para que, na qualidade 
de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os 
embargos declaratórios) para se manter no imóvel, abordando todos os 
aspectos de direito material e processual pertinentes. 
 
21. João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído 
curso de nível superior. Diante da abertura de vagas para 
preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura, 
postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por 
força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de 
deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio 
Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei apesar de vigente há dois 
anos e com plena eficácia, não se aplicaria àquele concurso, pois não 
houve previsão no seu edital. 
 
13 
 
Irresignados, os candidatos apresentaram Mandado de Segurança 
originariamente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo a 
seção competente, por maioria de votos, denegado a segurança, dando 
razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, 
improvidos. Ainda inconformados, apresentaram o recurso cabível 
contra a decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça. Redigir o 
recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. 
 
22. João utiliza todosos dias, para retornar do trabalho para sua casa, 
no Rio de Janeiro, o ônibus da linha “A”, operado por Ômega 
Transportes Rodoviários Ltda. Certo dia, o ônibus em que João era 
passageiro colidiu frontalmente com uma árvore. A perícia concluiu que 
o acidente foi provocado pelo motorista da sociedade empresária, que 
dirigia embriagado. Diante disso, João propôs ação de indenização por 
danos materiais e morais em face de Ômega Transportes Rodoviários 
Ltda. O Juiz julgou procedentes os pedidos para condenar a ré a pagar 
a João a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos 
materiais, e mais R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para 
compensar os danos morais sofridos. Na fase de cumprimento de 
sentença, constatada a insolvência da pessoa jurídica para o 
pagamento de suas obrigações, o Juiz deferiu o pedido de 
desconsideração da personalidade jurídica, procedendo à penhora, que 
recaiu sobre o patrimônio dos sócios Y e Z. Diante disso, os sócios de 
Ômega Transportes Rodoviários Ltda. interpuseram agravo de 
instrumento, ao qual o Tribunal de Justiça, por unanimidade, deu 
provimento para reformar a decisão interlocutória e indeferir o 
requerimento, com fundamento nos artigos 2º e 28 do CDC (Lei nº 
8.078/90), por não haver prova da existência de desvio de finalidade ou 
de confusão patrimonial. O acórdão foi disponibilizado no DJe em 05/05 
(segunda-feira), considerando-se publicado no dia 06/05. 
Inconformado com o teor do acórdão no agravo de instrumento 
proferido pelo TJ/RJ, João pede a você, na qualidade de advogado, a 
adoção das providências cabíveis. Sendo assim, redija o recurso cabível 
(excluída a hipótese de embargos de declaração), no último dia do 
prazo, tendo por premissa que todas as datas acima indicadas são dias 
úteis, assim como o último dia para interposição do recurso. 
 
23. A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal 
promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de 
ISSQN, realizou depósito integral e opôs embargos à execução. 
Após a instrução probatória, sobreveio sentença de improcedência dos 
embargos, contra a qual foi interposto recurso de apelação recebido em 
seu regular efeito devolutivo. A Fazenda Municipal, após contrarrazoar o 
recurso, requer o desapensamento dos autos dos embargos. O Juízo 
 
14 
 
determina o desapensamento e remete os autos dos embargos para o 
Tribunal. Um mês após, é aberta vista na execução fiscal à Fazenda 
Municipal, que requer a conversão em renda do depósito judicial, nos 
termos do Art. 156, VI, do CTN, alegando que a execução fiscal é 
definitiva e não provisória (Art. 587 do CPC e Súmula nº 317 do STJ). O 
Juízo defere o pedido da Fazenda proferindo decisão interlocutória na 
qual determina a conversão em renda do depósito e determina a 
intimação das partes para requererem o que entenderem de direito. 
Não há, na decisão proferida, qualquer omissão, obscuridade ou 
contradição. Na qualidade de advogado(a) de XYZ Ltda., redija a peça 
recursal adequada a evitar que haja a imediata conversão do depósito 
em renda. 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que 
possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão do cliente, sendo 
certo que a publicação da decisão mencionada se deu nove dias atrás. 
 
 
24. Álvares Indústria e Comércio S/A propôs ação de conhecimento sob 
o rito ordinário em face de Borba Indústria e Comércio de Móveis S/A. A 
ação, que tramitou na 1ª Vara da Comarca de Itacoatiara, Estado do 
Amazonas, teve por objeto: a) a busca e apreensão de produtos nos 
quais foi utilizada indevidamente a marca “Perseu” de propriedade da 
autora; b) a abstenção dos atos de concorrência desleal de 
comercialização pela Ré de qualquer produto com a utilização da marca, 
sob pena de multa (pedido cominatório); c) abstenção de fazer 
qualquer uso da expressão “Persépolis”, sob qualquer modo ou meio 
gráfico, sozinha ou associada a qualquer outra expressão que se 
assemelhe com a marca “Perseu”; d) condenação ao pagamento de 
danos materiais e morais derivados da comercialização indevida de 
produtos objeto de contrafação. O juízo de primeira instância julgou 
procedente em parte o pedido, reconhecendo que as expressões 
“Perseu” e “Persépolis” apresentam semelhanças capazes de causar 
imediata confusão ao consumidor, não podendo ambas coexistir 
licitamente no mesmo segmento de mercado e que a Ré utilizou 
indevidamente a marca da autora. A sentença determinou (i) que a Ré 
se abstenha de fazer qualquer uso da marca “Perseu” e da expressão 
“Persépolis”, sob qualquer modo ou meio gráfico, sozinha ou associada 
a qualquer outra expressão que se assemelhe com a marca “Perseu” de 
propriedade do autor, sob pena de multa diária fixada em R$ 5.000,00 
(cinco mil reais), (ii) a busca e apreensão de produtos em que foram 
utilizadas, indevidamente, a marca “Perseu” e a expressão “Persépolis”. 
Os pedidos de condenação em danos morais e materiais foram julgados 
improcedentes sob os seguintes fundamentos: Quanto aos danos 
materiais: “Não tendo o Autor do pedido indenizatório pela contrafação 
 
15 
 
da marca demonstrado na instrução probatória que deixou de vender 
seus produtos em razão da contrafação, não se caracteriza dano efetivo 
e direto indenizável. Tratando-se de fato constitutivo do direito, o 
prejuízo não se presume. Portanto, descabe dano material em caso de 
não comercialização dos produtos com a marca falsificada.” Quanto aos 
danos morais: “No caso vertente, em que pese a contrafação, não se 
produziu qualquer prova tendente a demonstrar que o nome da Autora 
foi prejudicado em razão da semelhança das expressões ‘Perseu’ e 
‘Persépolis’ nos produtos da Ré. Ademais, os direitos da personalidade 
são inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua 
dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.” 
Intimadas as partes da prolação da decisão, Benjamin Figueiredo, 
administrador e acionista controlador da sociedade autora, insatisfeito 
com a procedência parcial dos pedidos, pretende que a decisão seja 
reformada na instância superior. Elabore a peça adequada para a 
defesa dos interesses da cliente. 
 
25. Fernando e Lara se conheceram em 31/12/2011 e, em 02/05/2014, 
celebraram seu casamento civil pelo regime de comunhão parcial de 
bens. Em 09/07/2014, Ronaldo e Luciano celebraram contrato escrito 
de compra e venda de bem móvel obrigando-se Ronaldo a entregar o 
bem em 10/07/2014 e Luciano a pagar a quantia de R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais) em 12/07/2014. O contrato foi assinado pelos 
seguintes sujeitos: Ronaldo, Luciano, duas testemunhas (Flávia e 
Vanessa) e Fernando, uma vez que do contrato constou cláusula com a 
seguinte redação: “pela presente cláusula, fica estabelecida fiança, com 
renúncia expressa ao benefício de ordem, a qual tem como afiançado o 
Sr. Luciano e, como fiador, o Sr. Fernando, brasileiro, casado pelo 
regime de comunhão parcial de bens, economista, portador da 
identidade X, do CPF-MF Y, residente e domiciliado no endereço Z”. No 
dia 10/07/2014, Ronaldo entregou o bem móvel, enquanto Luciano 
deixou de realizar o pagamento em 12/07/2014. Em 15/07/2014, 
Ronaldo iniciou execução de título extrajudicial apenas em face do 
fiador, Fernando, distribuída automaticamente ao juízo da MM. 2ª Vara 
Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O executado é 
citado para realizar o pagamento em 03 dias. Fernando apresentou 
embargos, os quais são rejeitados liminarmente, porquanto 
manifestamente improcedentes. Não foi interposto recurso contra a 
decisão dos embargos. 
A execução prosseguiu, vindo o juiz a determinar, em 08/11/2014, a 
penhora de bens, a serem escolhidos pelo Oficial de Justiça, para que, 
uma vez penhorados e avaliados, sejam vendidos em hasta pública, a 
ser realizada em 01/03/2015. Em 11/12/2014, foi penhorado o único 
apartamento no qual Fernando e Lara residem — avaliado, naquela16 
 
data, em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) —, bem imóvel 
esse adquirido exclusivamente por Lara em 01/03/2000. Na mesma 
data da penhora, Fernando e Lara foram intimados, por Oficial de 
Justiça, sobre a penhora do bem e sobre a data fixada para a 
expropriação (01/03/2015). Em 12/12/2014, Lara compareceu ao seu 
Escritório de Advocacia, solicitando aconselhamento jurídico. Na 
qualidade de advogado (a) de Lara, elabore a peça processual cabível 
para a defesa dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e 
fundamentos nos termos da legislação vigente. 
Obs.: o examinando deve apresentar os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. A mera 
citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
26. O Município Beta instituiu por meio de lei complementar, publicada 
em 28 de dezembro de 2012, Taxa de Iluminação Pública (TIP). A lei 
complementar previa que os proprietários de imóveis em áreas do 
Município Beta, que contassem com iluminação pública, seriam os 
contribuintes do tributo. O novo tributo incidiria uma única vez ao ano, 
em janeiro, à alíquota de 0,5%, e a base de cálculo seria o valor venal 
do imóvel, utilizado para o cálculo do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana (IPTU) lançado no exercício anterior. Fulano 
de Tal, proprietário de imóvel servido por iluminação pública no 
Município Beta, recebeu em sua residência, no início de janeiro de 
2013, o boleto de cobrança da TIP relativo àquele exercício (2013), no 
valor de 0,5% do valor venal do imóvel, utilizado como base de cálculo 
do IPTU lançado no exercício de 2012 – tudo em conformidade com o 
previsto na lei complementar municipal instituidora da TIP. 
O tributo não foi recolhido e Fulano de Tal contratou advogado para 
ajuizar ação anulatória do débito fiscal. A despeito dos bons 
fundamentos em favor de Fulano de Tal, sua ação anulatória foi julgada 
improcedente. A apelação interposta foi admitida na primeira instância 
e regularmente processada, sendo os autos encaminhados ao Tribunal 
de Justiça após a apresentação da resposta ao apelo por parte da 
Procuradoria Municipal. 
No Tribunal, os autos foram distribuídos ao Desembargador Relator, 
que negou seguimento à apelação sob o equivocado fundamento de que 
o recurso era manifestamente improcedente. 
Não há, na decisão monocrática do Desembargador Relator, qualquer 
obscuridade, contradição ou omissão que justifique a interposição de 
Embargos de Declaração. Elabore a peça processual adequada ao 
reexame da matéria no âmbito do próprio Tribunal de Justiça, indicando 
o prazo legal para a interposição do recurso e os fundamentos que 
revelam a(s) inconstitucionalidade(s) da TIP. 
 
17 
 
27. No dia 24 de dezembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, 
Rodrigo e um amigo não identificado foram para um bloco de rua que 
ocorria em razão do Natal, onde passaram a ingerir bebida alcoólica em 
comemoração ao evento festivo. Na volta para casa, ainda em 
companhia do amigo, já um pouco tonto em razão da quantidade de 
cerveja que havia bebido, subtraiu, mediante emprego de uma faca, os 
pertences de uma moça desconhecida que caminhava tranquilamente 
pela rua. A vítima era Maria, jovem de 24 anos que acabara de sair do 
médico e saber que estava grávida de um mês. Em razão dos fatos, 
Rodrigo foi denunciado pela prática de crime de roubo duplamente 
majorado, na forma do Art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal. 
Durante a instrução, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de 
Rodrigo, onde constavam anotações em relação a dois inquéritos 
policiais em que ele figurava como indiciado e três ações penais que 
respondia na condição de réu, apesar de em nenhuma delas haver 
sentença com trânsito em julgado. Foram, ainda, durante a Audiência 
de Instrução e Julgamento ouvidos a vítima e os policiais que 
encontraram Rodrigo, horas após o crime, na posse dos bens 
subtraídos. Durante seu interrogatório, Rodrigo permaneceu em 
silêncio. Ao final da instrução, após alegações finais, a pretensão 
punitiva do Estado foi julgada procedente, com Rodrigo sendo 
condenado a pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, a ser cumprida 
em regime semiaberto, e 13 dias-multa. O juiz aplicou a pena-base no 
mínimo legal, além de não reconhecer qualquer agravante ou 
atenuante. Na terceira fase da aplicação da pena, reconheceu as 
majorantes mencionadas na denúncia e realizou um aumento de 1/3 da 
pena imposta. O Ministério Público foi intimado da sentença em 14 de 
setembro de 2015, uma segunda-feira, sendo terça-feira dia útil. 
Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso de apelação 
perante o juízo de primeira instância, acompanhado das respectivas 
razões recursais, no dia 30 de setembro de 2015, requerendo: i) O 
aumento da pena-base, tendo em vista a existência de diversas 
anotações na Folha de Antecedentes Criminais do acusado; ii) O 
reconhecimento das agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas 
‘h’ e ‘l’, do Código Penal; iii) A majoração do quantum de aumento em 
razão das causas de aumentos previstas no Art. 157, §2º, incisos I e II, 
do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as 
majorantes; iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de 
pena, pois o roubo com faca tem assombrado a população do Rio de 
Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda a sociedade. A 
defesa não apresentou recurso. O magistrado, então, recebeu o recurso 
de apelação do Ministério Público e intimou, no dia 19 de outubro de 
2015 (segunda-feira), sendo terça feira dia útil em todo o país, você, 
advogado(a) de Rodrigo, para apresentar a medida cabível. Com base 
 
18 
 
nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem 
ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a 
possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo, sustentando 
todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00) 
 
28. O Estado X realizou concurso público para provimento do cargo de 
perito criminalístico tendo inserido no edital a necessidade de 
aprovação em psicoteste, inclusive estabelecendo tratar-se de uma das 
etapas eliminatórias do certame. Realizado o concurso, o Candidato 
Antonio, embora aprovado nas etapas anteriores, não logrou aprovação 
no psicoteste. Inconformado, buscou perante a Administração do 
Estado as razões para sua inabilitação, tendo sido apresentado a 
justificativa de que o psicoteste teria caráter subjetivo e discricionário, 
e que, portanto, não necessitaria de motivação. Assim, foi mantida a 
sua reprovação no certame, por decreto assinado pelo Governador do 
Estado. Inconformado, Antonio impetrou mandado de segurança, 
postulando, por meio de liminar, a sua permanência do certame e, no 
mérito, a declaração de nulidade da decisão que o eliminou no 
mencionado concurso, assegurando o seu direito à nomeação, ou, ao 
menos, a reserva de sua vaga. 
O julgador, então, indeferiu a liminar e determinou a notificação dos 
impetrados para se manifestarem, no prazo legal. 
Assim, na condição de advogado de Antonio, considerando o risco 
relativo ao fato de ter sido eliminado no certame, adote a medida 
judicial cabível para reverter a situação de seu cliente. 
 
29. O Reitor da Universidade Federal X, após processo administrativo 
disciplinar, demitiu o servidor Júnior do cargo de professor, 
considerando que este tinha faltado ao serviço por 30 dias 
consecutivos. Considerando que a sua ausência se deu por 
comprovados motivos alheios à sua vontade, Júnior contratou advogado 
que impetrou mandado de segurança no Juízo Competente, o qual, 
denegou a segurança, ao entendimento de que a sua conduta teria 
configurado abandono do cargo. 
Inconformado, Júnior interpôs recurso ao Colegiado competente, que, 
por decisão unânime, lhe deu provimento, ao entendimento de que, em 
razão da comprovação de que a ausência se deu de forma justificada, 
não teria configuradoa falta funcional de abandono do cargo. 
Irresignada, a Universidade Federal X opôs embargos de declaração, a 
fim de que fosse prequestionada, na forma das Súmulas 282 e 356 do 
STF, a norma do art. 138 da Lei 8.112 de 1990, o qual restaram 
improvidos. 
Ainda no prazo legal, a Universidade Federal X interpôs o recurso 
cabível, tendo o Presidente do Tribunal Regional Federal da ... Região 
 
19 
 
determinado a intimação de Júnior, por seu advogado, para a adoção 
da medida judicial cabível. Faça, destarte, a Peça Prático-Profissional 
apropriada, considerando que a intimação foi disponibilizada no dia 26 
de Setembro e que a sua publicação se deu no dia 27 de Setembro, 
uma segunda-feira. 
 
30. SABIDÃO impetrou mandado de segurança contra ato do Ministro 
do Ministério X no Juízo competente buscando sua reintegração ao 
cargo que ocupava, do qual foi demitido após regular processo 
administrativo disciplinar, sob a justificativa de que teria sido absolvido 
na ação penal ao fundamento de que o fato não constituía infração 
penal, na forma do art. 386, III, do CPP, c/c o art. 126, caput, da Lei 
8.112/90. Nas informações prestadas pela autoridade coatora e na 
manifestação apresentada pela pessoa jurídica a que esta se vincula 
demonstrou-se que não haveria razão para a pretendida reintegração, e 
que o acolhimento da tese do Impetrante implicaria violação ao art. 41, 
§2º, da CRFB. A ordem foi concedida pelo órgão julgador, oportunidade 
em que expressamente não se acolheu a tese de violação ao dispositivo 
constitucional supramencionado. Vossa Senhoria (meu/minha amigo/a, 
meu/minha aluno/a e meu/minhã irmão/ã, Advogado/a retado/a!!! rs 
rs) atua na condição de Advogado da União e deve utilizar a medida 
judicial cabível para reverter o comando decisório proferido contra a 
autoridade coatora e a pessoa jurídica ao qual esta se vincula. “E agora, 
José/Maria?” (rs rs rs). Jogue duro ai! (Segue modelo de resposta 
abaixo dessa questão “pegadinha”. Comentarei em aula quando da 
correção desse Bloco de Peças 2)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Esse é só mesmo por excesso de cautela, servindo para o 
treino do Recurso Extraordinário. 
 
PADRÃO DE RESPOSTA DO ENUNICIADO 30® 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
Processo nº.... 
(10 linhas) 
UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, com sede, endereço 
eletrônico, CNPJ, por seu advogado, estabelecido na, vem perante 
Vossa Excelência, com fulcro no Art. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 102, 
III, alínea “a”, da CRFB e art. 18 da Lei 12.016/09, interpor RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO, contra o v. acórdão proferido nos autos do 
processo de mandado de segurança em que litiga com SABIDÃO, 
estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF e RG..., ante as 
razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o admita e faça 
subir à instância Superior, qual seja, o Supremo Tribunal Federal. 
Requer a ciência ao recorrido para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado..., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão 
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, com fulcro no art. 541, do 
CPC, c/c Art. 102, III, “a”, da CRFB, “literis”: 
 “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal 
precipuamente a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
... 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as 
causas decididas em única ou última instância, quando a 
decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; ” 
O presente recurso também tem amparo no art. 18 da Lei 
12.016/09, “in verbis”: 
 “Art. 18. Das decisões em mandado de segurança 
proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso 
especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, 
e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.” 
DO PREQUESTIONAMENTO 
 
21 
 
Registra o prequestionamento da norma violada pelo Tribunal 
de origem, qual seja, Recorrente que a matéria objeto do presente 
recurso foi efetivamente discutida na instância originária, pela efetiva 
manifestação do Tribunal de origem quanto à violação ao art. 41, 
§2º, da CRFB, na forma das Súmulas 282 e 356 do STF. 
DA REPERCUSSÃO GERAL 
Registra, ainda, a presença de recursão geral no presente feito 
em razão da existência de questões de interesse econômico e jurídico 
que ultrapassam os interesses subjetivos da causa, tendo em vista o 
risco da Administração ter que reintegrar servidores demitidos após 
regular processo administrativo disciplinar e sem causa legal para 
tanto, conforme demonstrado, de forma minudente, nas linhas 
abaixo. 
DOS FATOS 
O Recorrido impetrou mandado de segurança contra ato do 
Ministro do Ministério X no Superior Tribunal de Justiça buscando sua 
reintegração ao cargo que ocupava, do qual foi demitido após regular 
processo administrativo disciplinar. 
Alegou que teria sido absolvido na ação penal ao fundamento 
de que o fato não constituía infração penal, na forma do art. 386, III, 
do CPP, c/c o art. 126, caput, da Lei 8.112/90. 
Nas informações prestadas pela autoridade apontada como 
coatora e na manifestação apresentada pela pessoa jurídica ora 
Recorrente demonstrou-se que não haveria razão para a pretendida 
reintegração, e que o acolhimento da tese do Impetrante implicaria 
violação ao art. 41, §2º, da CRFB. 
Ocorre que a ordem foi concedida pela autoridade julgadora, 
oportunidade em que expressamente não se acolheu a tese de 
violação ao spositivo constitucional supramencionado. 
Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que o servidor público 
responde por seus próprios atos nas esferas civil, penal e 
administrativa, sendo estas instâncias e seus respectivos processos 
de apuração e responsabilização independentes entre si. 
Não obstante, o servidor público estável será reintegrado ao 
cargo do qual foi demitido mediante processo administrativo 
disciplinar quando for invalidada a demissão por sentença judicial. 
É o que se vê do art. 41, §2º, da CRFB, abaixo colacionado: 
 “Art. 41... 
§2º Invalidada por sentença judicial a demissão do 
servidor estável, será ele reintegrado...” 
Pois bem. 
 
22 
 
As hipóteses mais comuns de invalidação judicial de demissão 
por processo administrativo se referem às situações em que, havendo 
concomitância entre as instâncias, isto é, nos casos em que o mesmo 
ato configura infração civil, penal e administrativa, o servidor é 
absolvido por sentença penal que tenha por fundamento a negativa 
da materialidade do fato ou da autoria, conforme estabelece o art. 
126 da Lei 8.112/90, “literis”: 
“Art. 126. A responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que 
negue a existência do fato ou sua autoria.” 
Percebe-se, assim, que não é qualquer causa de absolvição 
criminal prevista no art. 386 do CPP que interfere no processo 
administrativo disciplinar gerando o direito à reintegração. 
No caso em tela, como se vê, o servidor foi absolvido na esfera 
penal porque o fato não constituía infração penal (art. 386, III, CPP), 
prevalecendo, assim, o princípio da independência das instâncias, 
mesmo porque o fato, embora não tipifique crime, configura infração 
administrativa de natureza grave, justificando-se, portanto, a 
demissão imposta pela Recorrente ao Recorrido. 
Daí porque a decisão que concedeu a segurança e determinou a 
reintegração do Recorrido merece reforma, na medida em que deixou 
de considerar o fato de que a alegada absolvição penal, pelo 
fundamento apontado, não tem o condão de interferir na seara 
administrativa, havendo, destarte, violação ao art. 41, §2º da CRFB, 
acima transcrito, uma vez que a Recorrente não está obrigada, na 
hipótese dos autos, a reintegrar o servidor faltoso. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelênciaque seja 
conhecido e provido o recurso, reformando e modificando o acórdão 
recorrido, e proferindo nova decisão para declarar a legalidade da 
demissão do servidor, afastando o dever de reintegrá-lo no cargo que 
foi demitido. 
Requer a condenação do recorrido nos ônus da sucumbência, 
notadamente honorários advocatícios. 
Pede deferimento. 
Local..., Data..., Advogado..., OAB... 
 
Está chegando a Hora.... Da VITÓRIA!!!! 
 
Empenho e Fé nessa reta final, AMIGOS AMADOS!!! 
 
Imenso Beijo!!! 
 Aras e a sua Família CEJAS!!!

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