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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN SUZANA, brasileira, solteira, doméstica, portador da CTPS nº xxx, carteira de identidade nº xxx, com cadastro no PIS nº xxx, filha de (nome da mãe), nascida no dia xx/xx/xxxx, residente e domiciliada no endereço (endereço completo), vem por meio do seu Advogado, (email), (endereço profissional), propor a apresente. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Pelo procedimento sumaríssimo, em face de Moares, brasileiro, (estado civil), RG nº xxx, CPF nº xxx, residente e domiciliado, (endereço completo), pelas razões de fato e de direito que serão expostas a seguir. I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Preliminarmente a reclamante pede que seja concedido o benefício da justiça gratuita, previsto nos artigos 96 e 98 do NCPC, conforme preceitua a CF/88, em seu artigo §5º, LXXIV, por não ter condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo ao sustento próprio. II – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA A reclamante não se submete a CCP, em razão das liminares conferidas nas ADIN´s nº 2139 e 2160, que fazem prevalecer o artigo 5º, XXXV da CF/88. III – DOS FATOS 1 – DO CONTRATO DE TRABALHO A empregada foi admitida no dia 15/06/2015, para trabalhar como doméstica a título de experiência por 45 (quarenta e cinco) dias, na residência da família Moraes, em Natal/RN. Cumpria uma jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 7h às 16hs, como 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornadas, foi dispensada em 15/09/2015, recebendo as verbas, férias proporcionais de 3/12 anos, acrescido do terço constitucional e de 13º (décimo terceiro) salário proporcional a 3/12 avos. 2 – DO CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO A reclamante foi contrata para trabalhar como doméstica a título de experiência por 45 (quarenta e cinco) dias, findo os quais nada foi tratado e foi dispensada em 15/09/2015, três meses depois. Deve-se considerar que o contrato de experiência não deve ultrapassar 90 (noventa) dias. Porém, caso esse contrato seja pactuado por período menor e havendo continuidade do serviço, terão de ser prorrogados até completar 90 (noventa) dias, como não houve nenhuma tratativa a este respeito, após os 45 (quarenta e cinco) dias, o contrato passa a vigorar tacitamente por tempo indeterminado, conforme assegura o artigo 5º, §2º da Lei Complementar 150/15. Neste contexto, a reclamante pleiteia que seu contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais por prazo indeterminado, e que sua dispensa seja reputada sem motivo justo. 3 – DO AVISO PRÉVIO A empregada foi dispensada em 15/09/2015, sem o devido aviso prévio, tampouco recebeu a indenização correspondente entre as verbas rescisórias. Em razão de ser contrato de trabalho por prazo indeterminado, e de a empregada ter sido dispensada sem justa causa, com menos de um amo de serviço, a mesma faz jus ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, conforme o artigo 23 §1º da Lei Complementar 150/15. Na falta de aviso prévio por parte do empregador, o empregado tem direito a indenização correspondente, com reflexos nas férias e também no terço constitucional, bem como, também no décimo terceiro salário de acordo com o artigo 23 §3º do mesmo dispositivo legal. 4 – DOS DESCONTOS INDEVIDOS O empregador descontava 25% (vinte cinco por cento) do valor da alimentação consumida pela empregada e 10% (dez por cento) do salário a título de transporte. EXCELENTÍSSIMO, Doutor Juiz, o desconto de alimentação por taxatividade vedado pelo legislador, por meio do artigo 18, Caput da Lei Complementar 150/15. Além disso, o desconto de 10% (dez por cento) do salário a título de vale transporte e revela-se excessivo, pois o artigo 4º, PU, da Lei 7.418/85, atribui a este desconto o valor de 6% (seis por cento), do salário base do empregado. Sendo assim, a reclamante requer a devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor de alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento) descontado a mais do seu salário, durante o período trabalhado. 5 – DO INTERVALO INTRAJORNADA A reclamante trabalhava de segunda a sexta de 7h às 16hs, com trinta minutos para descanso e alimentação, como não foi acordado expressamente o intervalo intrajornada de 30 minutos, é obrigatório a concessão de no mínimo uma hora, conforme o artigo 13, Caput, da LC 150/15, com efeito a concessão parcial de intervalo intrajornada, que implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de hora extra, com acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal, Súmula 437, I, TST. Dessa forma, a empregada faz JUS, ao pagamento de uma hora extra diária durante o período trabalhado e por habitual os reflexos sobre férias a 13º salário. 6 – DO SERVIÇO EM VIAGEM A reclamante viajou com a família por 4 (quatro) dias para trabalhar com babá das 8h às 17hs, com uma hora de intervalo intrajornadas, a trabalhadora, por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, faz JUS, ao recebimento de remuneração, hora de 25%, no mínimo, superior ao valor do salário em hora normal, segundo dispõe o artigo 11 §2º da LC 150/15, percentual que deve prevalecer sobre as horas trabalhadas no período de viagem a serviço. Destarte, o reclamante requer o pagamento de 25% sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas neste período. IV – DO PEDIDO Diante dos fatos e fundamentos expostos, é o presente para requerer a procedência da ação, para fim de condenar o reclamado nos seguintes pedidos que quando couber, deverão ser acrescidos de correção monetária e juros. I – Concessão de plano e benefícios da justiça gratuita II – Que o contrato de trabalho seja reconhecido para todos os efeitos legais por prazo indeterminado e que a dispensa da reclamada seja considerada sem justo motivo III – Devolução do desconto de 25% do valor da alimentação e da diferença de 4% descontados a mais do seu salário durante todo o período . IV – Pagamento do aviso prévio de 30 dias e o reflexos das férias e terço constitucional, bem como o 13º salário. V – Pagamento de uma hora extra diária durante o período trabalhado e por habitual os reflexos sobre férias e o terço constitucional, assim como o 13º salário. VI – Pagamento de 30 minutos diários de hora extra, com reflexos sobre férias e o terço constitucional, assim como o 13º salário. VII – Pagamento de 25% sobre as 32 horas trabalhadas no período de viagem a serviço. Total das verbas líquidas R$ ______ V – DAS PROVAS Protesta provas o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do reclamado, que fica desde já, requerido bem como os de caráter documental e testemunhal para elucidação dos fatos. VI – DO VALOR DA CAUSA Dá-se ao valor da causa R$ ______ (valor em extenso em real), para efeitos fiscais. DO REQUERIMENTO FINAL Requer a improcedência dos pedidos elencados na exordial. Termo que DOU DEFERIMENTO. Local/Data Advogado/OAB nº
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