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DIREITO ADMINISTRATIVO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO DE IMPROBIDADE

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DIREITO ADMINISTRATIVO 1
Dion Alif Cruz De Souza
MATRÍCULA: 201510756868
Professor: ERLON ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país rico e democrático. Sua população hoje está próxima aos 210 milhões de habitantes e é por conta disso temos hoje uma grande estrutura montada para administrar seus recursos e garantir os interesses de todos. Entretanto, com a grande quantidade de agentes públicos, se faz necessário que haja uma maior fiscalização assim como bons meios de fiscalizá-los. 	
Nesse panorama, a necessidade de analisar os instrumentos e este meios é muito importante. Destaco aqui duas grandes ferramentas: Ação de improbidade e a ação Civil Pública. Apesar de serem reguladas por diferentes dispositivos legais, suas características e elementos mais comum são fatores relevantes para que se possa mencionar que Ação de Improbidade se apresenta como uma espécie de Ação Civil Pública. 
Destarte, apesar de sermos um país rico, vivemos em país mergulhado em desigualdades sociais, preconceito, radicalismos políticos, dentre outros problemas sociais e acentuados terrivelmente pelo maior esquema de corrupção que um sistema como o nosso já enfrentou no mundo e que empiricamente denominada Lava-Jato. 
Sem adentrar na complexidade dos grandes esquemas de corrupção que assolam o país, sejam a nível Nacional, Estadual e até municipal, e independente da esfera administrativa, bem como a forma, a estrutura, os agentes envolvidos e o modus operandi, Precisamos aqui entender a diferença entre as ações realizadas contra o combate a corrupção. 
Visando isto esta pequena exposição busca apontar as diferenças entre essas duas hipóteses de combate e controle a corrupção bem como a defesa dos interesses da Constituição, sejam direitos difusos, coletivos, individuais e homogêneos. 
1. AÇÃO CÍVIL PÚBLICA
Quando nos deparamos com uma pessoa jurídica, pública ou privada, ou uma pessoa física, particular ou agente público, violando os direitos difusos ou coletivos, temos duas ações prevista para combate-la: Ação Popular e a ação Civil Pública. A Ação popular se difere da ação pública, e aquela não é o objeto de estudo do artigo presente. Entretanto, aspectos básicos devem ser mencionados, com relação ao objeto das ações é nítida a diferença entre elas como explicam Garcia e Alves: 
Há nítida distinção: a ação popular, embora de índole desconstitutiva-condenatória (arts. 1º, 11, e 14 da Lei n° 4.717/65), não comporta condenação a obrigação de
fazer ou não fazer, limitação que não se verifica na ação civil pública (art. 3° da Lei n°7.347/85). (ALVES E GARCIA, 2008, p. 615).
CABIMENTO
Consubstanciando com a distinção acima, A Lei nº 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública), que institui a ACP (Ação Civil Pública), diz temos que: 
 “Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: […]”
Entre outras palavras, A ação civil pública é um instrumento processual, de ordem constitucional, destinado à defesa de interesses difusos e coletivos! Mesmo estando referida no capítulo da Constituição Federal relativo ao Ministério Público (artigo 129, inciso III). A localização dessa norma não afasta o caráter constitucional da ação civil pública também para aquelas promovidas por entidades públicas e associações colegitimadas. Essa ampliação se deve ao parágrafo 1º, do artigo 129, da Constituição Federal, pelo qual se estabelece a regra da sua não exclusividade do Ministério Público.
Todavia, O fato é que passou-se a chamar não só as ações propostas pelo Ministério Público de Ações Civis Públicas, Sendo que este já não é o único órgão que pode propor, mas os demais agora previsto, legitimados pela lei 7.347/88, com respeito ao assunto, vale a ressalva feita por Rodolfo Camargo Mancuso :
Essa ação não é pública porque o Ministério público pode promove-la, a par de outros colegitimados, mas sim porque ela representa um largo espectro social de atuação permitindo o acesso à justiça de certos interesses metaindividuais que, de outra forma permaneceriam num certo limbo jurídico. (MANUSCO, 1999, p.21)
EM SUMA, QUEM PODE PROPOR
Conforme o portal CNJ Sinaliza, e conforme mencionamos, Ação Civil Pública – Regida pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, Esta pode ser proposta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os estados, municípios, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde que constituídas há pelo menos um ano.
POLO PASSIVO
Entretanto, apesar de ter peculiaridades comum com a ação popular, Um dos diferenciais também é que nela podem figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
COMPETENCIAS E HABILIDADES
A competência para Ação Civil pública se denota no artigo 2° da Lei da Ação Civil Pública, dispõe que: 
“As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa”.
Todavia, há uma certa divergência no Poder Judiciário em relação a competência quando os interesses que devem ser protegidos são de âmbito nacional, pois nessa hipótese o dano pode ocorrer em qualquer Estado, e a decisão de uma comarca ou subseção judiciária surtirá efeitos em todo o território nacional.
	No que concerne essa situação, onde vemos esta seguinte Decisão do STJ:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇAO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LOCAL DO DANO. 1. Discute-se nos autos sobre qual Juízo deverá julgar ação civil pública por ato de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal em desfavor de servidores da Receita Federal do Brasil, por terem, supostamente, participado de processo administrativo disciplinar de forma irregular. 2. A competência na ações coletivas utiliza como critério definidor o local do dano, de forma a proporcionar maior celeridade no processamento, na instrução e, por conseguinte, no julgamento do feito, dado que é muito mais fácil apurar o dano e suas provas no juízo em que os fatos ocorreram. Precedente: CC 97.351/SP, relator ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 10/6/9. 3. Extrai-se dos autos que, de fato, o processo administrativo disciplinar foi instaurado pela 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, que engloba o estado do Rio de Janeiro. De modo que a maior parte dos fatos em apuração ocorreram naquele estado da Federação, ainda que algumas despesas de estada e deslocamento dos integrantes da comissão processante tenham sido determinadas por órgão central da Receita Federal em Brasília. Assim, imperioso reconhecer a competência da Justiça Federal do Rio de Janeiro para o julgamento da demanda. Agravos regimentais improvidos. (AgRg no CC 116815/DF (2011/0086279-2), Primeira Seção, relator ministro Humberto Martins, data do julgamento 28/3/12, data da publicação 3/4/12).
Por isso, a jurisprudência do STJ nesses casos também é clara:
 	(...) A orientação fixada pela jurisprudência sobranceira desta Corte é no sentido de que a decisão proferida no julgamento de ação civil pública faz coisa julgada nos limites da competência territorial do órgão que a prolatou. (...) (AgRg no REsp. 755.429/PR, relator ministro Sidnei Beneti, 3ª Turma, DJe 18/12/9).
Portanto, diante dos entendimentos do Superior Tribunal de Justiça fica evidente a fixação da competência em casos de englobamento nacional.
PROCEDIMENTO
A ação civil pública pode ser proposta pelo rito sumário do processo civil ou pelo rito ordinário, podendo ser aplicado antecipação de tutela se for o caso, é importante destacar que o código de processo civil precisa ser observado na referida ação. Importante aqui frisar que O Código de processo Civil, será sempre aplicado subsidiariamentea este processo no que houver omissão por parte de algum procedimento relacionado a esta ação, assim como CPC se aplica a todos os demais processos no Brasil. Assim, há também previsão inclusive de Liminar, aos moldes do CPC/15.
Recentemente, tivemos algumas ações Civis Públicas conhecidas de um modo Geral, pegando gancho do site da Politize, vamos a 2 exemplos:
Desastre Ambiental em Mariana/MG: Este foi o último grande desastre ambiental brasileiro a que se pode atribuir um culpado. Depois do desastre, o MPT (Ministério Público do Trabalho) entrou com uma Ação Civil Pública contra as causadoras do desastre, Samarco Mineração S.A, Vale S.A e BHP Billiton Brasil Ltda, para exigir indenizações e demais reparos ao meio-ambiente. Os moradores da região, além disso, receberam indenização em dinheiro, pois tinham direito coletivo sobre o dano causado às suas propriedades naquele local.Leia também: Desastres ambientais no mundo e Barragem de rejeitos e os casos de Mariana e Brumadinho.
Dieselgate — adulteração em testes de emissão de poluentes: Depois de investigações, descobriu-se que a Volkswagen instalou softwares que burlavam os testes de emissão de gases poluentes em alguns modelos da caminhonete Amarok. Uma associação privada, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador (Abradecont), exigiu em ACP a indenização de todos os consumidores lesados, que, juntos, possuíam um direito coletivo.
Eventualmente, a ação civil pública poderá ser antecedida por um inquérito civil, cuja função é colher provas é para o representante do Ministério Público, que tem competência exclusiva tanto para presidir como para instaurar tal inquérito.
1.1 INQUERITO CIVIL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA
De início, precisamos explicar uma coisa: O inquérito civil é procedimento a cargo do Ministério Público que tem a finalidade de reunir elementos para o eventual ajuizamento de ação civil pública. Desta feita, no primeiro contato já percebemos que o Inquérito Cível não é obrigatório para o ajuizamento da ação civil pública, uma vez que apenas ao ministério público está disposto este procedimento, porém Ação Civil é faculdade de outros órgãos como já mencionados anteriormente. 
O inquérito civil é um procedimento administrativo investigatório, de caráter inquisitivo, instaurado e presidido pelo Ministério Público. Seu objetivo é, basicamente, coletar elementos de convicção para as atuações processuais ou extraprocessuais a seu cargo. (MAZZILLI in MILARÉ, 2005, p.223)
O Inquérito Civil não é um processo administrativo; sendo assim, não há aplicação dos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa–, sendo essa sua natureza jurídica.
Tem caráter inquisitorial, unilateral, e facultativo, buscando coligir provas ou outros elementos de convicção para propositura de ação civil pública, e pra também tornar célere celebrações de compromissos de ajustamento de conduta.
Assim Motauri Ciocchetti de Souza aduz que:
O inquérito civil é um procedimento administrativo de natureza inquisitiva, presidido pelo Ministério Público – MP e que tem por finalidade a coleta de subsídios para eventual propositura de ação civil pública pela instituição. (Souza, 2005, p.14)
Na mesma trilha ensina Hugo Nigro Mazzilli
O inquérito civil é uma investigação administrativa prévia, presidida pelo Ministério Público, que se destina basicamente a colher elementos de convicção para que o próprio órgão ministerial possa identificar se ocorre circunstância que enseje eventual propositura de ação civil pública. (Mazzilli, 2000, p.53)
Interessante aqui mencionar a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
Agravo de Instrumento - Decisão proferida em demanda movida pelo Ministério Público, fundamentada em ato tido como de improbidade administrativa, previsto pela Lei Federal 8.429/92 - Decisão sobre a indisponibilidade dos bens dos réus a respeito da qual já ocorreu preclusão - Litispendência com ação popular inocorrente, pois diversas a causa de pedir e o pedido - Inquérito civil busca apenas informações a respeito da necessidade de ajuizamento do processo, em que será observado o contraditório, motivo porque desnecessário o contraditório na fase inquisitiva, que caracterizaria uma mera contradição - Prescrição inocorrente, no que tange ao ressarcimento dos danos, em vista do disposto no artigo 37, § 5o da Constituição Federal - Legitimidade ativa do Ministério Público, conferida pelo artigo 17 da Lei Federal 8.429/92 - Apesar de incabível a ação civil pública, tal como prevista na Lei Federal 7.347/85, o pedido deve ser deduzido em processo de conhecimento, pelo rito ordinário, em que possível o decreto liminar de indisponibilidade dos bens dos réus, o que foi observado - Recurso não provido. (Al 132.193-5, Avaré, 3a Câmara de Direito Público, rei. Des. Hermes Pinotti, j. 20/6/2000, v.u). “Ação Civil Pública - Propositura sem prévia instauração de inquérito civil - Admissibilidade - Mera faculdade outorgada ao Ministério Público - Instituto que não figura como pressuposto processual - Preliminar rejeitada - Recursos não providos. O inquérito, quer no âmbito civil quer no criminal, embora seja considerado praxe neste último, constitui faculdade para colher as provas necessárias ao ingresso das ações civil ou penal públicas. (Apel. Cível 211.502-1, Sertãozinho, rei. Des. Cambrea Filho, j. 8/3/1995, v.u.).
Luiz Roberto Proença conclui com a jurisprudência mencionada que podemos extrair os seguintes aspectos: “facultatividade de sua instauração, formalidade restrita, exclusividade de sua titularidade, e auto executoriedade”
 INSTAURAÇÃO
Pode ser instaurado por meio de despacho ou portaria, ambos despachos do órgão do Ministério Público, por meio de requerimento, ofício ou representação que lhe sejam encaminhadas. Já a instauração dá-se por ofício, ou atendendo a requerimento de pessoas, tendo de ser observado as disposições das leis locais.
Há 3 momentos que devemos mencionar no Inquérito Civil: a instauração, a instrução, e a conclusão. Tendo a instauração já realizada, há possibilidade de ter sua publicidade, tendo a possibilidade de os atos executórios ser realizados. Se atentar que apesar de ser apenas um inquérito, verifica-se os poderes do advogado para, na hipótese de prejuízo, estes podem se manifestar, a lei 13.245/2016, verifica-se os poderes para tal situação. Ressalvado claro, as limitações também previstas na referida lei e no andamento do inquérito de um modo geral. 
Conforme se coaduna, o Inquérito é um poder dado ao Ministério público, que detém com exclusividade esta prerrogativa.
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA
O Termo de ajustamento de conduta é típico meio alternativo de solução extrajudicial de conflitos: Uma vez proposto, espera-se que o compromitente vá cumprir o que lhe é exigido estabelecido pelo legitimado-compromissario. Se não o fizer, a situação extrajudicial não se esgota, não há um fim, e surge a possibilidade de ingressar em juízo por meio de execução. 
De acordo com o artigo 5.º, § 6.º, da Lei da ACP, com eficácia de título executivo extrajudicial, poderá ser firmado Compromisso de Ajustamento de Conduta ou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), tendo legitimidade alguns órgãos públicos proporem aos interessados (pessoa física ou jurídica, de Direito Público ou Privado) o efetivo instrumento.
Este instituto foi instituído no Direito brasileiro pela Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e, em seguida, reiterado pela Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Tal instrumento se consolidou na atividade do Ministério Público brasileiro, já que o mesmo tem vasta tradição no relacionamento com o público, como também extrajudicialmente nos conflitos de interesse.
Quanto ao seu efeito, a seguinte regra da resolução do CNMP:
Art. 1º, § 3º A celebração do compromisso de ajustamento de conduta com o Ministério Público não afasta, necessariamente, a eventual responsabilidade administrativa ou penal pelo mesmo fato, nem importa, automaticamente, no reconhecimento de responsabilidadepara outros fins que não os estabelecidos expressamente no compromisso (grifamos).
A legitimidade de tal instrumento está intimamente ligada a competência para dos órgãos públicos legitimados à ação civil pública ou coletiva, não tendo todos a legitimidade em si, a mesma está atrelada aqueles que somam à sua condição de legitimados ativos a condição de órgãos públicos.
Sobre sua natureza jurídica, Vejamos o que diz Hugo Nigro Mazzili:
O compromisso de ajustamento de conduta não tem natureza contratual, pois os órgãos públicos que o tomam não têm poder de disposição. Assim, não podem ser considerados uma verdadeira e própria transação, porque a transação importa poder de disponibilidade, e os órgãos públicos legitimados à ação civil pública ou coletiva, posto tenham disponibilidade do conteúdo processual da lide (como de resto é comum aos legitimados de ofício, como substitutos processuais que são), não detêm disponibilidade sobre o próprio direito material controvertido. Nesse sentido, o art. 841 do Código Civil corretamente dispõe que “só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação”. Assim, o compromisso de ajustamento de conduta é antes um ato administrativo negocial (negócio jurídico de Direito Público), que consubstancia uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a do particular (o causador do dano, que concorda em adequar sua conduta às exigências da lei).
IV - Legitimidade Ativa e Passiva
A legitimidade ativa para propor a execução do título de crédito extrajudicial consubstanciado nos termos do TAC está prevista na Lei Especial da ação civil pública, ex vi do art. 5º, incisos I a V e o seu § 6º, da Lei de Ação Civil Pública (LACP - Lei nº 7.347/85) combinado com o art. 82 do Código de Defesa do Consumidor (6).
Conforme destaca Costa, Fernandes Pereira:
Importante realçar que a legitimidade ativa é requisito inarredável para a propositura da execução. E o seu desatendimento implicará de plano no indeferimento da inicial, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito (CPC, art. 267, inciso VI). 
Portanto, nem todos os legitimados para ação Civil pública podem ser compromissários, apenas os órgãos inseridos na LACP em combinação com o Art. 82 do CDC
2. AÇÃO DE IMROBIDADE ADMINISTRATIVA
Ação de improbidade Administrativa, conforme resume Gustavo Augusto, Procurador Federal, “É uma espécie da qual Ação Civil Pública é gênero, e embora ela tenha algumas características penais, ela não se refere ao aspecto Criminal”. Daí podemos extrair que, uma mesma conduta pode ser um ato de improbidade e um crime. 
A Lei que prevê esta ação é a lei nº 8.429/92, tem o condão de evitar atos de enriquecimento Ilícito, ou que cause prejuízo aos Cofres públicos. Aqui precisamos fazer uma observação pertinente: A Diferença entre Servidor Público e agente público. 
O Agente público mencionado na referida lei supracitada, se refere a qualquer pessoa que exerça função pública, ainda que em caráter temporário e sem remuneração. Já o servidor é O Código Penal brasileiro que assim define o funcionário ou servidor público: "Art. 327 - Considera-se funcionário ou servidor público, para os efeitos penais, quem embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego, serventia ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública."
Outra observação é a respeito do terceiro atingido, uma vez que ele ele induza o ato de improbidade ou seja beneficiado por ato de Improbidade. 
LEI Nº 8.429/92 – 3 ARTIGOS SOBRE ATO DE IMPROBIDADE
Primeiramente, gostaria de transcrever 3 artigos essenciais para o que é considerado Ato administrativo: O Artigo 9º, Artigo 10º e o Artigo 11º, Respectivamente.
O Artigo 9º Trata do Enriquecimento Ilícito:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente incisos (...)
O Artigo 10º Trata do Prejuízo ao Cofre Público:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: E Incisos (...)
Sem esquecermos da inclusão da Lei Complementar de 2016:
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)
E por fim, o artigo 11º que fala dos princípios, ou seja, quando o ato fere a moralidade administrativa, Artigo 11, In Verbis:
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: Incisos(...)
Ou seja, quando ocorre um ato desvio de finalidade, ou por exemplo divulga-se uma informação que não poderia ter sido divulgada, ou mesmo quando fere a moralidade de um concurso público. 
Em suma, aqui tratamos das seguintes hipóteses:
1 -Os que importam em enriquecimento ilícito; aqueles que oferecem qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício do cargo.
2 - Ações que causam prejuízo ou lesão ao erário, como exemplo qualquer ação ou omissão que resulte em perda, desvio ou apropriação patrimonial.
3 - Aos que decorrem de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário, que nada mais é do que qualquer ação ou omissão que conceda, aplique ou mantenha benefícios financeiros ou tributários contrários ao que dispõe na lei.
4 - Por fim, são os atos que atentam contra os princípios da Administração Pública, sendo qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, como, por exemplo, frustrar a licitude de concurso público.
PENAS
Em harmonia com o já exposto neste trabalho, não estamos aqui nos debruçando aspecto do direito penal, todavia vale mencionar que esta lei traz em seu corpo penas a ser aplicadas. 
O Artigo que trata essas penas esta previsto no artigo é o artigo 12, nestes termos:
	Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). incisos(...)
	
	Cabe ressaltar que uma denúncia feita por um autor, embora sabendo que o agente é inocente acarreta detenção. Vejamos o que diz o artigo 19 da referida lei: 
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
SUJEITO ATIVO
Aqui encontramos um grande embate acerca dos sujeitos ativos desta ação, uma vez que há uma certa abrangência por conta de divergência doutrinária, todavia temos que entender que os atos previstos na Lei de Improbidade Administrativa abarcam os atos cometidos
pelos sujeitos ativos, por agentes públicos, na administração direta ou indireta e funcional,
transitória, ainda que sem remuneração. 
A Lei de Improbidade Administrativa incideinclusive sobre, mesmo que particulares, aqueles que se beneficiem dela, concorram ou induzam atos de improbidade administrativa. Dificuldade estaria em precisar o sujeito passivo, tendo em vista a quantidade e abrangência de entidades protegidas no Art. 1° da Lei
de Improbidade.
3. AÇÃO DE IMPROBIDADE x AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Se apresenta aqui o cerne desta pequena pesquisa, e aqui há uma questão complexa, que envolve divergência doutrinária e diferente pontos de vista. Nessa discussão, além de debater a natureza da Ação de Improbidade Administrativa e a Ação Civil Pública, vericamos também também são colocadas à mostra maneiras totalmente distintas de se enxergar o Direito.
Vamos traçar algumas semelhanças entre os elementos que compõem ambas as ações e identificando as semelhanças. 
A Lei de n. 7.347/85, que regulamenta a Ação Civil Pública, elenca como finalidades da ação a proteção ao meio-ambiente, ao consumidor; aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; à ordem econômica; à ordem urbanística; à honra e a à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. 
Para aqueles que defendem que essa ação é toda aquela de caráter não penal e instaurada pelo Ministério Público, a Ação Civil Pública é tem a responsabilidade pela proteção do patrimônio público e também do social, do meio ambiente e de outros direitos difusos e coletivos.
 Já a Lei de n. 8.429/92, que trata da Ação de Improbidade Administrativa, tem por objetivo a proteção do erário público, a qualidade devida dos serviços públicos e do princípio administrativo da moralidade. (SARMENTO, 2002, p. 154).
 	Primeiramente, vejamos esta semelhança: A Ação de improbidade visa tutelar direitos difusos, que são aqueles direitos que não podem ser divididos e cuja titularidade não pode ser determinada. São esses mesmos direitos que possuem sua proteção também prevista na Ação Civil Pública. Portanto, aqui se percebe elementos e semelhanças comuns. Outra questão é quando avançamos dos aspectos materiais para os aspectos valorativos: A Probidade e a moralidade também devem juntas ser entendidas como direitos difusos, em um sentido mais amplo.
	Em um artigo publicado por Thiago Villas Bôas Alves, Ele cita:
		“A Ação Civil Pública e a Ação de Improbidade Administrativa, por estarem relacionadas à tutela desses interesses difusos ligados à probidade administrativa, integram o chamado microssistema de tutela dos direitos difusos. A Ação de Improbidade, que foi criada em 1992, ainda não existia quando foi criada a expressão. Apesar disso, a lei, logo após ser criada, foi incorporada ao conjunto por tutelar interesses de natureza semelhante. “
Esse microssistema é citado em voto da Ministra Eliana Calmon:
 A carta de 1988, ao evidenciar a importância da cidadania no controle dos atos da administração, com a eleição dos valores imateriais do art. 37, da CF como tuteláveis judicialmente, coadjuvados por uma série de instrumentos processuais de defesa dos interesses transindividuais, criou um microssistema de tutela de interesses difusos referentes à probidade da administração pública, nele encartando-se a Ação Popular, a Ação Civil Pública e o Mandado de Segurança Coletivo, como instrumentos concorrentes na defesa desses direitos eclipsados por cláusulas pétreas. (REsp nº 686993/SP. 1ª T., rel. Min. Eliana Calmon). 
Transcrevendo algumas de suas observações, A Ministra Eliana destaca a legitimidade do Ministério Público em propor a ação civil pública com o objetivo de ressarcir ao erário em hipótese de danos ocasionados por ato de improbidade administrativa. Com essa afirmação da Ministra fica evidente a possibilidade de classificar a Ação de Improbidade como uma Ação Civil Pública. A moralidade é sempre muito citada quando ocorre o debate sobre o tema: é sabido que o Ministério Público é respeitado e espera-se que o mesmo aja com imparcialidade e transparência, resguardando os valores morais da sociedade. Segue o trecho de outro voto em que a Ministra destaca o papel do Ministério Público: “O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública objetivando a defesa do patrimônio público e da moralidade administrativa.”. (REsp nº 1135158/SP. 1ª T., rel. Min. Eliana Calmon).
LEGITIMADOS AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATAIVA
Quando partimos para os legitimados para propor vemos uma semelhança contundente: No tocante aos possíveis autores, a Lei de n. 7.347/85 expõe as possibilidades de maneira mais extensa. São legitimados para propor tal ação o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios, a autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, podendo ser também ser proposta por uma associação, desde que esta última esteja constituída há pelo menos um ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
 Já a enumeração feita pela Lei de Improbidade Administrativa é feita de forma mais sucinta citando apenas o Ministério Público e as pessoas jurídicas interessadas. O professor George Sarmento analisa quais a pessoas jurídicas interessadas possuem tal legitimidade, além do Ministério Público: “as pessoas da Administração Direta – União, Estados, Municípios e Distrito Federal – Administração Indireta – autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista – e Fundações Públicas”. Para propor a ação, a pessoa jurídica deve apresentar interesse jurídico no provimento jurisdicional almejado. (SARMENTO, 2002, p. 154-156).
 Apesar de também serem legitimadas as pessoas jurídicas para propor Ação de Improbidade Administrativa, percebemos que há uma maior tendência de que esta seja proposta pelo Ministério Público, Já que este comporta alguns privilégios:
- A exclusividade do inquérito civil; -Como já trabalhamos anteriormente
- Sua Isenção de taxa judiciária referente ao ajuizamento da ação; 
- pode atuar em diferentes funções na Ação de Improbidade (autor, fiscal ou litisconsorcial) e na hipótese de improcedência o Ministério Público não arca com o ônus da sucumbência.
 Essa preferência pelo Ministério Público se deve por conta do papel social e jurídico que o mesmo exerce. (SARMENTO, 2002, p. 154- 156).
SANÇÃO – PENAS APLICADAS
Vamos tratar aqui de uma das mais claras diferenças entre os dois dispositivos: As sanções. Já adianto que aqui há por grande parte dos estudiosos do assunto, um ponto que é a chave para compreendermos a diferença entre os dois dispositivos. 
 No que tange a previsão legal do objeto, a Lei de Ação Civil Pública se apresenta muito mais curta. O objeto dessa lei é tratado como resumo, vemos apenas citação à condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer. Simples, todavia é necessário aqui um exercício interpretativo mais expansivo.
 Já a descrição do objeto da Lei de Improbidade Administrativa deixa menos espaço para interpretação e expõe em minúcias suas sanções, na esfera do Direito Civil. O objeto vai bem além, pois prevê sanções como: A perda da função pública; a suspensão dos direitos políticos; multa civil e a proibição de relações de negócios com o Poder Público. Perda de bens que foram acrescidos ao patrimônio de modo ilícito; a preocupação com o ressarcimento do dano.
 Apesar de não prever sanções na Esfera penal, Outro ponto já abordado na introdução deste dispositivo, salvo em caso específico de denúncia irresponsável e motivada por má-fé, os atos de improbidade administrativa serão punidos por legislação ordinária do CÓDIGO PENAL.
Já as punições de caráter administrativo, os atos cometidos também poderão sofrer retaliação, independendo de punição civil – o órgão administrativo, porém fica impossibilitado de aplicar as sanções civis, visto que a persecução deve ser por via judicial. 
José Antônio Lisboa expõe bem a questãoda Lei de Improbidade atuar na área civil e a ausência de prejuízo da ação penal: Cabe observar que a aludida ação não tem natureza penal, mas civil, sendo certo que o parágrafo4º do artigo 37 da Constituição da República, após mencionar as consequências decorrentes dos atos ímprobos, destaca expressamente: 
“sem prejuízo da ação penal cabível”. Sendo assim, parece claro que o ressarcimento, a perda da função ou cargo e a indisponibilidade cautelar de bens, todos previstos no aludido dispositivo constitucional, são obtidos em ação civil. (NEIVA, 2009, p. 134) 
Nesse embate, muitos se utilizam dessa diferença para cravar como o ponto essencial que demonstra expor definitivamente as duas ações como elementos sem a menor relação, apenas com algumas semelhanças.
Sobre o cuidado de não tornar redundante e expendido a pesquisa acima mencionada, se faz necessário um trabalho com maiores observações e análises, para conseguirmos traçar com plena eficácia o máximo de todos os pontos em comum e divergentes destes dois dispositivos. Sabemos que hoje o STJ tem o entendimento que a Ação civil pública é também instrumento hábil para hipótese de improbidade administrativa. Este entendimento segue o voto do Ministro Campbell Marques, que reafirma o que já discorrido pelos votos da Ministra Eliana Calmon, e coaduna com boa parte da doutrina:
O Ministério Público é parte legítima para ajuizar ação civil pública objetivando
tutelar o patrimônio público, bem como apurar eventual ato de improbidade
administrativa cometido por prefeito de município. (REsp nº 874618/SP, 2ª T., rel.
Min. Mauro Campbell Marques).
Apesar das divergências doutrinárias ainda existentes, cada vez mais esse entendimento é aceito e adotado pelas Cortes de todo o país. Diante de diversas evidências que corroboram esse entendimento, a jurisprudência criada se une no sentido de fortalecer a tese de que a Ação de Improbidade Administrativa é de fato uma espécie de Ação Civil Pública.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como exposto, a Ação Civil pública é instrumento Hábil e essencial para a proteção dos nossos direitos difusos e coletivos. Esta ação ela esta permeada de procedimentos e particularidades que permitem ser diferenciadas de outras ações. 
Com a Presente exposição vimos entretanto, que apesar de ter em seu bojo os meios além do objeto a ser combatido, a ação é limitada a determinados entes, levando em conta o que a lei nos remete, seus polos ativos e passivos.
Vimos também a importância do Inquérito Civil, e a sua diferenciação de uma ação, uma vez que o inquérito é um procedimento administrativo, logo não falamos aqui ainda de ampla defesa e contraditório. O inquérito é parte da Ação porém tem sua competência limitada ao Ministério Público. 
Vimos ainda que a Ação de improbidade administrativa é aqueles previstos na lei de improbidade administrativa, artigos 9º , 10º e 11º, quando há enriquecimento ilícito, ou prejuízo aos cofres públicos, ou ainda quando fere a moralidade administrativa. Que esta não se trata de esfera penal mas prevê determinadas penas para aqueles que cometem tal ação. 
E por fim vemos que há uma leve distinção e uma grande semelhança entre a Ação Civil pública e a Ação de improbidade administrativa, o que leva parte da Doutrina e até decisões no sentido e ser a Ação de improbidade uma espécie, da qual a Ação Civil Pública é Gênero. 
Com a presente exposição e os contrapontos auferidos, conclui-se que o conhecimento das ações e procedimentos para suas demandas são essenciais para todos nós, na condição de cidadãos e diretamente interessados na proteção de direitos que nos é de direito. A nação Brasileira é um país grande e tem tudo para ser uma nação em pleno desenvolvimento. Possuímos ferramentas para o combate da desigualdade e das mazelas sociais que persistem na Presente nação, todavia se faz necessário que os operadores do direito atuem, instruam e cobrem quem nos presta o serviço público. Seja na seleção dos nossos representantes políticos, seja na cobrança dos órgãos públicos e nas demandas que certamente são do interesse de todos nós. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 A Lei nº 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública)
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5949083/recurso-especial-resp-874618-sp-2006-0181072-8
AGU EXPLICA – AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTATIVA : YOUTUBE https://www.youtube.com/watch?v=Tv302V6WeWg https://www.youtube.com/watch?v=lhiDS-pr7fM
RELAÇÃO ENTRE A AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMNISTRATIVA E A AÇÃO CIVIL PÚBLICA - Thiago Villas Bôas Alves ( http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=d01dbd2e917a9cef )
Ação Civil Pública: uma forma de defender direitos Coletivos https://www.politize.com.br/acao-civil-publica/
SARMENTO, George. Improbidade administrativa. 1. ed. Porto Alegre: Síntese, 2002.
PORTAL DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-entenda-a-diferenca-entre-acao-popular-e-acao-civil-publica/
CNJ a serviço: entenda a diferença entre ação popular e ação civil pública. Disponível em:lhttp://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/81222-cnj-servico-entenda-a-diferenca-entre-acao-popular-e-acao-civil-publica.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação Civil Pública: em defesa do meio ambiente, patrimônio cultural e consumidores. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
https://tse.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/574103721/embargos-de-declaracao-em-agravo-regimental-em-recurso-especial-eleitoral-respe-1302120156050000-brumado-ba?ref=juris-tabs
NEIVA, José Antonio Lisbôa. Improbidade administrativa legislação comentada artigo por artigo doutrina, legislação e jurisprudência. Niterói: Impetus, 2009.
https://jus.com.br/artigos/65330/acao-civil-publica
(AgRg no CC 116815/DF (2011/0086279-2), Primeira Seção, relator ministro Humberto Martins, data do julgamento 28/3/12, data da publicação 3/4/12).
Portal da Associção dos Magistrados na Justiça do Trabalho : https://www.anamatra.org.br/artigos/619-o-inqu-rito-civil-na-promoc-o-da-ac-o-civil-p-blica-017349231631820305
AgRg no REsp. 755.429/PR, relator ministro Sidnei Beneti, 3ª Turma, DJe 18/12/9).
Milaré, Edis (Coord) A Ação civil pública após 20 anos, efetividade e desafios. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005
LEI Nº 13.245, DE 12 DE JANEIRO DE 2016, que dispõe sobre a alteração do artigo 7º do Estatuto dos Advogados do Brasil. 
Hugo Nigro Mazzilli - O Inquérito Civil 2ª Edição, Editora Saraiva, 2000
SOUZA, Motauri Ciocchetti de, Ação Civil Pública e inquérito civil, 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2005.
http://lex.com.br/doutrina_26089822_TERMO_DE_AJUSTAMENTO_DE_CONDUTA__TAC.aspx

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