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Vigiar e punir (Salvo Automaticamente) 123

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HORUS FACULDADES
PROFESSOR: LUIS GERALDO GOMES DOS SANTOS
ALUNO: HERICK ARTHUR RODRIGUES BAUMGRATZ
CUROSO: DIREITO/TERCEIRO SEMESTRE
MATERIAL: LIVRO VIGIAR E PUNIR (MICHEL FOUCAULT)
Resumo: Vigiar e Punir
Na primeira parte do livro o autor busca relatar como ocorria as penas na época; como ocorreu sua evolução no meio do direito; quando de fato a justiça começou a preservar e defender o princípio da dignidade humana, principio hoje que é base em nosso ordenamento jurídico.
Logo de início o autor busca causar um impacto contando detalhadamente como ocorria uma execução e os meios de tortura que eram utilizados. Podemos perceber então que para os réus condenados na época, ou ainda em fase de investigação, os capatazes tentavam fazer que o acusado confirmasse o delito através de torturas, era mais vantajoso o acusado confirmar o delito, pois assim não sofreria tanto e teria a morte rápida e cruel, pois a dor e a tortura utilizada eram tanto, que muitas vezes se suplicava por morte.
Porém com o passar do tempo, e o surgimento da guilhotina (forma de matar rápida sem dor e sofrimento) começou a perceber-se que a morte em si não causava tanto sofrimento ao condenado, quando privar o mesmo da liberdade. Então começa no ordenamento jurídico nova forma de julgar, conquistar outra direção, buscando atingir à alma do condenado, o coração, seu físico e psicológico, assim o mesmo iria sofrer de fato pelo crime que cometeu.
Aproximadamente em 1787, três décadas depois dos fatos narrados de tortura e morte, eis que surge o regulamento redigido por Léon Faucher, para a casa dos jovens detentos de Paris, nos quais regulava em seus Artigos, o horário em que o dia dos detentos se iniciava e terminava, nas respectivas estações de verão e inverno; o horário de levantar; do momento da oração que à fazia; do trabalho; das refeições, entre outras formas de controle que o mesmo acostava em seu regulamento.
A partir da metade do século XIX começa-se falar do desaparecimento do suplicio, visto que se tratava em uma questão de humanização, consciência, por mais que a outra forma de julgar ainda atingisse o corpo, como por exemplo, a redução alimentar, a privação sexual, o forte desgaste físico, as prisões subterrâneas (masmorras).
No entanto tal forma de julgar foi criando brechas, como buscar a culpabilidade do sujeito; quem era realmente o culpado; seu passado criminoso; qual crime ele teria cometido; a relevância do crime; sua saúde mental, e ai sim, neste último não eram mais os juízes quem condenavam, e sim, os peritos, os quais respondiam os três quesitos impostos a ele, quando o mesmo não queria condenar, os quais eram: O acusado apresenta alguma periculosidade? É acessível à sanção penal? É curável ou readaptável?
Desta maneira podemos perceber de forma explicita o princípio da dignidade humana, onde era avaliada a saúde mental, a periculosidade, a culpabilidade, e a forma com que o mesmo poderia ser readaptado ou curado, como nos termos citados no livro em pauta.
A ostentação dos suplícios nos explica a eficácia e a forma que as penas eram aplicadas na década de 1670.
Para o escritor o suplício não correspondia qualquer punição corporal, para ele seria uma produção diferenciada de sofrimentos, um ritual organizado para a marcação das vítimas e a manifestação do poder que pune. Que era nos excessos dos suplícios, se investe toda a economia do poder (pag. 37).
Podemos dizer como um grande absurdo deste episódio é que o próprio acusado até a sentença, não saberia pelo o que estava sendo acusado, desta forma impossibilitando a defesa do mesmo, ou seja o acusado não teria acesso ao processo. Por exemplo, as denúncias anônimas, por escrita, por si só já constituía como prova para o processo, restando só que localizasse o acusado para então interroga-lo e sentenciar.
A forma secreta que se estabelecia o processo da época era para os soberanos e juízes de direitos absolutos e um poder exclusivo. Ayrault Suponha que esse procedimento tinha como origem o medo de tumultos, gritarias e aclamações, o medo que houvesse desordem, violência e impetuosidade contra as partes, e até mesmo contra os juízes (Pag. 55), desta forma o rei queria mostrar que o direito de punir, não pertencia a multidão; e que diante da justiça do soberano, todos deviam se calar.
Porém tal forma de julgar, poderia ser vista como uma forma injusta, por exemplo, o juiz pode interrogar um assassino, que tenha forças e frieza para esconder e negar o crime, como pode interrogar um inocente, que ao não aguentar as pressões e torturas, passe a assumir um crime que não cometeu.
Tal forma passou a ter sua real função, quando compreendida, que a forma de governar se passava através do medo das pessoas, ou seja, quem viesse a desrespeitar as leis da época, iria submeter o seu corpo ao poder, para que esse, através de suas sanções viesse a demonstrar o poder do soberano, vale ressaltar que o livro traz diversas vezes na parte do suplicio que o criminoso é inimigo do príncipe.
A política do medo, muitas vezes ocorria após a morte do condenado como cita o livro (pag.69), onde relata a forma cruel de uma execução, quando o condenado foi morto, e logo após teve seu peito e barriga aberto, onde foi retirado seus órgãos vitais e pendurados em ganchos de ferro.
Veja bem, nesse caso podemos perceber a ostentação do suplicio e seu poder, poucas pessoas conseguiriam assistir tal meio cruel, porém o medo que causava, faria com que em tese outros não iriam praticar o mesmo crime.
Logo no início do capitulo da punição, podemos perceber que houve uma mudança na forma de punir, onde buscava-se penas moderadas e proporcionais conforme seus delitos, e a pena de morte só seria imputada aos culpados assassinos, e aí buscar a abolição dos suplícios, estes que causavam revolta para a humanidade.
Ao final do século XVIII várias discussões estavam em pauta, principalmente a exclusão do suplicio, devido a revolta que o mesmo causava na população, muito se dizia que o poder, o soberano, devia buscar punir o condenado ao invés de se vingar do mesmo. Nesse sentido passou-se a perceber uma leve, porem radical mudança quanto ao assunto dignidade humana, as pessoas necessitavam de um castigo sem suplicio, “no pior dos assassinos, uma coisa pelo menos deve ser respeitada quando punimos: sua humanidade” (pag. 95).
Traz o livro que o príncipe usava do sangue como forma de justiça, quando ocorresse uma rebelião. No entanto, tal punição passou-se a ser muito mais rígida que os suplicio, buscando punir crimes que por muitas vezes passavam-se despercebido, vale ressaltar que neste forma de punição o estado não busca a vingança sobre o condenado e sim puni-lo de forma que o mesmo não venha mais a cometer o delito.
A punição era uma forma de defesa exercida pela sociedade, desta maneira, o condenado seria preso, e serviria de modelo para que nem ele, e nem outros viesse a cometer esse delito.
Apesar desse novo modelo de punição, ainda havia de fato o poder excessivo por parte da autarquia, desta forma, ainda com grandes frequências o poder continuava a dar sentenças arbitrarias, e por esse poder excessivo da acusação, por muitas vezes, criavam crimes privilegiados, ou inocentavam uma pessoa, da mesma forma que também poderia deixar o acusado sem armas para defesa, e sendo assim os juízes teriam a tendência de ser mais severos.
Porém foram os reformadores que buscaram regularizar o poder judiciário, após varia críticas sobre a forma de legislar do rei, e sua influência enorme no judiciário, os reformadores propuseram uma forma de justiça “independente”, sendo que o poder da tirania não poderia ser exercido sobre a mesma, desta forma, seria possível um melhor controle, sendo a justiça concentrada sob um só poder, um só comando, que era o judiciário.
Tal reforma supracitada, buscava não punir menos, mas sim punir melhor, de uma forma mais atenuada, buscando as características de cada crime e suas respectivas penas, visando assim inserir profundamente no corpo social o poder de punir.
Podemos perceber quelogo em seu início, tal punição tinha como uma de suas fontes de direito o costume, fonte essa que facilitava de certa forma para que crimes, ilegalidades, passassem despercebidos devido a não causar revolta social, logo não seria crime. Exemplos de ilegalidades: a vadiagem; o camponês que fugia de seu patrão; o mendigo que assaltava para comer; contrabando; lutas contra os agentes do fisco; os trabalhadores que lutavam pelos seus direitos e qualidade de vida melhor, entre outros delitos, que eram aceitos pela sociedade.
Porem anos após isso, passou-se a ter uma separação drástica entre o pobre cada vez mais pobre e o rico acumulando cada vez mais riqueza. Com o acumulo de riquezas, tais crimes como, contrabando, lutas contra os agentes do fisco, passou a ser substituído por roubos, pilhagem, matança de gados, incêndios em fazendas, quebras de cerca, visto isso viu-se a necessidade de uma modificação da ilegalidade permitida, pois agora não era só os pobres que estavam sendo saqueados, os ricos também passaram a ser alvo desses delinquentes. Visto isso, surge a necessidade de punição para esses delitos, pois agora o alvo era os bens.
Porem para que surtisse efeitos tais punições, seria necessário uma modificação nos princípios pelos quais se aplicaria a pena, deste forma, era visto a lei como uma forma de contrato entre a sociedade e o poder, assim aquele que não cumprisse com o contrato estaria infringindo não só a vítima, mas sim uma sociedade como um todo, tendo assim punições mais severas, e a observância de diversos crimes que antes não eram valorados. 
Mas com essa forma de aplicação da lei, ressurge o superpoder da soberania, o qual teve que ser regulado pelo princípio da moderação das penas, pois nada adiantaria partir de suplícios onde era um super poder do soberano para uma revolução pela qual não alteraria o super poder dos soberanos.
Desta maneira viu-se a necessidade de fixar penas, de maneira que para cada delito haveria uma pena, e o condenado ou condenados, seriam julgados de forma individual, podendo este ter penas diversas, mesmo que fosse o mesmo crime, com o intuito de que o crime traz vantagens, e o tempo que o condenado ficaria preso, não compensaria o crime, pois passaria de ser vantajoso, e desta forma, deveria evitar que surgisse novos delitos desta espécie. 
Ai surge a ideia dos princípios, sendo eles o : regra da quantidade mínima, que traz se um crime desejado, quando aplicada uma punição rigorosa ele passaria de ser desejável; regra da idealidade suficiente, este princípio é a representação da pena que deve ser maximizada, e não a sua realidade corpórea; regra dos efeitos laterais, traz que a pena tem que trazer mais efeitos para aqueles que não cometeram o crime, do que para o próprio condenado; regra da certeza perfeita, faz com que a sociedade ligue a ideia de praticar o crime com o castigo que será aplicado em si, em caso de comete-lo, e que nenhum crime pode escapar dos olhos de quem busca punir; regra da verdade comum, a verdade do crime só poderia ser admitida uma vez quando comprovada, logo o magistrado se propõe a descobrir uma verdade interessante, desde que comprovada; regra da especificação ideal, surge a ideia de um código, onde lá estariam todos os delitos, para que então não se escapasse de punir nenhuma ilegalidade; regra da especificação ideal, logo surgiria também o mais culpado e o menos em caso de concurso de agente, e em casos de um pobre cometer o crime e um homem da sociedade, tendo penas distintas para o mesmo crime, para que o condenado sinta a punição;.
Também surge como forma para discriminar as penas e delitos, se o autor for reincidente ou se cometeu de forma culposa, ou até mesmo se o autor apresenta algum déficit mental ou loucura incontrolável, tudo isso passou-se a ser questionado para a aplicação das penas.
Já no que tange a mitigação das penas, o autor traz em discussão a necessidade de que cada crime houvesse um castigo que o reprimisse, a ponto de que não se compensaria mais comete-lo, sendo que para que houvesse a efetiva aplicação da pena, os castigos teriam que estar “interligado” desta maneira, quando não houvesse Lei explicita para o delito, seria possível fazer a analogia do delito e enquadrando o mesmo em um crime, pelo qual já tinha um castigo estimado.
Também traz que para que o castigo surtisse seus efeitos da forma mais eficaz, não bastaria só punir, mas tratar ao contrario aquele que comete o crime para que ele tivesse uma função social, por exemplo: Prender um mendigo por vadiagem. Tal castigo, a prisão em si, não iria resolver o problema social, porem punindo o mesmo pelo crime de vadiagem, seria possível que além da prisão, este seria obrigado a trabalhar ao extremo, deixando de ser vadio, e tendo que trabalhar com todas as suas forças para se manter vivo.
Logo quanto o mendigo tratado de tal maneira, iria perceber que é melhor trabalhar de forma razoável, do que cometer a vadiagem e ser tratado como escravo. Em tese tal forma de punir seria muito eficaz, porem começa a atingir novamente a dignidade da pessoa humana.
Buscava-se ensinar o delinquente desde seu início, que ele é dotado de liberdade, honra, dignidade, possui bens, família, porém ao cometer um delito pela qual contrariou todos os princípios de bom homem na sociedade, esse seria mitigado seus direitos, a ponto de não ter mais nada, e quando houvesse a tal liberdade, este que era o delinquente, saberá o valor das coisas, e então o de conquistar tudo de novo.
Dessa forma traz que além de punir deveria haver um sistema pelo qual o prisioneiro se interessaria, mostrando de como é tratado um criminoso que começa a cumprir seu castigo (prisão fechada, sozinho, comendo o mínimo necessário, só pão e água), e que a pena deve agir de forma decrescente, desta forma, após apresentar bons comportamentos, ou passado algum tempo, esse criminoso poderia trabalhar dentro da prisão, pelo qual seria remunerado, e conforme seu trabalho, seu rendimento, este receberia alimento de melhor qualidade e sustentabilidade.
Assim podemos perceber que a pena sairia da forma mais grave para a menos grave. Surge então que a pena tinha que haver pelo menos um previsto de duração, uma pena máxima, para que o condenado e a sociedade tivesse conhecimento da pena e do castigo através da transparência do poder e sociedade, assim este que cometeu o delito iria servir para a sociedade que sofreu as consequências, como forma de recompensar o acontecido.
Essa maneira aumentou drasticamente o número de detentos da época, pois qualquer crime cometido resultaria na reclusão do delinquente, e logo isso aumentou de 40 para 40.000 a proporcionalidade de indivíduos presos, e assim seria, se eu roubei sou preso, se eu matei, sou preso, sendo que em uma análise mais simples, seria como se fosse um médico tratando várias doenças com o mesmo remédio, porem em doses diferentes.
Desta maneira a punição encontrada por meio da prisão que veio a substituir os suplícios, tinha como suas principais funções: mostrar para a sociedade e o individuou que o crime não compensa; que para aquele que cometesse um delito, para ele haveria a imposição de um castigo; e tinha como papel fundamental, buscar a reabilitação desse indivíduo.
Assim o individuo seria privado de sua liberdade, sendo exposto a trabalhos pesados e árduos, porem este seria remunerado pelos seus serviços, e ao cumprir sua pena, o condenado teria uma profissionalização, ou uma qualificação que ajudaria o mesmo a ingressar em algum trabalho, fazendo com que este não buscasse mais o delito.
A disciplina nos traz a visão das cobranças e os moldes para ser um soldado de sucesso, aqueles que já nasciam pronto par ser tal soldado devido a sua fisionomia. No entanto com o passar do tempo viu-se a necessidade de fabricar soldados, ao invés de se pegar um homem já apto para o trabalho, passaram a utilizar-se de homens inaptos, e através da disciplina de corrigir tanto a postura quanto seus movimentos, criar um novo soldado.
Essa ideia de disciplina foi ampliadae utilizada na prisão, pois um homem disciplinado, dificilmente cometeria novo delito. Pois para os donos do poder naquela época, o corpo seria um corpo que se manipula, se educa, se modela, se treina, obedece, responde e se torna hábil.
A disciplina diferente da escravidão, da submissão, da domesticidade ela busca alcançar o máximo a qualidade do corpo, não somente usando em seu favor, mas aumentando suas habilidades, tornando-o obediente e útil, desta maneira uma das principais referencias da disciplina é que ela não busca que o corpo do disciplinado faça como o poder quer (escravidão), mas para que operem como se quer, assim sendo mais eficaz o condenado em termos de utilidade, e em termos de obediência.
Tal disciplina não ia só contra o condenado, pois a ideia era fazer com que a população contribuísse de tal forma, logo tal disciplina passou-se a ser utilizadas tanto em escolas educativas, quanto na lei ( que em si seria a disciplina), quanto nos centros militares, assim quanto mais pessoas educadas tivesse, mais corpos dóceis teriam, e assim seria mais fácil de controlar a população para que a mesma não viesse a delinquir.
Foi distribuído formas para colégios, onde a boa educação causava uma disciplina boa para as crianças, pelas quais cresceriam com o intuito de que quando o estado impor algo para a população é o correto.
Os quarteis também utilizavam dessa disciplina para controlar os cidadãos rebeldes, os quais não seguem de forma correta a ordenação, no entanto, com a preocupação do estado em controlar tudo, houve um crescimento drástico na fundação de novos quartéis.
Também foi utilizado a regra das organizações funcionais, que tinha como base que cada pessoa deveria ter seu lugar dentro de uma indústria de forma individual, e onde um chefe pudesse coordenar todos seus operários, aumentando assim a produtividade, e diminuindo a vadiagem que havia no local, fazendo com que esse trabalho, fosse um trabalho de força concentrada, e não apenas pessoas dispersas.
Por sua vez a disciplina veio como forma de organizar os indivíduos, pelas suas características como idade, periculosidade, comportamento. Assim como nas escolas passou-se a haver como se fossem classes com alunos, no entanto cada um teria o seu próprio lugar, escolhido pelo coordenador, e assim separando os indivíduos bons dos ruins.
Era dividido em horário, pelo qual os organizadores faziam zelar pela pontualidade, cita no livro o exemplo dos quarteis, os quais tinha horário pra levantar, tempo determinado para se ajoelhar, e depois sentar-se na cama. Neste período o controle do tempo era a melhor forma de controlar o indivíduo, pois esse que exercer suas atividades, dentro do tempo estipulado, logo não se dispersaria com os outros indivíduos. Podemos fazer uma breve comparação da prisão, que os indivíduos tem horário pra acordar, arrumar o leito (quando se tem), se organizar em filas, e seguir para as atividades que foram relacionadas para estes.
Em segundo plano traz a elaboração temporal do ato, o qual tinha como objetivo controlar o interior de um soldado, para que todos agissem do mesmo modo e ao mesmo tempo, para que quando estes marchassem, seguissem o mesmo compasso.
Em terceiro vem donde o corpo e o gesto posto em correlação, relaciona como um gesto feito de forma correta é mais eficaz, exemplo a postura para que o mesmo se apoie sobre a mesa para escrever de forma legível e rápida.
E o quarto trata da articulação corpo e objeto, a exemplo de um soldado bem treinado o qual, bem disciplinado faz com que o seu fuzil faça parte de seu corpo com apenas uma engrenagem separando-os, assim cada movimento devera ser feito em um determinado tempo, com o determinado movimento e postura. 
E ainda tratava da utilização exaustiva, a qual se referia ao tempo em que estes estavam servindo, sendo que o tempo é algo precioso dado por Deus, e pago pelos homens, assim aquele que não valorizasse o tempo, logo pecaria no aspecto moral, pois a pontualidade e ordem eram os primórdios da época.
Assim após todos disciplinados, em seguir ordens, formar filas, executar suas tarefas de forma eficaz e no mínimo de tempo, se tornaria uma forma robotizada de disciplina, sendo que, as pessoas desde crianças seriam submetidas a essa forma imposta pelo Estado.
Desta maneira podemos perceber que a disciplina é uma só para todos os indivíduos da sociedade, porém cada indivíduo tem suas características especificas, pelas quais as diferenciam dos outros, porém esse, ainda que diferente deve seguir as mesmas disciplinas trazidas pelo poder.
A organização do gêneses tratava da separação por qualificação, dividindo em turmas de alunos, soldados ou presos, aqui vai apenas um exemplo de como se orientaria essa turma.
Em primeiro lugar seria reunido todos as pessoas (irei usar o exemplo do soldado para ilustrar de maneira mais clara). As pessoas eram todas colocadas em turmas separadas conforme seu conhecimento e disciplina, sendo que em um primeiro grupo de soldados era composto somente por pessoas que não tinham conhecimento algum sobre a postura, marcha, conhecimento do corpo e como segurar um fuzil. Assim esses soldados eram treinados passo por passo, só podendo progredir para outro exercício após aprender de forma integra o primeiro, (exemplo primeira se aprendia a marchar para depois pegar um fuzil).
Em segundo lugar organizar essas sequencias segundo um esquema analítico diferente do exemplar visto no século XVI, mas sim elementar, podendo assim os movimentos dos soldados além de uniforme serem uteis.
Na terceira parte visava, através de uma prova imposta ao indivíduo, visualizar se este, atingiu de fato o nível estatuário, que o mesmo está no padrão de aprendizagem esperado, e distinguir a capacidade de cada indivíduo.
Já na quarta parte deste processo, se estabelece series, pelas quais cada individuo iria representar sua função, conforme sua capacidade obtida na terceira fase, logo haveria a distinção entre homens aptos a guerra, e outro que não poderão seguir mas terão outra função, exemplo de um soldado que atingiu todos os seus níveis no máximo e sua capacidade terá seu posto ou sua serie mais avançada que os demais.
Antes do surgimento do fuzil, os soldados eram colocado de maneira centralizada, uma disciplina onde os movimentos eram coordenados, e os soldados separados por suas características: imagine um grande triangulo com vários triângulos pequenos dentro deste, pois bem era assim que era disciplinado, sendo os integrantes do triangulo maior os soldados mais forte, mais resistes, os melhores guerreiros, e conforme ia diminuído o tamanho do triangulo ia diminuindo o grau de capacidade dos soldados, sendo que no menor triangulo estaria os mais vulneráveis, novatos, ou com um grau de capacidade menor que os outros.
Porem com o surgimento do Fuzil, passou-se a dar oportunidade maior a todos os soldados, pois agora não bastava apenas ser o mais corajoso, mas sim, ter um bom manuseio e técnica sobre o fuzil, assim os mesmo não ficavam mais de forma centralizadas, mas sim em formas geométricas para que atingisse o máximo do seu objetivo, cobrindo maior parte do território que estava sendo defendido.
Assim podemos perceber a mudança de uma disciplina das forças para uma disciplina mais técnica.
Desta maneira a disciplina das forças se subdividiu das seguintes formas:
Em primeiro lugar, não visava mais a coragem e a bravura de um homem, mais o máximo de área que esse homem pudesse cobrir com seu fuzil, o lugar em que este homem se posiciona e o tempo que leva para se mover e cobrir seu companheiro.
Em segundo lugar vem as series cronológicas, em que a disciplina visava buscar que um soldado conseguisse se encaixar no tempo do outro, assim com todos seguindo o mesmo compasso se extrairia o máximo de força e o melhor resultado.
Em terceiro lugar traz uma medida, um comando para que estes pudessem exercer suas forças ao mesmo tempo. Assim não era necessário que o homem escutasse uma explicação complexa, mas sim que por apenas um sinal ele já soubesse oqueteria que fazer, e a executaria de maneira imediata.
Assim com a junção desses três aspectos como a técnica, os espaços temporais de um soldado e outro, e o entendimento por sinais, ficava bem mais fácil controlar os soldados, assim basta um sinal e todos iriam realizar ao mesmo tempo o que lhe foi imposto.		
Neste contexto apresentado, podemos perceber que a disciplina, ela fabrica indivíduos conforme seus moldes, logo o individuo disciplinado além de objeto da disciplina, passa também a ser vistos como instrumentos para o seu exercício.
Para que a disciplina funcionasse de forma equivalente que a desejada, foi preciso esquematizar um sistema de vigilância.
Essa vigilância era feita em setores, com uma distancia considerada entre um individuo e outro, vejamos o exemplo: em uma empresa existem várias setores, com vários funcionários, para que esses funcionários pudessem produzir, teve que ser desenvolvida uma arquitetura de organização e vigilância, assim cada funcionário haveria seu posto, e para cada setor haveria um número de vigilantes.
Esses vigilantes tendessem a ser rigorosos, rígidos, para que o objetivo fosse alcançado, esses postos de seus funcionários deveria ser separado em uma distância um do outro, e que esses funcionários estariam todos sob a visão dos vigilantes, assim este poderia controlar desde a mínima falha que pudesse encontrar.
Assim a vigilância passou-se a ser um triunfo para aquele que soubesse utilizar dela da melhor maneira, podendo, sempre que possível, controlar o trabalho, e nos casos de prisão os próprios presos como ainda veremos.
Para que um sistema disciplinar funcionasse como o desejado, surgiu-se a necessidade de instaurar uma penalidade dentro deste, para os não disciplinados haveria uma penalidade, uma sanção a ser aplicada, assim cada meio disciplinar poderia ter as próprias leis internas, diferentes das impostas pelos legisladores e executadas no tribunal.
Essas leis que foram criadas dentro de um regime disciplinar têm com principal objetivo, corrigir através do castigo o individuo desafiador, ou descumpridor da ordem.
Assim também foi determinado o tamanho desta sanção e para quem aplicar, por exemplo: não podemos aplicar a mesma sanção para um soldado bem treinado e para um soldado inexperiente, pois desta forma estaria cometendo injustiça com aquele inexperiente.
Desta maneira a sanção que ora era imposta, tinha como principal objetivo, não só se vingar, mas sim corrigir aquele que no momento foi desobediente, tendo como método castigar é exercitar, logo quem sofrer a sanção, buscara se aprimorar para não passar mais por aquela situação.
Porem para que valesse a pena o individuo não delinquir, deveria haver mais benefícios do que a própria sanção, ou seja, aquele que conseguisse manter suas metas sem causar desordem, seria gratificado de alguma maneira, incentivando este ao máximo sempre atingir o objetivo imposto pelo seu chefe.
Assim podemos ver uma forma exemplificada disso, cada criança na escola que fizesse tudo certinho iria acumulando pontos, para isso vamos imaginar que a criança já teria 15 pontos, e essa comete uma infração que custara para ela 10 pontos, neste caso o professor iria descontar dos 15 pontos já acumulados e essa criança não iria sofrer a sanção cabível no caso.
O exame já trata como era diferenciado os indivíduos, não somente de forma literal, mas de forma pratica e clara, onde os indivíduos eram submetidos a varias provas, para que assim pudessem cada um encontrar seu lugar em meio um sistema disciplinar.
O Panoptismo nada mais é do que por em pratica toda a evolução que aconteceu ate o momento, ou seja, visa um poder único e soberano sobre vários indivíduos.
Assim tais indivíduos eram separados por suas características, exemplo, normal/anormal, perigoso ou não perigoso, tendências delitivas, reincidência, tudo isso era quesitos para separar cada vez mais essas pessoas com aspectos disciplinares negativos, daquelas pessoas onde já correspondia de forma considerável a disciplina imposta.
Assim esses delinquentes eram vistos como uma doença contagiosa, que quando postos juntos iriam se contagiar uns aos outros, dificultado assim a disciplina, então surge a ideia de separação individual de cada indivíduo.
Um bom exemplo disso é a prisão em forma de anel com uma torre no centro, onde os indivíduos eram colocados em celas separadas ao redor desta torre, e em cima da torre teria um vigia, pelo qual poderia vigiar todos ao mesmo tempo, assim evitando a “contaminação” de um indivíduo com o outro.
Desta maneira podemos efetivar de fato a forma transcrita na capa do livro Vigiar punir, sendo que nesse episódio, o Panoptismo traz de forma mais clara como funcionava, pois seu principal objetivo era vigiar os detentos. Não era de forma constate, porem como os detentos não podiam visualizar o vigia, então achava que estava sendo monitorado o tempo inteiro, facilitando o trabalho de controlar os indivíduos que o vigia tinha.
Porem nessa forma de controle, o Panoptismo traz inúmeras vantagens quanto a disciplina, pois este é a junção de todas as formas de disciplinas, porem aprimoradas para ter um poder mais efetivo.
O Panoptismo tinha como referência disciplinar indivíduo por indivíduo, assim o indivíduo disciplinado iria aperfeiçoar suas técnicas e conhecimentos, pois a disciplina era executada em tese somente sobre um individuo e não em grupo como citados nos quarteis militares.
Enfim o Panoptismo em sua melhor atuação exercia o poder constante, corrigindo os indivíduos de forma individual, desde as falhas graves até o pequeno detalhe, e o principal que se manteve, é fabricar corpos dóceis e uteis para a sociedade, assim um povo bem disciplinado seria melhor para educação, para as industrias e a sociedade em si.
Logo podemos concluir que indivíduos bem disciplinados seria a mesma coisa de um poder maior e uma economia equilibrada, visto que diferente da época dos suplícios, aqui visava mais a questão humanitária, talvez pecando em alguns aspectos, porem dando um função social ao individuo onde quer que este estivesse sendo disciplinado.
Logo após firmar a ideia do Panoptismo, e aprimorar em seus aspectos, surge a prisão, essa relacionada a sua forma de punir com a Lei da época cumprida pelo judiciário, tão pouco podemos perceber que o livro traz uma análise cronológica da evolução da palavra Punição em meio ao Direito Penal, assim sendo após toda essa evolução, podemos chegar na Prisão, e engajar nela tudo oque foi descrito até o momento.
A prisão era baseada na Lei, no entanto sua funcionalidade interna visava um melhor relacionamento social, assim dentro da prisão eram pregadas politicas disciplinares para corrigir cada indivíduo independente de seu delito.
A prisão traz com sua principal característica a igualdade na punição em si, e a diferenciação da pena, assim aquele que cometesse um delito ou contravenção, estaria sujeito a prisão, porem o aspecto diferenciador de um indivíduo e de outro era a pena e o tipo do crime, pois está iria separar o individuo dentro da prisão conforme seu histórico penal.
Assim se mantém a ideia do Panoptismo de evitar o contagio de indivíduos perigos, com aqueles que cometerem apenas um delito leve, sendo estes então separados por alas diferentes com pessoas que se equilibram no delito cometido, assim evitando o contagio com os mais perigosos.
Na medida em que se aplica a detenção, um sistema carcerário se desenvolve, visando buscar uma função social para o indivíduo, assim como nas penitenciárias, eram desenvolvidos programas de reabilitação, por exemplo o trabalho e a educação, assim com o tempo que o individuo passaria preso, este iria ganhar gosto pelo trabalho e teria em tese uma profissão para que quando cumprisse sua pena integralmente pudesse sair da prisão com uma qualificação.
Tal ideia tende a passar por muita evolução, pois aqui ainda se mantem a ideia de que individuo disciplinado é um individuo controlável, se mantém a ficção de corpos dóceis, assim o poder dentro de uma prisão era exercidode maneira mais constante e eficaz.
“Instituições completas e austeras”, dizia Baltard.10 A prisão deve ser um aparelho disciplinar exaustivo. Em vários sentidos: deve tomar a seu cargo todos os aspectos do indivíduo, seu treinamento físico, sua aptidão para o trabalho, seu comportamento cotidiano, sua atitude moral, suas disposições; a prisão, muito mais que a escola, a oficina ou o exército, que implicam sempre numa certa especialização, é “onidisciplinar”
Assim através deste ponto de vista podemos perceber como era eficaz o sistema da prisão quando possível executá-lo.
A prisão trazia princípios muitos eficazes como o do isolamento, o qual trazia que além da pena ser individual ela teria que ser individualizante, ou seja a prisão teria que coibir dentro dela qualquer tipo de revolta quando mais indivíduos eram postos em um mesmo local, e assim um forma individual de controlar os indivíduos era a solidão, deixando apenas aquele individuo e seu crimes trancados em solitária, para que este refletisse e além de ver que não compensava, transpassaria essa informação para os outros delinquentes.
Logo a prisão desenvolve um forma de disciplinar muito inteligente o Habito, tal habito era concedido após o isolamento solitário, pois agora este iria laborar, comer e a noite iria descansar, com o tempo isso passaria ser um habito, fazendo com que o individuo deixasse de lado, ou até mesmo esquecesse o delito cometido, visto que tornasse habito trabalhar de dia e descansar a noite.
Podemos marcar como uma evolução no sistema penitenciário, e um forma de controlar o super poder dos agentes que controlavam a prisão, tornou-se possível, o judiciário pedir vistas da prisão, assim controlava sempre que possível o super poder sob os detentos.
Ainda para retratar tal evolução, para que cada agente pudesse ter seus privilégios quando possível, os agentes penitenciários, faziam relatórios individuais de cada detento, assim o próprio judiciário teria uma visão de como o detento estava evoluindo dentro do sistema, e o quão disciplinado este estaria, e se possível o mesmo poderia até conseguir sua liberdade.
No entanto todas essas qualidades eram bonitas apenas no papel, pois dentro da prisão se exercia ainda um super poder com punições para aqueles detentos rebeldes, porém houve uma consideração do estado em relação o preso, onde o estado visava garantir a integridade física do detento, e quando posto na prisão buscava corrigir, tornar corpos dóceis.
Para melhor ilustrar isso vamos usar como exemplo o transporte dos detentos, logo no início, quando falado de suplícios ainda no inicio da prisão também, o presos eram transportados por uma carruagem aberta, onde a sociedade linchava o individuo infrator, nenhum pouco digno, ai surge o estado e faz o transporte fechado, onde somente quem estava dentro do camburão via o infrator, e o pessoal de fora não, tal técnica foi implantada para garantir a integridade física do indivíduo.
Já sobre os delitos, o sistema judiciário e prisional, tinham uma grande influência da mídia, a qual não divulgava os crimes de grande valor (os crimes que compensavam), apena aqueles crimes cometido por pessoas mais pobres, assim conseguiria numa forma de classificação do indivíduo, separa-lo dos infratores mais sucedidos em seus delitos.
No entanto o pensador traz a pergunta, até aonde a prisão deve existir, e quais seus defeitos? Em tese ele quer apresentar uma crítica, pois para Michel Foucault, a prisão quando exercida com super poder sobre o indivíduo, faria que quando este saísse( classe baixa), voltaria a cometer delitos, pois devido as suas condições e classificação que a mídia inseria no sistema, este não conseguiria arrumar emprego tão fácil, como a proposta, e todo aquele trabalho dentro do sistema prisional seria em vão, assim o individuo continuaria a delinquir e seus descendentes seguiriam seus passo, fazendo da prisão nada além de um sistema para separar os indivíduos e descriminalizar estes.
Meu ponto de vista sobre o livro:
Ao buscar demonstrar a evolução do sistema e do poder, quando relacionados a sociedade, podemos comparar que hoje ainda segue o mesmo sistema, porém um pouco mais aprimorado.
A busca em disciplinar os corpos é constante desde a época até hoje, ocorre a ideia de punir qualquer delito pelo mais simples que seja, e a dificuldade do detento obter sua defesa acatada, acabou sobrecarregando o sistema prisional, não sendo mais possível disciplinar os corpos como previsto, separar de forma clara os mais perigosos daqueles que foram induzidos a vida criminosa.
Hoje a grande quantidade de detendo nas prisões brasileiras, não faz mais com que um detendo marginal sofra uma evolução e torna-se um ser humano útil para a sociedade, mas sim para que ele troque informações com outros criminosos e aprimore suas técnicas, crie facção entre outros meios.
Tudo isso ocorre não somente pelos delinquentes, mas sim por que vivemos em um sistema prisional, muitas vezes corruptos, sistemas judiciário com superpoderes, e muitas vezes ignorando fontes de direito como os princípios, pensando apenas em punir; e quando punir e vigiar não estão equiparados acaba surgindo um déficit no sistema, quem punir de mais, não ira conseguir vigiar todos esses indivíduos.
Para que hoje ocorra uma mudança radical e a prisão e disciplina citada no livro possa realmente exercer sua função, seria necessária uma mudança radical no sistema, onde o detento não ia apenas ter seu direito a ampla defesa, mas sim poder exercer ele.

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