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MANUAL TEÓRICO PRÁTICO DE CITOPATOLOGIA

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1 
 
MANUAL TEÓRICO PRÁTICO 
DE 
CITOPATOLOGIA 
 
 
 
PROFESSOR MSc EDIBERTO NUNES 
BELÉM – PARÁ 
AGOSTO - 2017 
 
2 
 
ÍNDICE 
 
1 - CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 03 
2 - EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO TRATO GENITAL FEMININO 07 
3 - CÉLULAS E ARTEFATOS ENCONTRADOS NO ESFREGAÇO DO TGF 13 
4 - DIAGNÓSTICO DESCRITIVO EM CITOPATOLOGIA 17 
5 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DO TRATO GENITAL FEMININO 19 
5.1 - LESÃO CELULAR 19 
5.2 - CRITÉRIOS CITOLÓGICOS EM PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 22 
5.3 - AGENTES POTENCIALMENTE CAUSADORES DE INFLAMAÇÃO NO TGF 27 
6 - ASPECTOS CLÍNICOS LABORATORIAIS DO PAPILOMAVIRUS HUMANO 38 
7 - ESTUDO DAS LESÕES PRÉ-MALIGNAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS 46 
8 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS 55 
9 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ENDOCERVICAIS 63 
10 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CÉLULAS ENDOMETRIAIS 68 
 - LITERATURA CONSULTADA E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO UTILIZADO 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 - CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 
 CONCEITO 
Estuda as estruturas e as funções celulares, analisando as diversas formas morfológicas 
assumidas frente às condições fisiológicas e patológicas. 
 
 HISTÓRICO 
 Advento do Miscroscópio Óptico Comum ou de Luz no século XVIII. 
 Atlas de Donné: 1845. 
 Rubin: 1910. 
 Kermuner: 1912 - lesão cancerosa. 
 Papanicolaou (Dr George Nikolaou Papanikolaou): 1928 - lesão cancerosa. 
 Mac Farlane 1938: 1º ambulatório visando diagnóstico precoce do câncer ginecológico no 
mundo. 
 NO BRASIL 
 Arnaldo de Moraes:1948 - fundador do 1º ambulatório de citologia e colposcopia no Brasil – 
UFRJ. 
 Grimaldo Carvalho: 1960 - um eterno defensor da citologia esfoliativa no Brasil e no exterior. 
 
 SÍNTESE DA ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO TRATO GENITAL 
FEMININO 
 Vulva. 
 Vagina. 
 Colo Uterino. 
 Útero. 
 Trompas de Falópio. 
 Ovários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: The Ciba Collction Of 
Medical Illustrations. Frank H. 
Netter M. D. 
 
 
4 
 
 COLETA DE MATERIAL CITOLÓGICO DO TRATO GENITAL FEMININO 
 Importância: coletar as células representativas da parede vaginal, fundo do saco vaginal e 
colo uterino (ectocevix e endocervix). 
 Cuidados especiais antes e durante a coleta: a paciente deve receber orientações 
oportunas para não comprometer a qualidade da coleta da amostra. 
 Dados clínicos: preenchimento da ficha com os dados da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIPOS DE COLETAS CITOLÓGICAS DO TRATO GENITAL FEMININO 
 Parede vaginal. 
 Fundo de saco vaginal. 
 Ectocervix-endocervix (colo uterino). 
 Em base líquida. 
 Endométrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Colo uterino normal. 
 
5 
 
 MATERIAL UTILIZADO NA COLETA CERVICO-VAGINAL 
 Especulo vaginal. 
 Espátula de Ayres. 
 Escova cervical. 
 Swab. 
 Lâmina de vidro de extremidade fosca. 
 Porta lâmina. 
 Pinças Cherron. 
 Compressa de gaze. 
 Algodão. 
 Fixador (álcool à 92º) 
 
 ESFREGAÇO CITOLÓGICO 
 Padrão – aceitável. 
 Fino. 
 Espesso. 
 Hemorrágico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIXAÇÃO DE MATERIAL CITOLÓGICO 
 Função: insolubiliza as proteínas celulares, evitando a autólise pelas suas próprias enzimas ou 
bactérias. 
 TIPOS DE FIXADORES 
 Álcool a 96%. 
 Álcool - éter (50/50). 
 Álcool isopropílico + polietileno glicol (spray). 
 TEMPO DE FIXAÇÃO: no mínimo 20 (vinte) minutos e no máximo 7 (sete) dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Modo de espalhamento das 
células coletadas das regiões: vaginal, 
cervical e endocervical. 
 
Legenda: Maneira correta de fixar 
material citológico. (20 – 30 cm a 
distância entre o frasco fixador e o 
material). 
 
6 
 
 COLORAÇÃO DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO 
 MÉTODOS 
 Papanicolaou. 
 Shorr. 
 Automático. 
 MATERIAIS UTILIZADOS PARA A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU 
 Corantes: hematoxilina de Harris, EA 36 e orange “G”. 
 HCl à 0,5%. 
 Água potável. 
 Álcool etílico. 
 Xilol P.A. 
 Suporte para lâminas. 
 TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU 
 FASE DE HIDRATAÇÃO. 
 FASE DE DESIDRATAÇÃO. 
1) As lâminas são colocadas em uma cestinha, e esta para uma cuba com ÁGUA POTÁVEL 
CORRENTE (3 MINUTOS). 
2) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÀGUA DESTILADA (MEGULHAR 10 VEZES). 
3) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de HEMATOXILINA, tempo conforme o potencial do 
corante (3 MINUTOS). 
OBS: a HEMATOXILINA tem que ser FILTRADA todos os dias, quanto for usada. 
4) Escorrer a cestinha e coloca – lá novamente na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE 
(MERGULHAR 10 VEZES). 
5) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁCIDO CLORÍDRICO À 0,5 % 
(MERGULHAR RAPIDAMENTE 2 VEZES). 
6) Escorrer a cestinha e coloca - lá na cuba de ÁGUA POTÁVEL CORRENTE (3 MINUTOS). 
7) Escorrer a cestinha e coloca – lá em uma cuba com ÁLCOOL AMONIACAL (MERGULHAR 10 
VEZES). 
8) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10 
VEZES). 
9) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO: (MERGULHAR 10 
VEZES). 
10) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ORANGE “G” (3 MINUTOS). 
11) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10 
VEZES). 
12) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10 
VEZES). 
13) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com “EA” (3 MINUTOS). 
14) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10 
VEZES). 
15) Escorrer a cestinha e coloca - lá em uma cuba com ÁLCOOL ABSOLUTO (MERGULHAR 10 
VEZES). 
16) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES). 
17) Escorrer a cestinha e coloca - lá numa cuba com XILOL (MERGULHAR 10 VEZES). 
OBS: evitar contaminação dos corantes, deixando as cubas tampadas mesmo durante a 
coloração, destampando-as individualmente. 
 
7 
 
 MONTAGEM DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO 
 TIPOS DE MONTAGENS: permanente. 
 MATERIAIS UTILIZADOS NAS MONTAGENS: Entellan e Mercoglass. 
 LEITURA DE ESFREGAÇO CITOLÓGICO: a leitura deve ser realizada em toda a extensão 
da lâmina e em quantas lâminas forem coletadas. 
 
2 - EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO TRATO GENITAL FEMININO 
 EPITÉLIO ESCAMOSO ESTRATIFICADO NÃO QUERATINIZADO 
 ORIGEM: endoderma. 
 FUNÇÃO: revestimento, proteção e lubrificação. 
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: células escamosas distribuídas em camadas. 
 CAMADA DE CÉLULAS BASAIS 
 CÉLULAS BASAIS: raramente encontradas no esfregaço citológico e são as menores 
células do epitélio escamoso (12 - 16 micras). 
 CITOPLASMA: cora - se em cianófilo (azul). 
 NÚCLEO: relativamente grande, forma arredondada ou oval, localização levemente 
excêntrica e com padrão cromatínico finamente granular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CAMADA DE CÉLULAS PARABASAIS 
 CÉLULAS PARABASAIS: são distintamente maiores que as células basais (16 - 20 
micras). 
 CITOPLASMA: tem um grau maior de transparência e cora menos intensamente que as 
células basais (cianófilo). 
 NÚCLEO: forma redonda ou oval, localização levemente excêntrica, cromatina é finamente 
granular com cromocentros ocasionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Célula Basal corada pela 
coloração de Papanicolaou. 
 
Legenda: Célula Parabasal corada pela 
coloração de Papanicolaou. 
 
8 
 
 CAMADA DE CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS 
 CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS: são maiores que as células parabasais (20 - 36 micras). 
 CITOPLASMA: forma poligonal, cora em cianófilo claro, translúcido e margens celulares 
delimitadas. 
 NÚCLEO: vesicular, localização central, padrão cromatínico finamente granular, 
uniformemente distribuída e com cromocentros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Célula Intermediária (aumento de 400X) e B) Células intermediárias (aumento de 100X). 
 CAMADA DE CÉLULAS SUPERFICIAIS 
 CÉLULASSUPERFICIAIS: são as células maduras do epitélio escamoso, tamanho cerca 
de 32 - 45 micras de diâmetro. 
 CITOPLASMA: forma poligonal, cor levemente cianófilo ou eosinófilo (rosa), brilhante, 
translúcido e as margens são proeminentes. 
 NÚCLEO: picnótico (cerca de 6 micras), padrão cromatínico granular uniformemente 
distribuído e condensado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Células Superficiais Eosinofílicas e B) Células Superficiais Cianofílicas (coradas pela coloração de 
Papanicolaou). 
 
 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DA ENDOCEVIX 
 EPITÉLIO CILÍNDRICO ENDOCERVICAL (GLANDULAR) 
 FUNÇÃO: proteção e lubrificação. 
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: há dois tipos celulares (ciliada e secretora). 
 CÉLULAS ENDOCERVICAIS CILIADAS 
 
A B 
 
A B 
 
9 
 
 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e é ocasionalmente vacuolizado, placa 
terminal e cílios são frequentemente observados. 
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina 
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. Ocasionalmente os nucléolos são 
visíveis. 
 CÉLULAS ENDOCERVICAIS SECRETORAS (MUCIPARAS) 
 CITOPLASMA: cora em lavanda ou cianófilo claro, vacuolizado ou granulado e vacúolos 
secretórios de vários tamanho. 
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina 
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. Ocasionalmente os nucléolos 
são visíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Células Endocervicais Ciliadas (placa terminal) e B) Células Endocervicais Secretoras (coradas pela 
coloração de Papanicolaou). 
 ARRANJO CELULAR ENDOCERVICAL 
 Formação Favo de Mel. 
 Formação Paliçada. 
 Formação Isolada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Células Endocervicais Secretoras em formação de Favo de Mel e B) Células Endocervicais Secretoras 
em Formação Paliçada (coradas pela coloração de Papanicolaou). 
 
 
A B 
 
A B 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO ÚTERO 
 EPITÉLIO CILINDRÍCO ENDOMETRIAL (GLANDULAR) 
 FUNÇÃO: proteção, secreção e nutrição. 
 CONSTITUIÇÃO citológica: dois tipos celulares (ciliada e secretora). 
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS CILIADAS 
 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e ocasionalmente vacuolizado. Placa 
terminal e cílios são frequentemente observados. 
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de cromatina 
fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. 
 
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS SECRETORAS (MUCIPARAS) 
 CITOPLASMA: cora em cianófilofinamente vacuolizado e sem margens celulares nítidas. 
 NÚCLEO: redondo ou oval, localização basal. Padrão de cromatina regularmente 
distribuída, finamente granular e podendo mostrar cromocentros. 
 OBS: normalmente são observadas no esfregaço citológico somente até o dia 10º - 12º 
dia do ciclo menstrual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JUNÇÃO ESCAMO – COLUNAR (JEC) 
 ORIGEM HISTOLÓGICA: endoderma (células de reserva). 
 LOCALIZAÇÃO: depende da idade da paciente, condição de saúde e uso hormonal. 
 
Legenda: Células Endocervicais Ciliadas 
isoladas e uma célula Intermediária. (coradas 
pela coloração de Papanicolaou). 
 
 
Legenda: Células Endometriais observadas 
durante a coleta de fundo de saco vaginal 
no 8º dia após a menstruação. (coradas 
pela coloração de Papanicolaou). 
 
 
11 
 
 IMPORTÂNCIA: 95% dos casos de câncer ginecológico são observados na JEC. A coleta 
obrigatoriamente deve obter células deste local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÉLULAS DE REPARO 
 CITOPLASMA: cora em cianófilo com margens nítidas e disposição em lençol. 
 NÚCLEO: oval ou redondo, padrão de cromatina granular fino e uniforme, com 
cromocentros, macronucléolo único e proeminente. 
 CARACTERÍSTICA GERAL DE PROCESSO REPARATIVO 
 Falta de diátese tumoral. 
 Ausência de células isoladas. 
 Falta de padrão de cromatina grosseira. 
 Ausência de organização sincicial com perda de polaridade. 
 
 METAPLASIA ESCAMOSA 
 CONCEITO: transformação celular com objetivo reparativo ou protetivo. 
 TIPOS CELULARES: 
 MATURAS: células metaplásicas grandes e poligonais que irão originar as células 
intermediárias e superficiais. 
 IMATURAS: células metaplásicas pequenas e arredondadas que irão originar as células 
basais e parabasais. 
 ORIGEM HISTOLÓGICA: endoderma (células de reserva). 
 IMPORTÂNCIA: proteção contra possíveis lesões celulares na JEC. 
 
Legenda: A) JEC do tipo Entropia 
(observada durante a menopausa), 
B) JEC do tipo Normotropia 
(observada na fase reprodutiva em 
mulhes hígidas) e C) JEC do tipo 
Ectropia (observada em condição 
patológica e em mulheres durante a 
fase da pré-menarca normalmente). 
 
A B C 
 
Legenda: Colposcopia (aumento de 
10X) mostrando a JEC em uma 
paciente hígida. 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Células Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos proeminentes e B) Células 
Metaplásicas Maturas com citoplasma poligonal e nucléolos pouco proeminentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Células Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos proeminentes e B) Células 
Metaplásicas Imaturas com citoplasma arredondado e nucléolos pouco proeminentes (acima várias células 
intermediárias e superficiais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Oncologia Ginecológica. C. Thomas Griffiths. 
 
 
 
B A 
B A 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - CÉLULAS E ARTEFATOS ENCONTRADOS EM ESFREGAÇO 
 CITOLÓGICO DO TRATO GENITAL FEMININO 
 TIPOS CELULARES 
 POLIMORFONUCLEARES DO TIPO NEUTRÓFILOS 
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro. 
 FUNÇÃO: destruição de agentes bacterianos. 
 ORIGEM: sangue. 
 POLIMORFONUCLEARES DO TIPO EOSINÓFILOS 
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro. 
 FUNÇÃO: processos inflamatórios e alérgicos. 
 ORIGEM: sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Polimorfonucleares do tipo Neutrófilos (eritrócitos) e B) Polimorfonucleares do tipo Eosinófilos, 
neutrófilos e eritrócitos (corados pelo método de Papanicolaou). 
 LINFÓCITOS 
 TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro. 
 FUNÇÃO: imunidade celular e humoral. 
 
Fonte: The Ciba Collection Of 
Medical Illustrations. Frank H. 
Netter M. D. 
Legenda: JEC envolvidas em 
lesões malignas. 
 
 
A B 
 
14 
 
 ORIGEM: sangue. 
 PLASMÓCITOS 
 TAMANHO: cerca de 12 micras de diâmetro. 
 FUNÇÃO: imunidade humoral. 
 ORIGEM: sangue. 
 ERITRÓCITOS 
 TAMANHO: cerca de 7 - 9 micras de diâmetro. 
 ORIGEM: sangue. 
 IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA: sangramento com lesão celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Legenda: A) Linfócitos e B) Plasmócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÉLULAS DA MUSCULATURA LISA 
 ORIGEM: erosão provocada durante a coleta, lesão maligna ou processo inflamatório 
grave. 
 MACRÓFAGOS 
 TAMANHO: cerca de 12 - 40 micras de diâmetro. 
 CITOPLASMA: cianófilo ou acidófilo, vacuolizado e de forma redonda ou oval. 
 NÚCLEO: forma variada e localização excêntrica. Multinucleação frequente. 
 ORIGEM: sangue. 
 FUNÇÃO: fagocitose, remoção de células mortas. 
 
A B 
 
Legenda: Eritrócitos e células intermediárias em 
esfregaço citológico com lesão inflamatória 
acentuada. (corados pelo método de 
Papanicolaou). 
 
 
15 
 
 OBS: importante fazer diferenciação com células endocervicais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Macrófagos mono e binucleados e B) Macrófagos mono – binucleados e polimorfonuclear neutrófilo. 
 FORMAÇÃO SINCICIAL 
 TAMANHO: variável, pode chegar até 80 micras de diâmetro. 
 CITOPLASMA: cianófilo ou acidófilo, vacuolizado ou não e geralmente células fagocitadas 
no seu interior. 
 NÚCLEO: forma, quantidade variada e localização central. 
 FUNÇÃO: fagocitose. 
 ORIGEM: sangue. 
 OBS:não confundir com células malignas e células citotrofoblásticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Formação Sincicial. 
 BACILOS DODERLEIN (LACTOBACILOS) 
 FUNÇÃO: manutenção do pH vaginal. 
 ORIGEM: flora normal da vagina. 
 OBS: não confundir com Leptothrix vaginales. 
 
 ÓVULO HUMANO: raro a observação do esfregaço citológico vaginal. 
 
 ESPERMATOZÓIDE 
 
 
A B 
 
16 
 
 ORIGEM: sêmem. 
 OBS: não deve ser registrado no laudo citológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Bacilos de Doderlein e núcleos de células intermediárias desnudos (citólise) e B) Espermatozóides. 
 ARTEFATOS 
 MUCO CERVICAL 
 FORMA: variada, depende da ação hormonal. 
 COR: esbranquiçado ou levemente acinzentado. 
 CONSTITUIÇÃO QUÍMICA: água, cloreto de sódio e proteína. 
 IMPORTÂNCIA: defesa, impedindo a entrada de microrganismos e também dos 
espermatozóides no ambiente vaginal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Muco cervical denso e filamentoso (paciente menopausada) e B) Muco cervical após período fértil (18º 
dia do ciclo menstrual). 
 CISTOS DE PROTOZOÁRIOS 
 OVOS E LARVAS DE HELMINTOS 
 CONTAMINANTES 
 Talco. 
 
A B 
 
A B 
 
17 
 
 Cremes. 
 Fibra de algodão. 
 Grãos de pólen. 
 Fungo do ambiente. 
4 - DIAGNÓSTICO DESCRITIVO EM CITOPATOLOGIA 
 CLASSIFICAÇÃO DE PAPANICOLAOU (1943 – 1949) 
 CLASSE I: ausência de células atípicas. 
 CLASSE II: presença de células atípicas. 
 CLASSE III: sugestivo, mas não conclusivo de malignidade. 
 CLASSE IV: fortemente sugestivo de malignidade. 
 CLASSE V: conclusivo para malignidade. 
 
 REAGAN (1953) 
 CÉLULAS DE REPARO: classe II. 
 CÉLULAS METAPLÁSICAS: classe II. 
 DISPLASIA: LEVE, moderada e grave. 
 CARCINOMA IN SITU E MICRO INVASIVO. 
 CARCINOMA INVASIVO (ESCAMOSO OU GLANDULAR). 
 
 RICHART (1968) 
 NEOPLASIA INTRA – EPITELIAL CERVICAL (NIC): NIC I; NIC II E NIC III. 
 
 MÜNCHNER (1976 - 1990) 
 CLASSE I: células benignas, sem inflamação, sem metaplasia e sem reparação. 
 CLASSE II: células benignas, cervicite e metaplasia. 
 CLASSE III: suspeito de malignidade. 
 CLASSE III D: displasia leve e moderada. 
 CLASSE IV A: displasia grave e carcinoma in situ. 
 CLASSE IV B: displasia grave/carcinoma in situ e suspeito de micro invasão. 
 CLASSE V: carcinoma invasivo (escamoso ou glandular). 
 
 SISTEMA DE BETHESDA (1988 - 1992) 
 OBJETIVOS: 
 Proteção judicial. 
 Uniformizar as terminologias. 
 Facilitar a comunicação entre laboratórios e médicos. 
 CLASSIFICAÇÃO DA AMOSTRA COMO: 
 AMOSTRA ADEQUADA PARA ANÁLISE CITOLÓGICA: 
 Identificação da amostra e da paciente. 
 Informações clínicas relevantes. 
 Número adequado de células epiteliais escamosas bem preservadas: células epiteliais 
devem cobrir 10 % da superfície da lâmina. 
 Um adequado componente endocervical (zona de transformação): no mínimo dois 
grupos de cinco células endocervicais e ou metaplásicas bem preservadas. 
 
18 
 
 AMOSTRA SATISFATÓRIA MAS LIMITADA PARA AVALIAÇÃO 
CITOLÓGICA: 
 Falta de informação clínica. 
 Presença de sangue, inflamação, áreas densas, fixação deficiente, etc. Prejudicando 
a visualização de 50 - 75 % das células. 
 Ausência de células endocervicais ou metaplásicas. 
 AMOSTRA INSATISFATÓRIA: 
 Ausência de identificação da paciente na amostra e ou na requisição do exame. 
 Lâmina quebrada e que não pode ser reconstituída. 
 Componentes celulares insuficientes. 
 Presença de sangue, áreas densas, que prejudiquem a interpretação de igual ou 
superior a 75 % das células epiteliais. 
 OBS: solicitar nova coleta. 
 DIAGNÓSTICO DESCRITIVO 
 CÉLULAS BENIGNAS: esfregaço normal. 
 ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS 
 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS: fungos, bactérias, vírus, protozoários, etc. 
 ATERAÇÕES REATIVAS: 
 Reparo. 
 Atrófico. 
 Radiação. 
 DIU. 
 Metaplasias. 
 CÉLULAS EPITELIAIS ANORMAIS 
 CÉLULAS ESCAMOSAS: 
 Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado (ASCUS). 
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Baixo Grau (LSIL): abrange infecção por HPV 
(Displasia Leve/NICI). 
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Alto Grau (HSIL): Abrange (Displasia 
Moderada, Displasia Grave, Carcinoma In Situ, Adenocarcinoma In Situ, Displasia 
Moderada e Grave de células endocervicais). 
 Carcinoma de Células Escamosas. 
 CÉLULAS GLANDULARES: 
 Células Glandulares Atípicas de Significado Indeterminado (ASGUS). 
 Adenocarcinoma de células endocervicais e endometriais. 
 
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO 
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ 
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286 
 NOME DA PACIENTE: Edinéia Almeida Silva Nº 198999 
 MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 17 anos 
 DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/12/2010 
 EXAME: COLPOCITOLÓGICO 
 MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL 
RESULTADO 
 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F). 
 
19 
 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F). 
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (F). 
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R). 
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS REATIVAS (F). 
 PROVÁVEL AGENTE ETIOLÓGICO: Gardnerella e Trichomonas vaginalis. 
ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS 
 COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, HIPERCROMASIA e CROMATINA GRANULAR REGULAR. 
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE LESÃO INTRA-EPITELIAL DE BAIXO GRAU 
(LSIL) – NIC I. 
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA. 
 
5 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DO TRATO GENITAL FEMININO 
5.1 - LESÃO CELULAR 
 CONCEITOS 
 ESTÍMULOS ADAPTATIVOS 
 Hipertrofia Muscular: aumento da fibra muscular. 
 Atrofia Muscular: diminuição do tamanho da fibra muscular. 
 ESTÍMULOS NÃO ADAPTATIVOS 
 Reversível. 
 Irreversível (morte celular). 
 APOPTOSE 
 Fisiológico: é a morte celular programada. 
 CAUSAS DE LESÃO CELULAR 
 HIPÓXIA 
 Isquemia: trombose, arteriosclerose, etc. 
 AGENTES FÍSICOS 
 Trauma Mecânico. 
 Temperatura Extrema: queimadura e frio intenso. 
 Súbitas Mudanças de Pressão Atmosférica. 
 Radiação. 
 Choque Elétrico. 
 REAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
 Anafiláticas. 
 Auto – imunes. 
 AGENTES QUÍMICOS E DROGAS 
 Glicose em Concentração Hipertônica. 
 Oxigênio em Altas Concentrações. 
 Venenos: arsênio, cianeto, sais de mercúrio, etc. 
 Monóxido de Carbono. 
 Inseticidas, Herbicidas, etc. 
 Álcool e Narcóticos. 
 AGENTES INFECCIOSOS 
 Virais: HPV, HIV, Herpes, etc. 
 Bacterianos: enterobactérias, etc. 
 Fúngicos: candidas, etc. 
 Protozoários: Trichomonas, etc. 
 Helmintos: Schistosoma, etc. 
 
20 
 
 DISTÚRBIOS GENÉTICOS 
 Má Formação Congênita: sídrome de Down. 
 Hemoglobinopatias: hemoglobina S (anemia falciforme), etc. 
 DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS 
 Deficiências Calóricas – protéicas. 
 Excessos Nutricionais: lipídios, predisposição à arteriosclerose, obesidade, etc. 
 OBS: a lesão celular depende do tipo, da intensidade e da duração do estímulo. 
 MECANISMOS GERAIS DE LESÃO CELULAR: geralmente são moleculares. 
 FATORES PREDISPONENTES 
 Hormonais: gravidez, menopausa, uso de anticoncepcional oral e injetável, etc. 
 Fatores Locais: pH, cirurgias, traumatismos, etc. 
 Doenças: diabetes, distúrbios imunológicos, etc. 
 Fatores Iatrogênicos: quimioterapia, radiação, etc. 
 SISTEMAS CELULARES 
 Manutenção da Integridade das Membranas Celulares: homeostasia iônica e osmótica. 
 Respiração Aeróbica: fosforilação oxidativa e produção de ATP. 
 Síntese de Proteínas Enzimáticas e Estruturais. 
 Preservação do Conteúdo Genético da Célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ALTERAÇÕES NUCLEARES MAIS FREQUENTES EM LESÕES CELULARESFonte: Site Científico. 
Legenda: A célula é a unidade 
funcional do corpo humano. 
 
Legenda: 1) Granulosa fina e regular; 2) 
Granulosa com blocos de cromatina; 3) Opaca 
(densa); 4) Nucléolo volumoso e 5) 
Hipercromática. 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXEMPLO DE LESÃO CELULAR POR ISQUEMIA: dependendo do tempo e da célula 
afetada pode ser reversível ou irreversível: 
 Pertubação da fosfarilação oxidativa pela mitocôndria: produção de ATP diminuída ou 
ausência. Critérios morfológicos: edema de núcleo e ou celular. 
 Desequilíbrio da pressão coloidosmótica Intracelular: exercida pela bomba de sódio e 
potássio. 
 Deslocamento dos ribossomos do retículo endoplasmático granular e a dissolução 
dos polissomos em monossomos. 
 Rompimento dos lisossomos e autólise: critérios degenerativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: 1) Oval; 2) Arredondado; 3) 
Irregular e 4) Multinucleado. 
 
Legenda: Células metaplásicas com 
alterações nucleares em lesão de alto 
grau (HSIL) 
 
Legenda: Célula intermediária com 
vacuolização citoplasmática após lesão 
celular oxidativa por agentes biológicos. 
 
22 
 
5.2 - PROCESSOS INFLAMATÓRIOS - CRITÉRIOS CITOLÓGICOS 
 ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS ORIUNDAS DE AGRESSÕES DIVERSAS 
 ALTERAÇÕES CELULARES REATIVAS 
 INESPECÍFICAS 
 ESPECÍFICAS 
 ALTERAÇÕES CELULARES DE SUPERFÍCIE 
 HIPERCERATOSE: é o aparecimento de uma camada córnea. Observamos nas 
leucoplasias. Características morfológicas: 
 CITOPLASMA: cora em eosinófilo intensamente ou orangiofílico, núcleo ausente ou 
mancha deste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PARACERATOSE: é uma queratinização incompleta das camadas superficiais do 
epitélio estratificado não queratinizado, apresentando as seguintes características 
morfológicas: 
 CITOPLASMA: cora em orangiofílico ou avermelhado com condesamento. Forma 
variável: oval, poligonal, fusiforme ou arredondada. 
 NÚCLEO: picnótico e condensado. 
 DISPOSIÇÃO: em agrupamento frouxo ou isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Hiperceratose em paciente 
com infecção por HPV. 
 
Legenda: Paraceratose em paciente 
com infecção por HPV. 
 
23 
 
 ALTERAÇÕES CELULARES DEGENERATIVAS 
 CARIORREX: fragmentação da cromatina. 
 CARIOPINOSE PRECOCE: condensamento nunclear. 
 ROTURA DA CARIOTECA: às vezes só é visualizada com aumento de 1000 X 
(objetiva de imersão). 
 CARIÓLISE: desvanecimento ou dissolução da cromatínica. 
 LIQUEFAÇÃO CITOPLASMÁTICA: depósito glicogênio, água. 
 VACUOLIZAÇÃO CITOPLASMÁTICA: entrada de água ou aumento de cálcio. 
 VACUOLIZAÇÃO NUCLEAR: geralmente irreversível. 
 EOSINOFILIA EM CÉLULAS PROFUNDAS: degeneração protéica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Cariorrex em célula Parabasal e B) Cariopicnose em células Parabasais de paciente com esfregaço 
atrófico (menopausada). 
 ALTERAÇÕES CELULARES INFLAMATÓRIAS 
 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA 
 APAGAMENTO OU PERDA DE BORDAS CITOPLASMÁTICAS: perda da 
individualidade celular, ocorre frequentemente em células intermediárias eosinófilas. 
 RAREFAÇÃO CITOPLASMÁTICA: células ceratinizadas ou eosinófilas com critérios 
degenerativos. 
 CONDENSAÇÃO CITOPLASMÁTICA: pode ser de cor cianófila, eosinófila ou 
orangiofílica. Observamos geralmente em formação de pérolas, paraceratose, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
Legenda: Condensação citoplasmática. 
 
24 
 
 
 
 VACUOLIZAÇÃO CITOPLAMÁTICA: indica intensa atividade celular. 
 HALO PERINUCLEAR: é uma digestão citoplasmática, onde se limita a periferia 
nuclear, podendo ser visualizado em células cianófilas ou eosinófilas. 
 FORMAS ABERRANTES OU BIZARRAS: geralmente é observada em células 
escamosas do tipo intermediárias e superficiais. Não confundir com células malignas. 
 CERATINIZAÇÃO: apresenta em orangiofílico, vermelho, condensado e enrugado. 
Aparece nas paraceratose, prolapso uterino, hipercertose, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Halo perinuclear em células escamosas. 
 
 
Legenda Apagamento ou perda de 
bordas citoplasmáticas. 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Aberração citoplasmática e B) Vacuolização citoplasmáticas. 
 CITOPLASMA FRAGMENTADO 
 CÉLULA FANTASMA: é quando a célula por acúmulo de queratina e ou cariólise, o 
núcleo não é visualizado ou apenas vestigio deste. 
 PSEUDOEOSINOFILIA: é quando o citoplasma normalmente cora em cianófilo e passa 
a corar em eosinófilo (células parabasais e intermediárias). 
 METACROMASIA: é quando o citoplasma cora com mais de uma tonalidade de cor 
(basofilia, eosinofilia e orangiofilia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Citoplasma fragmentado (citólise); B) Pseudoeosinofilia e Halo perinuclear; C) Pseudoeosinofilia e 
Metacromasia e D) Metacromasia. 
 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO 
 ESPESSAMENTO UNIFORME DA MEMBRANA NUCLEAR: sinal de degeneração, 
quando a cromatina torna - se rarefeita. 
 EDEMA NUCLEAR: é o aumento nuclear pelo maior conteúdo cromatínico. Observa - se 
agrupamentos de grânulos cromatínicos espalhados pelo interior do núcleo, assumindo 
uma leve hipercromasia. 
 INCHAÇO NUCLEAR: ocorre pela entrada de substância no interior do núcleo e 
geralmente há uma hipocromasia. 
 BINUCLEAÇÃO OU MULTINUCLEAÇÃO: ocorre quando o núcleo se divide e não há 
o companhamento da divisão do citoplasma. 
 FIGURA DE MITOSE: 
 EM RELAÇÃO À CÉLULA 
 FORMAÇÃO DE PÉROLA BENIGNA: geralmente constituída de células 
intermediárias e superficiais eosinófilas ou ceratinizadas. 
 PARACERATOSE 
 NÚCLEO EXCÊNTRICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C 
 
 
 
D 
 
 
 
 
A 
 
 
B 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Edema Nuclear, Núcleo Excêntrico e Metacromasia; B) Binucleação e Edema Nuclear; C) 
Multinucleação e Edema Nuclear e D) Multinucleação, Edema Nuclear e Núcleo Excêntrico. 
 
5.3 - AGENTES POTENCIALMENTE CAUSADORES DE PROCESSOS 
INFLAMATÓRIOS NO TRATO GENITAL FEMININO 
 BACTERIANOS 
 Gardnerella vaginalis 
 SECREÇÃO: presente (frequente/abundante). 
 ASPECTO: bulboso ou líquido. 
 COR: branca ou cinzenta. 
 ODOR: fétido (peixe podre). 
 PRURIDO: geralmente ausente. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos bacilos que pela coloração de 
Papanicolaou cora em roxo, cianófilo escuro ou eosinófilo claro, tem afinidade pelo citoplasma 
de células intermediárias e superficiais, formando células indicadora, clue cell ou células guia. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: cariopicnose e edema nuclear. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: raros. 
 Bacilos de Doderlein: raros ou ausentes. 
 OBS: outras bactérias anaeróbias podem favorecer a ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C 
 
 
 
D 
 
 
 
 
Legenda: Gardnerella vaginalis (célula 
guia) e Apagamento de Bordas 
Citoplasmáticas 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FLORA COCÁCEA 
 SECREÇÃO: geralmente presente e abundante. 
 ASPECTO: líquido ou bolhoso. 
 COR: amarela ou esbranquiçada. 
 ODOR: moderadamente fétido. 
 PRURIDO: geralmente ausente. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos agrupados ou isolados, intra ou extra 
celular, pela coloração de Papanicolaou cora em roxo ou em cianófilo escuro. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes. 
 Macrófagos: raros. 
 Bacilos de Doderlein: raros ou frequentes. 
 
 FLORA BACILAR CURTA 
 SECREÇÃO: geralmente presente. 
 ASPECTO: bolhoso. 
 COR: esbranquiçada. 
 ODOR: moderadamente fétido. 
 Prurido: geralmente ausente. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos curtos, pela coloração dePapanicolaou 
cora em eosinófilo claro. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear pseudoeosinofilia e 
cariopicnose. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes. 
 Bacilos de Doderlein: raros. 
 
Legenda: Gardnerella vaginalis (célula 
guia), Metacromasia, Binucleação e Halo 
Perinuclear. 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Legenda: A) Flora Cocácea e B) Flora Bacilar Curta. 
 Mobiluncus sp (mulieris e curtisii) 
 SECREÇÃO: presente. 
 ASPECTO: bolhoso. 
 COR: esbranquiçada. 
 ODOR: moderadamente fétido. 
 PRURIDO: geralmente ausente. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos curtos (curtisii) ou longos (mulieris), 
curvos, com as extremidades romba (curtisii) ou afiladas (mulieris), pela coloração de 
Papanicolaou coram em eosinófilo claro. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, pseudoeosinofilia e 
cariopicnose. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes. 
 Bacilos de Doderlein: raros. 
OBS: geralmente estão associados com a Gardnerella. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Legenda: A e B) Mobiluncus mulieris e curtisii 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
30 
 
 Chlamydia sp 
 SECREÇÃO: inespecífica ou ausente. 
 PRURIDO: geralmente ausente. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Inclusões intracitoplasmáticas em células 
endocervicais, metaplásicas e raramente em células escamosas. Pode ser única ou várias. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear e halo perinuclear. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: raros ou frequentes no início da infecção e abundantes no final. 
 Macrófagos: frequentes e às vezes multinucleados. 
 Bacilos de Doderlein: raros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Lesão ulcerativa na orofaringe induzida pela Chlamydia sp e B) Célula escamosa com inclusão 
intracitoplasmática, sugestivo de infecção por Chlamydia sp. 
 
 Actomyces sp : pacientes usuárias de DIU. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bactérias anaeróbias, filamentosas, ramificadas 
e coram em violeta. 
 Leptothrix vaginalis: geralmente quando sozinho é saprófito, comumente está associada à 
Trichomonas vaginalis. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bactérias anaeróbias filamentosas, não 
ramificadas e muito longas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
Legenda: Leptrotrix vaginalis e 
Trichomonas vaginalis. CRITÉRIOS 
CITOMORFOLÓGICOS: pseudoeosinofilia 
e apagamento de bordas citoplasmáticas. 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fusobacterium sp 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilos longos e finos, semelhante à Leptothrix, 
apenas de menor tamanho. 
 BACILOS DIFTERÓIDES 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: apresenta um ou duas esferas nas 
extremidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Actomyces sp e B) Bacilos Difteróides. 
 
 BACILOS DA TUBERCULOSE 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polomorfonucleares: frequentes ou abundantes. 
 Formação sincicial: frequentes ou abundantes. 
 Linfócitos e macrófagos: frequentes. 
 
 BACILOS DE DODERLEIN 
 SECREÇÃO: presente. 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
Legenda: Leptrotrix vaginalis e 
Trichomonas vaginalis. CRITÉRIOS 
CITOMORFOLÓGICOS: pseudoeosinofilia, 
apagamento de bordas citoplasmáticas, 
halo perinuclear e edema nuclear. 
 
32 
 
 ASPECTO: líquido ou bolhoso. 
 COR: esbranquiçada. 
 ODOR: pouco fétido. 
 PRURIDO: ausente, apenas queimação na mucosa vaginal. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: bacilo longo ou médio, causa digestão 
citoplasmática em células intermediárias, deixando no esfregaço citológico inúmeros núcleos 
desnudos (citólise), pela coloração de Papanicolaou cora em cinza escuro ou cianófilo escuro. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: pseudoeosinofilia, metacromasia, 
apagamento de bordas citoplasmáticas e edema nuclear. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: frequentes. 
 Bacilos de Doderlein: abundantes e com citólise. 
 Possíveis Causas de Inflamação Química: diabetes, obesidade, uso de 
anticoncepcional, pré - menopausa, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COCOS AOS PARES 
 SECREÇÃO: presente. 
 ASPECTO: líquido. 
 COR: amarela. 
 ODOR: fétido. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: cocos aos pares intra ou extra celular, 
polimorfonucleares abundantes e bacilos Doderlein raros ou ausentes. 
 
Legenda: Bacilos de Doderlein com citólise 
de células intermediárias em paciente com 
secreção vaginal esbranquiçada abundante 
e ardência na mucosa vaginal. 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BACILO DE Calymmatobacterium (DONOVANOSE) 
 
 FÚNGICOS 
 Candida sp 
 SECREÇÃO: presente e às vezes abundante. 
 ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal e raramente ao colo 
uterino. 
 COR: esbranquiçada. 
 ODOR: inodoro. 
 PRURIDO: presente e as vezes intenso. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: esporos que medem cerca de 2 - 4 micras de 
diâmetros, cora pela coloração de Papanicolaou em marrom ou amarelo escuro, apresenta-se 
na forma oval. Enquanto que as Hifas são estruturas contínuas, septadas ou micélios. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, pseudoeosinofilia, 
metacromasia, apagamento de bordas citoplasmáticas e halo perinuclear. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: frequentes. 
 Bacilo de Doderlein: frequentes e raramente abundantes. 
 
 Candida glabrata ou Torulopsis glabrata 
 SECREÇÃO: presente. 
 ASPECTO: grumoso, formando placa que adere a parede vaginal. 
 COR: esbranquiçada. 
 PRURIDO: presente e às vezes intenso. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: esporos que medem cerca de 4 micras de 
diâmetros, cora pela coloração de Papanicolaou em marrom ou amarelo escuro, apresenta - 
se intra ou extra celular. 
 
Legenda: Cocos aos pares intra e 
extracelular em paciente com secreção 
vaginal amarelada abundante. 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Lesão ulcerativa com as bordas lisa, característica de Candida sp e B) Secreção vaginal esbranquiçada, 
grumosa e em forma de placa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Hifas septadas de Candida sp e B) Hifas septadas e esporos de Candida sp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FUNGOS CONTAMINATES: normalmente cresce sobre a lâmina e contamina o material de 
coleta. 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
Legenda: Esporos intra e extracelular de Candida 
glabrata ou tourulopsis. 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Fungo de contaminação. A) Aspergilus e B) Alternaria. 
 
 PROTOZOÁRIOS 
 Trichomonas vaginalis 
 SECREÇÃO: presente e às vezes abundante. 
 ASPECTO: líquido ou bolhoso. 
 COR: amarela e às vezes abundante. 
 ODOR: fétido. 
 PRURIDO: presente e às vezes intenso. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
 FORMA: oval (periforme) ou arredondada. 
 TAMANHO: variável (10 - 20 micras). 
 COR: variável (cinza, cianófilo ou eosinófilo). 
 FLAGELOS: pela coloração de Papanicolaou não são visíveis. 
 NÚCLEO: pequeno, localização excêntrica e forma oval. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS MAIS FREQUENTES: edema nuclear, halo perinuclear, 
binucleação, pseudoeosinofilia e metacromasia. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: abundantes. 
 Bacilo de Doderlein: raros. 
 Restos celulares: frequentes ou abundantes (sujo). 
 Bala de canhão: é o aglomerado de polimorfonucleares (geralmente presente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
Legenda: Secreção vaginal levemente 
amarelada, bolhosa e abundante. 
 
 
36Legenda: A) Trichomonas vaginalis (halo perinuclear; metacromasia e pseudoeosinofilia); B) Trichomonas 
vaginalis; C) Trichomonas vaginalis (perda de bordas citoplasmática e pseudoeosinofilia) e D) Trichomonas 
vaginalis (variação de forma e tamanho). 
 Toxoplasma gondi 
 AMEBAS: contaminação fecal. 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
C 
 
 
 
D
 
 
 
 
Legenda: Lesão epitelial na vulva do tipo 
irritativa produzida pelos flagelos e ação das 
toxinas liberadas pelos Trichomonas vaginalis. 
 
 
 
37 
 
 VIRAIS 
 HERPES GENITAIS (HSV 2) 
 SECREÇÃO: inespecífica. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
 INCLUSÕES: intranucleares em células escamosas, colunares e metaplásicas, cor 
eosinófila ou basófila e aparecem geralmente no período final do ciclo viral. 
 AMOLDAMENTO NUCLEAR E MULTINUCLEAÇÃO: presentes. 
 CROMATINA NUCLEAR: aspecto de vidro fosco. 
 MARGINALIZAÇÃO CROMATÍNICA OU ESPESSAMENTO DA CARIOTECA. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS: multinucleação. 
 CARACTERÍSTICAS DO ESFREGAÇO: 
 Polimorfonucleares: frequentes ou abundantes. 
 Bacilo de Doderlein: raros ou frequentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Lesão vesiculosa labial, característica de Herpes sp e B) Lesão ulcerativa labial, característica de 
Herpes sp na fase final da infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Multinucleação; inclusões nucleares; amoldamento nuclear; marginalização cromatínica e 
espessamento da carioteca, sugestivo de infecção por Herpes sp e B) Multinucleação e amoldamento nuclear, 
sugestivo de infecção por Herpes sp. 
 CITOMEGALOVÍRUS 
 TRANSMISSÃO VIA PLACENTÁRIA OU ADQUIRIDO NOS 1º ANOS DE VIDA. 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
38 
 
 É OBSERVADO GERALMENTE EM PACIENTE IMUNODEPRIMIDO. 
 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS IDÊNTICAS AO DO HERPES. 
 
 PAPILOMAVÍRUS: será estudado em lesão pré-maligna. 
 
 HELMINTOS 
 ENTERÓBIOS. 
 ÁSCARIS. 
 STRANGILÓIDES. 
 SCHISTOSOMA, ETC. 
 
 ASSOCIAÇÕES DE AGENTES 
 Gardnerella vaginalis + Mobiluncus sp. 
 Gardnerella vaginalis + Candida sp. 
 Gardnerella vaginalis + Trichomonas vaginalis. 
 Trichomonas vaginalis + Leptothrix vaginalis. 
 Gardnerella + Trichomonas + Candida sp. 
 Gardnerella + Trichomonas + Mobiluncus sp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Legenda: A) Leptothrix vaginalis + Trichomonas vaginalis e B) Espóros de Candida sp + Trichomonas vaginalis. 
 
6 - ASPECTOS CLÍNICO-LABORATORIAIS DO PAPILOMAVÍRUS 
HUMANO (HPV) 
 INTRODUÇÃO 
As infecções pelo HPV são disseminadas e ocorrem em todo o mundo. O HPV infecta a 
pele e a membrana das mucosas e podem induzir a formação de tumores benignos e malignos. 
 Estudos têm revelado que alguns tipos de HPV são um importante fator de risco para 
desenvolver o câncer cervical, anal, oral, pele, etc. Sendo mais freqüentes entre as mulheres. 
O DNA viral é observado em cerca de 95% dos casos de câncer cervical. 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
39 
 
Dentre os diversos subtipos de HPV causadores de tumores cervicais malignos os mais 
frequentes são os 16 e 18. 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
Os papilomavírus têm sido detectados em um grande número de vertebrados, porém são 
altamente específicos da espécie. 
Atualmente mais de 120 tipos de HPV são conhecidos e numerosas sequências parciais 
novas de DNA de HPV indicam a existência de muitos outros tipos. Os tipos de HPV são definidos 
pela análise da sequência de DNA e representa, portanto genótipos. 
Um genoma de HPV é considerado como representativo de um novo tipo quando suas 
sequências de genes E6, E7 e LI diferem em mais de 10% de qualquer tipo de HPV previamente 
conhecido. 
Os tipos de HPV variam no seu tropismo tecidual, nas suas associações a lesões 
diferentes e no seu potencial oncogênico. De acordo com a sua homologia da sequência de DNA 
e a sua associação a lesões clínicas, eles podem ser agrupados em: 
 TIPOS MUCOSOS: 6, 11, 13, 44, 55, 16, 31, 33, 35, 52, 58, 67, 18, 39, 45, 59, 68, 70, 26, 51, 
69, 30, 53, 56, 66, 32, 42, 34, 64, 73 e 54. 
 TIPOS CUTÂNEOS: 1, 63, 4, 48, 60, 65 e 41. 
 TIPOS CUTÂNEOS / ASSOCIADOS À EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME: 5, 8, 12, 
36, 47, 9, 15, 17, 37, 38, 14, 19, 20, 46,, 21, 25, 22, 23, 24, 23, 24, 49 e 50. 
 TIPO CUTÂNEOS E OU MUCOSOS: 2, 27, 57, 3, 10, 28, 29, 7, 40, 43, 61, 62 e 72. 
 
 PREVALÊNCIA DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS 
Os tipos de HPV frequentemente encontrados em lesões cervicais de baixo grau (NIC I) e 
raramente em cânceres cervicais são definidos como tipos de BAIXO RISCO, aqueles que são 
frequentemente encontrados em lesões cervicais de alto grau (NIC II e III), mas com menos 
frequência em cânceres, são os tipos de MÉDIO RISCO, e aqueles que são frequentemente 
detectados em CARCINOMA IN SITU e em CÂNCERES são de ALTO RISCO. 
Consequentemente: 
 HPV: 6, 11, 30, 42, 43 e 44 são considerados como tipos BAIXO RISCO. 
 HPV: 39, 51, 52 e 61 são considerados como MÉDIO RISCO. 
 HPV: 16, 18, 31, 33, 35, 45, 58 e 68 são considerados como ALTO RISCO. 
 
 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES POR PAPILOMAVÍRUS 
HUMANOS 
Nas últimas 3 décadas a incidência de verrugas genitais tem aumentado cerca de 3 – 8 
vezes. 
A prevalência máxima de HPV em mulheres está entre 16 - 26 anos, depois ocorre uma 
declinação com a idade devido à resposta imune celular e mudanças hormonais. 
Os HPV 16 e 18 podem ser detectado em 1 – 2% das mulheres na faixa etária de 16 – 24 
anos. 
Menos de 10% das mulheres HPV positivas apresentam anormalidades citológicas. 
O DNA do HPV genital tem sido detectado em até 80% dos homens. 
 
 TRANSMISSÃO DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS 
 
40 
 
Dependendo do tipo de HPV e das lesões clínicas associadas a ele, os HPV são 
transmitidos por contato da pele, sexual ou perianal. 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: condiloma acuminado (HPV 6 e 11) variam de 3 semanas a 8 
meses e aqueles para verrugas cutâneas de 2 semanas a mais de 1 ano. 
 VERRUGAS CUTÂNEAS: são frequentemente adquiridas por meio de microtraumas. A 
transmissão ocorre tanto diretamente de uma pessoa para outra, como indiretamente via 
objetos ou superfícies contaminadas. 
 LESÕES ANOGENITAIS: em geral sexualmente transmissíveis e são provavelmente a 
infecção venérea mais frequente. 
Estudos têm mostrado que o DNA do HPV pode ser detectado em 70% das mulheres 
sexualmente ativas. 
A infecção genital por HPV ocorre por contato direto com o epitélio infectado cervical, 
vaginal, vulvar, peniano ou anal. A cérvice uterina é o sítio genital mais comum da infecção pelo 
fato da constante exposição das células que proliferam na junção escamo-colunar. 
O sexo oral é uma possível via de transmissão do condiloma acuminado na língua. 
Um simples contato sexual pode ser suficiente para a transmissão do HPV. 
 TIPOS DE LESÕES 
 LESÕES CLÍNCAS 
 VERRUGAS MACROPAPILARES. 
 PAPULOSA. 
 CONDILOMA ACUMINADO. 
 LESÕES SUBCLÍNICAS 
São aquelas lesões invisíveis a olho nu, necessitando do auxílio de colposcópio. 
 CONDILOMA PLANO. 
 CONDILOMA ESPICULADO. 
 MICROPAPILAS. 
 MÁCULAS. 
 ACETOBRANCO. 
 PONTILHADO. 
 LEUCOPLASIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Lesões Verrucosas Macropapilares e B) Lesões Papulosas disseminadas nas áreas cutâneas 
vulvar e perianal. 
 
 
A B 
 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: B) Lesão Papiloma labial e B) Lesão Acetobranca com ectopia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Lesões Verrucosas Acuminada no pênis e B) Lesões Verrucosas Papulares no pênis. 
 FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO POR PAPILOMAVÍRUS HUMANOS 
A atividade sexual, a imunidade celular reduzida e certos fatores genéticos do hospedeiro 
têm sido identificados como importantes fatores de risco para a infecção por HPV e neoplasias 
associadas ao HPV. 
 O NÚMERO DE PARCEIROS SEXUAIS: o HPV cervical ou vulvar pode ser detectado em 
mulheres por PCR em 21%das mulheres com apenas um parceiro sexual masculino e em 
até 80% das mulheres com recente exposição a cinco ou mais parceiros sexuais. 
 TIPO DE HPV: 16 e 18. 
 HORMÔNIOS: progesterona e estrógenos intensificam a expressão genética do HPV. 
 ATIVIDADE SEXUAL PRECOCE: 
 DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL: ácido fólico, Vitamina B12, anti-oxidantes, etc. 
 TABAGISMO: 
 IMUNOSSUPRESSÃO: HIV positivo, etc. 
 ASSOCIAÇÃO COM HERPES TIPO 2 (HSV2): foi observado a presença de anticorpos 
anti-HSV2 em mulheres afetadas por carcinoma cervical invasivo e pela evidenciação do 
genoma viral nas células cancerosas. 
 CITOMEGALOVÍRUS: em grau menor que o herpes vírus na carcinogênese cervical. 
 
C D 
 
 
A B 
 
A B 
 
42 
 
 PATOGÊNESE E PAPEL ONCOGÊNICO DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANOS 
A infecção por HPV por si só não é suficiente para a carcinogênese. A progressão tumoral 
ocorre em pequena percentagem de indivíduos infectados por HPV e está estimulada por 
mutágenos químicos ou físicos. Os tumores malignos induzidos por HPV são monoclonais e o 
tempo de intervalo entre a infecção e o desenvolvimento do carcinoma varia de no mínimo vários 
meses até mais de 10 anos. 
 PROTEÍNAS E5, E6 e E7 
Essas 03 proteínas demonstraram ter atividade oncogênica. Sua interação com proteínas 
celulares implica no controle do ciclo celular e por conseqüência estimulam a proliferação ou 
interferem na diferenciação das células infectadas. 
 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO 
 CITOPATOLOGIA 
Consiste no estudo morfológico das células obtidas da vulva, vagina, colo uterino, anus, 
pênis, etc. 
 MATERIAL: células obtidas por raspagem superficiais e espalhadas em lâminas 
(esfregaço). 
 VANTAGEM: coilocitose e lesão celular. São fenômenos específicos. 
 DESVANTAGEM: sensibilidade limitada e não tipa o HPV. 
 CRITÉRIOS CITOLÓGICOS SECUNDÁRIOS DE INFECÇÃO POR HPV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B 
C D 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A; B e F) Células intermediárias apresentando condensação citoplasmática, ceratinização, aumento de 
volume nuclear e hipercromasia; C) Célula intermediária binucleada; D e E) Célula intermediária multinucleada, 
aumento de volume nuclear e hipercromasia. 
 
 CARACTERÍSTICAS DOS COILÓCITOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Degradação do citoesqueleto em 1/3 do 
conteúdo citoplasmático. 
 Núcleo com aumento de volume e 
hipercromasia (NIC I). 
 Células envolvidas: intermediárias e ou 
superficiais. 
 Geralmente bi ou multinucleação. 
 Contorno da degradação citoplasmática 
irregular. 
 
 
E F 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Coilocitose em células intermediárias e superficiais de pacientes com HPV. 
 COLPOSCOPIA 
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc. 
 MATERIAL: análise visual da vulva, vagina, cérvice, pênis, anus, etc. 
 VANTAGEM: técnica sensível para detecção de lesões associadas ao HPV. 
 DESVANTAGEM: não específica, não tipa o HPV, sugestiva e requer experiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Colposcopia mostrando lesão 
acetobranca e ectopia extensa em 
pacientes com HPV. 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HISTOPATOLOGIA 
Consiste no estudo morfológico das células obtidas da vulva, vagina, colo uterino, anus, 
pênis, etc. 
 MATERIAL: células obtidas por biópsia e preparada em cortes histológicos. 
 VANTAGEM: coilocitose e lesão celular. São fenômenos específicos. 
 DESVANTAGEM: sensibilidade limitada e não tipa o HPV. 
 
 MÉTODOS DE DETECÇÃO VIRAL (MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE 
TRANSMISSÃO) 
Consiste na visualização das partículas virais. 
 MATERIAL: esfregaço ou corte histológico. 
 VANTAGEM: detecção específica de partículas virais. 
 DESVANTAGEM: laborioso, consome muito tempo no preparo da amostra, alto custo, não 
é utilizado na rotina e não tipa o HPV. 
 
 BIOLOGIA MOLECULAR 
Consiste na detecção do DNA do HPV por métodos: captura híbrida; PCR e hibridização in 
situ. 
 MATERIAL: esfregaço ou corte histológico. 
 VANTAGEM: identificação de diferentes tipos de HPV. Análise quantitativa da carga viral, 
sensibilidade e especificidade. Método padrão ouro para o uso clínico e em pesquisa. 
 DESVANTAGEM: laborioso e alto custo dos exames. 
 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO 
Uma vez que não exista um tratamento antiviral para o HPV, o papel do clínico é de tratar 
as lesões detectáveis no sentido de ajustar o sistema imune do paciente a lutar contra o vírus e a 
prevenir a transmissão, uma vez que se acredita que o HPV é transmitido por contato comas 
lesões. 
As lesões associadas ao HPV têm sido tratadas com uma ampla série de modalidades, as 
quais podem ser divididas em métodos químicos, cirúrgicos e estimuladores de imunidade. 
 
Legenda: Colposcopia mostrando extensa 
ectopia com teste de Schiller positivo em 
paciente com HPV. 
 
 
 
46 
 
 MÉTODOS DE TRATAMENTO 
 TERAPIA QUÍMICA 
 ÁCIDO SALICÍLICO / COMBINAÇÕES. 
 VITAMINA “A” ÁCIDA (TRETINOÍNA). 
 FORMALINA. 
 GLUTARALDEÍDO. 
 PODOFILOTOXINA (WARTEC) 
 5-FLUOROURACIL (EFURIX). 
 BLEOMICINA (BONAR) 
 ÁCIDO MONOCLOROACÉTICO. 
 ÁCIDO TRICLOACÉTICO. 
 TERAPIA CIRÚRGICA 
 CIRURGIA FRIA: curetagem, excisão com tesoura e excisão com bisturi. 
 ELETROCIRURGIA: cautério - fulguração, excisão com alça e excisão com agulha. 
 CRIOTERAPIA. 
 CIRURGIA A LASER: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG. 
 IMUNOTERAPIA 
 INOSINA PRANOBEX: oral. 
 INTERFERONS: intralesional, intramusculares, subcutâneos e gel. 
 INDUTORES DE CITOXINA: oral e gel. 
 RETINÓIDES: oral. 
 IMUNOGLUCAN: intramuscular. 
 VACINA: 3 doses. Administrar a 2ª dose 2 meses após a 1ª e a 3ª dose 3 meses após a 
2ª. 
 
7 - ESTUDO DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS EM CÉLULAS 
ESCAMOSAS 
 VULVA 
 VAGINA 
 CÉRVICE UTERINA 
 ÚTERO 
 OVÁRIOS 
Consiste nas anomalias, essencialmente nucleares, se manifestam por um aumento de 
volume, irregularidade das formas e dos contornos, hipercromasia, binucleação e às vezes 
multinucleação. 
 DEFINIÇÕES 
 DISCARIOSES: terminologia utilizada por Papanicolaou a partir de 1949. 
 DISPLASIAS: terminologia utilizada por Reagan a partir de 1953. 
 NIC: neoplasia intra-epitelial cervical (Richart – 1967). 
 
 FATORES PREDISPONENTES AS LESÕES PRÉ - MALIGNAS 
 Uso de anticoncepcional. 
 Idade precoce na primeira gestão. 
 Curtos intervalos entre gestações. 
 
47 
 
 Atividade sexual precoce (abaixo de 16 anos). 
 Múltiplos companheiros de sexo. 
 Doenças sexualmente transmissíveis (HIV). 
 Baixo nível econômico (desnutrição). 
 Tabaco. 
 Drogas. 
 Infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV). 
 Infecção por Herpes simples tipo 2 (HSV2). 
 Ectopia. 
 
 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL 
 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR 
 MATERIAL UTILIZADO 
 Fixação. 
 Coloração. 
 Montagem. 
 Leitura. 
 Arquivamento da lâmina. 
 
 AGENTES CAUSAIS 
 Biológicos. 
 Físicos. 
 Químicos. 
 Intrínsecos (hormonais). 
 
 MECANISMOS DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Baixo Grau (LSIL) – NICI. 
 Lesões Escamosas Intra - epiteliais de Alto Grau (HSIL)– NIC II, NIC III e Carcinoma In 
Situ. 
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA 
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÕES PRÉ-MALIGNAS 
 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA: 
 Coloração. 
 Forma. 
 Coilocitose. 
 
 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO: 
 Aumento da relação núcleo citoplasma. 
 Hipercromasia. 
 Bi ou multinucleação. 
 Espessamento da membrana nuclear. 
 Alterações nos grânulos cromatínicos. 
 
 
48 
 
LESÕES ESCAMOSAS INTRA - EPITELIAIS DE BAIXO GRAU (LSIL) – NICILegenda: A e B) Células intermedárias com aumento de volume nuclear e hipercromasia (LSIL - NIC I); C e D) 
Coilocitose em células intermediárias mono e binucleadas (LSIL - NIC I). 
 
 
 
 
D 
D 
B A 
C D 
 
49 
 
LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Células metaplásicas imaturas e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e alteração 
de contorno da membrana nuclear do tipo lobulação. (HSIL - NIC II). 
 
 
 
 
50 
 
LESÃO ESCAMOSA INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) - NIC III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear aumentado, hipercromasia e 
alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada) (HSIL - NIC III). 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL) 
 DEFINIÇÃO: neoplasia intra-epitelial cervical (NIC). 
 DENOMINAÇÕES: pré-invasivo, incipiente, intra-epitelial e Bowen de cérvice. 
 ORIGEM: NIC III. 
 INCIDÊNCIA: 23 – 45 anos. 
 EVOLUÇÃO: lenta. 
 PROGNÓSTICO: pode evoluir para carcinoma invasivo. 
 DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA: JEC. 
 
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 CITOLOGIA. 
 COLPOSCOPIA. 
 HISTOPATOLOGIA. 
 MARCADOR TUMORAL. 
 
 CITOLOGIA. 
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS 
 Células do 3° tipo ou indiferenciada ceratinizada ou não, geralmente de origem 
metaplásicas. 
 Zonas livres de cromatina. 
 Fila indiana. 
 Ausência de diátese tumoral (infiltrado inflamatório, hemorrágico e necrose 
tecidual). 
 Ausência de glicogênio celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSIDERAÇÕES GERAIS NA AVALIAÇÃO DO ESFREGAÇO CITOLÓGICO 
 FUNDO DA LÂMINA: um critério geral importante na avaliação do esfregaço citológico. 
 NÚMERO DE CÉLULAS ANORMAIS: células malignas se dissociam mais prontamente. 
 ARRANJO DAS CÉLULAS: importante na classificação da lesão celular. 
 TAMANHO E FORMA DAS CÉLULAS: a forma celular indica a origem e o estado 
funcional. 
 FUNÇÃO CELULAR: ciliadas e secretoras. 
 
 
52 
 
 NÚCLEO: atividade biológica e potencial maligno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: HSIL - CARCINOMA IN SITU: células metaplásicas imaturas, basais e parabasais com volume nuclear 
aumentado, hipercromasia e alteração de contorno da membrana nuclear (lobulação, denteada e serrilhada); 
cromatina nuclear grosseira e apresentando zonas livres. Arranjo celular em sincício e fila indiana. 
 
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO 
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ 
FONES: (91)3223 – 8106 – 3223 - 3286 
NOME DA PACIENTE: Eda Almeida Silva N 198999 
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 24 anos 
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 10/18/2010 
EXAME: COLPOCITOLÓGICO 
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL 
 
 
 
53 
 
 
RESULTADO 
 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F). 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F). 
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (F). 
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R). 
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS REATIVAS (F). 
 PROVÁVEL AGENTE ETIOLÓGICO: Trichomonas vaginalis. 
 ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS BASAIS, PARABASAIS E METAPLÁSICAS 
IMATURAS COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, HIPERCROMASIA INTENSA, 
CROMATINA GRANULAR IRREGULAR E PRESENÇA DE ZONAS LIVRES. 
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE LESÃO INTRA-EPITELIAL 
DE ALTO GRAU (HSIL) – CARCINOMA IN SITU. 
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO 
CITOLÓGICA. 
 
 COLPOSCOPIA: 
Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Colposcopias em pacientes com lesões no colo uterino do tipo HSIL (confirmadas pela citologia e 
histopatologia). 
 HISTOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Histopatologia em pacientes com 
lesão no colo uterino do tipo HSIL – NIC III. 
 
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MARCADORES TUMORAIS 
 IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8 
(colagenase), etc. 
 TRATAMENTO DAS LESÕES PRÉ – MALIGNAS 
A escolha do tratamento depende do: 
 GRAU DA LESÃO. 
 IDADE DA PACIENTE. 
 ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS PATOLOGIAS. 
 TIPO DE TRATAMENTO: 
 CIRÚRGICO: retirada parcial ou total. 
 BIÓPSIA SIMPLES: NIC I e obtenção do material para investigação diagnóstica. 
 BIÓPSIA POR CONIZAÇÃO: esta indicada em lesões do tipo (NIC II, NIC III e 
CARCINOMA IN SITU). 
 TRATAMENTO PARA CARCINOMA ESCAMOSO IN SITU (HSIL) 
 LOCAL OU RADICAL 
 EXPECTATIVA DE CURA: excelente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Oncologia Ginecológica. C. Thomas Griffiths. 
Legenda: Tratamento cirúrgico (conização) de lesão no colo uterino do tipo HSIL – CARCINOMA IN SITU. 
 
 
Legenda: Histopatologia em pacientes com 
lesão no colo uterino do tipo HSIL – NIC III. 
 
 
55 
 
 TERAPIA LOCAL (DESTRUIÇÃO FÍSICA) 
 Coagulação a frio. 
 Eletrocoagulação com alça diatérmica. 
 Crioterapia. 
 Terapia a laser: laser de dióxido de carbono e laser Nd-YAG. 
 
8 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ESCAMOSAS 
 VULVA 
 VAGINA 
 CÉRVICE UTERINA 
 ÚTERO 
 OVÁRIOS 
Consiste nas anomalias celulares, se manifestam por um aumento de volume nuclear às 
vezes exagerado, intensa hipercromasia (tinta nanquim) ou com zonas livres de cromatina e 
alterações citoplasmáticas diversas. 
 
 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL 
 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR 
 MATERIAL UTILIZADO 
 Fixação. 
 Coloração. 
 Montagem. 
 Leitura. 
 Arquivamento da lâmina. 
 
 AGENTES CAUSAIS 
 Biológicos. 
 Físicos. 
 Químicos. 
 Intrínsecos (hormonais). 
 
 MECANISMOS DAS LESÕES MALIGNAS 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Carcinoma micro invasivo. 
 Carcinoma invasivo. 
 
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA 
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÕES MALIGNAS 
 EM RELAÇÃO AO CITOPLASMA: 
 Coloração. 
 Forma. 
 Hialinização. 
 Vacuolização. 
 
56 
 
 Ceratinização. 
 
 EM RELAÇÃO AO NÚCLEO: 
 Aumento da relação núcleo citoplasma. 
 Hipercromasia (núcleo em tinta nanquim). 
 Zonas livres de cromatina. 
 Espessamento irregular e acentuado da membrana nuclear. 
 Formações aberrantes ou bizarras da cromatina 
 Figura de mitose anormal. 
 Nucléolos grandes e ou aumentado numericamente. 
 Irregularidade no contorno da membrana nuclear, multinucleação, amoldamento 
e anisocariose. 
 
 EM GERAL 
 Pleomorfismo celular. 
 Aumento do tamanho da célula. 
 Posição do núcleo e anisocitose. 
 Grupamento denso de células e núcleos desnudos. 
 Polimorfosnucleares e eritrócitos (abundantes). 
 Diátese tumoral. 
 
 
ALTERAÇÕES DA CROMATINA MAIS FREQUENTES EM LESÕES MALIGNAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CARCINOMA ESCAMOSO MICRO INVASIVO 
 DEFINIÇÃO: quando infiltrou a membrana basal, histologicamente < de 6 mm. 
 DENOMINAÇÕES: lesão maligna. 
 ORIGEM: carcinoma in situ. 
 INCIDÊNCIA: 35 – 65 anos. 
 EVOLUÇÃO: moderada. 
 PROGNÓSTICO: evoluir para carcinoma invasivo. 
 DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA: JEC. 
 
Legenda: ANOMALIAS DA CROMATINA: 
1) Granulosa fina e regular; 2) Granulosa 
com blocos de cromatina; 3) Opaca 
(densa); 4) Nucléolo volumoso e 5) 
Hipercromática e irregular. 
 
57 
 
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS 
 Algumas células em fibra e em fuso isoladas. 
 Presença de células do 3° tipo. 
 Zonas livres de cromatina. 
 Núcleo com amoldamento. 
 Presença de pouca diátese tumoral. 
 Ceratinização geralmente presente. 
 Pérola córnea geralmente presente. 
CARCINOMA ESCAMOSO MICRO INVASIVO CONSIDERAÇÕES GERAIS NA AVALIAÇÃO DO ESFREGAÇO CITOLÓGICO 
 FUNDO DA LÂMINA: um critério geral importante na avaliação do esfregaço citológico. 
 NÚMERO DE CÉLULAS ANORMAIS: células malignas se dissociam mais prontamente. 
 ARRANJO DAS CÉLULAS: importante na classificação da lesão celular. 
 TAMANHO E FORMA DAS CÉLULAS: a forma celular indica a origem e o estado 
funcional. 
 FUNÇÃO CELULAR: ciliadas e secretoras. 
 NÚCLEO: atividade biológica e potencial maligno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: CARCINOMA MICRO INVASIVO: 
células escamosas com volume nuclear 
aumentado, hipercromasia intensa, cromatina 
granular e irregular com zonas livres. Célula 
multinucleada e apresentando amoldamento 
nuclear 
 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: CARCINOMA MICRO INVASIVO: células escamosas com volume nuclear aumentado, hipercromasia 
intensa, cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento 
nuclear. 
 
 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO 
 DEFINIÇÃO: quando infiltrou a membrana basal, com possibilidade de formação de 
metástase. 
 GRADUAÇÃO: de acordo com o grau de diferenciação: 
 Grau I: diferenciado. 
 Grau II: moderadamente diferenciado. 
 Grau III: indiferenciado. 
 ORIGEM: neoplasias intra-epiteliais (NIC III). 
 INCIDÊNCIA: 35 – 65 anos. 
 EVOLUÇÃO: rápida. 
 
 ASPECTOS CLÍNICOS 
 VISÍVEIS AO EXAME CLÍNICO 
 FORMA EXOFÍTICA: formação tumoral para fora do epitélio. 
 FORMA ENDOFÍLICA: formação tumoral para dentro do epitélio. 
 
 CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS 
 Células em fibra. 
 Células em fuso. 
 Células em girino. 
 Células amebóides. 
 Cromatina nuclear: tinta nanquim. 
 Diátese tumoral: bem evidente. 
 Pérola córnea: geralmente presente. 
 
 TIPOS DE CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO 
 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO CERATINIZADO DIFERENCIADO 
 CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
 
59 
 
 Diátese tumoral: geralmente ausente. 
 Pérola córnea: geralmente presente. 
 Cromatina nuclear: em tinta nanquim. 
 Formato das células: paraceratosa e ceratinizada. 
 Tamanho das células: grande. 
 Nucléolos: não são visíveis. 
 Multinucleação: pode acontecer, porém não muito frequente. 
 Relação núcleo citoplasma: muito aumentada. 
 
CARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS ESCAMOSAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE CÉLULAS ENCONTRADOS EM CARCINOMA ESCAMOSO 
INVASIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: CARCINOMA INVASIVO CERATINIZADO E NÃO CERATINIZADO: células escamosas com volume 
nuclear aumentado, hipercromasia intensa (tinta nanquim), cromatina granular e grosseira com zonas livres. 
Células bi e multinucleadas e apresentando amoldamento nuclear. Células do tipo: em fibra, em girino, em fuso e do 
3º tipo 
 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO MODERADAMENTE DIFERENCIADO 
 CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 Tipo de descamação: agrupada, não muito definida. 
 Diátese tumoral: presente. 
 
 
 
 
61 
 
 Cromatina nuclear: irregular, grosseira com zonas livres bem definidas. 
 Origem: processos metaplásicos. 
 Tamanho das células: variável. 
 Relação núcleo citoplasma: aumentada. 
 Citoplasma: mais ou menos evidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO INDIFERENCIADO 
 CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 Tipo de descamação: em sincícios. 
 Diátese tumoral: presente. 
 Cromatina nuclear: irregular, grosseira com zonas livres bem definidas. 
 Formato das células: mais arredondadas. 
 Tamanho das células: variável. 
 Nucléolos: são frequentemente visíveis. 
 Multinucleação: muito comum. 
 Relação núcleo citoplasma: muito aumentada. 
 Citoplasma: delicado e escasso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: CARCINOMA INVASIVO INDIFERENCIADO: células escamosas com volume nuclear aumentado, 
hipercromasia intensa cromatina granular e grosseira com zonas livres. Células mono e multinucleadas e 
apresentando amoldamento nuclear, citoplasma delicado e escasso e com presença de diátese tumoral. 
 
Legenda: CARCINOMA INVASIVO 
MODERADAMENTE DIFERENCIADO: células 
escamosas com volume nuclear aumentado, 
hipercromasia intensa (tinta nanquim), 
cromatina granular e grosseira com zonas 
livres. Células mono e binucleadas e 
apresentando amoldamento nuclear, 
citoplasma mais ou menos evidente e com 
presença de diátese tumoral. 
 
 
 
 
62 
 
 
 
PROPHYLAX DIAGNÓSTICO 
MATRIZ: AV. CONSELHEIRO FURTADO, 1891 – NAZARÉ – BELÉM – PARÁ 
FONES: (91) 3223 – 8106 – 3223 - 3286 
NOME DA PACIENTE: Edna da Silva N 20000 
MÉDICO: Dr Cláudio Silva dos Reis IDADE: 47 anos 
DATA DA REALIZAÇÃO DO EXAME: 19/05/2011 
EXAME: COLPOCITOLÓGICO 
MATERIAL: CÉRVICO - VAGINAL 
 
RESULTADO 
 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO ESCAMOSO: PARABASAIS, INTERMEDIÁRIAS e SUPERFICIAIS (F). 
 CÉLULAS DO EPITÉLIO COLUNAR: ENDOCERVICAIS REATIVAS (F). 
 ELEMENTOS SANGUINEOS: POLIMORFONUCLEARES e MACRÓFAGOS (AB). 
 FLORA BACTERIANA NORMAL: BACILOS DE DODERLEIN (R). 
 OUTRAS CÉLULAS: METAPLÁSICAS IMATURAS (F). 
 ALTERAÇÕES CELULARES: CÉLULAS ESCAMOSAS COM VOLUME NUCLEAR AUMENTADO, 
HIPERCROMASIA INTENSA, MEMBRANA NUCLEAR IRREGULAR, CROMATINA GRANULAR 
IRREGULAR E GROSSEIRA, AGRUPAMENTO CROMATÍNICO C/ ZONAS LIVRES. PRESENÇA 
DECÉLULAS COM ALTERAÇÕES CITOPLASMÁTICAS DOS TIPOS EM FIBRA E GIRINO. 
 CONCLUSÃO: ALTERAÇÕES CELULARES, SUGESTIVO DE CARCINOMA INVASIVO 
DIFERENCIADO CERATINIZADO. 
 AVALIAÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRA SATISFATÓRIA PARA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA. 
 
 COLPOSCOPIA: 
 Consiste na amplificação da vulva, vagina, colo uterino, anus, pênis, etc. As lesões 
malignas do colo uterino na maioria das vezes é visível macroscopicamente. 
 HISTOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Biopsia do colo uterino com lesão macroscópica de malignidade e B) Histopatológico de CARCINOMA 
ESCAMOSO. 
 MARCADORES TUMORAIS 
 IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA: MMP - 3 (stromilisina); MMP - 8 
(colagenase), etc. 
 
A 
B 
 
63 
 
 TRATAMENTO DAS LESÕES MALIGNAS 
 TIPO DE TRATAMENTO: 
 CIRÚRGICO: retirada parcial ou total (histerectomia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A) Cirurgia radical e reparadora e B) Histerectomia em CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO. 
 RADIOTERAPIA: pode ser utilizado isoladamente ou associado à outra metodologia de 
tratamento como: cirurgia. 
 
9 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ENDOCERVICAIS 
 
 COLETA DE MATERIAL CÉRVICO – VAGINAL 
 JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR 
 MATERIAL UTILIZADO 
 Fixação. 
 Coloração. 
 Montagem. 
 Leitura. 
 Arquivamento da lâmina. 
 
 AGENTES CAUSAIS 
 Biológicos. 
 Físicos. 
 Químicos. 
 Intrínsecos (hormonais). 
 
 MECANISMOS DAS LESÕES MALIGNAS 
 EPITÉLIO CILÍNDRICO ENDOCERVICAL (GLANDULAR) 
 FUNÇÃO: revestimento, proteção e lubrificação. 
 CONSTITUIÇÃO CITOLÓGICA: células ciliadas e secretoras. 
 
 
A B 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Grupos de células endocervicais secretoras normais. 
 
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 CITOLOGIA ESFOLIATIVA 
 PRINCIPAIS CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE LESÃO ENDOCERVICAL 
 Hipercromasia. 
 Aumento nuclear. 
 Alteração da forma nuclear. 
 Perda da disposição celular. 
 Cromatina granular levemente grosseira a acentuada. 
 Macronucléolos arredondo e central. 
 OBS: Diversas alterações celulares podem confundir, tais como: metaplasia atípica, 
cervicite crônica, agudas e fenômeno de reparação. 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS DE REPARO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 TIPOS DE ADENOCARCINOMAS ADENOCARCINOMA IN SITU 
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS: 
 Abundância de células e em aglomerados. 
 Perda da disposição celular normal (plumagem). 
 Hipercromasia moderada / acentuada. 
 Aumento do núcleo. 
 Forma nuclear redonda ou oval. 
 Cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento 
cromatínico e zonas livres. 
 Macronucléolos geralmente não estão visíveis. 
 
LESÃO EM CÉLULAS GLANDULARES INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU 
(HSIL) ADENOCARCINOMA IN SITU 
 
 
 
COMPARAÇÃO ENTRE CÉLULAS ENDOCERVICAIS NORMAIS E 
ADENOCARCINOMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: A e B) Adenocarcinoma Endocervical In Situ com formação das células em plumagen; C e D) 
Adenocarcinoma Endocervical In Situ com formação das células em roseta. CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS: 
perda da disposição celular normal (plumagem) e cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com 
agrupamento cromatínico e zonas livres. 
 
 ADENOCARCINOMA MICRO INVASIVO 
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS: 
 Abundância de células e em aglomerados. 
 Perda da disposição celular normal e polaridade. 
 Hipercromasia leve / moderada. 
 Aumento do núcleo. 
 Forma nuclear redonda ou oval com espessamento. 
 Cromatina granular moderadamente irregular com agrupamento cromatínico e 
zonas livres. 
 Macronucléolos arredondados e centrais são frequentes e as vezes com halo 
perinucleolar. 
 Diátese tumoral pode estar presente. 
 Amoldamento nuclear frequente. 
 
 
 
C D 
A B 
 
67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Adenocarcinoma Endocervical Micro Invasivo CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS: abundância de 
células e em aglomerados; hipercromasia leve / moderada; macronucléolos arredondados e centrais e às vezes 
com halo perinucleolar e amoldamento nuclear. 
 
 ADENOCARCINOMA INVASIVO 
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS: 
 Abundância de células e em aglomerados. 
 Perda da disposição celular normal e polaridade. 
 Hipercromasia leve / moderada. 
 Aumento do núcleo e anisocariose aumentada. 
 Forma nuclear redonda ou oval c/ espessamento. 
 Cromatina granular grosseira e irregular com agrupamento cromatínico e zonas 
livres. 
 Macronucléolos centrais redondo estão presentes, podendo ser avermelhado e com 
halo perinucleolar. 
 Diátese tumoral presente. 
 Secreção de mucina (anel de sinete). 
ADENOCARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS ENDOCERVICAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Adenocarcinoma Invasivo Endocervical. A) Macronucéolos redondos, avermelhado com halo 
perinucleolar; B) Macronucéolos redondos, diátese tumoral, cromatina granular grosseiramente irregular 
(pontilhado) com agrupamento cromatínico e zonas livres; C) Macronucéolos redondos, cromatina granular 
grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento cromatínico e zonas livres e D) Anel de sinete e diátese 
tumoral. 
 
10 - ESTUDO DAS LESÕES MALIGNAS DE CELULAS ENDOMETRIAIS 
 
 COLETA DE MATERIAL 
 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES DA COLETA 
 Esfregaço cervical pouco sensível. 
 Coleta de fundo de saco vaginal posterior: mais sensível que esfregaço cervical, porém 
células má conservada, dificulta sua identificação. 
 Aspirado endometrial é a coleta ideal. 
 MATERIAL UTILIZADO: seringa adaptada para aspiração ou instrumento próprio. 
 Fixação. 
 Coloração. 
 Montagem. 
 Leitura. 
 Arquivamento da lâmina. 
 
 
 
A B 
C D 
 
69 
 
 EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DO ÚTERO 
 EPITÉLIO CILINDRÍCO ENDOMETRIAL (GLANDULAR) 
 Função: proteção, secreção e nutrição. 
 Constituição citológica: dois tipos celulares (ciliada e secretora). 
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS CILIADAS 
 CITOPLASMA: cora ciano ou eosinofilamente e ocasionalmente vacuolizado. Placa 
terminal e cílios são frequentemente observados. 
 NÚCLEO: forma redonda ou oval e usualmente de localização basal. Padrão de 
cromatina fina, uniformemente granular e com vários cromocentros. 
 CÉLULAS ENDOMETRIAIS SECRETORAS (MUCIPARAS) 
 CITOPLASMA: cora em cianófilofinamente vacuolizado e sem margens celulares nítidas. 
 NÚCLEO: redondo ou oval, localização basal. Padrão de cromatina regularmente 
distribuída, finamente granular e podendo mostrar cromocentros. 
 OBS: normalmente células endometriais são observadas no esfregaço citológico somente até 
o 10º - 12º dia do ciclo menstrual. 
 PATOLOGIAS UTERINA MAIS FREQUENTES 
 Inflamação: exsudato purulento (Herpes, Citomegavírus, etc). 
 Tuberculose. 
 Anormalidades citológicas provocadas pelos dispositivos intra – uterinos (fibrose, 
edema, hipervascularização, etc). 
 Reparação do endométrio após biópsia, curetagem ou qualquer traumatismo. 
 Hiperplasia: causa hormonal. 
 Endometriose. 
 Anormalias citológicas durante o uso de hormônios esteróides. 
 TUMORES MALIGNOS DO ENDOMÉTRIO 
 Sarcomas (leiomiosarcoma). 
 Adenocarcinoma: geralmente a partir de 50 anos. 
 
 CRITÉRIO CITOMORFOLÓGICOS 
 Número de células abundantes. 
 Núcleo com aumento moderado de volume. 
 Núcleo hipercromático. 
 Nucléolos bem proeminentes. 
 Elementos sanguíneos abundantes. 
 
70 
 
DIFERENÇAS DE ADENOCARCINOMA ENDOCERVICAL / ENDOMETRIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: ADENOCARCINOMA ENDOMETRIAL: macronucéolos redondos proeminentes, grupamentos de 
células, diátese tumoral, cromatina granular grosseiramente irregular (pontilhado) com agrupamento cromatínico e 
zonas livres. 
 
 
 
 
71 
 
LITERATURA CONSULTADA E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO 
UTILIZADO 
1) BRUCE, Alberts et al. Biologia molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013. 
2) CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei M. A célula. São Paulo: Manole, 2001. 
3) CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, L. C. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara, 2010. 
4) GARTNER, Leslie. P.; HIATT, James L. Tratado de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 
2010. 
5) BARRASSO, Renzo - Infecção por Papilomavírus humano. Porto Alegre: Artmed; 1997. 
6) FLECK, James - Câncer integração clínica – biológica. Rio de Janeiro: Medsi; 1991. 
7) GRIMALDO, Carvalho - Citologia do trato genital feminino. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994. 
8) HUNSAIN, O. A. - Atlas colorido de citologia ginecológica. São Paulo: Artes Médicas; 92. 
9) JACYNTO, Claúdia – HPV - infecção genital feminino e masculino. Rio de Janeiro: Revinter; 
 1994. 
10) KOSS, Leopoldo G. - Citologia ginecológica. 1. ed. São Paulo: Editora Manole; 1997. 
11) ROBBINS, K. Contran - Patologia estrutural e funcional. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
 Koogan; 1996. 
12) SCHNEIDER, Marie Luise - Citologia ginecológica. Rio de Janeiro: Revinter; 1998. 
13) TAKAHASHI, Masayoshi - Atlas colorido de citologia do câncer. 2. ed. São Paulo: Editora 
 Manole; 1982. 
14) GRIFFITHS, Thomas – Oncologia Ginecológica. 3. ed. São Paulo: Editora Artes Médica; 
 2010. 
15) McKEE, Grace – Citopatologia. 2. ed. São Paulo: Editora Artes Médica; 2009.

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