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17-02-19 FICHAMENTO - SUCESSÕES

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DIREITO CIVIL - SUCESSÕES
Princípios Constitucionais da Sucessão
FICHAMENTO
Faculdade Dom Pedro II
Curso: Direito
Profº. Víctor Fabiano
Disciplina: Direito Civil - Sucessões
Indicação bibliográfica: Direito civil brasileiro, volume 7: Direito das Sucessões / Carlos Roberto Gonçalves. – 11. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.
Resumo:
Embasado na obra de Carlos Roberto Gonçalves, a saber, Direito Civil Brasileiro – Direito das Sucessões, o presente fichamento visa realizar um estudo especificamente do Direito Civil Brasileiro sob a ótica do Direito das Sucessões, e dentro deste, tratar do instituto dos Princípios constitucionais: Princípio da Liberdade Limitada de Testar, Princípio da Liberdade Absoluta para Testar e, especificamente – Droit de Saisine -. Para tanto, e tendo em vista a necessidade de se ater somente ao tema proposto, far-se-á uma breve dissertação dos tópicos, seus conceitos e características.
Nessa obra o autor discorre sobre os três princípios constitucionais acima elencados, sob a ótica doutrinária e constitucional do Direito das Sucessões, bem como apresenta paralelamente o entendimento atual do conceito desses princípios, retomando a sua origem histórica e remota.
LIVRO QUATRO DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS – ALVARÁ DE 09 DE NOVEMBRO DE 1754 - SUCESSÕES
Collecção Chronologica dos Assentos das Casas da Supplicação e do Civel -
Sucessões
DIREITO CIVIL - SUCESSÕES | 17/02/2019 
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DIREITO CIVIL - SUCESSÕES | 17/02/2019 
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1. PRINCÍPIO DA LIBERDADE LIMITADA DE TESTAR
	O Brasil adota esse princípio no artigo 1789 do Código Civil “havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança”. Temos uma liberdade para criar os herdeiros, mas de forma limitada. Ele existe para proteger os herdeiros necessários e para não privar da sucessão de alguém. Cada pessoa que tem herdeiro necessário, metade do patrimônio fica para esses herdeiros necessários. 
Conforme destaca o autor, o conteúdo do testamento deve estar dentro da metade disponível, pois a indisponível será aos herdeiros necessários. Por exemplo: se o testador tiver descendente, esse princípio já será aplicado.
A parte indisponível no Código recebe outra nomenclatura, parte legítima, a qual pertence herdeiros necessários, porque nem todo legítimo é necessário.	
2. 	PRINCÍPIO DA LIBERDADE ABSOLUTA PARA TESTAR
Esse princípio é utilizado no Brasil quando o testador não possui herdeiros necessários, passando assim ser todo seu patrimônio disponível, podendo evitar a sucessão legítima ou alterar as regras daquela sucessão.
Não havendo descente, ascendente ou conjugue não há o que se falar sobre herdeiro necessário. Entretanto, pela lei, receberá a herança o irmão (colateral), e ainda, se por acaso ele não quiser nada deixar ao irmão, poderá deixar todo seu patrimônio a outrem, pois todo seu patrimônio é disponível.
Estabelece, com efeito, o art. 1.789 do Código Civil:
“Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança”.
Se o testador for casado no regime da comunhão universal de bens, o patrimônio do casal será dividido em duas meações, e só poderá dispor, em testamento, integralmente, da sua, se não tiver herdeiros necessários, e da metade, correspondente a um quarto do patrimônio do casal, se os tiver.
Demonstra, portanto, que a ação testamentária é mais forte que a lei. 
3. PRINCPIPIO DROIT DE SAISINE
	1. Conceito e evolução histórica
Foi na idade Média que se ouviu falar do Droit de Saisine.
Na época feudal os senhores feudais tinham a praxe de, uma vez morrendo o vassalo, a posse das terras eram devolvidas aos senhores feudais que exigiam dos herdeiros do de cujus um pagamento para autorizar a imissão na posse das terras.
Com intuito de proteger os herdeiros desse ato, a jurisprudência da época veio a consagrar a transferência direta dos haveres do servo aos seus herdeiros assentado no brocardo: "Le serf mort saisit Le vif, son hoir de plus proche" que, numa tradução mais próxima, significa: o servo morto agarra os vivos, o seu herdeiro mais próximo.
Por isso a doutrina do século XIII fixou o "Droit de saisine" que traduz, um conceito do imediatismo, ou seja, a transmissão dos bens, sua propriedade e posse, se transmite logo após a morte do de cujus.	Assim, segundo explica PLANIOL (Traité élémentaire de droit français, 7.ed. Paris, 1915, t.IIIn.1929 a 1931), saisine quer dizer posse e saisine héréditaire significa que os parentes de uma pessoa falecida tinham o direito de tomar posse de seus bens sem qualquer formalidade.	
Assentou–se, então, no direito costumeiro parisiense, a fórmula Le serf mort saisit le vif, son hoir de plus proche, com o escopo de defender o servo desta imposição senhoril. Em verdade, tal instituto, consagrado pela doutrina francesa, traduz o necessário imediatismo na transmissão dos bens do de cujus aos herdeiros. Tal transferência se concretiza com a morte do antigo titular dos bens (le mort saisit le vif), vale dizer, o morto é substituído pelo vivo).
	Intenta os estudiosos que a expressão le mort saisit le vif apareceu a primeira vez em 1.259, em julgamento de imigrantes. Um ano depois, tal expressão foi ressentida nos tribunais franceses, tornando – se verdadeira regra geral no direito da França. Em 1.384, em notas de audiência do Parlamento, evidenciou – se a agregação do instituto referido no direito consuetudinário daquele país, expresso no princípio geral de que o herdeiro vivo substitui o de cujus [2]
Assim, o droit de saisine não foi uma peculiaridade francesa, porquanto tal instituto já era proclamado no direito germânico, ou ao menos admitido, quando da adoção da fórmula: Der Tote erbt den Lebenden (Os mortos herdam os vivos).
Portanto a Saisine vem da palavra latina Sacire, tem o sentido de apoderar-se (posse de bens). Significa a transmissão, desde logo, dos bens do de cujus aos seus herdeiros.
2. Transmissão da posse: o princípio da “saisine”
A máxima le mort saisit le vif significava que o herdeiro ab intestato, assim como o herdeiro testamentário não tinham necessidade de se dirigir ao senhor feudal ou à Justiça para tomar posse dos bens da sucessão. Eles adquiriam os frutos e as rendas da sucessão desde o momento da morte e a partir do momento dela tinham direito à proteção possessória, mesmo que não tivessem tomado posse das coisas deixadas pelo defunto.
Citando Pontes de Miranda, o autor ressalta que “Foi o Alvará de 9 de novembro de 1754, seguido de Assento de 6 de fevereiro de 1786, que introduziu no direito luso-brasileiro a transmissão automática dos direitos que compõem o patrimônio da herança, aos sucessores, legítimos ou não, com toda a propriedade, a posse, os direitos reais e os pessoais. O que era propriedade e posse do de cujo passa a ser propriedade e posse do sucessor, ou dos sucessores, em partes iguais, ou conforme a discriminação testamentária. Dá-se o mesmo com os créditos transferíveis e as dívidas, as pretensões, as obrigações e as ações”.
O Código Civil de 1916 acolheu o aludido princípio no art. 1.572, reproduzido no art. 1.784 do diploma de 2002, sem, no entanto, qualquer referência à transferência do “domínio e posse”. Optou o novel legislador, como já dito, por se referir à transmissão da herança, subentendendo a noção abrangente de propriedade.
Art. 1.784 - CC. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
O princípio da saisine, acolhido no mencionado art. 1.784, harmoniza-se com os arts. 1.207 e 1.206, pelos quais o “sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor”, com “os mesmos caracteres”. Compatibiliza-se, também, com os arts. 617 e 618 do Código de Processo Civil de 2015 e 1.797 do estatuto civil, mediante a interpretação de que o inventariante administra o espólio, tendo a posse direta dos bens que o compõem, enquanto os herdeiros adquirem a posse indireta.
Uma não anula a outra, como preceitua o art. 1.197 do Código Civil.
Ambos ostentam, simultaneamente, a condição de possuidores. Por conseguinte, desdea abertura da sucessão poderão os herdeiros valer-se dos interditos possessórios para a defesa da posse dos bens da herança. Se tais medidas já haviam sido tomadas, o herdeiro continua as ações possessórias intentadas pelo autor da herança, sem solução de continuidade.
Desse modo, se houver necessidade de recorrer aos interditos possessórios, compete em princípio ao inventariante, a quem cabe representar a herança em juízo, ativa e passivamente (CPC/2015, art. 75, VII), ajuizá-los. Mas o herdeiro também tem legitimidade para promover ação possessória relativa a bens do espólio.
Em decorrência do princípio da saisine, “regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela” (CC, art. 1.787).
O Superior Tribunal de Justiça assim concebe o instituto:
“O Princípio da Saisine, corolário da premissa de que inexiste direito sem o respectivo titular, a herança, compreendida como sendo o acervo de bens, obrigações e direitos, transmite - se, como um todo, imediata e indistintamente aos herdeiros. Ressalte-se, contudo, que os herdeiros, neste primeiro momento, imiscuir-se-ão apenas na posse indireta dos bens transmitidos. A posse direta ficará a cargo de quem detém a posse de fato dos bens deixados pelo de cujus ou do inventariante, a depender da existência ou não de inventário aberto”.
Assim, finalizando o autor, por exemplo, se a abertura da sucessão tiver ocorrido pouco antes do advento da vigente Constituição Federal, que igualou os direitos sucessórios dos filhos adotivos aos dos consanguíneos, qualquer que seja a forma de adoção (art. 227, § 6º), o adotado pelo sistema do Código Civil de 1916 (adoção restrita) quando o adotante já possuía filhos consanguíneos nada receberá, mesmo que o inventário seja aberto após tal advento. Herdará, entretanto, em igualdade de condições com estes, se a abertura ocorrer depois da entrada em vigor da Carta Magna.

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