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2017 - Valéria Caldi (sentença penal)

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Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga 
Permitido o compartilhamento. Venda proibida. 
 
 
 
Sumário 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................................................................................... 3 
2. ESTRUTURA DA SENTENÇA CRIMINAL.......................................................................................................................................... 4 
3. RELATÓRIO ........................................................................................................................................................................... 4 
3.1. IMPORTÂNCIA..................................................................................................................................................................... 4 
3.2. CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................ 5 
4. FUNDAMENTAÇÃO – PRELIMINARES .......................................................................................................................................... 6 
4.1. ORDEM DE ANÁLISE ............................................................................................................................................................. 7 
4.2. NULIDADES QUANTO ÀS PROVAS .......................................................................................................................................... 10 
4.3. STANDARTS PARA ENFRENTES NULIDADES .............................................................................................................................. 11 
4.4. FORMA DE ANÁLISE ........................................................................................................................................................... 12 
5. QUESTÃO PRELIMINAR DE MÉRITO ........................................................................................................................................... 13 
6. MÉRITO PROPRIAMENTE DITO ................................................................................................................................................ 14 
6.1. EMENDATIO LIBELLI ........................................................................................................................................................... 14 
6.2. DESCLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................................ 15 
6.3. FORMAS DE ABORDAR OS CRIMES – FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................................ 16 
6.4. PROCEDÊNCIA TOTAL, PARCIAL OU IMPROCEDÊNCIA................................................................................................................. 19 
6.5. CAPÍTULOS DO DISPOSITIVO ................................................................................................................................................ 20 
6.5.1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ............................................................................................................................................. 20 
6.5.2. ABSOLVIÇÃO ................................................................................................................................................................. 20 
6.5.3. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA ................................................................................................................................................. 21 
6.5.4. DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA ............................................................................................................................................. 22 
6.5.5. DESMEMBRAMENTO DO FEITO .......................................................................................................................................... 22 
6.5.6. CONDENAÇÃO ............................................................................................................................................................... 22 
7. FIXAÇÃO DA PENA ................................................................................................................................................................ 23 
7.1. MICROSSISTEMAS DE APLICAÇÃO DE PENA ............................................................................................................................. 23 
7.2. 1ª FASE - CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS .................................................................................................................................... 23 
7.2.1. CULPABILIDADE.............................................................................................................................................................. 26 
7.2.2. ANTECEDENTES .............................................................................................................................................................. 27 
7.2.3. CONDUTA SOCIAL ........................................................................................................................................................... 27 
7.2.4. PERSONALIDADE DO AGENTE ............................................................................................................................................ 27 
7.2.5. MOTIVOS ...................................................................................................................................................................... 27 
7.2.6. CIRCUNSTÂNCIAS ............................................................................................................................................................ 27 
7.2.7. CONSEQUÊNCIAS DO CRIME .............................................................................................................................................. 28 
7.2.8. COMPORTAMENTO DA VÍTIMA .......................................................................................................................................... 28 
7.3. 2ª FASE – ATENUANTES E AGRAVANTES ................................................................................................................................. 28 
7.4. 3ª FASE – CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO ...................................................................................................................... 28 
8. CONCURSO DE CRIMES .......................................................................................................................................................... 29 
 
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9. PENA DE MULTA .................................................................................................................................................................. 31 
10. DETRAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 32 
11. REGIME INICIAL .................................................................................................................................................................. 33 
12. SUBSTITUIÇÃO DA PENA....................................................................................................................................................... 34 
12.1. PATAMAR USADO ............................................................................................................................................................ 34 
12.2. REQUISITOS ...................................................................................................................................................................35 
12.3. ESCOLHA DA PENA SUBSTITUTIVA ....................................................................................................................................... 35 
13. SURSIS ............................................................................................................................................................................. 36 
14. PRISÃO PREVENTIVA E MEDIDAS CAUTELARES .......................................................................................................................... 36 
14.1. DECRETAÇÃO ................................................................................................................................................................. 37 
14.2. MANUTENÇÃO ............................................................................................................................................................... 37 
14.3. REVOGAÇÃO .................................................................................................................................................................. 38 
14.4. INEXISTÊNCIA DE FUNDAMENTOS PARA SUA ADOÇÃO ............................................................................................................ 38 
15. FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO MINIMA ........................................................................................................................................ 39 
16. EFEITOS AUTOMÁTICOS OU NÃO AUTOMÁTICOS DA CONDENAÇÃO .............................................................................................. 40 
16.1. DECRETAÇÃO DE PERDA DE PRODUTO OU INSTRUMENTO DO CRIME .......................................................................................... 41 
16.2. CRIMES FUNCIONAIS ........................................................................................................................................................ 42 
16.3. INTERDIÇÕES DE DIREITOS ................................................................................................................................................. 42 
16.4. OUTRAS ........................................................................................................................................................................ 43 
17. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................................................................................ 43 
17.1. CUSTAS ......................................................................................................................................................................... 43 
17.2. ARMAS.......................................................................................................................................................................... 43 
17.3. DROGAS ........................................................................................................................................................................ 43 
17.4. ROL DE CULPADOS ........................................................................................................................................................... 43 
17.5. COMUNICAR A VÍTIMA ..................................................................................................................................................... 43 
18. APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO ............................................................................................................................................ 44 
19. PONTOS FINAIS .................................................................................................................................................................. 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
É possível elaborar uma sentença em 04 horas, sendo necessário utilizar alguns recursos que serão 
apresentados aqui. 
Bibliografia: 
Ricardo Schimitt – Sentença Penal Condenatória 
Sentença criminal no concurso público é diferente da sentença penal no 
O que é uma sentença boa? 
Uma boa sentença é uma crônica do processo, conforme a professora Valéria Caldi. Então, uma boa 
sentença é aquela que possibilita ao leitor uma compreensão do começo ao fim. Ter um bom raciocínio. 
Uma sentença tem a seguinte estrutura: 
problema posto + raciocínio lógico + solução 
Importante: gastar tempo com a estrutura da sentença no esqueleto. Chega a gastar 30 minutos 
montando todos os passos para desvendar o problema. 
- A sentença criminal no concurso público: SENTENÇA POSSÍVEL x SENTENÇA IDEAL – esqueça 
a sentença ideal, a sentença perfeita. O candidato tem que ir para a prova com o PRIMEIRO OBJETIVO, 
terminar a sentença. 
Com isso, para a sentença penal é preciso montar algumas estratégias buscando chegar ao fim e 
conseguir a nota necessária à aprovação. 
Primeiro: deve-se entender como uma sentença penal se desenvolve. 
Segundo: treinar nas mesmas condições das provas (resolver as provas anteriores). 
Terceiro: Ler sentenças criminais. 
Quarta: desenvolver um estilo direto de escrita, isto é, não escrever de forma prolixa. Um dos 
problemas dos candidatos é ser prolixo. 
Exemplo: você chega em uma questão que diz “a defesa alegou preliminares de incompetência do 
juízo, porque o documento é de origem estadual”. É preciso ir direto. Rejeito a preliminar por tais razões. 
Primeira leitura: só para ter uma ideia do problema que vai enfrentar 
 
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Segunda leitura: para anotar todos os pontos. 
2. ESTRUTURA DA SENTENÇA CRIMINAL 
Segue um padrão em geral. No processo penal o tratamento está no artigo 381 e 387 CPP. Ela 
precisa conter alguns requisitos. 
Basicamente 
i) Relatório: partes e objeto de pedido 
ii) Fundamentação: motivos de fato e de direito 
iii) Dispositivo: comando final. 
Cuidado. Ausência acarreta a nulidade. 
Estrutura tem um regramento disperso na legislação: 
Art. 381, CPP: prevê alguns requisitos. 
Art. 387, CPP: requisitos da sentença condenatória. 
Art. 386, , CPP: requisitos da sentença absolutória 
3. RELATÓRIO 
3.1. IMPORTÂNCIA 
Se o problema falar: “elabore a sentença nos termos do art. 381 do CPP”. Nesse caso, é preciso 
elaborar o relatório. 
Sentença sem relatório, salvo nos juizados, é nula, em regra. 
Art. 381. A sentença conterá́: 
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para 
identifica-las; 
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; 
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; 
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; 
V - o dispositivo; 
VI - a data e a assinatura do juiz. 
 
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Conhecer a função de um relatório, acaba compreendendo melhor o que montar na sentença penal. 
Sabendo os itens que ali constam a questão fica mais fácil. 
Importância do seu conteúdo: ele menciona tudo que é objeto de problema que está sendo colocado 
para o juiz decidir. 
Quando vamos ler uma questão, ali estão os fundamentos da sentença penal. Então, conhecer bem 
o relatório traz o manejo da sentença de concurso – na busca da sentença possível. 
Além disso, o relatório é a apresentação. Uma boa sentença é um conto, começa com a história do 
processo que está no relatório. Uma boa sentença é aquela que se lê sem precisar ir ao processo para 
entende-la. Além disso, é aquela coerente entre todas as partes que se unem e se costuram de uma maneira 
que se compreende. 
Mesmo que seja dispensado, é importante ter essa aproximação com ele. Quando vai leruma 
questão, vai ser lido com olhos de relatório. 
3.2. CONTEÚDO 
 RESUMO DA ACUSAÇÃO E DA DEFESA 
Exposição da acusação com a narrativa do fato e a capitulação provisória sugerida. 
No processo penal o MP vai a juízo e traz os fatos imputados com um pedido. O relatório narra a 
história do processo, seja no aspecto material seja formal (só chega na sentença se o processo transcorreu 
regularmente). 
Menciona o fato e capitulação – não por causa do artigo, mas pelo que foi praticado pelo acusado. 
Uma capitulação que poderá, ainda, sofrer alterações durante a fundamentação. 
 COMO O RÉU FOI PROCESSADO 
São as fases do processo ordinário, por exemplo. Sequência dos atos processuais. Ademais, e ́ 
importante escrever também sobre a sequência dos atos processuais – procedimento ordinário. 
Citação > resposta à acusação > decisão > audiência com provas > alegações finais 
 
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A data do recebimento da denúncia, que é a data de instauração da ação penal, e ́ um marco de 
prescrição. Trata-se de elemento importante, pelas consequências que a data de recebimento da denúncia 
traz. 
 FATOS RELEVANTES 
No relatório é preciso ter fatos relevantes para os quais o juiz precisar solucionar ou dar 
destinação, ou seja, vai ter que manifestar sobre aquilo. 
Qual é o critério adotado para aferir essa relevância? 
E ́ relevante aquilo que será objeto de apreciação para a decisão ao final pelo magistrado. Dessa 
maneira, são fatos relevantes: Com efeito, todos esses fatos relevantes deverão ser redigidos de forma 
objetiva, direta e resumida. 
Prisões ou medidas cautelares: ocorridas no curso do processo para fins de detração. Se a questão 
trouxer essas informações, é preciso levantar o tema na sentença com uma decisão. Marcar a data que ele 
foi preso. 
Aditamento: eventualmente. 
Suspensão: ex. se o réu foi citado por edital, assim, não haverá deliberação na sentença, pois na 
forma do 366 CPP. 
Extinção de punibilidade: uma certidão de óbito, por exemplo, precisa de solução ao final. 
declarações de nulidade. 
Apreensão de bens: que deverão ser submetidos a perdimento ou devolução 
 RESUMO DAS ALEGAÇÕES FINAIS DAS PARTES 
Coletânea dos argumentos jurídicos das partes torna possível extrair os temas mais importantes. 
Permite ordenar o pensamento e se lembrar de tudo aquilo que será de manifestação obrigatória. 
4. FUNDAMENTAÇÃO – PRELIMINARES 
É o corpo da sentença penal. 
 
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Costumo fazer a imagem de como se fosse uma corrida de obstáculos, pois, é preciso solucionar o 
problema a partir das provas, mas antes tem as preliminares. Para chegar no mérito propriamente dito 
pode ser necessário enfrentar uma série de obstáculos. Essa corrida de obstáculos é traduzida por uma 
série de obstáculos prévio ao mérito. 
Quando uma preliminar é verdadeiramente uma preliminar? Quando da sua análise, em acolhimento, 
barra e fica impedido de analisar o mérito. 
A ideia das preliminares é exatamente a mesma da sentença cível. Tem que analisar os 
pressupostos processuais e condições da ação, etc. 
Dica 01: desenvolver a habilidade de rejeitar as preliminares. Na sentença penal se espera que o 
candidato faça uma sentença penal completa. Assim, uma sentença penal condenatória. A grande 
dificuldade está no dispositivo condenatório. 
Dica 02: é possível acatar alguma preliminar parcial, acolher nulidade, por exemplo. Acolhimento 
eventual é possível com desmembramento do feito para um dos réus. 
Dica 03: levar para a prova a forma de rejeitar as preliminares. É preciso estar antenado. Vamos 
ter uma aula bônus sobre preliminares. As preliminares se repetem, assim é preciso dominar tais 
preliminares. 
4.1. ORDEM DE ANÁLISE 
Confia na sua intuição. A ideia de preliminares segue uma ordem intuitiva lógica e coerente para 
analisar. Não precisa decorar. 
Se as preliminares são questões que impedem de analisar o mérito e são prejudiciais umas das 
outras, parece óbvio que a primeiras preliminares se refere à capacidade do juiz de analisar. 
a) PRIMEIRA: CAPACIDADE SUBJETIVA DO JUIZ: Antes da competência, inclusive. 
Impedimentos ou suspeições se houver – porque, via de regra, tal alegação é feita em momento prévio 
através da correspondente exceção, mas não é impossível existir em alegações finais, pois sendo 
impedidos sequer pode ser analisada a competência. 
b) SEGUNDA: INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA e RELATIVA. Também pode ser feita em 
alegações finais. Qualquer outra alegação somente poderá ser enfrentada pelo juiz que tiver competência, 
atribuição constitucional para o processo. 
 
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c) TERCEIRA: INÉPCIA - PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS e CONDIC ̧ÕES DA AÇÃO. 
Logicamente sucede a preliminar de incompetência. 
A professora costuma dizer que a próxima é a preliminar de inépcia por ausência de descrição da 
denúncia, por exemplo, alega uma falta de inteligibilidade. O juiz não fala nada antes de dizer se a inicial 
é apta ou não. Ou o juiz entendeu o que foi pedido ou não entendeu. 
Aqui, de uma maneira geral, incluímos pressupostos processuais e condições da ação. 
Porque fala sobre a ordem lógica? 
Ex. réu A alega nulidade das interceptações telefônicas. Réu B alega nulidade de citação. Réu C 
alega nulidade por cerceamento de defesa. 
Assim, não há uma ordem na prova. Cabe ao juiz destrinchar essa ordem para que faça a sentença 
ser coerente. Podendo analisar na ordem correta, ótimo. 
d) QUARTA: LITISPENDE ̂NCIA e COISA JULGADA. Pessoa já foi processada e aquilo pode 
impedir análise de mérito. 
e) QUINTA: QUESTÕES PREJUDICIAIS. 
f) SEXTA: NULIDADES ABSOLUTAS OU RELATIVAS. 
- Atenção para as verdadeiras nulidades e para aquelas que se confundem com o mérito 
- Atenção para as nulidades que se confundem com o mérito 
- Atenção para os EFEITOS das nulidades – a teoria das nulidades 
- Nulidades: como enfrenta-lá (argumento da não ocorrência ou saneamento pela preclusão ou 
ausência de prejuízo) 
- A nulidade da produção de provas 
Porque no final nulidades absolutas ou relativas? 
Porque no processo penal temos um problema que é o mito das nulidades. O processo penal 
enfrenta um fantasma que está melhorando a cada dia, mas assim, é claro que no procedimento penal 
estamos buscando, rumando, para uma situação que pode acarretar a restrição da liberdade de alguém. 
Com efeito, é preciso que o procedimento seja regular. 
O que passou a ocorreu? Tudo no processo penal tornou-se nulidades e tudo passou a ser analisado 
como nulidade. 
i) Atenção: para nulidades que se confundem com o mérito 
 
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ii) Atenção: para as nulidades na produção de provas 
iii) Cuidado com os efeitos que as nulidades acarretam ao processo. 
iv) Algumas nulidades não são verdadeiramente preliminares. 
São diversas situações jurídicas chamadas de nulidade, mas que não se tratam do conceito. Ex. 
nulidade por inépcia da denúncia, por incompetência. Os examinadores trazem isso. 
A Profa. Valéria Caldi ressalta que algumas nulidades veem travestidas com o nome de nulidade 
quando na realidade elas não o são. O candidato então deve ter atenção para as verdadeiras nulidades e 
também a forma como essas são abordadas. 
Atenção para as nulidades que se confundem com o mérito – são aqueles que são alegadas 
preliminarmente, mas dizem respeito a questões meritórias. Ex. nulidades por incidência do princípio da 
insignificância. Não é nulidade no sentidopreciso de nulidade. 
Ex. imaginem o réu alega que o processo é nulo por ser absolutamente incompetente. Essa é uma 
preliminar que de fato impede a analise de mérito, a declinar a competência e mandar o processo embora 
Quando se diz que determinado ato e ́ nulo, significa dizer que esse ato possui um defeito, sendo 
certo que pode ocorrer que apenas seja excluído do processo ou então que esse ato viciado carregue com 
ele, em razão do princípio dos frutos da árvore envenenada, uma série de outros atos. 
Nulidade – pode acarretar nulidade do processo como um todo. Ex. nulidade em uma 
interceptação do processo. Nula serão todas as provas seguintes. 
Nulidade – como regra, a única consequência é tirar ela dentro do processo e ver o que sobre. 
Também tira as derivadas. A consequência do reconhecimento é unicamente a retirada do processo, mas 
é possível que o processo se torne imprestável diante do tanto de atos que sofrem junto. 
Frise-se que nulidades que se referem ao inquérito policial, por sua vez, na maioria das vezes não 
contaminam a ação penal. 
Via de regra, as nulidades em geral não são reconhecidas na sentença, mas é possível ocorrer, por 
exemplo, uma nulidade parcial, uma nulidade em relação a algum réu, contudo, na grande maioria das 
vezes as nulidades são enfrentadas para fins de rejeição. 
Existe uma expectativa lógica de que pelo menos haja uma condenação para que o candidato possa 
demonstrar na prova de concurso que ele sabe aplicar uma pena, conhece todos os efeitos acessórios e as 
demais disposições decorrentes de uma condenação. 
 
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O candidato deve conhecer bem a Teoria das Nulidades e, sobretudo, os reflexos do 
reconhecimento de uma nulidade no processo penal, bem como dar especial atenção a ̀ nulidade de 
produção de provas. 
4.2. NULIDADES QUANTO ÀS PROVAS 
Ex. processo é nulo por existir uma busca e apreensão na minha residência de forma irregular, a 
noite, em sede preliminar. 
Veja, a nulidade de uma prova não acarreta, necessariamente, o vício do processo como um todo. 
Pode até acarretar, a depender do momento que foi colhida, se serve integralmente de base para denuncia, 
etc. 
Primeira pergunta a ser feita: i) isto é verdadeiramente uma nulidade? Vai no 564, CPP. Ii) 
eventualmente, se acolhida, o processo vai acabar? Vai analisar o que é nulidade que realmente afasta o 
julgamento do processo antes de analisar uma nulidade que pode mudar apenas o acervo probatório. 
Como regra, a declaração nulidade de uma prova acarreta a exclusão desta prova do acervo 
probatório. Pode ser, quando tira a prova, o que sobra ainda dá para condenar ou absolver isso será 
analisado depois, nas provas. 
É possível que a nulidade de uma prova leve a nulidade de outras. Ex. busca e apreensão. Material 
periciado. Se a busca é nula o laudo também é nulo. 
Vejam, é muito diferente o tratamento nas provas. 
Ex. processo é nulo - Depoimento de testemunha inválido por ser ela minha inimiga capital. Isso 
não tem nada a ver com nulidade, pois é uma matéria de valoração de provas. Lá na hora de sentenciar o 
juiz vai analisar o valor desse depoimento. Nada a ver com nulidade. 
Claro, as vezes não conseguimos raciocinar como aqui estamos, fazendo essa distinção, mas fazer 
minimamente uma distinção de importância e de prejudicialidade para escolher uma ordem de analisar 
parece ser razoável. 
Essa preliminar será analisada oportunamente quando da valorações probatórios. 
Qual é o efeito da declaração de nulidade de um ato? 
Se alguém alega que o inquérito policial é integralmente nulo e não poderia sequer ter embasado 
uma denúncia, significa dizer que excluído esse inquérito policial não existira ́ mais a ação penal. 
 
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Diferentemente, no entanto, quando se diz que a testemunha que foi ouvida na audiência não poderia ter 
prestado depoimento porque ela estaria impedida, por exemplo, pelo que, então, essa produção de prova 
estaria nula. 
O efeito da nulidade de uma prova representa, às vezes, apenas a exclusão dessa prova do acervo 
probatório e, consequentemente, todo o resto do acervo de provas permanece. Assim, a rigor, essa não 
seria uma preliminar propriamente dita porque ela não impede o julgamento do mérito. 
O que e ́ uma preliminar na sua essência? 
Se hipoteticamente for admitido que a preliminar citada acima fosse acolhida, o juiz poderia julgar 
o mérito ou haveria um impedimento completo? Se ha ́ um impedimento por completo, ela será ́ uma 
preliminar em sua essência. Se não ha ́ impedimento por completo, significa que ela esta ́ sendo chamada 
de preliminar sem ser realmente uma preliminar. 
Esta situação e ́ muito comum e não ha ́ problema algum em o candidato analisar isto antes do 
mérito, até porque facilita para não esquecer nada do que precisaria ser alegado na prova de sentença. 
Porém, o candidato terá́ que ter o cuidado de demonstrar nessa análise que, por exemplo, admitida uma 
nulidade em uma prova, deve ser demonstrado na sentença qual e ́ o efeito daquela nulidade. 
Recomenda-se que o candidato não escreva na prova da seguinte forma: “A defesa alegou em 
preliminar a incompetência absoluta do juízo”. Se o candidato começar a escrever a sua preliminar dessa 
forma estará́ perdendo um tempo precioso na prova. O ideal e ́ que o candidato consiga afastar essa 
preliminar de forma mais objetiva. 
4.3. STANDARTS PARA ENFRENTES NULIDADES 
Vamos ver na aula bônus. 
Preclusão: Várias alegações são feitas em alegações finais, mas em sendo de natureza relativa 
Prejuízo: também é um trunfo que o candidato deve utilizar. 
 01. Uma das formas e ́ demonstrar que o ato foi produzido corretamente. 
Exemplo: Pode estar escrito em um enunciado que a interceptação é nula porque foi deferida sem 
fundamentação. O candidato pode dizer que essa interceptação não é nula porque a fundamentação foi 
suficiente. 
 
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 02. Já́ as outras formas estão relacionadas à preclusão e prejuízo. 
Várias nulidades possuem tempo próprio para serem alegadas e só se reconhecem com a 
demonstração de prejuízo. Esse é um trunfo que o candidato tem que se lembrar sempre, pois, ele pode, 
dependendo da situação, afastar uma alegação de nulidade fazendo sua fundamentação com base na 
preclusão e prejuízo. 
O candidato pode fundamentar que embora o ato seja inválido, este esta ́ precluso porque a parte 
não alegou no momento certo. 
Hoje em dia existe jurisprudência razoável admitindo também a possibilidade de não 
reconhecimento de certas nulidades que, em tese, eram de caráter absoluto, pelo reconhecimento de 
preclusão aliado a ̀ falta de demonstração do prejuízo que e ́ sempre um ônus de quem alega. Isto e ́, via de 
regra, essas alegações são defensivas. 
Pode ser que a inversão seja autorizada pelo Código. O advogado não protestou oportunamente 
sobre aquela nulidade. 
A depender da situação de fato são diversas formas de analisar e rejeitar. 
Atenção: não use sempre esses fundamentos, pois é possível que tais não sejam os adequados para 
afastar a nulidade. 
Atenção: ir na jurisprudência e dividir todas as nulidades. 
4.4. FORMA DE ANÁLISE 
Obs. quando analisar o mérito escolhe 4/5 verbos que entende ser agradável para introduzir frases 
de forma muito objetiva. Ex. destaco. Registro. 
Sugiro que comece com o verbo. Depois vem o porque! Poderíamos até enxugar mais, se valendo 
dos parênteses. A mensagem foi passada abaixo. Jurisprudência entende que o que importa é a natureza 
do órgão ou autoridade perante o qual o documentofoi apresentado. O expedidor não é determinante 
para fixação de competência. 
“Rejeito a preliminar de incompetência do juízo, pois embora o documento seja particular, ele 
foi utilizado perante a Receita Federal, em detrimento de serviço público federal, atraindo a incidência 
do art. 109, IV da Constituição. A propósito, a Súmula 545 do STJ que assim dispõe: A competência 
para processar e julgar o crime de uso de documento falso e ́ firmada em razão da entidade ou órgão 
ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.”14 
 
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Vejamos um exemplo de como enfrentar uma preliminar de nulidade do processo: 
“A preliminar de nulidade do processo desde a realização da audiência por inversão da ordem 
da oitiva das testemunhas não prospera já ́ que não restou demonstrado o prejuízo sofrido pela parte 
que, além disso, não arguiu oportunamente o vício no momento da realização do ato processual.” 
5. QUESTÃO PRELIMINAR DE MÉRITO 
Todas as preliminares enfrentadas, antes de adentrar ao mérito, primeiro vamos analisar algumas 
preliminares ao mérito. Não são propriamente preliminares processuais ou preliminares que interferem 
na atuação processual, mas sim preliminares do próprio mérito. 
A morte de um deles está extinta a punibilidade, assim, não pode ser analisado o mérito em relação 
à pessoa dele. Essas preliminares que dizem respeito ao mérito. 
Óbito / prescrição / perdão judicial / etc – devem ser apreciadas nesse momento. 
Vejam forma de dizer isso: é preciso noticiar do óbito e que seja dada vista ao MP. 
Verifico que, no curso do processo, o réu JOSE ́ faleceu, o que está provado pela certidão de 
óbito original de fl. 37, da qual teve vista o MP, razão pela qual deve ser declarada extinta a 
punibilidade do agente”. 
Porque coloca isso na fundamentação? 
A sentença é como se pusesse todos os fatos do relatório dentro de uma máquina processadora. 
Então, tudo que entrar tem que dar uma solução que sai da máquina processadora. 
Crime prescrito - prescrição - solução: extinção da punibilidade 
Falta citação - nulo - solução: nulidade 
Na fundamentação vai motivas todas as conclusões. Pode ser simples, ainda que em uma linha. 
“O mérito desta sentença abrangera ́ apenas os réus JOA ̃O e JACO ́, já́ que JOSE ́ faleceu, cf, 
certidão de óbito original de fl. 37, estando, portanto, extinta sua punibilidade.” 
Porque não colocar apenas no dispositivo a extinção da punibilidade? 
Porque quem for ler a sentença não vai entender nada, não sabe o motivo do dispositivo. 
Prescrição 
 
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“O crime de associação criminosa, cuja pena máxima e ́ de 03(três) anos, está prescrito. Entre a 
data do recebimento da denúncia e a da prolação da presente sentença, transcorreram mais de 08(oito) 
anos (art. 109, IV do Código Penal)” 
6. MÉRITO PROPRIAMENTE DITO 
6.1. EMENDATIO LIBELLI 
Verificada as preliminares, visto quais crimes e quais sujeitos serão julgados no mérito, aqui 
vamos, antes de adentrar o mérito, é possível que exista um tópico. 
Trata-se do uso do art. 383, CPP. 
Conceito: definição jurídica diversa aos fatos. Consiste na tradução do princípio da correlação. A 
parte se defende dos fatos narradas no denuncia. Capitulação feita pelo MP é meramente provisória. Iuri 
novit curae. 
Ex. narrou furto e denuncia por roubo. Erro na classificação jurídica dos fatos, assim, vai corrigir 
esse nome equivocado. 
Importante é a descrição do fato. Na EL corrige o nome capitulado – MP acertou ou não? 
Capitulação errada = juiz corrige 
Onde reconhecer? E porque? 
Neste momento, pois a emendatio libelli se faz independente de qualquer prova. Ela corrige um 
defeito de nomenclatura. Foi escolhido pelo MP um tipo penal que não se adequa ao fato. O juiz precisa 
simplesmente ler a denúncia para fazer a emendatio libelli. 
Qual a dificuldade? 
Não pode falar sobre as provas dos autos, isso é um equivoco imenso. A emendatio não envolve 
valoração de provas. Ela se refere aos FATOS NARRADOS. 
Ex. não foi narrada nenhuma violência, o fato narrado se refere apenas a uma subtração, portanto 
se trata, na verdade, do tipo penal do 155 e não do 157, CP. 
Em síntese, ao proceder falar somente da narrativa dos fatos. 
Qual o erro cometido pelos candidatos? 
 
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“Procedo a emendatio porque está provado que houve o uso de uma arma.” Não precisa disso, 
não precisa dizer que há prova para isso. 
Na última prova do TRF da 4ª Região, tem um caso clássico de emendatio libelli: um contrabando 
de cigarros, onde um servidor público da Receita Federal (ou da Polícia Federal) que auxilia nesse 
contrabando. O servidor não responderá pelo crime de “contrabando”, mas pelo crime de “facilitação de 
contrabando e/ou descaminho”. 
Como a emendatio libelli se traduz na sentença penal? 
As penas serão aplicadas levando em consideração a nova classificação. 
Diferença para a mutatio libelli: 
Mutatio impede o julgamento, então não será usada na sentença penal. Aqui tem análise de prova. 
Ex. denuncia por furto. No depoimento verifica a existência de uma arma com grave ameaça exercida. 
Há um fato novo no processo e a prova dos autos mostra que ocorreu um roubo. O juiz não pode condenar 
por esse fato novo, não narrado na denuncia. 
Não há um problema de capitulação, mas da narrativa do fato na denúncia. 
Aqui, tem que retomar a marcha processual para assegurar o contraditório e a ampla defesa. O juiz 
não vai julgar. 
6.2. DESCLASSIFICAÇÃO 
Eventualmente, é possível condenar alguém por um fato diferente do narrado, desde que esse 
fato seja menor e esteja inserido naquele fato maior que foi narrado. É uma pequena diferença. 
Não se deve confundir também a emendatio libelli com a desclassificação. As vezes vem um 
pedido em preliminar de desclassificação do crime para o crime tal, mas que na verdade é uma emendatio. 
O que vem a ser a desclassificação? 
Ela acontece quando a prova dos autos demonstra que houve a ocorrência do fato em menor 
extensão. Uma elementar do fato não ocorreu, mas o que sobra ainda permite condenar o réu por fato 
diverso. 
Nos crimes complexos ou que são especializados em razão de alguma condição especial, é possível 
que ocorra a chamada desclassificação e não ofende o princípio da correlação. 
 
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Ex. Roubo é um furto acrescido de uma grave ameaça/violência. Narra na denuncia uma conduta 
que fulano subtraiu com uso de revolver. Na audiência, a testemunha diz que houve subtração sem a 
ameaça. Vejam, tem o furto e não tem a grave ameaça. Eventualmente, nesse caso, pode reconhecer que 
não houve grave ameaça e fundamentar isso reconhecendo o furto. 
Quando o fato puder ser desmembrado ele pode ser condenado. 
Ex. denunciado pelo 313-A, inserção de dados falsos + funcionário autorizado. Provas demonstram 
que não era funcionário autorizado. Assim, o crime é uma falsidade ideológica especializada, logo, 
desclassificada essa conduta ela pode subsistir no art. 299. 
Ex. tráfico internacional de arma de fogo na denúncia. Pericia quando voltou descobriu que aquilo 
era arma de brinquedo, assim, na verdade, o tráfico internacional de arma é um tipo de contrabando, 
especializado, assim, eventualmente é possível essa desclassificação. 
E como proceder na sentença? É indispensável que seja feita antes da análise do mérito, pois enuncia 
o que será analisado. Para depoisenfrentar o problema que foi comedido. 
Institutos despenalizadores 
Cuidado: as vezes, a desclassificação ou a emendatio, trazem a conduta para um outro tipo em que 
seja cabível algum beneficio despenalizador. 
Súmula 337 do STJ: E ́ cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime 
e na procedência parcial da pretensão punitiva. 
Jurisprudência: se em consequência da definição jurídica diversa, eles ampliaram isso para 
procedência parcial, houver possibilidade de suspensão, ou se houver alteração de competência, o juízo 
não pode prosseguir no julgamento. 
Ex. pessoa é denunciada por dois crimes, um deles absolve, outro com pena mínima de 01 ano, não 
é possível condenar. 
Com isso, não pode condenar na procedência parcial, sendo desmembrado o processo e dê-se vista 
ao MP para que ele proponha a suspensão. 
6.3. FORMAS DE ABORDAR OS CRIMES – FUNDAMENTAÇÃO 
 
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O que o candidato deve dizer na fundamentação? Se as provas permitem afirmar que aquele crime 
ocorreu. Para se dizer isso, devemos ter uma ordem lógica e coerente na cabeça que se pode tomar 
emprestada da Teoria Geral do Direito Penal. 
Crime é uma conduta típica, ilícita e culpável. 
A depender da situação, no entanto, é possível que deva simplificar ao máximo. 
 Fato típico 
Forma 01: materialidade + autoria doloso/culposa 
Forma para os crimes materiais, os quais tem laudo da droga, do documento falso, etc. 
Forma 02: tipicidade objetiva + tipicidade subjetiva 
É um recurso para crimes que não tem materialidade evidente. Ex. não tem como provar 
materialidade evidente nos crimes de associação criminosa. 
 + ilícito + culpável 
Na sequência - Usualmente, o que assume importância são os itens acima, notadamente que a 
antijuridicidade e a culpabilidade acaba sendo presumidas. Por isso, costumamos usar alguns standards 
para concluir o mérito. 
 Alegações defensivas 
Hoje não apenas das defensivas. Pode acontecer da prova com o MP fazer diversas alegações, 
atenuantes ou agravantes, efeitos, eventualmente alguma alegação de prova. 
Ademais, é fundamental que tais alegações sejam inseridas na analise nos momentos adequados. 
Portanto, exige uma ordem coerente de análise das alegações. 
Ex. crime tributário – insignificância + negativa de autoria 
Insignificância diz respeita a tipicidade material, logo, ao falar do fato típico já pode rejeitar. 
Autoria está no momento posterior. Se verificar que o fato material é atípico, então a autoria ficaria 
prejudicada. 
 
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Conclusão: 
FATO TÍPICO  excludentes 
ILÍCITO  excludentes 
CULPÁVEL  excludentes 
= CRIME 
Onde encontrar as teses defensivas? Na autodefesa e na defesa técnica. A narrativa do interrogatório 
é importante para que extraia os temas a serem analisados. Alega-se negativa de autoria, excludente de 
legitima defesa, estado de necessidade etc. 
“A materialidade do crime de tráfico de drogas esta ́ comprovada pelo laudo pericial definitivo, 
que atestou tratar-se de droga de uso proscrito no Brasil (cocaína) a substância apreendida com o 
réu.” 
“A autoria, por sua vez, está provada pelas circunstancias da prisão em flagrante, pelo auto de 
apreensão e pelos depoimentos dos policiais que confirmaram que o réu estava transportando a droga 
em seu veículo.” 
“O réu agiu dolosamente. Havia 10 kg de cocaína na mala do carro que era de sua propriedade 
e que estava sendo por ele conduzido. A alegação de que não sabia que estava transportando droga 
e ́ inverossímil, pois o réu era o único dono e usuário do veículo, não havendo qualquer indicativo de 
que terceira pessoa tenha colocado a droga em seu interior sem a sua ciência, arriscando-se a perder 
mercadoria tão valiosa.” 
Pontos importantes para enfrentar teses defensivas 
Art. 156 CPP – regra de ônus da prova: cabe ao MP provar o fato constitutivo criminoso. 
Basicamente o MP prova o fato típico e ilicitude e culpabilidade decorrem, quase que ordinariamente, do 
fato típico. As alegações excludentes, normalmente, são de prova de quem alega. 
Significa dizer que pode usar como fundamento que a excludente alegada pela defesa não foi 
comprovada por ela. Era ônus dela comprova esse fato que não está em harmonia com o restante do 
conjunto probatório. 
Ônus da prova = é possível se livrar de uma grande alegação com um argumento simples, que não 
há comprovação de alguma alegação que o réu feito de forma genérica, solta no meio do processo. 
Podemos adotar previamente algumas posições, alguns standards, posturas em relação a certos 
temas para que não seja preciso pensar neles na hora da sentença. Isso ajuda por causa do tempo exíguo. 
Ausentes/afastadas causas excludentes de ilicitude e culpabilidade, o pedido é procedente. 
 
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E se tiver Concurso de crimes? 
Normalmente, teremos nas questões vários crimes e vários réus. O que fazer? Analisa por crime 
ou por réu? Ou analisa primeiro um determinado tipo de crime e depois outro? O ideal é analisar as 
condutas dos réus de forma individualizada na fundamentação. Todavia, às vezes não dá tempo. Isso 
dependerá muito do estilo adotado por cada candidato. 
Vai depender muito do estilo de cada um. 
Para facilitar, aqui é importante analisar por crime. 
E ́ muito importante o candidato não esquecer e tentar dominar bastante as regras de concurso 
aparente de normas e as ideias de absorção e desvalor da ação e do resultado que permite a absorção de 
crimes menores por crimes mais graves. A professora tem observado uma grande dificuldade de se 
trabalhar com muitos crimes. 
Então, havendo solução plausível de absorção. Todas vezes que existir uma unidade de conduta. 
Ex. violação de sigilo funcional pela corrupção. 
Ex. crime de falso e de uso do documento falso. 
Hoje, quase todas as sentenças criminais trabalham algum crime de concurso necessário, algum 
crime de associação. É mais fácil demonstrar uma associação criminosa a partir dos crimes que ela 
praticou. Então, em geral, demonstrada a ocorrência dos crimes cometidos, fica mais fácil dizer que havia 
uma associação estável e permanente. É mais trabalhoso começar pela associação. fundamentação, 
anunciar a declaração de julgamento. 
7. DISPOSITIVO 
A declaração de julgamento é importante, pois reflete aquela máquina acima exposta, para cada 
problema que entrar na máquina é preciso ter uma solução em cada capítulo do dispositivo. 
7.1. PROCEDÊNCIA TOTAL, PARCIAL OU IMPROCEDÊNCIA 
Antes de dizer cada capítulo é preciso dizer qual tipo de julgamento. 
 Procedência total 
 
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Todos fatos narrados na denúncia, tudo que foi pedido pelo MP de condenação ele conseguiu. 
Aplicação de emendatio, ainda assim condenou por aquele fato, o pedido é procedente, pois o MP 
denunciou alguém por um fato, embora tenha errado na capitulação. 
 Parcialmente procedente 
Independentemente da razão, se algo não foi reconhecido conforme a denuncia, o pedido será 
parcialmente procedente. 
E se uma pessoa morreu? Ai vai ser extinta a punibilidade, assim a procedência é parcial. 
 Improcedência 
Quando tudo for rejeitado. 
7.2. CAPÍTULOS DO DISPOSITIVO 
Os capítulos do dispositivo têm que guardar absoluta coerência com a fundamentação. 
7.2.1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
Com fundamento no artigo 107, CP. óbito, prescrição, etc. 
7.2.2. ABSOLVIÇÃO 
Ver artigo 386, CPP e fundamentos possíveis. As conclusõesabsolutórias exigem cuidado extremo 
para que tenha absoluta coerência com a fundamentação. 
Escolha do inciso: Algumas envolvem juízo de certeza, outros de incerteza. Tudo vai depender do 
que foi afirmado na fundamentação. 
I- Prova de fato negativo (juízo de certeza); 
II – Não ha ́ prova da existência do fato (juízo de incerteza); 
III e IV – não constituir o fato infração penal: fato ocorreu (juízo de certeza) ou 
prova de que o réu não concorreu para a infração (juízo de certeza) – p.ex. álibis 
e autoria diversa; 
 
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V – não ha ́ prova do concurso para a infração (juízo de incerteza); 
VI – excludentes provadas (juízo de certeza) ou fundada dúvida sobre sua 
existência (juízo de incerteza); 
VII – insuficiência de provas – cláusula genérica (juízo de incerteza). 
Fundada dúvida sobre a existência de excludente? 
Hoje, a dúvida permite absolvição em um juízo de incerteza. Isso briga um pouco o previsto no 
artigo 156, CPP, no tocante ao ônus da prova. 
Obs.: Se alguém alega uma excludente de culpabilidade ou de ilicitude e comprova essa 
excludente, ela será́ absolvida com base na primeira parte do inciso VI. Todavia, a fundada dúvida sobre 
a existência de uma excludente, permite a absolvição no juízo de incerteza. 
Quais as consequências de uma conclusão absolutória? 
Primeiro: Expedição de alvará de soltura, se estiver preso e não tiver outro motivo para a prisão. 
“expeça-se o alvará de soltura”. 
Segundo: cessação de medidas cautelares provisoriamente aplicadas. 
“Revogo a medida cautelar de comparecimento mensal em juízo” 
Terceiro: intimação do ofendido quando cabível. Normalmente são casos que envolvem violência. 
“Isto Posto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO e ABSOLVO ABELARDO e CLEIDERSON 
de todas as imputações que lhes foram feitas, com base no artigo 386, VII do CPP. 
Expeça-se imediatamente alvará́ de soltura em favor do réu ABELARDO, bem como alvará ́ 
para levantamento do valor da fiança prestada. 
Fica revogada a medida cautelar de comparecimento mensal em juízo imposta ao acusado 
CLEIDERSON.” 
7.2.3. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA 
Inimputabilidade: Somente para os casos de inimputabilidade completa. 
Semi-imputabilidade: é condenação com diminuição de pena. 
É um julgamento improcedente para o pedido de condenação. Se ela é inimputável, não preenche 
o requisito da culpabilidade. Então, o fato é típico e ilícito, mas não é culpável. 
Art. 97, PU. Escolha da medida de segurança correta. 
 
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i) Crime apenado com reclusão = internação 
ii) Crime apenado com detenção = tratamento ambulatorial 
- O STJ admite quebra excepcional do critério legal: a ideia da medida de segurança é prevenir. O 
que determina a espécie é periculosidade social do agente e adequação de outro tratamento recomendada 
pelo laudo pericial. Assim, ainda que o crime tenha sido apenado com reclusão, essa solução atende o 
princípio da individualização da pena. 
- Vejamos um exemplo: 
“Isto Posto, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO e ABSOLVO JONAS JOSE ́ da imputação do 
crime de roubo, com base no artigo 386, VI do CPP. Sendo o crime de roubo apenado com reclusão e, 
em consequência do reconhecimento da inimputabilidade do réu, de sua periculosidade social 
comprovada e da recomendação do laudo pericial, aplico-lhe a medida de segurança de internação, 
nos termos do artigo 97 do Código Penal, pelo prazo mínimo de um ano.”. 
7.2.4. DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA 
É preciso encaminhar os autos para o juízo competente. 
7.2.5. DESMEMBRAMENTO DO FEITO 
Em relação a fato não conexo, assim, seja com ou sem reconhecimento de nulidade. 
Pode ser reconhecimento de nulidade desde determinado momento. Pode ser uma que acarrete 
7.2.6. CONDENAÇÃO 
A conclusão condenatória gera diversos efeitos. Os mais trabalhosos são a conclusão e dispositivo 
da parte condenatória. Aqui há um detalhe no sistema trifásico de aplicação de pena. 
Atenção: criar um modelo de dispositivo. 
Fazer um exercício para falar de tudo, ainda que vá dizer que não é o caso. No dia da prova não 
tem um modelo. Vai ter que escrever tudo. 
a) Fixação da pena privativa de liberdade (critério trifásico); 
b) Pena de multa (número de dias-multa e valor); 
c) Totalização das penas privativas de liberdade com aplicação das regras de concurso de 
crimes, se houver mais de um crime. 
d) Regime inicial de cumprimento de pena e detração; 
e) Substituição da pena privativa de liberdade; 
 
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f) Sursis; 
g) Prisão processual e outras medidas cautelares; 
h Efeitos automáticos da condenação; 
i) Efeitos não automáticos da condenação; 
j) Fixação de valor mínimo para reparação do dano; 
k) Disposições finais; 
Toda sentença criminal, em princípio, precisaria mencionar todos esses onze requisitos citados 
anteriormente. 
Ademais, recomenda-se, ainda, que o candidato adote aquela ordem dos itens que foram listados, 
bem como ter o hábito de mencionar esses requisitos mesmo que não tenha nenhuma consequência para 
determinado caso, por exemplo: sursis – é importante mencionar que ele ficou prejudicado porque foi 
deferida a substituição da pena privativa de liberdade, pois, em tese, tem-se que analisar a possibilidade 
desse instituto ser aplicado a ̀ situação concreta. 
8. FIXAÇÃO DA PENA 
Exige uma observância rigorosa prevista em lei. 
Como fixar a pena? 
Como rega, é fixada individualmente por réu e por crime. 
8.1. MICROSSISTEMAS DE APLICAÇÃO DE PENA 
Quando for tratar da aplicação de pena tomem muito cuidado com as regras que são aplicadas 
naquele caso concreto e não se deixem levar na sua memória. Não confiar na memória, nem mesmo na 
impressão que dominamos tudo. 
Temos alguns microssistemas legislativos de aplicação de pena. 
Quando vai aplicar uma pena é preciso ter uma ideia de qual sistema estamos transitando, se no 
sistema do CP ou da Lei de Tráfico, Crimes ambientais, CDC, CTB, etc. 
Agravantes, formas de diminuição de penal, etc. tomar cuidado para não confundir esses 
microssistemas. 
8.2. 1ª FASE - CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS 
 
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Cuidado ao ler o problema proposto para marcar tudo aquilo que é importante. quando chegar 
nesse momento a estrutura deve estar formada. 
Quais erros mais comuns? 
Bis in idem vertical: entre o elemento do tipo penal e a circunstância judicial analisada. Tudo 
aquilo que está no tipo penal (entre elementos ínsitos ao tipo penal e qualquer das fases de aplicação da 
pena) Exemplo: um indivíduo praticou o crime de peculato por ser servidor público – isso e ́ um caso claro 
de bis in idem vertical porque ser servidor público é uma questão que já está considerada pelo tipo penal. 
Ex. usar a ganância ou lucro fácil para o furto. 
Bis in idem horizontal: entre as fases do sistema trifásico. (entre as três fases, quando o juiz 
considera duplamente o mesmo fato inserindo-o em mais de uma fase). Se foi considerada uma 
circunstância judicial na primeira fase, o candidato não poderá́ usar essa mesma circunstância como 
agravante, pois, a rigor, deve-se vir de trás para frente: identifica-se um fato que é um potencial agravador 
daquela pena, deve-se verificar se é uma causa de aumento, por que se for é naquele local que se deve 
aplicar; analisa se é uma agravante, e se não for, então poderá́ ser uma circunstância judicial. 
Ter muito cuidado com as palavras. Se estiver com dúvida, não escreve. Montar os standards 
básicos. 
Como analisar ascircunstâncias judiciais? 
i) 1ª possibilidade - IDEAL: analisar separadamente todas as circunstâncias judiciais; 
Aplicar a pena de todos os réus separadamente. O ideal é analisar separadamente todas as 
circunstâncias judiciais, analisando-as na seguinte ordem 
- culpabilidade; normal à espécie 
- antecedentes; 
- Circunstâncias: 
- consequências do crime; 
- motivo; 
- comportamento da vítima. 
Frise-se que é muito difícil fazer essa verificação em prova quando há muitos réus, muitos crimes. 
ii) 2ª possibilidade: circunstâncias judiciais subjetivas analisadas uma única vez quando há 
mais de um crime para o réu. 
“Analiso, primeiramente, as circunstâncias subjetivas, que são idênticas para todos os crimes. 
O réu ostenta maus antecedentes porque tem uma condenação com trânsito em julgado por crime de 
 
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estelionato. É, ainda, reincidente, em razão da condenação por peculato, mas tal circunstância será́ 
considerada na 2a fase de aplicação da pena. A reprovabilidade das condutas e ́ elevada. O réu tem 
alto grau de instrução (e ́ advogado e professor de direito), o que lhe confere maior grau de 
conhecimento do caráter ilícito de sua conduta.” 
Analisando primeiro as subjetivas, com efeito, não repete várias vezes esses parágrafos que valem 
para todos. 
iii) 3ª possibilidade - Excepcionalmente: fixação conjunta da pena para réus diversos, desde 
que fundamentada na identidade de situações fáticas dos CORRÉUS e as circunstâncias 
pessoais subjetivas também são semelhantes. 
“E ́ perfeitamente admissível a análise conjunta das circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal, 
quando similares as situações entre os Corréus, não ocorrendo nulidade na sentença por falta de 
individualização da pena. Precedentes desta Corte.” HC 123.760/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA 
TURMA, julgado em 17/11/2011, DJe 28/11/2011.”. 
DOSIMETRIA. PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. MANUTENÇÃO 
PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. 
NÃO OCORRÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS NEGATIVAS. CULPABILIDADE, 
PERSONALIDADE, CONDUTA SOCIAL, CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. 
AUMENTO FUNDAMENTADO. 
1. Na hipótese, não se depreende qualquer mácula à garantia à individualização da pena, tendo 
em vista que a autoridade apontada como coatora declinou de forma satisfatória as razões pelas quais 
efetuou o acréscimo de pena na primeira fase da dosimetria. 
2. Deparando-se com réus que ostentam as mesmas circunstâncias judiciais, como ocorre no 
caso, não se faz necessário que o magistrado realize um procedimento de dosimetria de pena para 
cada um deles, podendo, desde que o faça de forma fundamentada, agrupá-los nas razões que lhes 
são comuns e justificam a aplicação da pena. 
3. Ademais, verifica-se que o juiz singular, quando da apreciação das circunstâncias judiciais, 
considerou desfavoráveis ao paciente as relativas à culpabilidade, à personalidade, à conduta social, 
às circunstâncias e às consequências do crime, dada a gravidade concreta da infração cometida pelo 
paciente e pelos corréus, com destaque para a forma com que praticado, utilizando-se de meios que 
infligiram sofrimento às vítimas. 
4. Assim, não há o que se falar, na hipótese, em ilegalidade a ser sanada através da via eleita, 
já que a elevação da reprimenda básica acima do mínimo legal encontra-se devidamente justificada e 
semostra proporcional às circunstâncias em que cometido o delito,servindo para a justa prevenção e 
repressão dos fatos criminosos denunciados. HC 242663 / RJ HABEAS CORPUS - Relator(a) Ministro 
JORGE MUSSI (1138) 
iv) 4ª possibilidade: aplicar a pena de um réu de forma completa. Na sequência reportar para 
os demais réus ao que foi estabelecido no primeiro réu. 
É a análise por referência. 
 
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v) 5ª possibilidade: mencionar apenas as circunstâncias judiciais que se destacam – dizer 
que as demais são neutras ou favoráveis ao acusado. 
“O réu tem maus antecedentes, pois ostenta condenação com trânsito em julgado por crime de 
furto. As consequências do crime também justificam o agravamento da pena base, já ́ que o prejuízo 
causado foi enorme, da ordem de R$ 1.000.000,00 (um milha ̃o de reais). As demais vetoriais do art. 59 
do CP são todas favoráveis ao réu. Assim sendo, fixo a pena-base em 04(quatro) anos de reclusão. 
vi) 6ª possibilidade: o mesmo réu com uma única análise do art. 59. 
Aqui a análise não é réu por réu e crime por crime, mas réu por réu e tudo em conjunto. 
 Critério para majoração 
Critério matemático: São 8 circunstâncias judiciais – intervalo de 04 anos = 48 meses, divide por 8 
– 6 meses. Um critério rígido matemático que dificuldade a vida do candidato. 
Critério da proporcionalidade: o critério matemático não combina com a ideia de individualização 
da pena. A aplicação da pena não é sob um critério exclusivamente matemático. 
Como a lei não prevê, não há necessidade de aumentar por frações correspondentes a cada 
circunstância sobre o intervalo – consoante STF / STJ. 
Verificar isso no tribunal. 
Atenção: já deixar isso pronto antes de ir para a sentença. 
Escolher frases standards. 
Não é preciso dizer qual é percentual que estou usando (1/6, 1/8 e etc.). Por isso, não dizer e 
arredondar, fixando penas baixas. 
8.2.1. CULPABILIDADE 
A ideia tem a ver com um maior grau de conhecimento da ilicitude da conduta, um maior grau de 
exigibilidade de conduta diversa. Ex. pessoas que tem maior grau de instrução, um advogado, contador, 
estes que usam sua situação pessoal para praticar. 
A culpabilidade é normal para os crimes dessa natureza. 
 
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8.2.2. ANTECEDENTES 
Após os 05 anos se utilizava como maus antecedentes. O STF entende que não há maus 
antecedentes, pois senão a pena teria caráter perpétuo. Pode adotar o entendimento do Supremo na 
prova, mas deixar consignado: 
“Não ostenta maus antecedentes, pois já extinta a pena há mais de 05 anos, havendo precedentes do STF.” 
Mas o que então poderá ser maus antecedentes? 
Hipótese 01: duplamente reincidente, uma reincidência na segunda fase e outra na primeira. 
Hipótese 02: o sujeito que teve sentença penal condenatória transitado em julgado 
posteriormente a prática do crime que está sendo julgado, mas em razão de fato anterior ao crime pelo 
qual ele está sendo julgado. Então João cometeu um crime em 01 de janeiro, em 01 março outro. No dia 
01 julho houve a condenação com trânsito em julgado a condenação do crime de 01 de janeiro. Quando 
ele cometeu o crime em março ele não tinha sentença transitada em julgado. Mas no momento do prolatar 
a sentença no crime de primeiro de março, vai ver que há contra o João sentença condenatória com trânsito 
em julgado, por fato anterior ao que está sendo julgado agora. 
S. 444: é vedada a utilização de IP e ações penais em curso não podem ser usados 
negativamente na prima fase da dosimetria 
 
8.2.3. CONDUTA SOCIAL 
 
8.2.4. PERSONALIDADE DO AGENTE 
 
8.2.5. MOTIVOS 
 
8.2.6. CIRCUNSTÂNCIAS 
 
 
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8.2.7. CONSEQUÊNCIAS DO CRIME 
 
8.2.8. COMPORTAMENTO DA VÍTIMA 
 
 
 
8.3. 2ª FASE – ATENUANTES E AGRAVANTES 
Atenção, Aqui o problema é o da balança – critérios de preponderância e compensação. Cuidado 
e se lembra de que as atenuantes e agravantes tem uma possibilidade de compensação. Imagem da 
balança: temos que trabalhar com preponderâncias e compensações. É preciso estar por dentrodos 
critérios da jurisprudência acerca das compensações. 
Ausência de critério objetivo faz que com possamos adotar um parâmetro de no máximo 1/6 para 
as agravantes. 
Aqui não é uma aplicação cumulativa. Ou se faz uma compensação ou aplica um aumento ou 
uma diminuição que mais se aproxime das circunstâncias mais importentes. 
Além disso, o STJ entende que não pode levar a pena para abaixo do mínimo legal no caso da 
presença de uma agravante. Recomendo que a pessoa enuncie a presença e faça a ressalva. 
Ex. está presente a circunstância atenuante da confissão, mas ela não é suficiente para alterar a 
pena além da base mínima (231, STJ) 
S. 231: a atenuante não pode reduzir a pena abaixo do mínimo. 
Qual parâmetro? 1/6 
Se utiliza a confissão para formar o conhecimento – necessária aplicação da atenuante. 
8.4. 3ª FASE – CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO 
Primeiro, aqui se aplicam as causas de diminuição e aumento de pena, gerais e especiais. 
 
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Diferentemente do que acontece nas agravantes e atenuantes, em que a aplicação não é cumulativa, 
temos uma regra: 
i) Causa de diminuição da parte especial 
ii) Causa de AUMENTO da pare especial 
iii) Causa de diminuição da parte geral 
iv) Causa de AUMENTO da parte especial 
Ex. estelionato previdenciário tentando. 
Causa de diminuição na parte especial 
Causa de aumento na parte especial – sim, §3º. Aumento de 1/3 
Causa de diminuição da parte geral – sim, art. 14, diminui de 1/3 a 2.3 
Causa de aumento da parte geral – não. 
Porque aplica primeiro a parte especial? Porque a tentativa abrange o tipo penal inteiro, inclusive a 
parte do tipo penal que tem a causa de aumento. Não é tentativa de um estelionato e depois o paragrafo 
3º. 
Portanto, cuidado com a regra que é de: 
i) Aplicação cumulativa – a causa incide sobre o valor da anterior aplicada. 
E 
ii) Ordem de aplicação – visto acima. 
Cuidado enorme: erro comum na prática, qual seja, uma causa aumentada de uma 1/3 e depois 
diminuída dessa mesma fração de 1/3 não é igual a pena inicial. Ex. 3 anos com causa de aumento de 1/3 
e depois diminuir 1/3 o resultado final não é de três anos. A causa de diminuição de 1/3 incide sobre 4 
anos. 
 Concurso de causas e art. 68 CP 
Concurso de causas – art. 68 CP admite apenas um aumento ou uma diminuição na parte especial. 
Na terceira fase de aplicação, ausentes causas de diminuição e aumento de pena, torno 
definitiva a pena de 03 anos 3 04 meses de reclusão. 
9. CONCURSO DE CRIMES 
 
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Totalizar as penas privativas de liberdade. Muitas vezes ela termina na fase final da aplicação da 
pena do crime. 
Atenção: CONCURSO FORMAL não é causa de aumento de pena. É concurso de crimes. 
Assim, pelo concurso formal ABRE-SE UM QUARTO PARÁGRAFO. 
Verifico que os crimes foram cometidos em concurso formal. Escolho a pena mais grave, qual seja, 06 anos de 
reclusão e 15 dias multa e a exaspero em ¼ em razão do número de delitos praticados. Portanto, fica Joao da Silva 
definitivamente condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão e a 45 dias multa (art. 72, CP). 
Não se faz na terceira fase, mas sim depois, pois não é causa de aumento. Só se sabe qual é a pena 
mais grave depois que acabar de dosar cada uma das penas. 
Concurso formal: é uma fração, salvo se houver desígnios autônomos. 
Continuidade delitiva: também é um aumento fracionado. 
Concurso material: Pode ser que tenha sido condenado por mais de um crime. A regra do 
artigo 69 do CP vai exigir que some as penas nos termos desse artigo. 
O valor final que será usado para fixar outras medidas – regime inicial, substituição de penal, sursi, 
etc. 
Quais os critérios a serem adotados? 
Critério objetivo dos arts. 70 e 71 do CP (critério matemático utilizado para esses dois dispositivos): 
1/6, 1/5, 1⁄4, 1/3, 1⁄2 e 2/3 – a depender do número de infrações, salvo se houver alguma especificidade 
em relação àquele Tribunal para o qual o candidato fara ́ sua prova de concurso. Assim, pode-se valer dos 
critérios objetivos adotados pelo STJ e STF. Na continuidade delitiva, por sua vez, mais de sete crimes, 
aumenta a pena de 2/3. 
Obs. Alguns Tribunais possuem especificidades para determinados crimes, por exemplo: o TRF4 
adota um critério para os crimes de sonegação de contribuição previdenciária, qual seja, em função do 
número de meses, sendo que como é um crime que se pratica mensalmente e, via de regra, a sociedade 
empresarial fica por mais tempo sem pagar, a Seção do TRF4 adotou um critério: para cada oito meses 
aplica-se 1/6 e depois vai aumentando a pena. Estas são situações muito particulares. 
B) RECURSOS: no CONCURSO FORMAL E NA CONTINUIDADE, aplica-se a pena do crime 
mais grave em abstrato e fundamentar. 
Diante de concurso formal de agentes e da continuidade, a aplicação de pena do crime mais grave 
é feita é em abstrato. EM TESE, NO CONCURSO FORMAL, DEVER-SE-IA APLICAR A PENA PARA 
 
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CADA UM DOS CRIMES E, AO FINAL DA APLICAÇÃO DA PENA, escolher aquela que e ́ a mais 
grave para justificar o aumento, mas há que se atentar para a falta de tempo, dai a técnica utilizada. 
E se os crimes forem apenados de forma distinta? 
Ex. todos crimes da lei 8666 são apenas com detenção. 
Pena de reclusão mais detenção 
Pode somar no concurso material? A professor ressalta que sempre achou que podia. O art. 111 da 
LEP diz isso. Quando chega na execução para unificar o juiz da execução soma tudo. 
E a jurisprudência? Criou uma cultura, que a professora na sabe porque, de que o juiz de 
conhecimento não pode fazer o acima. AS penas de reclusão e detenção tem natureza distinta, isso porque 
a pena de detenção não admite regime fechado, mas as penas mais graves são executadas primeiro. O 
que se alega é que com a soma seria admitir a punição, inicio do cumprimento de pena, num regime mais 
gravoso, fechado, para um crime com detenção. 
Portanto, cuidado com a totalização. Somente é possível somar as penas idênticas. 
Concurso material: aplico a regra do concurso material totalizando as penas – 05 anos de reclusão 
e 01 ano de detenção. 
10. PENA DE MULTA 
Terminada a aplicação da pena privativa de liberdade, vamos ter que resolver a pena de multa. 
Cuidado: não se deixem levar pela memoria. Tem vários crimes no CP que não tem pena de 
multa, a exemplo do descaminho, do estupro de vulnerável. do 244B, ECA. 
Cuidado: algumas leis trazem formas diferentes de penas de multa. Lei 8137 – fixada em ORTN 
e hoje aplica supletivamente o CP. Na lei de drogas não varia na forma do CP. Tráfico de 500 a 1550 dias 
multa. Lei de licitados tem a pena fixada num percentual do valor do contrato ou vantagem que a pessoa 
pretendia obter com aquele crime. 
 Critérios – cálculo de dias multa 
Tem alguns critérios que o candidato pode escolher ou ver no tribunal do concurso. É bom ir para 
prova com isso estabelecido. 
 
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1º critério - cálculos de proporcionalidade de penal entre a pena mínima e máxima, intervalo, faz 
uma espécie de divisão. Ex. pena de 01 a 05 anos – variação de 10 a 360 dias multa. 4 anos entre 1 e 5, 
sendo 350 entre os intervalos da multa. Assim, para casa ano tem perto de 87 dias. 
2º critério – a cada mês de condenação corresponde um dia-multa, conforme weber Martins 
batista. Se o valor máximo de dias multa é de 360 dias multa corresponde a pena máxima do CP que é 30 
anos, 360 meses, assim, para qualquer crime 360 diasmulta corresponde a 360 meses, um dia multa 
corresponde a um mês. Porém, somente para o CP. 
3º critério – aplicar a pena de multa em conjunto com a pena privativa de liberdade a partir de 
um patamar mínimo ou proporção. Na 1ª fase aumentada 1/6 da PPL, também 1/6 da pena de multa. 
Concurso de crimes: Lembrar que no CP tem uma regra de aplicação de multa em separado no 
concurso de crime – a jurisprudência do STF diz que para o crime continuado não vale, pois a ficção 
jurídica de que ao gente praticou um crime único, a pena de multa também será única. 
 Valor do dia multa – conforme situação financeira 
A fixação da pena de multa é bifásica. Enquanto a primeira parte está ligada a gravidade do crime, 
obedece os mesmos vetores vistos acima, no final discorrer sobre o valor do dia multa que terá o critério 
diferenciado, estando diretamente ligado à condição econômica do condenado. 
Portanto, a regra utilizada neste momento é pelas peculiaridades das questões vistas durante o 
problema proposto. Todas informações relativas a situação financeira, ao gasto financeiro da pessoa, ou 
padrão de vida da pessoa, são informações que podem ser utilizadas no momento da aplicação da pena, 
isso para que ela exerça a função pedagógica que deverá exercer. 
Ausência de elementos dobre a situação financeira do réu: aplica-se o valor mínimo. 
11. DETRAÇÃO 
Hoje é motivo de muita polêmica na forma de aplicação. Art. 387, §2º, CPC. Foi uma alteração 
legislativa. Antes de fixar o regime, pela literalidade da lei, é preciso detrair o tempo de prisão para fins 
de regime inicial. 
O tempo de prisão provisória será computado para fins de determinação do regime inicial. 
 
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1ª posição: literalidade da lei - critério de detração para o juiz do processo de conhecimento. 
Assim, para fixar o regime inicial ele deve descontar a quantidade de pena provisória. O que sobrar vai 
ser utilizado para fixação do regime de pena. Alguns acórdãos do STJ têm usado essa intepretação. 
2ª posição: critica o artigo porque é possível dar tratamento totalmente diferente para réus em 
situações iguais. Ex. réu solto condenado a uma pena de 08 anos e 9 meses, quando transitar em julgado 
vai para o fechado. Se estiver preso, por exemplo, por 10 meses, ele muda de regime, automaticamente, 
sem preencher o requisito objetivo da lei para progressão que superaria 01 ano. Alguns tribunais, a 
exemplo do TRF 4º. Essa redação tem que ser interpretada com o próprio instituto da detração e com a 
mens legis, a qual aqui não foi descontar a prisão provisória para alterar imediatamente. Na verdade, foi 
permitir que o juiz do conhecimento verificasse se já era possível a progressão de regime. VER Embargos 
Infringentes e de Nulidade 5000333- 38.2012.404.7002, 4a Seção, TRF4). 
Aplica como? Deve verificar se o tempo de prisão provisória atinge ou não 1/6 da pena para a 
progressão. Com efeito, são averiguados ambos institutos em conjunto, o lapso exigido para que haja a 
progressão e o tempo que ficou preso provisoriamente, se ambos forem preenchidos, em concomitância, 
ai sim será possível alterar o regime. 
Tendo em vista que o ora condenado permaneceu preso por 06 meses e 10 dias, procedo ao 
desconto, obtenho a pena de X, para fins de regime. 
E o STJ? Alguns tribunais tem aplicado esse artigo em consonância com as regras de progressão de 
regime e afastado a literalidade. O STJ, em recente decisão, rechaçou essa tese, 
A previsão do §2º do 387 CPP CPP não se refere à verificação dos requisitos para a progressão 
de regime, instituto que se restringe à execução penal, mas a possibilidade de o Juízo de 1ª grau, no 
momento oportuno da prolação da sentença, estabeleça regime inicial mais brando, em razão da 
detração. Assim, cabe ao sentenciante descontar da pena aplicada o período em que ele ficou mantido 
em prisão provisoriamente. Realizada tal operação, observado o art. 33, §2º, CP e as circunstâncias 
judiciais do art. 59, CP, é possível ao juiz alterar o regime, aplicando modalidade menos gravosa. HC 
– 382.692/SP. 24/02/2017. 
12. REGIME INICIAL 
Totalizadas as penas privativas de liberdade, agora passamos para a análise das condições que a 
pena será iniciada. 
Sistema penal tem varias portas, pode entrar no andar de cima, intermediário ou de baixo. Também 
pode transitar entre esses andares a depender de novas condenações ou de eventuais comportamentos 
tomados durante a pena. 
 
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Portanto, ao fixar o regime, o juiz está fixando a porta de entrada da pessoa ao sistema penal. 
O CP nos traz alguns parâmetros no artigo 33. A pessoa entra como condenado, para cumprir as 
penas de todos os crimes pelos quais foi a condenação, não apenas um. 
Parâmetro 01: quantidade de pena aplicada 
Parâmetro 02: reincidência. 
Parâmetro 03: circunstâncias judiciais. art. 59, CP. 
Parâmetro 04: reclusão e detenção, a reclusão executa primeiramente, portanto os regimes da 
execução também. 
Ambos parâmetros vão ser analisados. Dependendo da pena aplica e sua quantidade, até 04, até 
08 ou acima de 08, a partir dessa decisão, o regime é escolhido. 
É importante buscar o valor, mas recendência faz com que a pessoa entre no degrau posterior ao 
regime com base na quantidade. Com a reincidência uma luz amarela acende. 
Art.59 CP – mostrando uma alta periculosidade do réu pode ser usada as circunstanciais para 
invocar um regime mais gravoso invocando as sumulas 718 e 719 do STF. 
Súmula 718, STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui 
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada. 
Súmula 719, STF: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada 
permitir exige motivação idônea. 
Atenção: STJ tem distinguido a análise da prisão preventiva a depender do tipo de regime, por 
exemplo, se há ou não incompatibilidade do regime com o regime aberto ou semiaberto. O mesmo para 
as substituições de pena. 
13. SUBSTITUIÇÃO DA PENA 
Art. 44, CP. 
Após fixar o regime inicial, na sequência, o juiz verifica se é ou não cabível a substituição e pena. 
13.1. PATAMAR USADO 
 
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O patamar de pena a ser considerado para a substituição é o PATAMAR ORIGINAL DA 
TOTALIZAÇÃO DA PENA. Ou seja, a regra da detração é usada exclusivamente para a fixação do 
regime – o que é retirado pela detração vale exclusivamente para regime inicial. 
13.2. REQUISITOS 
i) Natureza do crime: qualquer crime culposo ou crime doloso sem violência ou grave ameaça. 
ii) Quantidade de pena: 
iii) Reincidência: a específica obsta a substituição de pena, embora a não especifica na é óbice. 
iv) Circunstância judiciais e a questão da socialmente recomendável: a ideia de ser socialmente 
recomendável, é preciso lembrar que até o reincidente pode ter direito a essa substituição, 
sendo necessário escolher a pena substitutiva adequada naquele caso concreto. 
Ou seja, todas as regras que dizem respeito à função pedagógica da pena precisam estar na mente. 
13.3. ESCOLHA DA PENA SUBSTITUTIVA 
Cuidado com a escolha da pena adequada. Outro cuidado que se deve ter e ́ quanto à escolha da 
pena substitutiva adequada. Se uma pessoa foi condenada por estelionato, por exemplo, sendo ela 
miserável e tendo sacado R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para entregar a outrem porque queria 
ganhar R$ 50,00 (cinquenta reais), não adiantara ́ substituir essa pena por uma prestação pecuniária 
porque essa pessoa não irá pagar. Então, a substituição de pena aplicada, em

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