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Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações

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Técnicas de 
Apreçamento 
Estratégico
Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Fabiano Siqueira dos Prazeres
Revisão Técnica:
Prof. Ms Jean Carlos Cavaleiro
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
5
• Custos
• Classificação dos custos
• Leia atentamente o conteúdo da disciplina;
• Alguns conceitos exigirão que você pesquise sobre o tema para entender em profundidade 
a questão dos custos.
• Onde se pede que o aluno faça cálculos, é importante que você os faça seguindo o modelo 
que está no material.
• Não deixe de participar do fórum de discussão e de todas as atividades propostas.
Faremos, nesta unidade, uma reflexão sobre como surgiu 
a necessidade de apuração dos custos e sobre as estratégias 
usadas para essa apuração nas empresas. Embora estejamos 
focalizando mais especificamente a indústria, o mesmo processo 
pode ser adaptado para os serviços. 
Tal necessidade tornou-se clara com o aumento do valor 
agregado do produto, o que enfatizou a dependência de um 
controle efetivo do que é gasto em uma produção para que 
sejam tomadas as decisões cabíveis à formação do preço. Esse 
é um fator relevante para a competição.
Conceitos Básicos de Custos 
e suas Aplicações
 
 Atenção
A sua participação ativa nessas atividades fará com que seu aprendizado se potencialize. 
Organize-se e aproveite!
6
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Contextualização
Na atualidade, competição é palavra de ordem, e os fatores de competição vão muito além de 
qualidade e bons serviços. O cliente moderno quer tudo isto: qualidade, rapidez, confiabilidade, 
flexibilidade, sem abrir mão de custos. Então estamos em um cenário em que é preciso manter 
uma estrutura que, além de oferecer todos os atributos exigidos pelo cliente, também permita um 
controle dos custos para que possamos ter preços competitivos e margens significativas nos 
negócios. 
Os custos constituem um fator amplamente estudado no âmbito industrial. Os custos tornaram-
se importantes a partir da Revolução Industrial e da consequente produção em escala, que se 
tornou a nova ordem da economia industrial. Até então, as economias mundiais eram agrícolas 
e as manufaturas eram artesanais, em pequena escala. Os negócios eram mais dedicados à 
compra e venda de bens com baixa taxa de transformação, quase in natura, e de baixo ou 
nenhum valor agregado. 
Nesse ambiente que antecedeu a Revolução Industrial, que alguns autores chamam de era 
de produção artesanal, a competitividade era pequena, o nível de exigência era menor, as 
opções de escolhas eram mínimas e não existia exigência por padrão de qualidade. Muitos 
produtos eram destinados às classes de maior poder econômico. Fazia parte desse cenário a alta 
especialização dos profissionais, altos custos de produção e baixa escala.
A indústria trouxe maior valor agregado aos itens de consumo ao transformá-los a ponto 
de atender melhor às necessidades cada vez mais exigentes. À medida que o valor agregado 
aumentava, crescia a importância dos custos.
Os custos passaram a ser a linha divisória entre o sucesso e o fracasso. Entende-se que 
é possível uma empresa ter boas vendas, ter faturamento crescente, ter boa participação de 
mercado e, ainda assim, ir à falência. O que justificaria isso?
Justamente o não gerenciamento dos custos é o maior motivo para isso. O gestor tem que 
equacionar as entradas e as saídas. Assim, os custos compõem as saídas e, se essas forem 
discrepantes das entradas, a equação não fecha, a empresa fica no vermelho.
Com essa percepção da importância dos custos na gestão empresarial, o gestor em marketing 
deve conhecer detalhadamente a composição dos custos e seus reflexos em cada segmento em 
que atue. Isso para que a função do gestor, que é maximizar os resultados da empresa, seja 
plenamente realizada. 
Para que você, aluno, compreenda melhor o papel dos custos, assista ao vídeo 
Negócios & Soluções - Gestão de Custos, disponível em http://www.youtube.com/
watch?v=cv1dqqVOPnM, por meio do qual entenderá que devemos atuar de forma 
prática na gestão dos custos e verá que as dicas aqui apontadas podem ser reaplicadas 
perfeitamente em qualquer tipo de negócio.
http://www.youtube.com/watch%3Fv%3Dcv1dqqVOPnM
http://www.youtube.com/watch%3Fv%3Dcv1dqqVOPnM
7
1. Custos 
A visão popular aponta uma prática comum entre empreendedores: a de cobrar pela venda 
o dobro do que se pagou pela compra, ou seja, se o bem custou R$ 10,00, vende-se por R$ 
20,00. Isso ocorre entre os mais variados negócios, como papelaria, sorveteria, supermercado, 
pizzarias etc. 
Para Pensar
Mas imagine a situação em que um revendedor de calçados compra alguns pares por determinado 
preço, coloca-os em um veículo e sai vendendo de porta em porta. Assim os pares comprados 
por R$ 20,00 são vendidos por R$40,00. E essa prática de cobrar 100% sobre o custo de compra 
é adotada com todos os modelos. Ao passarem dois meses, o empreendedor descobre que 
os lucros não estão como deveriam, tem até a impressão de que está perdendo dinheiro. E a 
situação torna-se ainda pior, pois, para ampliar as vendas, os recebimentos são feitos em duas 
parcelas, uma na hora e outra em 30 dias. 
Como você avalia essa situação do empreendedor em questão?
Para responder a essa pergunta, temos que recorrer aos conceitos teóricos de custos, suas 
características e aplicação nas vendas. Então vamos combinar assim: vamos ver a teoria e, ao 
final, voltaremos ao problema apresentado.
A gestão dos custos tem duas funções básicas: serve para controle e como ferramenta para 
tomada de decisão. O gestor de custos deve se perguntar: a que tipo de controle os custos 
podem levar? E como a gestão dos custos pode auxiliar na tomada de decisões?
Então vejamos:
Controle: a gestão de custos permite estabelecer padrões de gastos, de consumo, de tempo 
etc., além de fazer orçamentos e outras formas de previsão. Exemplo: controle de custo de 
recheio em determinada pizza, custo de massa, custo de forno, de mão de obra, de energia, de 
impostos etc.; controle de desperdícios e perdas de materiais e processos através da implantação 
de previsão de custo padrão. 
Ferramenta para tomada de decisões: a gestão de custos fornece informações para 
produção de relatórios que irão embasar a tomada de decisões da administração. Exemplo: 
relatório aponta para custo elevado de um determinado produto e a administração toma a 
decisão de tirá-lo de linha. É ferramenta importante para tomada de decisões quanto à fixação 
do preço de venda ou opção de compra ou produção. As decisões possíveis são inúmeras, 
desde mudar matéria-prima, mudar processo produtivo, até decisão de continuar produzindo 
ou terceirizar as operações.
8
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Assim, a contabilidade de custos vem assumindo papel estratégico nas organizações. 
Em um primeiro momento, a contabilidade de custos era ferramenta para determinar o valor 
dos estoques de produtos, que é variável fundamental para a determinação do lucro na época 
do levantamento do balanço. Escolhia-se o método de avaliação dos custos dos estoques entre 
PEPS (primeiro que entra primeiro que sai); UEPS (último que entra, primeiro que sai) ou 
média ponderada móvel. Essa decisão interferia na apuração do CMV (custo da mercadoria 
vendida) e, por consequência, na apuração do lucro da organização. 
Hoje é poderosa ferramenta administrativa e estratégica, conforme vimos nas abordagens 
anteriores.
As quatro principais finalidades dos custos são:
• Avaliação do estoque: determinação do valor dos estoques de matérias-primas, 
produtos em elaboração e produtos acabados em estoque;
• Determinação de preços: ferramenta fundamental para o processo de fixação do 
preço de venda ou determinação do custo máximo admissível;
• Controle de desempenho: função orçamentária para avaliar o desempenho das áreas 
de responsabilidade. Exemplo: medir desempenhodo setor, do produto. Acompanhar se 
os custos incorridos estão dentro da normalidade. Fazer diagnóstico de anormalidades 
ocorridas com os custos;
• Tomada de decisões: produção de relatórios-base para decisões de comprar, vender, 
estabelecer descontos e condições comerciais, mix de produtos etc.
Voltando à situação apresentada no início desta unidade, vamos verificar qual era 
o problema?
Você vai perceber que o problema está em todos os pontos discutidos acima.
Na avaliação de estoque, é preciso ter a visão de que estoque tem custos, como, por exemplo: 
custo da aquisição, custo do dinheiro utilizado, custo de carregamento, custo de movimentação, 
custo de armazenagem, custo de obsolescência, custo de pedido, custo de roubos e perdas etc. 
No caso apresentado, o único custo considerado foi o custo de compra.
Em determinação de preço de venda, qual foi o problema? 
O preço de venda deve totalizar um valor que pague os custos e sobre a margem de lucro da 
empresa. Quais seriam os custos? Custos e despesas fixas, custos e despesas variáveis. 
Um caminho comum seria: levantar os custos de estoques, os custos administrativos, 
financeiros e fazer rateio por unidade vendida. Exemplo: se os custos de estoques - entre limpeza, 
sistemas operacionais, mão de obra e aluguel - forem de R$ 5.000,00 mensais e a empresa, 
no determinado mês, tiver trabalhado com, aproximadamente, mil pares de calçados, então o 
rateio ficará em: 5.000/1000= 5,00 por unidade.
9
Vamos supor que os custos administrativos, como custo de um gestor, alguém que controle 
notas fiscais, pagamentos de clientes, depósitos bancários e contas a pagar, fiquem em R$ 
3.000,00 por mês. Temos mais R$ 3,00 por unidade. 
Supor, ainda, que, como a venda é feita diretamente pelo proprietário, este decida tirar 30% 
de comissão e que, na média, os impostos apurados sejam de 25%. 
Há, ainda, os custos de vendas, combustível, depreciação do carro, custo de manutenção etc. 
Vamos supor que essas despesas tenham totalizado R$ 2.000,00 no mês; então seria mais R$ 
2,00 de rateio por unidade.
Como ficaria se vendesse por R$ 40,00 um calçado que comprou por R$ 20,00?
 Vejamos
Custo de compra 20,00
Despesa fixa 8,00
Impostos 10,00
Custo de venda 2,00
Custo total 40,00
Então qual foi o lucro na operação? Valor de venda R$ 40,00 menos o valor de custo R$ 
40,00: o lucro foi zero.
E observe que a comissão de 30% não foi paga, pois não sobraram recursos. O que isso 
significa? 
A comissão deveria ser de R$ 12,00, então ficaria da seguinte forma:
Lucro = PV – (CC + DF + I + CV + C) 
Em que:
PV – preço de venda
CC – custo de compra 
DF – despesa fixa 
I – impostos 
CV – custo de vendas 
C = comissão 
Lucro= 40 – (20 + 8 + 10 + 2 + 12) = - 12 
Veja que deu prejuízo de R$ 12,00
10
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Deu para entender o problema da empresa?
Esse problema, muitas vezes, é causado por falta de controle de desempenho, pois não se 
planejam os gastos, não se faz avaliação dos valores de entrada e de saída, não se tem projeção 
de situação financeira. 
 Para entender melhor essa situação, vamos, agora, entrar detalhadamente nas definições de 
custos, trazer apontamentos teóricos e avaliações de custos.
1.1 Conceitos básicos de custos
Vamos tomar como base operações industriais e fazer associação com operação de serviços, 
como a área de vendas apontada na situação anterior, pois basta fazer adaptação. 
Os conceitos básicos de custos são três:
• matérias-primas, 
• mão de obra e 
• gastos gerais de fabricação.
Para Pensar
Na educação a distância é importante que o aluno sempre faça uma leitura reflexiva, então eu 
o convido a associar esses pontos à situação apontada como problema. Você pode associar, 
caso possível, à sua atuação profissional; tente enxergar esses três itens na sua empresa.
Caso não seja possível, faça um exercício de memorização. Vamos imaginar um pizzaria. 
Quais seriam os itens de:
• matéria-prima? – relacione quantos itens lembrar. Caso tenha dúvidas, discuta no fórum 
com a intermediação do tutor.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• mão de obra?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
• gastos gerais de fabricação?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
11
Para realizar essa atividade, pesquise, busque informações para fazer um rol mais completo possível, 
e lembre-se de que, em EaD, você, aluno, tem grande participação no processo de aprendizagem. 
Vamos definir os itens apontados para que avalie a pesquisa feita acima e veja se fez os 
apontamentos corretos.
• Matérias-primas: representam os materiais que serão adicionados ao produto, 
compondo-o. Podem ser divididas em: matéria-prima propriamente dita, materiais 
secundários e materiais de acabamento. Para conhecer mais esses conceitos, pode buscar 
informações no livro Administração de recursos materiais e patrimoniais, de Petrônio 
Garcia, ed. Saraiva. 
• Mão de obra direta: é a ação do operário diretamente sobre os materiais e componentes 
do produto em fabricação, compreendendo, além de salários e ordenados, todos os 
encargos sociais e trabalhistas decorrentes, tais como: férias, 13º salário, contribuição à 
previdência social, fundo de garantia, seguro e outros.
 
 Diálogo com o Autor
 
É muito importante que façamos uma pausa para tratar deste último item e de como ele funciona 
no nosso país. O Brasil está entre os países que apresentam os maiores encargos sociais no mundo. 
Um funcionário, em média, custa 103% da folha de pagamento. Um funcionário contratado por R$ 
1.000,00, deve custar, em algumas situações, um pouco mais de R$ 2.000,00. Outro ponto impor-
tante é a carga tributária, que também está entre uma das maiores do mundo. Isso coloca o país em 
situação de desvantagem na competição global, pois, na prática, temos trabalhadores com baixos 
salários - o que compromete a qualidade da mão de obra - mas que representam altos custos para a 
empresa. Isso faz com que as empresas atuem com profissionais em carga horária de trabalho sema-
nal bastante elevada, situação que compromete mais uma vez a qualidade de trabalho. 
A realidade que temos é: a empresa paga R$ 1.000,00, mas sai do seu caixa mais de R$ 2.000,00 
e o funcionário leva R$ 800,00 para casa. E, na média, 40% desses 800 reais serão usados para 
pagar impostos em compras e consumo. Então, em uma conta rápida, o governo, de forma direta ou 
indireta, de um funcionário que ganha R$ 1.000,00 de salário, fica com R$ 1.520,00, pois mil reais 
são pagos pela empresa por tê-lo como funcionário, duzentos reais são descontados do seu salário, e 
trezentos e vinte o funcionário paga no uso dos oitocentos reais que sobraram. 
O que você acha disso? Foi só uma pergunta. Não responda, por favor, pois sei que não usaria pa-
lavras dóceis para tratar do assunto. 
• Mão de obra indireta: é a ação de operários e funcionários da empresa, voltada para a 
produção, mas sem operar diretamente sobre o produto em fabricação, como a ação dos 
supervisores, mecânicos, faxineiros, apontadores etc.
12
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
• Gastos gerais de fabricação: compreendem a mão de obra indireta, depreciação 
de máquinas, energia elétrica, luz, aluguéis e os gastos com materiais que não são 
incorporados ao produto, como: impressos, lubrificantes, materiais de manutenção etc.
Todos esses itens são importantes para definição de preço, mas não podemos deixar de levar 
em conta que nemsempre vamos considerar somente os custos. É muito importante saber o 
significado de valor, que não está relacionado a custo. 
Trocando Ideias
Martins (1996) traz um belo exemplo para esclarecer o significado de valor de um bem ou serviço. 
Esse valor pode ser intrínseco, estimativo, incomensurável ou relativo a uma simples troca comercial. 
Um copo d’água pode ter um valor zero ou ser difícil de mensurar. Se você está com muita sede à 
beira de um reservatório de água potável e toma um copo d’água, seu custo é zero. Além de satisfazer 
a necessidade de seu organismo, pode tomar tantos copos quantos forem necessários ao mesmo 
custo. Se você está em um deserto e depende também de um copo d’água para sobreviver e não o 
encontra, pagará qualquer preço para obtê-lo. Nessa segunda hipótese, o valor do copo d’água, em 
função da escassez e utilidade, passará a ser difícil de mensurar.
Essa fala é bem popular no meio acadêmico; é uma relação bem comum entre autores na 
área de marketing, mas é uma forma bem simples de entender a relação de valor e custo.
A utilidade e a escassez de um bem ou serviço são fatores econômicos que marcam seu 
valor real. A determinação do preço de um produto faz-se pela combinação desses fatores mais 
os custos necessários para obtê-lo. Logo o custo não é o único elemento para se determinar o 
preço. Vejamos que há regiões no mundo em que o limão, a manga, o bife são vendidos por 
unidade dado o valor elevado de compra desses produtos.
Como empreendedores, pensamos em lucro na hora de vendas, e o lucro depende do momento 
ou situação; veja, por exemplo, os valores de diárias em hotéis em período de alta temporada. 
Como consumidores, pensamos em preços justos. 
Veja, então, que são pensamentos opostos. 
Mas tudo tem seu justo preço. Os bens que a natureza generosamente ofertou ao homem a 
um custo zero, como o ar, energia solar, água, em suma, toda nossa biosfera, recebem um valor 
dependendo do uso que se faz de cada um deles.
1.2 Custos na indústria
Uma empresa compra matéria-prima, recebe-a e, em algum momento qualquer, paga por 
ela. Utiliza a matéria-prima na produção após determinado tempo. O período de produção leva 
certo tempo e consome mão de obra, entre outros gastos. Depois de pronto, o produto espera 
para ser vendido ou entregue aos clientes. Após ser vendido, há um prazo para receber o valor 
das vendas, encerrando, assim, o ciclo da empresa.
13
Esse ciclo vai acontecer em qualquer empresa, não importa o ramo de atuação nem o porte; 
o que vai ser diferente são os prazos e as políticas adotadas na compra, no pagamento, na 
produção, na venda e no recebimento, mas as etapas vão ocorrer. É um ciclo de operação que 
pode ser chamado de ciclo operacional. Esse ciclo operacional vai da aquisição de matéria-
prima ao recebimento por parte do cliente. Vejamos no gráfico abaixo:
 
Cada uma dessas etapas tem um custo e há um período para a entrada de recurso. Se essa 
necessidade de custo não for determinada pela empresa, faltarão recursos no meio do caminho.
Legenda:
PMEMP – prazo médio de estocagem de matéria-prima
PMF – prazo médio de fabricação
PME PA – prazo médio de estocagem de produtos acabados
PMR – prazo médio de recebimento por parte dos clientes 
Reflita
As empresas buscam trabalhar com estoque reduzido. Com isso os valores investidos são menores, o 
ciclo de renovação de estoques são maiores, os custos operacionais são menores, o giro de estoque 
é maior. Assim a empresa está ampliando sua capacidade competitiva, trazendo ganhos inerentes 
ao produto, somente com ações gerenciais. Quando uma empresa quer reduzir seus custos, não é o 
melhor caminho somente brigar com os fornecedores por menores preços, pois nem sempre isso é 
possível. Ações gerenciais podem trazer mais retorno mais rapidamente e sem espremer os membros 
da cadeia de suprimento. 
De forma geral, uma indústria incorre, diariamente, em uma série de gastos para realizar 
suas atividades administrativas, de vendas e fabris, tais como compras de matérias para seus 
produtos, compras de materiais de escritório, pagamentos de taxas e impostos, manutenções, 
folha de pagamentos etc.
Os custos e despesas são demonstrados separadamente; isso por terem características 
distintas: o primeiro está atrelado ao produto, o segundo, não. Há a dedução do custo dos 
produtos vendidos das receitas de vendas e a dedução das despesas diretamente do lucro bruto; 
isso para se obter o lucro líquido.
14
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Os custos correspondem aos gastos relativos à obtenção dos produtos e as despesas 
correspondem aos gastos relacionados com a administração e com a geração das receitas. A 
separação desses itens é importante para decisões futuras de controle das saídas.
Para tornar fácil o entendimento da origem dos custos e das despesas, vamos utilizar um 
cronograma que agrupa os departamentos de uma empresa em três divisões:
• Fábrica: engloba os departamentos de apoio à produção: almoxarifado, engenharia de 
fábrica, planejamento de controle da produção, departamentos de produção, usinagem, 
montagem etc.
• Administração: engloba os departamentos administrativos, recursos humanos, 
processamento de dados, TI(s), contabilidade, finanças etc.
• Vendas: engloba todos os departamentos relacionados com a atividade comercial, como 
serviço de atendimento ao cliente, vendas, representantes, propagandas etc.
Ideias Chave
As despesas correspondem aos gastos incorridos no processo administrativo e de venda dos produtos. 
Os custos correspondem à locação de materiais ou de mão de obra direta na transformação do 
produto, diretamente relacionada com a feitura do produto.
Essas são definições clássicas adaptadas de vários autores, mas alguns autores detalham da 
seguinte maneira:
• Leone (2000) define despesas como o gasto imediatamente consumido ou o consumo 
lento dos gastos de investimento à medida que estes vão sendo utilizados pelas operações. 
Em relação aos custos, o autor concorda com o dicionário que os define como o valor 
dos fatores de produção consumidos por uma firma para produzir produtos ou serviços.
• Para Eliseu Martins (1990, p. 24), custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens ou serviços.
Para uma eficiente gestão dos custos, é necessária a compreensão dos conceitos básicos 
relacionados ao tema.
Os gastos definem-se como as transações financeiras nas quais a empresa utiliza recursos ou 
assume uma dívida em troca da obtenção de algum bem ou serviço. É um conceito abrangente 
e pode englobar os demais itens.
Para Megliorini (2002, p.7), gastos representam o compromisso financeiro assumido por 
uma empresa na aquisição de bens ou serviços, podendo o gasto ser definido como gasto de 
investimento, quando os bens ou serviços forem usados em vários processos produtivos, e como 
gasto de consumo, quando os bens ou serviços forem consumidos no momento mesmo da 
produção ou do serviço que a empresa realizar.
15
Sendo assim, o custo refere-se aos gastos necessários para fabricar os produtos da empresa. 
São os gastos efetuados pela empresa que farão nascerem os seus produtos. Portanto podemos 
dizer que os custos são os gastos diretamente relacionados ao produto, na sua transformação 
ou na feitura do fato gerador. 
De modo geral são gastos ligados à área industrial da empresa.
Os investimentos são gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros. Nessa 
categoria enquadra-se a aquisição de ativos, máquinas e estoques. Portanto, a empresa 
desembolsa recursos visando a um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados. 
Então, até aqui, é importante você definir:
• Custo 
• Despesa 
• Gasto 
• Investimento.
Para Megliorini (2002), os investimentos são todos os bens e direitos registrados no ativo 
das empresas para baixa em função da venda, amortização, consumo, desaparecimento, 
perecimento ou desvalorização.
Assim, quando se compram materiais, realiza-se um investimentoem estoque. O consumo 
na fabricação de um produto ou na realização de um serviço gera um custo, assim como o 
consumo nas divisões administrativas ou de vendas gera uma despesa. Do mesmo modo, a 
aquisição de uma máquina gera um investimento no imobilizado, e, pela depreciação, teremos 
um custo ou despesa.
As despesas expressam o valor dos bens e serviços consumidos direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não 
relacionados com a produção, ou seja, os gastos que se referem às atividades não produtivas da 
empresa. Por isso, para Megliorini (2002), as despesas são os bens e serviços consumidos direta 
ou indiretamente para obtenção de receitas.
As perdas são os fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem da normalidade 
das operações da empresa, constituindo fatos indesejados e ocasionais, como a deterioração 
anormal de ativos causada por incêndios ou inundações.
Os custos são gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços, 
no caso industrial, e são os fatores utilizados na produção, como matérias-primas, insumos, 
salários e encargos, depreciação das máquinas e ferramentas utilizadas no processo produtivo.
Os desperdícios são os custos e despesas utilizados de forma não eficiente, ou seja, são 
consideradas desperdícios todas as atividades que não agregam valor e que resultam em perda 
de tempo, dinheiro, recursos sem lucro, além de adicionarem custos desnecessários ao produto, 
sem o devido objetivo.
16
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de obra da área fabril, 
matérias-primas, aluguéis de prédios da fábrica, depreciações de máquinas e instalações fabris 
e energia elétrica consumida na fábrica.
As despesas são parcelas do gasto não ligado à produção, como mão de obra dos departamentos 
de administração e vendas, comissões de vendedores e representantes, depreciação de prédios 
administrativos etc.
Exemplos de perdas
Perdas de matéria-prima fazem parte do processo de fabricação, podendo-se minimizá-las, 
mas não evitá-las. São chamadas de perdas normais e, por isso, integram o custo do produto. 
Assim, a quantidade necessária de um material corresponde àquela disponibilizada para a 
produção. Nessas quantidades incluem-se as perdas normais de processo, por exemplo: se de 
uma chapa de aço de 300Kg se obtém uma peça de 290 Kg, os dez quilos restantes sobram 
naturalmente no processo. 
Outro exemplo é o processo de corte de molde de uma camisa:
 
Os cantos e dobras são perdas na peça de tecido.
Caso se tenha disponibilizado quantidade excedente de material à produção e a sobra 
decorrente possuir aproveitamento em outro produto, não haverá perda, mas é importante 
ressaltar que evitar 100% de perda é muito difícil.
Se houver perda anormal, como no caso, por exemplo, de incêndio de almoxarifado, roubo, 
enchente etc., os valores correspondentes não devem ser tratados como custo de produção, e 
sim levados diretamente ao resultado.
17
2. Classificação dos custos 
Vamos, agora, analisar a classificação dos custos quanto à sua tomada de decisão (custos 
relevantes e irrelevantes), quanto à identificação (diretos e indiretos) e quanto ao volume de 
produção (custos variáveis e fixos) e também custos semivariáveis e semifixos.
Você verá que essa matéria relaciona-se com a otimização e gestão das empresas e da continuidade 
operacional relacionada a custos, desempenho, processos, produtos e serviços a clientes.
O aluno, dispondo deste material, poderá tomar decisões para apreciar melhor a gestão de 
custos, para permitir à empresa o abandono de produtos obsoletos, poderá obter informações 
com precisão e visualizar a real necessidade do setor em relação ao recurso proposto.
2.1 Classificação dos Custos e Métodos de Custeio
Os custos de uma empresa podem ser classificados como diretos e indiretos. É certo que, ao 
final do processo, serão somados, mas a separação e o entendimento das características de cada 
um deles são relevantes para melhor gestão.
Custos Diretos 
São custos diretamente apropriados ao produto, ou seja, o custo que se refere à quantidade 
de matéria-prima que foi efetivamente consumida na produção do produto e o custo que se 
refere à mão de obra direta envolvida na fabricação ou transformação do produto.
Se outro elemento de custo tiver seu consumo para a produção do produto medido, o 
custo também será considerado custo direto. Como exemplo, podemos apontar o consumo 
de energia elétrica, e, se houver na empresa um medidor de consumo separado para cada 
departamento, o gasto dessa energia na produção será considerado custo efetivo ou consumido 
na transformação do produto.
Para Rodney (2004, p.13), os custos diretos são gastos facilmente apropriáveis às unidades 
produtivas, ou seja, são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou aquele 
produto, por sua natureza, pelas características próprias e pela objetividade de identificação no 
produto que lhe são imputadas por medições objetivas ou por controles individuais, como a 
ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios. Correspondem aos gastos específicos 
realizados com produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou executado o 
serviço, esses gastos não ocorrem. Tais custos podem ser fisicamente identificados para um 
segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob consideração é uma linha de 
produtos, então os materiais e a mão de obra dos envolvidos diretamente na produção são 
ambos custos diretos.
18
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Custos indiretos
São aqueles apropriados aos produtos em função de uma base de rateio ou algum critério de 
alocação. Autores consagrados dizem que os custos indiretos não são facilmente identificados com 
o objetivo de custeio. Para Rodney, os custos indiretos são gastos que não podem ser alocados de 
forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional e, caso sejam 
atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, isso será feito mediante critérios de rateio.
No caso industrial, especificamente, os custos indiretos ocorrem dentro do processo de 
produção, mas, para serem apropriados aos produtos, requerem o uso de rateios, pois esse é 
o critério usado para distribuir melhor os custos cuja objetividade não se consegue determinar.
Os custos indiretos são gastos que a empresa tem para exercer suas atividades, mas que não 
têm relação direta com um produto ou serviço específico, pois são associados a vários produtos 
ao mesmo tempo. Por exemplo: o aluguel da fábrica em que são produzidos diversos produtos 
em conjunto. Para distribuir uma parcela do custo do aluguel fabril aos produtos é preciso ratear 
o valor utilizando critérios específicos ou divisões específicas.
Os custos podem, ainda, ser classificados em custos fixos e variáveis, conforme veremos a seguir.
Custos fixos
Custos fixos são gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividades 
operacionais, independente do volume de produção. São custos que têm seu montante 
fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem vínculo com o aumento ou 
diminuição da produção.
Assim, o valor desses custos permanece o mesmo independentemente da quantidade 
produzida. Relaciona-se com a capacidade instalada que a empresa possui e seu valor independe 
do volume de produção, permanecendo o mesmo estando a empresa produzindo ou parada. 
Um exemplo é o valor do aluguel do galpão industrial de uma empresa que esteja produzindo 
uma unidade do produto ou 200 unidades; esse valor será sempre o mesmo. 
Para Martins (2001), custos fixos são os gastos que, pela própria natureza, não varia, seja 
qual for a quantidade do produto produzida em determinado período. 
Exemplos:
• honorários da diretoria; 
• depreciação e prêmio de seguro;
• aluguel da fábrica.Para Pensar
Como meio de exercitar, tente relacionar os custos fixos da empresa onde trabalha ou de uma 
empresa qualquer.
19
Custos variáveis 
Os custos variáveis são gastos relacionados diretamente com o volume de produção ou 
venda. São valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento vinculado à quantidade 
produzida pela empresa. Têm seu valor determinado em função de oscilações na atividade da 
empresa, variando de valor na proporção direta do nível de atividade.
Um exemplo esclarecedor é a matéria-prima, pois, se para produzir uma unidade de produto, 
gastam-se dez reais, ao produzir duas unidades gastam-se 20 reais.
Martins (2001) diz que os custos variáveis são aqueles que acompanham qualquer variação 
da quantidade produzida ou vendida.
 Exemplos: o valor total de consumo de materiais diretos por mês depende diretamente 
do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Dentro, 
portanto, de uma unidade de tempo, o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o 
volume de produção; logo, materiais diretos são custos variáveis.
Atividade de fixação:
Um motorista resolveu atuar como prestador de serviços de transporte e, para isso, comprou 
um veículo e passou a oferecer serviços de frete. O problema, então, era saber como cobrar os 
fretes de cada cliente. Como meio de ajudar o motorista empreendedor, elaborou-se a planilha 
dos custos:
Custos 
Período de depreciação R$ 190.000,00
Período de depreciação (anos) 5
Valor de revenda em 5 anos R$ 100.000,00
Taxa anual de juros 12%
Salários R$ 1.200,00
Encargos 64%
Benefícios R$ 300,00
IPVA/seguro obrigatório R$ 1.300,00
Preço do litro de óleo (troca 10.000 km) R$ 6,00
Intervalo entre troca de óleo (km) 10000
Quantidade de óleo / troca (litros) 30
Preço do combustível R$/litro R$ 1,90
Preço da recapagem R$ 280,00
20
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Quantidade de pneus 18
Preço da lavagem R$ 120,00
Intervalo entre lavagem (km) 2000
Intervalo entre troca de pneus/recapagem (km) 80.000
Quantidade de recapagens 2
Consumo de combustível (km/l) 2,5
Custo de manutenção do veículo (R$/km) R$ 0,15
Administração (R$/mês) R$ 500,00
Tempo de carregamento (horas) 2
Tempo de descarregamento (horas) 3
Dias de operação no mês 22
Horas trabalhadas/dia 8
Velocidade média do veículo (km/hora) 45
Capacidade do veículo (ton) 27
Essa é uma planilha geral de custos, na qual devemos enxergar os custos variáveis e fixos. 
1. Aponte os custos fixos:
2. Aponte os custos variáveis 
3. Calcule o valor mensal de depreciação
4. Calcule custo mensal de remuneração do capital 
5. Calcule custo mensal de mão de obra 
6. Calcule custo mensal de IPVA/Seguros 
7. Calcule custo mensal de administração
8. Calcule custo de combustível por quilômetro rodado
9. Calcule custo de pneus por quilômetro rodado
10. Calcule custos fixos por hora de atuação e os custos variáveis por quilômetro rodado.
21
Solução:
1. Os custos fixos são:
Custo de depreciação
Custo da remuneração 
Custo de mão de obra
Custo de IPVA/seguro
Custo de administração
2. Os custos variáveis são:
Custo de combustível 
Custo dos pneus 
Custo dos lubrificantes 
Custo das lavagens 
Custo de manutenção do veículo
3. Faz-se da seguinte maneira 
Depreciação
Considerar que o bem tenha cinco anos de vida útil e que a depreciação seja a desvalorização do bem 
ao término de uso. Houve a aquisição por R$ 190.000,00 e o valor de revenda ao final do período foi 
de R$ 100.000,00, ou seja, a empresa perdeu R$ 90.000,00 em cinco anos. Então:
Valor da aquisição R$ 190.000,00
Período de depreciação (anos) 5
Valor de revenda em 5 anos R$ 100.000,00
190.000 – 100.000 = 90.000 
90.000 / 5 =18.000
18.000 / 12 =1.500
Custo mensal de depreciação R$ 1.500,00
4. Custo mensal de remuneração do capital
Remuneração de Capital
A remuneração do capital é o chamado custo de oportunidade. Podemos dizer que é o valor de possível 
ganho caso o dinheiro tivesse sido investido em outra atividade qualquer. Tradicionalmente a base para 
esse cálculo é a taxa SELIC. Em outras palavras, vamos dizer que é o custo do dinheiro no tempo. 
Vamos ver como calcular. 
Valor da aquisição R$ 190.000,00
22
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Taxa anual de juros 12%
Devemos transformar a taxa anual de juros em taxa mensal:
Taxa = 12 % ao ano 
ao mês ficaria:
Fórmula 
(1+i)1/q-1
(1+0,12)1/12 - 1
1,009488 – 1 = 
0,009488
Esse é um fator de equivalência mensal de capital; esse valor deve ser multiplicado pelo valor investido.
190.000 x 0,009488 = 1.802,72
Custo mensal da remuneração R$ 1.802,72
5. Cálculo do custo mensal de mão de obra 
Veja que a planilha apresenta valor de salário, encargos de 64% e benefícios de R$ 300,00, então:
Custo da mão de obra
Salários R$ 1.200,00
Encargos 64% = 768,00
Benefícios R$ 300,00
Custo mensal de mão- de obra= 1.200 + 768 + 300 = 
R$ 2.268,00
6. Cálculo do custo mensal de IPVA/Seguros 
Sabemos que IPVA é um custo anual, então basta dividir seu valor por doze.
IPVA e seguros
IPVA/seguro obrigatório R$ 1.300,00 / 12 = 
Custo mensal IPVA/seguro R$ 108,33
7. Cálculo do custo mensal de administração
R$ 500,00 
A planilha já apresenta esse valor mensal.
8. Cálculo do custo de combustível por quilômetro rodado
A planilha de custos informa o valor do combustível e o consumo por quilômetro rodado. Um litro de 
23
combustível possui 2,5 km de autonomia.
Então:
Combustível
Preço do combustível R$/litro R$ 1,90
Consumo de combustível (km/l) 2,5
R$ 1,90 / 2,5 KM/L
Custo de combustível (R$/km) R$ 0,76 por km rodado.
9. Cálculo do custo de pneus por quilômetro rodado
Pneus
Preço do pneu R$ 650,00.
Preço da recapagem R$ 280,00.
Quantidade de pneus 18.
650,00 x 18 = 11.700,00
560,00 x 18 = 10.080,00
Total = 21.780,00
Com esse valor, vai percorrer 240.000 quilômetros, pois rodará 80 mil quilômetros e fará duas 
recapagens a cada 80 mil quilômetros. Então:
21.780 / 240.000=0,09 o km rodado.
10. Custos fixos por hora de atuação e custos variáveis por quilômetro rodado.
Buscando os valores já calculados temos:
Custos Fixos
Custo mensal de depreciação R$ 1.500,00
Custo mensal da remuneração R$ 1.802,72
Custo mensal de mão-de-obra R$ 2.268,00
Custo mensal IPVA/seguro R$ 108,33
Administração R$ 500,00
Total R$ 6.179,05 
A empresa trabalha 22 dias 8 horas mês, então trabalha: 176 horas mês.
6.179,05 / 176=35,10 CUSTO FIXO (R$/hora) R$ 35,10
Custos variáveis:
Alguns custos já calculamos, mas faltou calcular:
Custo de lubrificantes
24
Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Preço do litro de óleo (troca 10.000 km) R$ 6,00
Intervalo entre troca de óleo (km) 10000
Quantidade de óleo / troca (litros) 30
A cada 10 mil km colocam-se 30 litros de óleo a 6,00 o litro = 180,00
Custo dos lubrificantes (R$/km) = 180 / 10.000 = arredondando fica R$ 0,02
Lavagem
Preço da lavagem R$ 120,00
Intervalo entre lavagem (km) 2000
120 / 2000 = Custo das lavagens (R$/km) R$ 0,06
Portanto: 
Custos variáveis
Custo de combustível (R$/km) R$ 0,76
Custo dos pneus (R$/km) R$ 0,09
Custo dos lubrificantes (R$/km) R$ 0,02
Custo das lavagens (R$/km) R$ 0,06
Custo de manutenção do veículo (R$/km) R$ 0,15
CUSTO VARIÁVEL (R$/km) R$ 1,08
Dessa situação, podemos tirar algumas situações práticas:
Um frete de 100 km custaria quanto?
Sabendo que é preciso ir e voltar, concluímos que serão percorridos 200 km, e sabendo que a 
velocidade média é de 45 km/h, verificamos que o veículo vai fazer o percurso em:
200/45= 4,44 horas. E sabendo que cada hora tem custo fixo de 35,10, calculamos que esse frete 
terá um custo fixo rateado de R$ 155,84. 
Os custos variáveis serão:
200 x 1,08 = R$ 216,00.
Os custos fixos mais os custos variáveis somam: 216 + 155,84 = R$ 371,84.
Devemos observar que não foram considerados pedágios nem impostos, quedevem ser inseridos no 
cálculo à medida que ocorrerem. 
Para Pensar
Então você deve refletir ao final desta aula:
• Entendeu a importância dos custos?
• Consegue distinguir os custos de uma empresa?
• Consegue calcular ou fazer rateios de custos como apresentado na unidade?
• Entendeu a importância dos custos para formação de preço?
25
Material Complementar
Caro aluno, é muito importante que na EaD o aluno amplie o acesso a conteúdo de 
qualidade que trate sobre os temos propostos, é uma forma de ver o mesmo assunto de 
uma forma diferente.
 
 Explore
Os livros virtuais abaixo estão disponíveis na biblioteca virtual para estudo do aluno.
CRUZ, J. A. W. Gestão de custos: perspectivas e funcionalidades. Curitiba: IBPEX, 2010. 
(e-book).
ELEUTERIO, L. E. Controladoria corporativa. Curitiba: IBPEX, 2011. (e-book).
GONÇALVES, R. C. M. G.; RICCIO, E. L. Sistemas de informação: ênfase em controladoria 
e contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. (e-book).
OLIVEIRA, A. B. S. Controladoria. São Paulo: Saraiva, 2009. (e-book).
PITIÁ, M. G. Controladoria na gestão. São Paulo: Saraiva, 2009. (e-book).
 
 Explore
Então contando com o compromisso do aluno em buscar outros meios de estudo indico aqui 
alguns artigos:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pi-
d=S1413-92512000000200002&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
http://www.scielo.br/pdf/cest/n2/n2a02.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php%3Fscript%3Dsci_pdf%26pid%3DS1413-92512000000200002%26lng%3Den%26nrm%3Diso%26tlng%3Dpt
http://www.scielo.br/scielo.php%3Fscript%3Dsci_pdf%26pid%3DS1413-92512000000200002%26lng%3Den%26nrm%3Diso%26tlng%3Dpt
http://www.scielo.br/pdf/cest/n2/n2a02.pdf
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Unidade: Conceitos Básicos de Custos e suas Aplicações
Referências
LEONE, G. S.G. Curso de contabilidade de custos: contém ABC. 2. ed. São Paulo: Atlas, 
2000.
______ Curso de contabilidade de custos: livro de exercícios. Contém ABC. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, E. Contabilidade de custos: inclui ABC. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Pearson Education, 2001.
OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G.; PEREZ, J. H. J. Gestão estratégica de custos. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 2008.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos: fácil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
WERNKE, R. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
27
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
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