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Teorias da Psicologia na Educação Escolar

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LEIDIANE DE MESQUITA 
 
 
 
 
 
 
 
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA APLICADA À 
EDUCAÇÃO ESCOLAR. 
PROCESSOS PSICOLÓGICOS DA APRENDIZAGEM. 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO-SP 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEIDIANE DE MESQUITA 
 
 
 
 
 
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA APLICADA À 
EDUCAÇÃO ESCOLAR. 
PROCESSOS PSICOLÓGICOS DA APRENDIZAGEM. 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO-SP 
2020 
Trabalho final apresentado à disciplina Psicologia da 
Educação, como exigência parcial para a obtenção do 
curso de Programa Especial de Formação Pedagógica 
R2 – Turma ----, sob a supervisão da Professor(a) ------. 
 Polo: ---------------- 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2. AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA APLICADAS À EDUCAÇÃO 
ESCOLAR ........................................................................................................... 4 
2.1. Behaviorismo ................................................................................................. 4 
2.1.1. Behaviorismo Metodológico ........................................................................... 5 
2.1.2. Comportamento Reflexo ................................................................................ 5 
2.1.3. Behaviorismo Radical .................................................................................... 6 
2.1.4. Condicionamento Reflexo e Operante .......................................................... 6 
2.2. Humanismo .................................................................................................... 7 
2.3. Transição entre as Teorias Behavioristas e as Teorias Cognitivistas ........... 8 
2.4. Cognitivismo ................................................................................................... 9 
3. PROCESSOS PSICOLÓGICOS DA APRENDIZAGEM ............................... 14 
4. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ..................................................... 17 
5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 20 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 21 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A importância da Psicologia no processo educacional é tão evidente 
quanto polêmica, contraditória e atual. Não é sem razão que, em dado 
momento histórico, apenas uma ou outra abordagem, de acordo com o 
prestígio alcançado, constitui preferência entre os educadores, instituições, 
pedagogos e órgãos oficiais que patrocinam o modelo de educação a ser 
adotado conforme seus critérios e necessidades. 
 
 O fato é que a formulação de cada abordagem quer pela concepção de 
homem que contém, quer pelos pressupostos teóricos adotados ou pelos seus 
desdobramentos práticos, necessariamente implica uma estrutura de política 
educacional, um conjunto de objetivos específicos na formação acadêmica e 
um projeto sociocultural contextualizado. As abordagens psicológicas, nessa 
perspectiva, são muitas, mas nem todas com repercussão significativa no 
contexto prático-educacional. Os currículos dos cursos de formação de 
professores, em qualquer nível que seja, abordam temas que dizem respeito à 
escola, como instituição social, e às relações mantidas pelos agentes 
envolvidos no processo de ensinar e aprender. 
 
 Algumas de suas disciplinas respondem pelos fundamentos filosóficos, 
políticos, sociais e legais do ensino, com ênfase no desenvolvimento histórico 
da escola e no perfil sociológico e antropológico da clientela. Outras abrangem 
aspectos teórico-metodológicos que, suplementados por atividades de estágio 
supervisionado, visam a instrumentalizar a prática docente. Neste universo em 
que se busca compreender a escola no tempo histórico e nas circunstâncias 
imediatas da ordem social, bem como discutir as bases epistemológicas da 
pedagogia, apresentam-se ensinamentos pertinentes à psicologia do 
educando e do educador para sustentar a relação entre quem ensina, o que é 
ensinado e quem aprende. 
 
A preocupação central do presente trabalho é discorrer sobre como a 
Psicologia tem servido e pode servir à educação, considerando que, no 
conjunto das ciências que fundamentam o ensino, ela é vista por muitos como 
4 
 
 
a principal subsidiária, uma ciência auxiliar que teria acabado por 
assenhorear-se da Pedagogia. O objetivo principal será mostrar as principais 
teorias da psicologia aplicadas no contexto escolar 
 
 
2. AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA APLICADAS À EDUCAÇÃO 
ESCOLAR 
 
 O termo “Psicologia” tem origem grega, sendo derivado da junção de duas 
palavras - Psyché e logos - significando o “estudo da mente ou da alma”. 
Psicologia, então, pode ser entendida como a ciência que estuda o 
surgimento e o desenvolvimento dos fenômenos e dos processos psicológicos 
que motivam e orientam o comportamento humano. Caracteriza-se pelo 
momento de busca da verdade, no qual o ser humano anseia o 
aprimoramento de suas ideias pela reflexão e pelo diálogo, num exercício de 
análise interior para descobrir a verdade. É em sua busca pela verdade que 
se percebem as ideias psicológicas, pois, para o filósofo, a verdade está em 
cada indivíduo (PRADO, 2017). 
A partir do final do século XIX, começaram a surgir tentativas sistemáticas 
de entender os processos mentais por meios científicos. Uma das primeiras 
escolas foi a Introspectiva, que tomou para si a tarefa de compreender a 
consciência humana por meio de processos mentais, estimulando as pessoas 
a examinarem seus próprios sentimentos e motivações, e tomando-os como 
passe para generalizações. Um importante representante dessa escola foi 
William James, filósofo, fisiológico e psicólogo estadunidense, que se valeu 
de suas experiências para entender conceitos como atenção e memória. Os 
estudos introspectivos sofreram muitas críticas, ressaltando a esterilidade dos 
resultados, bem como a subjetividade das pesquisas (BIZERRA, URSI, 2012). 
 
 
2.1. Behaviorismo 
 
 O Behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, é uma 
área da psicologia, que tem o comportamento como objeto de estudo. A 
5 
 
 
palavra tem origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento 
ou conduta. Essa concepção procura responder diversos questionamentos, 
entre eles: Por que repetimos determinados comportamentos? De quais 
formas o meio social influencia a nossa conduta? Quais são os fatores que 
favorecem a aprendizagem? Muitos dos aspectos relacionados ao 
comportamento humano foram explicados de forma científica a partir dos 
trabalhos realizados pelos psicólogos behavioristas na primeira metade do 
século passado. No início do século XX, a psicologia behaviorista se ramificou 
em algumas áreas que defendiam ideias semelhantes, mas também tinham 
aqueles que defendiam ideias com determinadas divergências (ALVES, 
JÚNIOR, 2018). 
 
 
 2.1.1. Behaviorismo Metodológico 
 
A ciência behaviorista teve início em 1913 através das teorias 
desenvolvidas por John Watson. Suas teorias tinham como interesse o 
Comportamento Reflexo, no qual descartava os pensamentos e as emoções 
como objetos de estudos pela psicologia, pois, não poderiam ser observados. 
Watson defendia o estudo do comportamento como função de variáveis do 
meio. Ou seja, certos estímulos levam o indivíduo a dar determinadas 
respostas. Tal fato ocorre, porque o indivíduo se ajusta ao seu ambiente por 
meio de características hereditárias e pelo desenvolvimento de hábitos. O 
modelo behaviorista coloca o comportamento como objeto de estudo da 
psicologia; porém, esse modelo, desde Watson até os dias atuais, foi se 
modificando. Hoje, não se entende comportamento como uma açãoisolada 
de um indivíduo; mas, sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz 
e o ambiente onde o seu fazer acontece (TOCAFUNDO, 2018). 
 
 
 2.1.2. Comportamento Reflexo 
 
Comportamento reflexo é todo tipo de ação que não conseguimos conter 
como, por exemplo, o bocejo, salivação e o espirro. Esse tipo de 
6 
 
 
comportamento foi estudado através de um processo chamado 
Condicionamento Reflexo, que consiste na prática de um estímulo do qual 
espera-se a ação reflexa num organismo. Um exemplo desse comportamento 
é quando se apresenta um prato de comida a um cachorro, apresentando um 
estímulo sonoro, como o sim de uma campainha, após algumas associações, 
o som da campainha produzirá uma resposta de salivação 
independentemente da presença de comida. A salivação em resposta à 
campainha passa a ser uma resposta condicionada (BIZZERA, URSI, 2012). 
 
 
2.1.3. Behaviorismo Radical 
 
Essa teoria foi desenvolvida por Frederik Skinner em 1945, para o 
Behaviorismo radical de Skinner, o organismo age no ambiente, daí sua 
proposta de condicionamento operante. O condicionamento operante refere-
se a um procedimento através do qual é configurada uma resposta a um dado 
organismo através de reforço e ações sucessivas. Ou seja, uma ação gera 
uma resposta e essa consequência afeta a probabilidade da ação ocorrer 
novamente; se a consequência for reforçadora, aumenta a probabilidade, se 
for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera 
outros efeitos paralelos. Esse tipo de comportamento, que tem como 
consequência um estímulo que afete sua frequência (BIZERRA, URSI, 2012; 
ALVES, JUNIOR, 2018). 
 
 
2.1.4. Condicionamento Reflexo e Operante 
 
Os condicionamentos reflexo e operante são relações inversas, ou seja, se 
gotejar limão na boca de alguém, espera-se que essa pessoa passe a salivar 
condicionamento reflexo. No entanto, não se espera que ao gotejar limão na 
boca de alguém ele passe a contar piadas ou pintar quadros como resposta. 
O comportamento operante não pode ser automaticamente posto em ação 
por um estímulo, ele é considerado um comportamento a forma, não é 
possível obrigar um organismo a ter um comportamento operante, mas 
7 
 
 
através de consequências reforçadoras é possível torná-lo mais provável de 
acontecer. Por exemplo, um vendedor de quadros observa que quando ele 
pinta quadros com paisagens de praia o lucro das vendas aumenta 
significativamente uma consequência reforçadora. 
 
 Portanto, as chances desse pintor produzir quadros com essas 
características são aumentadas devido ao lucro nas vendas de seus quadros. 
Skinner considerava que consequências reforçadoras são consequências 
agradáveis, ou seja, consequências que um organismo procura. Por exemplo, 
o ato de se alimentar pode ser uma consequência agradável para quem está 
faminto, mas pode ser uma consequência desagradável para quem está farto 
(SANTANA, et al., 2008; TOCAFUNDO, 2018). 
 
 
 2.2. Humanismo 
 
 Os estudos da psicologia humanista têm como princípio estudar o ser 
humano como um todo, em seus múltiplos fatores, não isolados, que se 
interligam, tais como: emoções, sentimentos, comportamento, pensamentos 
etc. As raízes desses estudos estão na corrente filosófica do existencialismo 
europeu. Esta corrente filosófica tem como objetivo conhecer o ser humano 
visto como ponto de partida dos processos de reflexão. Para a psicologia 
humanista, o homem tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos 
e da sua experiência; contrariando, assim, a visão do homem como um ser 
condicionado pelo mundo externo (PRADO, 2017). 
 
Nascida na década de 1950, a psicologia humanista, ao reconhecer que o 
homem tem consciência do mundo que o cerca, que ele e é capaz de refletir 
sobre esse mundo e não apenas responde à estímulos. Em contraposição ao 
Behaviorismo, o humanista não aceita a ideia do ser humano como máquina 
ou animal sujeitos aos processos de condicionamento (TOCAFUNDO, 2018; 
ALVES, JUNIOR, 2018). No que diz respeito à aprendizagem, a corrente 
humanista propõe que essa seja significativa e vivencial e a define como 
processos que modificam a percepção dos indivíduos sobre a realidade. Pela 
8 
 
 
corrente humanista, a aprendizagem significativa ocorre quando o estudante 
percebe o tema de estudo como importante para seus objetivos, quando o 
tema se inter-relaciona com sua afetividade e com seu intelecto. Dentre os 
autores humanistas, destacam-se o americano Abraham Maslow (1908-1970). 
 
A teoria desse psicólogo gira em torno de dois aspectos: as nossas 
necessidades e as nossas experiências. Maslow propôs uma escala, 
conhecida como Pirâmide de Maslow, pela qual ele define uma hierarquia de 
diferentes necessidades humanas a serem satisfeitas. Nessa escala, a partir 
de uma necessidade mais básica (fisiológica), a cada conquista realizada pelo 
homem, nova necessidade se apresenta, até chegar ao topo, onde o homem 
encontraria a autor realização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas. 
Para Maslow, o que nos motiva é o que vamos buscando ao longo da vida e o 
que vai acontecendo nesse caminho; ou seja, o que vamos vivendo. É assim 
que se forma a personalidade humana (TOCAFUNDO, 2018). Outro 
importante nome da psicologia humanista foi o também americano Carl 
Rogers (1902- 1987), cuja visão humanista teve início quando tratava de 
pessoas com distúrbios emocionais. 
 
O pensamento de Carl Rogers influenciou a educação centrada no aluno, a 
espontaneidade, as questões de aconselhamento psicológico no ambiente 
escolar, a relação educação e pedagogia sendo importantes contribuições da 
Psicologia por uma escola atualizada e renovada através de atitudes 
facilitadoras da aprendizagem (PRADO, 2017). 
 
 
 2.3. Transição entre as Teorias Behavioristas e as Teorias Cognitivistas 
 
Vários estudiosos iam contra as proposições de Skinner entre os anos de 
1940 e 1950, mas, somente em 1960 os psicólogos que estudavam o 
raciocínio conseguiram desafiar de fato o reinado do Behaviorismo Radical. 
Assim surgiu o Cognitivismo. No período de transição entre as duas teorias, 
as teorias cognitivas não contrariavam por completo as teorias behavioristas, 
a princípio elas incluíam algumas novas variáveis. Enquanto o behaviorismo 
9 
 
 
está interessado nos estudos do estímulo, resposta, reforços e punição; o 
cognitivismo ampliou essa lista de itens para incluir a cognição, ou seja, o 
raciocínio, a percepção entre outros. Se um indivíduo recebe um estímulo, 
isso aumenta as chances de ele emitir uma resposta, mas aquele estímulo 
precisa ser processado pela mente antes mesmo de emitir uma possível 
resposta. Esse processamento cognitivo que interessa os cognitivistas. A 
mente é, portanto, a marca do Cognitivismo e é nela que se armazena e se 
processa as informações. 
 
 
2.4. Cognitivismo 
 
 A mente é, sem dúvida, mais complicada do que qualquer teoria a seu 
respeito, entretanto, muitos questionamentos relacionados ao seu estudo, ou 
ainda da cognição, vêm ocorrendo ao longo do tempo e teorias diversas 
aplicáveis à educação têm sido debatidas, aceitas ou refutadas (ALVES, 
VIEIRA JUNIOR, 2018). 
 
 A convergência de pesquisas interdisciplinares em diversas áreas como, 
por exemplo, psicologia, linguística, computação, neurociência e filosofia, deu 
origem à chamada Ciência Cognitiva cuja teoria central é que o 
funcionamento da mente é melhor entendido em termos de representações 
mentais e procedimentos (analogias) computacionais que atuam sobre tais 
representações. 
 
A Teoria Cognitiva surge então nos Estados Unidos, entre as décadas de 
1950 e 1960, praticamente na mesma época que o Humanismo, em resposta 
ao Behaviorismo. Essa teoria critica os postulados do Behaviorismo de ser a 
aprendizagem resultado do condicionamento de indivíduos expostos a 
situações de estímulo e resposta (TOCAFUNDO,2018). 
 
 Embora esta nova ciência tenha se estabelecido na década de 1950, 
estudos anteriores já embasavam suas concepções. Na década de 1930 as 
principais contribuições no campo lógico-matemático para a Ciência Cognitiva 
10 
 
 
foram apresentadas por Turing ao propor uma máquina que simulasse o 
pensamento humano - as mesmas que impulsionaram a ciência da 
computação. Ainda nesse período o engenheiro eletricista Shannon, que 
percebeu que os princípios da lógica (proposições verdadeiras ou falsas) 
poderiam ser usados para descrever estados (ligado ou desligado) em 
dispositivos eletromecânicos, sugeriu em sua dissertação de mestrado no MIT 
(Massachusetts Institute of Technology) que circuitos elétricos poderiam 
conter operações fundamentais do pensamento humano e se tornou um dos 
maiores ícones nas Ciências Cognitivas (GARDNER, 2003). 
 
Os britânicos procuraram determinar o que acontece com a informação 
recebida a partir do momento que ela é apreendida pela primeira vez e 
Broadbent foi o primeiro psicólogo da época moderna a descrever o 
funcionamento cognitivo com um diagrama de fluxo. Nesse diagrama a 
informação era apresentada entrando através dos sentidos, sendo colocada 
em um armazenamento de curto prazo, e em seguida sendo filtrada 
seletivamente antes de entrar em um sistema perceptivo de capacidade 
limitada. Somente a informação que se tornava consciente – que passava 
através do canal de capacidade limitada, poderia entrar na memória de longo 
prazo e assim tornar-se parte do conhecimento ativo. Ele concluiu que a 
informação que não recebia atenção desfazia-se em poucos segundos e não 
sofria nenhum processamento além da análise inicial “préatencional” 
(GARDNER, 2003). 
 
O americano Jerome Bruner publicou, em 1956, resultados de pesquisa do 
Projeto Cognição da Universidade de Harvard. Sobre a habilidade dos 
indivíduos de classificação e categorização. Bruner avaliava a capacidade dos 
indivíduos de selecionar cartas que exibissem propriedades relativas a um 
conceito previamente definido. Sua abordagem contrariava a abordagem 
behaviorista, pois tratava os sujeitos como solucionadores de problemas 
ativos e construtivos, aos quais se dava importância às introspecções 
apresentadas na avaliação (SANTANA et. al., 2008). 
 
11 
 
 
As formas de pensar de Broadbent e Bruner fizeram com que se abrissem 
muitas possibilidades produtivas para as pesquisas em psicologia. Gardner 
(2003) afirma que os adventos do computador e da teoria matemática da 
comunicação permitiram aos psicólogos pensarem a representação da 
informação dentro da mente. Robert Sterngberg define psicologia cognitiva 
como “o estudo do modo como as pessoas percebem, apreendem, recordam 
e pensam sobre a informação” (SANTANA et. al., 2008). 
 
 Uma série de métodos foram utilizados pelos psicólogos cognitivos 
destacando-se experimentos, técnicas psicobiológicas, auto-relatos, estudos 
de casos, observação naturalista, simulações computadorizadas e inteligência 
artificial (SANTANA et. al., 2008). Entre os estudos cognitivos destaca-se o de 
George Sperling, de 1960. Sperling se interessou pela quantidade de 
informação que um indivíduo pode receber visualmente de uma vez. Ele 
inferiu que a informação apresentada ao olho era mantida em uma memória 
sensorial, onde ela se deteriorava em um segundo. Se a informação pudesse 
ser acessada imediatamente, uma entrada duas vezes maior de informação 
poderia ser documentada (GARDNER, 2003). 
 
 No final da década de 1960, Saul Sternberg quis avaliar a diferença de 
velocidade e precisão de armazenamento em virtude do tamanho da série 
apresentada para memorização. Segundo Sternberg, cada item adicional 
apresentado prolongava a busca em aproximadamente trinta a quarenta 
milissegundos. O fato sugeria que os indivíduos realizavam busca serial e não 
uma busca simultânea ou paralela. Sternberg descobriu também que a busca 
feita era exaustiva. A busca não terminava mesmo após encontrar o item, o 
que sugere que o tempo de busca não dependia da posição do alvo na série 
memorizada. Sternberg afirmou que as tarefas de memorização envolviam 
uma série de quatro estágios: (a) codificação; (b) busca pela memória para 
achar uma correspondência; (c) seleção de uma resposta; e (d) execução da 
resposta (SANTANA et. al., 2008). Richard Atkinson e Richar Shiffrin 
publicaram em 1968 um modelo de memória. Eles acreditavam que a 
memória possuia três armazenamentos. Um armazenamento sensorial 
imediato que Sperling denominou de buffer; depois, um armazenamento de 
12 
 
 
curto prazo, local em que a informação armazenada se deteriora e se perde 
em pouco tempo (de 15 a 30 segundos); depois, um armazenamento de longo 
prazo, informação conhecida como sendo relativamente permanente. Esse 
modelo de processamento de informação encaixava-se numa acepção geral 
de memória limitada, legado de Broadbent no qual o ser humano é recipiente 
que, como um computador, recebe informações e manipula certa quantidade 
delas em certo período de tempo (GARDNER, 2003). 
 
Entre os cognitivos surgiu também a visão de processamento de 
informação. John Bransford sugeriu que os indivíduos processam informação 
ativa e construtivamente e inferem significado, ao invés de simplesmente 
recordarem séries de palavras. Nos seus experimentos, segundo a 
perspectiva dos “esquemas organizadores”, a capacidade dos indivíduos de 
processarem informação difere dramaticamente, dependendo de se lhes foi 
fornecido de antemão um título ou uma figura relevante para olharem. Ficou 
revelado que “os sujeitos invariavelmente faziam inferências sobre as 
sentenças que ouviam e respondiam perguntas baseadas nessas inferências, 
e não nos conteúdos literais das sentenças em si” (GARDNER, 2003). 
 
Segundo Gardner (2003), outra noção surgida entre os cognitivos é a 
abordagem da profundidade de processamento. Nessa visão o 
processamento pode ocorrer de duas maneiras: superficial ou profundamente. 
O tipo de processamento, superficial ou profundo, seria influenciado pela 
natureza do estímulo, tempo disponível para processamento, motivação, 
objetivos e principalmente da base de conhecimento do próprio indivíduo. O 
indivíduo pode prestar atenção somente a aspectos superficiais do estímulo, 
como o som das palavras, a sintaxe das frases etc., ou esse estímulo pode 
ser associado a vários esquemas que já existiam, o que lhe confere maior 
profundidade de processamento. 
 
 [...] quanto mais a informação for envolvida em formas anteriores de 
conhecimento, e embebida de ricas associações, mais profundo o nível 
de processamento; e portanto, maior a probabilidade de a informação 
13 
 
 
ser firmemente codificada e corretamente lembrada (GARDNER, 
2003). 
 
 
 Dessa forma, a psicologia passou a apresentar diversas opções para a 
possibilidade de memorização. Uma delas é relativa à decisão do indivíduo de 
processar a informação em diferentes níveis de profundidade. O caso de 
formação de rimas é descrito como um processamento superficial, enquanto 
que a maioria das operações que são feitas é de natureza profunda. Segundo 
Gardner (2003), isso significa um avanço em relação aos estudos anteriores. 
Podem ser mais bem compreendidas as estruturas que os indivíduos trazem 
para a experiência, quais manipulações tendem a causar mudança 
significativa no processamento, na memória ou na inferência. Estes aspectos 
configuram caracteres da psicologia molar, isto é, descendente. 
 
Oficialmente a Ciência Cognitiva foi reconhecida em 1956, onde trabalhos 
de fundamental importância foram publicados. Além dos progressos 
científicos, que os avanços tecnológicos e a atuação conjunta de estudiosos 
de diversas áreas influenciaram decisivamente a maneira pela qual a ciência 
considerava a mente humana. (GARDNER, 2003; ALVES, VIEIRA JUNIOR, 
2018). 
 
Um cientista cognitivoassume o pressuposto de que a atividade cognitiva 
humana deve ser descrita em termos de símbolos, esquemas, imagens e 
outras formas de representação mental (GARDNER, 2003). A partir daí têm 
início novas e diversas discussões no que diz respeito ao modo pelo qual o 
cérebro processa a informação. Alguns defendem que só há uma forma de 
representação mental (proposições ou enunciados) que são do tipo digital; 
outros acreditam em pelo menos duas: representações proposicionais ou sob 
a forma de imagens (que são analógicas); e há ainda os que creem na 
existência de múltiplas formas de representações e que é impossível 
determinar qual é a correta. Aceita-se a ideia de que em última instância tais 
processos são representados no sistema nervoso central, mas nos resta 
sustentar que a cognição pode ser explorada sem um conhecimento 
14 
 
 
detalhado do sistema nervoso na medida em que a ciência avançar sobre 
características ainda misteriosas da mente esse distanciamento será 
reduzido. Por essas razões, neurocientistas mantém certo receio em relação 
às representações, enquanto psicólogos, cientistas da computação, 
engenheiros e outros estudiosos as constituem como crença (GARDNER, 
2003; ALVES, VIEIRA JUNIOR, 2018). 
 
Em contraposição ao Behaviorismo, a Teoria Cognitivista propõe que o 
aluno seja ativo na aprendizagem. Pois, nessa teoria, diferentemente da 
Teoria Comportamentalistas, o estudante deixa de ser visto como o aquele 
que absorve passivamente os conhecimentos transmitidos pelo professor, 
mediante os quais se espera determinadas respostas a partir de estímulos. 
As Teorias Cognitivas estudam a cognição, termo que pode ser compreendido 
como estruturas mentais necessárias para a construção de conhecimento. 
Por exemplo, raciocínio, percepção, linguagem, memória, abstração, 
criatividade, capacidade de resolver problemas e encontrar soluções etc. 
 
 
 3. PROCESSOS PSICOLÓGICOS DA APRENDIZAGEM 
 
Fala-se tanto em ensinar e pouco em aprender, mas de que adianta tentar 
ensinar se o aluno não aprende? Hoje parece que está sendo revertida essa 
situação. Toda preocupação gira em torno do educando, de sua 
aprendizagem; afinal, se o aluno não quer, ele não aprende. Portanto, ele é o 
objeto e o agente da aprendizagem, sendo que esta ocorre dentro dele e 
através de sua ação, do seu pensamento. Dito isso, importa considerar 
também que o professor é quem orienta, conduz e facilita o aprendizado do 
aluno e precisa estar preparado para a missão de educar. Como a educação 
é um fenômeno da natureza essencialmente social, pelas funções que 
cumpre e pelos elementos que integra, as práticas educativas adquirem 
enorme importância nas sociedades em geral. Daí a decantada valorização 
da educação e da criação de escolas, que seriam a base de uma sociedade 
ideal. 
15 
 
 
Além do saber específico (didática) pertinente a função do professor, para 
atuar adequada e eficazmente no magistério, o profissional precisa dominar 
conhecimentos sobre o desenvolvimento do ser humano, suas necessidades 
culturais, pretensões e idiossincrasias. O comportamento de cada indivíduo 
em diferentes circunstâncias, espaços e épocas de sua vida, se seguirá pelos 
genes que carrega e também pela sua maturação como pessoa. O 
desenvolvimento pleno pode ser alcançado por meio da escola e nela a 
aprendizagem básica e a evolução intelectual e pessoal tem seu lugar e vez. 
 
No preparo daqueles que vão enfrentar o desafio de comandar a 
aprendizagem, estudos sobre o assunto têm uma relevância especialíssima. 
Nesse particular, a psicologia, tratando dos temas afetos à aprendizagem, 
contribui bastante, já que se ocupa fartamente deles; há nela uma capítulo 
especial – a psicologia educacional – que é de grande valia para educadores. 
Estudiosos e pesquisadores da área empenham-se em dar munição aos que 
procuram conhecer os fundamentos e questionamentos do ensino que se 
pretende satisfatório em situações empíricas. 
 
Podemos ver a aprendizagem ocorrendo o tempo todo, mas não existe 
uma explicação simples para o processo. Os psicólogos examinaram 
detalhadamente quatro tipos de aprendizagem: o condicionamento clínico ou 
aprendizagem de resposta; o condicionamento instrumental ou aprendizagem 
operacional; a aprendizagem de respostas múltiplas; a aprendizagem por 
“insight”. 
 
O condicionamento clínico baseia-se em uma relação estímulo-resposta; 
estímulo é um objeto ou uma situação com que os nossos órgãos dos 
sentidos entram em contato, provocando uma resposta. A aprendizagem 
ocorre quando um estímulo novo provoca um comportamento semelhante ao 
que era provocado por outro estímulo, ocorrendo o chamado “reforço” da 
aprendizagem. O processo de condicionamento clássico é importante para a 
compreensão de como adquirimos o comportamento emocional. Seu estudo 
baseia-se nas experiências realizadas no início do século 20 por Pavlov, que 
16 
 
 
usando as associações sensoriais demonstrando a possibilidade de 
“aprendizagem de resposta”. 
 
O condicionamento instrumental, também chamado de operacional, revela 
que uma pessoa aprende a executar uma determinada ação como resultado 
do que acontece após realizar esta ação. Na década de 1930, o psicólogo 
norte-americano Skinner realizou experimentos com esse tipo de 
condicionamento, baseado no “reforço” do comportamento anteriormente 
tomado, pela repetição do efeito desejado. O psicólogo americano Thordike, 
em suas experiências já havia notado o aprendizado gradual dos ratos de seu 
laboratório; foi o que inspirou Skinner. Eles conseguiam resolver o problema a 
tempo, mas o processo de aprendizagem era lento e gradual, chamado então 
de “tentativa-e-erro”. 
 
A aprendizagem de respostas múltiplas se baseia no fato de que quando 
aprendemos a fazer alguma coisa, primeiro aprendemos uma sequência de 
padrões simples de movimentos. Combinamos estes padrões para formar um 
padrão mais complexo de comportamento e na maioria dos casos estímulos 
variados dirigem o processo. Um bom exemplo disso é o ato de digitar em 
aparelhos de informação e comunicação de uso moderno. No caso da 
aprendizagem verbal (decorar um poema ou aprender nova língua), 
aprendemos sequência de palavras e as combinamos em uma organização 
complexa. A aprendizagem que envolve diversas respostas requer muita 
prática para aperfeiçoar-se. Nos experimentos dos psicólogos, os animais 
eram colocados em labirintos, aprendendo a correr pelos escaninhos, 
insistindo em correr doidamente, eles “aprendiam” a encontrar o alimento no 
externo do labirinto. O animal, após algum tempo, aprende a seqüência 
correta de escolhas, concluindo que na aprendizagem dos humanos ocorre a 
mesma coisa. 
 
Aprendizagem por “insight” significa a compreensão simultânea das 
diversas partes de um problema. O “insight” ocorre muitas vezes subitamente, 
como quando uma pessoa examina certa questão problemática por algum 
17 
 
 
tempo e então, de repente, encontra a solução. Na Alemanha, os estudiosos 
denominaram o “eureca” dos antigos de “gestalt”, pois em suas experiências 
com chimpanzés descobriram que os animais às vezes usavam o “insight”em 
vez de usar tentativa-e-erro para resolver os problemas: quando uma banana 
era colocada no alto, fora de alcance, eles empilham caixas para alcançá-la. 
 
Também reuniam duas varas para atingir um objeto que estivesse longe 
demais para ser alcançado com apenas uma vara (será isto inteligência?). 
Parece que os animais observavam e usavam várias relações diferentes 
envolvidas na realização de seus objetivos. Para os humanos, seria 
criatividade, iniciativa e predisposição para o trabalho? 
 
4. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
 
Psicologia do desenvolvimento é o estudo das mudanças de 
comportamento do ser humano, da infância até a velhice, sendo o interesse 
maior dos pesquisadores na infância e na adolescência. Há quatro teoriasprincipais sobre estas fases da vida e seu desenvolvimento, muito utilizadas 
pelos psicólogos nas pesquisas sobre o comportamento de crianças e 
adolescentes. São elas: teoria da maturação, teoria psicanalítica, teoria da 
aprendizagem, teoria cognitiva. 
 
A teoria da maturação afirma que o princípio básico da mudança no 
desenvolvimento é a “maturação”, que significa o amadurecimento fisiológico, 
especialmente do sistema nervoso. Arnold L. Gesell, o principal defensor 
norte-americano dessa teoria, verificou que o comportamento da criança que 
cresce parece seguir um conjunto de padrões de desenvolvimento. Descreveu 
em detalhes as maneiras como o comportamento muda com o decorrer da 
idade. Ele acreditava que as diferenças entre as pessoas resultam mais da 
hereditariedade que do meio ambiente. 
 
18 
 
 
A teoria psicanalítica baseia-se na teoria formulada pelo suíço Sigmund 
Freud, criador da psicanálise. Segundo ele, as crianças são impelidas por 
impulso de sexo e agressividade e desenvolvem-se através de uma 
complicada interação entre suas necessidades, baseadas em impulso 
sexuais, e as exigências de seu meio ambiente. Tais exigências são 
representadas, primeiramente, pelos pais amorosos e repressores e, mais 
tarde, pela própria versão que as crianças dão as exigências dos pais. Outros 
estudiosos modificaram a teoria freudiana e aplicaram suas modificações ao 
comportamento infantil. Do ponto de vista psicanalítico do desenvolvimento, 
as crianças mudam por meio dos conflitos, principalmente entre seus próprios 
impulsos e exigências apresentadas pela realidade. Uma solução bem 
sucedida desse conflito acarreta o desenvolvimento normal e uma solução 
mal sucedida pode levar a distúrbios mentais e doenças. 
 
A teoria da aprendizagem afirma que o desenvolvimento da criança 
depende principalmente da experiência com gratidão e punição. A criança 
deve aprender certas reações, como a fala, as maneiras e as atitudes para 
com os adultos. Elas aprendem essas reações através de sua associação 
com um “reforço” (qualquer providência que faz com que a aprendizagem 
ocorra). Se a mãe sorri para o filho cada vez que este se mostre educado 
para com os adultos, seu sorriso reforça a aprendizagem de boas maneiras. A 
tarefa de pais e professores é organizar o ambiente para oferecer reforços 
adequados e efetivos para a realização do comportamento desejado, 
demonstrando que houve aprendizagem. Os teóricos da aprendizagem 
baseiam suas idéias em duas famosas experiências: estudos do 
comportamento clássico (Pavlov) e nos estudos do condicionamento 
instrumental (Thordike e Skinner). Maturação e hereditariedade têm 
relativamente pouca importância no desenvolvimento da teoria da 
aprendizagem. 
 
A teoria cognitiva considera a criança como uma ativa solucionadora de 
problemas. Os teóricos da cognição dão ênfase ao papel da motivação 
natural da criança como o fator principal do seu desenvolvimento. Essa 
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motivação pode incluir o desejo que as crianças sentem de satisfazer sua 
curiosidade, de dominar tarefas desafiadoras ou de reduzir as incoerências e 
as ambigüidades que encontram no mundo ao seu redor. Segundo a teoria 
cognitiva, as crianças formam suas próprias teorias acerca do mundo e das 
relações entre seus diferentes aspectos. As teorias são primitivas a princípio, 
mas depois de serem testadas com a experiência da própria criança, tornam-
se mais realistas. 
 
 Abrangentes teorias cognitivas do desenvolvimento foram propostas por 
Kurt Koffka, Heinz Werner e Jean Piaget. Este descreveu em detalhes como 
as crianças em crescimento mudam suas idéias sobre número, causa, tempo, 
espaço e moralidade. Primeiramente, as crianças representam o mundo em 
termos de suas próprias atividades e em seguida passam para uma limitada 
série de generalizações baseadas no seu conhecimento de casos específicos. 
Finalmente, adquirem a capacidade de formular generalizações abstratas 
válidas sobre a natureza da realidade. 
 
Maturidade e velhice – em geral, o estudo dessas fases da existência 
humana tem-se baseado em observações. Não há tantos princípios teóricos 
claros para orientar os psicólogos na busca de padrões coerentes de 
desenvolvimento. Os cientistas têm estabelecido que a acuidade sensorial, a 
rapidez na resposta, a produtividade na arte e na ciência, e a capacidade de 
absorver novas informações declinam com a idade. Felizmente, hoje em dia 
esses padrões têm mudado um pouco, talvez pelas novas tecnologias, novos 
estudos e novas formas com que a sociedade encara a situação de idosos, 
cujo número cresce a cada dia. Menos bem documentadas são as 
diminuições da memória e a capacidade de resolver problemas e tem havido 
a preocupação por parte da sociedade no sentido de inclusão social do idoso. 
 
 Os psicólogos ainda sabem pouco acerca da mais importante ocorrência 
da velhice, ou seja, o fato de algumas pessoas sofrerem um grande declínio 
em razão dos anos vividos e outras permanecerem capazes e ativas até o 
final de seus dias. 
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5. CONCLUSÃO 
 
O principal objeto da Psicologia da Educação, apesar de não haver um 
consenso entre os principais teóricos e seus pressupostos básicos, é a 
análise, promoção e avaliação do comportamento do educador e do 
educando, assim como a relação entre ambos em situação educativa, através 
de métodos científicos. Outra questão problemática que afeta a Psicologia da 
Educação é a sua extrema dependência em relação à Psicologia Geral ou 
Científica. Mesmo que não seja um consenso, muitos pesquisadores 
concordam considerar como objeto fundamental o processo de ensino-
aprendizagem, abordado de forma científica como principal foco de estudo, 
análise e abordagem que claramente tendem a atravessar outros conteúdos e 
questionamentos no processo de ensinoaprendizagem com a qual a 
psicologia educacional se identifica. 
 
O fato da Psicologia da Educação dispor de diversos modelos teóricos, 
como foram resumidamente aqui abordados, pode ser visto como falta de 
cientificidade, de rigor e falta de objetividade; como também pode ser 
interpretado como vantajoso, pois possibilita um maior leque de 
interpretações dado que as diversas teorias poderão ser integradas e 
servirem de complemento contribuindo deste modo para um saber mais 
aprofundado. O conhecimento e a noção dos modelos e dos pressupostos 
que a psicologia da educação nos proporciona é de extrema importância para 
que ao conhece-los, possamos integrá-los e relacionálos de modo singular às 
problemáticas vivenciadas em um espaço de promoção e construção do 
indivíduo, a escola. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
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educação. Pós-graduação em Docência. Instituto Federal de educação, 
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PRADO, Margareth Simone Marques. Psicologia da educação. SEAD/UFRB, 
Cruz das Almas, 2017. 
 
SANTANA, Maria Aparecida Lourenço; DIAS, José Eduardo Wense; 
BORGES, Mônica Erichsen Nassif. Contribuições da psicologia do 
pensamento e da cognição para os indexadores relacionais de Farradane. 
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Docência. Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia de Minas 
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WEITEN, Wayne. Introdução a psicologia. São Paulo: Pioneira, 2002. 
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira, Web Site inep.gov.br, 2014/2015. 
FGV - Fundação GetúlioVargas, Web Site portal.fgv.br 
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COLL, Cesar; Palacios, J; Marchesi, A. Desenvolvimento psicológico e 
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DAVIS, Claudia; Oliveira, Z. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 
1993.

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