CONCLUIDO - Exercício 4 4 (revisão)

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FACULDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – FJN
BACHARELADO EM DIREITO
PEDRO YAN ARAÚJO SILVA
Exercício 04.4
Revisão 
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2020
1ª. Observe este artigo, publicado na edição de O Globo, em 06/05/07, do colunista João Ubaldo Ribeiro: “Talvez hoje em dia, quando me dizem, que as faculdades de Direito formam técnicos em advocacia e não juristas, nem mais nelas se estude a disciplina de Teoria Geral do Estado, que, no meu tempo, a gente pegava logo no primeiro ano”. As tarefas a serem cumpridas com relação ao aprendizado do estudante de direito enquanto jurista, conhecedor das instituições e dos problemas da sociedade, e não apenas um manipulador de um processo técnico, formalista e limitado, é próprio das disciplinas: 
A) Propedêuticas 
2ª. Leia com atenção este artigo, publicado na edição dominical de O Globo, em 04 de setembro de 2005, sobre os efeitos do furacão Katrina no âmbito da sociedade norte-americana. 
 
“Primeiro foram os saques a farmácias e lojas de conveniências. Remédios, água e comida. Depois começaram a aparecer caixas de cervejas abarrotando carros não submersos de Nova Orleans. Em questão de horas, joalherias e bares turístico do Bairro Francês passaram a ser o alvo. Começaram os casos de assaltos a casas abandonadas e a pessoas. Relataram-se espancamentos. Nos centros que reúnem refugiados como o estádio Superdome, a comida começou a ser roubada e, na sexta-feira, houve estupros. Helicópteros que tentavam resgatar pacientes num hospital sem energia elétrica foram recebidos a tiros por assaltantes. No Centro de Convenções da cidade, seis esquadrões, com onze policiais cada, foram impedidos de entrar por bandidos armados. À fúria da natureza, que varreu a costa da Louisiana, Mississipi e Alabama com o furacão Katrina, seguiu-se um processo de degradação humana que, para muitos, lembrou uma espécie de retorno ao estado de natureza, condição descrita pelo filósofo ..............................................., como a fase do ser humano anterior à organização da sociedade e do Estado.” 
Qual filosofo o texto descrito acima, se refere na linha pontilhada:
A) Thomas Hobbes 
3ª. “Fica evidente, portanto, que a cidade participa das coisas da natureza, que o homem é um animal político, por natureza, que deve viver em sociedade, e que aquele que, por instinto e não por inibição de qualquer circunstância, deixa de participar de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem. Esse indivíduo é merecedor, segundo Homero, da cruel censura de um sem família, sem leis, sem lar. Pois ele tem sede de combates e, como as aves rapinantes, não é capaz de se submeter a nenhuma obediência”. 
 
O trecho acima foi transcrito do livro de qual filosofo que trata da origem da sociedade: 
B) Aristóteles 
4ª. O TST — Tribunal Superior do Trabalho — em decisão prolatada pela sua 3ª Turma, em 14/08/1996, no recurso de Revista nº 124.396/1994, em que era recorrente a União Federal, decidiu que [...] na aplicação da lei, o juízo atenderá aos fins sociais a que se destina e as exigências do bem comum, de maneira que nenhum interesse particular prevaleça sobre o interesse público. Sobre o bem comum, é correto afirmar que é: 
A) A Finalidade Social 
5ª. Marque a alternativa correta aceca da origem da sociedade: 
 
I - O contratualismo é uma teoria política e filosófica baseada na ideia de que existe uma espécie de pacto ou contrato social que retira o ser humano de seu estado de natureza e coloca-o em convivência com outros seres humanos em sociedade. Foram filósofos contratualistas os ingleses Thomas Hobbes e John Locke, e o suíço Jean-Jacques Rousseau. 
II - A ideia de um contrato social parte do princípio de que a sociedade é estabelecida em comum acordo para que um certo fim seja alcançado. O contrato social é o momento em que o ser humano deixa de viver como um ser natural e passa a viver como um ser que se destaca da natureza, criando suas próprias leis, sua moral, os costumes e um conjunto de instituições para que a convivência seja mais harmônica. 
III - Segundo os filósofos contratualistas, há um período da humanidade, que é o período pré social, em que o ser humano se encontra em seu estado de natureza. O estado de natureza é o período em que a sociedade ainda não se formou, quando não há uma lei civil e, portanto, uma civilização para amparar o convívio social. 
D) Todas são verdadeiras. 
 
6ª. A convivência dos seres humanos em um estado civil acompanha a humanidade desde o desenvolvimento das mais antigas civilizações. Não é possível determinar quando, exatamente, o ser humano deixou de viver em seu estado de natureza e assumiu para si um pacto civil. 
Os filósofos contratualistas tratam o estado de natureza, inclusive, como um momento hipotético e didaticamente desenvolvido para explicar o surgimento da sociedade. O estado formado após a celebração do pacto social é: 
D) Sociedade Civil Organizada 
 
7ª. O filósofo e teórico político inglês era um monarquista convicto. Em defesa à monarquia em um período de crise política na Inglaterra, ele publicou o seu mais conhecido livro: Leviatã, ou Matéria, forma e poder em um Estado eclesiástico e civil. A palavra leviatã designa uma criatura marinha do imaginário antigo (descrita inclusive em passagens do Antigo Testamento) que seria um monstro gigantesco protetor dos peixes e animais marinhos menores. Isso tem a ver com o modo como ele concebia a sociedade e o Estado: um monstro violento e gigantesco que existia para proteger os cidadãos. Ele é considerado o primeiro pensador contratualista. A concepção de Estado, para ele, é pautada na ideia de que deve haver uma forte concentração de poder estatal a fim de tornar o convívio suportável. Isso seria necessário porque o ser humano em seus estados de natureza era, segundo ele, violento e cruel, sendo o ser humano natural uma espécie de lobo do próprio homem. Os impulsos de violência do ser humano em seu estado natural levavam-no à convivência difícil regida pelo medo, pela desconfiança e pelo caos. O Estado seria a criação necessária para controlar esse modo de vida caótico por meio da força e da concentração da violência. Uma curiosidade sobre seu livro, Leviatã, é que ele foi escrito e publicado em inglês, ao contrário das obras de intelectuais da época, que eram publicadas em latim. A intenção dele, ao publicar o seu escrito em defesa do Estado monárquico em uma língua de maior acesso à população da Inglaterra, era conseguir um maior alcance, para que mais pessoas pudessem ler e, consequentemente, aceitar a monarquia que se encontrava em crise no século XVII. De qual filosofo contratualista o texto exposto se refere: 
a) Thomas Hobbes 
8ª. Filósofo contratualista defensor dos direitos naturais e contra a monarquia. Foi um defensor do parlamentarismo, forma de governo adotada na Inglaterra no fim do século XVII, e também é considerado o “pai” do liberalismo político e um dos “ancestrais” do liberalismo econômico. O estado de natureza, segundo ele, era um período de plena igualdade entre todas as pessoas. Todos eram regidos pela lei natural, que garantia a posse sobre qualquer bem natural, inclusive sobre o mesmo bem, sem restrições. Ele parte do princípio de que o homem possui direitos naturais, que já nascem com ele, e que em seu estado de natureza não é bom ou mal, é um “tabula rasa”, a ideia da “folha em branco”. Essa lei natural de igualdade irrestrita gerava, segundo o pensador, problemas quando as pessoas queriam a mesma posse. A saída defendida por ele foi a instituição de um estado civil, com leis e normas sociais que regulamentariam a posse e impediriam os conflitos. A sociedade civil e o pacto social seriam, portanto, necessários para regulamentar a posse de bens, e o Estado era uma instituição que deveria obedecer a certos limites, principalmente quando se trata da propriedade. Para ele, o Estado não deveria ter extrema força, deveria garantir os direitos naturais e essenciais como a vida e à liberdade, e em conformidade com os limites do direito àpropriedade. De qual filosofo contratualista o texto exposto se refere: 
D) John Locke 
 
9ª. Para ele, era no estado de natureza que o ser humano se encontrava plenamente livre de qualquer amarra institucional que o privaria de sua liberdade natural. O ser humano era amoral em seu estado de natureza. Desconhecendo a moral, ele desconheceria também a maldade. Ele considera que o ser humano em seu estado de natureza é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. O homem em seu estado natural vive em harmonia. Com o surgimento da propriedade privada, há uma quebra nessa harmonia, uma vez que alguns começam a possuir bens, e outros não, o que geram um processo de desigualdade na sociedade. A maldade somente passou a ser praticada intencionalmente quando o ser humano descobriu de vez o que era certo e o que era errado, ou o que era o bem e o mal. Para ele, o Estado civil havia sido criado de maneira ilegítima, de modo que a sociedade civil baseada na propriedade privada era um meio de corrupção do ser humano. O pensador suíço defendia uma reformulação da sociedade, a fim de que a vontade geral fosse atendida em um governo que realmente quisesse estabelecer o bem social e não simplesmente atender aos privilégios de uma classe dominante. De qual filosofo contratualista o texto exposto se refere: 
A) Jean-Jacques Rousseau 
10ª. Considerando os elementos característicos da sociedade, indicados por Dalmo de Abreu Dallari, estão corretas as afirmativas, EXCETO: 
A) São quatro os elementos encontrados em toda sociedade, por mais diversa que seja sua característica: território, finalidade social, manifestações de conjunto ordenadas e poder social. 
11ª. Sobre a Reiteração e a Ordem, dois dos três requisitos para as Manifestações Ordenadas em Conjunto, marque a alternativa incorreta: 
D) As leis naturais (mundo físico, do “ser”) são regidas pelo princípio da imputação: se “A” é (condição) – “B” deve ser (consequência que deve se realizar, mas que, se não ocorrer, não invalida a norma). As leis sociais (mundo ético, do “dever-se”) são regidas pelo princípio da causalidade: se “A” é (condição) – “B” é (consequência que sempre se realiza, caso contrário a lei perde a validade). 
 
12ª. O Direito se classifica em Direito Natural e Direito Positivo, sendo o segundo subdividido em: 
A) Direito Público, Direito Privado e Direito Coletivo 
13ª. Marque a questão correta acerca da divisão do Direito. 
 
I – O direito é dividido em direito natural e positivo. 
II – Os ramos do direito positivo são: direito público, direito privado, direito difusos, coletivos e individuais homogêneos. 
III – Direitos difusos, coletivos, e individuais homogêneos são os direitos que tratam das garantias de qualidade de vida dos indivíduos. Dividem-se entre interno e externo. O interno compreende os direitos trabalhistas, previdenciário, econômico, ambiental e do consumidor. O externo compreende o direito internacional. 
D) Todas são verdadeiras. 
 
14ª. Considerando os fundamentos da sociedade, indicados por Claudio de Cicco e Álvaro de Azevedo Gonzaga, analise os itens abaixo e marque a alternativa correta: 
 
I – Teoria Organicista: nela os papeis sociais são bem divididos e, se somados, constitui o todo culminando na sociedade. 
II - Teoria Mecanicista: Esta teoria possui um viés mais individualista na qual cada indivíduo age com autonomia e liberdade. 
III – Teoria Eclética: Trata-se de uma mescla das teorias organicista e mecanicista, implicando o individual e o coletivo em uma só realidade. 
D) Todas são verdadeiras. 
 
15ª. Impõe-se a construção de novo paradigma para a teoria jurídica em suas dimensões civil, pública e processual, capaz de contemplar o constante e o crescente aparecimento histórico de novos direitos. Esses novos direitos que se desvinculam de uma especificidade absoluta e estanque assumem caráter relativo, difuso e metaindividual. Introdução aos fundamentos de uma teoria geral dos novos direitos. Com relação aos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, assinale a opção correta. 
C)Tanto os interesses difusos quanto os direitos coletivos são de natureza indivisível. 
16ª. Quanto aos direitos coletivos em sentido amplo, assinale a alternativa correta. 
D) Interesses ou direitos difusos são aqueles que possuem elevado grau de trans individualidade, não sendo possível determinar todos os sujeitos titulares, nem são divisíveis, podendo atingir alguém em particular e simultaneamente a todos. 
 
17ª. São hipóteses de causas de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, respectivamente, 
A) instituição de reserva legal em área particular, convenção coletiva que viola direito dos trabalhadores de uma empresa de montagem de veículos e recall de veículo do tipo A. 
18ª. Um mesmo fato pode trazer consequências para diferentes direitos difusos, coletivos e/ou individuais. Partindo dessa premissa, a alternativa que NÃO relaciona uma consequência a direito difuso é: 
C)Diminuição do horário letivo das escolas de ensino fundamental de um município de 6 para 2 horas, durante o restante do ano de 2012. 
19ª. Com relação à teoria constitucional e à tutela dos direitos difusos e coletivos, assinale a opção correta. 
 
B) Direitos ou interesses transindividuais não possuem titulares individuais determinados e pertencem a uma comunidade ou coletividade. 
20ª. Direitos ou interesses coletivos. 
D)É espécie de tal direito ou interesse aquele em que seus titulares integram um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou à parte contrária por uma relação jurídica base. 
 
21ª. A Teoria Geral do Estado pode ser analisada através do seu tríplice aspecto. Faça a correspondência entre os aspectos da Teoria Geral do Estado, inseridos abaixo, e sua respectiva conceituação, e marque a alternativa cuja correspondência esteja correta: 
I - Sociológico;
II – Aspecto Jurídico;
III – Aspecto Justificativo.
( ) Estuda as sociedades humanas e fatos sociais a ela ligados. Quando analisa o estado em sua realidade econômica, histórica, social. 
( ) Se ocupa da personificação, estrutura, organização do Estado. Quando analisa o estado em seu ordenamento legal. 
( ) Que cuida dos fundamentos e dos fins do Estado. 
A) I, II e III 
22ª. O grande publicista alemão Georg Jellinek, na sua obra "Sistema dos Direitos Subjetivos Públicos" (Syzstem der subjetktiv öffentlichen), formulou concepção original, muito citada pela doutrina brasileira no estudo da teoria dos direitos fundamentais, segundo a qual o indivíduo, como vinculado a determinado Estado, encontra sua posição relativamente a este cunhada por quatro espécies de situações jurídicas (status/modos), seja como sujeito de deveres, seja como titular de direitos. Assinale qual das alternativas abaixo contém um item que NÃO corresponde a um dos quatro status da teoria de Jelinek: D)status social.