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Aula_Direito Tributário_Obrigação Tributária

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Prof. Eduardo Sabbag
O “TEXTO DE LEI” PARA A PROVA :
LEIA COM ATENÇÃO!
DISPOSITIVOS LEGAIS:
ARTIGOS NA CF: 145 ao 162; 195;
ARTIGOS NO CTN: 3º; 4º; 7º; 16; 32; 43; 77-79; 80-82; 96; 100; 103; 106; 111; 113-114; 118; 121; 123; 130-135; 138; 142; 147; 150-151; 156; 163-164; 168-169; 173-175; 180; 185-186; 188; 201; 204-206; 209.
1) FENÔMENO DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA E FATO GERADOR
A relação jurídico-tributária se desenrola por meio de uma sucessão lógica e cronológica de acontecimentos. O ponto de partida será a chamada “hipótese de incidência tributária (HI)”, que indica um paradigma ou modelo (arquétipo ou standard legal) vocacionado a deflagrar a relação jurídico-tributária que unirá o credor ao devedor do tributo (e vice-versa). 
Na relação jurídica existe uma pergunta, “como se cobra o tributo?” A resposta a essa pergunta será encontrada em vários pontos do CTN.
Tipos de cobrança: 
- Cobrança administrativa que se desenrola em uma sucessão de fatos concatenados, uma cobrança administrativa anterior a judicial, e tudo isso responde à pergunta central.
Qual o primeiro passo?
Tem a ver com a norma, precedente normativo. A doutrina denomina hipótese de incidência “HI”, tudo começa aqui. O precedente normativo, é o inicio tradicional de uma relação jurídica, o encontro do fato com a norma, trazendo consequências.
Auferiu renda + Norma = Subsunção Tributária (quando o caso concreto se enquadra à norma legal em abstrato)
HI: é uma situação abstrata, hábil a deflagrar a relação jurídico-tributária.Localiza-se no plano da abstração (o mundo dos valores jurídicos), sendo dotada de hipoteticidade e tributabilidade. Ex.: auferir renda, circular mercadorias, etc. 
Percebe-se que o verbo está sempre no infinitivo, tudo o que compõe o tipo, estará no infinitivo
Hipoteticidade: é aquilo que pode ocorrer;
Tributabilidade: é aquilo que é tributável, é aquilo que demostra uma capacidade contributiva de alguém a ser atingido pela tributação. Ex: Renda, Patrimônio, Transações de Bens.
Observe que a hipótese vem prevista em um verbo no infinitivo, além de demonstrar abstratamente situações que se abrem à incidência tributária, uma vez indicadoras de signos presuntivos de riqueza do contribuinte. A tributabilidade é a aptidão constante no enunciado descritivo para a tributação, ou seja, o signo presuntivo de riqueza alcançável pela tributação.
É importante destacar que a hipótese de incidência é demarcada normativamente pelo legislador, constando da lei tributária ao lado de outros elementos configuradores da reserva legal ou tipicidade fechada, a saber: a alíquota, a base de cálculo, o sujeito passivo e a multa (ver art. 97, CTN). 
A hipótese de incidente é um precedente normativo, a hipótese de incidência é aplicar a lei tributária. 
A lei irá trazer a hipótese de incidência, alíquota, a base de cálculo, o sujeito passivo e a multa. Isso significa que é uma tipologia fechada, a lei determina os elementos estruturantes.
Isso é uma questão de estrita legalidade que é uma tipicidade fechada.
Enquanto a HI se mantiver no campo hipotético da abstração, sem a materialização do fenômeno que se espera, não se cogitará de obrigação tributária. Todavia, ocorrendo a concretização da HI no plano dos fatos (plano fenomênico ou da realidade), transbordará a incidência tributária. 
 
Vale dizer que a obrigação tributária depende do encontro do plano fático com o plano abstrato (e vice-versa), fazendo unir, de um lado, o fato à norma, e, de outro, a norma ao fato. Trata-se da chamada “subsunção tributária”, geradora da obrigação tributária. 
O que é o fenômeno da Incidência Tributária?
Quando falo em hipótese de incidência, estamos falando em algo que o legislador escolheu dotado de hipoteticidade e tributabilidade. 
A subsunção é um pressuposto da incidência, geradora da obrigação tributária. Ou seja, após esse encontro a norma incide. Porque se não haver a subsunção, não terá como a norma tributária incidir.
Quando você tem a subsunção tributária (encontro do fato com a hipótese de indecência), é como se incidisse um raio na barra de metal, antes da subsunção aquilo era uma barra, depois do raio, a barra fica magnetizada e provoca consequências.
Assim, aquele fato que materializa a hipótese, sem o qual não se fala em obrigação tributária, recebe o nome de “fato gerador” (fato imponível, fato jurígeno ou fato jurídico-tributário). Insere-se no "mundo da realidade". 
Se não há fato gerador, não nasce a obrigação tributária.
Curiosamente, esse recorte do fenômeno da incidência em duas perspectivas autônomas, mas relativamente dependentes (há HI sem FG, mas não há FG sem HI) sempre despertou aplausos e críticas no plano doutrinário. Geraldo Ataliba, seguido por muitos outros (Hugo de Brito Machado, por exemplo), idealizou a dupla perspectiva. Por outro lado, Rubens Gomes de Sousa e tantos outros conceberam o fenômeno pela perspectiva una do fato gerador*, quer no plano abstrato(HI), quer no plano concreto(FG propriamente dito). 
Independentemente da linha doutrinária que se venha seguir, um dado é certo: a obrigação tributária depende do perfeito acoplamento do fato à norma e vice-versa; de que a norma se subsuma ao fato (e vice-versa). Frise-se que as Bancas examinadoras têm preferido a análise do fenômeno pela dupla perspectiva “HI versus FG”.
No CTN e na legislação ordinária, a utilização da expressão “fato gerador” não é precisa, pois o termo, considerado "equívoco" por muitos, pode indicar o fato gerador propriamente dito ou, até mesmo, a hipótese de incidência. Cabe ao intérprete a sensibilidade para a identificação adequada diante do dispositivo cotejado, tendo em vista que o nome "fato gerador" é plurívoco/polissêmico.
Exemplos: (...)
1. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: (...)
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo
52, e do seu sujeito passivo; (grifos nossos)
Análise: a definição do fato gerador, sendo legal e abstrata, quer indicar a própria hipótese deincidência;
2. Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. (grifo nosso)
Análise: a definição legal do fato gerador (com maior rigor, da hipótese de incidência) será interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos e dos efeitos dos fatos. (...)
ATENÇÃO!
Falou em lei/ definição legal, não tem espaço para fato gerador, fato é o mundo da realidade. Assim, quando o dispositivo mencionar lei, leia-se “hipótese de incidência”.
2) CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DO FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
I. A interpretação objetiva do fato gerador
A proposito do art. 118 do CTN, há pouco citado, sabe-se que ele prevê normativamente a máxima latina pecúnia non olet segundo a qual prevalecerá, no fenômeno da incidência, a interpretação economicamente objetiva do fato gerador.
Vale dizer que a capacidade tributária passiva é plena (art. 126, caput, CTN), desconsiderando-se quaisquer aspectos externos à hipótese de incidência e, verdadeiramente, típicos do mundo dos fatos: ilicitude do ato, incapacidade civil, irregularidade na constituição formal da PJ, etc.
(i) A interpretação objetiva do FG
 
(ii) Aspectos dos fatos geradores
Quanto aos ASPECTOS do fato gerador, a doutrina assim os distribui: material, temporal, espacial, pessoal e quantitativo.
a) Aspecto material: trata-se da própria hipótese de incidência, como a situação abstratamente legal que pode deflagrar o fenômeno da incidência tributária;
b) Aspecto temporal: é o momento em que o fato gerador considera-se realizado. Tal aspecto é extremamente relevante para a devida aplicação do princípio da irretroatividade tributária (art. 150, III, “a”, CF), segundo o qual a lei tributária, detendo vigência prospectiva, deverá ser anterior aos fatos geradores aos quais ela serefere. Em outras palavras, conhecendo o momento do fato gerador, será conhecida a lei a ser utilizada;
Se eu sei o momento do fato gerador, saberei o momento que nasce a obrigação tributária.
c) Aspecto espacial: refere-se ao local em que se considera ocorrido o fato gerador. Tal aspecto é extremamente relevante para se determinar qual será a entidade política detentora do poder de exigir o tributo, à luz das normas de competência tributária. (...)
Exemplo: paga-se IPTU para um Município, e não para outro, quando ambos se encontram limítrofes, pela força demarcadora do aspecto espacial do FG;
d) Aspecto pessoal: o aspecto pessoal se liga aos entes credor e devedor da obrigação tributária, respectivamente, ao sujeito ativo e ao sujeito passivo (Obrigação Tributária);
e) Aspecto quantitativo: trata-se do aspecto dimensional (ou dimensível) do fato gerador, capaz de fornecer o “quantum debeatur”, ou seja, o montante daquilo que se deve pagar. É fácil perceber que esse aspecto depende de dois elementos que, confrontados no plano aritmético, indicarão o montante do tributo devido: a alíquota e a base de cálculo.
Exemplo: IPTU
Alíquota: 2%
Base de Cálculo: Valor Venal
O valor será o “quantum debeatur”.
Lembre-se de que ambas dependem de lei, embora se possa lidar com a mitigação da legalidade nos casos de tributos extrafiscais, no âmbito das alíquotas (art. 153, § 1º, CF), e com a possibilidade de alteração da base de cálculo quando se tratar de atualização (art. 97, §§ 1º e 2º, do CTN c/c Súmula 160 do STJ).
II. Classificação dos fatos geradores
1 – Fato gerador instantâneo (ou simples): a sua realização ocorre em um determinado momento de tempo, iniciando-se e completando-se em um só instante. 
Exemplos: ICMS; IPI; II; IE, etc.
2 – Fato gerador continuado (ou contínuo): é aquele cuja realização leva um período para se completar, ou seja, não se dá em uma unidade determinada de tempo, mas se protrai em certo interregno. Daí haver a necessidade de se fazer um “corte temporal” (dia 1º de janeiro, por exemplo, geralmente), com o propósito de estabilizar o aspecto temporal do fato gerador. 
Exemplos: IPTU; IPVA; ITR.
3 – Fato gerador complexivo ou periódico: o fato gerador complexivo também ocorre ao longo de um espaço de tempo, entretanto ele irá aperfeiçoar-se com a consideração globalmente agregada de “n” fatos isolados durante aquele período. (F1 + F2 + F3 + ... = FG). Exemplo: IR.
III. DICAS FINAIS
No CTN, é possível encontrar respostas a importantes questionamentos sobre o fato gerador. Observe-as:
1 – O fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico?
Resposta: como o negócio jurídico traz ínsita a ideia de vontade do agente, o fato gerador não poderá ser considerado um negócio jurídico, uma vez que o elemento “vontade” é tributariamente irrelevante, conforme se estudou nos retrocitados artigos 118 e 126 do CTN.
Por essa razão, diz-se que o fato gerador é avolitivo, detendo avolitividade.
2 – O fato gerador pode estar submetido a uma “condição”?
Resposta: a condição é uma cláusula que subordina os efeitos jurídicos do ato a um evento futuro e incerto. Diante das duas condições doutrinariamente conhecidas, e abaixo indicadas, teremos:
- Condição suspensiva: o fato gerador ocorrerá com o implemento da condição. (ela posterga os efeitos jurídicos do ato para um evento futuro, enquanto não houver esse evento futuro, não haverá os efeitos jurídicos do ato.)
SE!
Quando irá ocorrer o fato gerador submetido a uma condição suspensiva? 
É o aspecto temporal e irá ocorrer com o implemento da condição. Exemplo: promessa de doação sob condição de casamento de noivos. 
- Condição resolutiva (ou resolutória): o fato gerador ocorrerá desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. (Ela vai resolver. Significa dizer que ela colocará fim aos efeitos jurídicos que já eram presentes e serão extintos). Exemplo: revogação de doação se houver o divórcio do casal.
DESDE JÁ!
Observação: o ato de “resolver” implica o desfazimento dos efeitos jurídicos que eram plenamente válidos. Portanto, memorize os questionamentos seguintes e suas respostas:
1. Quando acontece condição resolutiva, há novo fato gerador? Resposta: não.
2. Quando acontece condição resolutiva, há direito à restituição do tributo já recolhido? Resposta:não.
Assim, o fato gerador submetido a essa condição provocará duas consequências:
a) não há novo FG;
b) não há direito à restituição.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
3) OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
UMA PERGUNTA PARA O INÍCIO DO RACIOCÍNIO EM DIREITO TRIBUTÁRIO... 
 
COMO O ESTADO CREDOR COBRA O TRIBUTO? 
No direito tributário há uma cobrança administrativa que antecede a cobrança judicial, seguindo a seguinte linha do tempo:
LINHA DO TEMPO 
 
 
 
 Sequência de acontecimentos, em uma ordem lógica e cronológica 
 
 
 
Obrigação Tributária (OT) 
 
1. Auferir renda (hipótese de incidência/HI) 
2. João aufere renda (Fato gerador/ FG) 
3. Nasce a obrigação tributária (OT), quanto ao dever de pagar o IR. 
 
O estudo da OT pode ser desdobrado em 4 elementos: 
 
1. Sujeito ativo (arts.7º e 119, CTN) 
2. Sujeito passivo (arts.121 e 123, CTN) 
3. Objeto (art. 113, CTN) 
4. Causa (arts.114 e 115, CTN) 
 
A SUJEIÇÃO ATIVA 
 
1. Sujeito Ativo é o ente credor do tributo/multa. 
 
Desse modo, o sujeito ativo é o Estado. Temos dois tipos de sujeitos ativos: 
A) Sujeito ativo direto 
São eles: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Tais entidades têm o poder de instituir o tributo, além de serem credoras dele. Esse poder de criar é chamado “Competência Tributária”. É sabido que ela é indelegável. 
B) Sujeito ativo indireto 
 
São os chamados “entes parafiscais” (CREA, CRC, CRM, CRO, etc.). Estes não instituem o tributo, mas apenas arrecadam e fiscalizam. Desse modo, não detêm competência tributária, mas a chamada CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA. 
Exemplo: os engenheiros pagam para o CREA (= ente parafiscal) as anuidades profissionais, que são tributos federais criados pela União (contribuição profissional, art. 149, caput, CF). Daí os Conselhos Profissionais serem sujeitos ativos indiretos, pois não criam o tributo, mas apenas detêm a capacidade tributária ativa. 
 
2. Sujeito Passivo da OT: 
Os entes devedores, quer de tributo, quer de multa, são denominados: 
A) Sujeito passivo direto (= contribuinte) 
Contribuinte: aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador. 
B) Sujeito passivo indireto (= responsável) 
Responsável: é a terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem ter realizado o fato gerador. Naturalmente, há um nexo mínimo que liga esse terceiro ao FG, tornando-o devedor do tributo. O detalhamento da matéria chamada Responsabilidade Tributária ocorre entre os artigos 128 e 138 do CTN. 
 
3. Objeto da OT: 
 
O objeto é a prestação de cunho pecuniário ou não pecuniário a cargo do sujeito passivo da OT diante do FG. 
 Prestação de cunho pecuniário = ato de pagar o tributo/multa (Obrigação Principal). 
 
 Prestação de cunho não pecuniário = atos diferentes de pagamento (Obrigações Acessórias) Exemplo: emitir nota fiscal, entregar declarações, escriturar livros fiscais, etc. 
 
4. Causa da OT: 
 
A causa é o vínculo jurídico justificador do dever que surge com o fato gerador. Assim, teremos a causa da Obrigação Tributária principal e a causa da Obrigação Tributária acessória: 
 
· Causa da OT principal: é a Lei Tributária, uma vez que o dever de pagar só pode estar previsto em lei (Princípio da legalidade tributária). (art.114,CTN)
 
· Causa da OT acessória: é a Legislação Tributária, expressão que inclui portarias, instruções normativas, regulamentos, etc. Isso significa, por exemplo, que uma portaria pode tratarde uma OT acessória, mas não pode tratar de uma OT principal. 
Exemplo de vício: uma portaria prevê o dever de pagar o tributo (portaria Lei). 
Aqui, teremos uma lesão ao princípio da legalidade tributária.
 
Dispositivos legais: Causa da OT 
 
Art. 114, CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
Art. 115, CTN. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

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