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MECÂNICA DOS SOLOS SOLOS: Origem e Caracterização APLICAÇÕES MECÂNICA DOS SOLOS Mecânica dos sistemas constituídos por uma fase sólida granular e uma fase fluida. Alguns conceitos da mecânica do contínuo são adaptados ao meio particulado. OBJETIVO: Entender o comportamento físico dos solos e suas propriedades mecânicas. Origem dos Solos Perfis de Solos Grãos e Partículas dos Solos A ORIGEM DO SOLO •Decomposição das rochas que constituíam, inicialmente, a crosta terrestre. • Transformação física e química operada nas rochas quando expostas à biosfera, hidrosfera e atmosfera. • Essa decomposição, transformação ou meteorização é denominada Intemperismo. •O Intemperismo tem agentes físicos e agentes químicos ou biogeoquímicos. ORIGEM DOS SOLOS •OS 5 FATORES DE FORMAÇÃO: ✓ROCHA DE ORIGEM ✓CLIMA ✓TEMPO ✓RELEVO ✓ORGANISMOS CICLO DAS ROCHAS Fontes: www.sobiologia.com.br; SÉRIE DE BOWEN: Cristalização dos minerais • Sucessão de minerais cristalizados com o arrefecimento de magma na câmara magmática em duas séries: • (a) uma descontínua, de minerais ferromagnesianos (olivina->Mg-piroxênio->Ca- piroxênio->hornblenda->biotita) em que os minerais já cristalizados reagem com o líquido em fusão de modo a que a química dos minerais da série não varia continuamente, e • (b) uma contínua, de minerais félsicos (feldspatos) que evoluem dos mais quentes aos mais frios com química variando continuamente (Ca-plagioclásio->Na- plagioclásio). As duas séries convergem para a cristalização final simultânea (associação eutética), representada na evolução dos magmas toleíticos por minerais graníticos: quartzo, K-feldspato e muscovita. http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/camara_magmatica.htm http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/ferromagnesiano.htm http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/felsico.htm SÉRIE DE GOLDICH: Estabilidade dos minerais • Demonstrando a ordem de estabilidade dos minerais frente à velocidade do intemperismo O INTEMPERISMO na formação do solo OS AGENTES FÍSICOS • RADIAÇÃO SOLAR (ação térmica) – causa fendilhamento e desagregação. • ÁGUA E VENTO (ação mecânica) – causa destruição, fendilhamento, fragmentação, corrosão, desbaste e polimento. • SERES VIVOS (ação mecânica) – causam destruição, fendilhamento e desbaste. • OUTROS AGENTES MECÂNICOS : CRISTALIZAÇÃO, ALÍVIO DE PRESSÃO E RETRAÇÃO COLOIDAL. FRAGMENTAÇÃO POR CRISTALIZAÇÃO AGENTES QUÍMICOS: REAÇÕES Transformações com perdas de sílica TRANSFORMAÇÃO DOS MINERAIS PRIMÁRIOS EM MINERAIS SECUNDÁRIOS - DISSOLUÇÃO, OXIDAÇÃO E HIDRATAÇÃO PIROXÊNIO EM GOETHITA e ORTOCLÁSIO EM CAULINITA Fonte: Decifrando a Terra ALGUNS PROCESSOS ESPECÍFICOS • LIXIVIAÇÃO - É a perda de substâncias solúveis (bases e sílica), removidas pelas águas. • LATOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos onde predomina o intemperismo químico e remoção de bases, em face do clima (quente e úmido) e relevo (suave), resultando em solos espessos, permeáveis e homogêneos. • LATERIZAÇÃO – É o processo de acumulação relativa de óxido de ferro ou de alumínio, decorrente de intensas perdas de sílica e bases, formando concreções ou cimentações. ALGUNS PROCESSOS ESPECÍFICOS • GLEIZAÇÃO - É o processo de formação de solos sob condição de drenagem imperfeita ou impedida, relevo plano e subsolo impermeável, resultando em solos moles, saturados e em ambiente redutor e de agradação. • PODZOLIZAÇÃO – É o processo de formação de solos sob condições de lixiviação parcial de bases e translocação de argilas para horizonte inferior, resultando em solos pouco permeáveis, bem intemperizados e argilosos. OBSERVAÇÕES SOBRE INTEMPERISMO • Solos formados em ambientes onde há predominância do intemperismo físico apresentarão composição mineralógica semelhante às rochas de origem. • Nesses solos os minerais primários serão predominantes em relação aos minerais secundários. • Solos onde o intemperismo químico é predominante são mais profundos e contêm mais finos. • Nesses solos os minerais secundários serão predominantes na fração fina. • Quartzo é fisicamente estável (dureza 7 na escala Mohs) e é um mineral quimicamente mais estável que a maioria dos minerais primários e predominam em solos granulares. Escala de Dureza Mohs MINERAIS PRIMÁRIOS • Os minerais primários mais abundantes na crosta terrestre são os do grupo dos silicatos: • Os silicatos reunem: Nesossilicatos (Olivinas), Sorossilicatos (Epídoto), Ciclossilicatos (Turmalina, Berilo ou Esmeralda e Cordierita), Inossilicatos (Piroxênios e Anfibólios), Filossilicatos (Micas: Biotita, Muscovita) e Tectossilicatos (Quartzo e Feldspatos: Albita, Anortita, Ortoclásio, Microclina, Augita, Leucita, Nefelina). • Outros grupos de minerais primários são: • Óxidos: Cuprita, Cassitetita, Pirolusita, Coríndon, Cromita. • Sulfatos: Anidrita, Barita, Pirita, Galena, Cinábrio. • Fosfatos: Apatita, Monazita, Lazulita. • Carbonatos: Calcita, Dolomita, Malaquita. • Elementos Nativos: Ouro, Prata, Platina, Enxofre, MINERAIS SECUNDÁRIOS • Os minerais secundários são produto da transformação dos minerais primários: • Argilominerais: Caulinita, Esmectita, Haloisita, Vermiculita, Montmorilonita, Saponita. • Outros Filossilicatos: Ilita, Clorita, Serpentita • Hidróxidos: Bauxita, Brucita, Gibbsita, Goetita. • Sulfatos: Gipsita, Jarosita. • Carbonatos: Siderita. PERFIS DE INTEMPERISMO FORMAÇÃO DO PERFIL • RESIDUAIS – Apresentam horizontes gradativos, do solo maduro ao saprolítico, até a rocha sã. • TRANSPORTADOS – Podem apresentar extratos com materiais diversos (interestratificados) ou uma massa uniforme de solo. • Os solos transportados são classificados quanto ao agente transportador: Coluvionar (gravidade), Eólico (vento), Aluvionar (enxurrada) ou Sedimentos Marinhos (mar) PERFIL DE SOLO RESIDUAL PERFIL DE SOLO RESIDUAL Solos residuais • A formação dos solos residuais está associada com a velocidade de decomposição da rocha superar a velocidade de remoção do solo. • Há uma predominância de solos residuais nas regiões tropicais, especialmente pela forte influência do clima (precipitação, temperatura, umidade) e da vegetação • Outros fatores também contribuem para a formação do solo como a estrutura e composição da rocha, o relevo e o tempo. Solos Transportados • Os solos removidos são normalmente transportados e se acumulam conforme a competência do agente transportador, podendo haver seleção granulométrica nas regiões de deposição. • As seqüências deposicionais podem ser uniformes (caso das dunas e dos mangues) ou de composição variada (depósito de talus e colúvio) SOLOS COLUVIONARES SOBREPOSTOS A SOLOS RESIDUAIS COLÚVIO (HORIZONTE A) SOBREJACENTE AO SOLO RESIDUAL (B e C) SEÇÃO GEOTÉCNICA DE UM SOLO ALUVIONAR INTERESTRATIFICADO Grãos e Partículas dos Solos • O solo é um sistema multifásico constituído de: Fase sólida – minerais Fase líquida – fluido, geralmente água Fase gasosa – fluido, geralmente ar ou vapores Fase dissolvida – substâncias, geralmente sais ou bases Fase orgânica – particulados, geralmente de origem vegetal ou animal SOLO – Análise Granulométrica •Na fase sólida, com base nas normas: NBR 6502 Rochas e Solos NBR 5734 Peneiras para Ensaio NBR 6457 Preparação de Amostras NBR 7181 Análise Granulométrica NBR 6502 Rochas e Solos • Bloco de rocha – φ > 1m Matacão – 20cm < φ < 1m Pedra de mão – 6cm < φ < 20cm Pedregulho – 2mm < φ < 6cm grosso – 20mm < φ < 60mm médio – 6mm < φ < 20mm fino – 2mm < φ < 6mm Areia – 0,06mm < φ < 2mm grossa – 0,6mm < φ < 2mm média – 0,2mm < φ < 0,6mm fina – 0,06mm < φ < 0,2mm Silte – 0,002mm < φ < 0,06mm Argila – φ < 2mm Solos: Pedregulhos AREIAS SILTES E ARGILAS NBR 5734 Peneiras para Ensaio NBR 5734 Peneiras para Ensaio • São identificadas pela abertura da malha. As mais usuais são: a) Série para Análise Granulométrica (76; 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2; 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15; e 0,075mm). b) Limites de Atterberg(0,42mm). c) Ensaio de Compactação (19 e 4,8mm). d) Determinação do Teor de Umidade (76mm). e) Massa Específica (4,8 e 2mm). FORMATO DAS PARTÍCULAS: Granulares Muito Obrigado pela sua Atenção !
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