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✓ Termo para descrever distúrbios das vias urinárias em felinos domésticos conjunto de problemas que surgem nos felinos. ✓ 1970: “Síndrome urológica felina” ✓ 1984: “Doença do trato urinário inferior de felinos” (DTUIF) termo mais abrangente ✓ 1999: parecida com a cistite intersticial humana “Cistite Intersticial Felina” ou “Cistite Idiopática” ✓ 2011: Síndrome de Pandora foi usada até se entender melhor a doença acomete vários órgãos – patogenia não é conhecida, então se aplica um nome generalista. ✓ Tem se relacionado à alterações neurológicas, endócrinas e psíquicas, às vezes envolvida, inclusive, com estresse na vida fetal e alterações imunológicas. ✓ Pode ocorrer em felinos de qualquer idade ou sexo: mais frequente em gatos machos (2x mais acometidos que as fêmeas) ✓ Maior incidência entre 1 a 10 anos ✓ Gatos que ingerem ração seca e pouca água normalmente são vítimas ✓ Incomum em animais com menos de 1 ano nos filhotes, a mineralização do esqueleto induz à liberação de íons H+, que acidificam naturalmente a urina e tornam raro o aparecimento de urólitos de estruvita. ✓ Raças: persas e siameses possuem maior predisposição. ✓ Hematúria (presença de sangue na urina) ✓ Disúria (dor, ardor ou desconforto ao urinar) ✓ Estrangúria (eliminação lenta e dolorosa de urina em consequência de espasmo uretral ou vesical) ✓ Polaquiúria (aumento do número de micções com diminuição do volume da urina, ou seja, urinar pouca quantidade muitas vezes ao dia) ✓ Periúria (tendência de urinar fora do local apropriado) ✓ Podendo ou não estar associada com cistite, uretrite e/ou urolitíase. ✓ Presença ou não de obstrução parcial ou completa. ✓ Lambedura da genitália ✓ Vocalização devido ao desconforto ✓ Sintomas podem agravar dependendo da duração da doença e do grau da obstrução. ✓ Desenvolvimento de desidratação, acidose metabólica, alteração de eletrólitos (hipercalemia, hiperfosfatemia e hipocalcemia) e por fim, azotemia pós-renal, complicação grave que pode levar o animal ao óbito. ✓ Obstrução uretral é a manifestação que recebe maior atenção - se não revertida a tempo pode levar o paciente ao óbito ✓ Definida como a interrupção do fluxo de urina, podendo ocorrer em qualquer local do trato urinário e tendo como consequência a interrupção da filtração renal. ✓ Mais comum em machos do que em fêmeas devido às características anatômicas da uretra do macho, por ser mais alongada, estreita e menos distensível. ✓ Obstruções uretrais podem ocorrer por coágulos associados à hematúria e pode ser recorrente. Podem ser oriundas de diferentes causas – inúmeros fatores predisponentes: ✓ Variações individuais: raça, sexo, idade, obesidade, alterações comportamentais, sedentarismo, domesticação, estresse, convivência com outros felinos, manejos alimentar e sanitários incorretos ✓ Dieta ingestão de ração seca rações de qualidade duvidosa, com grande quantidade de minerais. ✓ Pouco consumo hídrico (devido à temperatura, disponibilidade ou gosto da água) ✓ Congênita (desde ou antes do nascimento) defeitos anatômicos ✓ Neoplásica ✓ Traumática ruptura vesical secundária a atropelamentos, perfurações por fragmentos ósseos devido à fratura pélvica e introdução de um cateter, tubo ou sonda de forma imprópria. ✓ Bacteriana ou parasitária ✓ Iatrogênica (complicações causadas ou resultantes de tratamento médico) ✓ Metabólica ✓ Por urólitos (cálculos urinários) ✓ Idiopática (não possui causa certa). ✓ Castração como fator direto não foi comprovada leva na maioria das vezes à obesidade, sedentarismo e diminuição nas atividades físicas gera diminuição da frequência de micção, alcalinizando o pH, favorecendo a formação de cristais e, posteriormente, de cálculos. ✓ Estação do ano é predisponente para maior número de casos de DTUIF meses de inverno - temperatura baixa - redução das atividades físicas. Cistite (infecção ou inflamação na bexiga causada, na maioria dos casos, por uma bactéria) idiopática ou intersticial felina (CIF) é indiscutivelmente, a causa mais comum de DTUIF relatada mundialmente em gatos com idades entre 1 e 10 anos. Urolitíase constitui a segunda causa e é responsável por cerca de 13 a 28% das consultas dos gatos com DTUIF. ✓ Histórico clínico e exame físico do paciente. ✓ Exames complementares auxiliares exames radiográficos, ultrassonográficos e cistoscopia. ✓ Exames laboratoriais urinálise, cultura, antibiograma, hemograma e dosagem de enzimas bioquímicas. ✓ Anamnese completa é importante para determinar a presença dos sinais clínicos, identificar fatores ambientais que contribuam para o estabelecimento da doença e traçar os possíveis diagnósticos. ✓ Demora do proprietário para perceber as alterações comportamentais do animal levam ao veterinário após 24 a 36 horas que o felino está obstruído já com sintomas de azotemia pós renal, incluindo anorexia, apatia, êmese e hipotermia, que podem levar o animal ao colapso. Se o quadro não for revertido, o óbito pode ocorrer em 3 a 6 dias. ✓ Pode apresentar escoriações e sangramento devido à lambedura incessante do gato. ✓ Na palpação, nota-se vesícula urinária distendida, podendo ou não haver micção no momento da palpação. Isso se deve à obstrução luminal ser parcial ou total, sendo na última, mais dolorosa. ✓ Nos gatos não obstruídos, a palpação suave da bexiga pode desencadear a micção. Devido à fragilidade da musculatura, a pressão exercida sobre a bexiga deve ser cautelosa para não ocasionar ruptura. ✓ Em caso de não desaparecimento dos sintomas, medidas terapêuticas são iniciadas de acordo com os sinais clínicos presentes. Já os casos obstrutivos são considerados emergenciais, pois caso não seja realizada a desobstrução, o animal poderá vir a óbito dentro de até 72 horas. O tratamento baseia-se na desobstrução e controle das alterações eletrolíticas e metabólicas. ✓ Uma vez que um gato teve SUF, o bloqueio recorrente pode se tornar um problema e pode ser fatal se não for tratado. O tratamento pode incluir dieta especial, terapia medicamentosa ou opções cirúrgicas. Os achados laboratoriais mais comuns incluem: ✓ discreta hiponatremia (desequilíbrio hidroeletrolítico no organismo que leva a uma concentração anormalmente baixa de sódio no sangue) ✓ hipercalemia (alto nível de potássio no sangue) comum em animais obstruídos devido à incapacidade de eliminação dos íons potássio pela urina ✓ hipermagnesemia (concentração de magnésio elevada no sangue) ✓ hiperfosfatemia (nível elevado de potássio) ✓ hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue) ✓ hiperproteinemia (Elevação da concentração das proteínas no soro sanguíneo) ✓ hipocalcemia (sangue com quantidade insuficiente de cálcio) ✓ hipocloremia (nível anormalmente baixo de cloro no sangue) ✓ azotemia pós-renal. Azotemia: altas concentrações de uréia, creatinina e outros compostos nitrogenados não-protéicos no sangue, que podem interferir na taxa de filtração glomerular e, consequentemente, levar a danos progressivos e possivelmente definitivos aos rins. Urinálise informa pH urinário, grau de hematúria, densidade urinária, proteinúria e a presença ou não de células inflamatórias, bactérias e cristais. O exame de urina em felinos obstruídos demonstra intensa hematúria principalmente pela distensão da vesícula urinária com ruptura de vasos e hemorragia além do processo inflamatório. pH urinário deve ser avaliado 4 a 6 horas após a refeição, pois se a urina estiver ácida, provavelmente será ácida ao longo do dia. Cultura de urina deve ser feita quando a urinálise indicar piúria (leucócitos degenerados ou pus na urina) e/ ou bacteriúria (bacteriúria) além de hematúria, sendo indicada a coleta por cistocentese nestes casos.Análise do urólito colhido é fundamental para detectar sua composição com o intuito de selecionar protocolos terapêuticos que promovam a dissolução e prevenção dos mesmos. ✓ Chave para o sucesso no tratamento é o diagnóstico correto. ✓ Identificação da causa específica possibilita tratamento adequado ✓ Reduzir estresse, aumentar ingestão de água, fornecer alimento úmido e rações com balanceamento correto...