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Epidemiologia Epidemiologia é o estudo da distribuição, da frequência e dos determinantes de estados ou eventos relacionados com a saúde em populações específicas e suas aplicações no controlo de problemas de saúde. (Last,1988) EPIDEMIO/POL. de SAÚDE OBJECTIVOS DA EPIDEMIOLOGIA Melhorar o estado de saúde das populações Medir a prevalência dos eventos em estudo Descrever lugar, tempo e pessoa Determinar associações e possíveis causas Identificar e dimensionar riscos Determinar a história natural de uma doença Avaliar a eficácia e a efetividade Apoiar a tomada de decisão racional Métodos básicos da Epidemiologia Vigilância em Saúde Pública (recolha, integração, análise e difusão) Investigação da doença (controlar e prevenir doença adicional) Estudos de análise Avaliação de programas Medidas de frequência Prevalência: Casos existentes de uma doença num determinado período ou num ponto do tempo (pontual) Taxa de Prevalência: Nr novos casos num período x 1000 Nr pessoas expostas no período Taxa de prevalência pontual vs período Incidência: Novos casos de doença, num determinado período, numa população específica Taxa de incidência: Nr pessoas com condição num período x 1000 População em risco no período Taxa de incidência cumulativa: Nr novos casos num período População em risco no início do período Taxa de Incidência Taxa de incidência = (3 x 1) + (5,5 x 1) + (8,5 x 1) + (6,5 x 1) + (4,5 x 1) = 28 FONTES DE INFORMAÇÃO Estatisticas vitais: eventos relativos à vida e à morte das pessoas e da própria família, incluindo também o status civil (informações sobre nascimentos, casamentos, divórcios, separações e mortes) Dados de morbilidade: úteis para esclarecer tendências específicas de mortalidade; doenças de notificação obrigatória. Taxas de mortalidade: avaliar cargas de doença e rastrear mudanças nas doenças ao longo do tempo. Certidão de óbito: todos os dados acerca da morte (identificação, causa…). Exames médico-legais; Certificados de morte fetal. Taxas de natalidade: Número de nados-vivos ocorrido durante um determinado período: Número de nascimentos vivos x 1000 População Taxas de Fecundidade: Número de nados-vivos observado durante um determinado período: Número de nascimentos vivos x 1000 Número de mulheres em idade fértil TAXAS DE MORTALIDADE Taxa de mortalidade fetal = Nr mortes fetais durante um período Nr nados−vivos+Mortes fetais nesse período Taxa de mortalidade fetal precoce: < 20 semanas – até 499g Taxa de mortalidade fetal intermédia: 20-28 semanas – até 999g Taxa de mortalidade fetal tardia: > 28 semanas – ≥ 1000g Razão de mortalidade fetal (feto com ≥ 28 semanas) = Nr mortes fetais durante 1 ano Nr nados−vivos nesse ano Taxa de mortalidade perinatal = Nr mortes fetais (>28 semanas) e crianças < 7 dias de vida Nr nados−vivos e mortes fetais (>28 semanas) Taxa de mortalidade neonatal = Nr mortes de crianças < 28 dias num período Nr nados−vivos no mesmo período - Taxa de mortalidade neonatal precoce: até 6 dias completos - Taxa de mortalidade neonatal tardia: dos 7 aos 27 dias completos - Taxa de mortalidade pós-neonatal: entre 4 semanas e 1 ano Taxa de mortalidade infantil = Nr mortes de crianças < 1 ano num período Nr nados−vivos no mesmo período Taxa de mortalidade juvenil = Nr mortes de crianças com 1−4 anos num período Nr nados−vivos no mesmo período Taxa de mortalidade materna = Nr mortes por causas obtétricas durante um período Nr nados−vivos nesse período - Taxa de mortalidade materna tardia: após os 42 dias TAXAS DE MORTALIDADE Taxa bruta de mortalidade = Nr mortes num período específico Nr pessoas vivas no mesmo período - Não tem em conta que as pessoas vivas têm diferente probabilidade de morrer (idade, sexo, raça, estatuto socioeconómico); - Não é apropriado para comparar diferentes períodos ou áreas geográficas Taxa de mortalidade por causa específica: (por idade, género, etnia, causa, ocupação, localização geográfica…) Nr mortes num grupo durante um período População no mesmo grupo durante o mesmo período Taxa de mortalidade proporcional = Nr mortes por uma causa específica Mortes por todas as causas ESPERANÇA DE VIDA: n.º médio de anos que se espera que uma determinada pessoa ainda viva. - considerando a sua idade e; - mantendo-se estáveis as taxas de mortalidade atuais. PADRONIZAR: Possibilita comparação de resultados em bases mais realistas – evita confundimento. Estamos a comparar indicadores baseados em populações que, frequentemente, apresentam estruturas etárias muito diferentes e que, por tal motivo, não são diretamente comparáveis. Padronização Direta Padronização Indireta - População em estudo<->População padrão - Método direto, de base fixa - Compara várias amostras ao mesmo tempo - Utilização de população padrão hipotética Dada; Soma das populações em estudo; Tamanhos muito distintos das populações - Aplicação das taxas específicas de duas populações a uma população padrão hipotética - População padrão → População em estudo - Método indireto, de base variável - Compara amostras de ordem de grande muito diferente - Estudo de situações raras Σ taxa População em Estudo x População PadrãoPopulação Padrão Taxa População Padrão x Casos observados Casos esperado História Natural das Doenças Processos interactivos Estímulo patológico Resposta ao estímulo Alterações DETERMINANTES DA SAÚDE - Condições Socioeconômicas, culturais e ambientais gerais - Condições de vida e de trabalho (produção agrícola e de alimentos/ educação/ ambiente de trabalho/ desemprego/ água e esgoto/ serviços sociais e de saúde/ habilitação) - Redes Sociais e comunitárias - Estilo de vida dos indivíduos - Idade, sexo e fatores hereditários PREVENÇÃO Reduzir a probabilidade do aparecimento de uma doença Interromper a doença em curso Minorar a progressão da doença Reabilitar NÍVEIS DE PREVENÇÃO Primordial (manutenção de uma situação – evitar estilo de vida de risco) Primária (promoção da saúde e protecção específica – evitar doença diminui a incidência) Secundária (diagnóstico precoce e tratamento imediato – identificar e corrigir precocemente os desvios – rastreios – diminuem a prevalência) Terciária (reabilitação e reintegração) Quaternária (aplicação terapêutica – evitar iatrogenia – sobremedicalização e excessos preventivos) QUINQUENÁRIA (tratar profissional – previne burnout e evita erros) PYLL/ DALY/ QALY (professor disse que não iria cobrar na frequência) ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudo Observacional O investigador olha com muita atenção Regista, com rigor, tudo o que vê Estudo Experimental Intervenção no fenómeno em estudo Controlo da variável independente Controlo de outras variáveisESTUDOS ANALÍTICOS Estudos Observacionais Estudo Longitudinal: exposição e doença ocorrem em diferentes momentos do tempo Classificação de acordo com o momento da “manifestação do efeito” relativamente ao início do estudo (referência temporal) - Prospectivos: os indivíduos são seguidos da “causa” para o “efeito”, ou seja, pra frente acompanhando o processo a ser pesquisado neles. É mais fácil obter um grupo controle, porém é mais caro e mais trabalhoso do que um estudo retrospectivo. - Retrospectivos: os indivíduos são seguidos do “efeito” para a “causa”, ou seja, para trás, o processo a ser pesquisado já ocorreu e isso lhes confere um barateamento quando comparados aos prospectivos. Nos estudos prospectivos Nos estudos retrospectivos a situação se inverte, Classificação quanto a direcionalidade: - Backwards (retrógrados): da doença a exposição (caso controle) - Forward (anterógrados): da exposição a doença – futurístico (coorte) - Estudo de coorte: Estudo de incidência. Inicia-se com pessoas sem doença classificadas em subgrupos de acordo com a exposição (expostos/ não expostos) a uma potencial causa; Acompanha exposição e doença ao longo do tempo. Tipos: • Prospectivo: o investigador acompanha (observa) a exposição antes de ocorrer o desfechoe através da vigilância subsequente avalia a incidência de desfecho (s). Tipo mais comum. • Coorte histórica (retrospectivo): o investigador tem conhecimento de que tanto a exposição qto a doença já ocorreram e que os dados de interesse para o estudo podem ser recolhidos por pesquisa em arquivos ou por pesquisas em prontuários médicos. *viés de informação. • Antrógrado (Forward) - Estudo de caso-controlo: Investiga o efeito (doença)para depois pesquisar a exposição (especialmente doenças raras). Compara exposição entre os doentes e não doentes. • Prospectivo ou Retrospectivo • Retrógrado (Backward) Estudo Transversal: Mede prevalência de uma doença. - Medida da exposição e do efeito ao mesmo tempo; - Retrato “instantâneo” da situação de saúde em relação à causa-efeito investigada. Aplicações: - Determinar “diagnóstico rápido” da relação exposição-doença na saúde de uma população num determinado momento; - Inquéritos de morbilidade. Estudos Experimentais - Ensaio não controlado - Ensaio controlado • Com aleatorização: Ensaio clínico randomizado - Cego - Duplo cego - Triplo cego • Sem aleatorização: Estudo quasi-experimental Por exemplo, supondo que dois grupos de doentes toxicodependentes vão receber dois esquemas terapêuticos distintos, cabe ao doente a decisão de qual o esquema terapêutico que pretende aderir. ESTUDO DE CASOS • Estudo aprofundado e exaustivo de um ou de poucos casos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado. Quando é mais adequado? • Explorar situações da vida real; • Descrever a situação do contexto em que está a ser feita determinada investigação; • Explicar as variáveis causais de determinado fenómeno em situações muito complexas. Erros nos estudos epidemiológicos Aleatórios • Valor da medição da amostra diverge, devido ao acaso, do valor real da população; • Origina medidas imprecisas de associação; • Causas: o Variação individual biológica; - Erro de amostragem: ▪ Resolução: ↑↑ tamanho da amostra; - Erro de medição: ▪ Resolução: medição cuidadosa da exposição e do efeito em estudo. Sistemáticos • Resultados diferem dos valores reais de forma sistemática; • Erro sistemático pequeno = Elevada exatidão (não é afetada pela dimensão da amostra) • Causas (viés): - Viés de seleção: ▪ Diferença sistemática entre características das pessoas selecionadas para o estudo e as das que não foram. - Viés de medição (ou classificação): ▪ Medição ou classificação individual da doença ou exposição não é exata – não se mede corretamente o que é suposto medir. - Viés de recordação: ▪ Diferença no modo como os casos e os controlos recordam acontecimentos passados relacionados com a exposição; ▪ Particularmente importante nos estudos caso-controlo retrospectivos. VARIÁVEL DE CONFUNDIMENTO? O QUE É? Constitui, por si só, um determinante/ factor de risco, associado simultaneamente com a doença e a exposição que é objecto de investigação Efeitos de duas exposições (fatores de risco) não são separados - análise conclui que o efeito se deve a uma variável em vez de outra - relação causa-efeito que não existe. Medidas de associação Quantificam a relação entre uma dada exposição e uma consequência – dizem quão mais suscetível está um grupo de desenvolver a doença, em comparação com outro grupo. Risco Relativo: RR ou Razão de Riscos (cálculo da relação entre os dois riscos) • Estima a magnitude da associação entre exposição e doença RR = RE/RE; • Probabilidade de desenvolver doença no grupo exposto relativamente ao não exposto: o Razão entre incidência da doença no grupo exposto (Ie) e incidência no grupo não exposto (Io) • RR = Ie = a/a+b Io c/c+d Resultados: • RR = 1 (nulo, sem associação ) • RR > 1 (associação indicando fator de risco) RR = 1,4 – expostos têm 1,4 vezes mais risco de desenvolver a doença que os não expostos – 40% mais probabilidade • RR < 1 (associação, indicando fator protetor ) Medidas de impacto Quantificam o impacto da mudança de exposição num dado grupo – indicam, numa escala absoluta, quão maior é a frequência de uma doença num grupo comparado com outro. Risco Atribuível – RA ou Diferença de Risco (Cálculo da Diferença entre dois riscos) • Número de casos evitados se se retirar a exposição – quantos casos podem ser atribuídos a determinada exposição; • Importante na prática clínica e saúde pública: o Qual é a quantidade de risco (incidência) da doença que podemos prevenir se formos capazes de eliminar a exposição ao agente em questão? • RA para expostos = Incidência expostos – Incidência não expostos Proporção do risco das pessoas expostas que é devida à exposição: RA% = Ie − Io Ie • RA para população total = Incidência população total – Incidência não expostos Proporção da incidência na população total que é atribuível à exposição: RA % populacional = I população total − I não exposto I população total • RA = RE – RE • RE > R~E por conseguinte: RR > 1, RA > 0 FRAÇÃO ETIOLÓGICA DE RISCO A proporção da doença na população exposta cuja enfermidade possa ser atribuída à exposição. FER = (RE – R~E) / RE Odds Ratio • Estimativa do risco relativo • OR = Probabilidade de desenvolver doença nos expostos = a x d Probabilidade de desenvolver doença nos não expostos b x c Resultados: • OR = 1 → valor neutro, não existe diferença nos dois grupos comparados • OR > 1 → grupo exposto tem mais proporção de doentes do que o grupo não exposto→ exposição ao fator constitui um risco acrescido de contrair doença • OR < 1 → efeito preventivo ou protetor do fator de risco COMO CALCULAR? OU 17 x 26 = 442 7 x 20 = 140 442 = 3,15 = 3,2 140 Factor de risco: factor ambiental ou de comportamento que está associado a um risco aumentado de enfermidade ou morte Factor necessário: tem obrigatoriamente de estar presente. Não é, no entanto, suficiente a sua presença para que se verifique determinada doença. Factor suficiente: um factor que, por si só é capaz de desencadear a doença. Pode associar-se a um factor necessário, cuja presença está associada com a doença. Factores causais • Predisponentes: idade, sexo ou traços genéticos específicos que podem resultar no funcionamento alterado do organismo; doenças anteriores também podem criar suscetibilidadea um agente (biologia, do próprio). • Facilitadores: aspetos sociais e económicos como má nutrição, más condições de habitação, cuidados médicos inadequados (sociais). • Precipitantes: exposição a um agente patogénico (agente patogénico). • Reforço: exposições repetidas, condições ambientais, trabalho excessivamente duro (repetição) Relação de causalidade (Estabelecimento da causa da doença) Relação temporal: (a causa precede o efeito) Plausibilidade: associação consistente com outros conhecimentos (possibilidade, probabilidade) Consistência: (os mesmos resultados em estudos diferentes) Força da associação: (risco relativo) Relação dose-resposta: ↑↑ exposição da possível causa leva a ↑↑ do efeito (maior dose, maior prevalência e maior incidência) Reversibilidade: (elimina-se o possível factor causal e diminui a doença) Desenho do estudo: (os estudos provam a causa) Avaliação da evidência: linhas de evidência que conduzem à conclusão (MBE) RASTREIOS Processo pelo qual doenças ou alterações não conhecidas do estado de saúde são identificadas por testes que podem ser aplicados rapidamente e em larga escala. Definição • Uso de testes em larga escala para identificar presença de doença em pessoas aparentemente saudáveis; • Não estabelece diagnóstico: o Presença ou ausência de um fator de risco; • Seguimento e tratamento individual. • Objetivo: promover diagnóstico precoce e impedir progressão da doença. Utilização • Identificar / confirmar presença de doença ou situação relacionada à saúde; • Avaliar gravidade do quadro clínico; • Estimar prognóstico; • Monitorar resposta a uma intervenção. SENSIBILIDADE = 𝑎/𝑎+𝑐 • Probabilidade de um teste ser positivo, dado que existe doença; • Avalia capacidade do teste detetar a doença quando ela está presente. ESPECIFICIDADE =𝑑/ 𝑏+𝑑 • Probabilidade de um teste ser negativo, dado que não existe a doença; • Avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente. VALORES PREDITIVOS Valor preditivo positivo (VPP = 𝑎/ 𝑎+𝑏): o Probabilidade de existir a doença, dado que o teste foi positivo; • Probabilidade de um paciente com teste positivo ter a doença. Valor preditivo negativo (VPN = 𝑑/ 𝑐+𝑑): o Probabilidade de não existir doença, dado que o teste foi negativo; • Probabilidade de um paciente com teste negativo não ter a doença. Epidemiologia Ambiental e Ocupacional Epidemiologia ambiental: Fornece base científica ao estudo e interpretação da relação entre o ambiente e a saúde das populações: O ar, água, os alimentos, clima e espaço físico são básicos no ambiente humano. Deve ainda considerar-se o ambiente social, também de grande importância para a saúde física e mental. Os factores ambientais são etiológicos ou desencadeantes de muitas doenças. A sua compreensão é fundamental para efectuar programas de prevenção. Relação entre o ambiente e a saúde: Epidemiologia ocupacional: Estuda e interpreta a relação entre os factores ambientais no local de trabalho e a saúde dos indivíduos. Relação Dose-Efeito Os efeitos são variáveis, mas geralmente quanto maior a dose mais grave é o efeito. A relação entre a dose e a gravidade do efeito é chamada relação dose efeito. Esta relação pode estabelecer-se para o individuo e para o grupo. Nota: o indivíduos não reagem de uma mesma maneira a uma exposição. ↑↑ dose → ↑↑ efeito • Proporciona informações para planeamento de estudos epidemiológicos: o Efeitos mais fáceis de medir que outros; • Efeitos com particular interesse para a saúde pública. • Estabelecimento de padrões de segurança: o Efeitos que devem ser prevenidos; • Efeitos que podem ser usados para rastreio Relação dose-resposta A resposta é a proporção de indivíduos dentro do grupo exposto que desenvolve determinado efeito especifico. Com doses baixas quase ninguém sofre efeito e com doses altas quase todos o sofrem. • Resposta: proporção de indivíduos expostos que desenvolvem um efeito específico; • Pode ser modificada por fatores, como a idade; • Pode ser produzida por qualquer fator ambiental cuja exposição possa ser quantificada. Epidemiologia das Doenças Infecciosas A presença de um agente infeccioso num hospedeiro pode traduzir-se por: Colonização – O agente persiste no hospedeiro sem produzir qualquer manifestação identificável ou reacção por parte do hospedeiro Infecção inaparente – O agente origina reacções detectáveis sem ultrapassar o horizonte clínico. A sua detecção implica o recurso a rastreios Doença Infecciosa – O agente origina sinais e sintomas que são clinicamente detectáveis Interacção Agente - Hospedeiro Infecciosidade – Capacidade do agente para invadir e multiplicar-se nos tecidos do hospedeiro provocando um processo infeccioso Imunogenicidade – Capacidade de um agente produzir infecção como imunidade específica Patogenicidade – Capacidade do agente para produzir doença clinicamente aparente Virulência – Capacidade do agente para produzir doenças com manifestações clínicas graves Contagiosidade – Capacidade do agente para difundir a doença ou infecção na comunidade CADEIA DE INFECÇÃO Agente infeccioso » (transmissão) » hospedeiro Infecção: Inaparente ou clínica. Pode ainda ser grave ou ligeira PATOGENICIDADE N.º de doentes / N.º de indivíduos expostos ao agente INFECCIOSIDADE Capacidade do agente em invadir e provocar infecção VIRULÊNCIA Mede a gravidade da doença. Mede-se pela Taxa de Letalidade N.º de óbitos / N.º de diagnósticos DOSE INFECTANTE Quantidade necessária para provocar infecção IMUNIZAÇÃO Protecção, pela administração do agente infeccioso vivo, modificado, morto ou inactivado RESERVATÓRIO Habitat natural de um agente FONTE Ser vivo ou objecto, a partir do qual se adquire o agente PORTADOR Indivíduo infectado que não mostra evidência clínica da doença TRANSMISSÃO Disseminação do agente. Pode ser directa ou indirecta VECTOR Insecto ou animal que transporta o agente para o hospedeiro HOSPEDEIRO Indivíduo ou animal que fornece um local apropriado para um agente infeccioso crescer e se multiplicar em condições naturais O grau de infecção depende da resistência do hospedeiro INVESTIGAÇÃO E CONTROLO DAS EPIDEMIAS Investigar uma epidemia significa a identificação sistemática de novos casos. O primeiro objectivo é controlar a epidemia. Investigação preliminar (diagnóstico dos casos » confirmação de uma epidemia » formulação da hipótese a testar) Identificação dos casos Recolha e análise de dados Implementação de medidas de controlo Divulgação dos resultados Seguimento Gerir uma epidemia significa tratar dos casos, prevenir novas disseminações, monitorizar os efeitos das medidas de controlo Controlar uma epidemia significa actuar contra a fonte, contra a disseminação, proteger os expostos, seguimento de vigilância, educar para a saúde EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA BEM – Medicina Baseada em Evidência A MBE é o uso consciente, explícito e criterioso da melhor evidência actual, disponível, para tomada de decisões sobre o tratamento de pacientes individuais • Uso consciente, explícito e crítico da melhor evidência atual, integrado com a experiência clínica, e aos valores e preferências do paciente; • Pretende que a prática clínica seja norteada pelo melhor conhecimento científico disponível, a experiência clínica, os valores dos doentes e as suas circunstâncias; • Processo de autoaprendizagem que dá apoio às necessidades de informação clínica sobre diagnóstico, prognóstico, terapêutica e outras questões clínicas e de serviços de saúde; Objetivos: • Aprender a ler artigos científicos; • Como são realizados os estudos; • Qualidade dos estudos; • Aplicabilidade dos estudos. Adotatécnicas matemáticas / epidemiológicas: • Meta-análise; • Risco-benefício; • Experimentos clínicos aleatorizados e controlados; • Estudos naturalísticos populacionais.
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