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DEMÊNCIA EM IDOSOS DOENÇA DE ALZHEIMER E DEMÊNCIA VASCULAR

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CEPED CURSOS 
MÁRCIA REGINA BALDUCCI 
marciarbalducci@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEMÊNCIA EM IDOSOS – DOENÇA DE ALZHEIMER E DEMÊNCIA VASCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE/MG 
2020 
CEPED CURSOS 
mailto:marciarbalducci@gmail.com
1 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar conceitos, sintomas, avaliações, 
modo de vida, tratamento, cuidados da Doença de Alzheimer e da Demência 
Vascular que, são respectivamente, as demências mais comuns existentes 
atualmente, sendo que cerca de 10% (dez por cento) da população mundial 
apresenta algum tipo de demência, pelo fato do grande aumento da população idosa 
no mundo. 
A abordagem das doenças acima citadas será tratada em conhecimentos vividos 
com parentes, pois se manifestam como uma doença que muito além de aspectos 
biológicos, afetam o doente e aqueles que lhe são próximos, em especial, os 
familiares e cuidadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência, Idoso. 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 03 
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 04 
2.1 – DOENÇA DE ALZHEIMER............................................................................. 04 
2.1.1 – SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER................................................ 06 
2.1.2 – TRATAMENTO............................................................................................ 07 
2.1.3 – FAMILIARES............................................................................................... 08 
2.2 – DEMÊNCIA VASCULAR................................................................................ 09 
2.2.1 – SINTOMAS DA DEMÊNCIA VASCULAR................................................... 09 
2.2.2 – TRATAMENTO............................................................................................ 10 
2.2.3 – FAMILIARES............................................................................................... 10 
3. CONCLUSÃO...................................................................................................... 11 
4. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 - INTRODUÇÃO 
Mediante o crescimento da população de pessoas idosas no mundo, este 
trabalho vem tratar de aspectos importantes associados às bases neurobiológicas 
da Doença de Alzheimer e da Demência Vascular. 
Pacientes com Doença de Alzheimer ocorre à atrofia sucessiva de várias 
áreas do cérebro responsáveis pela perda de memória e outras funções cognitivas. 
Essa atrofia ocorre no lobo temporal, especificamente no hipocampo, córtex 
entorrinal e depois, em regiões como o córtex parietal e córtex frontal, sendo que 
tais lesões levam a morte de neurônios e sinapses, e estão ligados à presença de 
placas amiloides e emaranhados neuorofiblilares, acometendo as camadas 
piramidais do córtex cerebral e responsáveis por degenerações simpáticas intensas, 
tanto a nível hipocampal quanto neocortical (BRAAK & BRAAK, 1991). 
A Demência Vascular, conhecida como derrame ou trombose, é de origem 
vascular, sendo que o entupimento de pequenas artérias cerebrais ou 
cardiorrespiratórias – parada cardíaca ou falta de oxigênio no cérebro – é fator de 
um quadro clínico repentino. Conforme PESTANA E CALDAS, 2009, a nomenclatura 
– Demência Vascular – corresponde ao conjunto de sintomas e sinais relacionados a 
transtornos de percepção, do conteúdo do pensamento, do humor ou do 
comportamento, ocorrendo com frequência em pacientes com Síndrome Demencial. 
Uma vez que o principal sintoma da Doença de Alzheimer e Demência 
Vascular é a perda de memória, é de suma importância a compreensão da 
neurobiologia envolvida nos processos de sua degeneração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 - DESENVOLVIMENTO 
Com o expressivo aumento da expectativa de vida da população, casos de 
pacientes com diagnósticos de demência são frequentemente atendidos em 
ambulatórios e consultórios de médicos especializados que lidam com pacientes 
idosos. 
A demência é definida como sendo uma condução na qual ocorre a 
diminuição na função cognitiva (linguagem, faculdade da percepção e 
reconhecimento de objetos e sensações – gnosias, função que permite gestos 
coordenados e eficazes – praxias, ou funções executivas – habilidades cognitivas 
que permite o controle dos pensamentos, emoções e ações diante de conflitos e 
problemas), comparada a um nível prévio do indivíduo, com o comprometimento de 
suas funções sociais e funcionais. 
Nem toda demência é Alzheimer e é importante diferenciar os sintomas para 
ter um melhor tratamento. Existem mais de 150 tipos diferentes de demência, e, por 
muitos usarem a palavra “demência” com um tom depreciativo, especialistas 
alteraram sua nomenclatura para Transtorno Neurocognitivo Maior. 
De acordo com o Neurologista e Neurocirurgião Dr. Custodio Michailowsky 
Ribeiro, “os diagnósticos começam com cerca de 65 (sessenta e cinco) anos e, a 
partir daí, a cada 05 (cinco) anos a possibilidade de Transtorno Neurocognitivo Maior 
dobra”, e o Dr. Carlos Penatti, Neurologista do Fleury Medicina e Saúde, em São 
Paulo/SP, esclarece que “O que está por trás desse transtorno é uma perda real e 
irrecuperável de células nervosas – neurônios e massa encefálica. É uma mudança 
mais rápida e precoce do que a que acontece no processo de envelhecimento 
natural, onde há uma perda discreta”. 
 
2.1 – DOENÇA DE ALZHEIMER 
A Doença de Alzheimer é caracteristicamente uma doença de pessoas 
idosas, sendo que raramente ela acomete antes dos 60 anos, perfazendo 60 a 80% 
dos casos de demência em idosos. Ela progride demais, mesmo tendo atualmente 
tratamentos específicos que podem ceder o curso da doença, amenizando seus 
sintomas, não há cura. 
Segundo Brucki (2000) a etiologia da doença ainda encontra-se em estudo, 
mas as alterações são de ordens neuropatológicas e bioquímicas específicas, que 
5 
 
incluem os emaranhados neurofibrilares (massa enovelada de neurônios não 
funcionantes) e placas senis ou neuríticas (acúmulo de proteínas amiloide e 
estruturas celulares alteradas nas junções interneuronais). Essa lesão ocorre no 
córtex cerebral, diminuindo o tamanho do cérebro e suas alterações são vistas em 
grau menor no parênquima cerebral normal dos adultos idosos. O neurotransmissor 
acetilcolina age especificamente na memória, afetando as células, há a diminuição 
da enzima ativa que produz a acetilcolina. 
WELSH e colaboradores (1992) sugerem que a progressão do déficit de 
linguagem e visuoespacial (observado com a aplicação de testes padronizados 
durante avaliação neuropsicológica) é mais linear durante o curso da Doença de 
Alzheimer, enquanto as habilidades de memória tentem a deteriorar para um “efeito 
solo” precoce, que ocorre quando os escores são muito baixos e já não permitem 
observar uma mudança evolutiva. Estudos em pacientes com quadros leves a 
moderados da Doença de Alzheimer demonstram perda significativa na memória de 
trabalho (SULLIVAN e col., 1986), e parecem piorar o seu desempenho quando uma 
tarefa distratora é introduzida (MORRIS & KOPELMAN, 1986). 
O Alzheimer pode ser dividido em três estágios: inicial, com duração de dois a 
três anos, com sintomas vagos e difusos, em que há perda de memória episódica e 
grande dificuldade de aprendizagem de novos eventos. (GALLUCCI et al., 2005). 
Evoluindo gradualmente, levando a prejuízos mais sérios em outras funções 
cognitivas: como o julgamento, raciocínio, habilidades visuo-espaciais (CARVALHO, 
2000; TEIXEIRA e CARAMELLI, 2006). 
Nos estágios intermediários, com duração de dois a dez anos, ocorreráprogressivamente uma afasia fluente (alteração ou perda da capacidade de falar ou 
de compreender a linguagem falada e/ou escrita), agnosia (dificuldade na nomeação 
de objetos e na forma de expressar ideias e palavras), e apraxia (incapacidade de 
executar movimentos voluntários coordenados, embora as funções musculares e 
sensoriais estejam conservadas). Sintomas extrapiramidais podem ocorrer como: 
alterações na postura, aumento no tônus muscular, comprometimento da marcha e 
desequilíbrio (ALMEIDA, 1997). 
Nos estágios terminais, de oito a doze anos, todas as funções cerebrais estão 
amplamente afetadas, verificando-se alterações marcantes no ciclo sono-vigília, 
alterações comportamentais, irritabilidade, agressividade, sintomas psicóticos, 
incapacidade para deambular, falar e realizar cuidados pessoais, ou seja, com 
6 
 
progressiva deterioração da memória e da execução das atividades de vida diária 
(AVD), o que insere a Doença de Alzheimer entre os quadros progressivos 
irreversíveis. Podem aparecer sinais e sintomas neurológicos grosseiros, como 
hemiparesia espástica, rigidez importante e a deterioração corporal que é 
surpreendentemente rápida, apesar do apetite preservado (MANSUR et al., 2005). 
Placas neuríticas, placas senis difusas ou placas senis, são compostas de um 
processo externo ao neurônio, onde a proteína β amiloide engloba a célula neural 
provocando a sua morte. Os emaranhados neurofibrilares se devem à 
hiperfosforilação da proteína Tau – proteínas que estabilizam os microtúbulos do 
sistema nervoso central – formando filamentos helicoidais pareados dentro do 
neurônio desorganizando a citoarquitetura dos túbulos neurais, provocando a sua 
morte. Provavelmente, com a formação dos emaranhados os distúrbios no 
citoesqueleto prejudiquem o transporte de proteínas ao longo dos axônios até o 
terminal nervoso, comprometendo a função e a viabilidade dos neurônios. 
 
2.1.1 – SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER 
 O primeiro sinal é o declínio da memória, especialmente para fatos recentes, 
e desorientação espacial, sendo que se instalam de forma traiçoeira, com uma 
progressiva e lenta piora, com possíveis períodos de estabilidade clínica. O 
diagnóstico clínico é observado no quadro clínico compatível e na exclusão de 
outras causas de demências através de exames laboratoriais e de neuroimagem 
estrutural, sendo a tomografia computadorizada e, em particular, a ressonância 
magnética é que revelam a atrofia da formação hipocampal e do córtex cerebral, de 
distribuição difusa ou de predomínio em regiões seguintes, tais pacientes tem o 
diagnóstico da Doença de Alzheimer provável. Já no exame anatomopatológico, são 
diagnosticados pacientes que apresentam variações na forma de apresentação ou 
evolução clínica e, nos casos em que outras condições passíveis de produzir 
demência estejam presentes, mas sem serem consideradas, com base em juízo e 
experiência clínica, responsáveis pelo quadro de demência. 
 Portadores da Doença de Alzheimer tendem a repetir afirmações e perguntas, 
sem notarem que as perguntas já foram feitas; esquecem conversas, compromisso 
ou acontecimentos; ocasionalmente se esquecem dos nomes dos familiares ou 
objetos rotineiros; tem dificuldades em encontrar as palavras corretas para 
7 
 
identificação de objetos, participação em conversas ou expressar seus 
pensamentos; dificuldades na concentração e pensamentos, principalmente 
números; a versatilidade é difícil, podendo ser um desafio na administração de 
finanças, pagar as contas em dia, dificuldades que progridem para a incapacidade 
de reconhecimento e tratar com números. Depressão, apatia, retraimento social, 
mudanças de humor, desconfiança nos outros, irritabilidade e agressividade, 
mudanças de hábitos de sono, perda de inibições, delírio, andar sem rumo, 
incapacidade de leitura, dançar e cantar, apreciar músicas, envolvimento com 
artesanato e hobbies, relembrar, são alterações que ocorrem na Doença de 
Alzheimer e, que os portadores podem experimentar. 
2.1.2 – TRATAMENTO 
 A Doença de Alzheimer não possui uma forma preventiva, porém os médicos 
concordam que manter a cabeça ativa e vida social boa, cheia de bons hábitos e 
costumes, podem retardar ou inibir a sua manifestação. Estudar, ler, pensar, manter 
a mente sempre ativa, exercitar matematicamente, jogos inteligentes, praticar 
atividades físicas regulares, alimentação saudável e regrada, atividades em grupos, 
não fumar, são algumas práticas de prevenção da doença. 
 Medicamentos da classe dos neurolépticos atípicos, ou seja, medicamentos 
de 2ª. (segunda) geração ou antipsicóticos de 2ª. (segunda) geração surgiu em 
1990, trazendo uma perspectiva nova para o tratamento da doença. 
 Para o controle da confusão, agressividade e a depressão, somente com 
medicação do tipo calmante e neurolépticos, antipsicóticos atípicos, tais como, 
risperodona (Risperdal) e olanzapina (Zyprexa) sendo comumente mais utilizados, 
mas podem associar a um aumento do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), 
também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE), sendo importante que 
exista um equilíbrio entre os benefícios e os possíveis efeitos secundários, bem 
como, vigiar regularmente o/a paciente. 
 Para o tratamento específico da doença, drogas como rivastigmina (Exelon® 
ou Prometax®), donezepil (Eranz®), galantamina (Reminyl®) dentre outros, tem 
seu efeito melhor no início até a fase intermediária da doença. Contudo, tal droga 
tem efeitos colaterais (especialmente gástricos) que inviabilizam o seu uso. 
8 
 
 Uma medicação (droga) lançada recentemente que atua diferente dos 
anticolinesterásicos (anticolinesterásicos são substâncias que atuam por meio da 
inibição da enzima Acetilcolinesterase, resultando em acúmulo de acetilcolina na 
fenda sináptica, potencializando os efeitos parassimpáticos) é a memantina (Ebix® 
ou Alois®), sendo um opositor não competitivo dos receptores NMDA do glutamato 
(receptores de glutamato são uma classe de moléculas que recebem o principal 
neurotransmissor que estimula o cérebro, o glutamato. Estas proteínas são 
classificadas em duas famílias: os receptores ionotrópicos e metabotrópicos). 
Melhora a dependência dos portadores da Doença de Alzheimer para tarefas do dia-
a-dia. 
 Outro fármaco lançado oficialmente para o tratamento dos déficits cognitivo 
da Doença de Alzheimer é a Tacrina (Tacrinal® e Cognex®), com grande aceitação 
no mercado. 
 Há também um adesivo oferecido gratuitamente pelo SUS, nada mais é do 
que o remédio rivastigmina. Aplicado diretamente na pele, ele tem o mesmo nível de 
eficácia das cápsulas e solução oral já disponibilizada para os portadores da doença 
- a vantagem é que o adesivo permite a absorção do remédio ao longo do dia e, com 
isso, minimiza efeitos colaterais como náusea e vômitos, comuns no tratamento via 
oral. 
 2.1.3 – FAMILIARES 
 A aceitação da nova realidade diagnosticada de um entre familiar com 
Alzheimer é um processo que deverá ser construído aos poucos com a convivência 
da nova situação e adaptações graduais que deverão ser realizadas. Receber tal 
diagnóstico causa um grande impacto, por causa da impossibilidade de cura e a 
sucessiva progressão dos sintomas. É muito grande a mudança na vida pessoal e 
das pessoas que cercam o paciente; reações emocionais negativas envolvendo 
medo, impaciência e até mesmo raiva com um profundo sentimento de injustiça, 
gera incapacidade e confronta a família com um medo terrível em relação ao futuro 
do paciente e de si mesmo, já que ver seu ente querido perdendo gradativamente 
sua identidade gera um enorme sofrimento e impotência, passando o 
relacionamento com o paciente uma luta com infinitas e crescentes perdas que 
precisam constantemente ser adaptadas. À medida que a doença avança, os 
9familiares acabam sofrendo, sentindo impotentes, ficam estressados e deprimidos, 
acabando por prejudicar o cuidado do paciente, estressando mais o familiar. 
 Portanto, importante para familiares é não esquecer nunca que aquele 
paciente que hoje não tem memória, tem um passado, tem gostos, e, deve ser 
respeitado e acolhido com amor e carinho. 
2.2 – DEMÊNCIA VASCULAR 
 A Doença Vascular segue em segundo lugar em demência, depois da 
Doença de Alzheimer, em países ocidentais, sobretudo na faixa senil. É um conceito 
que surgiu no final dos anos 80 para denominar o quadro demencial decorrente de 
doença cerebrovascular (DCV). 
 Os fatores de risco são a idade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia 
(elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL 
- high density lipoprotein e/ou lipoproteína de alta densidade -, que contribuem para 
a aterosclerose), tabagismo, doenças do cérebro e cardiovasculares, alcoolismo, 
diabetes mellitus, obesidade, dentre outros. Entretanto, o prognóstico é maior em 
idosos e pacientes com confusão noturna, indicando melhor condição em pacientes 
com ajustamento psicossocial, porém após 05 (cinco) anos, diz estudo, mais de 40% 
(quarenta por cento) dos pacientes terão falecido. 
 2.2.1 – SINTOMAS DA DEMÊNCIA VASCULAR 
 Geralmente, os sintomas iniciam-se abruptamente e progridem 
paulatinamente, piorando subitamente com períodos de estabilidade, dependendo 
da extensão da lesão vascular cerebral. 
 Perda de memória, falta de atenção, problemas de linguagem, perda de 
habilidades visioespaciais ou praxias (execução de movimentos coordenados) são 
alguns dos sintomas da Demência Vascular. Essa demência tem progressão 
inevitável e irreversível. O paciente cria uma dependência total de outra pessoa para 
realização das atividades do dia-a-dia, sendo que os que tem o quadro mais 
avançado, acabam tendo complicações clínicas decorrentes da imobilidade 
progressiva, como a desnutrição, dificuldade para deglutir e infecções. 
 
10 
 
 2.2.2 – TRATAMENTO 
 Os danos causados não há como reverter e, a prevenção não está 
esclarecida ainda. 
 Afirma-se que benefícios relacionados a hábitos de vida saudáveis, como a 
dieta, a atividade física regular e a vida intelectual ativa, colaboram para o controle 
dos fatores de riscos vasculares e contribuem positivamente para a saúde do 
coração. 
 Inibidores das colinesterases e antagonista do glutamato, citicolina, 
bloqueadores de canal de cálcio, cerebrolisina e pentoxifilina podem ser 
recomendados para o equilíbrio estável para os pacientes com Demência Vascular, 
já que está comprovado que problemas cardiovasculares são geradores da referida 
doença. 
 Ginkgo Biloba, Nicergolina, Vinpocetina, Piracetam, em estudos aleatórios, 
não foram comprovados benefícios consistentes no tratamento da Demência 
Vascular. 
 2.2.3 – FAMILIARES 
 Pacientes com Demência são cuidados por familiares e em muitos casos são 
as filhas ou esposas os cuidadores, sendo extremamente difícil, pois exige doses 
extras de paciência e dedicação, e muitas vezes o cuidador se sobrecarrega não 
encontrando tempo para olhar para a própria saúde. 
 Ser rude ou tentar corrigir o paciente causa frustração e ansiedade, 
retraimento social e depressão. Quando o paciente não consegue tomar banho, 
alimentar-se, locomover-se, é outro momento difícil porque a intimidade da pessoa 
acaba por ficar exposta, sendo que na maioria das vezes alguns filhos tem vergonha 
de fazer a higiene pessoal de seus pais. 
 Portanto, é necessária muita paciência, tolerância, amor, carinho, 
compreensão, dedicação, esforço para que um cuidador possa cuidar como se deve 
ser cuidado uma pessoa com Demência Vascular. 
 
11 
 
 3 – CONCLUSÃO 
 Procedimentos de avaliação para diagnosticar a Doença de Alzheimer e a 
Demência Vascular requerem muitas habilidades profissionais diferentes, o ideal é o 
diagnóstico por uma equipe multidisciplinar. 
 Exige-se muita reflexão, conhecimento e sabedoria no que tange aos 
procedimentos que os familiares devem conscientizar-se, pois tanto uma quanto 
outra doença se torna muito desgastante para quem cuida e para o paciente, já que 
esse último não tem consciência do que está acontecendo, mesmo ele tendo tido um 
passado, uma história. 
 Deve-se então, viver com sabedoria, viver intensamente, viver alegremente, 
com a autoestima sempre em alta, com muita energia para trabalhar 
incessantemente o cérebro, para que possamos chegar à nossa “velhice” com muita 
Paz, Harmonia e Saúde física e intelectual em dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1 - ABREU, I. D.; FORLENZA, O. V.; BARROS, H. L.; Demência de Alzheimer: 
correlação entre memória e autonomia; Rev. Psiq. Clín. 32 (3): 131-136, 2005. 
 
2 - BRITO-MARQUES, P. R. de. A Arte de Conviver com a Doença de Alzheimer: as 
bases fisiopatológicas do diagnóstico ao tratamento. Recife: Ed. Edupe, 2006. 
 
 
3 - BUSSE, E. W.; BLAZER, D. G. Psiquiatria Geriátrica. Porto Alegre: Artmed 1999. 
 
4 - ERHART, E. A. Neuroanatomia Simplificada. 6 ed. São Paulo: Roca, 1986. 
 
5 - GALLUCCI, N. J.; TAMELINI, M. G.; FORLENZA, O. V. Diagnóstico diferencial 
das demências; Rev. Psiq. Clín. 32 (3); 119-130, 2005. 
 
 
6 - IZQUIERDO, I. A Arte do Esquecer: cérebro, memória e esquecimento. Rio de 
Janeiro: Vieira e Lent, 2004. 
 
7 - NITRINI, R.; Diagnóstico de demência: avaliação clínica, neuropsicológica e 
através da tomografia computadorizada por emissão de fóton único. Tese (livre-
docência). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1993. 
 
 
8 - https://noticias.r7.com/saude/lidar-com-demencia-de-familiar-exige-compreensao-
de-sua-limitacao-02082018 
 
 
9 - http://www.demneuropsy.com.br/imageBank/pdf/v5s1a07.pdf 
 
10 - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
44462002000500003&script=sci_arttext 
 
11 - https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/alzheimer/alzheimer-afeta-
familia-paciente 
 
https://noticias.r7.com/saude/lidar-com-demencia-de-familiar-exige-compreensao-de-sua-limitacao-02082018
https://noticias.r7.com/saude/lidar-com-demencia-de-familiar-exige-compreensao-de-sua-limitacao-02082018
http://www.demneuropsy.com.br/imageBank/pdf/v5s1a07.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462002000500003&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462002000500003&script=sci_arttext
https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/alzheimer/alzheimer-afeta-familia-paciente
https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/alzheimer/alzheimer-afeta-familia-paciente
13 
 
12 - https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/antipsico 
ticos-atipicos/410 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/antipsico%20ticos-atipicos/410
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/antipsico%20ticos-atipicos/410

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