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FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA Reabilitação Cardiorrespiratória e Metabólica Conceitos Iniciais De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular é: necessárias para assegurar “o conjunto de atividades às pessoas com doenças cardiovasculares condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade”. DEFINIÇÃO • Segundo a AHA reabilitação cardíaca refere-se a intervenções coordenadas e multifacetadas designadas a melhorar as condições físicas, sociais e psicológicas de pacientes com doença cardiovascular além de diminuir, estabilizar e reverter a progressão do processo de aterosclerose diminuindo assim a morbidade e a mortalidade. Am J Med. 2004; 116: 682–697. DEFINIÇÃO • Além de dar ênfase à prática da atividade física, os programas de reabilitação cardíaca também envolvem outras ações desenvolvidas por profissionais das diversas áreas da saúde. ESTRUTURA EXERCÍCIO FÍSICO MULTIDISCIPLINAR • 1) diagnóstico preciso da doença primária e de co- morbidades; • 2) tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico; 3) recondicionamento físico; • 4) apoio psicossocial; e • 5) educação, adaptado às necessidades individuais para otimizar a autonomia, o desempenho físico e social ( Evidência C) ESTRUTURA • Mudanças no estilo de vida com ênfase na atividade física programada, • Adoção de hábitos alimentares saudáveis, • Remoção do tabagismo e do uso de drogas em geral, • Estratégias para modular o estresse. Um programa de RCV deve ter como objetivo, não só melhorar o estado fisiológico, mas também o psicológico do paciente cardíaco, baseando-se em uma intervenção multidisciplinar . PILARES • 1) Auxiliar àqueles pacientes com DCV conhecidas ou em alto risco de as desenvolverem; • 2) Reabilitar o paciente de forma integral, oferecendo suporte nos aspectos físico, psíquico, social, vocacional e espiritual; • 3) Educar os pacientes para que possam criar e aderir permanentemente à manutenção de hábitos saudáveis, com mudanças de estilo de vida associadas ou não ao tratamento farmacológico e/ou cirúrgico; OBJETIVOS • 4) Reduzir a incapacidade e promover uma mudança no estilo de vida por meio de atitudes pró-ativas do paciente na sua saúde; • 5) Melhorar a qualidade de vida; • 6) Prevenir eventos cardiovasculares desfavoráveis; • 7) Adequado controle dos fatores de risco em geral. . OBJETIVOS • Infarto agudo do miocárdio (IAM)/Síndrome coronariana aguda (SCA) • Cirurgia de revascularização miocárdica • Angioplastia coronária • Angina estável • Reparação ou troca valvular • Transplante cardíaco ou cardiopulmonar • Insuficiência cardíaca crônica • Doença vascular periférica • Doença coronária assintomática • Pacientes com alto risco de doença cardiovascular INDICAÇÕES • Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), • Asma (Poucos asmáticos necessitam de reabilitação pois a maioria tem asma leve e quando fora da crise a função pulmonar e a capacidade física são normais), • Fibrose cística, • Pacientes com doenças neuromusculares, • Pacientes com doenças intersticiais e cifoescolióticas, • Todos os pacientes com pneumopatia que já estejam sob terapêutica adequada e que continuam apresentando dispnéia. INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Para conhecer o risco de possíveis complicações durante o exercício, os pacientes devem ser estratificados mediante a classificação proposta pela “Associação Americana de Reabilitação Cardiopulmonar”. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO BAIXO RISCO Os pacientes classificados como de baixo risco podem ser monitorados, durante as primeiras 6 a 18 sessões, através do uso do eletrocardiograma ou por frequencímetros e, preferencialmente, com supervisão clínica. A redução no monitoramento entre as sessões 8 e 12 é desejável, ocorrendo progressivamente. Esses pacientes de baixo risco, dependendo da avaliação individual, também podem ser candidatos a programas de RCV semissupervisionados ou com supervisão a distância. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO BAIXO RISCO ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO MÉDIO RISCO Os pacientes classificados como de risco intermediário devem ser monitorados durante as primeiras 12 a 24 sessões, preferencialmente com monitoramento eletrocardiográfico contínuo e supervisão clínica permanente, com diminuição para uma forma intermitente depois da última sessão. A frequência e os métodos de monitoramento dependem também dos recursos disponíveis, da capacidade e volume de pacientes em cada instituição, além da evolução e estado do paciente. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO RISCO MODERADO ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO ALTO RISCO Uma supervisão maior dever ser realizada em pacientes estratificados como alto risco e quando existir alguma mudança no estado de saúde, surgimento de novos sintomas ou outra evidência de progressão da doença. O monitoramento também pode ser uma ferramenta útil para avaliar a resposta, especialmente quando se aumenta a intensidade do exercício aeróbico. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO ALTO RISCO COMPONENTES deve apresentar as seguintes COMPETÊNCIA HUMANA A equipe multidisciplinar competências: - conhecimento básico nas áreas cardiovascular, pulmonar e musculoesquelética, - interpretação do eletrocardiograma, - manejo de emergências médicas e - conhecimentos em teoria e prática do exercício físico. COMPONENTES DO LOCAL (SERVIÇO) Um “centro” é considerado centro de reabilitação quando conta com uma área para realizar atividade física, recursos humanos competentes e treinados, equipamentos adequados para a realização de exercícios físicos, equipamento para situações de emergência (material de suporte básico e avançado de vida com desfibrilador) e pessoal médico disponível na área para cobrir situações de emergência, além de considerar a implementação de protocolos de manejo de pacientes em reabilitação segundo a patologia. COMPONENTES DO LOCAL (SERVIÇO) AVALIAÇÃO INICIAL A avaliação inicial do paciente, ao ingressar em um programa de reabilitação, deve incluir uma coleta de dados mediante uma exaustiva e minuciosa história clínica, que deve conter antecedentes do paciente que incluam cirurgias e comorbidades, tais como: doenças cardiovasculares, renais, pulmonares, musculoesqueléticas, depressão e outras. AVALIAÇÃO INICIAL Caráter primordial na valoração inicial é a identificação de fatores de risco cardiovasculares: tabagismo, hábitos alimentares, pressão arterial, DM, dislipidemia, obesidade, sedentarismo e estresse. Além das informações sobre uso de medicamentos, é importante conhecer a situação econômica, educativa e social do paciente. . AVALIAÇÃO INICIAL Exame físico incluirá uma avaliação do sistema cardiovascular completo: PA, frequência cardíaca, ruídos e sopros cardíacos, palpação de pulsos periféricos, mudanças da coloração da pele, além de descartar alterações musculoesqueléticas que impeçam seu ingresso ao programa ou gerem restrições à execução de alguns exercícios. Exame do sistema respiratório avaliará frequência respiratória, presença ou não de ruídos anormais, característicos de patologias pulmonares. . AVALIAÇÃO INICIAL EXERCÍCIO FÍSICO EXERCÍCIO FÍSICO A realização do exercício constitui um stress fisiológico para o organismo em função do grande aumento da demanda energética comparativamente ao estado de repouso, o que provoca grande libertação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistémico. EXERCÍCIO FÍSICO A realização do exercício constitui um stress fisiológico para o organismo em função do grande aumento da demanda energética comparativamente ao estado de repouso, o que provoca grande libertação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistémico. A exposição regular ao exercício ao longo do tempo promove um conjunto de adaptações morfológicase funcionais que conferem maior capacidade do organismo para responder ao stress do exercício. EXERCÍCIO FÍSICO Os efeitos crônicos do exercício dependem, fundamentalmente, de uma adaptação periférica, que envolve tanto um melhor controle e distribuição do fluxo sangüíneo, como adaptações específicas da musculatura esquelética. EXERCÍCIO FÍSICO Grande circulação Músculos Coração Pulmões CO2 O2 CO2 O2 CO2 O2 Pequena circulação O2 CO2 Mitocôndria EXERCÍCIO FÍSICO Os efeitos crônicos do exercício dependem, fundamentalmente, de uma adaptação periférica, que envolve tanto um melhor controle e distribuição do fluxo sangüíneo, como adaptações específicas da musculatura esquelética. Ocorrem modificações histoquímicas na musculatura treinada dependentes do tipo de treinamento, fazendo com que a atividade enzimática seja predominantemente oxidativa (aeróbica) ou glicolítica (anaeróbica lática). EFEITOS AGUDOS Respostas Fisiológicas Estresse Homeostasia Demanda energética Liberação de calor Atender demanda Garantir homeotermia EXERCÍCIO FÍSICO EFEITOS CRÔNICOS Adaptações Fisiológicas Estresse repetido = treinamento Homeostasia Demanda energética Liberação de calor Atender demanda Garantir homeotermia EXERCÍCIO FÍSICO EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Freqüência cardíaca O treinamento aeróbico reduz tanto a freqüência cardíaca em repouso como durante o exercício realizado em cargas submáximas de trabalho. - redução da hiperatividade simpática, - aumento da atividade parassimpática, - mudança no marca-passo cardíaco, - melhora da função sistólica. Apesar de o treinamento físico induzir melhora da potência aeróbica máxima, ele não modifica de modo apreciável, a freqüência cardíaca máxima. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Freqüência cardíaca Pacientes treinados aerobicamente alcançarão a mesma frequência cardíaca máxima de antes do treinamento, porém serão necessários níveis mais intensos de esforço para que essa freqüência cardíaca máxima seja alcançada. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Pressão arterial O treinamento físico reduz a pressão arterial de repouso e durante exercício submáximo. Da mesma forma que ocorre com a freqüência cardíaca, o treinamento físico parece provocar pouca alteração na pressão arterial máxima aferida no pico do esforço. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Consumo de oxigênio O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) avalia de forma específica a capacidade aeróbica de um indivíduo. O sistema de transporte do oxigênio sofre uma adaptação favorável com o treinamento físico, que se exterioriza através de maiores valores de VO2 máx. O consumo de oxigênio é determinado pelo débito cardíaco e pela diferença arteriovenosa de oxigênio. O treinamento físico aumenta a diferença arteriovenosa de oxigênio através do aumento da volemia, da densidade capilar, do débito cardíaco e da extração periférica de oxigênio durante o exercício. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Consumo de oxigênio Nos pacientes portadores de cardiopatia, o treinamento aumenta em 10% a 30% o VO2 máx, sendo este aumento mais evidente nos primeiros três meses de treinamento. A melhora da potência aeróbica máxima costuma ser inversamente proporcional à capacidade física antes do treinamento, sendo os pacientes mais comprometidos os que, proporcionalmente, obtêm as melhorias mais significativas. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Função ventricular Para uma mesma intensidade de esforço submáximo, o indivíduo treinado apresenta o mesmo débito cardíaco, porém às custas de freqüência cardíaca mais baixa e volume sistólico maior. A maior extração periférica de oxigênio durante o exercício pode permitir que o indivíduo treinado atinja a mesma intensidade de exercício com menor débito cardíaco. Como a freqüência cardíaca no esforço máximo é semelhante no indivíduo treinado e no destreinado, o aumento do débito cardíaco ocorre devido a aumento no volume sistólico. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Função ventricular Nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca, a melhora da classe funcional obtida com o treinamento físico é secundária às adaptações periféricas ao exercício, não havendo correlação entre a fração de ejeção do ventrículo esquerdo em repouso e a capacidade funcional. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Metabolismo Com o treinamento físico, a musculatura esquelética desenvolve grandes adaptações na densidade capilar, na estrutura protéica miofibrilar e na sua composição enzimática. Isso resulta em maior eficiência na utilização de lipídios como substrato energético, retardando a utilização de glicogênio muscular, prolongando o tempo de exercício e aumentando a intensidade de esforço que pode ser sustentado.. EXERCÍCIO FÍSICO: ADAPTAÇÕES Um indivíduo treinado aumenta o volume sistólico máximo, o débito cardíaco máximo e a tolerância à acidose muscular, permitindo atingir um VO2 máximo mais elevado. EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (1) O aumento da oferta de oxigénio ao miocárdio, consequência da elevação do fluxo de perfusão miocárdica, da redução da agregação plaquetária, do aumento da fibrinólise e da redução da adiposidade; EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (2) Aumento do fluxo sanguíneo modela as forças exercidas na parede vascular arterial durante o exercício, resultando na melhoria da função endotelial, a qual está associada com o aumento da síntese, libertação e duração de ação do óxido nítrico. Este é responsável pela vasodilatação endotélio-dependente e inibe múltiplos processos envolvidos na aterogenese; EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (3) O treino aeróbio está associado à diminuição dos níveis de proteína C reactiva (geralmente elevados em pacientes com doença coronária), o que sugere um efeito anti-inflamatório do exercício. EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (4) Menor consumo de oxigénio miocárdico em atividades submáximas através da redução da frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica e dos níveis de catecolaminas, com aumento do limiar de isquemia e angina; EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (5) Redução da pós-carga e fatores que possibilitam a melhoria da função do miocárdio, como os aumentos da contractilidade miocárdica e da fração de ejecção (FE) no exercício e em repouso; EXERCÍCIO FÍSICO: EFEITOS (6) A maior estabilidade elétrica do miocárdio devida à redução das catecolaminas em repouso e em exercícios submáximos, aumento do tónus vagal, favorecem uma melhor modulação autonómica do coração e aumento do limiar de fibrilação ventricular. ATIVIDADE FÍSICA FASES DA RC • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE 1 REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E METABÓLICA DEFINIÇÃO Conjunto de atividades necessárias para garantir e melhorar a condição física, mental e social das pessoas que possuem algum nível de limitação ou incapacidade funcional relacionada com as doenças cardiovasculares. As doenças como infarto do miocárdio, doenças coronarianas, insuficiência cardíaca, doenças valvares, cardiopatias congênitas e doenças das artérias e veias podem ser tratadas com este tipo de procedimento. RC: FASE 1 Além dos exercícios, que se realizam sempre em baixa intensidade com o objetivo da movimentação precoce, também temos a oportunidade de trabalhar na educação, repassar informação sobre a doença e sobre a importância de controlar os fatores de risco. REABILITAÇÃO CARDÍACA – FASE I • Iniciada imediatamente após doença aguda com tratamento conservador ou invasivo • Objetivos: – Otimização da terapia farmacológica subjacente à doença cardíaca; – prevenção de sequelas da restrição ao leito; – Melhoria da capacidadede exercício; – Avaliação do estado mental do paciente, redução da ansiedade e suporte psicológico; – Educação e orientações gerais ao paciente; Piotrowicz et al., 2008 ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA - FASE 1 PACIENTE CIRURGICO (Insuf. Coronaria, Valvulopatias e alteraçoes congenitas NÃO CIRURGICO FASE 1 PÓS-OP. IMEDIATO PÓS-OP. TARDIO RC: FASE 1 A fisioterapia em pacientes cirúrgicos inicia no período pré-operatório no ambulatório que continua no pós-operatório na fase hospitalar, podendo muitas vezes haver necessidade de acompanhamento ambulatorial pós-alta nos casos de complicações, como posturas antálgicas, dor, retrações, atelectasias, pneumonia, dentre outras (SARMENTO, 2009). Fisioterapia no pré-operatório • A fisioterapia no pré-operatório tem como objetivo a influência de uma rápida recuperação no pós-operatório, dessa forma os pacientes recebem orientações sobre a RC: FASE 1 cirurgia, o pós-cirúrgico, a importância dos exercícios respiratórios e deambulação precoce. • A avaliação pré operatória é parte integrante do preparo de muitos pacientes para cirurgia, com objetivo de identificar aqueles com risco aumentado de desenvolver complicações pulmonares pós operatórias (CPP). ✓ AVALIAÇÃO (Exame clínico, ananmese, testes) ARCÊNCIO et. al 2008 Fisioterapia no pré-operatório O objetivo da avaliação pré-operatória em cirurgia gerandocardíaca é informações verificar o estado clínico do paciente, sobre a avaliação, o manuseio e o risco de intercorrências nos períodos peri e pós-operatório que definem o risco cirúrgico do paciente. RC: FASE 1 Fatores de risco para complicações RC: FASE 1 Pré-operatório: idade, a obesidade, o estado nutricional, o tabagismo, a função pulmonar alterada, a doença pulmonar preexistente, a aspiração e comorbidades. Fatores de risco para complicações RC: FASE 1 Peri-operatório: Local e o tipo de cirurgia, a duração da anestesia e a associação dos anestésicos com bloqueadores neuromusculares. Fatores de risco para complicações RC: FASE 1 FASE 1 Este período está inserido na Fase 1, entretanto apresenta particularidades do paciente ainda submetido a ventilação mecânica. FASE DO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO Fase que compreende o período do centro cirúrgico até a transferência e permanência na Unidade Intensiva Coronariana (UCI). OBS.: É fundamental o conhecimento das informações colhidas no pré e intra-operatório Fatores de risco para complicações PRE OPERATÓRIOS PERIOPERATÓRIOS POS OPERATÓRIOS • Tecnica cirurgica • Tempo da cirurgia • CEC • Anestesia geral • Sedentarismo • Tabagismo • Idade avançada • Obesidade • Comorbidades previas, em especial doencas pulmonares • Instabilidade hemodinamica, • Disfunção diafragmatica, •Tempo prolongado de suporte ventilatório invasivo e imobilização AKDUR, 2007; DOYLE,1999; PASQUINA, 2003; RAJENDRAN, 1998; NERI, 2007; HULZEBOS, 2006. RC: FASE 1 Sistema Cardiovascular Sistema Respiratório Sistema Metabólico Sistema Musculoesquelético Diminuição do volume total do sangue Diminuição da capacidade vital Aumento da excreção de cálcio Redução da massa muscular Diminuição da concentração de hemoglobina Redução da CRF Elevação da excreção de nitrogênio Diminuição da força muscular Aumento da FC max Diminuição do volume expiratório forçado Aumento da excreção de fósforo Aumento da osteoporose Redução do VO2 Alteração na relação ventilação x perfusão Aumento da excreção de magnésio Mudanças no tecido conjuntivo periarticular e intra-articular Declínio da tolerância ortostática Diminuição da pressão arterial de O2 HISTÓRIA- FASE 1 FATORES PRÉ-OPERATÓRIO: FATORES INTRA-OPERATÓRIO: FATORES PÓS – OPERATÓRIO: Antecedentes Anestesia geral, Quadros álgicos Pulmonares Tipos RVM Drenagem torácica Cardiovasculares Ventilação mecânica Balanço hídrico Metabólicos Circulação extracorpórea Hemorragias Idade e sexo. Complicações diversas Temperatura Corporal Infecções RC: FASE 1 Fisioterapia • Reduzir o tempo da ventilação mecânica (VM); • Manter vias aéreas pérvias; • Realizar educação dos pacientes, minimizando os riscos de complicações no pós-operatório; •Ter um primeiro contato com o paciente criando, a partir desse momento, um vínculo fisioterapeuta-paciente que facilitará muito o acompanhamento no período pós-operatório. A fisioterapia pré-operatória consiste das seguintes etapas: • Educação/orientações • Fisioterapia propriamente dita Unidade de Terapia Intensiva Unidade de Terapia Intensiva Unidade de Terapia Intensiva Unidade de Terapia Intensiva EXAME FÍSICO ( AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA) Inspeção Drenos torácicos Tipo de incisao Palpação: Simetria Expansibilidade toracica Ausculta Pulmonar Murmúrio Vesicular Ruídos Adventícios Unidade de Terapia Intensiva AVALIAÇÃO FASE 1 Exames Complementares: •Exame de Imagem •Exame de Função Cardíaca •Gasometria Arterial/Venosa •Monitorização Hemodinâmica e Oximétrica •Exame Laboratorial Unidade de Terapia Intensiva ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR Escalas de Sedação e Agitação Modalidade Ventilatória Mobilização precoce Avaliação dos Índices Preditivos de Desmame Teste de respiração espontânea ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR CNT Passiva CNT Ativo-Assistida CNT Livre VENTILAÇÃO MECÂNICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR VENTILAÇÃO MECÂNICA VENTILAÇÃO MECÂNICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR VENTILAÇÃO MECÂNICA VCV PCV PSV Disparo Tempo Tempo Fluxo/Pressão Ciclagem Volume Tempo Fluxo Limite Volume Pressão Pressão VENTILAÇÃO MECÂNICA ATUAÇAO FISIOTERAPÊUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR • Extubação: 2 a 6 horas após admissão na Unidade Coronariana. • Critérios: – PEEP= 5-8CMH20, SatO2 ≥ 95% com FiO2 ≤ 40% e PaO2/FiO2 > 200; – Vt= 6-8 ml/kg, VM= 10-15 l/min e FR/Vt= 60-100; – PIMax ≥ - 30 – Estabilidade hemodinâmica – Afebril – Ausência de acidose respiratória aguda – Hb= 8-10 g/Dl – Glasgow ≥ 12 – Eletrólitos aceitáveis – Tosse efetiva ATUAÇAO FISIOTERAPÊUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR ATUAÇAO FISIOTERAPÊUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR AULA DE DESMAME PARA OS ALUNOS ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR RECURSOS DA FISIOTERAPIA Exercícios Respiratórios Incentivadores Pressão Positiva CNT motora Sedestação Ortostatismo Deambulação precoce Retorno AVD X ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA - VNI FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR CPAP= troca gasosa – mudanças na relação V/Q; Pressão parcial de oxigênio alveolar; PSV+PEEP= diminuição do WOB e asseguram a ventilação alveolar PEEP – EFEITOS FISIOLÓGICOS Objetivo Melhora da oxigenação arterial em situações clínicas que cursam com distúrbio de trocas gasosas Recrutar e estabilizar alvéolos Estabilizar pequenas vias aéreas Aumentar a CRF Reduzir shunt intrapulmonar P E E P Machado,2015 PEEP – EFEITOS FISIOLÓGICOS Recrutamento alveolar Aumento da CRF Melhora da relação Ventilação /perfusão Diminuição do shunt intrapulmonar Melhora da PaO2 Redistribuição do líquido extravascular Melhora da complacência pulmonar Machado,2015 PEEP Colapso da via aérea distal na expiração forçada Estabilização por meio da PEEP Machado,2015 PEEP – EFEITOS DELETÉRIOS Barotrauma Redução da PA e do DC Hiperdistenção alveolar Aumento do espaço morto alveolar Redução do débito urinário Presto,2009 Qualquer modo de suporte ventilatório que utiliza pressão positiva, sem o uso de tubos traqueais VNI DEFINIÇÃO Pádua, 2001 Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica,2013 Manual de rotinas de Fisioterapia em terapia intensiva, 2019 Melhora da troca gasosa Redução do trabalho respiratório VNI VANTAGENS Manutenção da capacidade de falar e tossir Redução da necessidade de sedação Menor risco de delirium Menor risco de infecções hospitalares Menor incidência de lesões traqueais Preserva a atividade da musculatura respiratória Menor tempo de VM e internação na UTI Aumento da sobrevida Cruz, 2013 VNI - INDICAÇÕES • Deteriorização da troca gasosa (PaO2/FiO2 < 200 ou SpO2 < 92%) • Falência de bomba ventilatória com hipercapnia ou acidose respiratória (PaCO2 > 45 mmHg ou pH < 7,35) • Dispneia com uso de musculatura acessória e/ou respiração paradoxal • Taquipneia ( FR > 24 irpm) Cruz, 2013 VNI - CONTRAINDICAÇÕES Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI - INTERFACES • Menor risco de aspiração • Facilita a expectoração • Menor claustrofobia • Permite fala • Permite alimentação • Menor espaço morto • Vazamento oral • Despressurização oral • Limitação de uso em pacientes com obstrução nasal Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI - INTERFACES • Menor vazamento oral • Mais apropriado para condições agudas, por permitir maiores fluxos e pressões • Maior chance de úlcera de pressão • Maior claustrofobia • Atrapalha a comunicação • Risco de broncoaspiração Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI - INTERFACES • Mais confortável para uso prolongado • Fácil de ajustar • Menor risco de lesão cutânea • Minimo vazamento • Maior espaço morto • Não deve ser utilizada associada a aerossolterapia • Risco de broncoaspiração Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI - INTERFACES • Mais confortável para uso prolongado • Não oferece risco de lesão cutânea • Maior risco de reinalação de CO2 • Favorece assincronia • Necessidade de pressões mais altas para compensação de espaço morto Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI - DISPOSITIVOS Gerador de Fluxo CPAP Bi-Levels IPAP EPAP Ventiladores PSV PEEP VNI - CPAP Aumentar a CRF Melhorar a troca gasos IRpA hipoxêmica EAP / Atelectasias Pádua, 2001 EGAN – Fundamentos da Terapia Respiratória • Pressão positiva continua nas vias aéreas • Não VENTILA → possui um único nível de pressão VT depende do esforço do paciente e da mecânica pulmonar VNI - CPAP Pádua, 2001 EGAN – Fundamentos da Terapia Respiratória VNI – Bi-levels Pádua, 2001 • Pressão positiva aplicada ao sistema respiratório em dois níveis de pressão: IPAP e EPAP IPAP → Volume corrente EPAP → CRF ∆ Pressão 5 cmH2O Aumentar a CRF Melhorar a troca gasos Reduz trabalho muscular Altera o VM a ↓PaCO2 IRpA hipercápnicas Patologias que cursam com alterações da mecânica respiratória VNI - Bi-levels VNI VNI – CRITÉRIOS DE SUCESSO ✓ Diminuição da FR ✓ Aumento do VC ✓ Melhora do nível de consciência ✓ Diminuição ou cessação de uso de musculatura acessória ✓ Aumento da PaO2 e/ou da SpO2 e diminuição da PaCO2 ✓ Sem distensão abdominal significativa Uso por 30 min a 2 horas IOT VNI – CASOS ESPECIAIS EAP Grau de recomendação A Reabertura alveolos colapsados ↑CRF ↑Oxigenação ↑Complacência ↓WOB respiratório III CBVM, 2007 VNI – CASOS ESPECIAIS EAP Melhora na sobrevida ↓necessidade de IOT • Dois Níveis de pressão: IPAP até 15 cmH2O EPAP 5 – 10 cmH2O • CPAP : 5 – 10 cmH2O Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 VNI – CASOS ESPECIAIS Pós Extubação III CBVM, 2007 Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 Grau de recomendação C Falha de Extubação VNI – APLICAÇÃO PRÁTICA • Estabelecer vínculo e explicar o procedimento ao paciente • Coletar gasometria basal • Avaliar o formato do rosto e a situação clínica e escolher a interface • Posicionar a interface no rosto do paciente e iniciar a ventilação • Iniciar com baixas pressões e aumentar gradualmente até os níveis indicados • Fixar a interface sempre explicando ao paciente cada etapa do procedimento; • Ajustar a FiO2 para manter SO2 > 90% Cruz, 2013 VNI – APLICAÇÃO PRÁTICA • Ajustar nível de suporte que alcance 6 ml/kg • Otimizar o conforto e sincronia do paciente através da avaliação dos ajustes de disparo, ciclagem e taxa de pressurização • Considerar sedação leve caso o paciente esteja agitado • Monitorizar os sinais vitais, conforto, SpO2 e dispneia • Coletar gasometria após uma hora da VNI e compará-la à basal • Avaliar a continuidade da técnica ou indicação de intubação Cruz, 2013 Peso Predito: Mulher: 45,5 + 0.91 x (altura cm – 152,4) Homem: 50 + 0.91 x (altura cm – 152,4) VNI – APLICAÇÃO PRÁTICA III CBVM 2007 VNI – APLICAÇÃO PRÁTICA Manual de rotinas de Fisioterapia em terapia intensiva, 2019 VNI Eur Respir J 2017; 50: 1602426 VNI o Ser racional, e não apenas uma aplicação da ciência o Equipe de especialistas o Cada paciente é diferente do outro (saber escolher a melhor interface, ventilador, ...) o Avaliar se o paciente vai responder ao tratamento ou se está postergando a intubação ATUAÇAO FISIOTERAPEUTICA - VNI FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR - CPAP menos esforço e menor queixa de dor em comparação com a inspirometria de incentivo, exercícios de inspiração profunda; - Revascularização do miorcádio – CPAP e PSV+PEEP mais eficazes do que a inspirometria de incentivo na melhora da CV, VEF1 e PaO2; - PSV(10cmH2O)+ PEEP(5cmH2O) mais eficaz do que CPAP(5) na resolução da atelectasia; Guarracino F, Ambrosino N. Non invasive ventilation in cardio-surgical patients. Minerva Anestesiol. 2011 Jul;77(7):734-41 ATUAÇAO FISIOTERAPÊUTICA - VNI FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR • Efetiva na prevenção e tratamento da IRpA – B • CPAP – 7,5cmH2O • PSV+PEEP- PEEP= 5cmH2O e Ppico= 10cmH2O • BIPAP *Pós-operatório de cirurgias torácicas FISIOTERAPIA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR Prescrição de Exercícios: Intensidade: FC repouso + 20% ou 30% (2-4 METs) e escala de borg Frequência: 1 a 3 vezes/dia Duração: 5 a 20 minutos * FC e a PA sao aferidas antes, durante e após o exercício Tipo de Exercícios: • Exercícios respiratórios • Técnicas para estímulo da tosse • Cinesioterapia Global (não realizar exercícios isométricos) • Sedestação • Deambulação precoce • Estímulos para retomada das AVD Fraqueza Muscular X UTI Estrutura muscular no paciente crítico Funcionalidade FUNCIONALIDADE Funções Estruturas do corpo AVD´s Participação Social A M B I E N T E A M B I E N T E Funcionalidade OMS, 2002 Declínio Funcional Pré morbidade Durante internação 3 Meses após alta Perda de habilidades AVD´s ADMISSÃO Desempenho Físico Cognitivo Declínio Funcional Preditor de resultados insatisfatórios TIH Mortalidade Custos Avaliação da Funcionalidade Capacidade Funcional Nível Máximo de funcionalidade Ambiente Atividade proposta Nawa e Yamaguti, 2016 Avaliação da Funcionalidade • 33 instrumentos de avaliação selecionados; • Somente 20 = propriedades clinimétricas estabilizadas; • Ultra-som, PFIT, CPAx, etc Avaliação da Funcionalidade “EFEITO TETO” “EFEITO CHÃO” >15% ADAPTAÇÃO = APLICABILIDADE E SENSIBILIDADE Avaliação da Funcionalidade Unidade de Terapia Intensiva Physical Function in Intensive Care Test Scored (PFIT-s) Functional Status Score for de ICU (FSS-ICU) Surgical Intensive Care Unit Optimal Mobilization Score (SOMS) Chelsea Critical Care Physical Assessment Tool (CPAx) Intensive Care Unit Mobility Score (IMS) Perme Intensive Care Unity Mobility Score (Perme Score) Manchester Mobility Scale (MMS) Diagnóstico Fisioterapêutico Martinez, 2014 ❑198 pacientes; ❑Índice de KATZ; ❑MRC; ❑Avaliação em diferentes períodos ❑UTI; ❑Enfermeraria; Diagnóstico Muscular Dinamometria Ultrassonografia MRC Dinamometria - Mensuração quantitativa voluntária; - Preensão palmar = preditor importante; - Valores de referência: .Homens= < 11kgf .Mulheres = < 7kgf Ultrassonografia Muscular Boa confiabilidade; Realização a beira do leito; Independente de cooperação e esforço; Ultrassonografia Muscular Variáveis morfológicas: .Área de secção transversa .Volume muscular .Espessura muscular .Ângulo de penação Ultrassonografia Muscular MRC 2ª Guerra Mundial Nerve Injuries Committee of the British Army 1 9 4 3 1991 Escalas Funcionais Escalas Funcionais Índice de Katz Escalas Funcionais Protocolo e Equipamentos de Mobilização Precoce ➢Pacientes com IRpA em VM >48hrs ou >72hrs de admissão na UTI; ➢330 pacientes avaliados; ➢Grupo protocolo X Grupo Padrão Relação dos Sistemas Milani, R.V., et al., 2004 Vias Metabólicas de Energia RC: FASE 1 Fisioterapia Todas as atividades são classificadas de acordo com sua intensidade. O dispêndio energético é expresso com um múltiplo de MET; ou seja; o quociente entre a taxa metabólica associada à atividade e a taxa metabólica de repouso (TMR). Exemplo: uma atividade de 2 METs requer o dobro do dispêndio energético exigido na situação em que se está sentado tranqüilo. Um MET corresponde para uma indivíduo adulto médio, a um consumo de oxigênio de aproximadamente 3,5 ml / kg (peso) x min ou 1 kcal / kg (peso) x hora • Atividade Física: RC: FASE 1 • Atividade Física: RC: FASE 1 Prescrição do exercício em fase hospitalar Fase I – iniciada imediatamente após evento agudo com tratamento conservador e/ou cirúrgico; Compensação clínica – tratamento clínico e/ou cirúrgico 24-48horas 2 a 4 METs Realizar uma avaliação minuciosa da história cardíaca que desencadeou a internação hospitalar Estratificação do risco Adaptado de Piotrowicz e Wolszakiewicz, 2008 Exercícios Dinâmicos Aeróbicos X Exercícios Resistidos Frequência Cardíaca Esforço inicial Aumento acentuado da FCProgressivo da FC Durante exercício FC pico menorFC pico maior No ER grande n° de repetições em uma única série e intervalos de repouso pequeno entre as séries = Aumento acentuado da FC Exercícios Dinâmicos Aeróbicos X Exercícios Resistidos Pressão Aterial Esforço inicial Aumento rápido da PASPAS estável Durante exercício Variações da PAS devido a fase concêntrica e excêntrica PAS proporcional ao esforço Aumento da PAD Estável ou pequenas variações da PAD Exercícios Dinâmicos Aeróbicos X Exercícios Resistidos Volume de Ejeção Sistólica Esforço inicial Incremento rápido Durante exercício PlatôPequenas variações Incremento lento Lembrando que o VES depende do RV que regula VDF Exercícios Dinâmicos Aeróbicos X Exercícios Resistidos Fluxo Sanguíneo Periférico Esforço inicial Direcionamento rápido Durante exercício RedistribuiçãoRedistribuição Direcionamento progressivo Exercícios Dinâmicos Aeróbicos X Exercícios Resistidos Fluxo Sanguíneo Coronariano Durante exercício Aumento da PADMenor aumento da PAD No ER grande n° de repetições em uma única série e intervalos de repouso pequeno entre as séries = Aumento acentuado da FC FC pico menor Menor VDF FC pico maior Maior VDF FASE 1 - FASE INTRA- HOSPITALAR MOBILIZAÇÃO PRECOCE - SEGURANÇA MOBILIZAÇÃO PRECOCE - SEGURANÇA MOBILIZAÇÃO PRECOCE - SEGURANÇA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR MOBILIZAÇÃO PRECOCE - SEGURANÇA FISIOTERAPIA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR FISIOTERAPIA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR FISIOTERAPIA FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR • Intra-Hospitalar: – Nível 1: 2-3 dias em UTI • Sentar no leito • Exercicios passivos no leito • Posição ortostática assistida – Nível 2: 3-5 dias em UTI ou enfermaria • Movimentação de extremidades • Deambulação assistida no quarto • Banho assistido – Nível 3: 4-8 dias internação • Caminhar 90-100m 2x ao dia • Uso independente de banheiro • Descer lance de escadas RC: FASE 1 Knobel, 2006 Knobel, 2006 Critérios para interrupção do exercício Intolerância ao exercício (fadiga, dispnéia, cianose, palidez, náusea) Dor torácica (angina ≠ dor não isquêmica) Taquicardia > 120 bpm; ou > 20bpm (cirúrgicos) ou > 30bpm (não cirúrgicos) em relação a FC de repouso PAS 10-15 mmHg em relação a PAS basal Reação hipertensiva > 200/>110 mmHg Manifestação ou agravamento de arritmia Eletroestimulação Neuromuscular • Prevenção da atrofia muscular • Aumento de massa e força muscular; • Melhora da capacidade oxidativa do músculo e aumento da resistência aeróbica; • Aumento do suplemento sanguíneo muscular; • Modificação da tipologia das fibras musculares; • Redução de edema e inflamações sistêmica; • Melhora da capacidade física ao exercício; • Melhora da QV; Eletroestimulação Neuromuscular - Avaliar os critérios de segurança; - Critérios para interrupção ou não realização da ENM: .Novo diagnóstico de TEP; .Sinais de instabilidade fisiológica – temperatura <34° ou >41°, lactato >3mmol/L, CPK >400U/L, plaquetas <20.000/mm3 .Inflamação muscular - Considerar o estado nutricional; Eletroestimulação Neuromuscular Proposta de parâmetros e tratamento: .1 a 2 x por dia/5-7 dias; .Frequência – 4 a 25Hz; .Larguras de pulso 200-500µs; .Intensidade maior possível para gerar contrações do tipo 5 .Tempo de aplicação entre 25-45 minutos .Ton/Toff Fibra Frequência Tipo de treino I 30-40Hz Adequação postural IIa 45-55Hz Resistência IIb 60-70Hz Força Eletroestimulação Neuromuscular Eletroestimulação Neuromuscular Atenção aos sinais de fadiga! Diminuição de vivacidade da contração; Diminuição do desenvolvimento de tensão isométrica; Presença de tremor; Fasciculações; Rigidez muscular Eletroestimulação Neuromuscular Contra-indicações: Uso de bloqueador neuromuscular; Instabilidade hemodinâmica; Acidose documentada com pH <7.2; Membro com fratura; Áreas com lesão de descontinuidade de pele; Marca-passo cardíaco; Pacientes gestantes; Cicloergômetro Redução de dispneia; Aumento da força muscular; Favorece realização de AVD´s; Melhora qualidade de vida; Cicloergômetro - Pode ser realizado de forma contínua ou intermitente; - Monitorar PA, FC, FR, SpO2 e associar com Borg; - Níveis de segurança em torno de 60% da Fcmáx para pacientes inconscientes; - Pacientes alertas, cooperativos pode-se realizar testes incrementais de força e/ou endurance; Cicloergômetro Cicloergômetro ALTA DA UNIDADE CORONARIANA – TC6M FASE 1 - FASE INTRA-HOSPITALAR • Análise global do sistema cardiopulmonar • Reposta do indivíduo ao exercício • Fácil e ampla aplicabilidade, barato, AVD; • 5-7 dias pós-IAM complicado, tratado com intervenção coronariana percutânea • 10-14 dias pós infarto sem complicações e com tratamento conservador. FASE 2 e 3 • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Indicações: RCPM na coronariopatia: recomendação grau A, evidência de nível 1. RCPM na insuficiência cardíaca: recomendação grau A, evidência nível 1. RCPM na pneumopatia crônica: recomendação grau A, evidência de nível 1. RCPM na hipertensão arterial sistêmica: recomendação de grau A, evidência de nível 1. RCPM na doença arterial obstrutiva periférica, obesidade, síndrome metabólica, diabete melito e para pacientes com escore elevado de risco para doença cardiovascular, pulmonar e metabólica: recomendação de grau A-B, evidência de nível 2-3. RCPM na nefropatia crônica, inclusive para pacientes submetidos a programa de diálise: recomendação de grau B, evidência de nível 3. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2 É a primeira etapa extra-hospitalar. Inicia-se imediatamente após a alta e/ou alguns dias após um evento cardiovascular ou descompensação clínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica. Duração prevista: três a seis meses, podendo em algumas situações se estender por mais tempo. A reabilitação nesta fase tem como principal objetivo contribuir para o mais breve retorno do paciente às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e emocionais possíveis.FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2 O programa de exercícios deve ser individualizado, em termos de intensidade, duração, freqüência, modalidade de treinamento e progressão. Sempre devem existir recursos para a correta determinação da freqüência cardíaca e verificação de pressão arterial, além da possibilidade de eventual verificação da saturação de oxigênio, determinação da glicemia e monitoração eletrocardiográfica. Fazem parte desta fase um programa educacional direcionado à modificação do estilo de vida, com ênfase na reeducação alimentar e estratégias para cessação do tabagismo. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 3 Duração prevista: seis a 24 meses. Destina-se a atender imediatamente os pacientes liberados da fase 2, mas pode ser iniciada em qualquer etapa da evolução da doença, não sendo obrigatoriamente seqüência das fases anteriores. Portanto, pacientes de baixo risco que não participaram da fase 2 são bons candidatos. . • Fase 3 FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA O principal objetivo é o aprimoramento da condição física, mas deve ser considerada também a necessidade de promoção de bem estar (melhora da qualidade de vida) e demais procedimentos que contribuam para a redução do risco de complicações clínicas, como é o caso das estratégias para cessação do tabagismo e reeducação alimentar. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 1) ALÁTICO (Fosfogênico): e, por ➢ São as atividades de maior componente estático. ➢ Esta fonte é utilizada nas atividades de maior intensidade possível conseqüência, duração muito curta. ➢ A fonte de energia deste metabolismo advém da fosfocreatina (PC), composta pela creatina (C) ligada ao fósforo (P). Quando há quebra desta ligação de alta energia, pela ação da enzima creatinoquinase (CK), há liberação de energia útil, que permite a ressíntese de ATP. ➢ Em programas de RCPM é uma atividade de grande importância, em especial para indivíduos que, em função da idade avançada, longo período de sedentarismo e ocorrência de doenças crônicas debilitantes, como é o caso da insuficiência cardíaca e da doença pulmonar crônica, apresentam considerável perda de massa e função muscular esquelética. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 1) ALÁTICO (Fosfogênico): ➢ Esta atividade, conhecida popularmente como “musculação”, relacionada a exercícios realizados com cargas que permitam séries de poucas repetições máximas (até 8 repetições) deve ser parte obrigatória do plano de exercícios de um programa de RCPM. ➢ Permite, por exemplo, sustentar de forma mais fácil o peso de seu próprio corpo, levantando-se da cadeira e subindo escadas com maior facilidade, proporcionando recuperação da autonomia e auto-suficiência. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 2) LÁTICO (Glicolítico): ➢ Neste metabolismo, a ressíntese de ATP decorre da desintegração parcial de glicose, deixando como resíduo o ácido lático. ➢ Provoca aumento das concentrações de lactato, que representa a causa de limitação desta fonte energética. ➢ O fator limitante, portanto, ao contrário do ATP-PC, não é o esgotamento da reserva energética, mas sim o acúmulo do lactato (acidose metabólica), que causa impotência funcional, “travando” a musculatura. ➢ O aprimoramento desta fonte energética depende principalmente do aumento da tolerância à acidose lática. ➢ Os exercícios nos quais predomina este metabolismo são de grande intensidade, embora menor do que a do metabolismo ATP-PC, e de curta duração, entretanto, maior que do a do metabolismo ATP-PC. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 2) LÁTICO (Glicolítico): ➢ Esta atividade, que também é conhecida como “musculação”, permite séries com número de repetições maior (em geral 12 a 20 repetições máximas) do que a dos exercícios relacionados ao metabolismo anterior. ➢ Aprimora a resistência muscular, facilitando, por exemplo, carregar uma mala ou um pacote por certa distância. Deve, também, ser parte obrigatória do programa de exercícios de um programa de RCPM. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 3) AERÓBICO (Oxidativo): ➢ São as atividades de maior componente dinâmico. ➢ Esta fonte é utilizada nas atividades de longa duração e, em conseqüência, de menor intensidade. Têm como fonte energética macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), que são desintegrados de modo completo até darem como resultado final água e CO2, liberando energia para ressíntese de grande quantidade de ATP. ➢ Neste metabolismo, as reações químicas ocorrem sempre com a participação do oxigênio, sendo de grande importância para o bom desempenho do sistema cardiorrespiratório, com as suas três engrenagens: pulmonar, cardiocirculatória e celular. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA 3) AERÓBICO (Oxidativo): ➢ Exemplo clássico desta situação, caminhadas ou corridas de longa duração, com o indivíduo se mantendo apenas discretamente ofegante. ➢ De modo óbvio, é atividade obrigatória nas sessões de exercício de um programa de RCPM, sendo responsável por grande gama de benefícios, de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA AVALIAÇÃO • Exame clínico; • História de evento cardíaco; • Avaliação minuciosa da cardiorrespiratória; • Estratificação do risco pelo teste e/ou outros exames complementares; • Avaliação das medicações, principalmente, as que interferem com a resposta cronotrópica; • Avaliação clínica ortopédica; • TE (esteira e/ou cicloergometro); • Ergoespirometria, pela análise do VO2max ou de pico; • TC6M. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Prescrição do exercício FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Prescrição do exercício FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Prescrição do exercício FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA AQUECIMENTO Duração: 5 a 10 minutos Objetivo: preparar os sistemas musculo-esquelético e cardiorrespiratório para a fase de condicionamento Durante o protocolo os seguintes sinais devem ser monitorizados: pressão arterial sistêmica (PAS), oximetria de pulso (SpO2), frequência cardíaca (FC) e escala de Borg para dispnéia e fadiga. A escala de esforço percebido de Borg será considerada de 0 a 10 para ambas as classificações, dispnéia e fadiga. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA AQUECIMENTO FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA AQUECIMENTO FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA AQUECIMENTO FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA CONDICIONAMENTO Duração: 40 minutoa Composto por trotes, caminhadas e modalidades de exercício físico em bicicleta, esteira ergométrica e/ou cicloergômetro Durante o protocolo os seguintes sinais devem ser monitorizados: pressão arterial sistêmica (PAS), oximetria de pulso (SpO2), frequência cardíaca (FC) e escala de Borg para dispnéia e fadiga. A escala de esforço percebido de Borg será considerada de 0 a 10 para ambas as classificações, dispnéia e fadiga. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA CONDICIONAMENTO Parte 1: 10 a 20 min Composta por caminhadas, trotes (depende da capacidade do indivíduo) Parte 2: 20 a 30min Composta de condicionamento Durante o protocolo os seguintes sinais devem ser monitorizados: pressão arterial sistêmica (PAS), oximetria de pulso (SpO2), frequência cardíaca (FC) e escala de Borg para dispnéia e fadiga. A escala de esforço percebido de Borg será considerada de 0 a 10 para ambas as classificações, dispnéia e fadiga. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA CONDICIONAMENTO FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA DESAQUECIMENTO Objetivo: Retornar o organismo às condições de repouso, com valores próximos aos normais OBS.: CUIDADO!!!!!! A interrupção abrupta do exercício (condicionamento) pode causar queda da PA por vasodilatação periférica, diminuição da bomba muscular, redução da pré-carga, podendo causar lipotimia. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA DESAQUECIMENTO Exercícios dinâmicos:focar na musculatura não trabalhada Exercícios respiratórios Alongamentos Relaxamento global FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE 4 • São dividas em 4 fases. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE IV Durante a fase IV, o paciente deverá ser submetido a uma avaliação multidisciplinar e ser orientado quanto à realização dos exercícios físicos. Os principais objetivos desta fase é aumentar e manter a aptidão física, a capacidade funcional e modificar os fatores de risco coronarianos . FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE IV • Treino de exercício • Aconselhamento nutricional • Tratamento da diabetes, HTA, dislipidemia • Cessação do tabagismo • Controle de peso • Tratamento psicossocial • Aconselhamento de atividade física. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE IV
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