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GOVERNANÇA DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO Plano de Ensino Conteúdo Bibliografia Prof. Dr. Benedito Antônio Alves CONTEÚDO CURSO 1. Concepções propedêuticas de Governança Pública da Atividade Financeira do Estado. 2. Atividade Financeira do Estado: Origem do estado; Necessidades; Serviços Públicos; e Atividade Financeira do Estado. 3. Direito Financeiro: Histórico; Denominações Anteriores; Conceitos; Autonomia; A Posição do Direito Financeiro; Fontes; Disciplinas Afins; e Interdisciplinaridade do Direito Financeiro. CONTEÚDO ... 4. Orçamento Público: Histórico; Conceitos; Natureza Jurídica; Princípios Orçamentários; Espécies de Orçamento; e Ciclo Orçamentário. 5. Receitas Públicas ou Ingressos Públicos ou Entradas: Histórico; Conceitos; Classificação das Receitas; Repartição das Receitas; Fiscalidade, Extrafiscalidade e Parafiscalidade. 6. Despesas Públicas: Histórico; Conceitos; Requisitos de Validade; Princípios Legais Aplicáveis; Noções da Lei de Responsabilidade Fiscal aplicada à Despesa Pública; Formas de Execução da Despesa Pública; e Classificação das Despesas Públicas. CONTEÚDO ... 7. Crédito Público: Histórico; Conceitos; Natureza Jurídica; Classificação do Crédito Público; Crédito Forçado; Créditos Voluntários; Dívida Pública Externa; Dívida Pública Interna. 8. Lei de Responsabilidade Fiscal: Noções Propedêuticas; Quadro Geral da LRF; Tripé da LRF; 12 Pontos da LRF; Agenda Positiva da LRF; Agenda Negativa da LRF; Sanções Institucionais e Sanções Penais. 9. Governança da Atividade Financeira do Estado: Histórico; Conceitos; Princípios; Normas Aplicáveis; Proposições de Governança Empreendedora e abrangente voltadas à Atividade Financeira do Estado, à Lei de Responsabilidade Fiscal e de Transparência, no bojo do Controle Externo. 10. Controle Externo, Interno e Social (Tribunais de Contas e sua organização endógena e exogena). Bibliografia Básica Brasil, Constituição da República Federativa do. _____. Lei Complementar n. 101/2000. _____. Lei n. 4.320/64. CAMPOS, Dejalma de. Direito financeiro e orçamentário. São Paulo: Atlas, 1995. CONTI, José Maurício. Direito financeiro na constituição de São Paulo: Oliveira Mendes, 1998. HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. São Paulo : Atlas. MACHADO JÚNIOR, J. Teixeira. A Lei 4320 comentada. Rio de Janeiro: IBAM, 2001.OLIVEIRA, Régis Fernandes de. NASCIMENTO, Carlos Valder do. Curso de direito financeiro. Rio de Janeiro: Forense, 1999. ROSA JÚNIOR, Luiz Emigdio F. da. Manual de direito financeiro e direito tributário. São Paulo : Renovar, 2000. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 1996. Bibliografia Complementar ALVES, Benedito Antonio Alves et al. Direito Financeiro Esquematizado. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. ______. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada. 5. Ed. São Paulo: Mizuno, 2011. ______. Constituição Federal Interpretada artigo por artigo parágrafo por parágrafo. 10 ed. São Paulo: Manole, 2019. ______. Curso de Direito Financeiro. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001. ______. Curso de Direito Financeiro Didatico. Campinas: Peritas, 2000. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à ciência das finanças. 15ª ed., Atualizada por Dejalma de Campos. Rio de Janeiro: Forense; BASTOS, Celso Ribeiro.Curso de Direito Financeiro e de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva. TCU – Tribunal de Contas da União. Governança pública: referencial básico de governança aplicável a órgãos e entidades da administração pública. Disponível em: <htpp://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/ comundidades/governanca/noticias_comunidade/ detalhes_noticias_comunidade/Governan%A7a_ P%C3BAblica_2014_Oficial.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2018. GOVERNANÇA GLOBAL E REGIMES INTERNACIONAIS ALCINDO GONÇALVES JOSÉ AUGUSTO FONTOURA COSTA Concepções Propedêuticas de Governança Eusociais “Enquanto todas as demais ciências progrediram, a de governar marcou passo e está sendo praticada apenas um pouco melhor do que há três ou quatro milênios”. JOHN ADAMS “Somente a Governança pode superar o atual estágio de “marca passo” da gestão pública de que fala Adams“. ALVES in tese Doutorado “Governança Pública é a proteção da interrelação entre gestão, controle e fiscalização por organizações governamentais e por organizações criadas por autoridades governamentais, visando à concretização dos objetivos políticos de forma eficiente e eficaz, bem como a comunicação aberta e a prestação de contas, para benefício das partes interessadas”. TIMMERS, Hans. Government Governance: Corporate governance in the public sector, why and how? In: 9th fee Public Sector Conference. Netherlands. Artigo. Ano: 2000.. In <http://www.ecgi.org/codes/documents/public_sector.pdf>. Acesso em: 06 set. 2015. “Governança pública pode ser entendida como a capacidade que os governos têm de avaliar, direcionar e monitorar a gestão das políticas públicas e serviços públicos para atender de forma efetiva as necessidades e demandas da população, utilizando-se de um conjunto de instrumentos e ferramentas adequadas ”. NARDES, João Augusto Ribeiro; ALTOUNIAN, Cláudio Sarian. VIEIRA, Luis Afonso Gomes. Governança Pública: o desafio do Brasil. p. 183. DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO, GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE Para Rosenau, na mesma obra coletivamente produzida com Czempiel, enquanto GOVERNO refere-se a atividades sustentadas por uma atividade formal e pelo poder de polícia que garante a implementação das políticas instituídas; [...] GOVERNANÇA refere-se a atividades apoiadas em objetivos comuns, que podem ou não derivar de responsabilidades legais e formalmente prescritas e não dependem, necessariamente, do poder de polícia para que sejam aceitas e vençam resistências. ROSENAU, James N. CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança e democratização. In: CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança sem governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Ed. UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. p. 15. O cientista político alemão Czempiel conceitua Governança como “a capacidade de fazer as coisas sem a competência legal para ordenar que elas sejam feitas”. Acrescentando que “os governos podem distribuir valores autoritários, enquanto a governança o faz de modo não autoritário, mas igualmente efetivo”. E finaliza dizendo que “os governos exercem o domínio; a governança usa o poder”. CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança e democratização. In: ROSENAU, James N; CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança sem governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Ed. UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. p. 335. DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO, GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE “Governabilidade está ligada às condições do exercício de poder por parte do governo em função da legitimidade e da criação das estruturas de apoio politico”. Para o autor, pode ainda ser entendida como “as condições do ambiente politico em que se efetivam ou devem efetivar-se as ações administrativas, à base da legitimidade dos governos, credibilidade e imagem publica da burocracia”. BENTO, Leonardo Valles. Governança e governabilidade na reforma do Estado: entre eficiência e democratização. Barueri: Manole, 2003. p. 21. Ao tratar da matéria, correlacionando-a ao tripé: 1) Governo, 2) Governabilidade e 3) Governança, O professor Bresser Pereira destaca que “um governo pode ter governabilidade, na medida em que seus dirigentes contem com os necessários apoios políticos para governar e, no entanto, pode governar mal por lhe faltar a capacidade de governança”. E ainda, acrescenta o autor que “existe governança em um Estado quando seu governo tem as condições financeiras e administrativas para transformar em realidade as decisões que toma”. BRESSER PEREIRA. Luiz Carlos. A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Brasília: MARE, 1997. p. 40. DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO, GOVERNANÇAE GOVERNABILIDADE Em conformidade com o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (Gespública), são os seguintes os conceitos para Governabilidade e Governança pública. Governabilidade é “o poder do Estado para governar, dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade civil.” É “decorrente da imagem institucional favorável junto à sociedade e da confiança que os cidadãos e outras partes interessadas depositam em sua atuação”. Esta, portanto, relaciona-se com a capacidade que o governo tem de assegurar as condições sistêmicas que contemplem a intermediação de conflitos e o equilíbrio de interesses dos vários atores atuantes no cenário da sociedade como um todo. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão. Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA. p. 76. Ainda segundo a Gespública “a governabilidade de uma organização está relacionada com a sua capacidade de assegurar condições sistêmicas e institucionais para que a organização exerça sua missão. Envolve a intermediação e o equilíbrio de interesses. Está, portanto, relacionada com a atuação das diversas partes interessadas e com a capacidade, especialmente dos integrantes do sistema de liderança, de exercer a sua autoridade politica de forma a garantir o alcance dos objetivos institucionais e o atendimento ao interesse público. Um aspecto importante da governabilidade de uma organização, em um contexto ascendente de participação democrática da sociedade nos assuntos do estado é a capacidade institucional em equilibrar os interesses específicos dos seus usuários diretos com o interesse publico geral, assim como com os interesses dos demais atores políticos interessados em sua atuação”. DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO, GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE DIFERENÇAS ENTRE GOVERNO, GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE De modo bastante claro e conclusivo, tratando de Governança e Governabilidade na reforma do Estado, Valles Bento aduz que a “governabilidade está ligada às condições do exercício de poder por parte do governo em função da legitimidade e da criação das estruturas de apoio politico”. Para o autor, pode ainda ser entendida como “as condições do ambiente politico em que se efetivam ou devem efetivar-se as ações administrativas, à base da legitimidade dos governos, credibilidade e imagem publica da burocracia”. BENTO, Leonardo Valles. Governança e governabilidade na reforma do Estado: entre eficiência e democratização. Barueri: Manole, 2003. p. 21. POR QUE GOVERNANÇA GLOBAL? CONSENSO PRESENTE EM TODOS OS FORUNS INTERNACIONAIS DO INÍCIO DO SÉCULO XXI, EM TORNO DA IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DA GOVERNANÇA GLOBAL GÊNESE DA TERMINOLOGIA a palavra portuguesa governo donde se deriva, tem origem na antiga palavra grega kuberman, que significava a parte superior do leme das embarcações; ou kibernetes, como registra Stokke. Daí estar a palavra em sua origem etimologicamente ligada à navegação e à prática ou condição de piloto ou timoneiro das naus. STOKKE, Olav Schram. Regimes as Governance Systems. In: YOUNG, Oran R. (ED). Global Governance. Drawing Insights from the Environmental Experience. Cambridge; Londres> The MIT Press, 1997. p. 27 - 63. Daí estar a palavra em sua origem etimologicamente ligada à navegação e à prática ou condição de piloto ou timoneiro das naus. A palavra GOVERNANÇA possuiu fonte de origem comum com a palavra governo, pois o termo gubernaculum, do latim medieval, nos mesmos moldes gregos, também significa leme, direção, conforme registra Gonçalves, sendo, em síntese, definido por Bobbio et al como [...] o conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma determinada sociedade. É preciso, porém, acrescentar que o poder de Governo, sendo habitualmente institucionalizado, está moralmente associado à noção de Estado. BOBBIO, Norberto; MATEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 5 ed. V. 1. Brasília: Ed. UnB, 1980. p. 553 - 555. Cronologicamente - GOVERNANÇA/1980 – CARÁTER PRÓPRIO E ESPECÍFICO NOS MEIOS ACADÊMICOS O BANCO MUNDIAL E O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL passaram pioneiramente a utilizar a expressão: “BOA GOVERNANÇA” COMO UM CONJUNTO DE PRINCÍPIOS PARA GUIAR E NORTEAR SEUS TRABALHOS COM OS PAÍSES-MEMBROS. “Arranjos institucionais dos Estados; processos para formulação de políticas públicas, tomada de decisão e implementação; fluxos de informação destro dos governos; e as relações globais entre cidadãos e seus governos”. (Word Bank/1989) Definição Governança, ab initio foi definida no relatório de 1989 do BM sobre a África subsaariana como sendo 1. disciplina fiscal 2. reordenamento nas prioridades dos gastos públicos 3. reforma tributária 4. liberalização do setor financeiro 5. manutenção de taxas de câmbio competitivas 6. liberalização comercial 7. atração de investimentos direitos estrangeiros 8. privatização de empresas estatais 9. desregulamentação da economia 10. proteção a direitos autorais Lançado em 1989 com o propósito de apresentar um plano de reformas dirigido à América Latina, centrado em 10 pontos, todos eles, PRINCÍPIOS defendidos pelo BANCO MUNDIAL, pelo FMI e pela SECRETARIA DO TESOURO NORTE- AMERICANO: NOS IDOS DE 1990 BOA-GOVERNANÇA, PORTANTO, SIGNIFICAVA SINTONIA COM OS REFERIDOS PRINCIPIOS “Ao longo dos anos 90 predominou no mundo uma visão de governança determinada pela racionalidade econômica desenhada pelo banco mundial”. (GONÇALVES) “A IDEIA DE QUE A BOA GOVERNANÇA GARANTIRIA TRANSAÇÕES EFETIVAS NOS MERCADOS E, POR VIA DE CONSEQUENCIA, FAVORECERIA O CRESCIMENTO E A REDUÇÃO DA POBREZA”. (FREY) FREY critica a boa governança praticada pelo BM alegando que “Seu foco recai apenas da eficiência econômica e administrativa dos governos e se caracteriza por uma concepção instrumental de participação restrita e democracia fraca”. Trata-se de perceber a passagem do modelo do estado soberano, no qual o poder era exercido predominantemente pelo Estado, tanto no plano nacional como internacional, para uma nova situação: o modelo da sociedade global, no qual existem outros níveis de poder além do nacional e do internacional, que são o transnacional e o supranacional”. (GONÇALVES E COSTA) “A ideia de governança global tem a ver com um novo paradigma, baseado na chamada sociedade global (Matias, 2006). EM SÍNTESE: “A Governança compreende a sociedade como um todo orgânico e articulado, ou seja, o Estado, os cidadãos, as organizações sociais, e as organizações não governamentais do terceiro setor“. Alves. “... para que haja possibilidade de lograr os objetivos de governança nas democracias, necessário se faz a concorrência dos governantes (Estado) e dos cidadãos e de suas organizações (sociedade civil organizada) “para construir consensos que tornem possível formular políticas que permitam responder equilibradamente ao que a sociedade espera do governo”. TOMASSINI, Luciano. Governabilidad y Politicas Publicas em America Latina. In: FLÓREZ, Fernando Carrillo (editor). Democracia em déficit. Gobernabilidad y desarollo em América Latina y el Caribe. Washington, DC: Banco Interamericano de Desarollo, 2001, p. 45. “O conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma determinada sociedade. É preciso, porém, acrescentar que o poder de Governo, sendo habitualmente institucionalizado, está normalmente associado à noção de Estado”. (Levi, 1993) STOKKE (1997). “o termo governança vem do grego kibernetis, que é etimologicamente ligado à navegação e à pratica ou condição de piloto ou timoneiro das naus. Governança e Governo não são entretanto, sinônimos, e tem sentido distintos”. CZEMPIEL (2000). “governança é a capacidade de fazer coisas sem a competência legal para ordenar que elas sejamfeitas. E diz que os governos podem distribuir valores autoritários, enquanto a governança o faz de modo não autoritário mas igualmente efetivo. Para ele “os governos exercem o domínio; a governança exerce o poder”. “Em qualquer campo que se pretenda analisar a governança (micro ou macro), será possível notar que ela não se limita a uma única ação ou atividade, mas é muito mais um processo que leva tempo e envolve atores múltiplos (...) ”. (GONÇALVES E COSTA) “A governança é um processo envolvendo vários atores na área internacional que produz normas e regras para o trabalho conjunto para resolver problemas ou conflitos globais”. (Hyden: Court) apud (GONÇALVES E COSTA) O FUTURO DA GOVERNANÇA GLOBAL DEPENDE DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS: 1. INTERNOS: dizem respeito ao desenvolvimento da própria ideia de governança e difusão de seu conceito. 2. EXTERNOS: estão relacionados às condições objetivas internacionais. A Governança Global (administração coletiva dos problemas comuns a nível internacional) está em um momento crítico e exige, cada vez mais: interdependência, natureza interligada e conexão entre os desafios domésticos e estrangeiros. Governança é “boa” e “democrática” para graduar a transparência das instituições e processos de cada país. As instituições referem-se à estrutura governamental, como os Parlamentos e os Ministérios; e os processos às atividades principais, como as eleições e os procedimentos legais, que devem ser vistos como livres de corrupção e transparentes para a sociedade. O sucesso de um país para atingir esse padrão tornou-se uma medida chave de sua credibilidade respeito no mundo. A boa governança promove a equidade, participação, pluralismo, transparência, accountability em um Estado de Direito, de forma eficaz, eficiente e duradoura”. UNITED NATIONS ORGANIZATION. GLOBAL ISSUES: GOVERNANCE. United Nations – UN. Disponível em: <http://un.org/en/globalissues/governance>. Acesso em: 21 fev. de 2018. Para a INTOSAI, órgão que congrega as EFS’s no mundo, o desafio da “governança nas organizações do setor público é determinar quanto risco aceitar na busca do melhor valor para os cidadãos e demais partes interessadas, o que significa prestar serviço de interesse público da melhor maneira possível”. Alves. Governança Pública: Significa “a proteção da inter-relação entre gestão, controle e fiscalização por organizações governamentais e por organizações criadas por autoridades governamentais, visando à concretização dos objetivos políticos de forma eficiente e eficaz, bem como a comunicação aberta e a prestação de contas, para benefício das partes interessadas. TIMMERS, Hans. Government Governance: Corporate governance in the public sector, why and how? In: 9th fee Public Sector Conference. Netherlands. Artigo. Ano: 2000. Disponível em: <http://www.ecgi.org/codes/documents/public_sector.pdf>. Acesso em: 06 set. 2017. Conceitos Governança “... nova geração de reformas administrativas e de Estado, que têm como objeto a ação conjunta, levada a efeito de forma eficaz, transparente e compartilhada, pelo Estado, pelas empresas e pela sociedade civil, visando uma solução inovadora dos problemas sociais e criando possibilidades e chances de um desenvolvimento futuro sustentável para todos os participantes”. LÖFFLER, Elke. Governance: Die neue Generation von Staats - und Verwaltungs - modernisierung. Verwaltung + Management, v. 7, n. 4, p. 212-215, 2001, cit. in RAP (Revista de Administração Pública) - Rio de Janeiro 40(3): 479-99, Maio/Jun. 2006 (p. 479 e ss.). GONÇALVES acredita que a construção de mecanismos e práticas de Governança justifica-se por causa da crescente interdependência entre os mais variados atores do Estado e das organizações internacionais. No mesmo sentido, para YOUNG a governança “surge como uma preocupação social ou societária sempre que os membros de um grupo percebem que são interdependentes no sentido de que as ações de uns afetam o bem-estar de outros”. Gonçalves, Alcindo; COSTA, José Augusto Fontoura. Governança Global e Regimes Internacionais. p. 47. YOUNG, Oran R. International governance: Protecting the Enveronment in a Stateless Society. Ithaca; Londres: Cornell University Press, 1994. p 15. Gonçalves assinala que a interdependência pode até mesmo tornar-se motivação de conflitos entre os atores, quando um grupo se sente prejudicado pelas ações de outros no cumprimento de suas metas e finalidades. Mas certo é que a interdependência gera troca de informações e experiências, proporcionando o aprendizado mútuo. Cada um aprende com a experiência do outro. Todos ganham. Por outro lado, esta interdependência pode ser motivo para a busca integrada de cooperação “quando surgem oportunidades para aumentar o bem-estar coletivo se forem tomadas medidas de coordenação das ações dos diferentes membros dos grupos”. Se todos os atores do processo perceberem essa importância, certamente haverá o atingimento das metas almejadas a contribuir para o bom desempenho de todos os grupos. De modo brilhante Gonçalves conclui essa proposição, dizendo que “constatada a interdependência entre atores, coordenação e cooperação são elementos-chave para o estabelecimento da Governança”. Gonçalves, Alcindo; COSTA, José Augusto Fontoura. Governança Global e Regimes Internacionais. p. 47. Tomassini aduz para que haja possibilidade de lograr os objetivos de governança nas democracias, necessário se faz a concorrência dos governantes (Estado) e dos cidadãos e de suas organizações (sociedade civil organizada) “para construir consensos que tornem possível formular políticas que permitam responder equilibradamente ao que a sociedade espera do governo”. TOMASSINI, Luciano. Governabilidad y Politicas Publicas em America Latina. In: FLÓREZ, Fernando Carrillo (editor). Democracia em déficit. Gobernabilidad y desarollo em América Latina y el Caribe. Washington, DC: Banco Interamericano de Desarollo, 2001, p. 45. “A concepção de Governança aqui esposada deve ser ampla, compreendendo a ação conjunta de Estado e da sociedade, de modo integrado, coordenado, catalisado, compartilhado e cooperativo na confecção e execução de projetos, contendo planos, indicadores e metas, e também deve buscar soluções pragmáticas ao atingimento de resultados eficazes com o propósito de disseminar a prática de boa Governança pública que prime pelo alcance dos cinco E’s da Administração pública, que são: Eficiência, Eficácia, Economicidade, Efetividade e Eticidade ...”. (Alves). In GOVERNANÇA TRANSNACIONAL DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL: A POSSIBILIDADE DE SUA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE COM BASE NAS EXPERIÊNCIAS DAS ENTIDADES FISCALIZADORAS SUPERIORES-Tese defendida junto a UNIVALI/2018 – Benedito Antonio Alves, sob orientação da Dra Carla Piffer). GOVERNANÇA TRANSNACIONAL: Trata-se da governança pública exercida no âmbito transnacional, em cooperação entre as Entidades Fiscalizadoras Superiores, em questões de interesses comuns transnacionais, sobre temáticas específicas de natureza transfronteiriças, mas com alcance global, decorrente da globalização em todas as suas vertentes, no bojo de uma relação internacional emergente, levada a efeito por uma rede de organizações públicas e privadas e corporações multi e transnacionais, com participação de atores públicos, privados e outros da sociedade civil organizada, com vistas ao enfrentamento de questões que oferecem perigo para além das fronteiras estatais, com penetração para além das jurisdições dos Estados, individualmente considerados, a exemplo da corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, combate ao terrorismo, combate ao tráfico de drogas, combate ao tráfico de armas, ao crime organizado internacional; também questões várias de ordem econômica; combate à desnutrição e à fome; questões de ordem ambiental, emissão de gases de efeito estufa,degradação da fauna, da flora, perda da biodiversidade, proliferação de doenças infectocontagiosas etc. que exigem a tomada de decisões em cooperação transnacional de todos os Estados afetados. (Alves). DEZ PASSOS (PRINCIPIOS) para a boa Governança, que são: 1. Escolha líderes competentes e avalie seus desempenhos; 2. Lidere com ética e combata os desvios; 3. Estabeleça sistema de governança com poderes de decisão balanceados e funções críticas segregadas; 4. Estabeleça modelo de gestão da estratégia que assegure seu monitoramento e avaliação; 5. Estabeleça a estratégia considerando as necessidades das partes interessadas; 6. Estabeleça metas e delegue poder e recursos para alcançá-las; 7. Estabeleça mecanismos de coordenação de ações com outras organizações; 8. Gerencie riscos e institua os mecanismos de controle interno necessários; 9. Estabeleça função de auditoria interna independente que adicione valor à organização; e 10. Estabeleça diretrizes de transparência e sistema de prestação de contas e responsabilização. NARDES, João Augusto Ribeiro; ALTOUNIAN, Cláudio Sarian. VIEIRA, Luis Afonso Gomes. Governança Pública: o desafio do Brasil. p. 325 - 326. NARDES - QUATRO CONCLUSÕES importantes sobre a boa governança: 1. Os níveis de governança devem indicar caminhos corretos para os gestores e demais interessados na fase de direcionamento das ações. Se essa indicação não for clara e alinhada aos anseios do “principal”, mesmo que o processo de gestão seja eficiente, os resultados entregues não serão aqueles esperados e a decepção será grande. Em situações extremas, é possível que iniciativas erradas sejam executadas adequadamente. 2. As fases de monitoramento e avaliação são essenciais, pois permitem a identificação de desvios no caminho inicialmente traçado na fase de direcionamento e, consequentemente, a correção de rumos durante o processo da busca de resultados. 3. Quanto mais alto o nível hierárquico dentro de uma estrutura organizacional, maior a concentração nas funções de governança e menor nas de gestão. Na medida em que migramos para o nível operacional, a situação se inverte. 4. A boa governança permite identificar a qualidade da atuação dos gestores em função dos resultados apresentados em comparação aos planejados. Com isso, será possível também a substituição de maus gestores quando necessário. TRABALHO EM EQUIPE: 1. Normas Brasileiras Genéricas aplicáveis a Governança Pública 2. Normas Internacionais Genéricas aplicáveis a Governança Pública 3. Normas Brasileiras Específicas de Controle Externo aplicáveis a Governança Pública 4. Normas Internacionais Específicas de Controle Externo aplicáveis a Governança Pública 5. Normas de Governança Corporativa 6. Norma Estadual Aplicável à Governança Pública CONCEPÇÕES PROPEDÊUTICAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 1. NOÇÕES PROPEDÊUTICAS; 2. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO E SUA BASE TRIADICA (Constituição Federal de 1988;Lei 4.320/64 – Lei de Contabilidade Pública – estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;Lei Complementar 101/ 00 – Lei de Responsabilidade Fiscal – estabelece normas de finanças públicas na gestão fiscal); 3. A ATIVIDADE FISCAL, PARAFISCAL E EXTRAFISCAL; 4. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO; 5. SERVIÇOS PÚBLICOS. AFE- DIREITO FINANCEIRO 1 - NOÇÕES PROPEDÊUTICAS: 1.1. DIREITO FINANCEIRO x CIÊNCIA DAS FINANÇAS: Conceitos; Diferenças; Posição; Autonomia; Interdisdiplinariedade. 1.2. ESTADO: Origem (Status, Polis, Civitas, Florença, Dominium, Imperium); Elementos e Conceito; 1.3. GROPALLI – Conceito Estado: “Pessoa jurídica soberana, constituída de um povo organizado sobre um território, sob o comando de um poder supremo, para fins de defesa, ordem, bem-estar e progresso social.” DIREITO FINANCEIRO 1.4. FONTES DO DIREITO FINANCEIRO: 1.4.1. Fontes Materiais: 1.4.2. Fontes Formais: 1.4.2.1. Instrumentos Primários; 1.4.2.1. Instrumentos Secundários DIREITO FINANCEIRO 1) Fontes Materiais ou Reais: São os atos que exprimem os fatos financeiros de conteúdo econômico, qualificados por lei, como hipóteses de incidência de obrigação tributária ou financeira. CPMF, IRPF, IOF, ICMS, Tarifas, etc. 2) Fontes Formais: São as leis que vigem no ordenamento jurídico, dispondo sobre matéria financeira, subdividindo-se em principais ou primárias (arts. 59 a 69 da CF), que são instrumentos aptos a renovar a ordem jurídica e as secundárias, ou seja, instrumentos inaptos a renovar a ordem jurídica (art. 100 do CTN). HANS KELSEN – SISTEMA ESCALONADO DE NORMAS. SISTEMA ESCALONADO DE NORMAS Nasceu: em 1881 em Praga- Áustria Faleceu: em 1973 em Berkeley-USA Obras: 620 títulos + Importantes: Teoria Geral das Normas Teoria Geral do Estado-TGE Teoria Pura do Direito-1934 Jurista Filósofo Sociólogo Teórico do Estado Juiz Círculo de Viena: Freud (Psicanalista) Kelsen – O Jurista. HANS KELSEN Teoria da Formação Escalonada do Sistema Jurídico 1. Forma constitucional 2. Forma legal 3. Forma regulamentar Conteúdo Nível supra constitucional-PCO Norma fundamental-CF/EC/LC Normas equiparadas ✔ TCI ✔ LO ✔ DL ✔ RES ✔ MP ✔ LD ✔ Decretos-exceção:sítio/defesa Normas infra constitucionais ✔ Decretos regulamentares ✔ Atos normativos ✔ Decisões administrativas ✔ Decisões judiciais. ✔ Práticas reiteradas ✔ Convênios FONTES PRIMÁRIAS 1) CONSTITUIÇÃO FEDERAL: é a norma fundamental, escrita que dá validade a todas as demais normas do ordenamento jurídico do Estado, oriunda diretamente do Poder Constituinte Originário, vez que ocorre uma Assembléia Nacional Constituinte, com o objetivo de eleger Deputados e Senadores com a missão precípua de elaborar a Constituição do País. A norma que contrariar a Constituição Federal, em matéria tributária será considerada inconstitucional, cabendo ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade, pois o STF é o guardião da Constituição Federal. FONTES PRIMÁRIAS 2) Emendas à Constituição: Hierarquicamente, em sua elaboração, só é inferior à Constituição Federal. No processo legislativo, uma vez aprovada torna-se uma norma Constitucional. As regras para a Emenda Constitucional encontram-se insertas no art. 60 da Constituição Federal de 1988. Nenhuma Emenda Constitucional poderá ser apresentada sob Estado de Sítio, Defesa ou Intervenção Federal. A iniciativa poderá ser do Presidente da República; de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara ou do Senado; ou de mais da metade das Assembléias Legislativas Estaduais (quorum de maioria relativa). Se aprovadas pelas duas casas do Congresso Nacional, as Emendas Constitucionais não se submeterão à sanção do Presidente. A promulgação é ato de competência das mesas da Câmara e do Senado. Não são objeto de deliberação, as propostas de Emenda Constitucional tendentes a abolir: 1) a forma federada de Estado; 2) o voto direto, secreto e universal; 3) a separação dos Poderes; 4) os direitos e garantias individuais. Uma vez aprovadas, gozam da mesma força hierárquica das demais normas Constitucionais. O que diferencia uma norma Constitucional, de uma Emenda Constitucional, é o fato desta se originar do Poder Constituinte Derivado, enquanto aquela do Poder Constituinte Originário. FONTES PRIMÁRIAS 3) Leis Complementares: são leis de natureza nacional, elaboradas para complementarem o texto constitucional, portanto, só podendo tratar de assuntos previstos na Constituição Federal. Necessitam de quorum absoluto, estando sujeitas ao veto presidencial. Atualmente, como exemplo, temos a Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal, que complementa os arts. 163 usque 169 da Constituição Federal de 1988, estabelece a responsabilidade da gestão fiscal do Administrador Público. FONTES PRIMÁRIAS 4) Tratadose Convenções Internacionais: hierarquicamente, situam-se abaixo das Leis Complementares e acima das Leis Ordinárias. São assinados pelo Poder Executivo, revogando ou modificando a Legislação Tributária interna observado pela lei que lhes sobrevenha, conforme dispõe o art. 98 do Código Tributário Nacional. Transformam-se em fontes do Direito Financeiro e Tributário após sua aprovação pelo Congresso Nacional, por Decreto Legislativo. As regras para os Tratados e Convenções encontram-se fundamentados nos arts. 49, I; 84, VIII, da Constituição Federal de 1988 e art. 98 do Código Tributário Nacional. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Os Tratados não podem contrariar a Constituição Federal, senão estariam ferindo nossa soberania, e não seriam aprovados pelo Congresso Nacional. Um exemplo comum hoje, são as tarifas do MERCOSUL, as quais devem ser obedecidas pelos países membros. FONTES PRIMÁRIAS 5) Resoluções do Senado: na hierarquia é superior às Leis Ordinárias, já que os Estados devem obedecer aos limites máximos das alíquotas de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, por exemplo. Tem finalidade de regular matéria de competência do Congresso Nacional. Determinam as alíquotas máximas de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e Exportação, ex vi do art. 155, § 2º, IV, da Constituição Federal de 1988: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) IV – resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; Ainda, suspendem a execução de Lei ou Decreto, no todo ou em parte considerados inconstitucionais pelo STF. FONTES PRIMÁRIAS 6) Leis Ordinárias: são elaboradas pelo Congresso Nacional, Assembleias Legislativas dos Estados, Câmara Distrital e Câmaras de Vereadores. Em verdade, trata-se das leis rotineiras elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função normativa, já que para sua aprovação, exige-se apenas a maioria simples, o que as diferenciam das Leis Complementares, que exigem o quorum qualificado por maioria absoluta. FONTES PRIMÁRIAS 7) Leis Delegadas: são elaboradas pelo Presidente da República, o qual solicita a delegação ao Congresso Nacional. O art. 68 da Constituição Federal de 1988 estabelece qual é o objeto das Leis Delegadas: Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I – organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. O Congresso Nacional por meio de Resolução deverá especificar o seu conteúdo; os termos de seu exercício e a sua duração. Com o surgimento das Medidas Provisórias, praticamente as Leis Delegadas perderam o seu valor, estando em desuso no processo legislativo nacional. FONTES PRIMÁRIAS 8) Medidas Provisórias: o advento das Medidas Provisórias, trata-se de uma inovação da Constituição Federal de 1988, sendo instituídas em substituição aos antigos Decretos-leis. Parte da doutrina entende por sua imprestabilidade para a instituição de normas tributárias e financeiras, principalmente devido ao princípio da anualidade e da anterioridade. A Medida Provisória tem sido muito questionada, pois a mesma só deveria ser usada em caso de relevância e urgência, o que não tem acontecido. Às vezes há relevância, mas não há urgência. Se a Medida Provisória não for convertida em lei no prazo de trinta dias, perderá sua eficácia, consoante dispõe o art. 62 da Constituição Federal de 1988. Ao ser rejeitada pelo Congresso Nacional, não poderá ser reeditada, o que não vem acontecendo. Na prática é constantemente reeditada. Caso o Congresso Nacional estiver em recesso, terá um prazo de 5 (cinco) dias para se reunir e apreciá-las. Convém destacar que as Medidas Provisórias têm força de lei, mas não são leis em sua natureza jurídica. FONTES PRIMÁRIAS 9) Decretos Legislativos: trata-se de normas, aprovadas pelo Congresso Nacional, ou Poder Legislativo dos demais entes estatais, as quais a Constituição Federal de 1988 não exigem reversão ao Chefe do Poder Executivo para sanção. Não possuem eficácia ou força de Lei,sendo promulgados pelo Presidente do Senado, ou pelos Presidentes das Casas Legislativas dos demais entes. São de pouca relevância para o Direito Financeiro e Tributário. FONTES SECUNDÁRIAS 1) Decretos Regulamentares: tem a finalidade de dar o fiel cumprimento à Lei, quando as mesmas não são auto-executáveis, regulamentando-as. Contudo, devem respeitar os exatos limites das disposições das leis que regulamentam. 2) Atos Normativos: são aqueles expedidos pelas autoridades administrativas, servindo para complementar ou explicar a Lei ou Decretos Regulamentares, em sua aplicabilidade. Exemplos: Portarias, Pareceres Normativos, Instruções, Avisos, etc... FONTES SECUNDÁRIAS 3) Decisões Administrativas: são aquelas proferidas pelos órgãos julgadores, singulares ou coletivos, da própria Administração, cujas decisões reiteradas formam a jurisprudência administrativa. 4) Decisões Judiciais: são as decisões prolatadas pelo Poder Judiciário ao julgar matéria de conteúdo financeiro. As decisões reiteradas, formam a jurisprudência judicial. FONTES SECUNDÁRIAS 5) Práticas Reiteradas: trata-se da praxe administrativa (costumes) que acabam por criar normas que são observadas em matéria de conteúdo financeiro. 6) Convênios: são ajustes ou acordos celebrados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, os quais são firmados para regular matéria de natureza financeira ou tributária, a exemplo do que ocorre com os convênios do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, celebrados entre os Secretários Estaduais de Fazenda reunidos no CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária, os quais só passarão a valer após serem ratificados pelo Poder Legislativo. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL INSTRUMENTOS SECUNDÁRIOS INAPTOS A RENOVAR A ORDEM JURÍDICA: Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Atividade Financeira do Estado Desejos X Necessidades DISCOPORTO AEROPORTO DIREITO FINANCEIRO 1. Individuais 2. Coletivas 3. PúblicasNECESSIDADES DIREITO FINANCEIRO 2. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO I - GERIR? II - OBTER? III - DESPENDER? IV - CRIAR? Orçamento Público Receitas Públicas Despesas Públicas Crédito Público DIREITO FINANCEIRO Atividade Financeira do Estado Conceitos: 1) ALIOMAR BALEEIRO: “Consiste na obtenção, criação e dispêndio do dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu aqueloutras pessoas de direito público, ou seja, atividade financeira consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o estado assumiu. 2) ALBERTO DEODATO: “É a procura dos meios para satisfazer as necessidades públicas. 3) KIYOSHI HARADA: “um ideal que promove bem estar e conduz a um modelo de sociedade que permite o pleno desenvolvimento das potencialidades humanas, ao mesmo tempo em que estimula a compreensão e a prática de valores espirituais”. DIREITO FINANCEIRO 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO: 5.1. Teoria da Troca; 5.2. Teoria da Repartição de Encargos; 5.3. Teoria do Consumo ou Improdutiva; 5.4. Teoria Cooperativista ou Corporativista; 5.5. Teoria do Sistema de Preços; 5.6. Teoria da Produtividade Marginal; 5.7. Teoria Estatal; 5.8. Teoria da Luta de Classes; 5.9. Teoria da Utilidade Relativa; 5.10. Teoria da Produção ou da Produtividade; 5.11. Teoria da Circulação; 5.12. Teoria da Soberania ou Política. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.1. Teoria da Troca: Defendida por Nassau Senior, e posteriormente retomada por Claude Frederic Bastiat, consiste na troca que ocorre entre o Estado que presta o serviço e o particular (contribuinte), que efetua o pagamento do serviço prestado. Por este pensamento, teríamos que o particular paga seus tributos e o Estado, em troca, presta serviço. Mas nos Estados modernos verificamos que há vários tipos de arrecadação, como por exemplo o imposto, cuja característica não é a reciprocidade, onde vale dizer, o particular não recebe nada em troca da importância recolhida pelo Estado. Esta teoria, juridicamente, se mostra falha pois não engloba todos os tipos de arrecadação. Somente existirá troca quando houver reciprocidade, por decorrer da manifestação da vontade do particular. Já do ponto de vista econômico, a teoria se mostra válida, pois os particulares pagam seus tributos, indistintamente, e haverá contraprestação geral, para toda a sociedade, quando esta receber um Serviço Público, em face dos pagamentos realizados. Há em sentido global, uma troca, todos pagam e todos recebem os diversos serviços mantidos pelo Estado. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.2. Teoria da Repartição de Encargos: (Gaston Jéze) Esta teoria consiste em que o Estado some todos os seus encargos (Despesas Públicas) em seguida divida-os com a sociedade. Esta também não se mostra verdadeira em sua essência, pois teríamos de encontramos uma receita homogênea, isto é, todos devendo pagar o mesmo ônus, quando sabemos que a sociedade é constituída de um todo heterogêneo, onde nem todos podem suportar o mesmo gravame tributário. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.3. Teoria do consumo ou improdutiva: (desenvolvida por Jean Baptiste Say – criada por Adam Smith) Por esta teoria, o Estado arrecada as receitas tributárias e não-tributárias do povo, com o escopo de apenas consumir as receitas na manutenção dos encargos estatais, significando, destarte, que o mesmo não produz, apenas consome aquilo que arrecada da sociedade. Carlos Roberto de Miranda Gomes, citando Adam Smith e Say, define esta teoria como aquela em que “o Estado arrecada do povo uma parcela de sua riqueza privada (bens e rendas) para consumir na manutenção da máquina administrativa, sem nenhuma produtividade”. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.4. Teoria Cooperativista ou Corporativista: (Vitti Di Marco) Esta teoria, explica a Atividade Financeira do Estado, e aduz que o mesmo, na verdade, funciona como uma grande cooperativa, onde, nesta corporação, há a participação de todos os contribuintes, que se beneficiam dos serviços públicos, a um custo mínimo. A despeito desta teoria Dejalma de Campos, acrescenta que além de Vitti de Marco, são defensores da mesma, W. J. Schultz e King. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.5. Teoria do Sistema de Preços: (Maffeo Pantaleoni) Segundo esta teoria, o Estado exerce uma função de prestador de serviços, cobrando preços públicos como se fosse uma empresa, em sua atividade econômica normal. Ocorre que nem sempre esse serviço é eficiente, de molde a atingir a finalidade desejada. Muito embora, na maioria das vezes, mesmo sendo ineficazes os serviços, o Estado cobra-os normalmente, significando que, bom ou ruim, o serviço público tem o seu preço. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.6. Teoria da Produtividade Marginal: (Montemartini) A maioria dos doutrinadores, no referente a esta teoria, citam as palavras do Mestre Valter Paldes Valério, para quem “a produtividade de um fator produtivo é determinada pela eficácia da última unidade disponível desse fator assim como o valor do produto é determinado por aquela das suas unidades que é destinada à satisfação da última necessidade”. O economista Fábio Nusdeo, ao tratar da utilidade marginal, nos dá um exemplo bastante ilustrativo e esclarecedor. “Trata-se do caso em que um viajante sedento chega a uma paragem e toma um copo de água, o qual será de alta utilidade para matar sua sede, pois não tinha até então nenhum copo de bebida à sua disposição. Após o primeiro copo, ele poderá tomar mais dois, ou mais três e à medida em que for ingerindo essas doses, muito embora sua satisfação ou utilidade total vá subindo, o acréscimo de utilidade trazido pelas doses sucessivas (copos de água ingeridos) será cada vez menor, até chegar a zero. Quando esse acréscimo de utilidade marginal, assim chamado por situar-se à margem ou no limite, chega a zero, o viajante sedento não tem nenhum impulso para beber mais água, pura e simplesmente por já estar saciado. O renomado doutrinador aduz ainda que: No campo da produção, fala-se em produtividade marginal, para significar o acréscimo de produto decorrente de emprego de uma unidade a mais de um fator. Exemplo: O acréscimo de colheita, provocado pelo emprego de uma unidade a mais (marginal) de fertilizante, ou pela compra de um trator adicional.” Em palavras mais simples, está teoria tenta explicar a Atividade Financeira do Estado no sentido de que as despesas com as necessidades públicas devem ser realizadas de modo que sejam atendidas, satisfeitas em sua totalidade. Por exemplo: Se um Município atende em sua totalidade as necessidades atinentes ao saneamento básico, atinge assim o limite (a margem) dessa necessidade, restando daí que não haverá mais produtividade, em razão da satisfação total dessa necessidade. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.7. Teoria Estatal: Em síntese, essa teoria trata do Estado tributário, ressaltando o seu Poder e Competência para instituir e cobrar tributos, com o escopo de fazer frente às necessidades públicas, respeitando-se, contudo, as limitações constitucionais ao Poder de Tributar, principalmente no que se refere à capacidade contributiva dos cidadãos, no sentido de que, quem ganha muito, deve pagar muito; quem ganha mais ou menos deve pagar pouco; e quem ganha pouco, não paga nada (isento). 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.8.Teoria da Luta de Classes (Defendida pelos socialistas Achille Lória, Pareto e Conigliani). Explicam que o Estado exerce sua Atividade Financeira, no interesse das classes dominantes em detrimento das classes mais fracas, pois o custo do serviço público que deve ser suportado por todos é desproporcional à capacidade contributiva da classe mais fraca. Quem bem colocou esta questão foram Marxe Engels, em sua dialética da burguesia x proletariado, do capital x trabalho. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.9. Teoria da utilidade relativa É defendida por Sax, Mazzola, Ricca Salermo e Granziani. Para eles: “A riqueza privada possui uma utilidade relativa a partir de quando se avoluma em uma única pessoa, sufocando o seu possuidor, quando a sua utilização pelo grupo social teria maior vantagem, daí a justificação de sua transferência para o Estado, a quem compete a distribuição equitativa da riqueza.” Isto significa dizer que somente deve ser atendido aquilo que é essencial para o indivíduo, pois o que passar disso, é considerado excesso, devendo ser transferido para o Estado, para que este possa redistribuir a riqueza excedente, através de seu poder de intervir no domínio econômico, o que está longe de acontecer nessa sociedade capitalista em que convivemos. Esta teoria chegou mesmo a inspirar os socialistas, posto que entendia que a necessidade do individuo é igual à necessidade do Estado, daí que, todos os bens e rendas deveriam pertencer ao Estado e não ao indivíduo. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.10. Teoria da Produção ou da Produtividade: Defendida por Dietzel, Listz, Wagner, Stein e Hegel, sendo que se subdivide em: a) produção direta: onde o Estado utiliza os recursos arrecadados do cidadão, devolvendo-os com valor maior, em forma de bens e serviços públicos; b) produção indireta: significando que o serviço público realizado aumenta a riqueza individual, a exemplo do que ocorre, com a valorização imobiliária, decorrente de obra pública, quando o contribuinte, recolhe a contribuição de melhoria; c) produção capitalista: para qual o Estado é formado por um capital coletivo, sendo o detentor da produção de bens e serviços públicos, que não podem ser produzidos ou operacionalizados pelo indivíduo, tais como os atinentes à segurança, justiça, saúde, etc, em que pese atualmente a institucionalização das PPPs – Parcerias Público-Privadas. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.11. Teoria da Circulação: O Estado recebe dos cidadãos riquezas, e a distribui em favor da coletividade, e torna-se mero intermediário das trocas de riquezas, na medida em que se utiliza de ius imperii para intervir no domínio econômico, constituindo-se numa das formas da atividade financeira estatal. 5. TEORIAS EXPLICATIVAS DA ATIVIDADE FINANCEIRA ESTADO 5.12. Teoria da Soberania ou Política: Essa teoria é atribuída a Griziotti onde esclarece que nos atos praticados pelo Estado, deve predominar o elemento político, no exercício de sua soberania. Assim, o Estado adota, em razão de sua Soberania, uma política econômica, em harmonia com o pensamento do grupo político dominante, impondo sua vontade política sobre todos os governados de seu território. • DIREITO FINANCEIRO 3.1. ATIVIDADE FISCAL ou Fiscalidade 3.2. ATIVIDADE PARAFISCAL ou Parafiscalidade 3.3. ATIVIDADE EXTRAFISCAL ou Extrafiscalidade DIREITO FINANCEIRO 4. SERVIÇOS PÚBLICOS (arts. 21 a 24 da CF): 4.1. Conceito 4.2. Divisão: Próprios Diretos, Próprios Indiretos e Impróprios; 4.3. Características: SERVIÇOS PÚBLICOS: 4.1. Conceito (Celso Antônio Bandeira de Mello): Serviço público significa a prestação da utilidade ou comodidade material fruível diretamente pelos administrados, prestado pelo Estado ou por quem lhes faça suas vezes, sob regime de direito público”. O serviço público é aquele prestado por intermédio dos servidores e dos recursos financeiros disponíveis nas rubricas orçamentárias para tal finalidade, ou por delegatários, após procedimentos formais (licitações, contratos, etc), visando satisfazer as necessidades públicas, posto que são usufruídos indistintamente. SERVIÇOS PÚBLICOS: 4.2. Divisão: 4.2.1. Próprios Diretos: aqueles que a Administração presta diretamente à comunidade, para a sobrevivência do próprio Estado, sendo privativos, pois só a Administração deve prestá-los, sem delegar a terceiros, pela Administração Direta ou pela Indireta, por meio das Autarquias e Fundações. Ex. Prestados pelos Ministérios (Saúde Pública, Educação Pública, Segurança Pública, Previdência, etc. 4.2.2. Próprios Indiretos: aqueles prestados por meio de delegatários (autorizatários, permissionários e concessionários), por empresas particulares, por determinado tempo para atender a coletividade. Ex: Limpeza Pública, Terceirizados de serviços administrativos, Etc. 4.2.3. Impróprios: aqueles prestados por empresas particulares, nas condições regulamentadas e sob certas condições, mediante remuneração dos usuários (indivíduos que utilizam o serviço). Ex: Transporte coletivo, energia elétrica, água, gás, telefone, etc. sendo disciplinados pela Lei 8.666 de 1993 e art. 2º da Lei 8.927 de 1995. SERVIÇOS PÚBLICOS: 4.3. Características: 4.3.1. Universalidade ou Generalidade: tem por objetivo atender a toda a coletividade, visando proporcionar a todos a prestação dos serviços do Estado, e não a uma minoria que não necessita desses serviços. 4.3.2. Impessoalidade: deve ser prestado e usufruído por qualquer pessoa, estando a disposição de todos, sem discriminação de cor, raça, classe, credo, etc. 4.3.3. Seletividade: tem como princípio a necessidade maior, devendo ser selecionados a fim de atender o interesse da coletividade. 4.3.4. Coercibilidade: são aqueles serviços impostos de maneira coercitiva, não se preocupando o Estado com a individualidade, mas sim com os benefícios que trará à coletividade. Não atende nem ao interesse do Adm Público nem de seus correligionários, mas sim ao interesse público. 4.3.5. Não-reciprocidade: O Estado não tem que satisfazer diretamente uma necessidade específica, mas indiretamente satisfaz um número muito grande de necessidades não individuais, mas coletivas, significando que, pelo valor pago por um contribuinte, o Estado não tem obrigação de retribuir àquele o serviço, mas sim atender as necessidades da sociedade em geral, traduzindo, destarte, o sacrifício individual em prol da coletividade. ORÇAMENTO PÚBLICO: 1. Histórico; 2. Conceitos; 3. Natureza Jurídica; 4. Princípios Orçamentários; 5. Espécies de Orçamento; e 6. Ciclo Orçamentário. Conteúdo da Próxima Aula
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