Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Araguaína- TO 08/05/2020 DIREITO DAS OBRIGAÇOES MODALIDADES DAS OBRIGAÇOES Amanda Cristina Santos NOME DO ALUNO Hideglan Brito DOCENTE DIREITO CURSO DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES Como podem ser as obrigações quanto ao conteúdo da prestação? Podem ser positivas e negativas: a) positiva: exige uma ação; e b) negativa: exige uma abstenção. Como podem ser as obrigações quanto ao objeto da prestação? Podem consistir em obrigações de dar, de fazer e de não fazer: a) obrigação de dar (positiva): relacionada a uma coisa, certa ou incerta; b) obrigação de fazer (positiva): relacionada a uma tarefa. Pode ser infungível (personalíssima), fungível (impessoal) e de emitir declaração de vontade; c) obrigação de não fazer (negativa): relacionada a uma abstenção. OBRIGAÇÕES POSITIVAS: Obrigação de dar Coisa certa Coisa incerta Obrigação de fazer Fungível Infungível NEGATIVAS: Obrigação de não fazer. a) Obrigação de dar: - Consiste nas atividades: - de dar, em sentido estrito (transferir a propriedade da coisa); - de entregar (transferir a posse ou detenção da coisa); - ou de restituir (devolver a coisa – ex. comodato). Esses atos podem ser resumidos na palavra tradição. O objeto da obrigação de dar, de entregar ou de restituir pode ser certo ou incerto: Obrigação de dar, de entregar ou de restituir coisa certa: É também chamada de obrigação específica. É aquela em que o devedor se obriga a dar coisa (móvel ou imóvel) individualizada em sua quantidade, gênero e espécie, que se distingue por características próprias. - Regra de interpretação: Abrange os acessórios (frutos, produtos e benfeitorias, mas não as pertenças – art. 94) da coisa, salvo convenção em contrário (CC, art. 233– princípio da gravitação jurídica). - Princípio da exatidão: o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa (art. 315). - Princípio dos cômodos obrigacionais. Esse princípio está descrito em três regras: 1ª regra: Na obrigação de DAR ou ENTREGAR coisa certa, “até a tradição pertence ao devedor (ou seja, o PROPRIETÁRIO) a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor (ou seja, o ADQUIRENTE) não anuir, poderá o devedor (ou seja, o PROPRIETÁRIO) resolver a obrigação” (art. 237). Isso significa que se houver melhoramentos (benfeitorias) e acrescidos (frutos) na coisa, sem despesa do devedor, depois do contrato, mas antes da data convencionada para a tradição ou do implemento da condição suspensiva que demarca a data da prestação, o devedor poderá exigir aumento no preço contratado. Se o credor não concordar, o contrato poderá ser resolvido pelo devedor, devendo haver restituição dos valores eventualmente antecipados. 2ª regra: Na obrigação de RESTITUIR coisa certa, “se sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor (PROPRIETÁRIO), desobrigado de indenização” (art. 241). 3ª regra: Na obrigação de RESTITUIR coisa certa, “se, para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé” (art. 242). O mesmo se aplica quanto aos frutos percebidos (art. 242, prg. único). As normas em questão figuram nos artigos 1.214 a 1.222, do Código Civil. As principais são as seguintes: - O possuidor de boa-fé tem direito: • à indenização (pelo valor atual) pelas benfeitorias necessárias e úteis e pode reter a posse da coisa até o recebimento dessa indenização (art. 1.219), bem como ao levantamento das benfeitorias voluptuárias que não lhe forem pagas; e • aos frutos percebidos e à dedução das despesas de produção dos frutos pendentes (art. 1.214). - O possuidor de má-fé tem direito ao ressarcimento (sem direito de retenção) das benfeitorias necessárias (art. 1.220) e das despesas com os frutos pendentes. No entanto, terá a obrigação de responder por todos os frutos percebidos e percipiendos (art. 1.216) e perderá as benfeitorias úteis e voluptuárias. - Princípio de que a coisa perece para o dono (“res perit domino suo”: a coisa perece em prejuízo de seu dono). - É o outro lado da moeda do princípio dos cômodos obrigacionais. Se o proprietário se beneficia dos melhoramentos e acrescidos ocorridos depois do contrato e antes da tradição, deverá ser o prejudicado pela perda (total) ou deterioração (perda parcial) da coisa depois do contrato e antes da tradição. - Na obrigação de RESTITUIR COISA CERTA, aplica-se a máxima res perit domino (a coisa perece para o dono), mas ele tem direito a pleitear os direitos existentes até o dia da perda. Exemplo: A e B celebraram contrato de locação de um veículo por seis meses, havendo dever de restituir a coisa ao final do contrato. Ocorre que, após a tradição ao locatário, no terceiro mês de vigência do contrato, o veículo pegou fogo. 1ª situação: se houver perda da coisa sem culpa do devedor, o credor-proprietário suportará o prejuízo, mas poderá pleitear os seus direitos contratuais até a data da perda (art. 238, do CC). Voltando ao exemplo, ele terá direito às prestações de aluguel vencidas nos dois primeiros meses do contrato e, quanto ao terceiro mês, o valor proporcional aos dias transcorridos até a perda do bem. 2ª situação: se houver DETERIORAÇÃO da coisa sem culpa do devedor, o credor-proprietário terá direito a receber a coisa no estado em que se encontrar e poderá pleitear os seus direitos contratuais até a data da perda (art. 240, primeira parte, do CC). 3ª situação: se houver perda da coisa COM culpa do devedor, o credor-proprietário terá direito ao valor equivalente ao bem, mais perdas e danos (art. 239, do CC). 4ª situação: se houver DETERIORAÇÃO da coisa COM culpa do devedor, o art. 240, 2ª parte, do Código Civil, remete ao art. 239, que diz que o credor-proprietário terá direito ao valor equivalente ao bem, mais perdas e danos. A doutrina entende que houve uma falha de remissão, pois, como houve deterioração, o caso seria de aplicar a regra do art. 236: o credor poderá exigir o valor equivalente à coisa ou ficar com a coisa no estado em que se encontrar, tendo, em ambos os casos, direito à reparação dos danos emergentes e lucros cessantes. Nesse sentido dispõe o Enunciado 15 da 1ª Jornada de Direito Civil do CJF. Obrigação de dar coisa incerta ou obrigação genérica: - Conceito: é aquela cujo objeto é indicado pelo gênero e pela quantidade, faltando apenas determinar a qualidade (art. 243). Ou seja, é uma obrigação de dar coisa determinável, para usar a terminologia utilizada pela Parte Geral do Código Civil. - Existem três regras importantes: 1ª) A escolha (também chamada de concentração da prestação) é feita pelo devedor, salvo disposição contrária. 2ª) Essa escolha não pode recair sobre a pior do gênero nem se pode ser constrangido a escolher a melhor (art. 244). Deve recair sobre o gênero médio ou intermediário, para assegurar a equivalência entre as prestações. 3ª) O gênero nunca perece:“Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito” (art. 246). Após a escolha, a obrigação se converte em dar coisa certa e toda a sua disciplina lhe passa a ser incidente. b) Obrigação de fazer: Pode ser de duas espécies: a) infungível (personalíssima ou “intuitu personae”): quando convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação ou a própria natureza desta impedir a sua substituição. O devedor é o elemento causal da obrigação. b) fungível (impessoal): é aquela em que a prestação pode ser cumprida por terceiro, uma vez que sua execução nãodepende de qualidades pessoais do devedor; Consequências do inadimplemento: As consequências do inadimplemento dependem de sua causa. A causa pode ser relacionada à impossibilidade da prestação por perda da utilidade para o credor [inadimplemento absoluto] ou à recusa da prestação (mora) do devedor [inadimplemento relativo]. a) Inadimplemento absoluto: — sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação (art. 248, 1ª parte); — com culpa do devedor: responderá por perdas e danos (art. 248, 2ª parte). b) Inadimplemento relativo [mora ou recusa do devedor]: c) Obrigação de não fazer: A obrigação negativa impõe ao devedor um dever de abstenção. O dever de não praticar o ato que poderia livremente fazer, caso não houvesse se obrigado. Consequências do inadimplemento — caso o devedor pratique CULPOSAMENTE o ato que se obrigara a não praticar, pode o credor: 1º) exigir o desfazimento do que foi realizado, sob pena de multa (astreintes) = tutela específica de remoção do ilícito, sem prejuízo das perdas e danos complementares; ou 2º) ressarcir as perdas e danos ao credor, caso não remanesça interesse objetivo no adimplemento específico ou, ainda, em situação de urgência (art. 251 do CC e art. 536 do NCPC). Como podem ser as obrigações quanto aos seus elementos? Podem ser simples ou compostas. a) simples: apresentam-se com um sujeito ativo, um sujeito passivo e um único objeto; b) compostas ou complexas: um ou todos os elementos se encontram no plural. As compostas pela multiplicidade de objetos podem ser: - cumulativas ou conjuntivas (objetos ligados pela expressão “e”); - alternativas ou disjuntivas (objetos ligados pela expressão “ou”); ou - facultativas (com faculdade de substituição do objeto, conferida ao devedor). As compostas pela multiplicidade de sujeitos dividem-se em: divisíveis, indivisíveis e solidárias. As principais dessas classificações O regime jurídico das obrigações alternativas? – Qual o conceito de obrigação alternativa? A obrigação alternativa é composta pela multiplicidade de objetos. Tem por conteúdo duas ou mais prestações, das quais somente uma será escolhida para pagamento ao credor e liberação do devedor. Os objetos são ligados pela disjuntiva “ou”. Difere da cumulativa, em que também há uma pluralidade de prestações, mas todas devem ser solvidas. – A quem compete o direito de escolha? O direito de escolha caberá ao devedor, “se outra coisa não se estipulou” (art. 252). Pode ainda a opção ser deferida a terceiro, de comum acordo. Se este não aceitar a incumbência, “caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes” (art. 252, § 4º). – Como pode ser feita a escolha? A escolha é irrevogável, salvo disposição contrária (“electa uma via, altera non datur”). Tampouco se admite que a obrigação seja concentrada parcialmente em uma prestação e parcialmente em outra (art. 252, §1º). Essa é a regra da indivisibilidade do objeto. – Quais as consequências do inadimplemento da obrigação alternativa? As consequências do inadimplemento encontram-se reguladas nos arts. 253 a 256: • “Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, sem culpa do devedor, subsistirá o débito quanto à outra” (art. 253). • Se houver impossibilidade de uma das prestações, por culpa do devedor e a escolha couber ao credor = credor terá direito a escolher a prestação subsistente ou o equivalente monetário da prestação que se perdeu. Qualquer que seja a escolha, terá direito a reparação de outros danos (art. 255, 1ª parte). • “Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação” (art. 256). • Se houver impossibilidade de todas as prestações, por culpa do devedor e a escolha NÃO couber ao credor = credor terá direito de receber o valor da prestação que por último se impossibilitou, mais perdas e danos (art. 254). • Se houver impossibilidade de todas as prestações, por culpa do devedor e a escolha couber ao credor = credor terá direito de receber o valor de qualquer das prestações, à sua escolha, além da indenização por perdas e danos (art. 255, 2ª parte). O regime jurídico das obrigações facultativas? – O que é a obrigação facultativa? É espécie “sui generis” de obrigação alternativa. Não está prevista no Código Civil. Trata-se de obrigação simples, em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultado ao devedor, e só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de prestação diversa e predeterminada. É obrigação com faculdade de substituição. O credor só pode exigir a prestação obrigatória, que se encontra "in obligatione". – Qual a diferença entre a obrigação facultativa e a obrigação alternativa? Na obrigação facultativa, se o único objeto “in obligatione” perece, sem culpa do devedor, resolve-se o vínculo obrigacional, não podendo o credor exigir a prestação acessória. A obrigação alternativa, no entanto, extingue-se somente com o perecimento de todos os objetos e será válida se apenas uma das prestações estiver eivada de vício, permanecendo eficaz a outra. Como pode ser a obrigação com multiplicidade de sujeitos da obrigação? As obrigações compostas pela multiplicidade de sujeitos dividem-se em: divisíveis, indivisíveis e solidárias. OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS: Qual a diferença conceitual entre as obrigações divisíveis e as obrigações indivisíveis? Obrigações divisíveis são aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os sujeitos. São também chamadas fracionárias ou parciais: podem ser divididas em partes autônomas. Isso não ocorre com as indivisíveis (art. 258). A indivisibilidade decorre: a) da natureza das coisas [ex. um animal doméstico]; b) de determinação da lei [ex. a herança, até a partilha]; ou c) por vontade das partes (art. 88). Quais os efeitos da obrigação divisível com pluralidade de credores? - Há presunção de que a obrigação divisível com pluralidade de credores está repartida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores (art. 257 – “concursu partes fiunt”, com presunção relativa de divisão igualitária). Cada devedor se libera pagando sua quota, e cada credor, uma vez recebida a sua parte na prestação, nada mais poderá exigir. Quais os efeitos da obrigação indivisível com pluralidade de devedores? - “Cada um será obrigado pela dívida toda” (art. 259), somente porque o objeto não pode ser dividido. “O devedor que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados”, podendo exigir de cada codevedor a sua cota- parte na obrigação (art. 259, prg. único). É um caso de sub- rogação legal, previsto no art. 346, inc. III, do CC. Ex. Os devedores D1, D2 e D3 assumiram a obrigação de realizarem a entrega de um cavalo de corrida (com o valor de R$300.000,00) ao credor C. Se D1 realiza a prestação, terá direito de exigir de D2 e D3, as respectivas cotas (presumida em R$100.000,00, para cada, salvo convenção em sentido contrário). Quais os efeitos da obrigação indivisível com pluralidade de credores? Há dois efeitos principais. O primeiro se refere às formas de realização do pagamento pelo devedor. O segundo se refere à impossibilidade de que cada cocredor, por si só, remita (perdoe), transija ou realize a novação de toda a dívida. Quanto ao primeiro efeito, o devedor tem duas alternativas para realizar o pagamento: 1ª) convocar todos os credores para a entrega conjunta da coisa; ou 2ª) cumprir a obrigação em prol de um credor, exigindo deste caução de ratificação (garantia de entrega da parte devida aos cocredores). Quanto ao segundo efeito, ele se aplica da seguinte forma. Se um dos cocredores remitir (perdoar) a dívida, transigir ou novar a obrigação, a obrigação ficará extinta perante os demais?Não. O devedor conservará a obrigação de prestar a obrigação, mas poderá exigir que seja descontada (reembolsada) a cota do credor que fez a remissão, transação ou novação. OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS (“in solidum” = pelo todo). As obrigações solidárias se submetem a uma REGRA FUNDAMENTAL: a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes (art. 265). 1) A SOLIDARIEDADE PODE SER LEGAL OU CONVENCIONAL. Solidariedade legal: resulta da lei. - Exemplos: i) Reparação de ato ilícito (arts. 932 e 942, do CC; art. 7º, prg. único, do CDC) ii) Pagamento do aluguel, com pluralidade de inquilinos do mesmo imóvel urbano (art. 2º da Lei do Inquilinato – Lei n. 8.247/1991); e iii) pagamento da fiança, pela pluralidade de fiadores (art. 829). Solidariedade Convencional : resulta da vontade das partes. Decorre da autonomia privada. Nada impede que a solidariedade seja pura e simples para um dos devedores solidários e condicional, ou a termo, para outro devedor solidário (art. 266). Na IV Jornada de Direito Civil foi editado o Enunciado 347: A solidariedade admite outras disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do Código Civil. ESPÉCIES DE SOLIDARIEDADE: a solidariedade pode ser ativa, passiva ou mista. - Obrigação solidária passiva: é aquela em que, havendo vários devedores, cada um responde pela dívida inteira como se fosse o único devedor (art. 264). - Obrigação solidária ativa: é aquele em que, havendo vários credores, pode qualquer um deles exigir a prestação integral como se fosse único credor (art. 264). - Obrigação solidária recíproca ou mista: há simultaneidade de credores e de devedores. 4) OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PASSIVA: - Conceito: Solidariedade passiva é a relação obrigacional pela qual o credor tem direito a exigir e receber de um, de alguns ou de todos os devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum (art. 275). Não fosse essa regra, se a obrigação fosse divisível, ela se presumiria dividida em tantas obrigações quanto fossem os credores ou devedores (regra da fracionariedade ou ‘concursu partes fiunt’). 5) OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA: - Conceito: Na solidariedade ativa, concorrem dois ou mais credores, podendo qualquer deles receber integralmente a prestação devida (art. 267). OUTRAS MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES: 1) Quanto ao conteúdo: A obrigação pode ser de meio, de resultado ou de garantia. a) Obrigação de meio: O devedor promete empregar toda a sua probidade e diligência para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto, responsabilizar-se por ele (caso de advogados e médicos, p. ex.). b) Obrigação de resultado: O devedor dela se exonera somente quando o fim prometido é alcançado. Exemplos: - contrato de transporte (art. 737); - contrato com médico cirurgião plástico estético (STJ: A cirurgia estética é uma obrigação de resultado, pois o contratado se compromete a alcançar um resultado específico, que constitui o cerne da própria obrigação, sem o que haverá a inexecução desta c) Obrigação de garantia: É a que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor ou as suas consequências, por exemplo, a do segurador e a do fiador. 2) Quanto ao momento em que devem ser cumpridas: A obrigação pode ser de execução instantânea, diferida ou continuada. a) Obrigações de execução instantânea: que se consumam imediatamente, em um só ato. b) Obrigações de execução diferida: que se consumam em um só ato, mas em momento futuro. c) Obrigações de execução continuada ou de trato sucessivo: que se cumprem por meio de atos reiterados. 3) Quanto aos elementos acidentais: Podem ser puras e simples, condicionais, a termo ou modais. a) Puras e simples: não sujeitas a condição, termo ou encargo; b) Condicionais (art. 121); c) A termo (art. 131); d) Modais, onerosas ou com encargo (art. 136). 4) Quanto à liquidez: As obrigações podem ser líquidas ou ilíquidas. a) Líquida: certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto. b) Ilíquida: a que depende de apuração de seu valor para ser exigida. 5) Quanto às obrigações reciprocamente consideradas: Podem ser principais ou acessórias. a) Principais: subsistem por si. b) Acessórias: dependem da existência da obrigação principal e lhe seguem o destino.
Compartilhar