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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GISLEY APARECIDA FERREIRA VICENTE LUCAS HENRIQUE DE SOUZA PATRICIA TIAGO LEITE POLIANY DE FREITAS LAGE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: Uma Indústria de Pão de Queijo Itabira 2020 GISLEY APARECIDA FERREIRA VICENTE LUCAS HENRIQUE DE SOUZA PATRICIA TIAGO LEITE POLIANY DE FREITAS LAGE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: Uma Indústria de Pão de Queijo Trabalho de produção textual interdisciplinar em grupo – PTG apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Comportamento Organizacional, Planejamento, Programação e Controle da Produção, Desenvolvimento de Produto, Gestão de Projetos e Pesquisa Operacional: Simulação do curso de Engenharia de Produção Orientadores: Ana Céli Pavão; João Antônio De Freitas Coelho; Henrique Gabriel Rovigatti Chiavelli; Natália Martinêz Ambrogi Woitas; Itabira 2020 LISTA DE TABELAS Tabela - 1 ...............................................................................................................19 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – PDCA....................................................................................................15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6 2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 7 2.1. PASSO 1 – COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ................................. 7 2.2. PASSO 2 – PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ............................................................................................................ 9 2.3. PASSO 3 – DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO ..................................... 11 2.4. PASSO 4 – GESTÃO DE PROJETOS ........................................................ 16 2.5. PASSO 5 – PESQUISA OPERACIONAL: SIMULAÇÃO ............................. 21 3 CONCLUSÃO ................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 24 6 1 INTRODUÇÃO A fim de tender aos requisitos do portfólio de grupo da universidade Unopar decorrente à elaboração da produção textual interdisciplinar, a temática foi “Uma indústria de Pão de Queijo” sendo a empresa analisada “Indústria de Pão de Queijos CheeseUai!” no estado do Paraná, tratando de uma padaria fundada pelo Sr. Edmundo, mais conhecido como Teco, nascido no estado de Minas Gerais e com uma enorme visão empreendedora. Dinte da nova onda de produtos “fitness” Teco, percebeu outra oportunidade de negócio o consumindo alimentos integrais, e para atender a esse público pensou em desenvolver um novo produto, um pão de queijo integral. Diante deste contexto, o presente trabalho ter por objetivo auxiliar o Teco a desenvolver este projeto de um novo produto (o pão de queijo integral), de modo que a indústria “CheeseUai” consiga atender as necessidades de seus clientes. Dentro dos processos e teorias estudadas este semestre desenvolvemos a pesquisa tendo de base as abordagens e sugestões disponíveis, foram estudados: os estilos de liderança e as novas abordagens acerca da liderança; planejamento, programação e controle da produção; estudo acerca do desenvolvimento de produto; gestão de projeto objetivando o gerenciamento de riscos e pesquisa operacional. Este trabalho foi elaborado com o objetivo de aprofundar os conhecimentos obtidos através das disciplinas aplicadas durante o semestre do curso Bacharelado em Engenharia de Produção e tem como características principais a identificação e análise geral da empresa mencionada e suas implicâncias no aprendizado dos conteúdos, como também a formulação dos pré- requisitos da qualificação necessária aos futuros profissionais de Engenharia de Produção. 7 2 DESENVOLVIMENTO O desafio é apresentar à indústria CheeseUai considerando os aspectos pertinentes às disciplinas de Comportamento Organizacional, Planejamento, Programação e Controle da Produção, Desenvolvimento de Produto, Gestão de Projetos e Pesquisa Operacional: Simulação. Agora que vocês já sabem desta missão, elaborem um relatório dessa análise a ser entregue à diretoria e aos investidores, em que deverá ser apresentado obrigatoriamente os passos descritos a seguir. 2.1. PASSO 1 – COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Ao que tudo indica, Teco apresenta um forte perfil para liderança, pois o líder é aquele que inspira as pessoas a segui-lo por meio de sua influência interpessoal e não somente pelo poder de sua posição profissional. Todo o empreendimento precisa de líderes eficazes para inspirar seus colaboradores a criarem visões de futuro que façam seu negócio crescer no mercado e, assim, alcançar o sucesso e a vantagem competitiva. Como Teco ainda está começando em sua fábrica e já tem vislumbrado novas oportunidades de negócio, levando-o a trabalhar em um novo projeto, o que certamente, aumentará seu quadro de colaboradores, é fundamental que ele desenvolva competências para a liderança. Diante disso, dentre os estilos de liderança e as novas abordagens acerca da liderança que hoje conhecemos, descreva qual dentre eles/elas (ou quais) seria mais apropriado para o desenvolvimento de Teco enquanto líder eficaz nesse cenário empreendedor, apontando suas características, que justifiquem essa opção. Além disso, selecione duas competências comportamentais imprescindíveis aos líderes eficazes às quais Teco precisará desenvolver, descrevendo os principais aspectos que compõem essas competências. Segundo Botelho e Krom (2011), diante da integração do meio tecnológico de informação, a concorrência entre as empresas para a disputa de uma parte do mercado está crescendo de maneira extraordinária e a tendência é 8 aumentar cada vez mais com o avanço da tecnologia. Contudo isso exige agilidade e precisão na hora da tomada de decisão, com a intenção de que isso ocorra tem requerido líderes mais qualificados e atualizados para que suas decisões agreguem positivamente nas organizações, e não abale as equipes operacionais, pois cada vez mais os resultados das organizações vêm dependendo do bem-estar de funcionários no ambiente de trabalho. Diante disso é notório que as mudanças no ambiente de trabalho têm aumentado com muita frequência, isso tem atingido o processo produtivo de uma forma considerável, e para reduzir o choque nas equipes, necessita-se de líderes mais preparados para lidar com as mudanças gerencias de empresas para que o processo continue sendo rentável e organizado. Segundo Arruda, Chrisóstomo e Rios (2010), os líderes têm um elo muito importante com a empresa, pois tendem a influenciar diretamente nos resultados de desempenho, já que são eles os responsáveis pela comunicação e motivação de suas equipes afim de traçar um único objetivo coletivo. Chiavenato (2014) aponta a pesquisa de Kurt Lewin, em 1930, na Universidade de Iowa, como o primeiro estudo acerca dos estilos de liderança, nele foram definidos três estilos de liderança: a) Liderança autocrática – poder centralizado no líder, que toma todas as decisões e as impõe aos colaboradores, que devem acatar sem questionar. b) Liderança liberal ou laissez-faire – dá total liberdade aos colaboradores, exercendo participação mínima nas decisões da equipe, ou regulando as ações do grupo. c) Liderança democrática – o líder esboça suas ideias e as expõe aos colaboradores,incentivando todos a participarem das decisões, conduzindo e orientando a equipe. Diante deste estudo e aplicação no trabalho, o estilo de liderança mais apropriado à Indústria de Pão de Queijos CheeseUai, é a Liderança democrática, esse estilo foi definido após estudo do perfil do Teco. Pode se observar que é o método que se utiliza das características dos dois tipos de liderança tanto a liberal quanto a autocrática, explorando os pontos positivos de cada um para que possa safar-se dos danos aos funcionários que os causam, buscando um determinado equilíbrio na hora de dirigir uma equipe. O 9 principal aspecto da liderança democrática é que há um espaço em que o líder se uni e descreve as atividades e os objetivos aos funcionários, os quais dão sugestões para a realização e o líder analisa quais as mais viáveis e a utiliza na prática, este exemplo de atitude gera satisfação, integração de equipe, e principalmente eleva o nível motivacional de todos. Dentre a novas abordagens acerca da liderança o que mais se encaixa no perfil do Teco é a liderança carismática, pois ele consegue inspirar e motivar seus colaboradores de forma natural, ele tem um objetivo bem definido com isso consegue estimular e impulsionar sua equipe. Esse tipo de líder passa confiança aos colaboradores. Dentre as competências comportamentais destacada se nas pesquisas a competência interpessoal que se encaixa perfeitamente no perfil do Teco, essa competência refere-se à “habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada um e às exigências da situação” (MOSCOVICI, 1997, p. 35). Essa competência será se suma a importancia para Teco, poís diz respeito à forma como se comunica, nos relacionamentos e trabalhos com as outras pessoas no dia a dia. Outra competência interpessoal essencial é a percepção. Essa competência e a forma como percebe se o mundo, os outros e os fatos que afetam diretamente a forma como agir, a ação parte de “dentro para fora”. Para isso é necessário um bom nível de autoconhecimento afim de ter uma visão apurada das situações. O desenvolvimento do autoconhecimento Teco pode ser por meio da reflexão, do feedback ou, até mesmo, de treinamentos vivenciais ou processos terapêuticos; com isso ele irá desenvolver a autopercepção, autoconscientização e a autoaceitação. 2.2. PASSO 2 – PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO A empresa pretende crescer devido ao lançamento do pão de queijo integral, que de acordo com a pesquisa de mercado encomendada pelo seu proprietário, Teco, este novo produto tem uma projeção de venda estimada em 23% do volume previsto para o pão de queijo tradicional que já é produzido pela empresa. 10 A demanda prevista de pão de queijo tradicional foi calculada e estipulada de acordo com o quadro abaixo: Demanda Jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Previsão (kg) 19.000 18.500 18.000 18.750 19.800 20.000 21.300 24.000 22.000 20.900 19.800 21.000 A linha de pão de queijo tradicional produz 125 kg/h, já a nova linha, que irá produzir o pão de queijo integral está projetada para produzir 50 kg/h, devido ao processo ser um pouco mais demorado. Com as informações acima, ajude ao Teco entender um pouco mais da sua empresa e das necessidades que terá de linha de produção. Para isso, você deve responder os seguintes questionamentos: 1- Qual será a previsão de demanda do pão de queijo integral com base na previsão do tradicional? 2- Quantas horas serão gastas da linha de produção do tradicional e do integral, de acordo com as demandas dos dois produtos? 3- Quantos dias de produção serão necessários para cada linha de produção atender as previsões, sabendo que a empresa trabalha em um único turno de 8 horas por dia. 11 2.3. PASSO 3 – DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO A indústria CheeseUai está querendo lançar um novo produto (pão de queijo integral) de modo a conquistar novo mercado. Logo, é importante que a indústria lance um produto que satisfaça seus consumidores e também obtenha eficiência em sua produção nesse novo produto. Assim, Teco vai realizar, primeiramente, um projeto para o desenvolvimento desse novo produto. Portanto, diante desse novo projeto você deve especificar o que deve ser realizado em cada etapa das fases do Desenvolvimento de Produto: PRÉ-DESENVOLVIMENTO Planejamento estratégico de produtos: Segundo Akkari, Carpi (2009, pg.49), o planejamento estratégico é a etapa que se realiza um estudo de viabilidade do produto, realizando análises financeiras e de mercado baseado no portfólio de produtos já existentes na empresa. Esse planejamento é utilizado para mostrar se a ideia do novo produto está alinhada com os objetivos estratégicos para o futuro, ou seja, se está alinhado com a missão, visão e valores da organização. Planejamento de projeto: O planejamento do projeto é a etapa que se realiza o planejamento de um ou mais projetos, em que o resultado de cada um irá concluir o desenvolvimento. Neta etapa será planejado o escopo, cronograma, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos, aquisições e partes interessadas de cada projeto (AKKARI; CARPI, 2009, p.49). DESENVOLVIMENTO Projeto Informacional: Na fase do projeto informacional é o momento onde é realizado uma pesquisa de coleta de todas as informações e requisitos solicitados pelo cliente para o desenvolvimento do novo produto. Este novo produto deve conter um pacote de valores atraentes para o consumidor, pois o preço é diferente de valor. Na sua maioria consumidores compram considerando o preço do produto (que é um dos valores), porém muitos buscam encontrar o pacote de valores que melhor supre 12 suas necessidades (AKKARI; CARPI, 2009, p.50). Segundo Las Casas (2007), a oferta de valor é um diferencial percebido pelo consumidor tanto na aquisição de um produto como em um serviço e este diferencial deixa o cliente satisfeito. Para o projeto informacional você deve seguir os seguintes passos: - Revisão e atualização do escopo do produto se necessário; - Identificar requisitos e detalhar o ciclo de vida do produto; - Definir os requisitos do produto; - Definir as especificações do produto e monitorar sua viabilidade econômica; - Avaliar e aprovar o projeto; - Realizar reunião de lições aprendidas para verificar pontos fortes e fracos das etapas com o objetivo de melhoria contínua. Projeto conceitual: Segundo Akkari; Carpi (2009, p.51), na fase do projeto conceitual deve ser criada a concepção do produto para simular e validar os passos até o processo de fabricação. De forma similar a um processo produtivo deve se desenhar uma cadeia de valor, simulando desde a entrada das informações e matéria- -prima, escolhendo a ferramenta ou atividades que irão transformar estas entradas em saídas do processo. O projeto conceitual, desenvolvendo a arquitetura, ergonomia e estética do produto e o projeto detalhado, no qual ocorre um detalhamento dos sistemas, decisões entre fazer ou comprar, testar e homologar o produto (AKKARI; CARPI, 2009, p.51). Para o projeto conceitual você deve seguir os seguintes passos: - Modelar o produto funcionalmente; - Definir soluções para as funções do produto; - Desenvolver as alternativas de soluções; - Definir a arquitetura do produto; - Definir a ergonomia, estética, analisar os SSC´s e se necessário, definir parcerias de codesenvolvimento; - Selecionar concepções alternativas e monitorar sua viabilidade 13 econômica; - Avaliar e aprovar o projeto; - Realizar reunião de lições aprendidas para verificar pontos fortes e fracos das etapas com o objetivo de melhoria contínua. Projeto Detalhado: O projeto detalhado tem o objetivo de desenvolver e finalizar as especificações do produto.São analisados os chamados “SSC” compostos por sistemas, subsistemas e componentes (AKKARI; CARPI, 2009, p.52). Segundo Gobe et al. (2004), temos 3 ciclos para o projeto detalhado: Ciclo de detalhamento: como primeiro passo buscamos reutilizar os SSC´s da própria empresa para o desenvolvimento do produto. Caso seja possível, podemos passar diretamente para o ciclo de otimização. Ciclo de aquisição: caso não seja possível reaproveitar SSC´s da empresa é realizado o ciclo de aquisição que vai analisar e definir o que deve ser produzido internamente e o que será comprado fora de um fornecedor. A isso damos o nome de “make or buy”. Ciclo de otimização: é a fase onde os SSC´s são construídos através de protótipos e também avaliados, preparando e planejamento o processo de fabricação para lançamento do produto. Para o projeto detalhado você deve seguir os seguintes passos: - Detalhar, documentar e configurar os Sistemas, Subsistemas e Componentes (SSC); - Decidir se cada item será feito internamento ou comprado fora (make or buy); - Se comprado fora desenvolver e qualificar fornecedores; - Planejar o processo de fabricação e montagem; - Planejar possíveis recursos para fabricação; - Otimizar o processo e confirmar se todos os SSC estão validados para início da próxima etapa; - Criar a embalagem; - Testar e homologar o produto; - Monitorar sua viabilidade econômica; 14 - Avaliar e aprovar o projeto; - Realizar reunião de lições aprendidas para verificar pontos fortes e fracos das etapas com o objetivo de melhoria contínua. Preparação da produção: A fase de preparação para produção, é o momento onde é realizada a produção de um primeiro lote, onde se realiza a capacitação dos colaboradores e planejamento da manutenção caso necessária (AKKARI; CARPI, 2009, pg.53). De acordo com Akkari; Carpi (2009, p.53), nessa fase do projeto detalhado é o momento que possibilita homologar o produto com base no protótipo, avaliando e aprovando sua funcionalidade, seus requisitos e conhecendo seus riscos. Contudo é importante homologar o processo, definindo o fluxo e tempo de produção do produto, validando também se o custo de fabricação previsto foi alcançado. Validado o custo, é possível a formação de preço para a fase de lançamento. Lançamento do produto: Durante a etapa de lançamento do produto é o momento de planejar e estimar as vendas, marketing e logística, acompanhando a evolução do produto em sua fase inicial do ciclo de vida na qual este ainda é uma incógnita. Nesta etapa a equipe do projeto pode ser dispensada ou retornar aos postos originais de trabalho, tendo agora um novo produto na empresa (AKKARI; CARPI, 2009, p.53). PÓS-DESENVOLVIMENTO Acompanhamento do produto: Durante a fase de acompanhamento do produto e processo, o produto é acompanhado através de um controle que irá analisar seu desempenho no mercado e também possíveis melhorias por intermédio das reclamações de clientes (AKKARI; CARPI, 2009, p.53). Um método conhecido que pode ser utilizado nesta fase é o PDCA, mostrado na Figura 1 a seguir: 15 Figura 1 – PDCA Fonte: Google (2020) Segundo Akkari; Carpi (2009, p.54), o ciclo começa do PDCA se inicia com o “P” de “Plan” (Planejamento) sendo que nesta etapa são planejadas todas as atividades de acompanhamento do produto. Logo após essa etapa é realizado o “D” de “Do” (Executar), no qual são executadas todas as atividades e são gerados relatórios para análise. De base nesses relatórios é possível realizar o “C” de “Check” (Checar, monitorar), nesta etapa são checados todos os possíveis desvios que ocorreram em um período de tempo em relação ao planejado. E por fim através destes desvios é possível realizar o “A” de “Act” (Agir), etapa na qual faz se o controle e tomando de ações corretivas para solucionar os problemas. Após realizada toda esta análise, deve se registrar todas as lições aprendidas, processando o que aconteceu de bom e ruim durante o ciclo de vida para ser utilizado em próximos desenvolvimentos. Descontinuidade do produto: De acordo com Akkari; Carpi (2009, p.54), nesta fase de descontinuidade do produto é o momento onde é realizada a retirada do produto do mercado e encerramento do seu ciclo de vida. Nessa etapa são coletadas todas as lições aprendidas documentando os pontos fortes e fracos visando a melhoria contínua do processo. É de suma a importância nesse momento dar atenção especial à sustentabilidade e reciclagem ao retirar o produto do mercado. Todos os dados coletados durante o tempo do produto no mercado deve ser levado em 16 consideração para mensurar possíveis impactos ambientais, considerando os valores que a sociedade possui acerca deste tema. Caso a retirada de mercado ocorra de forma inadequada pode acarretar processos judiciais para a empresa no futuro. Outro ponto muito importante a ser salientado é que neste momento está ocorrendo uma transição da descontinuação deste produto e o desenvolvimento e lançamento de um novo que irá substituir o antigo. Vale ressaltar que a empresa pode estrategicamente decidir continuar com o produto em seu mix mesmo que este não seja mais atrativo para contribuição na venda de outros produtos da organização. 2.4. PASSO 4 – GESTÃO DE PROJETOS Nenhuma empresa está imune aos riscos que podem acontecer dentro de um projeto. Os riscos são iminentes, mas um bom gerente de projetos pode se preparar para não ser pego desprevenido, sendo que os riscos podem ter impactos positivos ou negativos dentro do projeto. É importante sempre estar atento aos cenários internos (dentro da empresa), como seus processos, por exemplo. E, os cenários externos (fora da empresa) e se preparar para possíveis adversidades, que podem ser previstas! Com base na SGA e em seus conhecimentos da disciplina, responda: 1 – Para Teco, o gerenciamento de riscos de um projeto será crucial para que seus produtos sejam entregues de forma adequada. Neste contexto, qual o objetivo do gerenciamento de riscos de um projeto? Segundo Paes; Vilga (2016. Pg. 213), o gerenciamento de riscos do projeto tem como objetivo maximizar a ocorrência de eventos positivos e minimizar a ocorrência e as consequências de eventos adversos. Por isso é de suma a importância de um projeto de gerenciamento de risco onde possibilita o gestor ver os aspectos positivos e negativos internos e externos a organização. Conduto pode se dizer que mediante o gerenciamento de riscos do projeto consegue identificar e tratar antecipadamente futuros riscos do projeto, bem como mitigar os pontos negativos e aumentar os pontos positivos visando melhorar 17 continuamente da empresa. 2 - O gerenciamento de riscos possui processos para ser implementado. Quais são estes? Segundo Paes; Vilga (2016. p. 213), o plano de gerenciamento de riscos - PMI (2009) define seis processos para realizar o gerenciamento de riscos, sendo eles: Planejar o gerenciamento dos riscos Na etapa de planejar o gerenciamento dos riscos é o momento de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto. Nessa primeira fase é necessário determinar a metodologia a ser utilizada, ou seja, a forma como os riscos serão identificados, registrados, acompanhados e tratados do início ao final do projeto; o orçamento para realizar o gerenciamento dos riscos do projeto, onde são estimados os fundos das reservas para contingencias, bem como são elaborados os protocolos para a aplicação dessas reservas; as responsabilidades dentro da equipe de projetos pela realização das tarefas envolvidas no gerenciamento dos riscos; e os prazos (ou frequência) para que o processo de gerenciamento de riscos seja realizado (PAES; VILGA, 2016. p. 213). Identificar os riscos: De acordocom Paes; Vilga (2016. p. 213), a identificação dos riscos e o processo que determina os riscos, que podem afetar o projeto visando a antecipação deles, como da documentação de suas características. O resultado obtidos nessa fase é a elaboração de uma lista de riscos refinada e atualizada do projeto, ou seja esta deverá ser revisada e atualizada durante toda a execução do mesmo. Uma forma comumente utilizada para se identificar os riscos e discutir ideias em que o gerente de projetos envolve os principais membros da equipe para identificar os riscos do empreendimento. Dessa forma, cada um pode trazer sua experiência, ajudando no desenvolvimento de uma listagem abrangente de riscos, as técnicas comumente utilizadas para identificação de novos riscos são: Brainstorming; Técnica Delphi e Analise SWOT. Pode ser utilizada como outra forma de identificação dos riscos a informação histórica de projetos anteriores similares. Neste caso, para cada risco identificado, os impactos potenciais devem ser previstos. 18 Realizar análise qualitativa dos riscos: Segundo Paes; Vilga (2016. p. 215), a realização da análise qualitativa dos riscos é a etapa onde é fornecido informações mais detalhadas e mais confiáveis para tomada de decisões. Durante este tipo de análise, são priorizados riscos identificados com base na intuição e experiência pessoal de cada indivíduo envolvido no processo, sobre os quais são estipulados a probabilidade de eles acontecerem e os impactos que serão vistos. Na sua maioria a escala dos impactos é feita com os termos: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto, enquanto que a escala das probabilidades traz as porcentagens da ocorrência do risco. Para que ações possam ser tomadas de acordo com a prioridade de resoluções dos riscos é utilizada a combinação das probabilidades e dos impactos de cada um dos riscos levantados e comparada com uma matriz de probabilidade e impactos existentes na empresa. Realizar a análise quantitativa dos riscos: Na etapa de realização da análise quantitativa de risco é a fase de analise, de forma matemática, a probabilidade de ocorrência de cada risco e de seus efeitos no projeto. Decorrente às limitações de orçamentos, mão de obra disponível, tempo e demais recursos, não é sempre que é possível ou mesmo viável a realização da análise quantitativa para todos os riscos identificados, sendo assim, uma alternativa para essa limitação é aplicar a análise quantitativa somente nos principais riscos identificados na análise qualitativa (PAES; VILGA, 2016. p. 216). Diante disso, para a análise quantitativa dos riscos, as duas técnicas mais utilizadas são: o EMV (expected monetary value) ou VME (valor monetário esperado); e a modelagem e simulação. Planejar a resposta aos riscos: De acordo com Paes; Vilga (2016. p. 218), o planejamento da resposta aos riscos é a etapa de desenvolver alternativas e ações a fim de maximizar as chances de riscos com impactos positivos acontecerem, bem como para minimizar as chances dos riscos negativos se concretizarem. As respostas desses riscos podem ser feitas de diversas formas, conforme Tabela 1: 19 Tabela 1 - Respostas aos riscos Fonte: Fonte: Keeling (2012). Monitorar e controlar os riscos: Está etapa consiste no processo de rever, sistematicamente, a lista de riscos e atualiza-la sempre que ocorrer avanços na execução do projeto. Neste período pode ser encerrados riscos que estavam na lista e acrescentados novos riscos que não constavam na identificação inicial, mas que surgiram ao longo do processo, como resultado das respectivas avaliações qualitativas e/ou quantitativas (PAES; VILGA, 2016. p. 219). O risco sobre mudas constantemente, decorrente de variáveis ambientais, de negócio etc. Contudo, a tabela de respostas aos riscos, que é realizada no início do projeto, pode não funcionar mais com o passar do tempo, e a lista de riscos e as respostas aos mesmos também podem sofrer mudanças (VARGAS, 2010). 20 3- Quais os riscos internos técnicos ao qual este projeto da CheeseUai está sujeito? Para Salles Jr. et al. (2010), os riscos internos do projeto são aqueles ligados ao processo de desenvolvimento do empreendimento, ou seja, são inerentes as dificuldades e incertezas encontradas na realização e na gestão dos projetos, esses riscos internos podem ser classificados como: não técnicos e técnicos. Os riscos internos técnicos que o projeto CheeseUai está sujeito são: - Mudanças ou atualizações de tecnologia; - Erros na definição de requisitos; - Falta de qualidade; - Riscos referentes a tecnologia adotada; - Falta de confiabilidade, erros e desvios de desempenho técnico. 4 - Como a CheeseUai auxiliaria Teco a lidar com estes riscos internos técnicos encontrados? A fim de auxiliar Teco com os riscos encontrados na CheeseUai estes riscos devem ser detalha-los, e para realizar esta análise três elementos são de suma a importância serem analisados, sendo eles: o evento do risco (no qual devem ser identificados a fonte do risco e o seu efeito); uma probabilidade associada ao risco (como todo evento e incerto, devera se associar a ele uma probabilidade de ocorrência do mesmo, ou seja, qual a chance desse risco realmente ocorrer ao longo do projeto); e um impacto (caso o risco ocorra, ele vai impactar muito (positiva ou negativamente) o desenvolvimento do projeto?) (MEYER et al.,2002 apud CARVALHO; RABECHINI JR, 2015). Mediante a essa identificação, deve seguir para a confecção de um plano, o plano de gerenciamento de riscos do projeto, que e o processo sistemático de identificar, analisar e responder aos riscos do mesmo. O gerenciamento de riscos do projeto tem como objetivo maximizar a ocorrência de eventos positivos e minimizar a ocorrência e as consequências de eventos adversos. 21 2.5. PASSO 5 – PESQUISA OPERACIONAL: SIMULAÇÃO O Sr. Edmundo (Teco) irá criar um novo produto, o pão de queijo integral de modo a atender um novo mercado consumidor. Assim, Teco decidiu criar uma nova linha de produção para este novo produto, porém Teco quer que essa nova linha de produção funcione da melhor maneira possível, em que os processos estejam em equilíbrio evitando “gargalos”. Diante disto, você e sua equipe propôs ao Teco que antes de criar essa nova linha, vocês poderiam realizar uma simulação e verificar o comportamento dessa nova linha de produção. Portanto, quais são os benefícios de realizar a simulação? É entendido que a simulação implica na modelagem de um processo ou sistema, de tal forma que o modelo imite as respostas do sistema real numa sucessão de eventos que ocorrem ao longo do tempo (SCHRIBER, 1974 apud FREITAS FILHO, 2008, p. 21). O objetivo de tal simulação é criar um ambiente em que se possa conseguir informações sobre ações alternativas através da experimentação, permitindo uma análise mais aprofundada do sistema em estudo (MOORE, 2005, p. 428). Portanto os benefícios da simulação são tentar prever como se comportarão os sistemas no futuro, ou seja, uma maneira de antecipar os efeitos produzidos por mudanças, ou implantação de novos métodos nas rotinas e operações. Utilizando da simulação é possível propor hipóteses e teorias considerando as observações do comportamento do modelo construído, o que facilita a compreensão e aceitação de resultados (AOKI, 2008, p. 12). O principal benefício da utilização do projeto experimental é conseguir o maior número de informações possível com o mínimo de experimentações, e para isso deve-se projetar experimentos que possam produzir as informações necessárias (AOKI, 2018, p.14). Contudo, a simulação permite visualizar o comportamento do sistema e economiza tempo e recursos, possibilitando ganho de produtividade e qualidade (AOKI, 2018, p.14). Além disso, a construção do modelo de simulação é bem menorcomplexidade que os modelos matemáticos analíticos, que exigem conhecimento avançado de matemática ou simplificações para que sejam possíveis 22 trata-los matematicamente, podendo prejudicar a representação do sistema real que está sendo simulado. E a simulação é, geralmente, mais fácil de aplicar que os métodos analíticos (FREITAS FILHO, 2008, p. 26). 23 3 CONCLUSÃO Contudo, o exercício é avaliado como bastante proveitoso para os membros do grupo, e diante do que conseguimos desenvolver certamente foi adquirido uma boa bagagem teórica e prática quanto às finalidades propostas pelos professores, procurando abordar e analisar mediante respostas a essas questões apresentadas, um conteúdo pertinente que dará mais embasamento e sabedoria para sabermos nos antecipar e lidar com as situações e circunstância futuras no mercado de trabalho. Vale ressaltar a importância do correto gerenciamento de projetos para as organizações, como também a visão nata e informal dos empreendedores locais em seu diferencial, assim como vimos no estudo de caso analisado “Indústria de Pão de Queijos CheeseUai!”. Vimos a importância dos estilos de liderança e as novas abordagens acerca da liderança podendo auxiliar Teco enquanto líder eficaz em um cenário empreendedor, bem como a importância de um bom planejamento, programação e controle de produção. Obtivemos a oportunidade de demostrar nossos conhecimentos quanto ao desenvolvimento de produto, gestão de projetos e pesquisa operacional: Simulação, o que proporcionou excelente oportunidade de aprendizado e crescimento a esse grupo de alunos. O presente estudo realizado incentivou aos alunos que constituem esse grupo a terem uma visão ampla e instrutiva dos aspectos da gestão organizacional da empresa pesquisada, aplicando os assuntos das disciplinas e suas teorias na prática, sendo este estudo de suma a importância para que possamos colocar em prática partes importantes do semestre estudado, abrindo mais possibilidades e propondo maior poder de fixação de todo o material apresentado no período, por isso afirmamos que conseguimos, mesmo com nossas limitações, desenvolver o pensamento sistêmico e as capacidades cognitivas a partir dessa integração teoria e prática. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9653. Guia para avaliação dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas: procedimento. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: < http://www.abnt.org.br/> Acesso em: 30 mar. 2020. ARRUDA, A. M. F.; CHRISÓSTOMO, E.; RIOS, S. S. (2010). 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