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DIREITO CIVIL I
PARTE GERAL
Prof. Ms. Theresa Raquel B. C. Martinez
I – DOS ATOS LÍCITOS E ILÍCITOS
Responsabilidade civil
ATOS LÍCITOS
Atos humanos que a lei defere os efeitos almejados pelo agente. 
São praticados em conformidade com ordenamento jurídico, produzindo efeitos jurídicos voluntários, desejados, queridos pelo agente. 
Fatos jurídicos em sentido amplo:
A) Lícitos:
 A1) Ato jurídico meramente lícito (determinada em lei)
 exigem manifestação de vontade (Ex.: notificação que coloca em mora o devedor, reconhecimento de filhos etc. )
 A2) negócio jurídico 
 (Ex.: contrato de compra e venda)
 A3) ato-fato jurídico – 
 (ex.: achar tesouro, art. 1264 do CC/02) – não prevê a consequência obtida). 
B) Ilícitos: criam deveres e obrigações de indenizar/reparar o dano causado, pois estão em desacordo com o ordenamento jurídico. (art. 186 e 927 do CC/02)
ATOS ILÍCITOS
É o praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem.
Ato voluntário (não apenas declaração de vontade) e consciente do ser humano que transgride um dever jurídico. 
Se praticado sem consciência não se pode constituir ato ilícito.
CC: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito E causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
ATOS ILÍCITOS
Composição do ato ilícito ocorre:
Gonçalves, 2019
A) Ação humana (positiva/comissiva ou negativa/omissiva)
B) Contrariedade ao direito de ilicitude (violação de dever jurídico preexistente)
C) Prejuízo (material ou moral)
Stolze, 2019
A) Ação humana (positiva/comissiva ou negativa/omissiva)
B) Dano: material ou moral
C) Nexo de causalidade (agente e o prejuízo)
D) imputabilidade, elemento da obrigação de indenizar
ATOS ILÍCITOS
Ex.: João comete várias infrações de trânsito mas não atropela nem colide com qualquer outro veículo. 
Pergunta: houve ilicitude ?
Caberá indenização? Pq?
ATOS ILÍCITOS
Ex2.: João comete várias infrações de trânsito e atropela Maria, colidindo seu veículo com outros estacionados. 
Pergunta: houve ilicitude ?
Caberá indenização? Pq? 
ATOS ILÍCITOS
VIOLAÇÃO DE DIREITOS
+
DANO
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito E causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
ATOS ILÍCITOS
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
(ABUSO DE DIREITO OU EXCESSO DE DIREITO) – linha tênue entre abuso do direito e exercício regular do Direito.
Juridicamente, abuso de direito pode ser entendido como fato de usar de um poder, de uma faculdade, de um direito ou mesmo de uma coisa, além do razoavelmente o Direito e a Sociedade permitem. O titular de prerrogativa jurídica, de direito subjetivo, que atua de modo tal que sua conduta contraria a boa-fé, a moral, os bons costumes, os fins econômicos e sociais da norma, incorre no ato abusivo. Nesta situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade” (VENOSA, 2003)
ATOS ILÍCITOS
Exemplos: 
1) advogando litigante de má-fé. Utiliza meios protelatórios que não encontram amparo jurispridencial ou doutrinário para interveir na celeridade processual. 
Previsão de punição pelo EOAB. 
2) Excesso de reclamações de um consumidor por uma empresa. Condenação por ma-fé. 
3) Abusos de direitos na esfera moral e penal
 O exercício de um direito por si só, não autoriza a exercê-lo com abuso (princípio da boa-fé objetiva). 
ATOS ILÍCITOS
DIFERENÇAS ENTRE ILÍCITO PENAL E CIVIL
CIVIL: noção de reparação é restaurar o status quo de antes, ou seja o modo como estava antes da violação. 
Não sendo possível:
Indenização (se for possível uma avaliação pecuniária do dano);
Compensação (não sendo possível estimar patrimonialmente esse dano) 
11
ATOS ILÍCITOS
PENAL:
O agente deve sofrer uma sansão, aplicação de uma cominação legal. 
Privativa de liberdade (prisão)
Restritiva de direitos (perda da CNH)
Pecuniária (multa)
Meio de restabelecer o equilíbrio nas relações privadas em âmbito penal.
ATOS ILÍCITOS
Civil: reparação refere-se a disposição patrimonial (violações privadas)
Penal: submissão pessoal e física do agente, para compor a normalidade violada por suas ações/delitos. (repressão pública) 
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
São portanto uma fonte de obrigação.
A responsabilidade é uma reação provocada pela infração a um dever preexistente. (dano - correntes que pensam de forma divergente, excluindo a obrigação de ter o dano, mas são minoritárias). 
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
(Título IX, Cap. I) – Da responsabilidade civil 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
Atos ilícitos relacionado a responsabilidade
Responsabilidade(sentindo amplo): indica a situação toda especial daquele que por qualquer título deva arcar com as consequências de um fato danoso. (Zanobini, 2001) 
Responsabilidade(sentindo jurídico): consequência imediata da infração de um dever normativo preexistente causador de lesão ao interesse jurídico que se pretendia tutelar. 
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
CONTRATUAL (DEVER CONTRATUAL): inadimplemento contratual acarreta em responsabilidade de indenizar por perdas e danos (art. 389/395 e seguintes)
Ex.: contrato de prestação de serviços a um hospital de oxigênio/alimentação. 
Ex 2: cantor que não comparece a um show
Ex 3.: comodatário que não devolve o objeto pois este pereceu.
EXTRACONTRATUAL OU AQUILIANA: dever de conduta(dever legal) imposto genericamente (art. 927)
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
CONTRATUAL (DEVER CONTRATUAL): inadimplemento presume-se culposo. Quem foi lesado esta obrigado a demonstrar que a prestação foi descumprida, sendo presumida a culpa do inadimplente.
Ex.: passageiro ferido durante o transporte de ônibus em razão de colisão - contrato de adesão(cláusula de incolumidade/livre de perigo/dano/ileso) 
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
EXTRACONTRATUAL OU AQUILIANA: dever de conduta(dever legal) imposto genericamente (art. 927)
Incumbe ao lesado o ônus da prova de que houve dolo ou culpa por parte do causador.
Ex.: pedestre atropelado por um ônibus que tem o ônus de provar a imprudência do motorista/condutor. (direito pre-existente entre o pedestre e o motorista é imposto genericamente, não vem de um contrato)
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
CONTRATUAL (DEVER CONTRATUAL): tem origem no descumprimento da convenção (estabelecida no contrato)
EXTRACONTRATUAL OU AQUILIANA: refere-se a inobservância do dever genérico de não lesar a outrem
Pressupostos resp. extracontual
Ação ou omissão: ato próprio (arts. 939,940,953 etc) ou de 3º que esteja sob a guarda do agente (art. 932), danos causados po coisas (art. 937) e animais (art. 936/ culpa presumida) 
Omissão é necessário que haja o deve jurídico de não se omitir ou de praticar determinado fato + demosntração de que o dano poderia ser evitado.
Ex.: imposição legal do condutor de prestar socorro as vítimas de acidente
Dever de guarda, vigilância, custódia (convenção)
Pressupostos resp. extracontual
Culpa ou dolo do agente
Dolo: violação deliberada, intencional do dever jurídico. Vontade de cometer uma violação.
Culpa: falta de diligência – homem médio
Dano não mede grau de culpa mas sim pelo prejuízo comprovadoda vítima (art. 944)
Teoria subjetiva: distingue culpa grave (pode se equiparar ao dolo), culpa leve (falta evitável com atenção ordinária) culpa levíssima (falta só evitável com atenção extraordinária ou com especial habilidade). 
Pressupostos resp. extracontual
Relação de causalidade (nexo causal): na sua ausência não existe a obrigação de indenizar. 
Ação ou omissão
DANO/
PREJUÍZO CAUSADO
Culpa da vítima, caso fortuito, força maior rompem o nexo de causalidade, afastam a responsabilidade do agente.
Ex.: suicida que se joga na frente de um carro. 
Chuvas com deslizamento de terra? Caso fortuito? Força maior?
Pressupostos resp. extracontual
Dano
Material – patrimonial
Moral – extrapatrimonial
Art. 944 e 945 – “Da Indenização”
Se tiver dolo e não tiver dano, cabe indenização? 
Exceção: art 940 (cobrança indevida de dívida já paga, pagamento em dobro, mesmo sem prova de prejuízo)- espécie de pena privada pelo comportamento ilícito do credor. 
Dano moral
O dano moral caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física), à sua imagem.
Ex.: vendas de passagens com excedente(overbooking), atrasos e cancelamento de vôos;
Inserção indevida do nome do cliente nos Serasa e SPC
Negativa de plano de saúde de serviços de urgência por falta de pagamento
Faculdade que anuncia curso superior sem reconhecimento do MEC sem informar isso ao aluno
Acidentes de trabalho e acidentes de trânsito
Dano moral
Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras circunstância mais que se fizerem presentes” (CAVALIERI, 2018).
A quantia arbitrada pelo magistrado a título de danos morais deve ter um caráter punitivo e compensatório-satisfativo, na medida em que seja capaz de amenizar a amargura da ofensa sofrida pela vítima.
A sanção deve atingir dupla finalidade: a retributiva e a preventiva
Justamente por isso, a quantificação deve ser fundada, principalmente, na capacidade econômica do ofensor, de modo a efetivamente castigá-lo pelo ilícito praticado e inibi-lo de repetir o comportamento anti-social, bem como de prevenir a prática da conduta lesiva por parte de qualquer membro da coletividade. De outra parte, a jurisprudência recomenda, ainda, a análise da condição social da vítima; da gravidade, natureza e repercussão da ofensa; da culpa do ofensor e da contribuição da vítima ao evento, à mensuração do dano e de sua reparação.
Dano moral
Regra: dano moral é necessário provar a conduta, o dano e o nexo causal.
Excepcionalmente o dano moral é presumido (in re ipsa), ou seja, independe da comprovação do grande abalo psicológico sofrido pela vítima.
Ex.: inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, pois esta presumidamente afeta a dignidade da pessoa humana, tanto em sua honra subjetiva, como perante a sociedade. (Súmula 385 do STJ)
Entendimento do STJ:
Resp 718618 RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. REGISTRO NO CADASTRO DE DEVEDORES DO SERASA. EXISTÊNCIA DE OUTROS REGISTROS. INDENIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. A existência de registros de outros débitos do recorrente em órgãos de restrição de crédito não afasta a presunção de existência do dano moral, que decorre in re ipsa, vale dizer, do próprio registro de fato inexistente . Precedente. Hipótese em que o próprio recorrido reconheceu o erro em negativar o nome do recorrente. Recurso a que se dá provimento.
ATOS ILÍCITOS/RESPONSABILIDADE
TEORIA DO RISCO/OBJETIVA - ART. 927 
Contexto histórico: avanços tecnológicos do séc. XX
TIPOS DE RESPONSABILIDADE: Subjetiva x Objetiva
Art. 186 e 187
Averiguação de culpa: ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência ou imperícia. 
	Elementos da culpa
(Resp. subjetiva)	Negligência
	Imprudência
	Imperícia
	Definição	Falta de cuidado e desleixo proposital em determinada situação.
	Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou esperadas.
	Falta de conhecimento ou habilidade específica para o desenvolvimento de uma atividade científica ou técnica
	Exemplos:	Pais falharem em deveres importantes para o bem-estar de filhos;
Médico usar utensílios não esterelizados.
	Passar o sinal vermelho;
Não utilizar equipamentos de proteção individual quando solicitado.
	Médico neurologista efetuar uma cirurgia plástica sem aptidão;
Engenheiro elétrico assumir a construção de um edifício sem conhecimentos de engenharia civil.
Responsabilidade objetiva x subjetiva
Teoria da culpa ou subjetiva – pressupõe o elemento culpa como fundamento da responsabilidade.
Teoria do risco ou objetiva- não há que se falar em culpa, ou seja é um dano cometido sem culpa ou sem a necessidade de prová-lo. (dano e nexo de causalidade)
Teoria do risco: toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco para terceiros e deve portanto ser obrigada a repará-lo ainda ainda que seja isenta de culpa.
Responsabilidade objetiva x subjetiva
Responsabilidade subjetiva se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso se consume sua responsabilidade.
Exemplo: acidente de ônibus, onde o motorista do veículo será compelido a indenizar dos prejuízos caso seja provada a vontade de praticar aquele ato (dolo) ou ainda que haja a presença de negligência, imprudência ou imperícia (culpa).
Responsabilidade objetiva x subjetiva
Responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se dará independente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido.
A responsabilidade objetiva é presente na maioria das relações previstas no código de defesa do consumidor (CDC), 
Exemplo anterior, podemos definir que no mesmo acidente de ônibus, a empresa responsável pelo transporte responderá de forma objetiva pelos transtornos causados, justamente pela relação empresa-cliente ser prevista no código consumerista
Responsabilidade objetiva x subjetiva
Em regra: CC/02 adotou a Teoria da culpa art. 186
Averiguação de dolo (intenção) e culpa como fundamentos para a obrigação de reparar o dano. 
Todavia, art. 927 prevê o uso da Teoria do risco – casos específicos em lei:
Art. 933/CC
Lei de Acidentes de Trabalho
Código Civil de Aeronáutica
Lei 6.453/77 (responsabilidade do operador de instalação nuclear
Decreto Lei 2.681/1912 (resp. civil das estradas de ferros)
Lei 6.938/81 – danos ao meio ambiente
Casos que versam sobre transporte, trabalho: implicam existência de riscos inerentes a atividade desenvolvida. 
Esquema de estudo:
Responsabilidade subjetiva (Art. 186/187): teoria da culpa (CC/02). 
Necessário provar dolo(intenção) ou culpa (negligência, imprudência, imperícia)
----------------------------------------------------------------------------Responsabilidade objetiva (Art.927, § único): teoria do risco (CDC, art. 12/13/14)
Não precisa provar dolo ou culpa,responde objetivamente.
Imputabilidade e responsabilidade
Art. 186: elemento imputabilidade é pressuposto para a prática de um ato ilícito.
Aquele que não quer e entende não incorre em culpa.
Privados de discernimento(amental, louco ou demente)?
Antes: eram inimputáveis, e se causassem dano era considerado caso fortuito ou força maior. Se a responsabilidade não pudesse ser atribuída ao responsável por sua guarda, a vítima ficaria irressarcida.
Princípio da irresponsabilidade absoluta da pessoa privada de discernimento
Imputabilidade e responsabilidade
Responsabilidade mitigada e subsidiária: pelo curador nomeadoe se não tivesse mas vivesse com seu pai ele responderia pelo ato do filho. Omissão culposa na vigilância da pessoa privadapor não interná-la ou impedindo o ato danoso. 
Se o amental não tivesse em poder de ninguém seus próprios bens responderiam pela reparação – hipótese de ‘responsabilidade objetiva’
Alteração legislativa (Lei 13.416/15) Estatuto da pessoa com deficiência 
Art. 6º: a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. 
Deficiente: plenamente capaz, respondendo diretamente por seus atos
Imputabilidade e responsabilidade
Menores?
De 16 anos são absolutamente incapazes: não tem o necessário discernimento para os atos a vida civil
Entre 16 e 18 são relativamente incapazes: tem dissernimento reduzido
Responsabilidade: pais de menores de 18 anos (art. 932, I)
Menor responde se os responsáveis não tiverem a obrigação de fazer ou não dispuserem de meios suficientes (art. 928, caput)
Se menor com tutela, resp. do tutor (art. 932, II)
Filho emancipado voluntariamente: pai continua responsável em caso de ato ilícito (jurisprudência)
Se emancipado pelo casamento ou outras formas (art. 5º do CC): o pai/mãe deixa de ser o responsável. 
Excludentes de ilicitude
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Excludentes de ilicitude
Inciso I: legítima defesa - reação desprpopocional a uma injusta agressão atual ou iminente utilizando-se moderamente os meios de defesa postos a disposição do ofendido.
Desnecessidade ou a imoderação poderá caracterizar excesso, proibido pelo direito.
Se o agente fere 3º inocente terá de indenizá-lo, cabendo ação regressiva contra o verdadeiro agressor. (Art. 929 e 930 do CC/02)
Excludentes de ilicitude
Inciso I: exercício regular do direito/estrito cumprimento do dever legal
Limite entre esse exercício e o abuso de direito
Art. 1277 – direito de vizinhança
Art. 939 e 940 – credor que abusivamente demanda o devedor antes do vencimento da dívida ou por dívida já paga
Art. 1637 e 1.638 – abusos no exercício do poder familiar, com possível suspensão ou perda
Excludentes de ilicitude
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente – estado de necessidade
Situação de agressão do direito alheio, de valor jurídico igual ou inferior aquele que se pretende proteger para remover perigo iminente quando as circunstâncias do fato não autorizarem outra forma de atuação. 
Somente será legítimo quando as circusntancias forem absolutamente necessárias. 
O agente atua para subtrair um direito seu ou de outrem de uma situação de perigo concreto. 
Excludentes de ilicitude
Ex: estado de necessidade
João desvia o carro de um bebê para não o atropelar e bate no muro de casa de Mário causando danos materiais. 
Caberá ao dono da casa (Mário) exigir indenização(se não for ele quem deu causa) de João. E caberá a este (João) pedir ação regressiva contra quem deu causa ao fato (pai do bebê). 
Art. 933 do CC/02 – o pai do bebê responderá objetivamente pelo dano causado (culpa in vigilando). 
Exceções:
Exceção: dever de indenizar mesmo quando há um ato lícito.
Art. 1.285(passagem forçada/direito de passagem) e Art. 1.313
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
Exceções:
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua entrada no imóvel.
§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado direito a ressarcimento.
Trabalho - roda de debate
Pesquisa e escreva sobre a responsabilidade civil (objetiva e subjetiva) do profissional médico
Responsabilidade contratual e extracontratual
Erro médico
Obrigações de meio e de resultado
Incluir no trabalho exemplos e julgados dos tribunais (STJ/STF/ outros tribunais) 
Entrega: dia 16/10
Valor: 10,0

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