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/ 4023805127 A 22/06/2020 21:49 Nome: __________________________________________________________ Matrícula: ________________ Disciplina: CCJ0030 / DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I Data: ___ /___ /______ Período: 2020.1 / AV2 Turma: 3001 OBSERVAÇÕES: Leia com atenção as questões antes de responder. As questões devem ser respondidas somente à caneta azul ou preta, na folha de respostas. Será observada uma tolerância máxima de 30 minutos para a entrada dos alunos após o início da prova. Nesse período, nenhum aluno poderá deixar a sala. Terminada a prova, o aluno deverá entregar ao professor a folha de questões e a folha de respostas, devidamente identificadas. É proibido o uso de equipamentos eletrônicos portáteis e consulta a materiais de qualquer natureza durante a realização da prova. Questões objetivas e discursivas que envolvam operações algébricas devem possuir a memória de cálculo na folha de respostas. Boa prova. 1. _______ de 2,00 Em 01 de novembro de 2016, a União, por meio de lei ordinária, instituiu empréstimo compulsório para custear despesas advindas de uma forte tempestade que assolou a Região Sul do Brasil. Naquele diploma legal, ficou previsto que o empréstimo compulsório passaria a ser exigido já no mês de dezembro de 2016. Diante de tal quadro, responda aos itens a seguir. 1. A) No caso em exame, o empréstimo compulsório poderia ter sido instituído por lei ordinária? 2. B) Empréstimo compulsório, instituído para o custeio de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, pode ser exigido já no mês seguinte à sua instituição? Resposta: A) Não. O empréstimo compulsório só pode ser instituído por meio de lei complementar, conforme o Art. 148, caput, da CRFB/88. B) Sim. Ao empréstimo compulsório instituído por força de calamidade pública não se aplica a vedação inerente ao princípio da anterioridade do exercício financeir nonagesimal, conforme Art. 150, § 1o, da CRFB/88. 2. _______ de 2,00 Considere essa notícia: O Prefeito Lucídio Rêbelo, do município de Morro do Chapéu do Piauí, descumpriu o limite de gasto com pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal nos anos de 2009 e 2010. Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado no ano de 2009 o município gastou 54,95% da receita líquida com pessoal e 54,22% no ano de 2010. Como sanção do tipo pessoal o Prefeito será punido com a cassação do mandato de acordo com art. 4º, Inciso VII, do Decreto Lei 201/67 (Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou emitir-se na sua prática). Porém, o prefeito também poderá ser denunciado à Justiça por improbidade administrativa. Lucídio Rebelo também deixou de adotar as medidas previstas quando a despesa com pessoal excedeu 95% do limite, se sujeitando as sanções da Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, responda: a) Qual era o limite de gasto com o pessoal da Prefeitura (Executivo)? b) Qual o tipo de sanção que o prefeito sofrerá por ter ultrapassado 95% do limite estabelecido na LRF? Resposta: a) 54% (art, 20, III, b LRF) b) sanção do tipo institucional 3. _______ de 2,00 Taxa e tarifa não se confundem, embora ambas sejam receitas que têm por finalidade custear serviço público divisível. Diante disso, estabeleça juridicamente a distinção entre taxa e tarifa, identificando 3 (três) características específicas de cada uma delas. / Campus: VILA VELHA Prova Impressa em 22/06/2020 por LUDMILA APARECIDA TAVARES Ref.: 4023805127 Prova Montada em 13/06/2020 Resposta: 1) Taxa é tributo X Tarifa é preço público 2) Taxa decorre de lei X Tarifa decorre de contrato 3) Taxa é compulsória X Tarifa e voluntária 4) Taxa é regida pelo Direito Tributário X Tarifa é regida pelo Direito Administrativo 5) Taxa é receita derivada X Tarifa é receita originária 4. _______ de 2,00 Em dezembro de 2014, o Município M publicou lei ordinária por meio da qual instituiu contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. A referida lei, que entrou em vigor na data de sua publicação, fixou os respectivos contribuintes e a base de cálculo aplicável. Ao receber a cobrança da nova contribuição, João decide impugná-la sob o argumento de que a cobrança é inconstitucional, já que (i) compete exclusivamente à União instituir contribuições e (ii) cabe à lei complementar estabelecer as bases de cálculo e os contribuintes dos tributos. Diante disso, responda: A) Está correto o argumento de João quanto à competência para a instituição da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública? B) Está correto o argumento de João quanto à necessidade de lei complementar para o estabelecimento da base de cálculo e dos contribuintes desta espécie de contribuição? Resposta: A) Não está correto o argumento de João, já que a Constituição Federal prevê, em seu Art. 149-A, que os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. B) Não está correto o argumento, pois a reserva de lei complementar para a definição da base de cálculo e dos contribuintes não se estende às contribuições. De acordo com o Art. 146, inciso III, alínea a, da CRFB/88, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição da República, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Tratando-se de contribuição, como é o caso, é possível que a base de cálculo e o contribuinte sejam estabelecidos por lei ordinária. 5. _______ de 2,00 Inocêncio, revoltado com as condições das estradas do Espírito Santo, resolveu não pagar o IPVA (imposto sobre a propriedade de veículo automotor), pois o governo estadual não estava aplicando o dinheiro desse imposto na conservação e manutenção das estradas estaduais, o que, no seu entender, configurava uma grave irregularidade. Tendo em vista, os princípios e regras aplicáveis aos impostos, responda, com base em argumentos jurídicos, se Inocêncio tem ou não razão. Resposta: Conforme prescreve o art. 16 do CTN, o imposto é um tributo cuja obrigação independe de qualquer atividade estatal especifica relativa ao contribuinte. Trata-se, portanto, de um tributo unilateral que não requer uma prestação específica direcionada ao contribuinte. Tributa-se, através do IPVA, uma manifestação de riqueza consistente na propriedade de um veículo automotor. Tão somente isso. Por outro lado, o art. 167, IV, da CRFB /88 preconiza, expressamente, que é vedada a vinculação das receitas de impostos a qualquer despesa específica, ressalvadas algumas exceções explicitadas no mesmo artigo, exceções essas que não se enquadram no caso em tela. Sendo assim, mesmo que o governo estadual quisesse estabelecer uma vinculação da receita do IPVA à conservação das estradas estaduais, tal situação seria inconstitucional, em decorrência do princípio da não afetação. O argumento de Inocência pode ter valor em termos de inconformismo político, mas não são válidos do ponto de vista jurídico.
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