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Sistema de Grupo Sanguíneo ABO

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Sistema de Grupo Sanguíneo ABO
O sistema de grupo sanguíneo ABO é um exemplo clássico de aglutinógenos e seus isoanticorpos correspondentes. Existem três desses antígenos – A, B e O – cujos genes se localizam em um lócus em cada cromossomo de um par homologo. Estes genes são alelos o que significa que são intercambiáveis na sua localização cromossômica. Cada cromossomo do par transporta qualquer um dos três genes antigênicos. Os antígenos A e B são fortes do ponto de vista sorológico enquanto o O comportasse como gene recessivo. O grupo O é diagnosticado pela ausência de reação dos antígenos A e B. Esta situação resulta na possibilidade de quatro grupos fenólicos principais – A, B, AB e O. Visto que o A e B são dominantes em relação ao O. Quando os eritrócitos do indivíduo possuem antígeno A ou B os isoanticorpos correspondentes anti-A e anti-A estão ausentes no soro. O antígeno O é tão fraco que pode ser considerado antigênico. 
Exemplo:
	Individuo
	Isoanticorpo no soro 
	AA ou AO
	Anti-B 
	OO
	Anti-A e Anti B
	BB ou BO
	Anti-A
Os anticorpos anti-A e anti-B não são detectáveis ao nascimento, geralmente os que estão presentes são de origem materna. Tornando-se fracamente detectáveis aos três a seis meses de vida, nesse período propicia a obtenção de uma reação falso-negativas a tipagem e adquirido fortemente aos 5 anos de idade.
Existe uma situação mais comum e potencialmente grave que surge devido a existência de subgrupos de aglutinógenos que são denominados A1+, A2 e A3+. O A1+ é o mais comum que se encontra em 80% dos eritrócitos do grupo A e AB, seguido do A2 que representa a maior parte dos 20% restantes. O A2 é tão fraco que pode passar despercebido em alguns soros Anti-A comerciais, causando um sério problema pois o A2B pode ser falsamente tipado como B e o mesmo ocorre com o A2O que pode ser falsamente tipado como O. Em geral esses anticorpos não são clinicamente relevantes, embora possa produzir, em algumas ocasiões, problemas de tipagem no banco de sangue. 
O soro do grupo O contém um anticorpo (anti-A1B) que reage contra células do grupo A e B mais fortemente do que os anticorpos distintos contra células do grupo A ou B. O soro do grupo O com altos títulos de anti-A1B foi utilizado para produzir um anti-soro capaz de detectar subgrupos fracos de A ou B.
Sistema de grupo sanguíneo Rh
De acordo com Wiener, o grupo Rh é determinado por genes isolados, contendo casa cromossomo do par um desses genes. Na maioria das situações, cada gene deve determinar supostamente um antígeno contra o qual pode ser produzido um anticorpo especifico. Segundo Wiener cada gene controla um antígeno. Cada um desses antígenos dá origem a vários fatores sanguíneos diferentes, sendo os anticorpos dirigidos contra esses fatores que são os componentes sorológicos do sistema Rh.
No sistema de Fischer-Race, um gene isolado controla um único antígeno, que controla a produção de um único anticorpo. Significa a presença de três genes de cada cromossomo de um par, sendo o grupo de três genes herdado como unidade. Admite-se que a formação de novos anticorpos seja devido a mutação ou separação defeituosa durante a meiose.
Atualmente a maioria dos especialistas acredita que a teoria de Wiener é a que melhor se ajusta na prática. A principal desvantagem da teoria é a sua terminologia incômoda. Entretanto na literatura, encontra-se quase sempre ambas as nomenclaturas de Fischer e de Wiener.
Dentro os antígenos Rh, o D (Rh0) é o mais antigênico; quando presente em pelo menos um cromossomo o paciente é Rh-positivo. O antígeno D comporta-se sorologicamente como dominante e os indivíduos D-positivos podem ser homozigotos ou heterozigotos, enquanto a ausência de reatividade do D comporta-se sorologicamente como gene recessivo.
Os antígenos Rh carecem de anticorpos naturais correspondentes no soro. Quando aparecem anticorpos anti-Rh, eles são do tipo imune e resultam da exposição de um indivíduo Rh negativo ao fator Rh presentes no sangue proveniente de outra pessoa, processo que pode ocorrer na gravidez ou em transfusões sanguíneas. Na gravidez os eritrócitos do feto atravessam a placenta e entram em contato com os eritrócitos da mãe. Assim a mãe pode produzir anticorpos anti-Rh dirigidos contra o antígeno do feto. Ocorre uma exceção quando a mãe possui anticorpos dirigidos ao grupo ABO do feto, por exemplo a mãe é O e o feto é B. Nestes casos os eritrócitos fetais são aparentemente destruídos na circulação materna antes de ocorrer a sensibilização embora nem sempre essa situação seja observada. A incompatibilidade Rh constituía uma importante causa de reações transfusionais por anticorpos anti-Rh mais em menor escala do que as de grupo ABO. A sensibilização Rh após transfusão parece ter alguma relação com a quantidade de sangue Rh-incompatível, embora varie em cada indivíduo. Os lactentes com menos de quatro meses (mas nem sempre) não produzem novos aloanticorpos contra quaisquer antígenos incompatíveis. 
O Rh pode ser tipado com anti-soro comerciais. AA triagem preliminar limita-se ao antígeno D que classifica em Rh-positivo ou negativo. Em particular existe um subgrupo chamado de “D fraco” que é análogo ao subgrupo A2 do sistema ABO. O sangue como D fraco pode não reagir em soros de tipagem comerciais, ocorrendo um resultado falso-negativo. Nos bancos de sangue quem possuem o D fraco é classificado como Rh-negativo, uma vez que pode produzir anticorpos contra uma subunidade do antígeno D de um doador Rh-positivo, uma vez que suas células podem ser destruídas pelo soro de um receptor que contém anti-D.
Em geral, os anticorpos anti-Rh, são univalentes e reagem melhor in vitro. Os grandes bancos de sangue efetuam a triagem do soro dos doadores para esses anticorpos através de várias técnicas. Quando anticorpos anti-Rh atacam eritrócitos in vitro quer em transfusões ou em doença hemolítica do recém-nascido, eles recobrem a superfície dos eritrócitos da mesma maneira que os anticorpos univalentes, fornecendo portanto resultados positivos no coombs direta(até que os eritrócitos afetados sejam destruídos). Está Rh0 Gam (que é Anti-Rh) é administrada a mãe para evitar a formação de anticorpos anti-Rh D na mãe Rh-positiva de um feto Rh negativo a sua administração impede a ocorrência da doença hemolítica do recém-nascido, mas em certas ocasiões podem interferir na tipagem do recém-nascido.

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