APOSTILA DE CRIMINALÍSTICA APLICADA

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Se Deus encheu tua vida de obstáculos, é porque ele acredita na tua capacidade de passar por cada 
um! 
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APOSTILA 
DE 
CRIMINALÍSTICA 
APLICADA 
 
 
Goiânia 
2018 
 
 
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INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA 
A Ciência Forense ou também conhecida como Criminalística é um conjunto, 
formada por várias ciências (Antropologia, Papiloscopia, Balística, Medicina 
Legal, Psicologia, etc.), por meio de seus conhecimentos próprios, utilizados 
pelos órgãos policiais e judiciais para a resolução de determinadas infrações 
penais. Ou seja, auxilia o Direito Penal. 
 
BREVE HISTÓRICO DA CRIMINALÍSTICA 
 
O termo “Criminalística” foi criado por Hans Gross, bacharel em Direito e 
Juiz de instrução por um determinado tempo, para servir de referência aos 
estudos dos vestígios concretos, materiais do crime. 
 
Devido à sua profissão, percebeu a ineficiência dos métodos de investigação, 
iniciando estudos em revistas e livros de química, física, zoologia, botânica, 
fotografia, entre outros. 
 
Durante muitos anos reuniu seus conhecimentos teóricos e práticos em um 
livro, que ficou conhecido como o primeiro manual de criminologia 
científica, em 1893, chamado Manual para Juízes de Instrução. Já na 4ª 
edição, em 1904, foi traduzida para o italiano pelo Professor MÁRIO 
CARRARA, da Universidade de Turim, com outro titulo, autorizado pelo 
autor: “Guia Prático para a Instrução de Processos Criminaes”. 
 
Cientistas de diversas áreas (Alphonse Bertillon, Johannes Evangelist 
Purkinge, Sir William Herschell, Henry Faulds, Sir Francis Galton, Edward 
Richard Henry, Juan Vucetich Kovacevich, Edmond Locard, Jean Alexandre 
Lacassagne, Lombroso, entre outros) que através de suas descobertas, 
postulados, ao longo dos anos, foram contribuindo com novos métodos, a 
resolução de crimes, incorporando esse conhecimento aos de Gross. 
 
A CRIMINALÍSTICA E SUA APLICAÇÃO LEGAL 
 
É competência do Estado, através de suas polícias judiciárias (Polícia 
Civil e Polícia Federal), conforme o artigo 144 da Constituição Federal de 
1988, a apuração das infrações penais, ou seja, elas atuam após o crime ser 
cometido. 
 
 
 
 
 
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Conforme nossa Constituição, por ser o nosso país, um Estado 
Democrático de Direito, é inadmissível a obtenção da verdade por meio de 
torturas, ou outros meios escusos. Como o objetivo da Polícia Judiciária é a 
elucidação do fato criminoso e da autoria, esta precisa valer-se de métodos 
eficazes, irrefutáveis e inquestionáveis, métodos esses que somente através da 
Criminalística é capaz de conseguir. 
 
O trabalho da Criminalística baseia-se na análise (na perícia), dos 
objetos encontrados no local onde ocorreu um crime, de forma científica, 
contribuindo assim para a elucidação do crime e principalmente, no 
esclarecimento da autoria dessa infração penal em busca da verdade real. 
 
Através da busca da verdade real, a verdade dos fatos, esclarece a 
verdadeira autoria, evitando que um inocente seja processado indevidamente 
e/ou o verdadeiro autor fique impune, respeitando assim os princípios 
constitucionais, tanto da presunção da inocência, quanto da dignidade da 
pessoa humana. 
 
Em busca dessa verdade real, ramos científicos são acionados quando 
necessários seus conhecimentos. São várias ciências que contribuem atuando 
separadamente, quando o caso não é complexo, ou atuando de maneira 
conjunta quando a infração exigir conhecimento diverso. São elas: 
 Antropologia forense 
 Computação Forense 
 Biologia forense 
 Bioquímica forense 
 Botânica forense 
 Entomologia forense 
 Genética forense 
 Hematologia forense 
 Histologia forense 
 Geologia Forense 
 Medicina forense 
 Odontologia legal 
 Psiquiatria forense 
 Psicologia forense 
 Traumatologia forense 
 Asfixiologia forense 
 
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 Toxicologia forense 
 Tanatologia forense 
 Química forense 
 Papiloscopia forense ou Datiloscopia forense 
 Balística forense 
 
CRIMINALÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA PÚBLICA 
 
A ocorrência de um crime em uma sociedade é um fato que 
desestrutura não apenas os envolvidos diretamente (autor e vítima). Afeta, 
além dos familiares da vítima e do autor, toda a comunidade onde ambos 
viviam, e em certos casos, repercutem além da comunidade, atingindo até 
outros países. 
A sociedade sente-se fragilizada, desprotegida, insegura e como é 
dever do Estado proteger a sociedade e dar segurança aos seus cidadãos, ao 
ocorrer um crime, cabe a esse mesmo Estado dar uma solução rápida do 
porquê e principalmente do por quem foi cometido aquele crime. 
 
Através da Criminalística, fica assegurada a segurança jurídica, ou seja, 
ninguém é processado, sem provas confiáveis, legítimas. O inocente tem 
assegurada a sua liberdade e o verdadeiro autor da infração é punido. 
A certeza de que um crime não ficará sem solução, pois, existe uma 
ciência capaz de desvendá-lo e desvendar a autoria, inibe o sentimento 
daqueles que ainda proclamam frases do tipo “ninguém vai descobrir que foi 
eu”. 
Uma Gestão em Segurança Pública de qualidade alia conhecimentos 
analisando não só as áreas de risco e o porquê da existência delas, mas 
investe na tecnologia para a solução dos crimes que já ocorreram. 
 
Um gestor, realmente preparado, sabe que não adianta investir apenas, 
em viaturas e armamentos, mas deve investir em conhecimento, tecnologia e 
principalmente nos profissionais que lidarão com essas tecnologias. O não 
investimento na ciência gera desperdício, inoperância e ineficiência no 
combate à criminalidade como ainda temos presenciado, pois, ainda não é 
dado à Criminalística a importância social que ela possui. 
 
FUTURO DA CRIMINALÍSTICA 
 
A perícia é indispensável no combate a criminalidade, e para isso, ela precisa 
estar sempre bem equipada, seus profissionais sempre bem preparados, com 
seus conhecimentos sempre atualizados, 
 
 
 
 
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Ainda é nítido o desconhecimento desse potencial que é a Ciência Forense, 
nossa Criminalística, no meio social, e pior, no meio policial e Judiciário, 
onde não poderia existir (esse desconhecimento). 
 
Mais do que comprovado que os modelos antigos de investigação, além de 
ultrapassados, são ineficientes, não há como combater a organização que 
muitas “sociedades” criminosas possuem com o que o Estado tem. 
 
Sem mudança dos atuais modelos, será impossível dar as respostas que a sociedade 
pede. 
 
Mas grandes mudanças começam com pequenos detalhes, como por exemplo, 
divulgando para a sociedade a existência de uma ciência que pode elucidar 
crimes (e isso alguns seriados, documentários estão fazendo), a partir daí, 
com o esse conhecimento, a sociedade tem como cobrar umapostura 
diferente dos governantes e ao cobrar essa postura diferenciada, haverá uma 
mudança nas atitudes e investimentos. 
A cada resolução de um crime de grande repercussão (infelizmente parece ser 
necessário a ocorrência de um) a imprensa mostra o valor, a importância 
dessa área de conhecimento na elucidação do mesmo. Logo, o futuro da 
Criminalística é promissor. 
 
 
ESTUDO DAS PROVAS 
 
A nossa atual Constituição Federal, de 1988, em seu artigo 5º, 
referente aos Direitos e Garantias Individuais, traz como Principio 
Constitucional, a Presunção da Inocência. Logo, se constitucionalmente, 
temos a garantia do Estado que até o trânsito em julgado, somos considerados 
inocentes, cabe a esse mesmo Estado, caso haja algum indício do contrário, 
providenciar a produção deprovas para que seja feita a imputação do fato 
delituoso ao respectivo autor. 
 
Para que seja feita essa produção de provas, é necessário que sejam 
observadas certas questões jurídicas, como por exemplo, o embasamento 
jurídico para a produção dessas provas. 
 
O primeiro embasamento jurídico, encontramos no Código de 
Processo Penal (CPP), em seu artigo 6º , o qual faz a seguinte menção: 
 
Art. 6º: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá: 
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais. 
 
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E no artigo 158, também do referido Diploma Legal, temos: 
 
Art.158: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame do 
corpo de delito, direto e indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado. 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a 
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se 
altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir 
seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
 
Como podemos observar a conservação do local, onde foi praticado o 
delito, é de suma importância para a elucidação do mesmo. São os peritos, os 
profissionais encarregados de elucidarem o fato. 
 
Sobre a importância dos vestígios, ainda na mesma apostila, há um 
trecho de um artigo escrito pelo perito Dwayne S. Hildebrand da Scottdale 
Police Crime Lab, no qual ele descreve a importância dos vestígios deixados 
no local de crime: “Onde quer que ele (autor) ande, o que quer que ele toque 
ou deixe, até mesmo inconscientemente, servirá como testemunho silencioso 
contra ele”. 
Temos assim, a figura de um profissional importante para essa elucidação: o 
perito. 
 
Conceito de Perito: são pessoas qualificadas ou experientes em determinados 
assuntos, chamados a esclarecer um fato de interesse judicial. 
Da necessidade da Perícia no Direito: colaborar com a Justiça quando 
existirem vestígios deixados pelo ato delituoso, quando a mesma precisar de 
um expert em determinado assunto que lhe é difícil apreciar. O Perito atua 
nos ramos já citados anteriormente (Medicina Legal, Balística, Papiloscopia, 
etc.). 
Os Peritos podem ser classificados como: Perito Oficial = profissionais que 
realizam perícias em função de ofício; são concursados. Perito Louvado ou 
Nomeado = quando, na ausência de peritos oficiais ou em caso de 
necessidade do Judiciário, é convocada uma outra pessoa, que possua um alto 
nível científico, em determinada especialidade que prestarão o compromisso 
de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
 
 
 
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O número, antes, eram de 2 peritos. Agora só é necessário 1, salvo o caso de 
crimes complexos (aqueles que exige conhecimento em mais de uma área). 
Um perito só não realizará a perícia, se houver algum impedimento legal ( 
parentesco, amizade, inimizade, interesse, suspensão do ofício, etc). 
Na ausência de peritos oficiais, a perícia será feita por duas pessoas idôneas 
(perito louvado), com diploma de curso superior, escolhidas 
preferencialmente entre as que tiverem habilitação técnica, relacionada à 
natureza do exame. Os peritos não oficiais prestaram o compromisso de bem 
e fielmente desempenharem o cargo (art 159, §§1º e 2º, do CPP). Se 
recusarem ou não comparecerem, pode ser determinada a sua condução 
coercitiva (art 278 do CPP). 
EM RESUMO: 
 158: Deixou vestígios?! Tem perícia 
 159: são peritos os qualificados ou experientes em 1 assunto 
 161: qualquer dia e hora 
 162: somente após 6hs, salvo se for aparente 
 167: é a indireta, basta testemunha 
 168: exame complementar após 30 dias da agressão 
 279: quem não pode ser perito (ver Tb 47) 
Da manifestação dos Peritos: 
 
Só podem se manifestarem mediante solicitação de 
autoridade competente, ou seja, por meio de ofício, um 
instrumento legal que recolhe a guisa de relatório, tudo 
quanto o perito viu e achou importante registrar sobre o 
material objeto da perícia. Ex: Laudo. 
 
*********** 
 
PAPILOSCOPIA FORENSE 
(DACTILOSCOPIA) 
 
IDENTIFICAÇÃO X IDENTIDADE 
 
A questão da identificação é algo que preocupa boa parte das 
sociedades. 
 
 
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Relatos históricos demonstram a preocupação em 
encontrar-se algum fator, ou sinal que diferenciasse o 
ser humano, que individualizasse as pessoas e que 
principalmente identificasse, individualizasse um 
procurado da justiça de um cidadão do bem, ou que 
pudesse identificar cadáveres decompostos, 
carbonizados, esqueletos, etc. 
. Para isso usou-se e ainda usa em alguns casos o reconhecimento (vem da 
palavra reconhecer = conhecer de novo, afirmar, admitir como certo 
certificar-se de) de um cadáver, de um procurado pela justiça. 
 
A identidade é o objetivo, o fim de todas as sociedades. 
 
Temos no ordenamento jurídico brasileiro, vários artigos referentes a identidade e a 
identificação: 
 Art. 307 do CPB: “atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa 
identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou 
alheio, ou para causar dano a outrem”. Pena : Detenção de 3 
meses a 1 ano e multa. 
 Art. 308 do CPB: “usar, como próprio, passaporte, título de 
eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de 
identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize 
documento dessa natureza, próprio ou terceiro”. Pena - 
detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não 
constitui elemento de crime mais grave. 
 Art. 68 da LCP: “recusar fornecer a autoridade, quando por 
esta justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou 
indicações concernentes à própria identidade, estado 
profissão, domicílio ou residência”. Pena – multa. 
 Art. 5º LVIII da CF/88: “o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei”. 
 Art. 6º, inc. VII do CPP: “logo que tiver conhecimento da 
infração penal a autoridade deverá: (...)VII- Ordenar a 
identificação do indiciado pelo processo dactiloscópico. 
 Art. 166 do CPP: Havendo dúvida sobre a identidade do 
cadáver exumado, proceder- se-á ao reconhecimento pelo 
Instituto de Identificação e Estatística ou repartição 
congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se 
auto de reconhecimento e de identidade, no qual se 
descreverá ocadáver, com todos os sinais e indicações. 
 
 
 
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 Art. 219 do CC: considera-se erro essencial sobre a pessoa do 
outro cônjuge: I – o que diz respeito a identidade do outro 
cônjuge. 
 
Identificar = é determinar a identidade de alguém. E o que é Identidade? 
Identidade = é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma 
pessoa; a unicidade do ser; são os dados. 
Identificação = é o processo pelo qual se determina a identidade ou não; é a 
análise das características, pode ou não ser mais ou menos complexas. 
Exigem técnicas aprimoradas para atingir a informação. 
 
A Identificação tem interesse no foro cível e no foro criminal. Tanto é objeto 
de estudos em vivos quanto em mortos, em restos ou em outros materiais. 
 
Para isso é necessário certos requisitos técnicos, como: 
 Unicidade (ser único aquele caracter) 
 Imutabilidade (ser imutável, não mudar ao longo da vida do indivíduo) 
 Praticidade (ser prático, fácil de se realizar, de se obter) 
 Ser Classificável 
 Ter Perenidade (desde a vida embrionária à putrefação) 
 
Um sistema que consegue possuir todos esses requisitos acima mencionados é 
a Papiloscopia, que é o processo de identificação humana, baseado no estudo 
das cristas papilares impressos em um suporte (situadas na falange distal – 
“pontas dos dedos”). 
 
É feito um registro através da coleta das impressões digitais, uma verificação, 
classificação, comparação e arquivamento delas, através de um sistema 
chamado Sistema Vucetich. Onde os tipos fundamentais são: Arco Presilha 
Externa, Presilha Interna e Verticilo. 
 
 
 
 
 
 
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Impressão Digital = é o ajuntamento (conjunto) de linhas (pretas e brancas) 
sobre determinada superfície. Ex: papel, vidro, etc. 
 
Linhas Pretas = são as impressões das cristas papilares. 
 
Linhas Brancas = são as paralelas às linhas pretas ocasionadas pelos sulcos papilares. 
 
Também há um sistema de linhas que conforme a posição delas dá-se o nome 
de: Basilar, Marginal ou Nuclear, o Delta que é outro ponto de observação e 
diferenciação e os pontos característicos da impressão. 
 
 Pontos Brancos = sobre as linhas pretas, correspondem as aberturas dos 
ductos excretores das glândulas sudoríparas – poros - (também utilizados para 
leitura quando se fizer necessário – poroscopia) 
Existem outros métodos de identificação: 
 
 Tatuagens 
 Íris 
 DNA 
 Nominal 
 Sisitema de Bertilhon 
 
Obs. Estatura e Altura:Apesar de serem usado no cotidiano como sinônimos, 
não são. A estatura é a medida que vai da planta do pé até a cabeça, enquanto 
que a altura é a medida que vai da planta do pé até as pontas dos dedos. 
 
 
 
 
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Dinâmica de Local de Crime 
 
Conforme o SENASP, em sua apostila sobre Preservação de Local de Crime: 
“O local de crime pode ser definido genericamente, como sendo uma 
área física onde ocorreu um fato esclarecido ou não até então – que apresente 
características e ou configurações de um delito”. 
 
Eraldo Rabello, na mesma apostila, define de forma “diferente”: “Local de 
crime constitui um livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por 
terem a consistência de poeira, desfazem-se, não raro, ao simples toque de 
mãos imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo-se desse modo para 
sempre, os dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos”. 
A Preservação do Local de Crime é um dever de todo profissional da 
Segurança Pública. São profissionais da Segurança Pública, logo, são 
responsáveis pelo local de crime: 
 
a) Policial Civil 
b) Policial Federal 
c) Policial Rodoviário Federal 
d) Policial Ferroviário Federal 
e) Perito Criminal / Médico Legista / Papiloscopista 
f) Policial Militar 
g) Bombeiro Militar 
h) Agentes de Trânsito 
i) Guardas Municipais 
 
Conceitos essenciais: 
 
a) Vestígios: é o material bruto que o perito constata no local do crime ou 
faz parte do conjunto de um exame pericial qualquer. Porém, somente após 
examiná-lo adequadamente é que se pode saber se aquele vestígio está ou 
não relacionado ao evento periciado. Assim, vestígio é tudo que é 
encontrado no local do crime que após estudado e interpretado, pode se 
transformar em elemento de prova, individualmente ou associado a outros. 
b) Evidência: significa qualquer material, objeto ou informação que 
esteja relacionado com a ocorrência do delito. Assim, evidência é o vestígio 
analisado e depurado, tornando-se um elemento de prova por si só ou em 
conjunto, para ser utilizado no esclarecimento dos fatos. 
 
 
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As duas nomenclaturas (vestígio e evidência) são usadas tecnicamente 
no âmbito da perícia, no entanto, tais informações tomam o nome de indícios, 
quando tratados na persecução penal. 
 
Fases do exame pericial: 
 
a) Requisição da perícia 
b) Equipe adequada 
c) Isolamento do local 
d) Observação geral do local e divisão prévia dos procedimentos 
e) Exame propriamente dito 
 
Todos os atos (periciais ou não) relacionados a prova, contribuem para manter 
a credibilidade de uma perícia, cujo resultado final é o Laudo.Os principais 
elementos no resguardo da idoneidade do vestígio na cadeia de custódia da 
prova são os procedimentos dos peritos (= constatação, registro, identificação, 
exames e análises). 
************** 
 
ASPECTOS GERAIS SOBRE A 
MEDICINA LEGAL 
 
 
1) Conceito: 
 
É a Medicina à serviço da Justiça , do Direito, solicitado seus serviços por 
uma autoridade competente à frente do caso. Onde houver interesse jurídico, 
haverá exame de pela Medicina Legal. O fato de não ser legal, não significa 
que ela não pode vir a ser legal. 
 
É o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao 
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando 
na execução dos dispositivos legais, no seu campo de ação de Medicina 
aplicada (Hélio Gomes). 
 
A Medicina Legal trabalha com vivos(a maior parte) e mortos e em cima de 
vestígios, se eles não existem é a mesma coisa que dizer que não houve 
crime. Vestígios não são provas, mas que podem ser transformados. Por 
exemplo: vestígios relacionados com o corpo são geralmente lesões. 
Existem dois tipos de vestígios: passageiros (ou transeuntes= que 
desaparecem) e permanentes. Os vestígios que formam o corpo de delito 
podem ser: material ou corporal. 
 
 
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2) Da Necessidade e da Utilidade da Medicina Legal nos diversos ramos do 
Direito: 
A Medicina Legal contribui do ponto de vista médico para a elaboração, 
interpretação e aplicação das leis. Através do conhecimento e especialidades, 
esclarecem questões jurídicas.É útil em diversos ramos, principalmente: 
 
 Civil : investigação de paternidade, direitos do nascituro, 
casos de comoriência (não há como saber quem morreu 1º), 
premoriência (tem como saber quem morreu 1º),etc. 
 Penal: lesões corporais, sexualidade criminosa, aborto ilegal e 
ilícito, infanticídio, homicídio, embriaguez, etc. 
 Constitucional: proteção à infância e à maternidade. 
 Administrativo:licenças, atestados afastamentos. 
 Processo Civil e Penal : psicologia da testemunha, das perícias,etc. 
 Penitenciário: psicologia do detento. 
 Trabalho : infortunística (acidentes de trabalho), 
insalubridade, higiene, as doenças e a prevenção de acidentes 
profissionais. 
 Desporto : doping, lesões corporais culposas ou dolosas, etc. 
 Comercial (mais para Consumidor) : bens de consumo se 
estão ou não adequados para o consumo. 
3) Conceito de Perícia Médica 
 
É todo o procedimento médico, promovido por um profissional de medicina, 
visando prestar esclarecimentos à Justiça. A perícia pode ser direta (em cima 
das lesões; o exame em si), ou indireta (se alguém filmar, fotografar; e ao 
invés de analisar o corpo, analisa o documento). 
É através de documento médico – legal que o perito médico – legista se 
manifesta. E o que é documento médico – legal? 
 
 
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Documento médico – legal é a veiculação da matéria médica de interesse 
jurídico apresentada por informação escrita, por meio de profissional 
habilitado, a qualquer título. 
São 6 os documentos médicos legais: 
 
 Notificação = comunicação compulsória do médico à 
autoridade competente, por necessidade social ou sanitária, 
sem colocar o cliente exposto. Ex: doença infectocontagiosa. 
 Atestado = é a afirmação simples, por escrito de um fato 
médico e suas consequências. Pode ser: oficioso (o que o 
médico dá ao paciente), Administrativo(médico servidor ou 
particular dá ao paciente, e será apresentado a uma 
repartição pública) ou Judicial (por solicitação de Juiz, ou que 
integrará os autos, ou seja, atenderá à Justiça). Além disso 
o atestado pode ser: idôneo (o correto) ou o 
gracioso (sem o devido exame no paciente e que nesse caso se 
subdivide em imprudente – quando um médico particular 
fornece um atestado para um cliente que trabalha onde há 
médico; ou falso – seu conteúdo não condiz com a verdade). 
 Relatório = é uma descrição minuciosa de um fato médico e 
suas consequências, requisitadas por uma autoridade 
competente (Tourder). Recebe o nome de Auto – quando um 
perito dita para um escrivão; e de Laudo – quando é redigido 
pelo próprio perito. Nesse caso, é composto das seguintes 
partes: Preâmbulo(que é o cabeçalho, onde os peritos se 
identificam, qualificam a autoridade que requereu e a 
autoridade que autorizou a perícia, assim como o examinado 
com local, hora data e etc.),Quesitos(são as perguntas 
formuladas pela autoridade competente), Histórico(que 
consiste no registro dos fatos mais significativos que 
motivaram o pedido de perícia ou que possam esclarecer e 
orientar a ação do legisperito), Descrição(é clara, minuciosa, 
metódica, técnica e singular de todos os pontos apurados 
diretamente pelo perito; é a parte essencial do Laudo), 
 
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Discussão(é a análise cuidadosa dos fatos fornecidos pelo exame 
e registrados na descrição, comparando-os com os informes 
disponíveis relatados no histórico), Conclusão(é o sumário de 
todos os elementos objetivos observados e discutidos pelo 
perito, constituindo a dedução sintética natural da discussão 
elaborada), Resposta aos Quesitos(devem ser precisas e 
concisas). 
 Consulta = é a solicitação na qual o interessado ouve a 
opinião de um ou mais especialistas a respeito do valor 
científico de determinado relatório, quando o mesmo deixar 
dúvidas. 
 Parecer= é a resposta de autoridade médica, expert no 
assunto em pauta, de comissão de profissionais ou de 
sociedade científica, a consulta formulada com intuito de 
esclarecer questões de interesse jurídico contendo partes 
como: preâmbulo, exposição, discussão e conclusão. 
 Depoimento Oral = são esclarecimentos dados pelo perito, 
acerca de um relatório apresentado, perante o júri ou em 
audiência de instrução e julgamento. 
Mas podemos considerar também: 
 
 O Prontuário = onde o médico registra todos os 
procedimentos feitos por ele ao paciente, assim como os 
remédios dados ao mesmo. 
 O Boletim = que um informativo sobre a situação do paciente. 
 A Receita Médica = onde está descrito os medicamentos prescritos pelo 
médico. 
 O Atestado de Óbito = que confirma a morte, determina a 
causa da morte, faz cessar a vida, juridicamente falando, de 
uma pessoa, podendo assim abrir o processo sucessório. 
 
 
 
 
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Destino do cadáver = se houver violência explícita será para o IML. No 
entanto se houver violência suspeita ou causa ignorada, irá para o SVO ( 
Serviço de Verificação de Óbito). Caso seja confirmada a violência, manda 
para o IML ( independentemente do tempo de morte, tendo nexo causal), caso 
tenha sido constatado morte natural, o próprio SVO emite a Declaração de 
Óbito. 
 
 
 
TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL 
 
É o estudo das lesões e os estados patológicos imediatos ou tardios. São 
provocadas por energia mecânica, física, ou química, ou seja, capazes de 
modificar o estado. A ação é exercida por um agente exógeno ou endógeno e 
pode provocar lesão do tipo aberta ou fechada. Logo trauma é a ação que 
causa dano. 
 
Lesão, para a Doutrina Penal, é a consequência de um ato violento (do 
trauma), capaz de produzir direta ou indiretamente, qualquer dano a 
integridade ou saúde de alguém ou responsável pelo agravamento ou 
continuidade de uma perturbação já existente. Ou seja, é o dano, o resultado. 
Exemplo: facada no peito = é o trauma e buraco no peito feito pela facada é a lesão. 
 
Obs.2: Ferida X Ferimento: ferida é o “retrato”, é a lesão propriamente dita, 
enquanto que ferimento é a ação, é o ato de ferir. 
Lesão Satélite = lesões ligadas “indiretamente”, exemplo, em crimes sexuais as 
escoriações. 
Classificação das lesões - leve 
- grave 
- gravíssima 
- gravíssima seguida de morte 
 
 
Podem ser de 3 tipos, os mecanismos de ação: ativo (quando o objeto choca-se com a vítima que está 
parada), passivo (quando o corpo da vítima é que se choca com o objeto que está parado) ou misto 
(quando ambos, corpo da vítima e objeto estão em movimento e se chocam). 
 
 
 
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 As lesões podem ser produzidas por energias de ordem: 
 Mecânica 
 Física 
 Química 
• Agentes Mecânicos: 
Conforme o instrumento usado para provocar a lesão, esta receberá um nome, 
podendo ser: punctória, incisa ou contusa. 
 
Lesão Punctória (ou puntiforme, ou perfuração) = é uma lesão do tipo 
perfurante, feita através de uma pressão do objeto sobrea pele da vítima. 
Possui o formato de ponto, cuja característica do objeto, cuja extensão é 
pequena mas, a profundidade é grande provocando pouco sangramento. 
Ex: agulha. É mais usado em homicídio, do que suicídio, e quando ocorre 
neste costuma ser acidental. 
Lesão Incisa (ou cortante) = o nome incisa é utilizado mais para incisões 
feitas por médicos com a intenção de cura (cirúrgica), a não ser que por 
imperícia, imprudência ou negligência, venha a se tornar um ato delituoso. O 
nome mais correto seria lesão cortante queé a lesão feita pelo deslizamento 
de um gume (ou bordo afiado), de forma linear sobre a pele. As bordas da 
lesão serão coaptáveis, ou seja, se ajustarão quando aproximadas, pois, haverá 
uma secção uniforme, linear, regular dos tecidos. Nesse tipo de lesão 
encontraremos como característica uma lesão mais rasa, não tão profunda 
quanto a punctória, mas com a extensão maior, provocando muito 
sangramento. Inclusive tanto o início quanto o fim são mais rasos, enquanto 
que o meio é mais profundo, mas não tão profunda quanto a punctória. Ex. 
navalha, faca, linha de pipa, papel, pedaço de vidro. É mais encontrado em 
homicídio, suicídio, ou defesa. 
 
TIPO OBJETO VÍTIMA EXEMPLO 
ATIVO MOVIMENTO PARADA PAF é o projétil que irá até 
a 
vítima. 
PASSIV
O 
PARADO MOVIMENTO Idoso cair no banheiro, 
socar a cabeça na parede, 
motoqueiro 
cair e “ralar” no chão. 
MISTO MOVIMENTO MOVIMENTO Vítima andando de bicicleta 
é atingida por carro em 
movimento. 
 
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Lesão Contusa = é a lesão feita por objeto rombo (arredondado) ou plano, 
como por exemplo: pau, tijolo, jato d’água, jato de ar, mãos (soco), pés 
(chutes), bengala, cassetete, martelo, pedra, etc. a lesão é ocasionada por 
pressão em grande área (enquanto que na punctória é em pequena área) e que 
dependendo da força empregada, haverá uma profundidade grande ou 
não, e uma extensão grande ou não. As feridas possuem formas irregulares, 
não uniformes, alineares, ou seja se aproximarmos as bordas elas não são 
coaptáveis como nas lesões incisas. É mais comum este tipo de lesão no 
homicídio e nos acidentes e menos nos suicídios. 
 
Lesão Corto – Contundente = é a lesão feita com objetos que possuem um 
gume rombo com corte embotado que mesmo estando afiado o objeto, 
precisará de força para que ele exerça a lesão. Seus instrumentos agem por 
pressão e deslizamento e que produzem feridas irregulares, retraídas 
profundas, com extensões grandes, muita hemorragia. A lesão se forma mais 
pelo peso e intensidade da força empregada, ou seja, do manejo feito, do que 
pelo gume propriamente dito. São lesões mutilantes, abertas, grandes, com 
fraturas. Como exemplo de instrumentos que produzem este tipo de lesão 
temos: machado, motosserra, foice, facão, enxada, roda de trem. OBS.: 
Quando usados para provocar lesão no pescoço temos as seguintes lesões: 
 
DEGOLA( lesão feita da parte posterior para a parte frontal do pescoço sem 
separar totalmente a cabeça do restante do corpo). 
 
 
DECAPTAÇÃO (lesão que separa totalmente a cabeça do corpo). 
 
 
 
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ESGORJAMENTO ( lesão feita da parte frontal para a parte posterior do 
pescoço e que não separa totalmente a cabeça do corpo). 
 
 
Também temos a lesão chamada ESQUARTEJAMENTO, que é a separação dos membros superiores, 
inferiores e da cabeça, do tronco 
 
 
Muito comum em homicídios e acidentes, mas raros em suicídios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esquematização: 
 
Lesão Pérfuro – Cortante = são as lesões que além de perfurarem, por 
pressão exercida na superfície da pele, também cortam, à medida que 
aprofundam na mesma. Essas lesões podem ser provocadas por objetos de 1 
gume ou um bordo cortante ( por exemplo: faca, navalha, canivete) cuja 
ferida terá a forma ovalada, ou pode ser por objeto de 2 gumes ou 2 bordos 
cortantes (por exemplo : punhal) cuja ferida terá o formato de botoeira, ou 
poderá ser de objeto com 3 ou mais gumes ou bordos (por exemplo: lima, 
florete), ou multicortante (como a perfuratriz). É comum em homicídios, 
acidentes, lesões corporais e suicídios. A profundidade é maior que a 
extensão e há grande sangramento. 
 
Lesão Pérfuro – Contundente = é a lesão que através de uma pressão forte, perfura em 
seguida, simultaneamente. A maioria é provocada, por Projétil de Arma de Fogo 
(PAF). 
- o
rifício de entrada Obs.: a lesão é 
constituída por 3 partes - trajeto 
- orifício de saída 
 
No orifício de entrada temos: 
 Zona de Contusão: arranca-se parte da epiderme devido ao 
movimento rotatório do projétil, antes de penetrar no corpo. 
 Aréola Equimótica (ou orla equimótica): é a zona superficial e 
relativamente difusa da hemorragia, oriunda do rompimento 
de pequenos vasos ao redor do ferimento. 
 Orla de Enxugo: próxima ao orifício de entrada, mais escura. 
 Zona de Tatuagem: é mais ou menos ao arredondada. Nos 
tiros perpendiculares ou de formas crescentes nos oblíquos, é 
resultante da impregnação de partículas de pólvora 
incombusta que atinge o corpo. 
 Zona de Esfumaçamento: produzida pelo depósito de fuligem 
da pólvora ao redor do orifício de entrada. 
 
 
 
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 Zona de Chamuscamento ou queimadura: feita pela ação dos 
gases que queimam o alvo. 
 Zona de Compressão dos Gases: vista apenas nos primeiros 
instantes no vivo quando atingem a pele. 
(A) orla de contusão; (B) orla de enxugo; 
(C) zona de tatuagem; (D) zona de esfumaçamento. 
 
 TIPOS DE TIROS: (esta parte será vista na parte referente à BALÍSTICA 
FORENSE) 
Quadro comparativo dos dois 
orifícios 
 
ORIFÍCIO de ENTRADA ORIFÍCIO de SAÍDA 
Forma 
regular 
Forma irregular 
Bordas invertidas Bordas evertidas 
Possui orlas e zonas Não tem orlas e nem 
zonas 
Diâmetro geralmente proporcional ao 
projétil 
Desproporcional 
 
ATENÇÃO: não é só os PAF’s que produzem esse tipo de lesão, mas canetas, 
vergalhões de ferro, pontas de guarda-chuvas, etc., também. 
 Agentes Físicos: 
São agentes físicos: 
 
- Temperatura: tanto o calor como também o frio. No caso do calor, há o 
direto (ou localizado) que provoca queimaduras, que podem ser de 1º grau ( 
presença de eritema= vermelhidão), 2º grau ( formação de bolhas, ou 
também conhecido como Flictemas), 3º grau (escara = necrose dos tecidos), 
4º grau (carbonização onde algumas partes não queimam como útero, 
próstata e ossos com possibilidade de encontrar DNA, ou cremação onde 
- 
 
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tudo vira cinza e não há possibilidade de encontrar DNA), onde ocorre a 
diminuição do tamanho do corpo). Há também as termonoses (ação de um 
calor difuso sobre o corpo), ou seja, o calordo sol (natural) em local aberto, 
provocando a insolação (desidratação e desequilíbrio das funções) e em 
local fechado ou mal arejados (não natural) provocando a internação (ex: 
sauna). O frio direto provoca a geladura (que é a queda da temperatura 
corporal, com constrição dos vasos periféricos, falta de oxigenação, necrose 
das extremidades), e também possui graus: 1º(pálido e eritematoso), 2º 
(bolhas hemorrágicas), 3º (necrose, com perda das extremidades), 
4º(gangrena). As oscilações de temperatura provocam choques térmicos. 
 
- Pressão Atmosférica: a pressão atmosférica normal é de 1.036 kg/cm3 ou 1 
atm.muito abaixo desse valor ou muito acima dele podem ocorrer os 
barotraumas ou baropatias. Quando a pressão atmosférica está baixa, 
haverá uma diminuição do oxigênio e do gás carbônico, alterando o 
fenômeno da hematose (as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares) 
provocando a doença dos aviadores ou mais conhecida, mal das montanhas, 
com sintomas de taquicardia, cefaleia, zunidos, vertigens, náuseas. No 
entanto, quando a pressão atmosférica está alta, provoca o mal dos caixões 
ou mal dos escafandristas, formando embolia gasosa que é a formação de 
bolhas de nitrogênio, oriundas do ar que se encontra dissolvido no sangue, 
devido a subida rápida. 
 
- Eletricidade: nós temos dois tipos de eletricidade, a natural (ou cósmica) e 
a artificial. A natural, é a oriunda dos raios e pode ocasionar dois tipos de 
lesões: a fulminação que é fatal, onde o indivíduo atingido, terá uma 
depilação da pele por carbonização, de todos os pelos do corpo além da 
cabeça. Ele terá lesões traumáticas nas mãos, orelhas, e pênis ou mesmo 
arrancamento ou carbonização, visto que estas áreas são áreas de entrada. 
O outro tipo de lesão provocada por raios é a fulminação, que 
lesionará,deixando ou não sequelas, desfigurando. Ambas, no entanto, 
devido a fenômenos vasomotores, formarão um sinal com aspecto 
arboriforme. A eletricidade artificial, também provoca dois tipos de lesões: a 
eletroplessão, onde o efeito da descarga elétrica não será letal, mas deixará 
a marca de Jellinek, que é uma lesão com forma ovalada, de bordas elevadas 
de coloração amarelo- pálido, endurecida, seca. A região fica insensível, com 
perda de área inclusive. Quando a vítima está usando anéis, colares ou 
pulseiras pode ocorrer a metalização, ou seja, impregnação de partículas de 
metais na pele. A outra lesão por eletricidade artificial é a eletrocussão (daí a 
palavra eletrocutado) é letal, inclusive usada em execuções de condenados. 
-Radioatividade – provocada por elementos como Raio –X ( que atingem 
mais as gônadas, provocando queimaduras), Césio 137, energia atômica (cuja 
 
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temperatura no centro da explosão pode atingir mais ou menos 4000ºC), 
rádio, etc. possui 3 graus de lesões (radiodermites): o 1º depilatório, por 
queimar os pêlos do corpo, recuperando com o tempo, o 2º grau que forma 
bolhas que não recuperam e o 3º grau que é a formação de uma úlcera de 
Roentgem que fica aberta permanentemente. 
 
- Luz – possui uma velocidade de 300.000 km/s e pode causar lesões visuais 
temporárias ou permanentes (cegueiras). 
 
- Som – com velocidade de 340 m/s, o ouvido humano suporta cerca de 85 
decibéis (dB), dependendo do tempo de exposição. Podem ocorrer lesões 
auditivas, ruptura da membrana do tímpano ou surdez temporária ou 
permanente. 
 Agentes Químicos 
 
Nesta parte, estudaremos especificamente os agentes nocivos no ramo da medicina 
legal chamado 
TOXICOLOGIA. 
 
Existem vários conceitos de toxicologia, alguns deles são: 
 É a ciência que estuda os efeitos nocivos produzidos pela 
interação entre agente químico + organismo; 
 Ciência que estuda os venenos e o envenenamento, de uso geral; 
 É o conjunto de conhecimentos físicos, químicos e biológicos 
ao estudo das substâncias nocivas à saúde e a vida 
(Alcântara); 
 Estudo da ação e dos efeitos tóxicos sobre os organismos vivos. 
- 
- A toxicologia pode ser profilática (onde através de ações, evita a ação nociva 
de agentes poluidores), industrial (com estudos de substâncias que podem 
contribuir com a indústria farmacêutica), analítica (através de procedimentos 
de exames laboratoriais), clínica ( ), médico legal ( orienta a Justiça). 
- 
- Diferença entre Agente Tóxico e Veneno: Agente Tóxico é a substância 
química capaz de produzir um efeito nocivo através de sua interação com o 
organismo enquanto que veneno é, primeiramente um produto cuja venda é 
legalizada, e que ingerida ou aplicada, determina a morte, colocando a vida 
em perigo ou altere a saúde como, por exemplo, raticidas, formicidas, etc. 
- 
- O envenenamento é a morte violenta ou dano grave ocasionado por 
determinada, de forma acidental, criminosa ou voluntária. 
- 
- A intoxicação é um conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito 
nocivo produzido pelo contato entre agente químico e o organismo. 
- 
 
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- Existem elementos relacionados ao indivíduo que alteram a ação maléfica do 
veneno, tanto potencializando( sinergismo= ação potencializadora dos 
efeitos) como diminuindo, que são: idade, sexo, tolerância adquirida, 
condições hepáticas, estado de repleção do estômago, etc. 
- 
- Enquanto alguns apresentam intolerância (passam mal mesmo com pequenas 
doses) outros já apresentam mitridatização (elevada resistência orgânica aos 
efeitos tóxicos dos venenos). 
DROGAS 
 
Conceito: (OMS) é toda substância química, natural ou sintética que 
introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções. 
 
É toda a substância que atua no organismo, modificando sua fisiologia normal. 
 
O indivíduo tende a ter uma compulsão irresistível e incontrolável em 
continuar o uso e a obtê-la a qualquer custo. Há uma dependência psíquica, 
com tendência a aumentar gradativamente a dosagem da droga e seus efeitos 
nocivos atingem não só o indivíduo, mas também a coletividade. 
 
Inicialmente temos 2 tipos de drogas: 
 As legais (ou lícitas): aceitas socialmente e culturalmente, com 
vendas autorizadas por legislação específica, inclusive (drogas 
medicamentosas; drogas industriais como cola, esmalte, 
solventes; e drogas sem finalidade terapêuticas como o álcool 
e o tabaco). 
 As ilegais (ou ilícitas): cujo uso, porte, transporte, compra, 
comercialização, plantio, ou até mesmo cessão grátis, 
constituem ilícito penal (são as elencadas na portaria da 
Anvisa). 
 
Algumas terminologias são usadas de maneira equivocada, como se fossem 
sinônimos para drogas, que são: Tóxico e Entorpecentes. Tóxicos, é uma 
substância que pode fazer mal ao organismo sem levar à dependência, por 
exemplo: arsênio, fumaça, gases em geral. Já Entorpecentes, é toda substância 
que entorpece, deprime, por exemplo maconha, no entanto usam também para 
cocaína, sendo que cocaína não entorpece e sim, estimula. 
 
Overdose: é uma alta quantidade, podendo levar à morte, ou pode levar a 
sequelas neurológicas (lesões neuronais), no circulatório (tensões arteriais) e 
respiratórias. Além do social que é a marginalização do usuário. 
 
 
 
 
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Drogas Psicotrópicas= agem no SNC, produzindo alterações de 
comportamento,humor e cognição, possuindo grande propriedade 
reforçadora sendo portanto, passíveis de auto-administração. Em outras 
palavras, estas drogas levam à dependência, pois, tem afinidade com o 
cérebro, modificando nossa maneira de sentir, pensar, e muitas vezes de agir. 
 
Podem ser classificadas em 3 grupos: Perturbadoras, Depressoras ou Estimulantes. 
 
Drogas Psicotrópicas 
Tipos de drogas Efeitos Exemplos 
Perturbadoras (ou 
Psicodisléptico) 
Com efeito alucinógeno, acelera o 
funcionamento do cérebro além do normal. 
Causa perturbações na mente do usuário. 
Ou seja, modificam qualitativamente, 
perturbam, distorcem o seu 
funcionamento, fazendo com que a pessoa 
passe a perceber as coisas 
deformadas como imagens de sonho. 
LSD 25, THC (maconha), Psilocibina 
(cogumelo), haxixe, solventes 
orgânicos, mescalina (cactos 
mexicano), DMT, MDA, lírio (ou 
trombeteira ou zabumba ou saia 
branca), exctasy, anticolinérgicos 
Depressoras (ou 
Psicolépticos) 
Consideradas as mais perigosas, 
diminuem a atividade cerebral deixando os 
estímulos nervosos mais lentos. A pessoa 
fica “desligada”, desinteressada pelas 
coisas. 
Álcool, inalantes ou solventes, 
tranquilizantes, 
 antidepressivos, 
soníferos, ansiolíticos, narcóticos 
(ópio, morfina, heroína,
 codeína), 
Barbitúricos, calmantes, 
sedativos, 
tintas, colas, lança perfume,
acetona, 
 
 éter, tiners, 
Estimulantes
 (o
u Psiconalépticos) 
Aumentam a atividade cerebral 
estimulando o seu funcionamento, em 
especial, áreas sensoriais e motoras. A 
pessoa fica “elétrica” 
sem sono, delírios, taquicardia 
Anorexígenos, anfetaminas,
 cocaína, crack, 
nicotina, cafeína, PCP, fencilina. 
Mistas Combinam 2 ou mais efeitos. Ecstasy (é perturbadora e 
estimulante) 
 
 
 
 
 
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A ação delas depende: 
 
 Do tipo (se estimulante, depressora ou perturbadora); 
 Da via de administração; 
 Da quantidade; 
 Do tempo e frequência de uso; 
 Da qualidade da droga; 
 Da absorção; 
 Da eliminação da droga pelo organismo; 
 Da associação da droga com outras; 
 Do contexto social onde vive o indivíduo; 
 Condições psicológicas e físicas do indivíduo. 
 
Dependência é um vínculo extremo, onde a droga é priorizada em detrimento 
de outras relações (amizade, lazer, emprego, família, etc...). Essa palavra, 
dependência, veio substituir a palavra vício por recomendação da OMS. 
Existem 2 tipos de dependência: 
 
 Física: quando utilizada em quantidades e frequências elevadas, o 
organismo se adapta de tal forma que na sua falta, funciona mal. 
Quando interrompido o uso, vem a crise de abstinência. A droga é 
necessária para que o corpo funcione normalmente. 
 Química: é a dependência fundamental. Instala-se quando a pessoa 
é dominada por um impulso forte, quase incontrolável de se 
administrar a droga a qual se habituou. Experimenta um mal estar 
(fissura) na ausência da mesma. A droga produz um sentimento de 
satisfação e um impulso psicológico exigindo o uso contínuo para 
evitar o desconforto. 
 
 
 
 
 
 
 
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de interesse por ativ. 
Física;Falta de apetite 
/ ou voracidade;Morte 
(AIDS). 
delitos (furtos, roubos, 
homicídios);Gerador de 
indisciplina social, 
desordem e exploração; 
Facilitador do 
enriquecimento ilícito; 
Possibilidade de 
desenvolvimento paralelo 
de outras atividades 
ilícitas. 
interesse por ativ. de lazer e 
profissionais;Introspecção 
(observação dos próprios 
pensamentos ou 
sentimentos);Instabilidade, 
inquietação insônia ou também o 
oposto;Esquizofrenia, 
paranoia;Tendência ao suicídio. 
haverá pgto 
de mulas. 
 
OBS.: Diferença entre usuários e dependentes: os usuários são 
questionadores, que se dividem em: experimentadores (usam a 1ª vez e só), 
usuários eventuais (repetem mais algumas vezes) e os usuários racionais 
(usam quando querem e acabam tornando-se um mal exemplo, pois, dão a 
falsa impressão que todos os que experimentarem a droga, conseguirão fazer 
o mesmo). Já os dependentes são os doentes propriamente ditos. 
 
 
 
 CONSEQUÊNCIAS 
DO USO 
 
Fisic
as 
Sócio-culturais Mental /Psíquica Leg
al 
Lapso de 
memória;Pouca 
Sobrecarga p/ hosp. e Síndrome motivacional;Impulso Prisão; 
Prestação 
atenção;Dificuldade 
de 
familiares;Inversão de 
valores 
incontrolável pela ausência da 
droga 
de serv. à 
concentração;Fraca éticos e 
morais;Desintegrador 
(“fissura”); Desonestidade crônica comunidade;N
o 
coordenação da ordem social do país; 
Queda 
(mentiras, furtos,fraudes);Atitude caso de 
motora;Perda de sono 
e 
do rendimento escolar c/ 
atraso 
evasiva;Mudança de medicamentos 
peso;Indiferença com 
a 
sócio cultural do relacionamento;Perda de auto
 estim
a e 
vendidos 
higiene ou 
aparência;Falta 
indivíduo;Crescimento de da auto disciplina;Diminuição do ilegalmente, 
 
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EMBRIAGUEZ ALCÓOLICA 
 
É o conjunto de manifestações psicossomáticas resultantes da intoxicação 
etílica aguda, de caráter episódico e passageiro. 
 
Alcoolismo: 
 É uma anomalia clínica resultante de intoxicações exógenas 
pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas. 
 
 Elenco de perturbações orgânicas e psíquicas resultantes do 
uso imoderado e contínuo do álcool ou etanol. 
 
Obs.: alcoólatra = é o indivíduo cuja dependência do álcool chegou ao ponto 
de causar transtornos na saúde física ou mental, nas relações interpessoais e 
na função social e econômica, e que necessita do tratamento. 
 
As fases de instalação do alcoolismo podem ser classificadas em: 
 
 Fase pré-alcóolica sintomática: dura até dois anos, inicia-se pelo uso 
social. 
 
 Fase prodrômica: caracteriza-se pelo hábito de beber, 
escondido, sentimento de culpa ou vergonha, agressividade, 
perda súbita de consciência, períodos de amnésia. 
 
 Fase crucial: caracteriza-se pelo consumo exagerado, 
comportamento agressivo abandono do trabalho, 
atritos com familiares, negligência na higiene pessoal, 
descontrole esfincteriano, diminuição da atividade 
sexual. 
 
 Fase crônica: caracteriza-se pela decadência progressiva, 
física, psíquica e social, eventual psicose alcoólica, 
alucinações visuais. 
As perturbações produzidas pelo uso excessivo do álcool estão mais em 
razão direta da tolerância individual do que da quantidade ingerida. 
 
A ação tóxica revela-se por manifestações: 
 
 Física: congestão das conjuntivas, taquicardia, 
taquipnéia, taquiesfigmia e hálito alcoólico-acético. 
 Neurológicas: estão ligadas a alterações clínicas do equilíbrio 
(sinal de Romberg), da marcha (ebriosa, cerebelar ou zigue-
 
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zague) e das perturbações da coordenação motora (ataxia = 
incoordenação motora na orientação dos movimentos), 
dismetria (perturbações na medida dos movimentos), 
dissinergia ou assinergia (incoordenação na harmonia de 
certos conjuntos de movimento), disdiadococinesia 
(desordemna realização de movimentos rápidos e opostos), 
disartria que é um distúrbio na articulação da palavra mais 
inibição relativa da sensibilidade táctil, dolorosa e térmica 
mais fenômenos como soluço, vômito e o embotamento das 
funções sensoriais, provocando um baixo rendimento da 
visão, audição, gustação e olfação. 
 Psíquicas: aparecem de maneira progressiva. 1º atingem as 
funções mais elevadas do córtex cerebral e a seguir 
comprometem sucessivamente as esferas menores. 
Começam pelas alterações do humor, do senso ético, da 
atenção do senso- percepção, do curso do pensamento, da 
associação de ideias até atingirem os impulsos menores. 
Pouco a pouco o indivíduo apresenta atitudes caracterizadas 
pelo exagero e o ridículo. Falastrão, inconveniente, dando 
desfrutes, soltando a língua sobre fatos muitas vezes 
comprometedores. Loquaz e bem humorado, sua atenção é 
diminuída sua memória intensamente prejudicada, pobre em 
capacidade de julgamento. O ato sexual fica prejudicado. 
Existem fases que conforme autor, podem ser 3, 4 ou 5, mas a teoria mais 
aceita, é com 3 fases, que são: 
 
 Excitação (também chamada de subjugada ou fase do 
macaco): loquaz, vivo, olhar animado, humorado, 
gracejador, falsa impressão de capacidade intelectual, diz 
leviandades, revela segredos íntimos e é extremamente 
instável. É a fase da euforia, inquietação, a consciência 
ainda freia os atos determinando comportamento social. 
 Confusão (ou também chamada de aguda ou fase do 
leão): surgem as perturbações nervosas e psíquicas, andar 
cambaleante, irritabilidade, tendência à agressões, de 
periculosidade. 
 Sono (ou também chamada de superaguda, comatosa ou 
fase do porco): não se mantém em pé, caminha apoiado, 
caindo em sono, não reage a estímulos, as pupilas dilatam 
e não reagem à luz, os esfíncteres relaxam e a sudorese e 
profusa é a fase da inconsciência, onde ocorre o perigo de 
aspiração de conteúdo gástrico. 
 
 
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A tolerância depende de vários fatores: 
 
 Quanto ao peso do indivíduo (quanto maior o peso, mais o álcool ficará 
diluído). 
 A absorção varia de acordo com a concentração alcoólica, o ritmo da 
ingestão. 
 O hábito de beber 
 Os estados emotivos, a estafa, o sono, a temperatura, o 
fumo, as doenças e estados de convalescença. 
Aspectos jurídicos: é imputável quem se coloca culposamente ou 
dolosamente nessa situação no momento em que delibera beber. Se for 
acidental, por força maior, caso fortuito ou patológica a 
responsabilidade não existe. A embriaguez habitual, não exclui e nem 
diminui a imputabilidade. 
 
 
******************* 
ASFIXIOLOGIA (ANOXEMIA 
OU HIPOXEMIA) 
 
 
ASFIXIA: suspensão da função respiratória, por qualquer causa que se 
oponha a troca gasosa, nos pulmões entre o sangue e o ar ambiente. Inibem a 
hematose (trocas gasosas). 
 
Na asfixia, consome-se o oxigênio presente nos pulmões e acumula-se o gás 
carbônico que vai se formando. 
 
Existe 2 fases: a 1ª chamada de fase de irritação que é subdividida em 2 
períodos: o de dispinéia inspiratória (a consciência está mantida e dura 1’) e a 
dispinéia expiratória (inconsciência, perturbação da sensibilidade mais 
convulsões tônico, clônicas provenientes a ação exaltadora do gás carbônico e 
dura mais ou menos 3’, 30” dependendo do autor). A 2ª fase é a fase do 
esgotamento, que apresenta um período inicial ou de morte (ou pausa) 
aparente e outro período terminal durando 3” até sobrevir a morte. 
 
 
Classificação das Asfixias (Conforme Afrânio Peixoto): 
 
Existem 3 grupos distintos: 
 
 
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1º Grupo:Asfixias Puras 
 
A) Asfixia em ambientes por gases inespiráveis: 
 
 Asfixia por confinamento: ambiente sem renovação de 
oxigênio (costuma ser mais acidental que suicida ou 
homicida). 
 Asfixia por monóxico de carbono: proveniente da combustão 
(cadáver com coloração vermelho carmim, ao invés de 
mancha roxa) costuma ser mais suicida e menos acidental ou 
homicida. 
 Asfixia por outros vícios de ambiente. 
 
B) Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias: 
 
 Sufocação direta: mão no rosto (boca e narinas), ou saco 
plástico, ou mãos nas vias aéreas mais inferiores. É mais 
comum em infanticídio ou acidentes com objetos. 
 Sufocação indireta: compressão do tórax. Ex: laje no peito. 
 
C) Transformação(substituição) do meio gasoso em meio líquido 
(afogamento): manchas de Paltauf. Pode ser acidental, suicida ou 
homicida. 
D) Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulverulento 
(soterramento): é mais acidental, muito difícil de ser homicida ou 
suicida. 
2ºGrupo:Asfixias Completas: 
 
A) Constrição passiva do pescoço (laço acionado pelo peso da 
vítima) = enforcamento, o sulco supra hioide ascendente e que 
desaparece no nó. É visto em suicídios. 
B) Constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular externa 
= estrangulamento, presença do sulco hioide na horizontal. É 
visto em homicídios. 
 
3º Grupo: Asfixias Mistas: 
 
São as esganaduras, feitas com as próprias mãos do agressor. Se confundem e 
se superpõe em graus variados, os fenômenos circulatórios, respiratórios e 
nervosos. Ausência de sulco. 
 
 
 
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Obs.: a morte por afogamento, divide-se em 3 fases: defesa ( que se subdivide 
em surpresa e dispneia), resistência (parado dos movimentos) e exaustão. E 
pode ser de forma rápida ( 5’ , vai ao fundo e fica) ou de forma lenta ( vai e 
volta do fundo várias vezes). 
 
 
TIPOS ESPECIAIS DE ASFIXIA 
 
ENFORCAMENTO 
Lembrar sempre que é uma modalidade de asfixia em decorrência da 
constrição do pescoço por laço fixo, o peso do corpo da vítima age como 
força ativa. 
 
Pode ser por suspensão típica ou completa (corpo totalmente sem tocar em 
qualquer ponto de apoio) ou suspensão atípica ou incompleta ( é apoiado 
pelos pés, joelhos ou outra parte qualquer do corpo. 
 
A marca do nó pode faltar ou ser corrediço. 
 
 Tempo para a morte: de 5’ a 10’ (varia conforme o peso). 
 
Fenômenos por período: 
 
 Período inicial: começa com o corpo, abandonado com o 
próprio peso, levando à constrição do pescoço, sensação de 
calor, zumbidos, sensações luminosas na vista e perda da 
consciência produzidos pela interrupção da circulação 
cerebral. 
 Segundo período: caracteriza-se pelas convulsões e excitação 
do corpo provenientes dos fenômenos respiratórios e pela 
impossibilidade de entrada e saída do ar, diminuindo o 
oxigênio e aumentando o gás carbônico, associa-se a estes 
fenômenos a pressão do feixe vásculo nervoso do pescoço, 
comprimindo o nervo vago. 
 Terceiro período: surgem os sinais de morte aparente, até o 
aparecimento da morte real, com cessação da respiração e da 
circulação. 
 
Quando são retirados com vida, morrem depois sem voltar a consciência, 
devido ao grande sofrimento cerebral pela anóxia. 
 
 
 
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ESTRANGULAMENTO 
 
Presente mais em homicídios, éa morte que se dá pela constrição do pescoço 
por um laço acionado por uma força estranha, obstruindo a passagem de ar 
aos pulmões. 
 
Neste caso o corpo age passivamente (ou seja, não é ele que provoca com seu 
peso e sim 3ºs. Geralmente passa por 3 períodos: 
 Resistência 
 Perda da consciência e convulsões 
 Asfixia e morte aparente, depois morte real. 
 
Aspectos: Sulco: horizontal e contínuo, podendo ser ascendente ou 
descendente, com profundidade uniforme 
 
ESGANADURA 
 
Alguns autores também usam o termo estrangulamento manual, porém o mais 
usado é esganadura que não confunde com o anterior. É sempre homicida. É a 
constrição da região anterior do pescoço pelas mãos, em que impede a 
passagem de ar atmosférico pelas vias respiratórias até os pulmões. 
 
O mecanismo se deve, pela obstrução da glote. A vítima cai logo em estado 
de inconsciência, ocorrendo morte entre 15’ a 20’. 
 
Lesões: os mais importantes são os produzidos pela unha do agressor, 
teoricamente semilunar, a não ser que ele tenha usado vestes para proteger. 
Também estão presentes as lesões do aparelho laríngeo e lesões dos vasos dos 
pescoço. 
 
QUADRO COMPARATIVO 
ENFORCAMENTO ESTRANGULAMENTO 
- oblíquo ascendente - horizontal 
- variável segundo a zona do pescoço - uniforme em toda a periferia do 
pescoço 
- interrompido ao nível do nó - contínuo 
- em geral único - frequentemente múltiplo 
- por cima da cartilagem tireoidea - por baixo da cartilagem tireoidea 
- quase sempre apergaminhado - excepcionalmente apergaminhado 
- de profundidade desigual De profundidade uniforme 
 
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AFOGAMENTO 
 
É a substituição do ar respirado por água ou outro líquido e se subdividi-se em 
afogamento branco 
(também conhecido como afogamento seco)e afogamento azul (ou afogamento 
úmido). 
 
No afogamento branco (ou seco) não há presença de água nas vias 
respiratórias enquanto que no afogamento azul (ou úmido), há presença de 
grande quantidade de água nas vias respiratórias e digestivas. 
 
SOTERRAMENTO 
É a asfixia que ocorre por meio do bloqueio das vias respiratórias, onde 
substitui-se o ar por um meio sólido ou semissólido. As substâncias sólidas 
penetram na árvore respiratória, impedindo a entrada de ar e produzindo a 
morte. 
 
Ao estar soterrado, o indivíduo pode sofrer asfixia por: confinamento 
(espaço restrito sem troca de O2), por obstrução de sólidos nas vias 
respiratórias, ou sufocação direta(com mão no rosto, ou saco plástico), ou 
por sufocação indireta (compressão toráxica). Por isso o diagnóstico é feito 
pela existência da substância pulverulenta nas vias respiratórias e no sistema 
gástrico. 
 
TANATOLOGIA 
 
Deriva do grego Thanatos = morte, (ou deus que simboliza a morte) e logia = 
estudo, ou seja, é o estudo da morte e as suas repercussões na esfera do 
direito. 
 
Um dos objetivos primordiais do estudo é estabelecer o diagnóstico da causa 
jurídica da morte na busca de determinar as hipóteses de homicídio, suicídio 
ou acidente. 
 
Deve-se deter não apenas ao exame do corpo, mas ainda ao resultado da 
inspeção do local de morte. A morte não é um momento e sim um processo, e 
através de um estudo dos fenômenos é possível saber, aproximadamente, o 
“tempo de morte”. 
 
 
 
 
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É um fenômeno que cessa a personalidade civil adquirida com o nascimento e 
advém as consequências jurídicas, logo, está intimamente ligado ao direito. 
Põe termo a capacidade jurídica. Se for réu, extingue-se a punibilidade, 
extingue-se o pátrio poder e seus bens se transmitem desde logo para seus 
herdeiros. 
 
TIPOS DE MORTE 
 
 Agônica = (ou tardia) que se arrasta por dias ou semanas após 
a eclosão da causa básica. 
 Encefálica = perda total da consciência, da motricidade e da 
sensibilidade, existindo a manutenção das manifestações de 
uma vida vegetativa. É adotada no CPP. 
 Catastrófica = é toda morte violenta de origem natural ou de 
ação dolosa do homem com grande número de vítimas. 
 Fetal = morte antes da expulsão ou da extração completa do corpo da 
mãe. 
 Materna = durante a gestação ou dentro das 1ªs 42 horas após o 
término da gestação. 
 Mediata = possibilita algumas horas para socorro. 
 Natural = (ou morte com antecedentes patológicos) sem 
intervenção de fatores mecânicos. 
 Presumida = pelo desaparecimento de uma pessoa. 
 Súbita = imprevista imediata ou instantânea. 
 Violenta = ação abrupta e intensa de um agente. 
 
Obs.: os critérios para diagnóstico, devem ser avaliados juntamente com as 
excludentes de erro, como: intoxicação metabólica ou por drogas, hipotermia, 
choque. 
 
Temos dois tipos de fenômenos (abióticos ou avitais ou vitais) cadavéricos: 
 Imediatos 
 
 Consecutivos 
 
Os fenômenos abióticos ou avitais ou vitais negativos imediatos são: 
 Inconsciência (como por exemplo o EEG = 30’ sem modificação) 
 Insensibilidade ( não há sensações táteis, térmicas e 
dolorosas, ou seja, a abolição dos reflexos 
 
 
 
 
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 Imobilidade (ausência da motilidade e do tônus muscular, 
face hipocrática ou mascara da morte 
 Cessação da respiração (ausência da respiração espontânea) 
 Cessação da circulação. 
 
Obs.: a face hipocrática seria na verdade característica mais do moribundo 
que possui uma expressão de sofrimento e agonia, enquanto que o no morto, 
com o relaxamento do tônus facial, dá impressão de “serenidade”, que na 
verdade é uma ausência de expressão. 
 
Os fenômenos abióticos ou avitais ou vitais negativos consecutivos são: 
 
 Desidratação = sofre evaporação tegumentar,ocasionando: 
decréscimo de peso, pergaminhamento da pele ( ela se 
desseca, endurece e torna-se sonora à percussão, com 
tonalidade pardo amarelado) 
 Esfriamento do corpo (algor mortis) 
 Manchas de hipóstase cutânea (ou manchas de posição, ou 
livores cadavéricos) = encontradas na parte de declive dos 
cadávers, varia com a posição do corpo nas 1ªs doze horas e 
depois se fixam definitivamente. Obs. : quando o cadáver está 
em decúbito dorsal, estão ausentes nas espáduas, nádegas e 
panturrilhas, e começam aparecer em torno de 2-3 horas 
após a morte. 
 Manchas de hipóstase viscerais = decorrentes de posição do 
sangue nas partes de declive dos órgãos do cadáver. 
Encontram-se principalmente nos pulmões, rins intestinos e 
encéfalo. 
 Rigidez cadavérica = (“não o 1º sinal de morte, mas o último 
sinal de vida”. – Schiff). Atualmente, acredita-se que a rigidez 
cadavérica é resultante de muitos fatores, todos eles 
decorrentes da supressão de oxigênio celular, impedindo a 
formação de ATP e outros metabolismos celulares, 
acumulando, inevitavelmente ácido lático. 
1. Na face, mandíbula e pescoço – 1ª e 2ª hora 
2. Membros superiores – 2ª e 4ª hora 
3. Tronco – 4ª e 6ª hora 
4. Membros inferiores – 6ª e 8ª hora 
Desaparecendo na mesma ordem, quando inicia a putrefação (depois das 
24horas), ou seja, a flacidez começa na nuca e mandíbula 36 a 48 horas 
depois da morte. 
 
 
 
 
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 Espasmo cadavérico = é a rigidez abrupta, violenta, 
generalizada, sem o relaxamento que precede a rigidez 
comum. É também chamada de rigidez cadavérica cataléptica, 
estatuária ou plástica. Os cadáveres guardam a posição com 
que foram surpreendidos pela morte. 
 
Fenômenos Transformativos - Autólise = celular 
- Destrutivos - Putrefação = de toda matéria 
orgânica 
 
- Mumificação = desertos 
- Maceração = feto 
 
 
- Conservadores - Saponificação = em terreno 
argiloso 
- Calcificação = útero 
- Corificação = em urnas 
metálicas 
Finalidades: diagnosticar a realidade e a causa da morte; auxiliar na 
determinação da natureza jurídica da morte; diagnóstico do tempo decorrido 
da morte; informações sobre circunstâncias da morte e identificar o morto 
(papiloscopia). 
 
Exumação = significa o desenterramento do cadáver com a finalidade de 
atender aos recursos da justiça na averiguação da exata causa da morte. (ver 
art. 163 do CPP) 
 
Existem 2 tipos de exumação: 
 Administrativas com fins civis ou 
 Judiciárias médico-legais. 
 
Diagnóstico Cronológico da Morte: (espaço de tempo em diversas fases do 
cadáver em relação ao óbito). 
 
 
 
 
 
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 QUADRO DOS FENÔMENOS DA MORTE 
FENÔMEN
O 
TEMPO 
Corpo flácido, quente e sem livores Menos de 2 hs 
Rigidez na nuca e mandíbula, esboço de livores Entre 2 e 4 hs 
Rigidez dos membros superiores, da nuca, e da mandíbula, livores 
relativamente 
acentuados; ainda se faz a digestão (até 7 hs após a morte). 
Entre 4 e 6 hs 
Rigidez nos músculos do tórax Entre 6 e 8 hs 
Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, não surgimento da mancha 
verde 
abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho. Livores já 
definitivos. 
+de 8 - de 16 
hs. 
Rigidez generalizada, esboço da mancha verde abdominal (sinal de início de 
putrefação) e aparecimento de gases não inflamáveis(co2). 
+de 16 e - de 
24 
hs 
Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez (início pela nuca e 
mandíbula após 36 hs) e papilas e máculas não localizáveis no fundo do olho. 
Aparecimento de 
gases inflamáveis HC e H 
De 24 a 48 hs 
(de 
1 a 2 dias) 
Extensão da mancha verde abdominal e fundo de olho reconhecível só na 
periferia, 
ainda gases inflamáveis. 
De 48 a 72 hs (
de 2-3 dias) 
Aparecimento de gases não inflamáveis N e NH4 120 hs(ou 5 
dias) 
Início da fauna cadavérica – Muscina stabulans De 8 a 15 dias 
2ª legião: Lucila coesar De 15 a 20 dias 
3ª legião: Dermester lardarins De 20 a 30 dias 
7ª legião: Aglossa cuprealis De 1 a 2 anos 
Desaparecimento das partes moles do corpo e presença de insetos da 8ª 
legião: 
Tenebrium obscurus 
De 2 a 3 anos 
Esqueletização completa Mais de 3 anos 
Obs.: livores de hipóstase e mancha verde abdominal = o 1º é o sangue que 
desce para as partes baixas. O 2º é causado pelas bactérias no intestino. 
 
 *********** 
SEXOLOGIA FORENSE (OU CRIMINAL) 
É o estudo dos problemas médicos legais ligados ao sexo. Ex: estupro. 
O crime não é baseado na rotura do hímen, mas na conjunção carnal, logo, não é 
considerado estupro a introdução de objetos, ou de dedo, na cavidade vaginal. 
 
 
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A violência pode ser efetiva = concurso de força física ou emprego de meios 
capazes de privar ou perturbar o entendimento da vítima, impossibilitando-a 
de reagir ou defender-se. 
 
E a violência pode ser presumida = consiste na violência a débeis mentais, 
alienados ou menores de 14 anos, sendo qualquer violência, que impeça a 
vítima de reagir. 
 
Dos Distúrbios da Sexualidade 
 
Segundo Genival França, é um distúrbio qualitativo e quantitativo do instinto 
sexual (parafilias). Isto ocorre por perturbação psíquica, fatores orgânicos ou 
preferência sexual. Podem ser: 
 
Distúrbios (ou perturbações) – Transtorno = não gera repulsa social 
_ Perversão = gera repulsa (é um transtorno de qualidade) 
 
Ex: Zoofilia, Clismafilia (água no reto), Coprofagia (prazer com fezes, 
Coprolalia (palavras obscenas), Frigidez, Gerontofilia (jovens por pessoas 
idosas), Necrofilia (com cadáveres), Cunilíngua (sucção pelo homem), 
Felação (sucção pela mulher), Froteurismo (esfregaçãono ônibus), 
Masoquismo (gosta de sofrer), Mixoscopia (gosta de ver os outros fazerem), 
Pedofilia, Polismo (com bonecas), Riparofilia (com mulher sem higiene), 
Sadismo (gosta de ver o outro sofrer), etc. 
 
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NOÇÕES BÁSICAS DE 
BALÍSTICA FORENSE 
 
 
Conceito de arma de fogo: 
 
São peças constituídas por um ou dois canos abertos numa das extremidades 
e parcialmente fechado na parte de trás por onde se coloca o projétil. 
 
Classificação: 
 
a) Quanto à distância: 
 Portáteis, 
 Semi-portáteis, 
 Não portáteis; 
 
 
 
 
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b) Podem ser de: 
 antecarga (colocados pela boca) 
 ou retrocarga ( colocados pela culatra); 
 
c) Quanto à percussão: 
 Pederneira (nas primeiras armas, hoje em desuso), 
 Espoleta (que substituiu a pederneira, explodindo com a batida do 
“cão” produzindo a ignição da pólvora) 
 e percussão propriamente dita podendo ser central ou circular, 
isto é central se a ponta do percussor bater no centro do 
cartucho, ou circular se bater na região que circula o centro do 
cartucho); 
 
d) Quanto ao calibre (que é o diâmetro interno do cano)pode ser : 
 Nominal (é uma espécie de convenção da fábrica, para identificar o 
tipo de arma. As armas de fabricação inglesa tem o calibre nominal 
em milésimos de polegadas. EX: 320.As armas de fabricação norte-
americana, tem o calibre em centésimo de polegadas. EX: 32) 
 ou real (que é a medida exata do diâmetro interno do cano. É 
tomado na boca da arma, entre dois cheios com auxílio do 
“paquímetro”. O calibre das armas de caça é dado pelo número de 
balins esféricos do diâmetro real do cano, contidos numa fibra 
(peso). EX: 16, 20, etc..); 
 
e) Partes de uma munição: 
A munição de compõem de 5 partes: 
 estojo ou cápsula (receptáculo de latão ou papelão prensado de forma 
cilíndrica), 
 espoleta (é a parte que inflama a carga – o fulminato de 
mercúrio, sulfeto de antimônio e nitrato de bário), 
 bucha (é um disco de feltro, cartão couro, borracha, cortiça ou 
metal que separa a pólvora do projétil), 
 pólvora (explode pela combustão, pode ser branca ou negra), 
 projétil ( é a parte que provocará a lesão perfuro – contundente, 
quase sempre de chumbo nu ou revestido de níquel ou outra liga 
metálica). 
 
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Partes das armas de fogo: 
 
É composta de: coronha (ou cabo) que é região usada para se segurar, 
armação (corpo), cano (local em que o projétil sai) tem
fechada e a outra aberta sendo que sua parte interna po
finalmente o mecanismo de disparo, constituído pelo percursor (ou agulha), 
acionado pelo gatilho (tecla) e o de extração, para expulsar a cápsula 
(estojo) uma vez deflagrada. 
 
 
 
 
 
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