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Curso de Direito Constitucional para Auditor-Fiscal do Trabalho

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 02
6. Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos e Deveres Sociais, 
Políticos e Nacionalidade
I. DIREITOS SOCIAIS --------------------------------------------------------------------------------------------2
II. DIREITOS POLÍTICOS ------------------------------------------------------------------------------------- 30
III. NACIONALIDADE ---------------------------------------------------------------------------------------------- 68
IV. QUESTÕES DA AULA----------------------------------------------------------------------------------------- 88
V. GABARITO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 106
VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA---------------------------------------------------------------------- 107
Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho!
Prontos para o SEU salário de R$ 13.600,00?
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 6. Direitos e 
Garantias Fundamentais: Direitos e Deveres Sociais, Políticos e Nacionalidade.
Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que 
você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 
135 questões comentadas! Vamos gabaritar a prova de Direito 
Constitucional!
Como todas as aulas, começaremos com a parte teórica e os exercícios virão 
na medida em que a matéria for explicada. Ao responder às questões, leia 
todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera 
resolução da questão.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Você notará que alguns esquemas foram exaustivamente repetidos 
nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você 
os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Vamos à nossa aula!
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PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
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I. DIREITOS SOCIAIS
Meus futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, nós já estudamos as gerações dos 
direitos fundamentais. Pois bem, os direitos sociais são direitos de segunda 
geração, assim, vieram após os direitos de primeira geração. O contexto 
histórico do seu surgimento foi a revolução industrial.
Naquela época, os trabalhadores faziam uma jornada de trabalho de até 12 
horas por dia e praticamente não tinham descanso. Até as crianças 
trabalhavam, e o pior: com um salário ainda menor.
A classe trabalhadora, então, começou a exigir que o estado garantisse alguns 
direitos para que os trabalhadores, literalmente, não “morressem de 
trabalhar”. Foi nesse contexto que surgiram os direitos sociais.
Mas além dos direitos dos trabalhadores, os direitos sociais são muito mais 
amplos. Neles estão contidos os direitos à educação, saúde, alimentação, 
moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade 
e à infância, assistência aos desamparados e outros.
Apesar disso, em termos de concursos públicos, os direitos dos trabalhadores 
são os mais importantes dentre os direitos sociais. Isso porque logo depois do 
artigo 5º, no artigo 7º, a CF já traz um dispositivo bem extenso sobre os
direitos do trabalhador e as bancas adoram cobrá-lo!
Caro aluno, você se lembra que os direitos individuais estavam contidos no 
artigo 5º e também esparramados ao longo da CF? Com os direitos sociais 
ocorre o mesmo. Eles estão na CF do artigo 6º ao 11 e, além desses, vários 
outros direitos sociais estão incluídos em dispositivos ao longo do texto 
constitucional em vários outros artigos, como por exemplo, o direito a saúde 
que está no final da CF (art. 196 em diante).
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1. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS SOCIAIS
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, você se lembra que os direitos individuais 
eram chamados de liberdades negativas porque eles são uma barreira para 
atuação do estado? Exemplo: o Estado não pode intervir na propriedade, o 
Estado não pode intervir na vida das pessoas etc.
Assim, os direitos individuais são liberdades negativas que pressupõem 
uma não ação do Estado: uma omissão estatal.
Já os direitos sociais são justamente o contrário: o Estado tem que dar o lazer, 
o Estado tem que dar a saúde, o Estado tem que dar a educação, o Estado tem 
que dar o trabalho, entre outros. Assim, o Estado tem que agir para garantir 
os direitos sociais, que têm como requisito uma ação do estado, sendo, por 
isso, considerados liberdades positivas.
Em direito, tudo que é omissão é negativo, e tudo que é uma ação é positivo.
Assim, os direitos individuais são chamados de liberdades negativas
porque pressupõem uma não ação do Estado e os direitos sociais são 
chamados de liberdades positivas porque pressupõem uma ação do Estado.
Direitos sociais e cláusulas pétreas
Outra observação importante é que, em regra, os direitos sociais não são 
cláusulas pétreas. No artigo 60 parágrafo 4º, estão as chamadas cláusulas 
pétreas e, dentre elas, estão os direitos INDIVIDUAIS (e não os sociais). 
Alguns autores, no entanto, dizem que ALGUNS direitos sociais são cláusulas 
pétreas. No entanto, via de regra e para a melhor doutrina, os direitos sociais 
como um todo não são cláusulas pétreas, ok?
Assim, se cair na sua prova:
“os direitos sociais não são cláusulas pétreas.” Você vai marcar certo.
“apesar de doutrina contrária, alguns direitos sociais são cláusulas
pétreas.” Você vai marcar certo.
“os direitos sociais são cláusulas pétreas”. Você vai marcar errado.
O principal artigo que trata sobre direitos sociais é o art. 7º, que traz uma lista 
bem extensa dos direitos trabalhistas. Mas cuidado: essa lista não é 
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taxativa, ou seja, existem outros além desses direitos. Portanto, essa lista é 
exemplificativa.
Além disso, os direitos sociais aplicam-se a trabalhadores urbanos, rurais 
e avulsos, ou seja, a todos os tipos de trabalhadores, salvo os domésticos, 
que possuem algumas restrições, que serão comentadas mais a frente.
Importante destacar que o trabalhador doméstico e a diarista não são 
trabalhadores avulsos. O trabalhador avulso é a pessoa física que presta 
serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas 
pessoas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão de obra. Ele 
executa serviços de curta duração e tem seu pagamento feito por forma de 
rateio. Ex: estivador de porto
Esquematizando:
DIREITOS SOCIAIS: (Arts. 6º ao 11 + a longo da CF)
- Educação
- Saúde
- Alimentação
- Trabalho
Direitos Sociais - Moradia
- Lazer
- Segurança
- Previdência social
- Proteção à maternidade e à infância
- Assistência aos desamparados
- Outros
• São liberdades positivas
• São Direitos Fundamentais de 2ª geração
• Não são cláusulas pétreas (somente os individuais art. 60, §4º)
o Características - Há doutrina contrária = ALGUNS direitos sociais são 
cláusulas pétreas 
• Estão nos arts. 6º a 11 + ao longo da CF
• Lista do art. 7º NÃO é exaustiva. Ela é exemplificativa
• Aplicam-se a trabalhadores urbanos, rurais e avulsos 
- restrições aos domésticos
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2. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO RETROCESSO E DOMÍNIO DOS 
DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, eu sempre digo para os meus alunos em 
sala: no seu caderno, prefira sempre anotar da maneira mais simples possível 
e sempre da forma que você entenda. De nada adianta seu caderno estar 
cheiode palavras complicadas e bonitas se você tiver dificuldade em entendê-
las. Assim, sempre anote de maneira simples. Se precisar, use até mesmo 
palavras chulas ou palavrões. Isso inclusive, quando bem empregado, te ajuda 
a reter melhor as informações.
Assim, com o devido respeito, usarei uma palavra dessas (te garanto que 
você sempre vai se lembrar disso!).
O melhor conceito para o Princípio da proibição do retrocesso e domínio dos 
direitos fundamentais é: “ofereceu, se fudeu!”.
Isso significa que os direitos que foram conquistados não podem mais ser 
perdidos. Os trabalhadores conquistaram o direito social ao 13º salário,
aposentadoria, férias etc. e o Estado não pode mais retirá-los.
3. CLÁUSULA DA RESERVA DO POSSÍVEL 
A reserva do possível nos diz que os direitos sociais devem ser efetivados, na 
medida exata em que isso é financeiramente possível. Assim, o Estado deve 
sempre buscar alcançar esses direitos, mas eles devem ser providos de
acordo com a sua disponibilidade financeira.
No entanto, isso não significa que o Estado pode simplesmente deixar de 
prover os direitos sociais alegando que não possui recursos para tal, mas 
significa que os direitos sociais devem ser providos dentro das possibilidades 
financeiras e da razoabilidade, caso contrário o Estado “quebraria”.
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4. PRINCIPAIS DIREITOS SOCIAIS
Quando os direitos individuais são cobrados em prova, costuma-se cobrar 
questões interpretativas e com muitas jurisprudências. Já quanto aos 
direitos sociais, geralmente é exigida a letra do texto constitucional.
Assim, comentarei alguns direitos sociais e trarei a letra da CF para os demais, 
combinado? Atenção! É importante que você leia todos eles e não só os que 
eu comentar!
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: (lembre-se que essa lista é 
exemplificativa).
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa 
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos;
A Constituição protege o trabalhador contra a dispensa arbitrária, ou 
seja, caso o trabalhador seja dispensado sem justa causa, haverá uma 
indenização. 
Além disso, a Constituição protege de forma mais veemente a dispensa 
arbitrária ou sem justa causa de duas figuras bastante frágeis:
• Do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas 
de prevenção de acidentes - Desde o registro da candidatura até 
um ano após o mandato.
• Da gestante - Da confirmação da gravidez até 5 meses após o 
parto.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo 30 
dias, nos termos da lei;
Para evitar que alguém perca seu emprego “de um dia para o outro”, a 
Constituição garante aos trabalhadores o aviso prévio, ou seja, o patrão 
tem que avisar ao empregado que ele será demitido algum tempo antes 
da demissão para que o empregado já vá procurando outro emprego e 
não fique desamparado. Essa comunicação prévia deve ser de no mínimo 
30 dias.
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II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
A Constituição garante também ao trabalhador que está desempregado 
involuntariamente o seguro desemprego, que é o recebimento de uma 
ajuda financeira, durante um certo tempo, para o sustento do 
trabalhador até que ele ache outro emprego.
Atenção: o seguro desemprego só é devido no caso de desemprego 
involuntário, ou seja, quando for demitido. Se ele “pedir pra sair”, não 
terá esse direito.
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
O FGTS é uma espécie de “poupança forçada” do trabalhador. Ele é 
devido aos trabalhadores rurais e urbanos e é facultativo aos 
domésticos. Lembre-se que o servidor público NÃO tem FGTS.
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, 
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada 
sua vinculação para qualquer fim;
Quem lê esse artigo, de início pensa que o salário mínimo, para garantir 
tudo o que está previsto nesse inciso, deveria ser de pelo menos R$ 
3.000,00, não é mesmo? Mas lembre-se que os direitos sociais estão 
sujeitos à Cláusula da Reserva do Possível e devem ser efetivados, 
na medida exata em que isso é financeiramente possível ao 
Estado. Assim, hoje o salário mínimo para garantir todos os direitos 
previstos nesse inciso é de R$ 622,00.
Além disso, o direito à moradia não é necessariamente o direito à casa 
própria e sim o direito de ocupar uma habitação digna e adequada. Ela 
pode ser alugada, por exemplo.
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Acordos e convenções coletivas são negociações entre empregadores e 
empregados que tratam de assuntos de interesse da categoria. Eles são 
considerados “Lei” entre as partes (trabalhador e empregador).
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Mas imagine os empregados sentados na mesma mesa e negociando 
com os patrões! É claro que aqueles estarão em posição desprivilegiada 
em relação a estes. Assim, para garantir o equilíbrio entre as partes na 
negociação, os sindicatos devem sempre estar presentes nos 
acordos e convenções coletivas.
Observe que nem mesmo com o consentimento entre as partes, os 
direitos sociais podem ser violados. A Constituição, em vários direitos 
sociais, assegura a validade dos acordos e convenções coletivas de 
trabalho, mas nunca a violação dos direitos sociais.
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo;
Este inciso serve para garantir ao trabalhador que seu salário não poderá 
ser reduzido arbitrariamente pelo patrão. Ele serve para dar a segurança 
e a previsibilidade ao empregado de que não passará a ganhar menos de 
um dia para o outro.
No entanto, por acordo ou convenção coletiva, os salários podem 
sim ser reduzidos. Imagine a seguinte situação: as fábricas de 
automóveis estão passando por dificuldades e terão que demitir 50 mil 
funcionários. Ao invés disso, pode-se fazer um acordo para que os 
funcionários trabalhem menos horas por dia e tenham seus salários 
reduzidos para evitar essa demissão em massa.
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor 
da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
O trabalho noturno, por ser mais desgastante do que o diurno, deve ser 
mais bem remunerado.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinquenta por cento à do normal;
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Observe que a CF fixa que a remuneração do serviço extraordinário será 
superior em NO MÍNIMO 50% por cento à do normal (e não exatamente 
50%).
o Jornada de trabalho - 8h por dia
- 44h semanais
- Pode ser reduzida / compensada por acordo ou convenção 
coletiva
- Jornada extraordinária (hora-extra): min 50% sobre a hora normal
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
Os turnos ininterruptos de revezamento são aqueles onde a empresa 
funciona de forma contínua, durante dia e noite e onde a jornada de 
trabalhodos empregados abrange o dia e noite, ou seja, devido à escala 
de serviço, ora é realizada na parte da manhã, ora na parte da tarde e 
ora na parte da noite.
Como esse tipo de jornada é muito mais desgastante para o trabalhador, 
a Constituição o protege de forma mais intensa, reduzindo sua jornada 
de trabalho para, no máximo, 6 horas, podendo ser alterada por 
negociação coletiva.
Observe que, nos turnos ininterruptos, a jornada não é sempre de seis 
horas, ela pode ser alterada por negociação coletiva.
Uma observação importante é que, o intervalo para descanso e 
alimentação durante a jornada de trabalho não descaracteriza o 
sistema de turnos ininterruptos de revezamento.
o Turnos ininterruptos de - 6h
revezamento - Pode ser alterada mediante negociação coletiva
- O intervalo para descanso e alimentação durante a jornada 
de 6h não descaracteriza o sistema de turnos ininterruptos de 
revezamento (súmula 675 STF)
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XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Atenção! O repouso semanal remunerado não deve ser aos domingos. 
Deve ser preferencialmente aos domingos. Assim, o descanso pode ser 
na segunda-feira, por exemplo.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;
Atenção! A Constituição não fala que as férias deverão ser de 30 dias. 
Quem prevê isso é a lei. 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de 120 dias;
A licença gestante prevista na Constituição tem a duração de 120 dias.
Mas Roberto, esse prazo não foi alterado para 180 dias? Não. A lei nº 
11.770/2008 não alterou o inciso XVIII do art. 7º da CF e também não 
tornou a licença gestante de 180 dias obrigatória. Ela serve para 
algumas empresas que optam em dar uma licença maior em troca de 
benefícios fiscais. Assim, a extensão para 180 dias da licença gestante é 
facultativa e não está prevista na Constituição.
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei;
Observe que essa é uma norma de eficácia limitada e deve ser regulamentada 
para que possua efeitos completos.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; 
Atenção! Esse inciso é bastante cobrado em provas porque, até 2006, 
esse período era de 6 anos. No entanto com a emenda constitucional 
53/2006, o período foi reduzido para 5 anos.
Uma observação importante: esse direito é considerado um direito 
subjetivo e o Estado não pode alegar a reserva do possível para se 
eximir de dar a assistência gratuita em creches e pré-escolas. Isso 
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significa que, caso o Estado não proveja esse direito, pode-se entrar no 
judiciário e o mesmo será garantido (RE 463210).
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com 
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o 
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
o Prescrição dos créditos resultantes - Mesmo tempo para urbanos e rurais
de relações trabalhistas - 5 anos
- Podem ser pedidos até 2 anos da extinção do 
contrato de trabalho
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, conforme combinado, comentei os 
direitos do trabalhador que mereciam alguma explicação e trarei agora o texto 
da Constituição dos outros direitos previstos no art. 7º. Atenção: eles são 
igualmente importantes e é fundamental saber a letra da Constituição 
nesses dispositivos, pois, quase sempre, as provas de concursos cobram o 
texto literal. Vamos lá:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em 
lei;
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XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda nos termos da lei;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinquenta por cento à do normal;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir 
a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério 
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou 
entre os profissionais respectivos;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante estes com a finalidade exclusiva de promover-
lhes o entendimento direto com os empregadores.
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5. TRABALHADORES DOMÉSTICOS
Como foi dito, a Constituição fez algumas restrições aos trabalhadores 
domésticos. A CF assegura a eles os seguintes direitos:
- Salário mínimo
- Irredutibilidade de salário
- 13o
- Previdência social
Trabalhadores - Férias + 1/3 de férias
Domésticos - Repouso semanal remunerado
- Aviso prévio
- Licença paternidade
- Licença gestante de 120 dias
- Aposentadoria
- FGTS facultativo*
6. SINDICATOS
O sindicato é uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de 
seus aderentes. A CF garante a livre criação de sindicatos, ou seja, a lei não 
poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o 
registro no órgão competente. Ademais, o Poder Público também não pode 
interferir ou intervir na organização sindical. No entanto, a Constituição prevê 
alguns requisitos:
a) A base territorial mínima é de um município. Assim, não se poder 
ter, por exemplo, o sindicato dos bancários do bairro “X” ou “Y”. A 
representatividade deve ser de, no mínimo, um município.
b) Somente pode haver um sindicato por base territorial e, caso haja 
conflito, deve ser usado o princípio da anterioridade, ou seja, o primeiro 
sindicato que foi criado prevalece.
c) A CF traz, na parte dos direitos individuais e coletivos, que ninguém será 
obrigado a se associar ou a permanecer associado. Aqui esse princípio 
também se aplica: ninguém será obrigado a se filiar ao sindicato ou 
a permanecer filiado.
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d) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas.
e) A participação dos sindicatos nas negociações coletivasde 
trabalho é obrigatória.
f) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações 
sindicais.
g) A Constituição protege o empregado que se candidata e que exerce 
cargo de direção ou de representação sindical. Isso porque esse 
empregado, geralmente, é aquela pessoa “chata” que fica exigindo os 
direitos e reclamando com o patrão por melhores condições de trabalho e 
melhores salários. É óbvio que essa pessoa não é muito bem vista pelo 
patrão e ela acaba sendo uma figura fragilizada na relação trabalhista.
Assim, a Constituição veda a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou 
representação sindical e, se ele for eleito, até UM ANO após o final do 
mandato. É claro que, se o empregado cometer falta grave, ele poderá 
sim ser dispensado normalmente. 
h) As disposições em relação aos sindicatos aplicam-se à organização de 
sindicatos rurais e de colônias de pescadores
Esquematizando: 
- É uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes
- Livre criação (não precisa de autorização)
- Base territorial mínima: um município
Sindicatos - Somente um sindicato por base territorial
- Em caso de conflito: princípio da anterioridade
- Ninguém será obrigado a se filiar ou a se manter filiado
- Participação do sindicato nas negociações coletivas de trabalho é obrigatória 
-Vedada dispensa do - a partir do registro da candidatura a cargo de
empregado sindicalizado direção ou representação sindical 
- se eleito (ainda que suplente): até um ano após o 
final do mandato
- Salvo se cometer falta grave
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7. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL E CONFEDERATIVA
A Constituição prevê duas contribuições em relação aos sindicatos:
Contribuição confederativa: essa contribuição tem natureza não 
tributária e deve ser paga somente pelos filiados dos sindicatos. Ela 
serve para manter o sindicato (ex. pagar água, aluguel, secretária...) e 
é fixada por assembléia-geral.
Contribuição sindical: já essa contribuição é devida por todos os 
trabalhadores da categoria, filiados ou não ao sindicato. Ela possui 
natureza de tributo e é fixada em lei.
Mas Roberto, como é que eu memorizo isso? É só lembrar que a contribuição 
conFEderativa é para os FIliados.
Esquematizando:
- Confederativa - Natureza não tributária
- Devida somente pelos filiados
Contribuição - Fixada por assembléia-geral
- art. 8º, IV
- Sindical - Devida por todos os trabalhadores da categoria, filiados ou não 
- Natureza tributária
- Fixada em lei
- art. 149
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EXERCÍCIOS
1. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) É direito social do 
trabalhador duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Errado. A carga horária máxima é de 44 horas semanais e não 40, 
como afirma a questão. Vale relembrar:
o Jornada de trabalho - 8h por dia
- 44h semanais
- Pode ser reduzida / compensada por acordo ou convenção 
coletiva
- Jornada extraordinária (hora-extra): min 50% sobre a hora normal
2. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Os diversos direitos garantidos pela 
Constituição aos trabalhadores são elencados de forma taxativa. 
Errado. O art. 7º da CF prevê que: “São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:” Dessa forma, a lista do artigo 7º é exemplificativa.
3. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) A Constituição Federal 
reconhece a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso, ressalvado o direito ao 
décimo terceiro salário com base na remuneração integral. 
Errado. A Constituição reconhece a igualdade de direitos entre o 
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador
avulso, sem exceções.
4. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) A contribuição para 
custeio do sistema confederativo é descontada em folha e obrigatória para 
todos os integrantes da categoria profissional. 
Errado. A contribuição confederativa é devida somente pelos filiados e
possui natureza não tributária. A contribuição que é devida por todos 
os integrantes da categoria profissional é a contribuição sindical.
É só lembrar que a contribuição conFEderativa é para os FIliados.
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5. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região) Conforme previsto no artigo 7º da 
Constituição Federal, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social, a assistência gratuita aos 
filhos e dependentes desde o nascimento em creches e pré-escolas até 
a) 6 (seis) anos de idade. 
b) 5 (cinco) anos de idade. 
c) 7 (sete) anos de idade. 
d) 8 (oito) anos de idade. 
e) 9 (nove) anos de idade. 
GABARITO: B. Conforme art. 7º, XXV da CF. Esse inciso é bastante 
cobrado em provas porque, até 2006, esse período era de 6 anos. No 
entanto com a emenda constitucional 53/2006, o período foi reduzido 
para 5 anos.
6. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho a concessão de seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário.
Errado. Apesar do seguro-desemprego realmente ser um direito do 
trabalhador, a Constituição não admite de forma expressa a 
possibilidade de acordo ou convenção coletiva (art. 7º, II).
7. (CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo) Em capítulo próprio da 
Constituição Federal, é apresentado o rol de todos os direitos sociais a serem 
considerados no texto constitucional. 
Errado. Os direitos sociais estão previstos nos artigos 6º ao 11 da 
Constituição e também ao longo do texto constitucional.
8. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO) Os direitos sociais previstos 
constitucionalmente são normas de liberdades negativas, de observância 
facultativa em um Estado Social de Direito.
Errado. Para prover os direitos sociais, o Estado tem que dar o lazer, 
dar a saúde, dar a educação, providenciar condições de trabalho (etc). 
Assim, o Estado tem que agir para garantir os direitos sociais, que têm 
como requisito uma ação estatal, sendo considerados liberdades 
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positivas. Além disso, eles são normas de observância obrigatória em 
um Estado Social de Direito.
9. (CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo) Os direitos sociais, de 
estatura constitucional, correspondem aos chamados direitos de segunda 
geração. Entre esses direitos, incluem-se a educação, a saúde, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância e a assistência aos desamparados. 
Certo. Os direitos sociais realmente são direitos de segunda geração. 
Além disso, compreendem, além de outros, os seguintes direitos:
- Educação
- Saúde
- Alimentação
- Trabalho
Direitos Sociais - Moradia
- Lazer
- Segurança
- Previdência social
- Proteção à maternidade e à infância
- Assistência aos desamparados
- Outros
10.(FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO) Os direitos sociais previstos 
constitucionalmente são normas de ordem pública, com a característica de 
imperativas, sendo invioláveis, portanto, pela vontade das partes da relação 
trabalhista. 
Certo. Nem mesmo com o consentimento entre as partes, os direitos 
sociaispodem ser violados. Ressalta-se que a Constituição em vários 
direitos sociais, assegura a validade dos acordos e convenções 
coletivas de trabalho, mas nunca a violação desses direitos.
11.(FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho a garantia de irredutibilidade do salário. 
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Certo. A Constituição prevê como um direito do trabalhador 
expressamente, em seu art. 7º, VI “irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo“.
12.(ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Nos termos 
da Constituição Federal, é assegurada ao empregado a participação nos lucros, 
ou resultados, vinculada à remuneração, e a participação na gestão da 
empresa. 
Errado. A CF versa no art. 7º, XI – participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei.
13.(ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) A
Constituição Federal assegura a eleição, nas empresas, de um representante 
dos empregados com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto 
com os empregadores. 
Errado. A Constituição somente assegura esse representante nas 
empresas com mais de 200 empregados e não em qualquer empresa.
14.(ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) A garantia 
constitucional de recebimento de salário nunca inferior ao mínimo não se aplica 
aos autônomos nem aos trabalhadores que percebem remuneração variável. 
Errado. A Constituição assegura no art. 7º, VII - garantia de salário, 
nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração 
variável.
15.(ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) É assegurada ao 
trabalhador a participação nos lucros, ou resultados da empresa, desvinculada 
da remuneração. 
Certo. A CF versa no art. 7º, XI – participação nos lucros, ou 
resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
16.(CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) Ao sindicato cabe a defesa 
dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, com exceção das 
questões judiciais.
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Errado. A Constituição assegura no art. 8º, III “ao sindicato cabe a 
defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas”.
17.(CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) O aposentado filiado tem 
direito a votar, mas não de ser votado nas organizações sindicais. 
Errado. O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas 
organizações sindicais (art. 8º, VII).
18.(CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) É vedada a dispensa do 
empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até dois anos após o 
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Errado. O empregado sindicalizado que ocupa cargo de direção ou 
representação sindical não pode ser dispensado até UM ANO após o 
final do mandato, salvo se cometer falta grave.
19.(CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) Ninguém será obrigado a 
filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato. 
Certo. Conforme art. 8º, V. A CF traz, na parte dos direitos individuais 
e coletivos, que ninguém será obrigado a se associar ou a permanecer 
associado. Aqui esse princípio também se aplica: ninguém será 
obrigado a se filiar ao sindicato ou a permanecer filiado.
20.(VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista Administrativo) O salário-
mínimo deverá ser fixado em lei, sendo que nele se incluirá o repouso semanal 
remunerado, preferencialmente aos sábados. 
Errado. O salário mínimo realmente deverá ser fixado em lei, no 
entanto, o repouso semanal remunerado deve ser preferencialmente 
aos domingos.
21.(CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) A lei pode exigir autorização 
do Estado para a fundação de sindicato, podendo o poder público intervir na 
organização sindical.
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Errado. A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação 
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, e o Poder 
Público também não pode interferir ou intervir na organização sindical.
22.(FCC - 2011 - TRT - 14ª Região) É direito do trabalhador urbano e rural, além 
de outros que visem à melhoria de sua condição social, a remuneração do 
serviço extraordinário superior, no mínimo, em trinta por cento à do normal. 
Errado. A remuneração do serviço extraordinário deve ser superior, no 
mínimo, em cinquenta por cento à do normal.
23.(CESPE - 2010 - DETRAN-ES - Advogado) Os direitos de associação profissional 
ou sindical previstos na Constituição Federal (CF) são aplicáveis às federações 
e aos sindicatos das categorias profissionais urbanas, mas não aos sindicatos 
rurais e às colônias de pescadores, que dispõem de regras próprias 
estabelecidas em lei ordinária. 
Errado. A Constituição prevê que as disposições em relação aos 
sindicatos aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias 
de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer (art. 8º, 
parágrafo único).
24.(ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A proteção do mercado de 
trabalho da mulher não é autoaplicável. 
Certo. Essa é uma norma de eficácia limitada e deve ser 
regulamentada para que possua efeitos completos. Confira o texto do 
art. 7º, XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei.
25.(ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Para o 
trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, a jornada será 
sempre de seis horas. 
Errado. Não é sempre. Pode haver exceções. Nos turnos ininterruptos, 
a Constituição garante a jornada de seis horas, salvo negociação 
coletiva (art. 7º, XIV).
26.(FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem 
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excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou 
culpa. 
Certo. A Constituição não assegura expressamente aos domésticos o 
seguro contra acidentes de trabalho, conforme o parágrafo único do 
art. 7º. Vamos revisar os direitos assegurados aos domésticos:
- Salário mínimo
- Irredutibilidade de salário
- 13o
- Previdência social
Trabalhadores - Férias + 1/3 de férias
Domésticos - Repouso semanal remunerado
- Aviso prévio
- Licença paternidade
- Licença gestante de 120 dias
- Aposentadoria
- FGTS facultativo*
27.(ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) A
Constituição Federal fixa que a remuneração do serviço extraordinário será 
superior em cinquenta por cento à do normal. 
Errado. A CF fixa que a remuneração do serviço extraordinário será 
superior em NO MÍNIMO cinquenta por cento à do normal.
28.(ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) O salário-
família, pago em razão do dependente, é direito apenas do trabalhador 
considerado de baixa renda, nos termos da lei. 
Certo. Conforme o art. 7º, XII.
29.(FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurada à categoria dos trabalhadores 
domésticos a aposentadoria.
Errado. A aposentadoriaé assegurada também aos domésticos, 
conforme o parágrafo único do art. 7º.
30.(FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos décimo terceiro salário com base na remuneração integral. 
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Errado. O décimo terceiro salário é assegurado também aos 
domésticos, conforme o parágrafo único do art. 7º.
31.(FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. 
Errado. O repouso semanal remunerado é assegurado também aos 
domésticos, conforme o parágrafo único do art. 7º.
32.(FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO) Em caráter excepcional, é direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social, proteção em face da automação, na forma da lei. 
Errado. A proteção em face da automação, na forma da lei é direito dos 
trabalhadores que não possui caráter de excepcionalidade.
33.(FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO) Em caráter excepcional, é direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. 
Certo. Conforme art. 7º, XI.
34.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Entre 
os direitos sociais, a Constituição Federal garante como direitos dos 
trabalhadores a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultadas a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Certo. Conforme art. 7º, XIII. Lembre-se do esquema:
o Jornada de trabalho - 8h por dia
- 44h semanais
- Pode ser reduzida / compensada por acordo ou convenção 
coletiva
- Jornada extraordinária (hora-extra): 50% sobre a hora normal
35.(FMP – Adjunto de Procurador do MP Especial Junto ao TCRS/ 2008) A eficácia 
dos direitos fundamentais sociais submete-se à cláusula da reserva do 
possível.
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Certo. A reserva do possível diz que os direitos sociais devem ser 
efetivados, na medida exata em que isso é financeiramente possível. 
Caso contrário, o governo poderia ir à falência. Imagine se todos os 
trabalhadores entrarem com uma ação no judiciário exigindo o direito 
previsto no art. 7º IV: “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de 
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, 
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo (...).”
Certamente, esse valor seria superior aos R$ 622,00 pagos 
atualmente. No entanto, se fosse elevado de maneira brusca, 
certamente haveria uma crise econômica. Assim, os direitos são 
efetivados na medida do possível.
36.(TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário) A previdência social e o trabalho 
são considerados direitos sociais.
Certo. Os direitos sociais englobam vários direitos, como: educação, 
saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência 
social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos 
desamparados e outros.
37.(FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho o décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no 
valor da aposentadoria. 
Errado. Apesar do décimo terceiro salário realmente ser um direito do
trabalhador, a Constituição não admite de forma expressa a 
possibilidade de acordo ou convenção coletiva (art. 7º, VIII).
38.(ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A distinção entre 
trabalhadores urbanos e rurais ainda tem sua importância, pois ainda não 
gozam dos mesmos direitos. 
Errado. A Constituição confere os mesmos direitos aos trabalhadores 
urbanos, rurais e avulsos (art. 7º, XXXIV).
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39.(ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A Constituição Federal 
garantiu o direito ao gozo de férias anuais remuneradas estabelecendo o 
período de 30 dias. 
Errado. A Constituição não fala que as férias deverão ser de 30 dias.
Quem prevê isso é a lei. A CF prevê somente o gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal.
40.(ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A Constituição conferiu direito 
à participação nos lucros ou resultados da empresa. Tal direito já pode ser 
exercido de imediato, em razão de a norma constitucional ser autoaplicável. 
Errado. A Constituição prevê no art. 7º, XI – participação nos lucros, ou 
resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. Assim, ela 
é uma norma de eficácia limitada e deve ser regulamentada para que 
possua efeitos completos.
41.(TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário) É obrigatória a participação do 
trabalhador empregado nas assembleias gerais do sindicato que representa 
sua categoria profissional.
Errado. O trabalhador não é nem obrigado a se sindicalizar, quanto 
mais a participar das assembleias gerais do sindicato. O que a questão 
tentou fazer foi confundir o candidato com o art. 8º, VI “é obrigatória a 
participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.”
42.(TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário) O trabalhador urbano tem direito ao 
seguro desemprego em caso de desemprego voluntário. 
Errado. O seguro desemprego só é devido em caso de desemprego 
involuntário.
43.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Entre 
os direitos sociais, a Constituição Federal garante como direitos dos 
trabalhadores o salário-família pago em razão do dependente do trabalhador 
de baixa renda, nos termos da lei.
Certo. Essa é a cópia do art. 7º, XII.
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44.(FMP – Auditor Externo TCRS / Ciências Econômicas / 2011) As organizações 
sindicais são parte legítima para a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria que representam, não só no âmbito das negociações 
coletivas e de processos judiciais, mas também no âmbito das questões e 
processos administrativos.
Certo. O art. 8º, III da CF versa que “ao sindicato cabe a defesa dos 
direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas”.
45.(FMP – TJAC / Oficial de Justiça/ 2010) os direitos sociais não constituem 
verdadeiros direitos fundamentais.
Errado. Os direitos sociais são uma das espécies de direitos 
fundamentais.
Não confundir com cláusulas pétreas! Assim, somente os direitos 
INDIVIDUAIS são cláusulas pétreas. Lembre-se do esquema:
Direitos e garantias - Direitos individuais e coletivos
fundamentais - Direitos Sociais
- Direitos de Nacionalidade art. 5o + ao 
- Direitos Políticos longo da CF
- Partidos Políticos
- Remédios constitucionais
Os Direitos Fundamentais estão no art. 5o + ao longo da CF (não se resumem ao art. 50)
- Princípio da anterioridade eleitoral (art. 16)
- Princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, b)
Nem todos os Direitos Fundamentais são pétreos – somente os INDIVIDUAIS 
(art. 60 par. 4o, IV)
Direito INDIVIDUAL é espécie dos Direitos Fundamentais 
Rol não é taxativo (art. 5º, § 2º)
46.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Entre 
os direitos sociais, a Constituição Federalgarante como direitos dos 
trabalhadores a participação nos lucros ou resultados, vinculada à 
remuneração, nos termos da lei.
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Errado. É prevista a participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei (art. 7º, XI).
47.(FMP – Jornalista / Câmara de Vereadores de Santa Bárbara do Oeste / 2010) 
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social:
(A) Disponibilidade remunerada.
(B) Estabilidade após três anos.
(C) Décimo terceiro salário com base na última remuneração percebida.
(D) Remuneração do trabalho diurno superior ao noturno.
(E) Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção 
dolosa.
Letra A. Errado. A Disponibilidade não é um direito social extensível a 
todos os trabalhadores. Ela é prevista no art. 41, § 3º da CF: “Extinto o 
cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, 
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.” Assim, o servidor 
público que teve seu cargo extinto continua remunerado, sem 
trabalhar, até que seja aproveitado em outro cargo. 
Letra B. Errado. A estabilidade é prevista no art. 41 da CF e se aplica 
somente aos servidores públicos nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público, após três anos de efetivo 
exercício e aprovação no estágio probatório.
Letra C. Errado. O art. 7º, VIII assegura o décimo terceiro salário com 
base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria e não com 
base na última remuneração percebida. 
Letra D. Errado. É justamente o contrário. O art. 7º, IX assegura 
remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Letra E. Certo. É a cópia do art. 7º, X. Perceba como as bancas 
examinadoras tiram grande parte de suas questões sobre direitos 
sociais do texto literal da CF.
Gabarito: E
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48.(ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) O direito à moradia significa o direito 
à casa própria. 
Errado. O direito à moradia não é o direito à casa própria e sim o 
direito de ocupar uma habitação digna e adequada. Ela pode ser 
alugada, por exemplo. 
49.(ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Os diversos direitos garantidos pela 
constituição aos trabalhadores são elencados de forma exemplificativa. 
Certo. O art. 7º da CF prevê que: “São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:” Dessa forma, a lista do artigo 7º é exemplificativa.
50.(ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) A Constituição não conferiu uma 
garantia absoluta do emprego. 
Certo. O emprego não é protegido de forma absoluta pela Constituição. 
Como exemplo, temos o art. 7º inciso I - relação de emprego protegida 
contra despedida arbitrária ou sem justa causa; ou o inciso II -
seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário (e não em 
qualquer caso de desemprego).
51.(VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista Administrativo) O salário-
mínimo deverá ser fixado em lei, sendo regionalizado, por pisos de categorias, 
havendo diferença de salários, para exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
Errado. A questão trocou quase tudo. A Constituição prevê que o 
salário mínimo deve ser nacionalmente unificado (art. 7º, IV) e 
também prevê a proibição de diferença de salários, de exercício de 
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil (art. 7º, XXX).
52.(VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista Administrativo) O salário-
mínimo deverá ser fixado em lei, sendo ademais, a remuneração do serviço 
extraordinário, no mínimo, sessenta por cento superior à do normal para 
jornadas de seis horas de trabalho. 
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Errado. O salário mínimo realmente deverá ser fixado em lei, no 
entanto, a remuneração do serviço extraordinário é superior em, no 
mínimo, cinquenta por cento à do normal, não tendo relação com a 
jornada de seis horas de trabalho.
53.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Entre 
os direitos sociais, a Constituição Federal garante como direitos dos 
trabalhadores a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou 
sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos.
Certo. É a cópia do art. 7º, I da Constituição. Observe como as bancas 
cobram muito a literalidade do texto constitucional quando tratam dos 
direitos sociais.
54.(VUNESP - 2010 - FUNDAÇÃO CASA - Analista Administrativo) O salário-
mínimo deverá ser fixado em lei, sendo nacionalmente unificado, capaz de 
atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e às de sua família, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo. 
Certo. Conforme art. 7º, IV “São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais (...) salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família 
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim.”
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II. DIREITOS POLÍTICOS
Os direitos políticos são os instrumentos através dos quais a CF garante o 
exercício da soberania popular: sufrágio universal, voto direto, secreto e 
igualitário, plebiscito, referendo e a iniciativa popular de lei.
Eles estão intimamente ligados à democracia, classificada pela doutrina em 
três tipos:
a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o 
próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é 
típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 180 
milhões de brasileiros mandando emails para se discutir como será a 
atuação do governo na saúde). 
b) Democracia Indireta: onde o povo elege os representantes e estes 
elaboram as políticas públicas.
c) Democracia Semidireta ou participativa: é um misto da 
democracia direta e da indireta. Nela, em regra, o povo elege os 
representantes e estes elaboram as políticas públicas. 
Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também 
participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, 
combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o 
modelo adotado pelo Brasil. Confira o art. 1º parágrafo único da CF: 
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Esquematizando: 
Direitos políticos: instrumentos através dos quais a CF garante o exercício 
da soberania popular - Sufrágio Universal
- Voto direto, secreto e igualitário
- Plebiscito
- Referendo
- Iniciativa Popular de lei
Democracia - Direta
- Indireta
- Participativa - Sistema híbrido da democracia direta com a indireta
ou semidireta - Participação popular pelo exercício da soberania popular
- Adotado pelo Brasil
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1. CONCEITOS IMPORTANTES
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, trarei agora para você alguns conceitos 
importantes para a compreensão dos direitos políticos:
Sufrágio: é o direito de votar e ser votado.
Voto:é o ato através do qual se exercita o sufrágio.
Escrutínio: é o modo através do qual se dá o voto.
Capacidade eleitoral ativa: é a capacidade de votar. É a 
capacidade eleitoral ativa dá à pessoa o título de CIDADÃO. Assim, 
para a Constituição brasileira, só é cidadão quem pode votar (só é 
cidadão quem possui a capacidade eleitoral ativa).
Capacidade eleitoral passiva: é a capacidade de ser votado. Para
se possuir capacidade eleitoral passiva, deve-se possuir capacidade 
eleitoral ativa – necessariamente. Ou seja, para que alguém possa ser 
votado, ele precisa, primeiro, poder votar.
Princípio da anterioridade eleitoral: está previsto no artigo 16 da CF 
que “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência”.
Assim, qualquer lei que alterar o processo eleitoral somente pode ser 
aplicada um ano após a sua entrada em vigor. Esse princípio serve para 
que seja garantida a segurança jurídica eleitoral, garantindo que as 
regras da eleição não sejam mudadas de uma hora para outra e 
garantindo que haja um tempo hábil para que todos conheçam as 
regras do processo eleitoral (um ano).
Importante ressaltar que a anterioridade eleitoral é uma cláusula 
pétrea e que a “lei” prevista no artigo 16 é a “lei em sentido amplo”,
ou seja, qualquer norma jurídica que altere o processo eleitoral se 
submete a esse princípio, inclusive emendas à Constituição.
Esquematizando:
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Sufrágio: Direito de votar e ser votado
o Capacidade eleitoral - Ativa: direito de votar
- Passiva: direito de ser votado
A capacidade eleitoral ativa dá à pessoa o título de CIDADÃO
Para possuir capacidade eleitoral passiva, deve-se possuir capacidade 
eleitoral ativa - necessariamente
Voto: ato através do qual se exercita o sufrágio
Escrutínio: é o modo através do qual se dá o voto
Lei que regula eleição - UM ano antes do pleito (art. 16)
- Princípio da anterioridade eleitoral
- Também vale para EC
- É cláusula pétrea
CF, art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência.
2. CARACTERÍSTICAS DO VOTO
É importante que você saiba quais são as características do voto abraçadas 
pela Constituição e pela doutrina. O voto é:
Direto: não possui intermediários. O cidadão vota exatamente na 
pessoa que deseja que ocupe o cargo em questão. O seu oposto é o 
voto indireto, onde o eleitor vota em um representante e este (o 
representante) vota no detentor do cargo. Um país que adota as 
eleições indiretas para o cargo presidencial são os Estados Unidos.
Deve-se ressaltar que existe um caso de eleições indiretas no Brasil: 
caso os cargos de Presidente E Vice-Presidente da República fiquem 
vagos nos dois últimos anos do mandato, haverá eleição indireta
pelo Congresso Nacional em 30 dias. Esse mandato gerado por 
eleições indiretas será somente para o período que restava do mandato 
dos titulares anteriores e é chamado de mandato tampão.
Secreto: para garantir que o cidadão vote em quem ele realmente
deseja votar, sem interferências externas, a Constituição garante que o 
voto seja secreto.
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Universal: não há qualquer condição discriminatória para o voto.
Periódico: os mandatos devem ser por prazo determinado para que 
seja garantida a alternância de poder.
Livre: o eleitor pode votar em quem bem entender, ou ainda branco ou 
nulo.
Personalíssimo: somente a pessoa pode votar por si mesma. Não 
pode haver o voto por procuração.
Igualitário: o voto tem valor igual para todos. Assim, o voto do 
Presidente da República possui o mesmo valor do voto de um cidadão 
comum. É seguido o princípio: “um homem, um voto” (one man, one 
vote).
Cláusula pétrea: está previsto no art. 60, § 4º que: “Não será objeto 
de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: II - o voto 
direto, secreto, universal e periódico.”
Obrigatório: para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos.
Facultativo: para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os 
maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
Esquematizando:
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- Direto - Sem intermediários
- Excepcionalmente: vacância de PR e VP nos 2 últimos anos do 
mandato: eleição INDIRETA pelo CN em 30d e válida somente 
para o período que restar do mandato (mandato tampão).
- Secreto – sem publicidade
- Universal – não há qualquer condição discriminatória
O voto é - Periódico - mandatos por prazo determinado (democracia representativa)
- alternância de poder
- Livre – vota em qualquer candidato, branco ou nulo
- Personalíssimo – não pode votar por procuração
- Igualitário – com valor igual para todos – “one man one vote”
- Cláusula pétrea – 60 §4º
- Obrigatório – maiores de 18 e menores de 70
- Facultativo - Analfabetos
- Maiores de 70 
- Maiores de 16 e menores de 18
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3. REQUISITOS DA CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
Nós já vimos que a capacidade eleitoral ativa é a capacidade de votar. É ela 
que confere a alguém o título de cidadão. No entanto, para que alguém 
possua a capacidade eleitoral ativa, devem ser preenchidos quatro requisitos:
Nacionalidade brasileira: por nacionalidade brasileira entende-se o 
brasileiro nato ou naturalizado.
Ser maior de 16 anos
Alistamento eleitoral: ou seja, a inscrição no Cartório Eleitoral.
Não ser conscrito: conscrito é quem está prestando o serviço militar 
obrigatório. Assim, se alguém é conscrito, ele não possui a capacidade 
eleitoral ativa. 
Atenção: não confundir conscrito com os militares de carreira. Esses 
(os militares de carreira) podem votar normalmente. Só não vota quem 
está prestando o serviço militar obrigatório (o conscrito).
4. REQUISITOS DA CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (CONDIÇÕES DE 
ELEGIBILIDADE)
Como já visto, a capacidade eleitoral passiva é a capacidade de ser eleito e, 
para que alguém a possua, é necessário que possua primeiro a capacidade 
eleitoral ATIVA.
Os requisitos para que alguém possua a capacidade eleitoral passiva 
(capacidade de ser eleito) são os seguintes:
a) Nacionalidade brasileira ou português equiparado: em regra, para 
que alguém seja eleito, é necessário ser brasileiro (nato ou 
naturalizado) ou ainda português equiparado. No entanto, existem 
alguns cargos privativos de brasileiro nato. São eles: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
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III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
VIII - Dentre os componentes do Conselho da República, deve haver 
seis brasileiros natos (art. 89)
b) Estar em pleno exercício dos direitos políticos: para ser eleito, o 
cidadão não pode ter perdido ou ter tido seus direitos políticos 
suspensos (estudaremos mais à frente os direitos políticos negativos).
c) Alistamento eleitoral: ou seja, a inscrição no Cartório Eleitoral. 
Observe que esta também é uma condição para a capacidade eleitoral 
ativa.
d) Domicílio eleitoral na circunscrição: esse requisito serve para 
garantir que não seja eleito “alguém de fora”. Assim, para que alguém 
seja eleito prefeito, o seu título de eleitor deveser do município. Para 
que alguém seja eleito governador, o seu título de eleitor deve ser de 
qualquer município do estado etc.
e) Filiação partidária: é vedada a candidatura avulsa ou autônoma, ou 
seja, ninguém pode se candidatar sem partido político.
f) Idade mínima de acordo com o cargo na data da POSSE: observe 
que não é exigida a idade na data da eleição e sim na data da posse:
- 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
- 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal;
- 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
- 18 anos para Vereador.
Esquematizando:
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Capacidade eleitoral ATIVA
• Nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado)
o Requisitos • >16
• Alistamento eleitoral
• Não ser conscrito
Capacidade eleitoral PASSIVA
o Condições de elegibilidade - Nacionalidade brasileira ou português equiparado
PR e VP – tem que ser brasileiro NATO
- Pleno exercício dos direitos políticos
- Alistamento eleitoral
- Domicílio eleitoral na circunscrição 
- Filiação partidária (não pode candidatar sem partido –
vedada a candidatura avulsa ou autônoma)
- Idade mín de acordo com o cargo na data da POSSE
Cargos privativos de brasileiro nato 
a) de Presidente e Vice-Presidente da República;
b) de Presidente da Câmara dos Deputados;
c) de Presidente do Senado Federal;
d) de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
e) da carreira diplomática;
f) de oficial das Forças Armadas;
g) de Ministro de Estado da Defesa.
h) Dentre os componentes do Conselho da República, deve haver 6 brasileiros 
natos (art. 89)
– Vereador
- Deputado - Federal
- Estadual
- Distrital
- Prefeito
- Vice-Prefeito
- Juiz de paz
– Governador e Vice-Governador
- Presidente da República
- Vice-Presidente da República
- Senador
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5. CANDIDATURA NATA
A candidatura nata é o instituto jurídico que garante àqueles que ocupam 
cargo eletivo o registro de candidatura para o mesmo cargo que ocupam, pelo 
partido a que estejam filiados. Ela não existe mais no Brasil, pois viola a 
livre organização dos partidos políticos.
Exemplificando: caso José seja prefeito do município X pelo partido Y, o 
instituto da candidatura nata garante que José possa concorrer às próximas 
eleições de prefeito do mesmo município X pelo mesmo partido Y (mesmo 
cargo e mesmo partido). 
Observe que o atual prefeito pode sim ser candidato à reeleição pelo mesmo 
partido. Para isso, a sua candidatura deve ser aprovada pelo partido 
político ao qual é filiado. O que é vedado é a candidatura nata, ou seja, 
ainda que o partido não quisesse, o titular do mandato teria o direito a se 
candidatar (mesmo contra a vontade do partido).
No entanto, como dito, o Supremo entende que esse instituto viola a livre 
organização dos partidos políticos e ela não existe mais no Brasil.
6. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos são divididos em três espécies: perda dos 
direitos políticos, suspensão dos direitos políticos e inelegibilidades. Uma 
observação importante é que é sempre vedada a CASSAÇÃO dos direitos 
políticos (cassação é a retirada unilateral dos direitos políticos de alguém sem
que sejam assegurados a esse indivíduo seus direitos constitucionais, como a 
ampla defesa e o contraditório).
Vamos estudar agora cada uma das espécies de direitos políticos negativos:
6.1. Perda dos direitos políticos
A perda dos direitos políticos é definitiva e ocorre nos seguintes casos:
a) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em 
julgado;
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b) Recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa. Importante ressaltar que os direitos políticos são 
readquiridos a qualquer tempo se a obrigação for cumprida e, 
justamente por isso, existem doutrinadores que colocam essa hipótese 
como suspensão e não como perda dos direitos políticos.
c) Perda da nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de 
outra, salvo nos casos de:
Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; e
Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência 
em seu território ou para exercício de direitos civis.
6.2. Suspensão dos direitos políticos
A suspensão dos direitos políticos é sempre temporária e ocorre nas 
seguintes hipóteses:
a) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos. Ressalta-se o fato de que a suspensão de direitos 
políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa 
com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de 
reabilitação ou de prova de reparação dos danos (Súmula TSE nº 9).
b) Improbidade Administrativa declarada por sentença judicial 
transitada em julgado, não podendo ser simplesmente por processo 
administrativo.
c) Incapacidade civil absoluta declarada por sentença judicial 
transitada em julgado.
Esquematizando:
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Direitos políticos negativos - Perda dos direitos políticos
- Suspensão dos direitos políticos
- Inelegibilidades
o Perda e suspensão dos direitos políticos
OBS: Vedado cassação dos direitos políticos
Cassação é a retirada dos direitos políticos por ato unilateral do 
poder público, sem observância dos princípios elencados no art. 5º 
inciso LV da CF/88 (ampla defesa e contraditório), tal 
procedimento, é característico de governos ditatoriais.
Definitiva
Hipóteses - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado
- Recusa a cumprir obrigação a todos imposta e prestação alternativa
o Readquire a qualquer tempo se cumprir a obrigação
o Existem doutrinadores que colocam essa hipótese como 
suspensão
- Perda da nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de outra*,
salvo nos casos de - Reconhecimento de nacionalidade originária pela 
lei estrangeira
- Imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em Estado 
estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para exercício de direitos civis
* (não está expresso na CF)
- (art. 15 + art. 12 §40)
Temporária
Hipóteses - Condenação criminal transitada em julgado
o Enquanto durarem seus efeitos
o Súmula TSE nº 9 - A suspensão de direitos políticos decorrente 
de condenação criminal transitada em julgado cessa com o 
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de 
reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
- Improbidade Administrativa
o Não pode só por processo administrativo
o Tem que ser por sentença judicial transitada em julgado
- Incapacidade civil absoluta 
o declarada por sentença judicial transitada em julgado
Perda
Suspensão
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6.3. Inelegibilidades
As inelegibilidades podem ser de dois tipos: absolutas e relativas. O atingido 
pelas inelegibilidades absolutas fica impossibilitado de ser eleito para 
qualquer cargo eletivo. Já os atingidos pelas inelegibilidades relativas
ficam impedidos de serem eleitos apenas para alguns casos.
Importante ressaltar que a LEI não pode ampliar o rol das 
inelegibilidades absolutas, isso pode ser feito apenas por Emenda à 
Constituição. Já as hipóteses de inelegibilidades relativas podem ser 
ampliadas por LEI COMPLEMENTAR (CF art. 14, §9º).
Vamos a elas:
a) Inelegibilidade Absoluta. São inelegíveis:I – Inalistáveis, estrangeiros e conscritos;
II – Analfabetos (apesar de possuírem capacidade eleitoral ativa –
FACULTATIVA).
b) Inelegibilidade Relativa
As inelegibilidades relativas somente atingem os chefes do 
executivo, não atingindo os demais cargos eletivos, como deputados, 
senadores, vereadores etc. São elas:
I - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para 
um único período subsequente.
Assim, os chefes do executivo não podem ser eleitos para um terceiro 
mandato consecutivo.
Atenção: a mesma pessoa pode ocupar o cargo por mais de 2 
mandatos. O que não se pode é ocupar o mesmo cargo por mais de 2 
mandatos SUCESSIVOS.
Por outro lado, não há impedimento para que alguém ocupe um cargo 
de chefia do executivo por dois mandatos consecutivos e depois se eleja 
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para OUTRO CARGO, devendo apenas se desincompatibilizar
(renunciar até seis meses antes do pleito) para concorrer às eleições.
Já o vice pode se candidatar ao cargo do titular, reeleito ou não e tendo 
substituído ou não (porque é outro cargo). No entanto, caso o vice 
tenha sucedido o titular ou o substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, ele somente pode se reeleger uma vez. O mandato 
que ele assumiu é considerado um mandato inteiro para fins de 
reeleição.
Já os detentores do cargo titular, se forem reeleitos, não podem se 
candidatar a vice no período subsequente, pois teriam a possibilidade 
de exercer o mandato por três períodos seguidos, burlando a essência 
do sistema. Assim, por exemplo, um prefeito reeleito não pode se 
candidatar ao cargo de vice-prefeito imediatamente após o término de 
seu segundo mandato.
Ademais, o titular já reeleito não pode renunciar antes do 
término do mandato para pleitear um terceiro mandato, pois 
seria uma forma de burlar o sistema e exercer três mandatos 
consecutivos. Cabe ressaltar que a renúncia valerá, o que não pode 
haver é a reeleição.
Por fim, observe que essa proibição é apenas para os chefes do 
executivo. Dessa forma, alguém pode exercer 10 mandatos de 
deputado federal em sequencia, por exemplo.
II - Para concorrerem a OUTROS CARGOS, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
A esta proibição, dá-se o nome de DESINCOMPATIBILIZAÇÃO e
atenção: a renúncia deve ser feita até seis meses antes do pleito (da 
eleição) e não do término do mandato.
A desincompatibilização é obrigatória para qualquer OUTRO cargo 
eletivo, ou seja, o chefe do executivo não precisa se 
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desincompatibilizar para concorrer ao mesmo cargo. Já o vice 
somente precisa se desincompatibilizar se tiver sucedido ou substituído 
o titular até seis meses antes do pleito.
III - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo 
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador 
de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de 
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição.
A essa proibição, dá-se o nome de INELEGIBILIDADE REFLEXA e ela 
alcança somente a circunscrição de jurisdição do titular. Assim, 
os parentes até o segundo grau do prefeito não podem ser eleitos para 
qualquer cargo dentro do município; os parentes até o segundo grau 
do governador não podem ser eleitos para qualquer cargo dentro do 
estado; e os parentes até o segundo grau do Presidente da República 
não podem ser eleitos para qualquer cargo eletivo dentro país.
A incompatibilidade se aplica também a quem os substituir dentro dos 
seis meses anteriores ao pleito. Exemplo:
Suponhamos que a eleição seja dia 3 de outubro do último ano do 
mandato do prefeito (exemplo 03/10/2012). Se o vice o tiver 
substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, ou seja, de 
03/04/2012 até 03/10/2012, a inelegibilidade reflexa impedirá que o 
cônjuge e os parentes de até segundo grau do VICE-PREFEITO também 
sejam eleitos para qualquer cargo dentro do município.
No entanto, se o vice-prefeito substituiu em período diferente do citado, 
não haverá inelegibilidade para o cônjuge e parentes até segundo grau. 
Exemplo: se o vice substitui por um mês no ano de 2010, não haverá 
inelegibilidade reflexa para as eleições de 2012.
Importante ressaltar que essa proteção se dá de forma bastante ampla:
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Se o cônjuge separou durante o mandato, ainda assim é 
inelegível.
Caso haja a criação de município por desmembramento, as 
inelegibilidades também alcançam o município filho, uma vez que 
as vidas políticas dos dois municípios ainda estão interligadas e 
sofrem influências mútuas.
O TSE decidiu que "em se tratando de eleição para deputado 
federal ou senador, cada Estado e o DF constituem uma 
circunscrição eleitoral", o que amplia a relação dos impedimentos 
(Res 19.970, de 21/10/1997).
Assim, cônjuge, parentes ou afins até segundo grau do 
governador não poderão candidatar-se a qualquer cargo no 
Estado (vereador, prefeito de qualquer município do respectivo 
Estado, deputado estadual, federal e senador nas vagas do 
próprio estado).
Obs.: AS INELEGIBILIDADES REFLEXAS NÃO ATINGEM (ou seja, 
pode se candidatar):
a) Viúva (Lembrando que se o cônjuge se separou durante o 
mandato, ainda assim é inelegível).
b) Se o cônjuge, parente ou afim já possui mandato eletivo e 
se candidatou à REELEIÇÃO. 
Acompanhe o raciocínio:
1) Suponha que marido e mulher não possuam mandato eletivo e 
se candidatem ao mesmo tempo para governador e prefeita de 
cidade de um mesmo estado. 
2) Suponha também que ambos sejam eleitos, exerçam seus 
mandatos até o final e queiram se reeleger (ou seja, mesmo 
cargo).
Ao final do mandato, seria injusto se a inelegibilidade atingisse a 
mulher, uma vez que ela já possuía o mandato eletivo de prefeita 
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e o assumiu ao mesmo tempo que o marido (que é o 
governador).
Dessa forma, a inelegibilidade reflexa não atinge esse caso:
quando ambos já possuem mandato eletivo e queiram se 
candidatar à reeleição.
É importante ressaltar que a mulher somente pode concorrer,
pelo mesmo estado, à reeleição, ou seja, concorrer ao mesmo 
cargo. Se ela pretendesse se candidatar a OUTRO cargo 
dentro do mesmo estado, não poderia, pois haveria a 
inelegibilidade reflexa.
c) Se o titular do cargo renunciar até 6 meses antes do pleito 
e tiver direito à reeleição.
Dessa forma, caso o titular do cargo esteja em seu primeiro 
mandato, tendo, portanto o direito à reeleição, e renuncie até 6 
meses antes do pleito, seu cônjuge e parentes até segundo 
grau poderão concorrer a qualquer cargo eletivo dentro de sua 
circunscrição, inclusive para o mesmo cargo do titular.
Exemplo: se o governador de um estado estiver exercendo seu 
primeiro mandato e renunciar até seis meses antes do 
pleito, sua mulher e parentes até segundo grau poderão se 
candidatar para qualquer cargo eletivo dentro do seu estado, 
inclusive para o cargo de governador.
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Esquematizando:
o Inelegibilidade - Absoluta - Para qualquer cargo eletivo
- Lei não pode ampliar

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