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Jurisdição voluntária

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1. INTRODUÇÃO
 Jurisdição voluntária é uma forma de se solucionar problemas, sua função é exercida através do juiz, pelo Estado, sendo uma solução em causas que não se há conflitos e com interesse mútuo entre as partes. O Código de Processo Civil desloca regras gerais para procedimentos a serem seguidos. Ainda, traz previsão de um rol de pedidos que serão subsidiários ao procedimento geral, sendo assim rol exemplificativo.
2. CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO VOLUNTARIA
Considerando que a jurisdição voluntaria tem aspectos próprio, vamos falar das principais características:
O termo mais adequado para se referir as pessoas que vão em juízo é “interessados” pois a sentença dada pode favorecer os dois ou mesmo que a sentença favoreça à apenas um o outro não, nem sempre sairá prejudicado pela decisão.
Na jurisdição voluntaria não é necessário que se aplique a legalidade estrita como está descrito no art. 723, § único do CPC. O juiz fica livre para iniciar os processos de oficio como na abertura e cumprimento de testamentos e arrecadação de herança jacente. Cabe ao juiz verificar cada caso e qual solução será mais adequada para solução.
As decisões tomadas podem ser modificadas, se caso acontecer situações que justifique a mudança, pois no caso de jurisdição voluntaria não se assegura a coisa julgada material, porém é preciso que seja comprovado, que seja demonstrado a necessidade da alteração para que ela ocorra.
Com tudo existe uma corrente doutrinaria muito forte sobre o assunto, onde alegam que se a lei for omissa, deve predominar a regra geral, afirmando que se houver sentença de mérito, existira coisa julgada material ainda que seja na jurisdição voluntária.
3. NATUREZA JURÍDICA DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Para a teoria clássica, reconhecida ainda como teoria administrativa, não se faz jus ao nome que se recebe, pois, o juiz não exerce atividade jurisdicional nos processos de jurisdição voluntária, quanto a natureza jurídica da jurisdição voluntaria, segundo Neves. Essa visão se refere aos interesses privados da administração pública, assim o juízo apenas exerce atividade administrativa.
Com embasamento nos seguintes argumentos:
· Carência de caráter adjunto;
· Carência de aplicabilidade do direito em caso concreto;
· Carência de lide;
· Existência, somente, de interesses e não de meras partes contrarias;
· Atrito de coisa julgada material.
Porém, sob outra perspectiva, os seguidores da vertente teórica revisionista, que também é reconhecida como jurisdicionalista, conta com especialidades distintas de jurisdição contenciosa, na jurisdição voluntaria o juízo exerce de forma efetiva a atividade jurisdicional.
Diante dos argumentos expostos de ambas as correntes, a majoritária é a que expõe a jurisdição voluntaria como unicamente de natureza administrativa, de modo que se nega a existência de atividade jurisdicional nos processos de jurisdição voluntária.
4. REGRA DOS PROCEDIMENTOS 
As regras dos procedimentos estão elencadas nos artigos 720 a 724 do CPC, essas regras serão aplicadas somente não haja norma especial em contrário, caso haja deverá prevalecer a regra geral.
a) LEGITIMIDADE
Para propor a ação, qualquer das partes possuem plausibilidade, o Ministério Público e a Defensoria Pública, em acordo com o art. 720 do CPC.
b) PETIÇÃO INICIAL E CITAÇÃO
Deverá ser observado os requisitos elencados no art. 319 do CPC, sem que exista propriedade a ser observada, de forma que o valor da causa seja correspondente ao valor econômico do pedido, devendo ser acompanhada dos documentos indispensáveis.
A resposta deverá ser apresentada em 15 dias, como observado o art. 721, do NCPC. Sendo, inclusive, ouvido a Fazenda Pública, por intermédio de suas Procuradorias, se houver interesse jurídico, como exposto no art. 722 do CPC.
c) INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público, como custos legis, irá intervir, caso o procedimento seja de interesse público ou coletivo, interesse de inapto ou litígios sociais por posse de terra urbana ou rural, em conformidade com o art. 178 do CPC.
d) RESPOSTA
O réu interessado será citado para apresentar resposta no prazo de quinze dias (aplicáveis os arts. 180, 183 e 229 do CPC).
O prazo será dobrado para manifestação do Ministério Público, da Fazenda Pública e dos litisconsortes com diferentes procuradores, mutuamente.
O réu apresentará sua manifestação, na qual poderá impugnar a pretensão inicial, e exibir a sua versão dos fatos. Nessa resposta, pode arguir qualquer das preliminares do art. 337 do CPC, salvo a convenção de arbitragem, que não é admissível no regime da jurisdição voluntária.
e) INSTRUÇÃO E SENTENÇA
Após oferecida a resposta do réu e ouvido o autor sobre as preliminares, o juiz irá deliberar as provas essenciais, podendo designar audiência de instrução e julgamento, caso se faça necessário. Após o juiz proferir sentença na própria audiência ou no prazo de dez dias.
A sentença de coisa material julgada pode ser revista a qualquer tempo, desde que se tenham alterado as circunstancias originarias.
f) RECURSOS
Não existem peculiaridades contra os recursos nos procedimentos da jurisdição voluntaria, contra as decisões interlocutórias, poderá haver o agravo de instrumento presentes no art 1015 CPC contra as sentenças e a apelação. Sendo assim não há característica especifica em relação aos decursos.
5. ALIENAÇÕES JUDICIAIS
Estão reguladas entre os procedimentos de jurisdição voluntária. O Código de Processo Civil descreve o procedimento no art. 730, sem elencar as hipóteses de cabimento: Art. 730. Nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou a requerimento dos interessados ou do depositário, mandará aliená-lo em leilão, observando-se o disposto na Seção I deste Capítulo e, no que couber, o disposto nos arts. 879 a 903.
Como se pode perceber, o CPC/2015 limita-se a prever, de maneira genérica, o cabimento da alienação judicial aos “casos previstos em lei”, não havendo “acordo entre os interessados sobre o modo como se deve realizar a alienação do bem”. Na prática, porém, as hipóteses de cabimento da alienação judicial continuam as mesmas que eram elencadas no CPC/1973, quais sejam: 
· Como meio de função cautelar, sempre que um dos seguintes bens forem alvos de constrição judicial:
(i) De fácil deterioração;
(ii) Que estejam avariados;
(iii) Exigirem grandes despesas para sua guarda; 
· Como forma de garantir os interesses de incapazes ou quaisquer outros interesses que mereçam atenção especial e tenham a venda judicial positivada como forma válida de alienação dos bens;
· Como uma forma de extinção de condomínio sobre bens indivisíveis.
6. TESTAMENTOS
O NCPC define as regras a serem observadas na apresentação do testamento ao juízo, nos arts. 735 a 737. Os testamentos, antes de serem executados, devem passar por um procedimento de jurisdição voluntária, perante a justiça. O procedimento, entretanto, é simples e destina-se a conhecer a declaração de última vontade do falecido, averiguar a regularidade formal do testamento e ordenar seu cumprimento. Neste procedimento, não são interpretadas as cláusulas testamentais, nem são indagadas, pelo juiz, questões que podem ser suscitadas pelas vias ordinárias. Só será o caso de uma negativa do cumprimento do testamento quando houver uma flagrante falta de algum requisito formal.
Competência - A competência para abrir o testamento é do juiz do lugar onde se encontre quem apresente o documento. Por se tratar de uma medida urgente, não se vincula ao juízo do inventário, devendo ser feita a apresentação no local onde o documento se encontrar
Procedimento - A apresentação do testamento ao juiz se trata de um ato administrativo que não depende de qualquer requerimento escrito ou da participação de um advogado. Após a apresentação, não sendo verificado nenhum vício que torne o testamento suspeito de falsidade ou nulidade, o juiz deverá abri-lo na presença do apresentador e do escrivão,que ficará responsável por lavrar o “auto de abertura”, nos termos do art. 735, § 1º, do CPC. Este auto de abertura será o documento inicial do procedimento, que será utilizado pelo escrivão para dar início a autuação. O juiz, em seguida, deverá fazer a conclusão e ordenar a ouvida do Ministério Público para, em seguida, proferir a decisão.
Sentença - Caso o testamento esteja regular, o juiz deverá ordenar que sejam feitos seu registro, arquivamento e cumprimento. Havendo qualquer irregularidade formal que torne o testamento inválido, entretanto, ele deverá ser registrado e arquivado, mas o juiz negará seu cumprimento.
Efeitos - O registro do testamento deve ser feito no próprio cartório e, em seguida, o escrivão deve intimar o testamenteiro apontado pelo testador para prestar o compromisso, conforme previsto no art. 735, § 3º, do CPC. O mesmo ocorrerá caso não tenha sido nomeado testamenteiro, ou se ele estiver ausente, não aceitar o encargo ou houver falecido, hipóteses em que o juiz deve nomear um testamenteiro dativo (art. 735, § 4º), observando-se a seguinte ordem de preferência: 
• Cônjuge supérstite; 
• Herdeiro escolhido pelo juiz; 
• Estranho, se houver grave briga entre os herdeiros ou se nenhum deles se provar idôneo para assumir o encargo.
Testamento Cerrado - Uma vez aberta a sucessão, o testamento cerrado (lacrado no foro extrajudicial a pedido do testador) é apresentado ao juízo para que seja aberto, registrado e cumprido. Nos termos do art. 735, caput, do CPC, é imprescindível que o testamento seja apresentado sem nenhum sinal de violação, absolutamente intacto, sob pena de ser considerado suspeito de nulidade ou falsidade. Uma vez que se verifique a preservação da inviolabilidade do testamento, o juiz deverá abri-lo e mandar que o escrivão proceda com sua leitura na presença do apresentante. Sendo verificadas graves irregularidades, o juiz pode indeferir o pedido.
Testamento Público - é aquele que foi lavrado em um cartório de notas. Nesse caso, obviamente, não há que se falar em abertura, mas, ainda assim, é necessária sua apresentação em juízo para que seja ordenada sua execução. Qualquer interessado é legitimado para a apresentação ao juiz, bastando a exibição do translado ou da certidão de testamento público. Nesse caso, o procedimento será o mesmo do testamento cerrado, com a diferença que, no testamento público, o ato inicial é a apresentação, e não a abertura do testamento pelo juiz.
Testamento Particular - No caso de um testamento particular, o procedimento é diferente do cerrado e do público, devendo ser publicado e confirmado em juízo, nos termos do art. 737 do CPC. O testamento particular, também chamado de ológrafo, é aquele que foi escrito e assinado pelo testador, com a assinatura de três testemunhas (art. 1.876 do CC). A lei exige sua confirmação pelas testemunhas, em juízo, para que se dê seu cumprimento. As referidas testemunhas não podem ser herdeiros ou legatários.
7. CODICILOS
É um documento que trata de disposições especiais sobre o enterro do testador, esmolas de pequeno valor a serem deixadas para certas pessoas, legado de roupas ou objetos de pouco valor e de uso pessoal. Este documento deve ser assinado e datado pelo testador e, caso esteja lacrado, o procedimento deverá ser o mesmo do testamento cerrado.
8. HERANÇA JACENTE
Recebe-se o nome herança jacente quando não há a determinação nem a certeza da existência de herdeiros.
Art. 1819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
Maria Helena DINIZ ressalta que, “convém distinguir a herança jacente do espólio, que designa a sucessão aberta até a partilha dos bens, porque ambos os institutos são entes despersonalizados. Todavia, diferem entre si, pois no espólio os herdeiros legítimos ou testamentários são conhecidos, ao passo que na herança jacente se configura uma situação de fato em que ocorre a abertura da sucessão, porém não existe quem se intitule herdeiro”.
Carlos Roberto GONÇALVES diz que na herança jacente não existe personalidade jurídica, “consiste, em bem verdade, em um acervo de bens, administrado por um curador, sob fiscalização da autoridade judiciária, até que se habilitem os herdeiros, incertos ou desconhecidos, ou se declare por sentença a respectiva vacância”.
De mesma ideia compartilha Maria Helena Diniz “Massa de bens, identificável como unidade, não se personifica, por lhe faltarem os pressupostos necessários à subjetivação, tais como objetivo social, caráter permanente, reconhecimento pelo Estado, e por não precisar de personalidade, já que pode agir por outro processo técnico que, embora não lhe outorgue a mesma homogeneidade, lhe possibilita a ação sem quaisquer dificuldades”.
Sílvio de SalvoVenosa, de forma sucinta e assertiva diz que “o estado de jacência é simplesmente uma passagem fática, transitória”.
Os bens da herança jacente ficam sob administração de um curador até a entrega dos mesmos ao sucessor legalmente habilitado, ou até que ocorra a declaração de vacância, situação que a herança começa a ser incorporada aos bens do Estado.
9. BENS DE AUSENTES
Ausência, como o próprio nome diz, está ligada ao fato de alguém estar ausente, ou seja, ter desaparecido sem ter deixado notícias.
De acordo com o artigo 1.159 do CPC, quando uma pessoa que tem bens falta, sem deixar notícias, seu cônjuge, ascendentes ou descendentes podem tomar posse dos bens para evitar o perecimento dos mesmos.
Segundo o artigo 22 do Código Civil, a ausência poderá ser declarada pelo juiz, quando uma pessoa desaparece do seu domicílio sem dela haver notícia, não deixando representante ou procurador a quem caiba administrar os bens.
A ausência ainda pode ser declarada quando uma pessoa desaparece e deixa um representante que não possa ou não queira a representar.
A decretação da ausência é realizada basicamente em três etapas, a curadoria dos bens, sucessão provisória e a sucessão definitiva, onde fica determinada a morte presumida do ausente.
Durante o primeiro ano da ausência temos a fase da curadoria, após este período inicial, os interessados poderão requerer a abertura da sucessão provisória, contudo, de acordo com o artigo 37 do Código Civil, somente após 10 anos da sentença de sucessão provisória, é que poderá ser declarada a sucessão definitiva. Pode-se também requerer a sucessão definitiva, de acordo com o artigo 38 do mesmo código, provando-se que o ausente teria 80 anos de idade e que as últimas notícias dele datam de 5 anos.
10. EXTINÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E MATRIMÔNIO
No Brasil, o casamento civil surgiu com o decreto 181 de 24 de janeiro de 1990, sendo posteriormente normatizado pelo Código Civil de 1916.
Durante muitos anos as leis que regulamentavam o casamento civil não permitiam sua dissolução. Somente com a lei 6.515, intitulada Lei do Divórcio, de 1977, o casamento civil pode ser dissolvido.
Com a publicação dessa lei, o divórcio, forma de dissolução do vínculo matrimonial, foi inserido.
Até janeiro de 2003, o casamento civil, quando válido, dissolvia-se pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio. Com a entrada em vigor do novo código civil, foi inserida uma nova modalidade de dissolução do vínculo conjugal: a declaração da ausência.
O processo terá obrigatoriamente que acontecer pela via judicial, e não será possível fazer pelo cartório. A pessoa sumida será procurada por todos os meios possíveis. Assim, o juiz irá solicitar informações de cadastros oficiais para tentar encontrar a pessoa, para que ela responda pessoalmente ao processo. Se ainda assim a pessoa não for encontrada, aí o juiz irá declarar a ausência e irá nomear um Curador para atuar na defesa dos interesses do ausente. As regras de regime de bens e partilha que se aplicam ao caso são as mesmas que valem em situações normais.
11. COISA VAGA
O novo código de processo civil dispõe sobre a coisavaga nos seus artigos 1.170 e 1.176, pode-se dizer que a coisa vaga é um bem alheio perdido que é encontrado, tal coisa deverá ser entregue a alguma autoridade competente que lavrara um respectivo auto descrevendo as características do objeto.
Em caso de o legítimo possuidor não comparecer para fazer a reclamação, ela será alienada e deduzida do preço a despesas do inventor. Agora, com relação aos objetos deixados em oficinas, hotéis ou em outros tipos de estabelecimentos, ele terá que ser entregue em um prazo de um mês quando não reclamado à autoridade policial.
O Código Penal brasileiro em seu artigo 169, II, dispõe que incorre em pena de detenção de 1 mês a 1 ano ou multa, “quem acha coisa perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro do prazo de 15 dias”.
12. CURATELA DE INTÉRDITOS
A curatela está prevista nos artigos 1.767 a 1783 do código cível, tem a função de impedir que transijam, alienam, dê quitação, hipoteque atos de administração de seus bens e demandar e ser demandado judicialmente sem a devida assistência àqueles que não tenham ou não esteja em pleno discernimento para os atos da vida civil.
Com relação aos procedimentos de requerimento da curatela, terá de ser observado os artigos 1.177 a 1.186 do novo código de processo civil. Tal intervenção pode ser promovida pelo próprio interdito como nos casos dos deficientes físicos, ou por qualquer um dos pais ou tutores, pelo conjugue e pelo órgão do ministério público.
O ministério público poderá requer a interdição qual houver algum problema psíquico do interdito, ele será inquerido pelo juiz e em um prazo de 5 dias, poderá impugnar tal interdição por meio de seu advogado ou defensor público nomeado. Depois disso ele será submetido a perícia técnica com o período nomeado pelo juiz.
Com relação ao termino da interdição, ocorre com o término de suas causas e requerida o levantamento da interdição. O pedido pode ser feito pelo próprio interditado ou por qualquer um outro autorizado, acolhido o levantamento, a sentença transitada em julgado terá o mesmo ritual que a sentença que declarou a interdição, será publicada em órgãos oficiais e imprensa local.
13. CONCLUSÃO
Conclui-se que por intermédio do juiz é solucionado causas, com jurisdição exercida pelo Estado, caso haja conflito será uma jurisdição contenciosa, se não houver será uma jurisdição voluntaria.
Tem como obrigatoriedade a intervenção judicial e participação do Ministério Público, quando se fizer necessário.
Possui divergência doutrinaria, quanto a sua natureza jurídica, havendo uma corrente classicista, também conhecida como administrativa, e corrente jurisdicionalista. 
As regras e procedimentos, gerais e específicos, são elencados no NCPC, e ainda existe uma previsão no rol de pedidos, que obedecerão ao procedimento geral, no art. 725, sendo este exemplificativo. 
BIBLIOGRAFIA:
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões: volume VI, 17ª edição, São Paulo: Saraiva, 2003
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. Coordenador Pedro Lenza. Coleção esquematizado. 8. ed.- São Paulo: Saraiva, 2017.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões: volume VII, 2ª edição, São Paulo: Saraiva, 2008.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único / 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Procedimentos Especiais de Jurisdição Voluntária Prof. Augusto Andrade
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direito das Sucessões: volume VII 3ª edição, São Paulo: Jurídico Atlas, 2003

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