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Apostila 9º ano Ensino fundamental Filosofia

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9º ANO 
 
 
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Acredito que os filósofos voam como as águias e 
não como pássaros pretos. É bem verdade que as 
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de 
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os 
pássaros pretos, que voam em bando, param em 
todos os cantos enchendo o céu de gritos e 
rumores, tirando o sossego do mundo. " 
 (Galileu Galilei) 
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/busca_up.php?l=&buscapor=Galileu%20Galilei
 
 
3 
 
 
 
 
Fonte: brasildesnudo.blogspot.com 
 
 
 
4 
 
Apresentação 
 
Caro aluno: 
 
 
Em algum momento você já deve ter se perguntado por que que tem que estudar 
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom na sua vida, mas o objetivo de estudar 
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida e também 
a pensar observando os dois pontos de uma questão. 
A filosofia consiste em você estar buscando a verdade e também no desvelar das 
coisas, no questionamento fundamentado no pensamento racional. Para quem estuda, 
filosofia é estar buscando uma mente critica sobre toda a realidade que está a sua volta. 
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais cuidado e mais 
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês. 
 Aprender Filosofia é aprender a analisar o comportamento social com mais 
abrangência, procurando compreender as atitudes das pessoas e dos grupos, para poder 
interferir no momento certo e da forma mais acertada, para alcançar os seus objetivos. 
O caminho é simples e prático. 
Os limites são os éticos, e devemos estar sempre dispostos a adotar mais 
curiosidade, questionando, fazendo uma análise neutra dos fatos e incentivando a 
criatividade a cada instante, já que é a única forma de crescermos intelectual e 
emocionalmente. Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia 
é importante em nossas vidas... 
 
 
 
 
Professor Afrânio 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Unidade 1– O universo da comunicação....................................................................07 
Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 2 – Sociedade do consumo.............................................................................09 
Atividade..................................................................................................................................48
Unidade 3 – A adolescência I..........................................................................................12 
Atividade..................................................................................................................................49 
Unidade 4 – A adolescência II........................................................................................15 
Atividade..................................................................................................................................50 
Unidade 5 – O mundo dos adolescentes.....................................................................17 
Atividade..................................................................................................................................50 
Unidade 6 – Estética............................................................................................................18 
Atividade..................................................................................................................................52 
Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos.................................................................20 
Atividade..................................................................................................................................52 
Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia....................................................................22 
Atividade..................................................................................................................................53 
Unidade 9 – A maioridade.................................................................................................24 
Atividade..................................................................................................................................53 
Unidade 10 – Gravidez na adolescência.....................................................................26 
Atividade..................................................................................................................................54 
Unidade 11 – O aborto........................................................................................................28 
Atividade..................................................................................................................................54 
Unidade 12 – Família...........................................................................................................30 
Atividade..................................................................................................................................55 
Unidade 13 – O casamento...............................................................................................32 
Atividade..................................................................................................................................55 
Unidade 14 – A mídia e sua influência.......................................................................35 
Atividade.................................................................................................................................56 
Unidade 15 – Os ídolos.......................................................................................................37 
Atividade..................................................................................................................................56 
 
 
6 
 
Unidade 16 – Variadas opções sexuais........................................................................38 
Atividade..................................................................................................................................57 
Unidade 17 – Bullying.........................................................................................................40 
Atividade..................................................................................................................................57 
Unidade 18 – Internet.........................................................................................................44 
Atividade..................................................................................................................................58 
Referências bibliográficas....................................................................................................59 
Anexos......................................................................................................................................61 
Manutenção vital....................................................................................................................62 
De graça...................................................................................................................................62 
Eu, Etiqueta.............................................................................................................................63Isso é contigo..........................................................................................................................64 
 
Sucesso......................................................................................................................................65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Unidade 1 - O universo da comunicação 
 
 
Fonte: trocadeideias.wordpress.com 
 
 Por comunicação entendemos a transmissão de informações ou a troca de 
mensagens que se opera de pessoa a pessoa, troca essa que pode efetuar-se por meio da 
linguagem, ou por diversos outros meios. 
 
Mas o que é linguagem? 
 
 Chamamos de linguagem à capacidade que têm os homens de comunicarem-se uns 
com os outros, expressando seus sentimentos e pensamentos por meio da palavra. 
 
 Todos os sistemas de comunicação necessitam de um emissor, de um canal 
condutor, de um receptor e de uma mensagem que é formulada num certo código, ou seja, 
um sistema de símbolos que permite a representação de uma informação. 
 
 O processo de industrialização em escala mundial, verificada no final do século 
XIX, contribuiu para o surgimento da chamada ―Indústria Cultural‖. 
 
Mas o que vem a ser Indústria Cultural? 
 
 Por indústria cultural entendemos a indústria de produtos culturais, aquela que, 
utilizando os meios de comunicação de massa, visa exclusivamente incentivar o consumo 
de seus produtos, com o objetivo de obter cada vez maiores lucros. 
 
 O termo Indústria Cultural é a criação dos filósofos Theodor Adorno (1903 – 
1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973), ambos representantes da chamada Escola de 
Frankfurt. Para tais pensadores, os meios de comunicação de massa transformam tudo em 
artigo de consumo. 
 
 
8 
 
A massificação da cultura 
 
 A ―cultura de massa‖ é resultado do progresso tecnológico, que torna os produtos 
cada vez mais sofisticados. Através dos meios de comunicação de massa (televisão, rádio, 
cd, cinema, jornal, internet etc.), esses produtos conseguem atingir milhões de pessoas, 
despertando nelas o desejo de consumo. 
 
 Daí, concluímos que a indústria cultural procura vender seus produtos a um 
público generalizado, que, de certo modo, acaba consumidor dos mais variados produtos 
que são oferecidos por essa indústria, passando a constituir um importante mercado de 
consumidores em potencial, o qual pode ser chamado de ―sociedade de consumo‖. 
 
 Com o objetivo de estudar a efetiva capacidade de influência dos meios de 
comunicação de massa sobre a sociedade, é que alguns pensadores alemães da chamada 
Escola de Frankfurt, dentre eles Marcuse, Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, entre 
outros, passaram a questionar o poder dominante da chamada indústria cultural. 
 
 Assim, conforme evidencia Adorno, o objetivo primordial da ―indústria cultural‖ é 
vender mercadorias, fazendo propaganda de um mundo ideal, tornando os consumidores 
dependentes e alienados. Por fim, os meios de comunicação de massa passam a ser 
instrumentos de controle e dominação das massas pelas elites dirigentes do Estado, com o 
único objetivo: o de manter a manutenção da sociedade capitalista. 
 
 
 
 
Fonte: folhadoboscque.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Unidade 2 – Sociedade do consumo 
 
 
 
fonte: geo-blog-2.blogspot.com 
 
 
 A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do 
mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são 
normalizados e os padrões de consumo estão massificados. 
 
 O surgimento da sociedade de consumo decorre diretamente do desenvolvimento 
industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milênios de história, levou a 
que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. 
 
 Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no 
mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas 
e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer 
do sistema financeiro. 
Características da sociedade de consumo: 
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes: 
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas 
recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a 
consumir, permitindo-lhes escoar a produção. 
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrica 
baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada 
que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços. 
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de 
consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de 
integração social. 
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, 
descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional). 
 
 
10 
 
 Você já se avaliou em que tipo de consumidor se enquadra? Será um consumidor 
responsável e sadio ou um consumidor alienado? Vejamos bem, no mundo atual é brutal o 
abismo socioeconômico que separa os ricos dos pobres, pois uma pequena parcela de 15% 
da população mundial concentra em suas mãos 80% da renda econômica do Planeta. 
 
 O restante da população enfrenta o drama da fome, da falta de moradia, do 
desemprego, da falta de acesso à saúde e à educação. Assim, enquanto a enorme maioria da 
população não tem o mínimo necessário para sobreviver dignamente, uma minoria pode se 
dar ao prazer de consumir tudo, esbanjando superfluamente. Diante de tal fato, 
percebemos que o consumo pode ser sadio ou alienado. 
 
Mas o que é um consumidor sadio? 
 
 O consumidor sadio é aquele que procura consumir apenas aqueles produtos que 
atendem às suas verdadeiras necessidades. 
 
E o consumidor alienado? 
 
 O consumidor alienado é aquele que se preocupa em comprar rótulos, para 
satisfazer seus desejos e fantasias, que foram inculcados de forma artificial em sua mente. 
Sem se preocupar com a utilidade dos produtos, o consumidor alienado torna-se um 
comprador compulsivo e muitas vezes um ser humano infeliz. 
 
 O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do 
tempo livre destinado ao lazer. A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro, 
filmes, shows, jornais e revistas tal como qualquer mercadoria. 
 
 E o consumidor alienado compra seu sabonete. Consome os ―filmes da moda‖ e 
freqüenta os ―lugares badalados‖ sem um envolvimento autêntico. Agindo desse modo, 
muitos se esforçam e fingem que estão se divertindo, pensam que estão se divertimento, 
querem acreditar que estão se divertindo. 
 
A armadilha do consumismo 
 
 Algo comum que acontece dentro do sistema de consumo, é o excesso de consumo 
que se manifesta como resposta ao apelo da mídia. 
 
 Pessoas comprando produtos dos mais variados tipos e funções, em formas de 
pagamentos cada vez mais facilitadas, favorecendo o endividamento, além de fazer com 
que pessoas iludidas pelas propagandas acumulem itens não prioritários a suas vidas. Cada 
vez mais as propagandas, aliadas à perfeição estética, ao conhecimento da psicologia e ao 
caráter sumamente consumista do sistema capitalista, vêm-se aperfeiçoando na conquista 
de clientes, criando novas necessidades. A ―geração coca-cola‖ e ―a geração Pokémon‖ 
crescem sob o efeito televisivo. 
 
 
11 
 
 A atitude passiva de receber imagens e sons vai construindo nos telespectadores 
um comportamento padronizado, cujo pano de fundo é a busca de coisas materiaispara 
suprir necessidades velhas e novas. Imagine um (tele) espectador com pouco poder crítico 
diante dos estímulos visuais e sonoros da televisão. 
 
 Com certeza esses exercem fascínio, atração e, aos poucos, vão formando um perfil 
consumista na criança e no adolescente, incentivados por apelos imperativos para 
comprar. Um estágio mais avançado do excesso de consumo manifesta-se em uma doença, 
uma anomalia no comportamento de algumas pessoas que passam a consumir 
compulsivamente, a Ovniomania ocorre com cada vez mais frequência, pessoas que não 
resistem ao apelo das propagandas e consomem para se satisfazer, o consumo age como 
uma droga. Assim como no alcoolismo, a doença deve ser tratada em centros de apoio. 
 
 
 
 
Fonte: finalsports.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Unidade 3 – A adolescência I 
 
 
Fonte: adolescencia.org.br 
 
 A adolescência é uma etapa da vida recheada de transformações físicas e 
psicológicas, decorrentes da puberdade. Puberdade é um período em que o corpo passa 
por várias mudanças biológicas, tornando o indivíduo apto para a reprodução. 
 
 O início da puberdade está diretamente relacionado à atuação de certos hormônios 
(substâncias químicas produzidas por determinadas glândulas que, liberadas na corrente 
sangüínea, provocam efeitos específicos no corpo). 
 
 Esses hormônios são o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo 
estimulante), que atuam sobre as gônadas, promovendo o seu desenvolvimento. São, por 
isso, chamados gonadotrofinas. 
 
Nas meninas 
 
 Ambas as gonadotrofinas (FHS e LH) atuam no ovário da seguinte forma: 
 FSH – estimula o desenvolvimento do folículo ovariano para a ovulação. 
 LH - responsável pelo rompimento do folículo maduro e pela liberação do 
ovócito na ovulação. 
 
São os folículos ovarianos os responsáveis pelo desenvolvimento do gameta 
feminino (óvulo). A formação dos folículos ovarianos se dá no útero materno, por volta do 
terceiro mês de vida intra-uterina da menina. 
 
No sétimo mês de gestação, os folículos chegam a aproximadamente seis milhões, 
sendo que ao nascer a menina apresenta apenas um milhão de folículos nos seus ovários, 
pois muitos se degeneram nos dois últimos meses antes do nascimento. A degeneração 
dos folículos continua pela vida da menina, que ao chegar à puberdade, apresenta entre 
300 mil e 400 mil folículos. 
 
 Na puberdade, os folículos começam a amadurecer, por causa do estímulo dos 
hormônios liberados pela hipófise, ocorrendo a ovulação. 
 
 
 
13 
 
 
Hormônios sexuais femininos 
 
 A ovulação é um processo que ocorre todos os meses a partir da puberdade, no 
qual um dos ovários libera o óvulo. Para que o óvulo seja liberado, aproximadamente 12 
folículos entram em atividade, mas apenas um geralmente termina o desenvolvimento, 
passando a ser chamado de óvulo. 
 
Nos meninos 
 
 As gonadotrofinas FSH e LH atuam sobre os testículos, estimulando a produção 
do hormônio sexual testosterona, produzido pelas células intersticiais do testículo, 
também conhecidas como células de Leyding. Diferentemente das meninas, as células 
sexuais masculinas – espermatozóides – só começam a ser produzidas pelos testículos a 
partir da puberdade. 
 
 As transformações físicas que ocorrem no corpo da menina e do menino no período 
da puberdade são denominadas caracteres sexuais secundários. Estão intimamente 
ligadas à estimulação dos hormônios sexuais. 
 
Fonte: clinotavora.planetaclix.pt 
 
 
 
 
 Os hormônios sexuais femininos produzidos pelos ovários são a progesterona e o 
estrógeno. 
 O estrógeno é o hormônio que determina o desenvolvimento dos caracteres 
sexuais secundários femininos, tais como: 
 Desenvolvimento das mamas, que geralmente é o ponto de maior preocupação 
das meninas, por ser a parte que demonstra a transformação de seu corpo de 
menina em mulher; 
 Mudança da forma do corpo, que se torna mais arredondado por causa do 
alargamento dos quadris e do depósito de tecido adiposo (gordura) em torno 
das nádegas e coxas; 
 
 
14 
 
Hormônios sexuais masculinos 
 
 Aparecimento dos pêlos pubianos, que se distribuem de forma triangular na 
região pubiana; 
 Pêlos nas axilas, que aparecem depois do desenvolvimento das mamas. 
 
 A progesterona é o hormônio que completa o desenvolvimento da mucosa uterina, 
preparando o organismo feminino para uma eventual gravidez e criando condições para a 
fixação e o desenvolvimento do embrião. 
 
 Outra característica que evidencia a puberdade das meninas é a vinda da menarca 
(primeira menstruação), que se repete, a partir de então, todos os meses, em ciclos de 
aproximadamente 28 dias, durante toda a vida fértil da mulher. 
 
 
 
 
 
 O principal hormônio sexual masculino – a testosterona – é produzido pelo 
testículo. A testosterona, na puberdade, determina o aumento do pênis, dos testículos (que 
ficam maiores) e da bolsa escrotal (mais baixa e alongada). 
 
 Além disso, a testosterona induz o desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários, tais como: 
 Crescimento corporal acelerado, que torna o corpo desengonçado; 
 Aparecimento da barba e pêlos corporais; 
 Desenvolvimento da musculatura; 
 Mudança do timbre da voz, que se torna mais grave, por causa do 
espaçamento das cordas vocais. 
 
 A produção dos gametas sexuais masculinos – espermatozóide – inicia-se na 
puberdade, com a sua formação nos túbulos seminíferos dos testículos, ao contrário do 
que ocorre com as meninas, cujos gametas sexuais femininos se iniciam com sua 
formação durante o desenvolvimento embrionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Unidade 4 – A adolescência II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando criança, geralmente só somos levados ao médico se alguma coisa está 
errada. Agora que você mesmo é responsável pela sua saúde, é importantíssimo procurar 
um especialista, sem medo. Decidir sobre a primeira visita ao ginecologista (médico que 
cuida do aparelho reprodutor das mulheres), ao urologista (médico que cuida do aparelho 
reprodutor masculino e urinário) ou a hebiatra (médico especialista em adolescentes) 
depende muito mais de sua maturidade emocional do que da maturidade física. 
 A consulta é um direito seu para orientar, reforçar a auto-estima e valorizar o 
corpo como ele é. No consultório você pode tirar dúvidas sobre menstruação, cólica, 
higiene e pedir indicação sobre um anticoncepcional. A pílula da sua amiga pode não 
servir para você. Somente o ginecologista pode fazer a prescrição. 
 Os meninos não costumam consultar um especialista para cuidar de sua saúde 
reprodutiva. Na falta do hebiatra, é importante consultar um urologista para checar a 
vacinação; informa-se sobre o aumento das mamas, algo possível de acontecer; se precisa 
fazer operação de fimose – ajuste na glande (cabeça do pênis) para facilitar a higiene, a 
saída da urina e a ejaculação; como cuidar da higiene; como se prevenir ou tratar as 
doenças sexualmente transmissíveis; como utilizar os métodos anticoncepcionais, 
incluindo a camisinha. Que o homem é responsável por isso ninguém duvida. 
 Afinal, ele está no seu período fértil a todo instante. Um dia, sem mais nem menos, 
ao olhar-se no espelho, você percebe que algo estranho apareceu em seu rosto: uma 
bolinha vermelha com uma pontinha amarelada, que dói muito ao ser tocada. 
 Esta é apenas o início de uma série que vai deixá-lo (a) com ―cara de adolescente‖, 
por causa do aparecimento da acne, conhecida popularmente como ―espinha‖. 
 Na adolescência, os hormôniossexuais atuam em diferentes regiões do organismo, 
dentre elas as glândulas sebáceas. 
 
Fonte: newsmatic.e-pol.com.ar 
 
 
16 
 
 As glândulas sebáceas, distribuídas pelo corpo, têm a função de produzir o sebo 
(gordura), que, em condições normais, protege e lubrifica a pele. 
 Durante a adolescência, por causa do desequilíbrio dos hormônios sexuais, essas 
glândulas, principalmente as do rosto, pescoço e costas, secretam o sebo em excesso, que 
se acumula no interior dos poros, provocando o ―cravo‖. 
 Por apresentar gordura, o cravo torna-se um ambiente propício à proliferação de 
bactérias, que utilizam o sebo como ambiente. As bactérias, como todo corpo estranho no 
organismo, são destruídas pelas células de defesa. 
 Durante a batalha imunológica, muitas células de defesa morrem, formam o pus, 
que se deposita no interior do poro, produzindo a espinha. Muitos adolescentes costumam 
espremer espinha ou usar receitas e simpatias caseiras para tratar da acne, o que é 
desaconselhado pelos médicos, pois pode desencadear uma infecção. 
 Caso você esteja se sentindo incomodado (a) com seus cravos e espinhas, procure a 
orientação de um dermatologista. Mas não se preocupe, pois com o tempo, em virtude do 
equilíbrio dos hormônios no organismo, a acne desaparece. É só ter paciência! 
 
 
 
Fonte: mildreaira.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Unidade 5 – O mundo dos adolescentes 
 Você já ouviu alguém falar: ―Ah… ele está 
na fase da ―aborrecência‖?‖ E você já se sente 
adolescente? Segundo a Organização Mundial de 
Saúde, a adolescência é a fase entre os 10 anos até 
os 19 anos. É uma fase de mudanças e descobertas. 
 O seu corpo está crescendo e ficando 
diferente. As suas emoções estão a mil! Um dia 
você se sente o máximo, depois se sente a pior das 
criaturas. É assim mesmo. É nesta fase que você 
descobre quem você realmente é. 
 Começa a gostar de coisas que não gostava antes e a achar horrível aquilo que, há 
um ano atrás, era maravilhoso! Na adolescência, você descobre a sua ―turma de amigos,‖ a 
sua ―tribo‖ e vê que os Pais não são mais aquela companhia para tudo. Embora, lembre-se 
que os seus Pais são os seus melhores conselheiros! Você vai querer mudar o mundo, vai 
se inconformar com as injustiças, vai gostar do novo… vai criar uma identidade própria. 
 Por isso, curta essa fase maravilhosa! Ela não voltará mais. Descubra-se! Mas fique 
longe das drogas, do álcool, seja responsável! O adolescente acaba entrando em furadas, 
quando se sente o todo poderoso. No melhor estilo: ―Não vai acontecer comigo!‖ Mas 
acontece. Gravidez indesejada, envolvimento com drogas, acidentes pelo uso de bebida 
alcoólica,… são alguns dos perigos que estão em seu caminho. Cuide-se, seja responsável 
consigo e com os outros, e , descubra a vida que tem pela frente ! 
O dia-a-dia do adolescente 
 Nada como saber que hoje é sexta-feira, pra ficar à toa mesmo, sem exercícios de 
Física ou de Português, sem trabalho de escola. O dia é de fazer só coisa legal, ficar na rua 
o dia inteiro e, quem sabe, curtir o show da banda preferida, andar de skate ou de patins. 
 Porque hoje é sexta-feira, também dá vontade de pintar o cabelo de rosa ou todas 
as unhas dos pés e das mãos com flores, besouros, pegadas dos dálmatas ou ficar horas no 
telefone conversando sobre nada. Porque hoje é sexta-feira dá pra assistir a especiais na 
MTV ou trancar a porta do quarto com o som do Led Zepellin na maior altura. 
 Dá também pra andar de bicicleta até suar. E, quem sabe, sonhar em montar mais 
uma banda, agora com outra turma e em outro lugar. E ficar de bobeira, pensando na vida 
por horas a fio. Porque hoje é sexta-feira, dá pra fazer um som, qualquer um, com a 
guitarra. Tocar só de ouvido, com o amplificador ligado nas últimas. 
 Dá também para comer, comer e comer pizzas, sanduíches aos montes, lata de 
sorvete, todos os refrigerantes da geladeira ou, quem sabe, beijar a noite inteira, assistir 
ao filme mais que de horror ―Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão no verão passado‖, 
pela milésima vez. Vale qualquer coisa pra levantar esse astral, até não fazer nada. 
 
 
 
Fonte: tareasdirigidasalamano.blogspot.com 
 
 
18 
 
Unidade 6 – Estética 
 Estética é a área da filosofia que estuda 
racionalmente o belo – aquilo que desperta a emoção 
por meio da contemplação – e o sentimento que ele 
suscita nos homens. A palavra estética vem do grego 
aesthesis, que significa conhecimento sensorial ou 
sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão 
Alexander Gottlieb Baumgarten (1714 – 1762) para 
nomear o estudo das obras de arte como criação da 
sensibilidade, tendo por finalidade o belo. 
 Beleza tem sido objeto de estudo ao longo de 
toda a história da filosofia. A estética enquanto disciplina filosófica surgiu na antiga 
Grécia, como uma reflexão sobre as manifestações do belo natural e o belo artístico. 
 O aparecimento desta reflexão sistemática é inseparável da vida cultural das 
cidades gregas, onde era atribuída uma enorme importância aos espaços públicos, ao livre 
debate de idéias. Os poetas, arquitetos, dramaturgos e escultores desfrutavam de um 
grande reconhecimento social. 
Ideal de Beleza 
 Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? O 
belo é identificado com o bem, com a verdade e a perfeição. A beleza existe em si, separada 
do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia 
suprema de beleza. Neste sentido criticou a arte que se limitava a "copiar" a natureza, o 
mundo sensível, afastando assim o homem da beleza que reside no mundo das idéias. 
 As obras de arte deviam seguir a razão, procurando atingir tipos ideais, 
desprezando os traços individuais das pessoas e a manifestação das suas emoções. Platão 
ligou a arte à beleza. 
 Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. O belo não 
pode ser desligado do homem, está em nós. Separa, todavia a beleza da arte. Muitas vezes 
a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da criação 
artística. Aristóteles distingue dois tipos de artes: 
 
 a) as que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza. 
 
 b) As que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível, 
irracional, inverossímil. 
 O que confere a beleza a uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma 
justa medida. Aristóteles associou a arte à imitação da natureza. 
 As ideias de Platão e Aristóteles tiveram uma larga influência nas ideias estéticas 
da arte ocidental. Aproximadamente aos 15 anos, seu corpo alcança a maturidade 
biológica. Sua característica física dependerá da sua herança genética, da sua nutrição e 
dos exercícios físicos que pratica. 
Fonte: mundodastribos.com 
 
 
19 
 
 No mundo atual, os meios de comunicação e os grupos sociais impõem um padrão 
de beleza e atributos físicos, levando à busca de uma identificação com os modelos que 
nem sempre são os ideais para o jeito de ser do adolescente, O importante é que você não 
se deixe influenciar, criando expectativas, angústias e sofrimentos. 
 Em virtude das mudanças ocorridas em seu corpo durante a puberdade, a 
preocupação de muitos adolescentes passa a se referir à forma física. 
 Tentando imitar os ditos padrões de beleza divulgados pela mídia, as meninas, 
principalmente, tomam como referencial o corpo magro e esguio das modelos. Em busca 
das medidas ―ideais‖, a jovem submete-se a dietas, verdadeiros sacrifícios alimentares, o 
que pode desencadear distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia nervosa. 
 A bulimia consiste na ingestão de grandes quantidades de comida em um curto 
espaço de tempo. Mas a mulher preocupada em perder peso provoca vômito outoma 
laxante para eliminar o alimento ingerido na refeição, causando risco à saúde. 
 A anorexia nervosa constitui um distúrbio segundo o qual a mulher 
deliberadamente não se alimenta ou, quando muito, come pouquíssimo, chegando a passar 
fome por vontade própria. Esse distúrbio, geralmente, inicia-se na adolescência, por causa 
da fixação pelo corpo ―perfeito‖. Por mais que esteja magra e com a saúde debilitada, a 
mulher apresenta resistência ao tratamento, não tendo consciência da gravidade do 
problema, com receio de ganhar peso. Esses dois distúrbios acometem jovens em todo o 
mundo. O tratamento consiste no acompanhamento psicológico associado a uma 
alimentação balanceada. Se não for tratado, o distúrbio pode levar à morte. 
 Alguns adolescentes, ansiosos por resultados imediatos, cedem aos esteróides 
anabolizantes. Os anabolizantes, conhecidos popularmente como ―bombas‖, são hormônios 
utilizados para aumentar a massa muscular rapidamente. 
 A falta de conhecimento e o empenho pelo corpo ―definido‖ levam a um consumo 
exagerado dos anabolizantes, podendo acarretar dependência química e efeitos colaterais, 
como: 
 Diminuição do tamanho dos testículos; 
 Impotência; 
 Infertilidade; 
 Perda de cabelos (calvície); 
 Hipertensão 
 Problemas no fígado, podendo desenvolver tumores; 
 Aumento dos cravos e espinhas; 
 Aumento da agressividade. 
 Muitas vezes, o uso indiscriminado de anabolizantes ocasiona debilitação da saúde, 
provocando até a morte. 
 
 
 
20 
 
Unidade 7 – O diálogo entre pais e filhos 
 
Fonte: midnightshards.blogspot.com 
 Os pais muitas vezes se sentem inseguros porque a tarefa de educar um filho não é 
fácil. Em geral, eles desejam o melhor para os filhos, mas a sua função muitas vezes é 
colocar limites e fazer respeitar regras. E isso é uma coisa que o adolescente não gosta. 
Ele está na fase de buscar a sua individualidade, e quer ser livre. 
 Esse choque de gerações é que causa a maioria dos conflitos entre pais e filhos. Às 
vezes parece até que não falam a mesma língua. Até a linguagem do jovem é diferente 
mesmo, cheia de gírias. Muitas vezes os pais não entendem como os jovens conseguem se 
entender nessa linguagem estranha, onde um monossílabo tem vários significados e pode 
dizer uma porção de coisas diferentes. 
 No entanto, até duas pessoas que não falam a mesma língua, porque são de países 
diferentes, podem se entender. Existe uma linguagem universal que é a do olhar, do gesto, 
do corpo, do sorriso; o verbal é só uma parte. 
 Com o jovem e seus pais acontece a mesma coisa. Apesar das gírias que mudam 
rapidamente e cujo significado os pais não entendem, a ―linguagem universal‖ que é a do 
gesto, do toque, do abraço, do sorriso, também expressa sentimentos e pode aproximar as 
pessoas. É importante que o jovem compreenda que a dificuldade de se aproximar não é só 
dele. Os pais também se sentem meio perdidos, sem conseguir fazer contato com os filhos. 
 Existem algumas atitudes que são muito importantes para facilitar a comunicação, 
não só entre pais e filhos, mas entre as pessoas de modo geral. A primeira delas é sermos 
verdadeiros e espontâneos ao expressarmos nossos sentimentos. 
 Ao invés de reagir com o silêncio, com cara feia, devemos falar aquilo que estamos 
sentindo, tanto em relação ao que nos agrada como ao que nos desagrada nas diversas 
situações. Outra coisa importante é a assertividade. 
 A pessoa assertiva defende os seus direitos e coloca seus limites sem agredir nem 
ofender o outro. Isso é muito importante, porque muitas vezes o que ofende não é o que 
dizemos, mas como dizemos as coisas. Podemos falar para as pessoas que não gostamos de 
 
 
21 
 
sua atitude ou que estamos magoados ou zangados, sem sermos agressivos. Não é uma 
coisa fácil, mas quando aprendemos a nos comunicar assim, o diálogo melhora e os 
conflitos diminuem. Às vezes os pais superprotegem o filho ou proíbem determinadas 
coisas por medo dos riscos que ele possa correr. 
 Se o jovem for capaz de demonstrar aos pais que podem confiar nele, através de 
palavras e de atitudes, com certeza os pais ficarão mais tranqüilos e poderão ser mais 
permissivos. Uma coisa que facilita muito o diálogo na família é o bom humor. 
 Famílias que se comportam de forma lúdica, que sabem rir e se divertem juntas, 
que brincam e fazem piadas, são mais saudáveis, as pessoas se estressam menos e se 
tornam mais próximas. A brincadeira facilita o diálogo, quebra o gelo e torna o ―clima‖ 
mais descontraído. Geralmente quando duas pessoas estão em conflito, cada uma se apega 
ao seu ponto de vista. É muito difícil sair da nossa posição e tentar inverter o papel com o 
outro para ver como ele se sente na situação. 
 Segundo J. L. Moreno, um médico romeno que criou o Psicodrama e a Psicoterapia 
de Grupo seria possível mudar a sociedade inteira se as pessoas fossem capazes de fazer 
esse simples exercício de ―inversão de papéis‖. 
 Para Moreno, essa atitude facilitaria o verdadeiro ―encontro‖ entre as pessoas e 
diminuiria o conflito nas relações humanas. 
 Ele escreveu uma poesia sobre isso, e num dos seus trechos diz assim: ―...então 
arrancarei meus olhos e os colocarei no lugar dos teus, e tu arrancarás teus olhos e os 
colocarás no lugar dos meus. E eu te verei com os teus olhos, e tu me verás com os meus‖. 
 Se entre pais e filhos houver um movimento assim, de se colocar no lugar do outro, 
sem dúvida, a compreensão aumentará muito e o diálogo verdadeiro se tornará possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 8 – Corpo e mente em sintonia 
 
Fonte: paullysantos.blogspot.com 
 
 O nosso corpo é uma bela e complexa máquina. Para que funcione perfeitamente, 
temos de cuidar do corpo e da mente, com uma alimentação saudável, com a prática de 
exercício físico e com boa higiene. A mente também precisa de seus ―alimentos‖. 
 As emoções e os sentimentos realizam um importante papel, proporcionando bem-
estar. É fundamental para a saúde, na sua totalidade, que saibamos lidar com as tristezas e 
as alegrias que nos acompanham pela vida. 
 Pessoas com maior facilidade para expressar seus sentimentos correm menos 
riscos de ―somatizar‖ as pressões diárias e estarão menos propícias a estresse e a doenças. 
 A harmonia entre corpo e mente inicia-se ainda quando se está no útero da mãe. 
Os sentimentos de amor, tranqüilidade e segurança são passados para o bebê. 
 Nos dois primeiros anos de vida, toda demonstração de afeto transforma-se em 
base para o desenvolvimento da afetividade, assim como a formação da personalidade. 
Sendo que o corpo e mente, juntos, é que fazem nossa bela máquina funcionar, podendo 
parar se os dois não estiverem em perfeita sintonia. 
Como manter o equilíbrio e a saúde 
 Mantenha uma alimentação saudável e balanceada, rica em fibras e grãos. 
Evite as comidas muito gordurosas. 
 Pratique atividades físicas regulares. Os exercícios estimulam a liberação de 
endorfinas, substâncias produzidas no cérebro e que atuam em todo o 
organismo, por exemplo, melhorando as defesas ou favorecendo a sensação de 
prazer. 
 Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas, pois são capazes de interferir no 
funcionamento do sistema nervoso central. 
 É importante descobrir as situações que o deixam mais cansado (a), 
descontente ou estressado (a), e evitá-las. 
 
 
23 
 
 O estresse pode contribuir para desencadear quadros de depressão e ainda 
abalar o sistema de defesa do organismo, favorecendo infecções e a instalação 
de doenças. 
 Não se isole e invista nas relações pessoais. O diálogo é geralmente a melhor 
opção na família, no romance e também no trabalho. 
 Não tente fazer tudo de uma sóvez, solucionar todos os problemas, nem 
assumir responsabilidades além da conta. Respeite seus limites, mas sem se 
acomodar. 
 Planeje-se e tente abrir espaço nas tarefas diárias para se cuidar. Atividades de 
relaxamento também ajudam a dar vazão às tensões. 
 Se notar sinais de estresse ou depressão, procure ajuda profissional para evitar 
que o problema se agrave e comprometa ainda mais a sua qualidade. 
 
 Os alimentos são essenciais à manutenção de sua vida. Eles são os responsáveis 
pelo fornecimento da energia necessária a todas as suas atividades diárias. 
 A energia proveniente de sua alimentação possibilita também o seu crescimento, a 
renovação dos seus tecidos e a regulação do funcionamento dos seus órgãos. 
 Cada pessoa tem uma quantidade ideal de energia para consumir num dia. Essa 
quantidade varia de acordo com o tipo de atividade física, o sexo e a idade. 
 Quando uma pessoa ingere mais calorias do que ela gasta em suas atividades 
diárias, ela engorda. Normalmente, os alimentos ingeridos em excesso, como doces, pães e 
massas em geral, produzem glicose ao serem metabolizados no organismo. 
 Se o organismo não consegue consumir toda a glicose, ele transforma o excesso em 
gordura, e a pessoa engorda. 
 Uma boa alimentação requer a combinação de uma série de nutrientes para que o 
organismo possa desempenhar bem as diferentes funções. Esses nutrientes são: as 
proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, além de água. 
 As proteínas e os sais minerais são responsáveis pela construção e renovação dos 
tecidos, como pele, músculo e nervos. Os carboidratos e as gorduras fornecem a energia 
para as atividades diárias. As vitaminas são responsáveis pela regulagem do 
funcionamento de diferentes órgãos do corpo humano. 
 A água é uma substância também de grande importância para o ser vivo, pois 
possui a capacidade de dissolver outras substâncias, formando soluções que serão 
transportadas pelo organismo. Após serem ingeridos, os alimentos são desdobrados em 
substâncias mais simples, pelo processo de digestão, e levados para as células, através da 
circulação sangüínea, onde são metabolizados. 
 
 
 
 
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Unidade 9 – A maioridade 
 
 
Fonte: magnoivo.blogspot.com 
 A maioridade é sem dúvida um tema complexo, polêmico e delicado no mundo 
todo. Como todo tema polêmico ele está recheado de divergentes pontos de vista, de 
interpretações simplistas e até mesmo equivocadas. 
 Todo jovem sonha atingir sua maioridade, aquela que lhe proporcionará a 
possibilidade de maior liberdade e independência. Associados a liberdade de ir e vir 
existem logicamente os deveres e obrigações decorrentes dessa fase, e está tudo incluído 
no pacote. É muito diferente a forma como os vários países do mundo tratam a questão da 
maioridade. A maioridade afeta vários segmentos de nossa vida: emocional, profissional e 
sexual. O que tem então o sexo a ver com a maioridade? 
 Na maioria dos países, é ilegal manter relações sexuais até se atingir a maioridade. 
No Brasil, é ilegal um homem adulto manter relações sexuais com garotas menores de 
idade, mas as garotas menores de idade não podem ser processadas por manterem relação 
sexual com um rapaz de menor idade. 
 Veja no quadro abaixo alguns países e suas respectivas idades da maioridade: 
 
PAÍS 
IDADE DA 
MAIORIDADE 
Argentina 16 
Austrália (N – SO) 16 
Austrália 17 
Brasil 18 
Bolívia 10 
Canadá 14 
China Nenhuma lei 
Costa Rica 17 
França 16 
Nova Zelândia 16 
Suécia 15 
Tailândia 13 
Grã-Bretanha 16 
EUA (New York) 17 
 
 
25 
 
 Durante a infância, essa pergunta é uma constante: O que quero ser quando 
crescer? A escolha, quase sempre, recai sobre uma profissão que traga divertimento, como 
jogador de futebol, bailarina, etc., ou sobre a profissão dos pais, da mãe ou de uma pessoa 
próxima. Isso ocorre porque espelhamos o desejo de ser como eles. 
 Ainda na infância, os pais gostam de fazer escolhas com relação ao futuro dos 
filhos, muitas vezes tentando realizar sonhos que não conseguiram colocar em prática. 
 Mas o tempo passa, eles crescem e chega o momento da escolha que geralmente 
ocorre no ensino médio, por causa da preparação para o vestibular. 
 A preferência por uma profissão não é decisão fácil. Muitos são os fatores que 
influenciam a opção: 
 Aptidão por determinada área; 
 Incentivo da família; 
 Oferta de trabalho; 
 Retorno financeiro; 
 Status; 
 Idéias. 
 
 Nessa ocasião decisiva necessita o jovem necessita olhar para dentro de si e 
perguntar, questionar, tentar saber quem é e o que gostaria de ser. 
 Torna-se fundamental conhecer a carreira pela qual está optando, visitando 
instituições de ensino que administram o curso para informar sobre o curso que ele 
escolheu, as especialidades, as possibilidades do mercado, conversar com profissionais que 
já atuam na área e visitar o local onde trabalham. 
 Mas, mesmo se com todas as informações obtidas ainda houver dúvidas, procure 
ajuda de um orientador profissional. Muitas vezes a escolha realizada não agrada os pais, 
principalmente quando se trata d uma profissão não convencional como ator (atriz). 
 Mas um bom diálogo expondo o porquê da escolha é uma realização que tal 
profissão vai exercer sobre sua vida pode contribuir para que seus pais entendam a sua 
preferência. Depois da certeza do que se quer ser, é somente preparar para o futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 10 – Gravidez na adolescência 
 
 
Fonte: gravidezinformativaufrj.blogspot.com 
 Não existe nada mais belo, emocionante, perfeito do que a vida. 
 Realmente é um evento mágico! Pensando nesse sonho de gerar uma vida, muitas 
adolescentes engravidam. Mas, a maioria não percebem as conseqüências provenientes da 
gestação nessa fase. A falta de informação e de acesso aos métodos contraceptivos, os 
mitos, a insegurança, a falta de instrução e o desajuste familiar são alguns dos fatores que 
contribuem para o aumento da gravidez não planejada entre os jovens. 
 Quando a gravidez se torna um fato, muitas se sentem perdidas, angustiadas, com 
medo da família. O namorado, que até então era o príncipe encantado, fica assustado com 
o excesso de responsabilidade e toma atitude como negar a paternidade e até sugerir o 
aborto. Somente uma pequena parcela realmente assume as obrigações de pai. 
 A gravidez precoce pode ser um grande complicador para a vida das adolescentes, 
gerando problemas como desnutrição, anemia, hipertensão específica da gravidez, 
trabalho de parto prematuro, infecções, etc. 
 Existe risco também para os bebês, como o baixo peso, prematuridade, risco de 
mortalidade maior que dos filhos de mães mais velhas. 
 Apesar do aumento do número de adolescentes que procuram os consultórios 
ginecológicos para se orientarem, é comum existir um retardo no início do pré-natal 
devido ao diagnóstico tardio da gravidez, provocado pelo medo da opinião das familiares, 
pela negação à gravidez, o desconhecimento sobre o que fazer e a incerteza sobre aborto 
ou deixar ―evoluir‖. A gravidez precoce acarreta também problemas na área escolar e de 
capacitação profissional, levando as adolescentes a abandonar os estudos e /ou o trabalho 
para cuidar dos filhos. Quando deparamos com algumas adolescentes grávidas, 
comumente nos enchemos de espanto e de observações negativas: ―como pôde ser tão 
boba?‖ ―será que não conhece os métodos contraceptivos?‖ ―grávida!? Nos dias de hoje?‖. 
 O que estamos fazendo é repetir um discurso machista, no qual a responsabilidade 
da gravidez é só da parte feminina, em que o homem se torna inseto das conseqüências de 
seus atos. A verdade é que essa postura dificulta a participação masculinana gravidez. 
 
 
27 
 
 Nesse momento de insegurança, alguns jovens pressionam as namoradas para 
fazer um aborto, ou as abandonam alegando que o filho não é dele. 
 Outros rapazes acreditam que, ao se tornarem pais, estão ganhando em 
respeitabilidade e responsabilidade, principalmente em relação aos seus pais. 
 Assumir, porém, a paternidade não é só registrar a criança, é também assumir a 
função de pai; é se tornar responsável pela vida que se inicia. 
 Ter um filho não é fácil, principalmente quando se é adolescente, o jovem terá de 
modificar e reestruturar a vida por completo a fim de ajudar a cuidar de uma criança. 
 Para aqueles que assumem a paternidade de fato, o caminho pode não ser tão 
simples, mas com certeza será compensador. 
 Por isso se você não se sente realmente maduro, pronto para assumir uma 
paternidade previna-se e tome consciência de seus atos. 
 Hoje, há uma variedade de métodos anticoncepcionais à disposição do mercado, 
permitindo à mulher escolher o melhor momento da sua vida. 
 Mas, mesmo com tantos recursos, o número de adolescentes grávidas é 
surpreendente. 
 Estas são algumas causas para a ocorrência da gravidez precoce: 
 O pensamento mágico de que não acontece com elas, mas apenas com os outros. 
 A influência das amigas e da mídia. 
 O medo de encarar a própria sexualidade, o que a leva a não se prevenir, deixando 
por conta do acaso a primeira relação sexual. 
 O desconhecimento do uso dos métodos contraceptivos. 
 A falta de conhecimento do próprio corpo, o que pode explicar, em parte, a não-
utilização ou a utilização incorreta dos métodos contraceptivos. 
 A falta de orientação médica para a escolha do melhor contraceptivo. 
 O constrangimento em não assumir o relacionamento sexual diante da família e 
amigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 11 – O aborto 
 
Fonte: jovensaprendizesnainternet.blogspot.com 
 A realidade do aborto no Brasil e no mundo assusta a todos e gera polêmica. 
 As discussões acerca do problema aumentam na mesma proporção que os números 
estatísticos, que não passam de estimativas, já que os números oficiais, aqueles fornecidos 
pelo SUS, são referentes a abortos com complicações, que necessitam de internação 
posterior para curetagem e outros procedimentos. 
 As mulheres que procuram o SUS são aquelas de renda mais baixa, que, às vezes 
discriminadas nos próprios hospitais, sofrem pelo preconceito, o que pode contribuir para 
seqüelas psicológicas. Os abortos praticados nas clínicas clandestinas especializadas 
atendem à classe mais favorecida da sociedade, que paga caro, mas não tem nenhum apoio 
em caso de complicações. Enquanto alguns grupos o defendem alegando que o corpo é da 
mulher e lhe cabe o direito de escolha, outros grupos o reprovam justificando que desde a 
concepção temos uma vida, e o aborto é assim, considerado assassinato. 
 Todos entendem que o problema do aborto é muito maior do que estabelecer a sua 
legitimidade e muito mais grave do que debate de idéias. 
 No centro da polêmica, os religiosos exprimem a sua opinião. Os evangélicos, os 
católicos, os espíritas, os judeus, e outros são categoricamente contra o aborto e só o 
aceitam quando existe risco de vida para a mãe. Os políticos, com seus argumentos, 
tentam aprovar projetos que amenizem os riscos do aborto decorrente de estupro. 
 A classe médica tente incentivar a anticoncepção de emergência para que , em caso 
de estupro ou relação desprotegida, não ocorra a gravidez. 
 De todos os argumentos, o que mais pesa é o social. O Brasil não tem estrutura de 
apoio às mães adolescentes e/ou carentes. Com isso, a maternidade não planejada aumenta 
os problemas sociais do país. Torna-se um círculo vicioso, no qual as crianças mal 
assistida torna-se adolescente sem orientação e mãe prematura. 
 O único consenso entre os grupos é a necessidade da política de orientação sexual 
para os jovens. 
 
 
29 
 
 Os projetos e as discussões sobre o aborto não encerram o assunto tão facilmente. 
Falar sobre o aborto é mexer nas estruturas culturais e morais de toda a sociedade. 
 Uma gravidez não planejada muitas vezes leva as mulheres a provocarem o aborto. 
Esse procedimento pode colocar em risco a vida da mulher. 
 Muitos adolescentes abortam tomando medicamentos, chás caseiros ou 
introduzindo objetos na vagina. 
 Outra opção bastante comum é recorrer a clínicas clandestinas, onde o preço varia, 
como também variam o atendimento, a qualificação dos profissionais, a higiene, os 
cuidados médicos. Muitas realizam o aborto por meio de um tipo de cirurgia em que o 
embrião é retirado por sucção ou curetagem. 
 Muitas mulheres são internadas anualmente com complicações decorrentes de 
aborto clandestino. Um aborto pode provocas hemorragia, infecções, esterilidade e até a 
morte. No Brasil, o aborto é proibido por lei à exceção de quando a gravidez é fruto de 
estupro ou oferece risco de vida para a mãe. 
 Mesmo assim, estima-se que o número de adolescentes que praticam o aborto 
ilegal no Brasil é muito alto. Para os abortos previstos em lei, existem atualmente alguns 
hospitais que participam do programa aborto legal. 
 Estes serviços existem há dez anos, e a maioria foram criados a partir da luta dos 
movimentos feministas ou pela sensibilidade das direções dos hospitais. 
 O aborto também gera repercussões psíquicas, além de possíveis conseqüências 
físicas. Estas seqüelas são diferentes de acordo com o tempo de gravidez decorrida. 
 A informação é a melhor forma de conscientizar sobre as conseqüências do aborto 
na vida do casal, deixando claro que o aborto é uma intervenção, e não um método 
contraceptivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 12 – Família 
 
Fonte: fotosdahora.com.br 
 Na pré-história, a família constituía um grupo no qual a autoridade religiosa e civil 
era exercida por um líder. No final do período paleolítico, as organizações grupais eram 
matriarcais, isto é, lideradas por mulheres. Isso porque os homens passavam grande parte 
do tempo caçando, o que os afastava do grupo. Já no período neolítico, com o 
desenvolvimento da agricultura e com a domesticação de animais, os grupos passaram a 
ser dirigidos por homens, tornando-se patriarcais. Caminhando um pouco mais na linha 
da História, chegamos à Roma antiga com um interessante conceito sobre família. 
 Entre os antigos romanos, o conceito de família referia-se à ―reunião de escravos, 
de criados que pertenciam a um só indivíduo ou serviço público‖ (LELLO & LELLO). 
Esse conceito alterou-se no decorrer dos tempos históricos. Tornou-se mais íntimo, mais 
direcionado e mais próximo dos conceitos da atualidade. 
 A família tem sido, no decorrer da história da humanidade, a célula-mãe da 
sociedade, aquela que prepara os indivíduos para conviver em grupo, exercendo influência 
na sua formação. Esse grupo primário importantíssimo antecede a criação do Estado. 
 Sendo anterior ao Estado, são dela as funções de procriação e educação. 
 Podemos afirmar que o conceito de família transformou-se, mas não é certo dizer 
que perdeu suas funções. Mesmo com as mudanças ocorridas, as funções dessa unidade, 
que pode até mesmo ser auto-suficiente, não podem nem devem ser delegadas ao Estado. 
Ao contrário, é ela que prepara o futuro do Estado e da sociedade civil. 
 Quando duas pessoas sem parentescos e consangüinidade decidem unir-se de 
maneira duradoura em um relacionamento sociosexual com o objetivo de criar filhos, 
gerando direitos e responsabilidades, estabelecem, então, uma família nuclear. 
 A partir da união inicial, os parceiros precisam adaptar-se um ao outro, moldando 
comportamentos e criando vínculosao longo da vida. Com o nascimento dos filhos, novas 
adaptações ocorrem. E essa é mais uma etapa no processo de reconhecimento dessa união 
que é reafirmada pelas diversas instituições, Por exemplo, a religião. 
 
 
31 
 
 A família nuclear é constituída pela união de três unidades básicas: a biológica, a 
econômica e a socioemocional. 
 Na família nuclear existe a distribuição de tarefas para cada membro. Por exemplo, 
cabe ao homem assumir a responsabilidade da parte financeira, manutenção material, 
condições sociais e proteção da família. À mulher cabe criar os filhos e organizar o lar. 
 Com a evolução e as mudanças nos últimos tempos, os papéis tem se alterado, 
principalmente o da mulher, que muitas vezes precisa assumir o cargo de chefe da família 
motivada pelo desemprego do marido, etc... 
 Apesar das mudanças, é na família que adquirimos a base para estruturar a 
convivência social com o semelhante. 
 Alguns consideram a família uma instituição falida nos dias atuais. 
 Outros defendem atualmente que a família sempre será o alicerce da formação do 
indivíduo. O que realmente sabemos é que a estrutura da família atual sofreu grandes e 
fortes modificações. 
 A família de hoje é formada de várias maneiras: 
 Pai, mãe e filhos; 
 Mãe e filhos; 
 Mãe, avós e filhos; 
 Avós e netos; 
 Pai e filhos; 
 Pai (mãe) – madrasta (padrasto) – filhos e enteados, etc... 
 
 Mas, seja qual for a estrutura da família, o importante mesmo é que ela transmita 
amor, carinho e segurança aos seus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 13 – O casamento 
 
Fonte: crasjardimmaringa.blogspot.com 
 
 A cerimônia do casamento é um ritual mundialmente conhecido e festejado. Desde 
a escolha do vestido de noiva aos festejos, cada cultura apresenta uma tradição diferente. 
 Os casais gregos ortodoxos usam coroas de casamento unidas por uma fita 
vermelha. Os casais hindus amarram suas roupas umas nas outras e caminham sete vezes 
ao redor de uma fogueira. Os japoneses tomam três goles de saquê (aguardente de arroz), 
para completar sua cerimônia matrimonial, e as noivas costumam vestir um quimono 
tradicional de cores brilhantes, que contrasta com as roupas pretas da sua comitiva. 
 Os judeus não bebem nem comem no dia do casamento, até o fim da cerimônia 
nupcial. As noivas chinesas podem usar uma coroa tradicional de tiras perfumadas de 
metal, normalmente prata, com um véu feito de penas e pérolas. 
 As indianas colocam um vestido vermelho, tanto o noivo quanto a noiva usam 
guirlandas coloridas de flores ao redor do pescoço. Na cultura ocidental, é costume a 
noiva vestir-se de branco em sinal de pureza e inocência. Esse costume data do século 
XIX e tem mudado lentamente, assumindo outras cores. 
 Nomes que recebem os diversos tipos de casamento: 
 Endogamia: Casamento entre membros da mesma família ou do mesmo clã. 
 Exogamia: Casamento entre membros de diferentes famílias ou clã. 
 Monogamia: Casamento de um homem com uma só mulher. 
 Bigamia: Casamento de um homem com duas mulheres ou uma mulher com dois 
homens. 
 Poligamia: Casamento de um homem ou uma mulher com várias mulheres ou 
homens ao mesmo tempo. 
 Poliandria: Casamento de uma mulher com vários homens ao mesmo tempo. 
 Poliginia: Casamento de um homem com várias mulheres ao mesmo tempo. 
 Levirato: Casamento de uma mulher com um irmão de seu falecido marido, comum 
em sociedades antigas. 
 
 
 
33 
 
 O papel da mulher na sociedade vem mudando lentamente através dos tempos em 
algumas culturas.Se observarmos a história da humanidade, podemos perceber que a 
estrutura da família sempre foi patriarcal. Esse modelo familiar deixava ao homem papel 
de extrema importância e à mulher papel subalterno, social e sexualmente. 
 
 Essa estrutura era repassada desde a infância, quando as meninas eram educadas 
para os afazeres domésticos, a fidelidade e a obediência. 
 
 Muitas vezes o casamento era tido como um negócio, no qual a noiva era uma 
mercadoria, que passava por várias negociatas, não importando os seus desejos. 
 
 Era trocada por terra, por proteção, por expansão de reinados e outros acordos. 
Em nossa cultura ocidental, esse tipo de casamento é praticamente coisa do passado, mas 
não está totalmente extinto. E, por falar em passado, vamos passear por algumas culturas 
antigas e saber algumas curiosidades sobre as estruturas patriarcais dos casamentos. 
 
Cultura Tradição 
 
 
Antigo Egito 
Os faraós podiam desposar quantas 
mulheres quisessem, formando, assim, um 
harém. Os homens mais modestos 
introduziam em suas casas as amantes, fato 
considerado normal por todos. 
 
China Antiga 
O imperador podia ter o número máximo de 
concubinas: 14. 
O concubinato era permitido por lei. 
 
Hebraica 
As mulheres hebraicas eram também 
totalmente submissas e tinham como 
orgulho o número de filhos, geralmente em 
grande quantidade. 
 
 Na sociedade brasileira, sempre foi função do homem pagar as contas da família. 
Essa tradição não é exclusivamente brasileira. Historicamente, a sociedade humana é 
patriarcal. Cabia, então, ao homem a função de chefe de família. 
 
 Hoje, as mulheres têm conquistado seu espaço e já são responsáveis pelo sustento 
da casa em boa parte das famílias brasileiras, realidade que joga por terra a idéia de que o 
salário da mulher é apenas um complemento no orçamento doméstico. 
 Mesmo conquistando espaços maravilhosos e dignos de louvor, muitas mulheres 
se sentem constrangidas em afirmar que são responsáveis pelas decisões em casa, que 
sustentam seus lares e que ganham mais que seus maridos. 
 A mulher chefe de família passa a ser uma ameaça ao marido, e o seu salário é um 
ultraje. Esse quadro gera algumas situações constrangedoras. 
 Muitas mulheres abandonam se sucesso profissional. Outras que insistem em 
continuar e, por muitas vezes, pagam o preço do divórcio. As mulheres independentes 
 
 
34 
 
costumam assustar os homens. Aquela que consegue conciliar a sua vida profissional com 
a do companheiro e com a dos filhos torna-se privilegiada, pois esse companheiro já 
conseguiu se libertar dos mitos da masculinidade. 
 A mulher conseguiu alcançar esse prestígio graças a algumas características do 
comportamento feminino, como maior sensibilidade, atenção aos detalhes, espírito de 
equipe, bom desempenho e maior tempo de estudo, quesitos que despertam o interesse das 
empresas. Assumindo ou não o papel principal, o que não dá mais para negar é a 
significativa presença da mulher no mundo trabalhista brasileiro. 
 Elas representam 41% da população economicamente ativa (PEA), são maioria dos 
setores de prestação de serviço e de comércio e estão se igualando aos homens na 
administração pública. Hoje, a sociedade passa por um momento de mudanças. 
 A guerra dos sexos já não tem tanta ênfase e vai se diluindo juntamente com a 
barreira entre masculino e feminino. As únicas diferenças entre um homem e uma mulher 
são fisiológicas e anatômicas, não figurando nesse contexto a função social de cada um. 
 O casal pode e deve se unir em torno do que realmente interessa, e não 
transformar o seu lar em um ringue, onde o troféu, com certeza não será a felicidade 
conjugal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 14 – A mídia e sua influência 
 
Fonte: gritosinocentes.blogspot.com 
 Os meios de comunicação de massa têm estimulado e influenciado o 
comportamento sexual humano, principalmente o dos adolescentes, que estão à procura de 
modelos e de respostas para suas dúvidas. A mídia abre discussão sobre sexualidade e 
sexo. Mas, ao mesmo tempoem que promove essa discussão, abre também para uma 
erotização muitas vezes excessiva em horários inoportunos. 
 É necessário que jovens e crianças percebam a TV e outros meios de comunicação 
com um olhar crítico, sabendo usá-los para a vida, sem se submeter a eles. 
 É importante que se discuta o tipo de relacionamento de personagens de filmes e 
novelas, para que se forme um cidadão crítico e observador. 
 As novelas, os filmes, os programas de auditório, as propagandas e os telejornais 
difundem modelos de comportamentos, reforçam esteriótipos sociais, preconceitos, etc. 
 O diálogo e o desenvolvimento do senso crítico perante a mídia é, com certeza, 
uma decisão acertada na formação do cidadão consciente. 
De sexo, neoliberalismo e bundas 
 Lembram-se do tempo em que o sexo era um tabu, assunto proibido, reprimido? 
Agora não é mais assim. Fala-se de sexo a toda hora; virou assunto público – ou 
publicável. A mídia se esbalda. Nos jornais e nas revistas há para todos os gostos, desde a 
pornografia pesada a nus artísticos, colunas de sexo, especialistas dando conselhos, 
personalidades respondendo: ―Qual o lugar mais estranho onde você fez sexo?‖ — e por aí 
vai. Na TV, cenas de sexo nas novelas, reportagens escandalosas e sensacionalistas, bunda 
e pagode... Na internet, uma festa de erotismo e pornografia; é só navegar e se deixar 
levar... Tudo muito às claras, sem restrições e quase sem limites. Afinal, precisamos ser 
livres, usufruir da democracia pela qual tanto lutamos, não é mesmo? 
 A questão que fica é: Essa ―liberdade‖ é verdadeira? As pessoas estão mais bem 
informadas? São mais felizes agora? Não sei não. 
 Essa exposição pública da sexualidade parece que não está ajudando a mudar muita 
coisa. Passou-se do nada pode ao tudo pode sem nenhum critério. Há quem ache que é 
reverso da mesma moeda: a repressão pelo excesso. 
 Mas o que se estaria reprimindo, se agora é tudo tão escancarado? 
 
 
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 O que sempre se impediu e continua sendo interditado é a reflexão. O que não se 
pode é pensar criticamente sobre o tema, entendê-lo, discutir a sério, mudar condutas para 
valer, para avançar, mesmo... 
 A superexposição do sexo o banaliza, excita sem explicar, sem promover debate 
algum, e assim fica tudo como está... e sempre foi. A garotada continua desinformada, 
achando que sabe tudo; as piadas preconceituosas e cheias de esteriótipos que cercam a 
sexualidade continuam parecendo engraçadas (sinal de que não elaboramos o assunto, 
continuando a ser muito preconceituosos). As pessoas podem parecer mais livres e mais 
felizes, pelos menos as figuras públicas tendem a passar essa imagem, mas são de fato? 
 Se nunca soubemos conversar sobre sexo, não me consta que tenhamos aprendido. 
 O diálogo sobre esse assunto está, freqüentemente, ausente ou é superficial na 
família, na escola e paradoxalmente, na mídia. A TV, por sua natureza, impede a reflexão, 
pela profusão de imagens que sucedem incessantemente. É preciso desligá-la, ou desligar-
se dela momentaneamente, para poder pensar. 
 Nada contra publicações anárquicas provocativas ou maliciosas, de oposição à 
pasmaceira neoliberal. Estas até fazem pensar: Costumam enfrentar injustificados 
preconceitos e discriminação de anunciantes. 
 Aí é que está: o sexo hoje é apenas objeto de consumo. Nudez vende? Sacanagem 
vende? Apelando faz sucesso? É o mercado que determina o que devemos fazer. O 
capitalismo neoliberal dos nossos tempos dispensa valores, ideologias, respeito e ética. 
 Em nome do mercado – o árbitro de tudo – tudo pode. E não é só no sexo, está 
claro. Os homens e as mulheres valem pelo que consomem ou pelo que se deixam 
consumir. Para se opor a essa lógica, é preciso investir no processo de educar, dialogar 
sempre, enfrentar o que é difícil, arriscando-se a pensar. 
 Em casa, na família, discutindo o que se ouve e se vê e estabelecendo limites. Nas 
escolas, abrindo um amplo e contínuo debate sobre a sexualidade, as drogas, a política e 
todas as questões que envolvem a cidadania. É preciso incluir em vez de excluir. 
 Promover debates em todos os espaços possíveis: pensando, questionando, 
discordando, se indignando. E também tendo coragem e liberdade para ficar na dúvida. 
 É por aí que se pode sair dessa.As informações estão nos livros, nos jornais, nas 
revistas, na internet, até na TV. É possível ir atrás. Mas informação sem reflexão não 
muda comportamentos. Se não nos dispusermos ao diálogo, no qual se ouse pensar o 
problema, e não repetir os discursos de sempre, ninguém vai ser mais livre ou mais feliz, 
sendo bombardeado por imagens eróticas (ou pornográficas) ou ouvindo papinhos 
―descolados‖ dos arautos da moda da pós-modernidade. E aí, vocês concordam? Ou não? 
 
 
 
 
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Unidade 15 – Os ídolos 
 
 Fonte: fica-dica.com Fonte: mdemulher.abril.com.br Fonte: alturasepesos.com.br 
 Os adolescentes, com sua visão mágica do mundo, sempre se espelham em alguém. 
 Alguns tomam como exemplo os pais, outros aqueles que lhe são mais próximos. 
Uma boa parcela, porém, admira seus ídolos com tanta intensidade que deixa de exercer a 
crítica e os transforma em ―bússola‖, ou seja, aqueles que orientam a sua vida. 
 Os ídolos nem sempre funcionam como bons orientadores da formação da 
personalidade. Normalmente são pessoas com superexposição na mídia, que por sua vez 
abusam do apelo sexual. A mídia tende a banalizar valores socioculturais e até mesmo as 
relações familiares, e tenta formar modelos de comportamento que muitas vezes são 
seguidos cegamente pelos jovens. 
 Os exemplos mais sugeridos, porém, seguem um estereótipo que não condiz com a 
realidade. A valorização da futilidade, da erotização, a banalização dos sentimentos até 
mesmo nas programações de TV podem não ser determinantes na conduta, mas 
funcionam como agentes de contra valor. 
 O grande risco da identificação excessiva é quando o jovem deixa de exercer a sua 
própria personalidade, assumindo a do ídolo. 
 É importante questionar e discutir os modelos, para que possamos refletir sobre as 
causas e as conseqüências que tais atitudes terão na nossa vida e na nossa auto-estima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 16 – Variadas opções sexuais 
 
Fonte: traoselaos.blogspot.com Fonte: alexneres.wordpress.com 
 O espermatozóide, ao fecundar o óvulo, dá início a uma nova vida. 
 Cada uma dessas células sexuais carrega informações que definirão as variadas 
características do indivíduo, dentre elas o sexo biológico. 
 Ao nascer, a criança apresenta um sexo biológico representado pelos órgãos 
genitais femininos ou masculinos. Mas a presença dos genitais não determina o tipo de 
relacionamento afetivo-sexual que essa criança terá futuramente. 
 Ao chegar à adolescência, por causa de uma série de influências, há uma definição 
sexual que pode ser pelo sexo oposto e/ou pelo mesmo sexo. 
 Heterossexual: São os indivíduos que se relacionam afetivo-sexualmente com o 
sexo oposto. 
 Homossexuais: 
Feminino: Mulheres que se comportam de maneira feminina, sentem-se mulheres, 
mas desejam um relacionamento afetivo-sexual com mulheres, e não com homens. 
Masculino: Homens que se sentem e se comportam como homens, mas sua opção 
de relacionamento afetivo-sexual por homem. 
 Bissexual: 
Feminino: Mulheres que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente tanto com 
mulheres quanto com homens. 
Masculino: Homens que desejam relacionar-se afetivo e sexualmente com homens 
e mulheres. 
 Transexuais: Homens e mulheres que desejam trocar o seu sexo biológico. 
 Travesti: Pessoas que se veste de outro sexo para relacionar-se com alguém do 
mesmo sexo. 
 Hermafrodita: Pessoa que apresenta órgãos sexuais externos diferenciados dos 
órgãos sexuaisinternos. Por exemplo, nascem com pênis e têm ovários. Somente 
um médico pode diagnosticar o hermafroditismo. 
 
 
 
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 Esses esclarecimentos não têm o intuito de rotular o ser humano, mas de 
esclarecer as pessoas, para que possam se despir de preconceitos e debater sobre a 
identidade sexual de cada um. 
 
Homossexualismo 
 A sociedade estabelece os modelos de comportamento, de como agir, de ser, de 
pensar para os sexos masculinos e femininos. Qualquer pessoa que se afaste do que é 
considerado ―normal‖ é discriminado, ridicularizado. 
 Atualmente muito se discute sobre as causas do homossexualismo. Alguns 
privilegiam os aspectos sociais, outros os psicológicos, outros os biológicos e outros, 
ainda, consideram simplesmente uma opção pessoal. 
 Na psicanálise, as possíveis causas do homossexualismo poderiam ser 
características da própria pessoa, a inter-relação da pessoa com a dinâmica familiar, a 
relação com os pais na infância e na adolescência, carência afetiva... 
 Outra causa discutida também é o abuso sexual na infância, que deixa traumas 
profundos. Apesar de as pessoas apresentarem maior abertura a determinados temas sobre 
sexualidade, o homossexualismo ainda é tratado com muita discriminação e preconceito. 
 Os homossexuais possuem uma imagem estereotipada em nossa cultura, muitas 
vezes imposta pela mídia, principalmente nas novelas e programas humorísticos. Achar 
que os homossexuais sejam sempre afeminados é um grande engano. 
 Atualmente, os homossexuais tentam desmistificar esse rótulo e mostrar que são 
seres humanos que lutam pelos seus direitos. Não querem mais viver escondidos. A opção 
sexual não interfere em nada na sua forma de viver em sociedade. 
 Assumir a homossexualidade requer muita coragem, porque a pessoa precisa estar 
disposta a contrabalançar estigmas o tempo todo. 
Você sabe o que é homofobia? 
 Homofobia é o nome que se dá a atitudes negativas e aversões, medo em relação a 
homossexuais e à homossexualidade. 
As pessoas que sofrem de homofobia, normalmente, não suportam conviver com as 
especificidades ou não trabalham o próprio desejo homossexual. São pessoas com a 
sexualidade extremamente reprimida. 
 As suas atitudes são discriminatórias, antidemocráticas e chegam mesmo à 
violência. 
 
 
 
 
 
40 
 
Unidade 17- Bullying 
 
Fonte: pedagogiaaopedaletra.com 
 Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou 
físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. 
 O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, 
brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, 
opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 
 ―É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, 
educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e 
Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o 
bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, 
vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido 
inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. 
 Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e 
adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem 
apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços 
da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional 
do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio. 
 O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por 
exemplo, o assédio escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou 
verbal. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus 
problemas. 
Tipos de assédio escolar 
 Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para 
atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar: 
 
 
41 
 
 Insultar a vítima; 
 Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada; 
 Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou 
propriedade. 
 Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, 
roupas, etc. Danificando-os. 
 Espalhar rumores negativos sobre a vítima; 
 Depreciar a vítima sem qualquer motivo; 
 Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as 
ordens; 
 Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma 
autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela 
não cometeu ou que foi exagerado pelo bully; 
 Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a 
mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, 
religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade 
depreendida da qual o bully tenha tomado ciência; 
 Isolamento social da vítima; 
 Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas 
falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com 
publicação de fotos etc.); 
 Chantagem. 
 Expressões ameaçadoras; 
 Grafitagem depreciativa; 
 Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) 
enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com 
frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita"). 
 Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas. 
 O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um 
fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 
1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a 
maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era 
um mal a combater. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios 
eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as 
brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. 
 "Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si 
mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações 
ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e 
para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. 
 Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou 
antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Insulto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Orienta%C3%A7%C3%A3o_sexual
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberbullying
http://pt.wikipedia.org/wiki/Site
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chantagem
 
 
42 
 
 O espectador é um personagem fundamental no bullying. 
 É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas 
os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do 
conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima 
nem se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. 
 Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por 
falta de iniciativa para tomar partido. Os que atuam como platéia ativa ou como torcida, 
reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo também são considerados 
espectadores. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente,

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