Buscar

relatorio adaptado gestão escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

5
SUMÁRIO
81
LEITURA OBRIGATÓRIA
132
REGIMENTO ESCOLAR
163
ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA
194
PLANO DE AÇÃO
27CONSIDERAÇÕES FINAIS
29REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O presente relatório consiste em dar fechamento na disciplina de estágio curricular obrigatório III em gestão de espaços não escolares, do curso de Pedagogia, da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), da cidade de Canoas – RS. 
O mesmo tem por finalidade demonstrar quais foram ás aprendizagens alcançadas com esta matéria de extrema importância na grade curricular do educando em pedagogia. Ainda que o mesmo tenha ocorrido de maneira adaptada em decorrência da pandemia que assola o mundo, foi de grande valia e só trouxe a acrescentar para a vida do acadêmico, que pôde viver na prática tudo que se viu em sala de aula.
O estudo focaliza o papel do pedagogo na organização do trabalho escolar, tendo como objetivo a sistematização do trabalho pedagógico, situando a função específica deste profissional no contexto escolar. Partindo da problemática levantada, que aponta para a clarificação do papel do pedagogo no interior da escola.
 Ainda se desmembrará todas as atribuições do gestor escolar ressaltando que se deva trabalhar com afinco, dedicação e interdisciplinaridade fazendo que a escola tenha fluidez e que tudo ande em conformidade.
 No decorrer deste estudo irá se perceber com mais convicção cada uma dessas atribuições, sendo este o objetivo do estágio, que visa desmembrar e analisar todas as tarefas do gestor escolar e direção, clarificando e exemplificando cada uma delas.
Outro aspecto de extrema importância que o relatório discorre são os espaços não escolares em que o pedagogo pode atuar, demonstrando tamanha abrangência da profissão escolhida, onde o mesmo surge sendo capacitado para desempenhar uma função de mediador e articulador da aprendizagem na organização. 
Nos últimos anos cresceu de maneira significativa a gestão em espaços não escolares sendo estes hospitais, ONGS, empresas, hotéis, dentre outros espaços, ampliando ainda mais o leque do pedagogo para novas oportunidades de atuação.
Diante de tal realidade nos dias atuais onde o sistema é globalizado e tornou-se cada vez mais competitivo o mercado de trabalho, os pedagogos e futuros pedagogos precisam estar sempre atualizados e com uma visão de inovação, ou seja, este estudo demonstrou que é necessário sempre estar estudando e se aprimorando para que se possam acompanhar tamanhas mudanças diante da globalização atual e de todas as tecnologias advindas com este tempo. 
Em uma organização, há preocupação na preparação do colaborador para o mercado de trabalho, pois quanto mais uma sociedade se desenvolve, mais se diversificam as funções e ocupações, exigindo das pessoas versatilidade e adaptação ao novo por isso se faz necessário capacitar os colaboradores de acordo com as necessidades do seu meio.
Existem também situações em que os colaboradores trabalham há anos juntos, às vezes, em setores separados e, às vezes, em um mesmo setor e não se conhecem.
Os pedagogos precisam conhecer esta realidade, para fazer um trabalho interpessoal, em que a ênfase será dada no relacionamento entre as pessoas da organização. Esses relacionamentos podem ser para melhorar a relação dos mesmos ou até para simples conhecimento entre eles. 
Nas empresas o aumento da produtividade está ligado à melhor instrução, atualização constante, a existência de um ambiente, onde os colaboradores sintam-se felizes. A aprendizagem é algo fundamental na vida de cada um. O conhecimento do mundo e a criatividade e o autoconhecimento são frutos da aprendizagem.
Desta forma, por meio da realização das atividades propostas e dos estudos realizados, pode-se perceber que na educação ainda há muito em que evoluir principalmente no que tange a importância da gestão escolar de qualidade, bem como, a função do professor pedagogo em outros espaços de atuação. 
Constatou-se que só se consegue alcançar resultados positivos se for através de um trabalho realizado em equipe e com comprometimento de todos.
1 LEITURA OBRIGATÓRIA 
Tendo ciência que a Pedagogia é a mais importante profissão, visto que ela forma todas as outras se faz necessário um breve estudo para sabermos sua história, como tudo se originou até o contexto atual. 
No Brasil, o Curso de Pedagogia, ao longo de sua história, teve definido como seu objeto de estudo e finalidade os processos educativos em escolas e em outros ambientes, sobremaneira a educação de crianças nos anos iniciais de escolarização, além da gestão educacional. 
Aprendeu-se no estudo disponibilizado para realização deste estagio que a padronização do curso de Pedagogia, em 1939, é decorrente da concepção normativa da época, que alinhava todas as licenciaturas ao denominado “esquema 3+1”, pela qual era feita a formação de bacharéis nas diversas áreas das Ciências Humanas, Sociais, Naturais, nas Letras, Artes, Matemática, Física, Química.
Seguindo este esquema, o curso de Pedagogia oferecia o título de bacharel, a quem cursasse três anos de estudos em conteúdos específicos da área, quais sejam fundamentos e teorias educacionais; e o título de licenciado que permitia atuar como professor, aos que, tendo concluído o bacharelado, cursassem mais um ano de estudos, dedicados à Didática e a Prática de Ensino. O então curso de Pedagogia dissociava o campo da ciência Pedagogia, do conteúdo da Didática, abordando-os em cursos distintos e tratando-os separadamente.
Em 1961, fixou-se o currículo mínimo do curso de bacharelado em Pedagogia, composto por sete disciplinas indicadas pelo CFE e mais duas escolhidas pela instituição. Esse mecanismo centralizador da organização curricular pretendia definir a especificidade do bacharel em Pedagogia e visava manter uma unidade de conteúdo, aplicável como critério para transferências de alunos, em todo o território nacional. Regulamentada pelo Parecer CFE nº. 292/1962, a licenciatura previa o estudo de três disciplinas: Psicologia da Educação, Elementos de Administração Escolar, Didática e Prática de Ensino; esta última em forma de Estágio Supervisionado. Mantinha-se, então, a dualidade, bacharelado e licenciatura em Pedagogia, ainda que, nos termos daquele Parecer, não devesse haver a ruptura entre conteúdos e métodos, manifesta na estrutura curricular do esquema 3+1. A Lei da Reforma Universitária 5.540, de 1968 facultava à graduação em Pedagogia a oferta de habilitações: Supervisão, Orientação, Administração e Inspeção Educacional, assim como outras especialidades necessárias ao desenvolvimento nacional e às peculiaridades do mercado de trabalho. Em 1969, o Parecer CFE n°. 252, que dispunha sobre a organização e o funcionamento do curs de Pedagogia, indicou como finalidade do curso preparar profissionais da educação e assegurava a possibilidade de obtenção do título de especialista, mediante complementação de estudos. O mesmo Parecer prescrevia a unidade entre bacharelado e licenciatura, fixando a duração do curso em 4 anos. 
Como licenciatura, permitia o registro para o exercício do magistério nos cursos normais, posteriormente denominados magistério de 2º grau e, sob o argumento de que “quem pode o mais pode o menos” ou de que “quem prepara o professor primário tem condições de ser também professor primário”, permitia o magistério nos anos iniciais de escolarização. Ressalta-se, ainda, que aos licenciados em Pedagogia também era concedido o registro para lecionar Matemática, História, Geografia e Estudos Sociais, no primeiro ciclo do ensino secundário, anterior a 1972.
 Atentas às exigências do momento histórico, já no início da década de 1980, várias universidades efetuaram reformas curriculares, de modo a formar, no curso de Pedagogia, professores para atuarem na educação pré-escolar e nas séries iniciais do ensino fundamental. Como sempre, no centro das preocupações e das decisões, estavam os processos de ensinar, aprender, além do de gerir escolas. O Curso de Pedagogia, desde então, vai amalgamando experiências de formação inicial e continuadade docentes, para trabalhar tanto com crianças quanto com jovens e adultos. 
Apresenta, hoje, notória diversificação curricular, com uma gama ampla de habilitações para além da docência no Magistério das Matérias Pedagógicas do então 2º Grau, e para as funções 3 designadas como especialistas. 
Por conseguinte, ampliam-se disciplinas e atividades curriculares dirigidas à docência para crianças de 0 a 5 anos e de 6 a 10 e oferecem-se diversas ênfases nos percursos de formação do pedagogo, para contemplar, entre muitos outros temas: educação de jovens e adultos; a educação infantil; a educação na cidade e no campo; atividades educativas em instituições não escolares, comunitárias e populares; a educação dos povos indígenas; a educação nos remanescentes de quilombos; a educação das relações étnicoraciais; a inclusão escolar e social das pessoas com necessidades especiais, dos meninos e meninas de rua; a educação a distância e as novas tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação Importa considerar, ainda, a evolução das trajetórias de profissionalização no magistério da Educação Básica onde, durante muitos anos, a maior parte dos que pretendiam graduar-se em Pedagogia eram professores primários, com alguma ou muita experiência em sala de aula.
Alguns críticos do curso de Pedagogia e das licenciaturas em geral, entre eles docentes sem ou com pouca experiência em trabalho nos anos iniciais de escolarização, entretanto responsáveis por disciplinas “fundamentais” destes cursos, entendiam que a prática teria menor valor. Ponderavam que estudar processos educativos, entender e manejar métodos de ensino, avaliar, elaborar e executar planos e projetos, selecionar conteúdos, avaliar e elaborar materiais didáticos eram ações menores. Já outros críticos, estudiosos de práticas e de processos educativos, desenvolveram análises, reflexões e propostas consistentes, em diferentes perspectivas, elaborando corpos teóricos e encaminhamentos práticos.
Fundamentavam-se na concepção de Pedagogia como práxis, em face do entendimento de que tem a sua razão de ser na articulação dialética da teoria e da prática. Sob esta perspectiva, 4 firmaram o entendimento de que a Pedagogia trata do campo teórico-investigativo da educação, do ensino e do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social. 
O movimento de educadores, em busca de um estatuto epistemológico para a Pedagogia, contou com adeptos de abordagens até contraditórias. Disso resultou uma ampla compreensão acerca do curso de Pedagogia incluída a de que a docência, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e também na Educação Infantil, passasse a ser a área de atuação do egresso do curso de Pedagogia, por excelência. 
Desde 1985, é bastante expressivo o número de instituições em todo o país que oferecem essas habilitações na graduação. Com uma história construída no cotidiano das instituições de ensino superior, não é demais enfatizar que o curso de graduação em Pedagogia, nos anos 1990, foi se constituindo como o principal locus da formação docente dos educadores para atuar na Educação Básica: na Educação Infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. A formação dos profissionais da educação, no Curso de Pedagogia, passou a constituir, reconhecidamente, um dos requisitos para o desenvolvimento da Educação Básica no País. 
Enfatiza-se ainda que grande parte dos cursos de Pedagogia, hoje, tem como objetivo central a formação de profissionais capazes de exercer a docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores, no planejamento e na gestão e avaliação de estabelecimentos de ensino, de sistemas educativos escolares e de programas não escolares. Os movimentos sociais também têm insistido em demonstrar a existência de uma demanda ainda pouco atendida, no sentido de que o pedagogo seja também formado para garantir a educação dos segmentos historicamente excluídos dos direitos sociais, culturais, econômicos, políticos. É nesta realidade que nascem as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia.
A legislação educacional explicita as políticas públicas governamentais que estabelecem relações entre a educação e o desenvolvimento econômico ou entre a educação e as demandas do mundo do trabalho. Esta tríade educação-desenvolvimento econômico-mundo do trabalho que vem implementando as políticas de formação de profissionais na área da educação em diferentes períodos no que diz respeito, por exemplo, ao estímulo de formação de mais profissionais da educação quando o mercado de trabalho necessitou de trabalhadores com um mínimo de estudos. Isto valorizou a escolarização ampliando a oferta de ensino. Trouxe também a “preocupação com a demarcação de território dessas profissões, materializada em leis, normas, resoluções e decretos que visam definir quem é, o que faz e onde atua esse profissional.” (GENTIL; COSTA, 2011, p. 269). O artigo parte dos anos de 1930, quando o curso de pedagogia teve sua primeira regulamentação prevendo a formação do bacharel em pedagogia ou técnico em educação ou especialista em educação. O modelo atual do curso de pedagogia foi delineado a partir da LDB de 1996.
Embora um curso de Pedagogia apresente diversas possibilidades que o pedagogo pode desenvolver, a função do pedagogo escolar é a atividade que apresenta o maior campo de estudo e de trabalho ao egresso da Pedagogia. Carece ainda de aprofundamento nos cursos de graduação o papel do pedagogo em espaços não escolares. 
Os estudos possibilitam o interesse em conhecer esses outros espaços para além da escola, pois também são espaços educativos. Essa inquietação, então motivou o desenvolvimento desta pesquisa que, embora sintetizada, alicerçou condições ímpares para discussão dessas áreas. Corroborando Libâneo (2010), a educação está presente na vida do sujeito, portanto, o profissional educador necessita desenvolver a atividade pedagógica múltipla no meio social.
Destaca-se ainda que o objetivo maior não é o de aprofundar as áreas de atuação do pedagogo, e sim, expor uma descrição das diversas possibilidades do exercício da sua prática educação Em conformidade com Libâneo (2001), os vastos campos de atuação do pedagogo vão desde a construção civil, órgãos municipais, estaduais e federais, escolas, hotéis, ONGs, instituições de capacitação profissional, assessoria de empresas, museus, hospitais entre outros. Em todos os ambientes o pedagogo atua para além de técnicas escolares ensinadas na graduação. Com base em seus conhecimentos teóricos e práticos, o pedagogo deve agregar suas experiências à de outros profissionais, para que, então, em seu desempenho na gestão de pessoas e coordenação de equipe propicie o desenvolvimento e a superação.
Ainda diante da perspectiva de pedagogia escolar e extraescolar, Libâneo (2010, p. 58-59) explora as atividades que o pedagogo desempenhará dentro de cada ambiente citado. No ambiente escolar as atividades serão a de professor do ensino público e privado de todos os níveis de ensino que a formação permite e dos que exercem atividades relacionadas fora da escola convencional. Também poderá se tornar especialista da ação educativa escolar operando nos níveis centrais, intermediários e locais dos sistemas de ensino ativo.
2 REGIMENTO ESCOLAR
O presente estudo trouxe uma clarificação através da entrevista de vídeo concedida pelo Diretor e coordenador pedagógico Paulo Sérgio Faganello da escola Dario Veloso em Londrina no Paraná, este está á frente da escola e descreveu como se dá a formação de sua equipe demonstrando que todas as escolas seguem as mesmas orientações da Secretaria de educação de sua cidade. 
Partindo do que Paulo Faganello muito bem disse em sua entrevista um gestor escolar, ao assumir esta função, precisa conhecer a organização da escola e os procedimentos que existem para oferecer suporte ao seu trabalho. Diante disso, os documentos que auxiliam nessa gerência são o Projeto Pedagógico que contempla a política educacional, o RegimentoEscolar que normatiza o Projeto Pedagógico e o Plano de Desenvolvimento da Escola considerado um instrumento estratégico, pois prevê ações e recursos. De caráter legal, ele é um manual prático. Em instituições públicas ou privadas, a elaboração do regimento deve incluir a participação de todos, ou seja, professores, orientadores, gestores, enfim todos os funcionários, assim como também os pais e alunos.
Algumas coisas já são definidas por dispositivos legais e nós não temos como interferir, mas as especificidades da unidade precisam ser construídas de maneira coletiva e democrática com toda a comunidade escolar. A lista de assuntos que são descritos em um regimento escolar é extensa. 
É necessário colocar as etapas da educação básica oferecidas, a organização administrativa e técnico-pedagógica (direção, corpo docente e discente, secretaria, serviços auxiliares, corpo técnico-pedagógico), o funcionamento dos órgãos colegiados (conselhos da escola e de classe, grêmios estudantil, associação de pais e mestres etc), o calendário, as normas para matrícula, cancelamento e transferência, as normas de convivência, as sanções para os membros da comunidade escolar, as regras para utilização dos espaços, o sistema de controle de frequência, as condições de aprovação e reprovação de alunos e os projetos especiais da instituição, entre outras informações. 
No caso das escolas privadas, entra também quem é o mantenedor. O que é próprio da unidade, como normas de convivência, deve ser definido nos espaços de discussão coletiva da escola., com participação de professores, coordenadores, diretores, alunos e famílias. 
As secretarias estaduais e municipais de educação disponibilizam em seus sites oficiais modelos básicos de regimento para que as escolas possam construir a sua versão com base em uma referência comum. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e outros marcos legais estaduais e municipais fazem parte do conteúdo de todo regimento escolar. Aqui, você pode acessar um modelo de regimento. Mas, lembre-se que ele deve ser adaptado à realidade da sua escola. 
Depois de construído coletivamente, o documento final passa por aprovação do conselho escolar e por homologação em um órgão regional da secretaria de educação estadual ou municipal. É necessário verificar qual o local de registro do regimento aprovado pela comunidade, pois ele muda de uma rede de ensino para outra. 
Se uma nova lei é aprovada, como ocorreu com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), em 2018, o regimento pode ser atualizado. As emendas regimentais são alternativas para realizar isso. Elas são alterações pontuais e específicas no documento. 
Por falar sobre toda a comunidade escolar, o regimento deve ser um documento público, ou seja, em versão online ou impressa. Quando o responsável faz a matrícula, o correto é ele receber essas informações. Afinal, tanto o aluno quanto os pais ao realizar a inscrição de um aluno, devem ter ciência de todas as regras. 
E qual a relação deste documento com o projeto político-pedagógico (PPP)? Enquanto o regimento fundamenta as bases legais de como a escola funciona, o  PPP define as estratégias para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. Por isso, os dois documentos devem conversar entre si. Para se criar um Projeto Político Pedagógico os princípios e valores da escola devem ser discutidos em reuniões pedagógicas ou institucionais (com os funcionários) e assembleias do conselho escolar, do conselho de classe e do grêmio estudantil. É papel do diretor participar de todos esses encontros, levar material bibliográfico que possa embasar as discussões e registrar o que foi debatido. Depois disso, a direção também deve fazer a redação deste trecho do PPP - levando em consideração o que dizem os planos municipal ou estadual de Educação, quando existirem -, compartilhá-lo com toda a comunidade escolar e acolher sugestões e críticas. O PPP se apresenta em um texto sucinto e objetivo, que comunique a identidade da escola com clareza a qualquer leitor do documento, seja ele professor, funcionário, pai ou aluno.
O PPP diz, por exemplo, qual a concepção de avaliação da escola. No regimento, existirá um capítulo sobre avaliação, descrevendo quais critérios definem a aprovação e qual média o aluno deverá ter.
Assim como no regimento o PPP deve ser do conhecimento de toda a comunidade escolar, constituindo-se em um processo democrático de decisões, buscando sempre que todos andem juntos na mesma direção sabendo resolver possíveis conflitos baseado no que diz o mesmo, sendo o ideal que o PPP seja apresentado no início do ano letivo a toda a comunidade. 
Sendo o PPP um conjunto dos valores nos quais a comunidade escolar acredita e das aspirações que tem em relação à aprendizagem dos alunos. Precisa responder a questionamentos o que é educação para a escola, que tipo de aluno a escola pretende formar.
 É notório que este é um documento de extrema importância, pois define a identidade da instituição e a direção na qual ela vai caminhar. Se um dos objetivos é formar pessoas críticas e autônomas, deve-se investir na gestão participativa e em projetos em que todos os segmentos tenham voz e assumam responsabilidades.
O Projeto Pedagógico exige uma tomada de decisão sobre os objetivos da escola, sobre o perfil de sociedade e de cidadão que pretendem formar. 
Não é preciso refazer a missão todo ano. Geralmente, ela dura de dois a cinco anos. Deve ser alterado quando a equipe percebe que os princípios já não correspondem às suas aspirações (os objetivos iniciais foram alcançados ou precisam ser modificados), a clientela é outra (aconteceram mudanças na comunidade) ou o contexto escolar teve alterações (introdução do Ensino Fundamental de nove anos ou a chegada da Educação Infantil ou de Jovens e Adultos). Esse trecho deve ser respaldado nos planos municipal ou estadual de Educação.
3 ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA
Em uma escola, há professores, gestores, diretor, coordenador pedagógico entre outros funcionários como vigias, secretários, inspetores, merendeiros e auxiliares de limpeza. Ter tantas pessoas trabalhando juntas não garante a constituição de uma equipe. É preciso mais: cada integrante deve saber qual sua função no grupo e levar em consideração o todo, contribuindo para um objetivo comum. No caso, o de garantir a aprendizagem dos alunos.
O diretor é quem conduz a construção de um time coeso. O processo capitaneado por ele deve ser contínuo, com avaliações constantes sobre a atuação geral e individual. A tarefa não acaba aí. Saber qual é a sua função não significa, necessariamente, ter clareza sobre responsabilidades e objetivos. Eles têm de ser construídos em conjunto. Com os docentes, por exemplo, há diferenças conforme a etapa de ensino, a especialização e o nível dos alunos.
Em geral, está instituída a prática de reuniões regulares de planejamento, acompanhamento e avaliação do que é feito pelos professores. Mas o mesmo nem sempre ocorre com os demais funcionários. Deve-se construir uma identidade profissional para cada equipe. Todos têm de se orgulhar de seus trabalhos e se reconhecer como participantes da aprendizagem dos estudantes, pois quem está em uma unidade escolar é um educador por excelência. 
O diretor deve conhecer muito bem o perfil do grupo para saber o que e como pedir ou quem pode atuar com quem. O desafio é fazer com que as diferenças entre as pessoas sejam complementares e não opostas. 
O planejamento das ações precisa incluir, além da orientação por parte dos gestores, o acompanhamento da execução e a definição de prazo para a conclusão de cada etapa. Durante esse processo, deve-se monitorar o tempo e o resultado das ações e, se for o caso, fazer ajustes no que havia sido acordado anteriormente.
O Diretor Administrativo Jeferson Alvanham é quem forma uma dobradinha com Paulo, juntos eles dividem as tarefas e também o comando da escola. 
Cada um tem as suas funções muito bem definidas, mas é preciso que os dois andem alinhados para que a escolavá bem. Jeferson cuida do setor financeiro, ele é quem organiza os processos, como a equipe irá se portar e ainda revisa todas as questões que envolvem o planejamento e também a manutenção da escola.
Tendo em vista que tudo deve cooperar para que os alunos se sintam em um ambiente seguro, acolhedor, organizado e limpo, afim de que todas essas preparações venham a trazer benefícios para o aluno resultando em um alto nível de aprendizagem, ou seja, tudo contribui para que o aluno aprenda com qualidade e se torne um cidadão com valores e senso crítico.
Outra atribuição de Jeferson é verificar como cada funcionário está e também suas necessidades, tudo com um intuito de positivar e elevar a aprendizagem dos alunos, todos os holofotes estão voltados para que o aluno possa aprender eficazmente. 
Para criar um clima harmonioso também é essencial uma gestão em que haja diálogo e que estimule a participação de todos nas decisões. Conquistar isso exige uma postura democrática do diretor, em que fique demonstrado que ele sabe ouvir a equipe e trata todos como profissionais da Educação.
 A definição sobre demandas, responsabilidades e objetivos ocorre em diversas etapas e engloba todas as áreas. Há o planejamento mais amplo, sobre o que será desenvolvido ao longo do ano, e outro por bimestre, ambos, com o grupo completo. Há também os mensais e até mesmo os semanais.
Essa organização por meio de planos de ação facilita o acompanhamento e é feita também para atividades pontuais.
Além da predisposição por parte da direção, para que as pessoas se sintam à vontade para dar sugestões, fazer críticas ou contar sobre suas inquietações, elas precisam perceber que o que dizem é valorizado. Trabalhar pelo desenvolvimento profissional, por meio da formação, contribui para isso, bem como elogiar e divulgar boas iniciativas. Um ambiente colaborativo também pressupõe troca entre os funcionários, e não apenas entre eles e a chefia. A construção de vínculos cria uma espécie de liga entre a equipe.
Dentro do papel que Jeferson desempenha estas são algumas de suas atividades de rotina: fazer com que sejam respeitados os horários e as normativas da escola.
Conhecer todas as questões pedagógicas no anseio de um melhor embasamento para tomada de decisões. “É preciso acompanhar de perto todas as demandas da escola para saber quais são as dificuldades que precisam ser sanadas e como podem se desdobrar em ações práticas”, relatou Jeferson. 
Só assim é possível que o coordenador efetivamente forme professores (e esse é o seu papel primordial). Ampliando a significação do dicionário, eu diria que no dia-a-dia de uma instituição educativa é preciso dispor segundo certa ordem e método as ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e a escola, organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática, arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os desejos e as necessidades de todos; e ligar e interligar pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem.
Esse é o sentido de ser um bom coordenador, não de uma instituição, mas de processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como os que temos nas escolas. Que os que desejam se responsabilizar por essa importante função vejam aqui um convite para criar um estilo de coordenar.
Outro aspecto de suma importância são as práticas inovadoras. Com apoio da direção, o coordenador promove e incentiva o uso de tecnologias educacionais. Para que isso aconteça, é preciso investir e incentivar a formação continuada para adotar novas metodologias, além da lousa e giz. Avaliação interna das práticas desenvolvidas na escola partir da análise dos quadros desempenho da escola, diretor e coordenador trabalham na avaliação continuada de todo o trabalho escolar é mais ponto a favor da escola para se obter um resultado satisfatório.
Jeferson também enfatiza sobre a questão acolhimento, explicando como realiza diariamente essa tarefa, momento onde ele demonstra carinho, atenção e preocupação com um de sua dos professores, funcionários, alunos e pais, sempre incluindo a sua comunidade escolar isso faz com que o elo escola-comunidade se fortaleça garantindo um trabalho de sucesso.
4 PLANO DE AÇÃO
 PROJETO DE INTERVENÇÃO 
- TEMÁTICA:
Sentido dos grupos de estudo no ensino fundamental: contribuições para uma aprendizagem significativa.
PÚBLICO ALVO: 
Professores e educandos dos anos finais do ensino fundamental e coordenação e direção pedagógica
DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA: 
A partir de relatos de alunos dos anos finais do ensino fundamental, das observações realizadas e da proposta de trabalho apresentada pela coordenação pedagógica para o Grupo de Estudos, constatou-se que esta proposta deveria ser repensada e reorganizada para melhoria do processo de aprendizagem.
Destacamos que alguns fatores devem ser considerados como tempo de início, intervalo e término, dias da semana em que acontece, o espaço e queixas dos próprios alunos quanto ao andamento das atividades no grupo de estudos.
Após conversa como os alunos envolvidos percebeu-se que possíveis mudanças podem acontecer para que os grupos colaborem para a melhoria do processo de aprendizagem, e ainda para que possam interessar mais os alunos, de modo que não venha a ocorrer incoerências entre a proposta para o Grupo de Estudos e a sua execução.
- Justificativa:
O favorecimento à autonomia no trabalho coletivo assume importante papel no desenvolvimento da cooperação e interação social. Neste sentido, o trabalho com o grupo de estudos propicia uma troca de conhecimentos que contribui para uma maior aprendizagem já que os próprios alunos se organizam e priorizam os conteúdos a serem estudados. 
Destaca-se nos grupos de estudos o surgimento da figura dos monitores que assumem a liderança dos grupos de forma natural com a aceitação dos demais por considerarem importante para o direcionamento das atividades. 
O fato de estarmos discutindo e repensando algo que já está em vigência, mostra a preocupação em garantir ou proporcionar maiores condições para que aquilo que aconteça na prática esteja de acordo com a proposta dos grupos de estudos. Isso porque a justificativa maior para esse plano de ação é melhoria dos processos educativos na instituição escolar em que realizamos o estágio. 
OBJETIVOS DA AÇÃO 
Geral:
 Instigar e mobilizar os profissionais da educação e educandos para mudanças que possam contribuir para a eficácia dos grupos de estudos do ensino fundamental, e consequentemente, contribuir para o desenvolvimento da autonomia educando por meio do trabalho coletivo a fim de propiciar uma aprendizagem significativa aos alunos. 
Específicos: 
- Levantar os conceitos dos educandos e coordenação pedagógica acerca dos grupos escolares; 
- Analisar a proposta pedagógica dos grupos escolares e sua aplicabilidade no cotidiano escolar tendo em vista um melhor aproveitamento por parte de todos os envolvidos; 
- Elaborar estratégias de reorganização dos grupos de estudo tendo como base a valorização da capacidade dos alunos, as sugestões de melhoria dos mesmos e as intencionalidades presentes nas propostas. 
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA: 
O trabalho desenvolvido com o grupo de estudos contribui significativamente para o desenvolvimento e fortalecimento da autonomia nos alunos. A autonomia é tida como a capacidade de tomar as próprias decisões e ser independente, capacidade esta, que nos grupos torna-se fundamental para o desenvolvimento das atividades e a organização dos conteúdos a serem trabalhados. 
De acordo com Piaget (1944/1958, p.17, apud Vinha, 2000) a partir dos sete, oito anos de idade, a criança começa a desenvolver a sua autonomia devido à construção de estruturas operatórias concretas e por volta dos onze a treze anos já atingem o período operatório formal favorável ao exercício da prática da autonomia. Diante disso, o professor assume a responsabilidade de propiciar um ambiente que favoreça a autonomia e a integração social, podendo iniciareste processo com as crianças menores de forma a prepará-las para um posterior trabalho coletivo no grupo de estudos. 
Em um grupo é natural que se tenha a presença de um líder. Ele assume uma posição de destaque e pode administrar as tarefas propostas, motivando os demais a caminharem de modo que alcancem seus objetivos. De acordo com Guimarães (2012) “mesmo na ausência de estruturas hierárquicas formais, sempre existem pessoas que tomam a iniciativa pela ação e desempenham papel principal nos processos de tomada de decisão de seus respectivos grupos sociais” (GUIMARÃES, 2012, p.6). 
O grupo de estudos proposto pelo colégio torna possível o surgir de líderes de forma natural e demonstra a importância da liderança na organização das atividades. Quando se tem um líder o trabalho se torna mais organizado, visto que o mesmo orienta as atividades do grupo envolvido em uma ação coletiva. Deste modo, Guimarães (2012) aponta que a necessidade, portanto, de uma figura que se destaque dentre os demais elementos de um grupo social qualquer, com capacidade para conduzi-lo, de forma voluntária, na consecução dos seus objetivos, tem sido fundamental para a subsistência, sobrevivência e sucesso do ser humano. (GUIMARÃES, 2012, p.6) 
Ou seja, nos grupos de estudos a liderança - representativa pode surgir de uma maneira natural, no momento em que um aluno se destaca no papel de líder, sem alguém ter lhe dado este poder, sendo assim uma liderança informal, já quando os alunos escolhem alguém para lhes representarem o mesmo exerce uma liderança formal. 
A liderança-representativa deve ser aperfeiçoada e exercitada a cada dia, um líder precisa ter respeito, paciência, disciplina e, o principal, precisa ter a capacidade de conduzir as pessoas de modo com que as mesmas desenvolvam o trabalho proposto com êxito. 
Para Freire (1996) algumas capacidades devem estar presentes na conduta dos educadores, de quem ensina. Mas podemos trazer essa discussão aqui para os grupos de estudo, já que na ausência de um professor a responsabilidade sobre o estudo cabe ao próprio aluno e ainda mais aos líderes. Podemos buscar em Freire fundamentos para essa ideia de liderança-representativa. Podemos entendê-la como uma atitude ou postura que exige algumas capacidades: liberdade e autoridade, comprometimento, tomada consciente de decisões e saber escutar. Essas capacidades exigem do educando a consciência de que “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros” (FREIRE, 1996, p.66). 
Entende-se por trabalho coletivo uma atividade desenvolvida em grupo, onde todos buscam alcançar o mesmo objetivo. O trabalho em equipe possibilita uma troca de conhecimento e uma maior agilidade para se cumprir o que lhes foi proposto, uma vez que o mesmo potencializa o tempo que cada integrante ainda pode contribuir para conhecimentos de outras pessoas e proporciona que o indivíduo aprenda novas tarefas com os demais. De acordo com Alonso (2002) o trabalho coletivo é necessário, pois: 
Aprender a trabalhar em conjunto com outras pessoas é um objetivo de formação que se impõe hoje para todas as pessoas em qualquer situação que se considere. Na verdade, é uma condição necessária para a formação do cidadão em uma sociedade democrática (ALONSO, 2002, p.25). 
É muito importante que o aluno saiba trabalhar em equipe, pois quando o mesmo consegue pensar no todo e não somente nele, as atividades saem bem feitas, por ser um trabalho coletivo e contar com a contribuição de todos. Em um grupo de estudos é necessário que os alunos saibam trabalhar juntos para que com isso consigam alcançar todos os objetivos propostos. 
O trabalho em equipe permite uma troca de informações, ideias e conhecimentos necessários ao desenvolvimento do individuo e a construção de conceitos. Esta integração social é de grande importância “pois é a partir dessas trocas sociais que a criança desenvolve a personalidade e o respeito, percebendo, aos poucos, que as pessoas têm diferentes necessidades e maneiras de pensar” (VINHA, 2000 p.93). No ambiente escolar, a interação acontece a todo momento e é na escola que aprendizagens se consolidam, inclusive as que não constam no currículo (MELLO; TEIXEIRA, 2012). 
Os grupos de estudos realizados pelos alunos do ensino fundamental anos iniciais promovem autonomia e se sustentam no trabalho coletivo, o que exige empenho de todos os envolvidos. 
Ainda que o trabalho pedagógico seja realizado predominantemente na sala de aula, pelos professores, é importante lembrar que todas as experiências vivenciadas na escola, com os colegas, com professores, dirigentes ou outros auxiliares, concorrem para a formação do aluno e fazem parte do cotidiano escolar, o que faz supor que a forma como a escola está organizada, o clima existente e as oportunidades que ela oferece exigem cuidados especiais da parte da direção. (ALONSO, 2002, p.2) 
O grupo de estudo é uma prática que expressa princípios presentes nos ideais da escola. O empenho dos envolvidos exige a autonomia defendida por Freire (1996) que é fazer uso de sua liberdade, é colocar sua liberdade em prática, participando de situações cooperativas de aprendizagem. 
Percebemos desta forma que a aprendizagem proporcionada pela experiência nos grupos de estudo, é aprendizagem para a vida e não somente para a instituição escola, já que envolve questões como socialização, respeito, colaboração, entre outros fatores e valores. 
Um informativo disponibilizado pela escola demonstra a ideia de que “quando um grupo de alunos trabalha sobre a premissa de que o esforço e o rendimento de cada um, serão bons e proveitosos para si e para aqueles com quem estão unidos cooperativamente, cria-se um espaço privilegiado para as relações que melhor promovem a atribuição de sentido à própria aprendizagem.” Quanto ao funcionamento o informativo expõe: “Os alunos receberão nesses dias atividades referentes ao estudo de conteúdos de provas conforme calendário”. 
Quando foram realizados questionários com os alunos referentes a essa atividade da qual eles participam, a resposta de uma aluna do 9º ano nos chamou a atenção. Ela escreveu “não tem organização, a maioria das pessoas que estão lá, são obrigadas a estar lá, não tem monitores para orientar quem não sabe a matéria, poucos professores fazem atividades para o grupo. “[...] Essa é uma resposta que explicita que para essa aluna não está clara qual é a função dos grupos de estudo e, ainda, que ela também não acredita ou não considera a ideia da capacidade dos alunos em se organizar de forma com que não necessite da presença de um professor. É claro que nos questionários percebemos alunos satisfeitos, ou conformados com o andamento dessa prática, porém o que prevalece sobre as respostas é isso que acabamos de comentar, a não consciência do que é, ou como deve ser o grupo de estudo. 
Diante da grande relevância da proposta do grupo de estudos no colégio e o que ele representa na contribuição para a formação dos alunos, fez-se necessário desenvolver um estudo que pudesse apontar os principais problemas que estão impedindo a efetividade deste trabalho. Para tanto, analisamos as percepções dos alunos e da coordenação pedagógica acerca dos grupos de estudos com as seguintes indagações: O que são os grupos de estudos? Como eles contribuem para as aulas matutinas? Como se da à organização pedagógica dos grupos de estudos? Algo pode ser melhorado para que se beneficiem mais do grupo de estudos? Como vocês organizariam o grupo de estudos? Qual a finalidade dos grupos de estudos? Qual a atribuição dos professores em relação aos grupos de estudos? Como se dá a participação dos alunos nos grupos de estudos? O projeto do grupo de estudos atingiu o seu objetivo inicial? Qual a contribuição do grupo de 361 estudo para o desenvolvimento da autonomia e do trabalho coletivo envolvendo alunos e professores? Liderança e auto-gestão? 
Iniciamos a nossa intervenção no dia 14 de outubro de 2014, com os alunos do6º, 7º, 8º e 9º anos foi realizada uma entrevista com os alunos para que desta maneira pudéssemos levantar as principais dificuldades e sugestões sobre os grupos de estudos, a entrevista foi realizada com treze alunos e levantado as seguintes dificuldades: 
- Existem pessoas que acabam atrapalhando os grupos por falta de uma pessoa responsável; 
-Os grupos deveriam ser um dia antes das provas; 
- A falta da contribuição dos professores na preparação de atividades; 
- Ter atividades mais lúdicas; 
- Falta de organização por parte dos alunos 
Foi realizada também uma entrevista com a pedagoga onde a mesma também levantou algumas dificuldades: 
- Nem todos os professores encaminham o material para os alunos; 
- Falta de uma pessoa responsável para ajudar aos alunos; 
Então, as propostas deste plano de ação objetiva a reorganização desta prática educativa, almejando a aprendizagem de qualidade.
ESTRATÉGIAS DA AÇÃO: 
O plano de ação será apresentado à equipe pedagógica para que a mesma possa averiguar se há necessidade de modificá-lo. Logo após a sua aprovação iniciará sua implantação por meio da apresentação aos docentes e alunos.
AVALIAÇÃO:
O plano de ação visa a melhoria das ações que envolvem o grupo de estudos. Deste modo, terá em seu processo avaliativo as seguintes etapas: 
Etapa diagnóstica:
 – consideramos um momento de levantamento dos conhecimentos e informações que a comunidade já possui sobre os grupos de estudo, assim como levantamento documental sobre o tema no projeto político pedagógico do colégio. Etapa processual:
 – Avaliação ao longo da implementação do projeto para ajustes de acordo com as demandas e necessidades do contexto e dos participantes. 
Resultado final:
 – Elaboração do relatório final do plano bem como apontamentos para readequação das ações e documentos escolares a respeito dos grupos de estudo. 
A liderança nos grupos de estudo está vinculada ao processo de aprendizagem por meio de auxílio dos próprios alunos. Ela se faz necessária para o bom desenvolvimento do trabalho em grupo e que este aconteça de forma organizada e direcionada. Para exercer uma liderança é preciso que o líder tenha responsabilidade, comprometimento, respeito pelos demais, que saiba ouvir e tomar decisões conscientemente, além do mais a liderança-representativa deve ser aperfeiçoada e exercitada a cada dia (FREIRE). Diante disso, sugerimos ciclos trimestrais de liderança por turma nos grupos de estudo, de modo que os líderes possam exercer efetivamente a sua tarefa diante dos demais. Sugerimos ainda, que seja criado um mural virtual dos grupos de estudo no site do colégio onde os próprios alunos possam postar dúvidas e solicitar ajuda e também possam oferecer ajuda, deixando seu e-mail pessoal para contato. 
Considerando que a instituição escolar possui em seu projeto pedagógico adesão a formação de lideres associada ao trabalho coletivo decorrente da valorização da comunidade, sugerimos também que sejam instituídos nos grupos fóruns trimestrais de avaliação das atividades do colégio pelos educandos, incentivando a participação e a corresponsabilidade dos educandos pelo colégio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A disciplina de Estágio supervisionado na Gestão Escolar proporcionou uma experiência muito válida, nos permitiu pensar e repensar a prática pedagógica.
Clarificou muito e foi de grande valia a contribuição que essa experiência de estágio proporcionando, identificar novas estratégias para solucionar problemas que talvez não imaginasse que fosse encontrar na área profissional. 
É pelo estágio que se desenvolve de uma maneira mais eficaz o raciocínio, a capacidade e o espírito crítico, além da autonomia para investigação das atividades desenvolvidas no campo de trabalho, sendo uma oportunidade para a escolha da área de atuação dos futuros profissionais.
Vivenciar a realidade escolar, e não só ler sobre ela, fez com que pudéssemos conhecer aspectos práticos e atender as necessidades de determinado grupo de alunos dentro de suas comunidades. Cada escola tem sua realidade e poder adaptar, auxiliar e levar a eles práticas mais sugestivas foi um momento desbravador.
Sem dúvida os vídeos apresentados para o desenvolvimento deste relatório foram fundamentais na compreensão de todas as atribuições e campos de atuação que o Pedagogo pode atuar, as explicações trazer a realidade da escola proporcionando experiências e um grande aprendizado. 
O trabalho do pedagogo não se limita ao exercício de atividades isoladas, é um trabalho diversificado que exige competência e comprometimento para eficiência em sua execução. Durante o estágio em gestão escolar, pudemos acompanhar um pouco do dia-a-dia da coordenação pedagógica e ainda, desenvolver um trabalho de intervenção por meio da elaboração de um plano de ação voltado aos grupos de estudo do colégio e as dificuldades que impediam o bom desenvolvimento do trabalho coletivo. 
Esta ação nos permitiu conhecer uma das muitas ações do pedagogo e pensar estratégias que pudessem contribuir com a melhoria do trabalho dos grupos de estudos. 
Identificou-se que tudo deve fluir conforme as regras a fim de que o resultado final seja um aprendizado eficaz do aluno. Ou seja, tudo coopera para o bem estar do aluno e de sua aprendizagem.
Observa-se que é muito importante ter um currículo adaptado e maleável, com o intuito de sempre adequá-lo á realidade da comunidade escolar. Também precisa ter participação dos pais e alunos sendo uma escola onde todos participem desde a criação do PPP, ressalta-se a importância de uma equipe pedagógica motivada e unida e um gestor e equipe diretiva engajados na causa maior o bem estar e o aprender do aluno.
Enfim, todo processo de Educação é contínuo, e se realiza completamente á longo prazo, e para que este processo se cumpra faz-se necessário professores engajados e entusiasmados pela profissão que ainda é desvalorizada pela grande parte da sociedade. 
REFERÊNCIAS
ALONSO, Myrtes. O Trabalho Coletivo na Escola. In: Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo. Formação de Gestores Escolares para a Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação. PUC-SP, 2002. p. 23-28. 
BRASIL. Decreto-lei nº 1.190, de 4 de abril de 1939. Dá organização à Faculdade Nacional de Filosofia. Disponível em: <https: www.senado.gov.br>. Acesso em 10 de junho de 2020. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996. 
 FREIRE, Madalena. História que começa. In: Cadernos de Pesquisa. (56), fev., 1986. 
FREITAS, H. C. L. A (nova) política de formação de professores: a prioridade postergada.Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100 – Especial, p. 1203-1230, out. 2007. Disponível em <//:www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 16 junho 2020. 
GUIMARÃES, Hercules Honorato. O gestor escolar e suas competências: a liderança em discussão. Disponível em: <http://www.anpae.org.br/iberoamericano2012/Trabalhos/HerculesGuimaraesHonorato_res_int_GT8.pdf> Acesso em 01/11/2014. 
GENTIL, H. S.; COSTA, M. O. Continuidades e descontinuidades nas políticas de formação de professores e suas implicações na prática pedagógica docente. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 20, n. 43, p. 267-287, maio/ago, 2011.
Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em https:<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4024.htm.> Acesso em 09 de junho de 2020.
LOPES, Rosana. A identidade do pedagogo como organizador do trabalho pedagógico escolar. 2013. 
 MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, v. 134, n. 1.248, p. 27.833-27.841, 23 dez. Disponível em: https:<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.> Acesso em:10 de junho de 2020.
MEC. Parecer CNE/CP, nº 05, de 13 de dezembro de 2005. Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/>. Acesso em: 10 de junho de 2020
MELLO, E.F.F.; TEIXEIRA, A.C. Ainteração social descrita por Vigotski e a sua possível ligação com a aprendizagem colaborativa através das tecnologias de rede. IX ANPED Sul, 2012. 
Nova escola. Gestão Escolar. Como fazer o PPP da Escola. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/559/como-fazer-o-ppp-da-escola >. Acesso em 18 de junho de 2020.
Nova escola. Gestão Escolar. Desafios do Coordenador Pedagógico. Disponível em:<.https://gestaoescolar.org.br/conteudo/647/os-desafios-do-coordenador-pedagogico>. Acesso em 18 de junho de 2020
Nova escola. Gestão Escolar. O que e como funciona a equipe diretiva. Disponível em <.https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1943/o-que-e-e-como-funciona-a-equipe-diretiva > Acesso em 18 de junho de 2020
Nova escola. Gestão. Regimento Escolar o que é e para que serve. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2302/regimento-escolar-o-que-e-e-para-que-serve>. Acesso em 18 de junho de 2020.
UNOPAR
 PEDAGOGIA
RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS SKRZYPA
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBROGATÓRIO III: GESTÃO EDUCACIONAL EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Canoas
2020
 RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS SKRZYPA
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBROGATÓRIO III: GESTÃO EDUCACIONAL EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Relatório apresentado à Universidade norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular Obrigatório III: Gestão Educacional em Espaços não Escolares do curso de Pedagogia.
Canoas
2020

Continue navegando