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Nutrição e Saúde: Desafios Contemporâneos

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Giselle Medeiros da Costa One 
Adriana Gomes Cezar Carvalho 
(Organizadores) 
 
 
& : os 
desafios do mundo contemporâneo 
 
2 
 
 
 
 
 
IMEA 
João Pessoa - PB 
2018 
 
 
 
Instituto Medeiros de Educação 
Avançada - IMEA 
 
Editor Chefe 
Giselle Medeiros da Costa One 
 
Corpo Editorial 
Giselle Medeiros da Costa One 
Helder Neves de Albuquerque 
Julianne Freitas Moreno 
Adriana Gomes Cezar Carvalho 
 
 
Revisão Final 
Ednice Fideles Cavalcante Anízio 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados de Acordo com AACR2, CDU e CUTTER 
Laureno Marques Sales, Bibliotecário especialista. CRB -15/121 
Direitos desta Edição reservados ao Instituto Medeiros de Educação Avançada – 
IMEA 
Impresso no Brasil / Printed in Brazil 
 One, Giselle Medeiros da Costa. 
 O59n Nutrição e Saúde: os desafios do mundo contemporâneo, 2./ 
Organizadores: Giselle Medeiros da Costa One; Adriana Gomes Cezar 
Carvalho 
 1203 fls. 
 Prefixo editorial: 53005 
 ISBN: 978-85-53005-02-4 (on-line) 
 Modelo de acesso: Word Wibe Web 
 <http://www.cinasama.com.br> 
 
 Instituto Medeiros de Educação Avançada – IMEA – João 
Pessoa - PB 
 
1. Nutrição clínica 2. Transtornos alimentares 3. Alimentação lactante 4. Terapia 
Nutricional I. Giselle Medeiros da Costa One II. Adriana Gomes Cezar 
Carvalho III. Nutrição e Saúde: os desafios do mundo contemporâneo, 2 
 
 CDU: 612.3 
 
 
IMEA 
Instituto Medeiros de Educação 
Avançada 
 
Proibida a reprodução, total ou parcial, por qualquer 
meio ou processo, seja reprográfico, fotográfico, 
gráfico, microfilmagem, entre outros. Estas proibições 
aplicam-se também às características gráficas e/ou 
editoriais. 
A violação dos direitos autorais é punível como Crime 
(Código Penal art. 184 e §§; Lei 9.895/80), com 
busca e apreensão e indenizações diversas (Lei 
9.610/98 – Lei dos Direitos Autorais - arts. 122, 123, 
124 e 126) 
 
Todas as opiniões e textos presentes 
neste livro são de inteira responsabilidade 
de seus autores, ficando o organizador 
isento dos crimes de plágios e 
informações enganosas. 
 
IMEA 
 
Instituto Medeiros de Educação Avançada 
 
 
 
Av Senador Ruy Carneiro, 115 ANDAR: 1; CXPST: 072; 
João Pessoa - PB 
58032-100 
Impresso no Brasil 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos participantes do CINASAMA pela 
dedicação que executam suas 
atividades e pelo amor que escrevem os 
capítulos que compõem esse livro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A mente que se abre a uma 
nova ideia jamais voltará ao 
seu tamanho original (ALBERT 
EINSTEIN).” 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
A citação de Soren Kierkegaard no século XIX diz que 
a vida só pode ser comprrendida olhando-se para trás, mas 
só pode ser vivida olhando-se para frente. Esta é a proposta 
deste que apresenta diversidade sobre uma temática com 
abordagens variadas demonstrado ser um livro para 
contribuir com o conhecimento do leitor na área da saúde 
sob conteúdo dividido nos módulos de saúde, atenção a 
saúde, farmácia e saúde mental. 
O CINASAMA é um evento que tem como objetivo 
proporcionar subsídios para que os participantes tenham 
acesso às novas exigências do mercado e da educação. E ao 
mesmo tempo, reiterar o intuito Educacional, Biológico, 
Nutricional e Ambiental de direcionar todos que formam a 
Comunidade acadêmica para uma Saúde Humana e 
Educação socioambiental para a Vida. 
Os livros “NUTRIÇÃO E SAÚDE: os desafios do 
mundo contemporâneo 1, 2 e 3” tem conteúdo 
interdisciplinar, contribuindo para o aprendizado e 
compreensão de varias temáticas dentro da área em 
estudo. Esta obra é uma coletânea de pesquisas de campo 
e bibliográfica, fruto dos trabalhos apresentados no 
Congresso Nacional de Saúde e Meio Ambiente realizado 
entre os dias 17 e 18 de novembro de 2017 na cidade de 
João Pessoa-PB. 
 
 
Os eixos temáticos abordados no Congresso Nacional 
de Saúde e Meio Ambiente e nos livros garantem uma 
ampla discussão, incentivando, promovendo e apoiando a 
pesquisa. Os organizadores objetivaram incentivar, 
promover, e apoiar a pesquisa em geral para que os leitores 
aproveitem cada capítulo como uma leitura prazerosa e com 
a competência, eficiência e profissionalismo da equipe de 
autores que muito se dedicaram a escrever trabalhos de 
excelente qualidade direcionados a um público vasto. 
Esta publicação pode ser destinada aos diversos 
leitores que se interessem pelos temas debatidos. 
Espera-se que este trabalho desperte novas ações, 
estimule novas percepções e desenvolva novos humanos 
cidadãos. 
Aproveitem a oportunidade e boa leitura. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
NUTRIÇÃO CLÍNICA __________________________________________ 18 
CAPÍTULO 1 ________________________________________________ 19 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR __________________________________________ 19 
CAPÍTULO 2 ________________________________________________ 39 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVÍDICO-PUERPERAL ______________________________________ 39 
CAPÍTULO 3 ________________________________________________ 58 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL AO PACIENTE COM CÂNCER GASTRICO: DO 
DIAGNÓSTICO À ALTA HOSPITALAR _____________________________ 58 
CAPÍTULO 4 ________________________________________________ 80 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS: UM ESTUDO DE 
CASO _____________________________________________________ 80 
CAPÍTULO 5 _______________________________________________ 100 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA ASSISTÊNCIA À PACIENTE COM 
ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA ____________________________ 100 
CAPÍTULO 6 _______________________________________________ 120 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA ASSISTÊNCIA À PACIENTE COM DIAGNÓSTICO 
DE ADENOCARCINOMA DE ENDOMÉTRIO _______________________ 120 
CAPÍTULO 7 _______________________________________________ 139 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196027
 
 
ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTE COM 
ADENOCARCINOMA DE ENDOMÉTRIO __________________________ 139 
CAPÍTULO 8 _______________________________________________ 162 
ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS ANTES 
E APÓS TRATAMENTO DE BASE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA _______ 162 
CAPÍTULO 9 _______________________________________________ 184 
A UTILIZAÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO DO AMINOÁCIDO GLUTAMINA NO 
TRATAMENTO DO CÂNCER: UMA REVISÃO DA LITERATURA _________ 184 
CAPÍTULO 10 ______________________________________________ 203 
A EFICÁCIA DO USO DE FIBRAS DIETÉTICAS EM INDIVÍDUOS COM 
DIABETES MELLITUS TIPO 2 ___________________________________ 203 
CAPÍTULO 11 ______________________________________________ 220 
ADESÃO AO TRATAMENTO DIETOTERÁPICO POR IDOSOS DIABÉTICOS 
PARTICIPANTES DO PROGAMA HIPERDIA EM UM MUNICIPIO DO SERTÃO 
PARAIBANO _______________________________________________ 220 
CAPÍTULO 12 ______________________________________________ 253 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL, DE CONSUMO ALIMENTAR E DE SAÚDE DE 
IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 NÃO 
INSTITUCIONALIZADOS ______________________________________ 253 
CAPÍTULO 13 ______________________________________________ 273 
DIABETES TIPO 2: POR QUE NÃO ADERIR AO TRATAMENTO 
DIETOTERÁPICO E QUAIS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELO NUTRICIONISTA 
PARA MELHOR ADESÃO? ____________________________________ 273 
CAPÍTULO 14 ______________________________________________ 294 
 
 
EDULCORANTES PERMITIDOS NA DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ________________________________ 294 
CAPÍTULO 15 ______________________________________________ 311 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO COM 
DIAGNÓSTICODE DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA __________________ 311 
CAPÍTULO 16 ______________________________________________ 328 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA RETOCOLITE ULCERATIVA ASSOCIADA A 
COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA _________________________ 328 
CAPÍTULO 17 ______________________________________________ 347 
CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM ESCLEROSE 
SISTÊMICA: RELATO DE CASO _________________________________ 347 
CAPÍTULO 18 ______________________________________________ 366 
INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA CICATRIZAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO 
EM TRANSPLANTADO RENAL TARDIO __________________________ 366 
CAPÍTULO 19 ______________________________________________ 387 
NOVAS PERSPECTIVAS NUTRICIONAIS PARA A PREVENÇÃO E 
TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA: UMA REVISÃO ________ 387 
CAPÍTULO 20 ______________________________________________ 407 
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OBESIDADE EM INDIVÍDUOS ADULTOS 
NO MUNICÍPIO DE PEDRA BRANCA-PB __________________________ 407 
CAPITULO 21 ______________________________________________ 427 
FATORES ETIOPATOGÊNICOS DA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ________________________________ 427 
CAPÍTULO 22 ______________________________________________ 453 
 
 
MICROBIOTA E SUA RELAÇÃO COM DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS.
 _________________________________________________________ 453 
CAPÍTULO 23 ______________________________________________ 473 
NUTRIÇÃO E SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS _____________ 473 
CAPÍTULO 24 ______________________________________________ 491 
SARCOPENIA E CAQUEXIA EM PACIENTES INFECTADOS PELO HIV EM USO 
DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL _______________________________ 491 
CAPÍTULO 25 ______________________________________________ 514 
DESNUTRIÇÃO GRAVE NA ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA: 
ATUAÇÃO NUTRICIONAL _____________________________________ 514 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: TERAPIA NUTRICIONAL _____________________ 532 
CAPÍTULO 26 ______________________________________________ 533 
O ZINCO E SUA INFLUÊNCIA NA DOENÇA DE DEMÊNCIA. ___________ 533 
CAPÍTULO 27 ______________________________________________ 549 
A VITAMINA D NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: INFLUÊNCIA 
SOBRE MECANISMOS EPIGENÉTICOS E EXPRESSÃO GÊNICA ________ 549 
CAPÍTULO 28 ______________________________________________ 569 
ALCANCE DAS NECESSIDADES CALÓRICAS E PROTEICAS EM PACIENTES 
COM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL _________________________ 569 
CAPÍTULO 29 ______________________________________________ 587 
ASPECTOS METABÓLICOS E FISIOLÓGICOS DO ZINCO ______________ 587 
CAPÍTULO 30 ______________________________________________ 605 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196078
 
 
AVALIAÇÃO DO TEOR LIPÍDICO DE DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS 
PARA DIABÉTICOS __________________________________________ 605 
CAPÍTULO 31 ______________________________________________ 623 
ADEQUAÇÃO DA INGESTÃO PROTEICA E CALÓRICA DE PACIENTES 
CRÍTICOS UTILIZANDO TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: UMA REVISÃO DE 
LITERATURA_______________________________________________ 623 
CAPÍTULO 32 ______________________________________________ 640 
A UTILIZAÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO DO AMINOÁCIDO GLUTAMINA NO 
TRATAMENTO DO CÂNCER: UMA REVISÃO DA LITERATURA _________ 640 
CAPÍTULO 33 ______________________________________________ 660 
O ZINCO E SUA INFLUÊNCIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER ___________ 660 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: NUTRIÇÃO EXPERIMENTAL __________________ 676 
CAPÍTULO 34 ______________________________________________ 677 
A CHIA (SALVIA HISPÂNICA L.) ESTÁ ENVOLVIDA NA REGULAÇÃO DA 
OBESIDADE? ______________________________________________ 677 
CAPÍTULO 35 ______________________________________________ 695 
ASSOCIAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL E O 
SURGIMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM UNIVERSITÁRIOS 695 
CAPÍTULO 36 ______________________________________________ 716 
ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE DO ÓLEO DE GERGELIM NATURAL EM 
RATOS WISTAR. ____________________________________________ 716 
CAPÍTULO 37 ______________________________________________ 738 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196095
 
 
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÓLEO DE GERGELIM SOBRE 
PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE RATOS 
WISTAR __________________________________________________ 738 
CAPÍTULO 38 ______________________________________________ 758 
EPIGENÉTICA E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE E ESTRESSE OXIDATIVO
 _________________________________________________________ 758 
CAPÍTULO 39 ______________________________________________ 777 
FATORES INTERVENIENTES NO SEGUIMENTO DO TRATAMENTO 
NUTRICIONAL _____________________________________________ 777 
CAPÍTULO 40 ______________________________________________ 794 
O MAGNÉSIO NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL __________ 794 
CAPÍTULO 41 ______________________________________________ 809 
SUPLEMENTAÇÃO DE PROBIÓTICOS COMO UMA ESTRATÉGIA 
TERAPÊUTICA INOVADORA PARA AS DESORDENS METABÓLICAS: UMA 
REVISÃO _________________________________________________ 809 
CAPITULO 42 ______________________________________________ 827 
EFEITO DO ÓLEO DE CÁRTAMO SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATOS 
SUBMETIDOS AO TREINAMENTO FÍSICO ________________________ 827 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: TRANSTORNOS ALIMENTARES _______________ 856 
CAPITULO 43 ______________________________________________ 857 
A AÇÃO SACIETÓGENA DA GRIFFONIA SIMPLICIFOLIA (5-HTP) NO 
TRATAMENTO DA COMPULSÃO ALIMENTAR _____________________ 857 
CAPÍTULO 44 ______________________________________________ 876 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196114
 
 
NUTRIENTES E TRANSTORNOS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE 
GENERALIZADA: GÊNESE, PREVENÇÃO E TRATAMENTO COADJUVANTE876 
CAPÍTULO 45 ______________________________________________ 897 
TRANSTORNOS ALIMENTARES E A MUDANÇA NA PERCEPÇÃO CORPORAL 
NO TRANSCORRER DO TEMPO ________________________________ 897 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: ALIMENTAÇÃO LACTANTE __________________ 919 
CAPÍTULO 46 ______________________________________________ 920 
PRÁTICA DE ALEITAMENTO MATERNO: DESAFIO DA MATERNIDADE NA 
PÓS- MODERNIDADE _______________________________________ 920 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL INFANTO-JUVENIL __ 937 
CAPÍTULO 47 ______________________________________________ 938 
INFLUÊNCIA DA PROTEÍNA GLÚTEN E CASEÍNA NO COMPORTAMENTO DA 
CRIANÇA AUTISTA __________________________________________ 938 
CAPÍTULO 48 ______________________________________________ 955 
CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE 0 A 1 ANO DE 
IDADEEM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE _________ 955 
CAPÍTULO 49 ______________________________________________ 975 
NÚMERO E ESTRATÉGIAS DE PROPAGANDAS ALIMENTARES INFANTIS 
VEICULADAS PELA MÍDIA EM QUATRO EMISSORAS DE TELEVISÃO ___ 975 
CAPÍTULO 50 ______________________________________________ 990 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196121
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196124
 
 
PROBLEMÁTICA DO SOBREPESO E OBESIDADE: A RELAÇÃO ENTRE 
FATORES AMBIENTAIS E O HÁBITO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES ____________________________________________ 990 
CAPÍTULO 51 _____________________________________________ 1007 
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: PERFIL ALIMENTAR 
E ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES EM FOCO __________________ 1007 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: AVALIAÇÃO NUTRICONAL COLETIVIDADE SADIA 1038 
CAPÍTULO 52 _____________________________________________ 1039 
PERFIL NUTRICIONAL DOS MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRO DO 
HOSPITAL DE GUARNIÇÃO DE JOÃO PESSOA - PARAÍBA ___________ 1039 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: EDUCAÇÃO NUTRICIONAL _________________ 1055 
CAPÍTULO 53 _____________________________________________ 1056 
RELATO DE EXPERIÊNCIA:METODOLOGIAS ATIVAS COMO FERRAMENTA 
DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ______ 1056 
CAPÍTULO 54 _____________________________________________ 1077 
ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA SOCIEDADE 
CONTEMPORÂNEA ________________________________________ 1077 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: NUTRIÇÃO E PSCICOLOGIA _________________ 1098 
CAPÍTULO 55 _____________________________________________ 1099 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196135
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196138
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196143
 
 
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE UNIVERSITÁRIOS PARAIBANOS SOBRE A 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E NÃO SAUDÁVEL ___________________ 1099 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: NUTRIÇÃO E SAÚDE DA MULHER ____________ 1123 
CAPÍTULO 56 _____________________________________________ 1124 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM TUBERCULOSE NO PERÍODO 
DE PÓS-PARTO NORMAL ____________________________________ 1124 
CAPÍTULO 57 _____________________________________________ 1144 
NECESSIDADES E SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL DURANTE O PERÍODO 
GESTACIONAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA __________________ 1144 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: NUTRIÇÃO E IMUNOLOGIA _________________ 1164 
CAPÍTULO 58 _____________________________________________ 1165 
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA DOENÇA CELÍACA ________________ 1165 
NUTRIÇÃO CLÍNICA: NUTRIÇÃO EM CIRURGIA __________________ 1183 
CAPÍTULO 59 _____________________________________________ 1184 
ASPECTOS NUTRICIONAIS EM CIRURGIA BARIÁTRICA _____________ 1184 
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196146
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196151
file:///D:/2017/livros%202017%202018/NUTRICAO%202%20VINICIUS%20%20(%20ALYNNE).docx%23_Toc506196154
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO 
CLÍNICA 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
19 
 
CAPÍTULO 1 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE 
COM LESÃO EXTENSA EM MEMBRO 
INFERIOR 
 
Ávilla Monalisa Silva de OLIVEIRA 1 
Kamilla Helen Rodrigues da COSTA 1 
Luciana Caroline Paulino do NASCIMENTO² 
 Miniamy Pereira NÓBREGA 1 
Amanda de Azevedo ARAUJO ³ 
1 Residente do programa de Residência Uniprofissional em Nutrição Clínica do Hospital das 
Clínicas UFPE; ²Mestre em Bioquímica e Fisiologia, UFPE; ³ Especialização em Saúde da 
Família pela Faculdade de Ciências Médicas/UPE 
monalisaavilla@gmail.com 
 
RESUMO: A obesidade é um problema de saúde crescente, 
estando associada ao surgimento de várias comorbidades 
como doenças cardiovasculares, dermatoses e alterações 
circulatórias. A nutrição tem papel importante na cicatrização, 
sendo necessário muitas vezes o uso de suplementação 
nutricional. O objetivo do trabalho foi descrever a atuação 
nutricional na assistência à paciente com diagnóstico de lesão 
extensa em membro inferior. Trata-se de um estudo descritivo, 
do tipo estudo de caso. Para avaliação antropométrica foi 
utilizado peso, altura, IMC e circunferência do braço, e para 
avaliação de risco nutricional utilizou-se a ferramenta NRS 
(2002). A paciente não apresentou risco nutricional na 
admissão, nem cursou com perda de peso durante o 
internamento. Optou-se por utilizar a recomendação proposta 
pela EPUAP (2014) de 30-35 kcal/kg de peso atual e 1,25-1,5 
g de proteína/kg de peso atual. Ofertou-se dieta hipercalórica 
e hiperprotéica, associada a suplementação oral especializada 
para melhora da cicatrização, de característica hipercalórica e 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
20 
 
hiperproteica, rica em antioxidantes e micronutrientes 
totalizando 3090 kcal (105%) e 132,3g de proteína (105% de 
adequação). Percebe-se a importância da atuação do 
nutricionista nessas situações afim de melhorar o estado 
nutricional da paciente bem como a cicatrização da ferida, pois 
sabe-se que o aporte proteico e energético são de suma 
importância nesses casos sendo necessário um 
acompanhamento individualizado. 
Palavras-chave: Obesidade. Cicatrização. Estado Nutricional. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo 
acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo (NETO; 
CAMPOS, 2009). Sua prevalência cresceu acentuadamente 
nas últimas décadas, principalmente nos países em 
desenvolvimento e as doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) ocupam as primeiras posições nas estatísticas de 
mortalidade mundiais (WHO, 2000). 
Dados do VIGITEL 2016 mostram que mais da metade 
da população está com peso acima do recomendado 
totalizando cerca de 18,9% dos brasileiros obesos. O excesso 
de peso passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016, e a 
obesidade cresceu 60% em 10 anos. 
O excesso de peso contribui de forma importante para a 
carga de doenças crônicas e de incapacidades. Dessa forma, 
o aumento excessivo da quantidade de gordura e do peso 
corporal deverá repercutir de maneira negativa tanto na 
qualidade quanto na expectativa de vida (FORTMANN et al, 
2009). 
As consequências para a saúde associadas a estes 
fatores vão desde condições debilitantes que afetam a 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
21 
 
qualidade de vida, tais como a osteoartrite, dificuldades 
respiratórias, problemas músculo-esqueléticos, problemas de 
pele e infertilidade, até condições graves, como doença 
coronariana, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer (NETO; 
CAMPOS, 2009). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a 
obesidade baseando-se no índice de massa corporal (IMC) 
definido pelo cálculo do peso corporal, em quilogramas, 
dividido pelo quadrado da altura, em metros quadrados (IMC = 
kg/m²), e também pelo risco de mortalidade associada. A 
obesidade é caracterizada quando o IMC encontra-se acima 
de 30 kg/m². A OMS define a gravidade da obesidade em: 
grau I (moderado excesso de peso) quando o IMC situa-se 
entre 30 e 34,9 kg/m2 ); obesidade grau II (obesidade leve ou 
moderada) com IMC entre 35 e 39,9 kg/m2 e, por fim, 
obesidade grau III (obesidade mórbida) na qual IMC 
ultrapassa 40 kg/m (OMS, 1998; FANDINO; SEGAL, 2002). 
 A distribuição da gordura corporal considera a sua 
localização. Há a obesidade central (androide), em que o 
tecido adiposo localiza-se principalmente na parte superior do 
corpo, estando relacionada a altos riscos para doenças 
cardiometabólicas, e a periférica (ginecoide), 
predominantemente na parte inferior do corpo, quadril, nádega 
e coxa, associado a maiores riscos de artrose e varizes de 
membros inferiores (SANTOS; NUNES; TAVARES, 2010). 
 A obesidade está também associada ao surgimento de 
inúmeras comorbidades que prejudicam a qualidade de vida e 
agravam o prognóstico dos pacientes. Dentre elas, destacam-
se diabetes tipo 2, câncer e doenças cardiovasculares (ANIS, 
2009). 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
22 
 
Também nota-se a relação da obesidade com a alta 
prevalência e intensidade das dermatoses, relacionadas ao 
grande volume de dobras e pregas cutâneas, alterações 
circulatórias, metabólicas e dificuldade do manejo higiênico de 
regiões mais acometidas pela própria limitação física (BOZA, 
2010). 
A cicatrização ocorre de forma semelhante na maioria 
dos dos tecidos corporais, com exceção dos tecidos ópticos, 
hepático e ósseo. Dessa forma, as fases da cicatrização são 
divididas didaticamente em seis fases (SUZUKI, 2013): 
 Coagulação: Ocorre liberação de substâncias 
vasoconstrictoras, de eicosanoides e ativação da cascata 
de coagulação; 
 Inflamação neurogênica: Ocorre a vasodilatação 
e aumento da permeabilidade capilar com objetivo de 
facilitar a migração de neutrófilos até a lesão; 
 Inflamação tecidual: Aumento daadesão de 
moléculas no endotélio; 
 Fase proliferativa: Ocorre ativação dos 
macrófagos, responsáveis pelo desbridamento da lesão, 
promovendo o início da angiogênese, fibroplasia e síntese 
de óxido nítrico; 
 Contração: O processo de contração da ferida 
alcança a sua eficiência máxima, devido a mudança 
fenotípica dos fibroblastos para miofibroblastos; 
 Remodelação: Reorganização das novas fibras 
de colágeno de forma paralela a superfície da ferida. 
A nutrição quando prejudicada interfere diretamente 
nessas fases podendo prolongar a fase inflamatória, diminuir a 
formação e a proliferação de fibroblastos, angiogênese e 
síntese de colágeno e proteoglicanos, limitando os leucócitos 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
23 
 
acelerando a piora do quadro (AZEVEDO; ESCUDEIRO, 
2009). Constantemente o comprometimento do estado 
nutricional do paciente não é identificado visualmente, onde 
até mesmo o obeso pode ter carências nutricionais 
importantes (SILVA et al., 2007). A melhoria do estado 
nutricional permite que o organismo cicatrize as feridas e 
poderá até mesmo acelerar o processo de cicatrização 
(MONTENEGRO, 2012). O quadro 1 mostra os nutrientes 
envolvidos durante o processo de cicatrização. 
 
Quadro 1 – Nutrientes envolvidos durante a cicatrização. 
Fases da cicatrização Citocinas e/ou fatores de crescimento 
envolvidos 
Inflamação 
neurogênica 
Ácidos graxos essenciais, zinco, cobre, 
magnésio, selênio. 
Inflamação tecidual Arginina, taurina, cisteína, glutamina, 
zinco, cobre, ferro, boro, manganês, 
vitamina C e vitamina A. 
Proliferativa Arginina, taurina, glutamina, carboidratos, 
zinco, cobre, ferro, magnésio, manganês, 
selênio, vitamina C, vitaminas do 
complexo B 
Remodelação Vitamina A 
Fonte: SUZUKI, 2013. 
 
As recomendações de determinados nutrientes como 
proteínas, aminoácidos (glutamina e arginina), antioxidantes 
(vitamina C, vitamina B, zinco, cobre) e outros, em portadores 
de lesões, foram estabelecidos a partir do conhecimento da 
fisiologia e metabolismo dos nutrientes, e os efeitos esperados 
sobre o processo de cicatrização (VERDU e PERDOMO, 
2011; CAMPOS et.al, 2009). 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
24 
 
A ingestão proteica adequada promove um balanço 
nitrogenado positivo, viabilizando a síntese proteica e 
recuperação do indivíduo. A European Pressure Ulcer Panel 
recomenda de 1,0 a 1,5g/kg/dia, a Agency for Health Care 
Policy and Research ou Agency for Healthcare and Quality 
recomenda a ingestão de 1,25 a 1,5 g/kg/dia, mesma faixa 
etária recomendada pela European Pressure Ulcer Advisory 
Panel (EPUAP, 2014). 
O mecanismo de ação da arginina durante a 
cicatrização ainda não está claro, mas relaciona-se com o 
aumento na concentração plasmática de fator de crescimento 
similar à insulina (IGF) com estimulação da resposta de 
células T e com aumento da síntese de óxido nítrico (SUZUKI, 
2013). 
A vitamina C, também muito importante durante a 
cicatrização, é um cofator essencial na síntese de colágeno, 
proteoglicanos e outros componentes da matriz celular 
(SUZUKI, 2013). 
Devido a esse quadro vale ressaltar a precariedade de 
estudos nessa linha de pesquisa e a necessidade de 
conhecimento e prestação de cuidados aos doentes com 
úlceras de perna no sentido de reduzir o tempo de 
cicatrização, prevenir a reincidência e promover a 
racionalização de recursos da saúde e melhoria da qualidade 
de vida. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODO 
 
Trata-se de um estudo de caráter descritivo com 
abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Segundo 
Shaughnessy, Zechmeister e Zechmeister (2012), o estudo de 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
25 
 
caso representa um método de pesquisa através do qual se 
torna possível uma descrição e análise intensiva de um 
indivíduo único, funcionando como uma fonte potencialmente 
rica de informações. 
O estudo foi desenvolvido na enfermaria de Cirurgia 
Plástica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Pernambuco, durante o mês de junho de 2017. Os dados 
foram coletados a partir de registros de evoluções e exames 
anexados em prontuário, observações da equipe ao longo do 
período da hospitalização da paciente, e informações 
provenientes dos atendimentos realizados. Com vista a 
ampliar as discussões, utilizaram-se ainda levantamentos de 
dados teóricos, através de revisão da literatura de livros e 
artigos científicos. 
 As medidas de peso e altura foram realizadas segundo 
técnica original recomendada por Lohman e cols (1988). A 
massa corporal foi obtida em balança eletrônica digital, da 
marca Líder-LD1050®, com capacidade máxima de 200 Kg e 
precisão de 100g. A altura foi aferida através de estadiômetro 
acoplado à balança. Para avaliação do estado nutricional foi 
utilizado a classificação da OMS (1998), conforme o Quadro 2. 
 
Quadro 2 – Classificação do estado nutricional de adultos 
segundo o Índice de Massa Corporal. 
CLASSIFICAÇÃO IMC (kg/m²) 
Obesidade grau III >40 
Obesidade grau II 35-40 
Obesidade grau I 30-34,9 
Sobrepeso 25-29,9 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
26 
 
Fonte: WHO, 1997. 
 
A circunferência do braço (CB) foi obtida no ponto 
médio entre o acrômio e o olecrano utilizando fita métrica 
flexível e inelástica sem comprimir os tecidos, com o paciente 
em pé. Sua adequação foi obtida através da fórmula: %CB = 
CB atual ÷ CB P50. Utilizou-se como percentil 50 o ponto de 
corte específico para idade e gênero, recomendado por 
Frisancho (1990). 
A adequação foi classificada de acordo com o 
recomendado por Blackburn (1979), como mostra o quadro a 
seguir: 
 
Quadro 2 – Adequação da circunferência do braço proposta 
por Blackburn (1979). 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
<70% 70-80% 80-90% 90-
110% 
110-
120% 
>120% 
Fonte: Blackburn (1979). 
 
 Para triagem nutricional foi realizada a NRS 2002 e o 
cálculo da dieta ofertada foi calculado pelo DietBox ®, de 
acordo com os alimentos e suplementos disponíveis no 
hospital. 
 
Eutrofia 18,5-24,9 
Desnutrição grau I 17-18,4 
Desnutrição grau II 16-16,9 
Desnutrição grau III <16 
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MEMBRO INFERIOR 
27 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1 Identificação do paciente 
L.B.S., 53 anos, sexo feminino, casada, natural de 
Carnaíba (PE). Admitida pela Cirurgia Plástica no dia 
21/06/2017, apresentando lesão extensa em membro inferior 
esquerdo, como é possível observar na figura 1. 
 
Figura 1 – Foto autorizada da lesão apresentada em membro 
inferior esquerdo pela paciente L.B.S. 
 
Fonte: Própria. 
 
Diagnóstico principal: Lesão extensa em membro inferior 
esquerdo. 
 
3.2 História Clínica e antecedentes familiares 
Paciente relata peso habitual de 126,5 kg, sendo 
inicialmente diagnosticada, pelo IMC, com obesidade grau III 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
28 
 
(IMC = 41,30 kg/m²). Sem comorbidades associadas e com 
histórico familiar de obesidade em parentes de primeiro grau. 
A paciente refere que juntamente com o ganho de peso 
surgiam as lesões no membro inferior esquerdo. Diante disso, 
procurou acompanhamento nutricional em seu município e foi 
submetida à dieta com restrição calórica objetivando a perda 
de peso. Houve perda intencional de 34% do peso (42,5kg) no 
período de um ano, associado a isso, houve aumento da lesão 
da perna esquerda, levando-a a procurar tratamento médico. 
 
3.3 Anamnese clínica e alimentar 
Em anamnese alimentar, observa-se preocupação da 
paciente em manter a dieta restrita em carboidratos simples, 
porém com baixa ingestão energético-proteica. 
Apresenta função gastrointestinal presente, mastigação 
edeglutição adequada, nega náuseas e vômitos, apetite 
preservado e histórico de perda de peso intencional. 
 
3.4 Exames Bioquímicos 
 
Tabela 1 - Exames bioquímicos durante internamento no 
Hos+pital das clínicas (UFPE). 
 13/06/17 26/06/17 Referência 
HEMOGLOBINA 12,2 11,0↓ 12,0-16,0 
HEMATÓCRITO 38,4 33,4↓ 36,0-47,0 
VCM 77,42↓ 77↓ 80,0-98,0 
HCM 24,6↓ 25↓ 27,0-33,0 
LEUCÓCITOS 7280 8070 4000-1100 
CREATININA 0,9 0,8 0,6-1,1 
UREIA 38,8 20,4 10-50 
GLICOSE 91,4 70-99 
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29 
 
SÓDIO 136,2 134-139 
POTÁSSIO 4,1 3,6-5,5 
CLORETO 100,2 94-112 
Fonte: CALIXTO-LIMA; REIS, 2012. 
 
Os exames bioquímicos da paciente demonstraram a 
presença de anemia inicialmente normocítica e normocrômica 
que evoluiu com discreta queda na hemoglobina e hematócrito 
caracterizando uma anemia ferropriva. 
 
3.5 Triagem Nutricional 
 
 A avaliação do risco nutricional tem como objetivo 
demonstrar risco aumentado de morbimortalidade devido o 
estado nutricional. Essa identificação ajuda a avaliar o risco de 
deterioração nutricional nos pacientes que já tem queixas 
relacionadas (BARBOSA; BARROS, 2002; JOHANSEN et al., 
2004; ELIA; ZELLIPOUR; STRATTON, 2005). 
A triagem nutricional foi realizada no momento da 
admissão por meio da NRS (2002) conforme recomendação 
da ESPEN (2017). Foi obtido escore 0, classificando a 
paciente como sem risco nutricional. 
É importante ressaltar que apesar da paciente 
apresentar um lesão extensa, não apresentou risco por sua 
ingestão habitual está sendo mantida e a perda de peso ser 
intencional. Porém, lesões extensas necessitam de suporte e 
acompanhamento nutricional detalhado para cicatrização 
(EPUAP, 2014). Fazendo da paciente uma candidata a 
acompanhamento nutricional intensificado no ambiente 
hospital, apesar de não apresentar risco nutricional pela NRS 
(2002). 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
30 
 
3.6 Avaliação física e antropométrica 
 
 Em avaliação subjetiva, é possível identificar sinais da 
perda de peso importante apresentada pela paciente, como a 
atrofia da bola gordurosa de bichart e proeminência da 
clavícula. Apesar da paciente ainda apresentar excesso de 
peso, como mostra a figura 2. 
 
Figura 2 – Foto autorizada pela paciente L.B.S. durante o 
internamento. 
 
Fonte: Própria. 
 
 A tabela 2 mostra o resultado do acompanhamento 
nutricional durante o internamento. 
 
Tabela 2 - Acompanhamento do estado nutricional durante 
internamento no Hospital das Clínicas (UFPE). 
DATA Peso (kg) Altura(m) IMC(kg/m²) CB(cm) 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
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31 
 
26/06/17 84 (estimado) 1,75 27,5 33(107%) 
04/07/17 84,6 1,75 27,62 33(107%) 
10/07/17 84,7 1,75 27,6 33(107%) 
Fonte: Própria. 
 
 Inicialmente, foi necessário estimar o peso utilizando a 
escala de silhueta proposta por Kakeshita e col. (2009) devido 
impossibilidade de levantar-se pela extensão da lesão. Porém, 
na segunda e na última semana de internamento, com peso 
aferido, observa-se que ficou semelhante ao estimado. 
 A paciente, segundo IMC, apresenta sobrepeso e, 
segundo a circunferência do braço, é eutrófica. 
 Supõe-se, ao unir avaliação antropométrica e física, que 
com a restrição calórica, houve perda de gordura, porém 
acompanhado com uma perda de massa magra. 
 
3.7 Intervenção Nutricional 
 
 Durante o internamento a paciente foi submetida a 
procedimento cirúrgico de enxerto de pele no local da lesão. O 
local onde foi retirado a pele pode ser observado na figura 3. 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
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32 
 
Figura 3 – Foto autorizada do local da retirada do enxerto de 
pele para procedimento cirúrgico. 
 
Fonte: Própria. 
 Ao comparar a lesão com a graduação das lesões por 
pressão estabelecidas pela EPUAP (2014), observa-se que se 
classifica como grau III, com perda da espessura da pele e 
exposição do tecido gorduroso. 
 Optou-se por utilizar a recomendação proposta pela 
EPUAP (2014) de 30-35 kcal/kg de peso atual e 1,25-1,5 g de 
proteína/kg de peso atual. Dessa forma, objetiva-se a oferta de 
2940 kcal (35 kcal/kg de peso) e 126g de proteína (1,5g/kg de 
peso). 
Ofertou-se dieta hipercalórica e hiperprotéica, com 3090 
kcal (105%) e 132,3g de proteína (105% de adequação). Essa 
oferta foi obtida através da dieta mais suplementação 
especializada em cicatrização três vezes ao dia, totalizando 
600ml/dia. 
A evolução na lesão pode ser observada na figura 4, 
que mostra a lesão na admissão e na alta da paciente. 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
33 
 
Figura 4 – Foto autorizada mostrando a evolução na 
cicatrização da lesão durante internamento. 
 
 
Fonte: Própria. 
 
3.8 Suplementação Nutricional 
 
O processo de cicatrização é mediado por uma série de 
fatores, principalmente vários nutrientes. Como a cicatrização 
requer gasto energético maior, os carboidratos são de extrema 
importância, servindo de energia para leucócitos, fagócitos, 
para a proliferação celular e função fibroblástica, além de 
garantir a função plástica da proteína, já que a deficiência de 
carboidrato leva à degradação muscular e de tecido adiposo, 
dificultando a cicatrização (COELHO, SILVA; 2004). Os 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
34 
 
lipídios também são importantes, pelo fato da deficiência de 
ácidos graxos essenciais prejudicar a cicatrização. As 
proteínas são fundamentais para todo o processo de 
cicatrização, sendo essenciais para a síntese do colágeno, 
sistema imunológico e proliferação fibroblástica. O zinco é um 
elemento traço muito importante na cicatrização, estando 
relacionado à síntese proteica, replicação, imunidade celular e 
formação de colágeno (SILVA et al., 2012). 
A terapia nutricional é indicada sempre que o paciente não 
consiga atingir suas necessidades por via oral e tem objetivo 
de recuperar o estado nutricional e promover a regeneração 
tecidual de modo a evitar a deiscência da ferida (OLIVEIRA, 
HAACK, FORTES, 2017). 
Estudos anteriores mostraram que o uso de fórmulas 
nutricionais é benéfico no tratamento de úlceras por pressão, 
nomeadamente fórmulas com arginina, zinco e antioxidantes. 
O efeito isolado da suplementação isolada não foi ainda 
determinado, o que parece mais eficaz quando é feita a 
combinação desses micronutrientes (FERNANDES,2015). 
Como dificilmente consegue-se fornecer todos esses 
nutrientes em quantidades adequadas apenas com a 
alimentação, muitas vezes é necessário utilizar de 
suplementação nutricional para que o estado geral do 
paciente, assim como a úlcera não venha a piorar. A paciente 
do caso em questão fez uso de suplementação especializada 
para auxiliar na cicatrização com característica hiperproteica, 
acrescido de arginina, alto teor de micronutrientes e mix de 
carotenoides como mostra a tabela 3. 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL À PACIENTE COM LESÃO EXTENSA EM 
MEMBRO INFERIOR 
35 
 
Tabela 3. Quantidade de micronutrientes ingerido pela 
paciente através de suplementação. 
Nutriente Quantidade 
Arginina 9g 
Ferro 1350mg 
Zinco 18mg 
Cobre 4050mg 
Selênio 192mcg 
Vitamina A 64mcg 
Vitamina E 114mg 
Vitamina C 750mg 
Fonte: Própria. 
 
4 CONCLUSÕES 
 
Lesões extensas demandam necessidades calórico-
proteicas aumentadas, mesmo em pacientes com obesidade, 
durante a fase de cicatrização, para uma oferta adequada de 
macro e micronutrientes. 
 A restrição energética e a perda importante de peso no 
momento da lesão pode levar ao aumento da sua gravidade, 
sendo importante uma atuação do nutricionista nesses 
pacientes. 
 
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ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
39 
 
CAPÍTULO 2 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE 
COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVÍDICO-PUERPERAL 
 
 
Fernanda Dayana da Silva DIAS 1 
Thalita Christina da Costa LIMA 1 
Lílian Caroline de Souza e SILVA 2 
Everlane Alcantara de Lima MARINHO 2 
Maryella Laryssa Matias de ARAÚJO 3 
1 Nutricionista Residente do Programa Multiprofissional Integrada em Saúde – Hospital das 
Clínicas/UFPE; ² Nutricista Residente do Programa Uniprofissional – Hospital das 
Clínicas/UFPE; ³ Pós-graduanda em Saúde Pública com ênfase em Saúde da Família/INESP. 
fernanda.mdias1@gmail.com 
 
RESUMO: As síndromes hipertensivas da gravidez (SHG) têm 
sido destacadas como um problema de saúde pública. Estão 
relacionadas na maioria das vezes com a hipertensão arterial 
sistêmica (HAS) e o ganho de peso gestacional excessivo. 
Dessa forma, o objetivo do estudo consiste em descrever a 
atuação do nutricionista por meio da dietoterapia, avaliação 
nutricional e evolução clínica frente às condições clínicas da 
paciente durante a transição de gestante a puérpera. Trata-se 
de um estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa, 
o qualadotou-se enquanto estratégia de investigação o estudo 
de caso. Foi desenvolcido no setor de maternidade de um 
hospital universitário, durante o ano de 2017. Para coleta de 
dados da pesquisa, foram utilizados registros das evoluções, 
cartão da gestante, exames complementares e avaliação 
antropométrica (peso, altura, IMC e parâmetros bioquímicos). 
Paciente do sexo feminino, 44 anos, casada, negra, natural e 
procedente de Igarassu – PE, com história de HAS Crônica e 
pré-eclâmpsia sobreposta. Foi observado curva ascendente, 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
40 
 
mantendo-se em sobrepeso e ao final da gestação atingiu a 
classificação de obesidade. A partir do IMC pré-gestacional 
observou-se o ganho de peso total acima do recomendado. A 
terapia nutricional foi pensada visando a 
manutenção/recuperação do estado nutricional e a demanda 
energética da lactação. Diante disso, é de suma importância 
um acompanhamento nutricional adequado durante a 
gestação e no puerpério. 
Palavras-chave: Síndromes Hipertensivas. Gestação. 
Nutrição. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A gravidez após os 34 anos é denominada gravidez 
tardia, portanto, é considerado fator de risco para a morbidade 
tanto materna como fetal. Por consistir em uma gravidez de 
alto risco, exige-se uma atenção especial durante a realização 
do pré-natal. A gestação de alto risco é “aquela na qual a vida 
ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm 
maiores chances de serem atingidas que as da média da 
população considerada” (BRASIL, 2012). 
Em relação a gravidez de alto risco, a hipertensão 
arterial sistêmica (HAS) é elencada como a síndrome que 
causa a maior taxa de mortalidade materna em muitos países 
(CUNHA; COSTA; DUARTE, 2001). Para ser considerada 
HAS, deve estar presente antes da gravidez ou diagnosticada 
antes de 20º semana de gestação e não desaparecer no 
período puerperal. É considerada HAS quando a pressão 
arterial sistólica (PAS) é > 140 mmHg e/ou a pressão arterial 
diastólica (PAD) > 90 mmHg, medidas em duas ocasiões com 
4 horas de intervalo (FREIRE; TEDOLDI, 2009, p.5). 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
41 
 
 Diante da expressiva morbimortalidade, tanto materna 
quanto fetal, as Síndromes Hipertensivas da Gravidez (SHG) 
têm sido destacadas como um problema de saúde pública, 
chegando a resultar em 20% a 25% de todas as causas de 
óbito materno (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 
2016). Além de estar entre as principais causas de 
internamento de gestantes (RAMONIENE et al., 2017; YEE et 
al., 2017). 
A pré-eclâmpsia (PE) é definida pela presença de HAS 
após a 20ª semana associada à proteinúria significativa (< 
300mg/dia). Na ausência de proteinúria significativa, o 
diagnóstico pode ser baseado na presença de cefaleia, 
turvação visual, dor abdominal, trombocitopenia (plaquetas < 
100.000/mm³), elevação de enzimas hepáticas (o dobro do 
basal), comprometimento renal (acima de 1,1 mg/dl ou o dobro 
do basal), edema pulmonar, distúrbios visuais ou cerebrais, 
escotomas ou convulsão (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
CARDIOLOGIA, 2016). 
A HAS crônica associada a PE também é considerada 
um fator de risco que pode levar a ocasionar o Crescimento 
Intrauterino Restrito (CIUR). Este quadro consiste quando o 
bebê, ainda no útero da mãe, não adquire o ganho de peso 
esperado dentro faixa de normalidade. De acordo com o 
Ministério da Saúde (2012), é muito importante diferenciar, 
durante os exames, quando o feto é pequeno devido a pais 
com biótipo menor e quando o feto de fato reduziu o ritmo de 
crescimento. No caso de CIUR há um impedimento do bebê 
atingir seu potencial genético. Esse grupo de fetos agrega 
considerável morbidade perinatal, bem como possibilidade de 
sequelas na vida adulta (SOUZA et al., 2007; FREIRE; 
TEDOLDI, 2009, p.65). 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
42 
 
Já a eclampsia (E) caracteriza-se pela presença de 
convulsões do tipo tônico-clônicas generalizadas, ou coma, 
em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não causadas 
por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. É um 
agravo que pode ocorrer durante a gravidez, no parto e no 
puerpério imediato (BRASIL, 2012). 
A amniorexe consiste na rotura espontânea das 
membranas ovulares (RPM) ou amniorrexe prematura ou 
rotura da bolsa de águas, antes do começo do trabalho de 
parto. No caso de partos prematuros, a rotura da membrana é 
denominada rotura prematura pré-termo. Vale salientar que a 
amniorexe constitui causa importante de partos pré-termo, 
cerca de 1/3 dos casos (BRASIL, 2012). 
As recomendações de ganho de peso gestacional 
estabelecidas pelo Institute of Medicine (IOM) são as mais 
aceitas e têm sido utilizadas como padrão de referência em 
muitos estudos. As primeiras recomendações de ganho de 
peso pelo IOM foram propostas em 1990, sendo 
posteriormente revisadas e atualizadas no ano de 2009 
(ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2009). 
As variações no ganho de peso durante a gestação 
podem ser influenciadas tanto por fatores nutricionais como 
também por fatores sociodemográficos, obstétricos e 
comportamentais (KONNO, BENICIO, BARROS 2007; 
GONÇALVES et al., 2011). 
Estudos têm demonstrado que um ganho de peso 
gestacional excessivo está associado a um aumento das taxas 
de partos cirúrgicos, bem como à elevação do risco de 
resultados perinatais desfavoráveis, tais como: macrossomia 
fetal, desproporção céfalo-pélvica, trauma, asfixia e morte 
perinatal. Além disso, pode aumentar a ocorrência de diabetes 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
43 
 
mellitus gestacional, síndromes hipertensivas da gravidez e 
retenção de peso pós-parto (SANTOS et al., 2010; RODE et 
al., 2012; VERNINI et al., 2016). 
Deste modo, pretende-se descrever a atuação do 
nutricionista por meio da dietoterapia, avaliação nutricional e 
evolução clínica frente às condições clínicas da paciente 
durante a transição de gestante a puérpera com síndrome 
hipertensiva. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODO 
 
Trata-se de um estudo de caráter descritivo com 
abordagem qualitativa, o qual adotou-se enquanto estratégia 
de investigação o estudo de caso. Pois como traz 
Shaughnessy e Zechmeister (2012), o estudo de caso 
representa um método de pesquisa através do qual se torna 
possível uma descrição e análise intensiva de um individuo 
único, funcionando nesse sentido como uma fonte 
potencialmente rica de informações. 
O estudo foi desenvolvido no setor de maternidade de 
um hospital universitário, durante o ano de 2017. Os dados 
foram coletados a partir de registros de evoluções e exames 
anexados em prontuário, observações da equipe ao longo do 
período da hospitalização da paciente e informações 
provenientes dos atendimentos realizados pela nutricionista. 
Com vista a ampliar as discussões, utilizou-se ainda de 
levantamentos de dados teóricos, através de revisão da 
literatura de livros e artigos científicos. A avaliação nutricional 
foi realizada através de dados antropométricos, dietéticos e de 
exame físico. 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
44 
 
Os dados antropométricos permitem identificar o risco 
nutricional, além de permitir avaliar o ganho de peso ponderal 
para a idade gestacional e classificar o estado nutricional (EN). 
Os dados pré-gestacionais, como peso e altura, foram obtidos 
a partir do cartão da gestante, permitindo identificar o Índice 
de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional (CUPPARI, 2009). 
As medidas antropométricas de peso e altura foram 
realizadas conforme as recomendações do Ministério da 
Saúde. A massa corporal foi obtida em balança eletrônica 
digital, com capacidade máxima de 200 quilos (kg) e precisão 
de 100 gramas (g). A alturafoi aferida através de estadiômetro 
acoplado à balança (BRASIL, 2011). 
O IMC pré-gestacional é calculado com o peso antes da 
gestação informado ou com o peso medido antes da 14º 
semana de gestação dividido pela altura ao quadrado (Kg/m²) 
(ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2009). Para a 
classificação do IMC pré-gestacional é usado o mesmo ponto 
de corte para a população adulta (Tabela 1). 
 
Tabela 1. Classificação do EN pré-gestacional 
Classificação do Estado 
Nutricional 
IMC Pré-Gestacional 
(Kg/m2) 
Baixo peso < 18,5 
Eutrofia 18,5 a 24,9 
Sobrepeso 25,0 a 29,9 
Obesidade > 30,0 
Fonte: OMS, 2000. 
 
De acordo com o IMC pré-gestacional é possível 
classificar o diagnóstico inicial da gestante e identificar a faixa 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
45 
 
de ganho de peso recomendada semestralmente e até o final 
da gestação (Tabela 2). 
 
Tabela 2: Recomendação para ganho de peso gestacional 
EN Inicial em 
adultas (IMC 
– Kg/m²) 
Ganho de 
peso (Kg) 
total no 1º 
trimestre 
Ganho de 
peso (Kg) 
semanal 
médio no 2º 
trimestre 
Ganho de 
peso (Kg) 
total da 
gestação 
Baixo peso 
(< 18,5) 
2,3 0,5 12,5 -18,0 
Adequado 
(18,5 -24,99) 
1,6 0,4 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 
(25 – 29,99) 
0,9 0,3 7,0 – 11,5 
Obesidade 
(> 30) 
-- 0,3 5 – 9,0 
Fonte: IOM, 2009. 
 
Como forma de complementar a avaliação 
antropométrica foi desenvolvido um instrumento, expresso em 
gráfico, que permite acompanhar o ganho de peso 
gestacional, baseado na idade gestacional e no IMC atual das 
gestantes. Permite também identificar as mudanças no estado 
nutricional durante toda a gestação (ATALAH et al., 1997). 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
J.T.S, sexo feminino, 44 anos, casada, negra, 
evangélica, natural e procedente de Igarassu - PE. Reside 
com o marido e filho (10 anos). Nível fundamental completo. O 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
46 
 
nascimento do primeiro filho foi através de parto cesáreo na 
qual seu bebê também nasceu prematuro devido às mesmas 
condições clinicas atuais. Seu filho necessitou permanecer 10 
dias internado em uma UTI neonatal. Como antecedentes 
familiares apresenta: Diabetes mellitus, hipertensão arterial 
sistêmica crônica e falecimento do pai por derrame (seis anos 
atrás). 
Gestação única tópica pré-termo de 29 semanas e 6 
dias e com história de HASC. Foi encaminhada do pré-natal 
com elevação dos níveis pressóricos para realização de rotina 
de PE. Admitida no centro obstétrico, com pressão arterial de 
180x100 mmHg, em uso de metildopa 1 g/dia e sulfato 
ferroso, negando diabetes mellitus, náuseas e vômitos, com 
edema em membros inferiores (3+/4+) e sem queixas de 
iminência de eclampsia. 
Avaliada com hipóteses diagnósticas (HD) de HASC e 
PE sobreposta, foi administrado o sulfato de magnésio 
(MgSO4 50% - Dose de ataque) e instalada sonda vesical de 
demora. Paciente referiu rompimento de bolsa aminiótica com 
liberação de líquido claro, porém sem contrações. Paciente foi 
reavaliada, com liberação da 2º fase do MgSO4, além do 
início do protocolo de antibiocoterapia para rotura prematura 
da membrana e solicitado ultrassonografia obstétrica. 
No segundo dia de internamento, confirmou-se 
diagnóstico de amniorex, PE grave e CIUR. Evoluiu para 3º 
fase do MgSO4, que posteriormente foi suspenso, porém 
ainda permaneceu em uso de antibioticoterapia e evoluindo 
sem queixas. No decorrer do internamento apresentou dor em 
baixo ventre, sendo encaminhada para sala de parto. 
Prosseguiu para parto transpelviano, com uso de ocitocina 
após nascimento, para estimulação da amamentação. 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
47 
 
Nos dias que sucederam o pós-parto, paciente 
permaneceu com ocorrência de picos hipertensivos, mantendo 
sua PA em 160x110 mmHg. A equipe médica solicitou nova 
rotina de pré-eclâmpsia e alterou esquema de medicamentos 
anti-hipertensivos. 
No pós-parto imediato permaneceu com HD de PE com 
sinais de gravidade e em uso de anti-hipertensivos. Ao exame 
físico, apresentou estado geral bom, hipocorada, afebril e bem 
perfundida, sem edemas e sem demais queixas. 
Em relação aos medicamentos e seus possíveis efeitos 
colaterais, inúmeras são as possibilidades de interações e 
estas podem ser decorrentes de alguns fatores como o 
organismo do paciente, quantidade de fármaco administrado, 
condições clínicas, dieta e patologias associadas 
(LOMBARDO; ESERIAN, 2014). 
Os fármacos e os alimentos podem interagir, podendo 
interferir no mecanismo de ação do fármaco e no estado 
nutricional do paciente, de modo que pacientes hospitalizados 
podem receber quantidades excessivas de medicamentos e 
por tempo prolongado e isso reflita na absorção dos nutrientes 
(MARTINS; MOREIRA; PIEROSAN, 2003; MAHAN; ESCOTT-
STUMP, 2012). 
Como forma de tentar minimizar as interações é 
importante que os profissionais conheçam estas 
possibilidades, visto que não apresentam apenas caráter 
teórico, mas também podem apresentar consequências 
clínicas relevantes (LOPES et al., 2013; MAHAN; ESCOTT-
STUMP, 2012). 
No momento do estudo, a prescrição medicamentosa 
estava composta por nove medicamentos, sendo três fixos e 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
48 
 
seis podendo ser infudidos devido a necessidade da paciente 
(Tabela 3). 
 
Tabela 3. Interação droga-nutriente 
Droga Indicação/Interações medicamentosas e 
possíveis intercorrências 
Captopril Antihipertensivo. Disgeusia; Xerostomia; 
Náuseas e vômitos. 
Nifedipino Antiangionoso, anti-hipertensivo. Diminui 
pressão arterial, cálcio, vitamina C, 
vitamina D. 
Propanolol Antiarrítmico, antiangionoso, anti-
hipertensivo. Náuses e Vômitos; 
Xerostomia; Aumento de uréia, creatinina, 
TGO, TGP, triglicerídio e glicemia. 
Dipirona Antitérmico e Analgésico. Leucopenia; 
Hipotensão. 
Tramal Analgésico. Náuseas e vômitos; 
Xerostomia; Constipação; Alterações no 
apetite. 
Ranitidina Antisecretor. Aumenta TGO, TGP, Gama 
GT e Creatinina. 
Dimeticona Anti-gases. Eructação. 
Ondansetrona Antiemético. Xerostomia; Dor abdominal. 
Sulfato ferroso Antianêmico. Macha dentária; Náuseas e 
vômitos; Dispepsia; Obstipação; Fezes 
escuras. Redução da absorção de zinco e 
cálcio. 
Fonte: MARTINS; SAEKI, 2013. 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
49 
 
 Quanto a análise dos parâmetros laboratoriais, a 
paciente apresentou anemia leve a moderada, leucocitose e 
alterações de alguns níveis como ácido úrico e enzimas 
hepáticas (Tabela 4). A avaliação dos níveis séricos é 
essencial para a avaliação do estado nutricional, visto que os 
resultados podem contribuir diretamente para o diagnóstico 
nutricional e assim auxiliar na escolha da conduta adequada 
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2011). 
 
Tabela 4. Período e exames laboratoriais 
Níveis séricos Referências 
HB 9,85↓ 9,23↓ 9,63↓ 12 – 16 
HT 30,4↓ 29↓ 29,8↓ 36 – 47 
VCM/ 
HCM 
78,9 
25,5↓ 
77,7 
24,7↓ 
78,1 
25,2↓ 
80 – 98 
27 – 33 
TGO 29,8 28 13 – 390 
Ferro/ 
Transf 
 
108 
272.2 
 
50 – 170 
200 – 360 
TGP 24,7 45,2↑ 7 – 52 
DHL 617,5↑ 670,9↑ 140 – 271 
Ácido úrico 5,5↑ 5,4↑ 5,1↑ 2,0 – 5,0 
Ureia 27,8 16,6 15 – 53 
Creatinina 0,7 0,9 0,8 0,6 – 1,1 
Leucócitos 7.700 13.400↑ 14.300↑ 
4.000 – 
11.000 
PCR 0,9↑ < 0,5 
Fonte: CALIXTO-LIMA; REIS, 2012. 
 
A anemia está diretamente relacionada aos 
mecanismos de expansão do volume sanguíneo, que 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
50 
 
aumentam em torno de 50% durante a gestação. Além disso, 
observa-se um aumento das necessidades de ferro para o 
desenvolvimento do feto, da placenta e cordão umbilical e 
para as perdas sanguíneas decorrentesdo parto e puerpério 
(MONTENEGRO; REZENDE, 2011). Em decorrência dessa 
elevação mais acentuada do plasma do que dos eritrócitos, 
ocorrem alterações nos níveis de hematócrito, hemoglobina e 
no metabolismo do ferro (MODOTTI, 2015) . 
A anemia pode ocorrer por perda sanguínea, hemólise 
ou deficiência de sua produção. Anemia na gestação é 
definida como nível de hemoglobina (Hb) abaixo de 11g/dL. 
Ela pode ser classificada como leve (Hb 10 – 10,9g/dL), 
moderada (Hb 8 – 9,9g/dL) e grave (Hb _ 8g/dL). Os índices 
corpusculares, principalmente o Volume Corpuscular Médio 
(VCM = 81-95dL) não sofrem variações na maioria das vezes. 
Para fins práticos, o VCM é utilizado como indicador, 
identificando-se três tipos de anemia: microcíticas (VCM = 
<85dL), normocíticas (VCM entre 85 e 95dL) e macrocíticas 
(VCM >95dL) (BRASIL, 2012). 
Segundo dados laboratoriais da paciente em questão, 
pode-se perceber um quadro de anemia leve a moderada e do 
tipo microcítica. Níveis de hemoglobina abaixo de 9,5 g/dL 
podem estar relacionados a risco de recém-nascido de baixo 
peso e prematuridade. Embora a Hb seja utilizada para 
avaliação de anemia por deficiência de ferro, ela tem baixas 
especificidade e sensibilidade, por isso seria necessário ser 
solicitado em conjunto outros biomarcadores para estimar o 
status do ferro, como ferritina (NEMER; NEVES; FERREIRA, 
2010; BRASIL, 2013). 
 A pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de 
acordo com o grau de comprometimento, considera-se grave 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
51 
 
quando presente um ou mais dos seguintes critérios: PAD (> 
que 110mmHg); Proteinúria (> 2,0g em 24 hora); Oligúria (< 
500ml/dia ou 25ml/hora); Níveis séricos de creatinina > 
1,2mg/dL; Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e 
distúrbios visuais); Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito; 
Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia; 
Plaquetopenia (<100.000/mm3); Aumento de enzimas 
hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de bilirrubinas; 
Presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico. 
Além de outros sinais, como presença de restrição de 
crescimento intrauterino e/ou oligohidrâmnio (BRASIL, 2012). 
 De acordo com os exames laboratoriais da paciente, 
houve ausência de proteinúria e alguns outros critérios como 
aumento dos níveis de creatinina e plaquetopenia. Porém, a 
suspeita se fortalece com o aumento das enzimas hepáticas 
ALT, AST e Desidrogenase lática (DHL). 
Com relação à função hepática, geralmente, durante 
uma gravidez normal, as concentrações séricas de ALT e AST 
permanecem normais e, portanto, quando há alguma 
alteração, é necessária investigação. Cerca de 20 a 30% das 
pacientes com PE têm a função hepática alterada enquanto 
que as concentrações de bilirrubina raramente aumentam 
(SOUZA et al, 2006; MARTINEZ et al, 2014). 
 Houve também um aumento dos níveis de ácido úrico. 
Diferentes teorias foram propostas para explicar o fato da 
hiperuricemia, por ser uma das primeiras manifestações 
descritas na PE. Segundo estudos, o ácido úrico em 
concentrações séricas superiores a 5.5 mg/dL é um importante 
marcador para detecção de PE, porém não é um bom preditor 
de suas complicações. O ácido úrico correlaciona-se também 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
52 
 
com a restrição do crescimento intrauterino (WILLIAMSON; 
SNYDER; WALLACH, 2013; MARTINEZ et al, 2014). 
No que diz respeito a avaliação nutricional, foi realizada 
a avaliação antropométrica, ainda enquanto gestante e como 
puérpera a qual não evidenciou risco nutricional (Tabela 5). 
 
Tabela 5. Avaliação nutricional 
IG 0s 20s 25s 29s 30S Puerpério 
Peso 
(Kg) 
56 64,4 65,1 71,3 79,1 66,6 
Altura 
(Cm) 
1,53 - - - - - 
IMC 
(Kg/m2) 
23,9 27,5 27,8 30,4 33,7 28,4 
Fonte: Coleta de dados no serviço 
 
Segundo a curva de Atalah, paciente seguiu durante 
toda a gestação com uma curva ascendente, mantendo-se em 
sobrepeso e ao final da gestação atingiu a classificação de 
obesidade. Obteve ganho de peso gestacional de 23 kg, 
porém, conforme o estado nutricional inicial a recomendação 
de ganho de peso na gestação seria de 7-11,5 kg (IOM, 2009). 
 Com base anamnese realizada, foi observado que a 
alimentação referida pela paciente durante a gestação já era 
hipossódica e não atendia as recomendações de uma 
alimentação saudável para gestantes, visto que o consumo de 
edulcorantes, gorduras trans e alimentos refinados faziam 
parte das principais refeições. Foi relatado também um quadro 
de constipação anterior à gestação, além da ingestão 
diminuída de água e sedentarismo. Negava alergias e/ou 
intolerâncias alimentares. 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
53 
 
Segundo semiologia nutricional, não foram detectados 
sinais associados à desnutrição, como a depleção de massa 
muscular e/ou gordura subcutânea ou sintomas de 
deficiências de vitaminas e minerais. Foi evidenciado sinais 
de edema em membros inferiores (VITOLO, 2008; CUPPARI, 
2014). 
 Paciente admitida já em dieta zero para administração 
da 1º fase do MgSO4. No segundo dia de internamento, após 
reavaliação e evolução do MgSO4 para 3º fase, iniciou 
alimentação por via oral, de consistência normal, com 
característica hipercalórica, hiperproteica e hipossódica, 
recebendo diariamente um total de 2340,7 kcal (30 kcal/kg) e 
89,9 g de proteína (1,3 g/kg). Seguiu com boa aceitação 
alimentar, apetite preservado e negando náuseas e vômitos. 
 A escolha da conduta dietoterápica baseou-se nas 
recomendações para o período de lactação (IOM, 2005), onde 
é considerado para o cálculo do Valor Energético Total (VET), 
peso corporal, altura, idade, tempo puerperal, nível de 
atividade física, adicional energético para produção de leite e 
ainda redução de kcal para auxilio na perda de peso. Utilizou-
se também a mesma referencia para a recomendação do 
consumo de proteínas, onde é indicado o uso de 1,3 g/kg para 
todas as fases da lactação. 
 Segundo IOM (2005), nutrizes com sobrepeso ou 
obesidade e se houver necessidade de perda de peso, o 
cálculo pode ser feito sem o adicional energético para 
produção de leite. Deste modo, as necessidades nutricionais 
da paciente, segundo recomendações, foram totalizadas em 
2.524 kcal/dia e 85,8g de proteína/dia. Ficando assim, com 
percentual de adequação de 92% para calorias e 102% para 
proteínas. 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL A PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA NO CICLO 
GRAVIDICO-PUERPERAL 
54 
 
 Considerando o estado clínico e as patologias 
associadas, foi realizada uma orientação para futura alta 
hospitalar, com o objetivo de manter ou recuperar o estado 
nutricional pré-gestacional. A orientação foi direcionada para 
alimentação saudável durante o período de lactação, 
respeitando os hábitos alimentares, preferencias e nível 
socioeconômico. As informações foram passadas de forma 
clara, objetivas e adequadas quanto ao nível de entendimento 
da paciente. 
 
4 CONCLUSÕES 
 
 O monitoramento do ganho de peso durante a gestação 
é um procedimento de baixo custo e de grande utilidade. 
Dessa forma, a terapia nutricional é de grande importância 
desde o início da gestação ao puerpério, atuando no ganho de 
peso adequado da gestante e/ou recuperação do estado 
nutricional pré-gestaconal, visto que complicações como 
síndromes hipertensivas podem levar a desfechos 
desfavoráveis. 
 
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ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL AO PACIENTE COM CÂNCER GASTRICO: DO 
DIAGNÓSTICO À ALTA HOSPITALAR 
58 
 
CAPÍTULO 3 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL AO 
PACIENTE COM CÂNCER GASTRICO: DO 
DIAGNÓSTICO À ALTA HOSPITALAR 
 
Lídia Laís Gomes SILVA 1 
Mikaella Carla de França CAVALCANTI 1 
Suellen Maiara Emerencio da SILVA1 
Raisa Santos COELHO 2 
Marcella Campos Lima da LUZ ³ 
1 Pós graduanda do programa de Residência em nutrição clínica no HC-UFPE; 2 Pós 
graduanda do programa de Residência em Saúde da Mulher no HC-UFPE; 3Nutricionista do 
Hospital das clínicas da Universidade Federal de Pernambuco; 
 
lidialaisgs@gmail.com.br 
 
 
RESUMO: O câncer é um grande problema de saúde pública 
no mundo. No Brasil a neoplasia gástrica está entre os quatro 
mais prevalentes em mulheres e o quinto em homens. Este 
pode causar diminuição da ingestão de alimentos e aumento 
da demanda metabólica com consequente grande perda de 
peso. Esses fatores corroboram para que a avaliação e 
intervenção nutricional seja inciada de forma precoce. O 
objetivo desse trabalho é relatar a terapia e evolução 
nutricional de uma paciente com diagnóstico de câncer 
gástrico internada na enfermaria de oncologia de um hospital 
do Recife/PE. Trata-se de um estudo de caráter descritivo. 
Para o diagnóstico nutricional e definição da terapia a ser 
implementada foram considerados: a triagem nutricional 
realizada pela ASG-PPP, a antropometria pelo IMC e CB, 
exame físico e exames laboratoriais. Definiu-se por consenso 
entre os parâmetros que a paciente é eutrofica, porém risco 
nutricional. Iniciada dieta via oral hipercalórica, hiperprotéica, 
mailto:lidialaisgs@gmail.com.br
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL AO PACIENTE COM CÂNCER GASTRICO: DO 
DIAGNÓSTICO À ALTA HOSPITALAR 
59 
 
hipossódica, sendo necessário iniciar suporte nutricional oral 
específico para paciente oncológico para atingir suas 
necessidades, estimadas pelo INCA (2015) para pacientes 
59ástrico59s. A paciente evoluiu com estabilização da perda 
de peso (12kg-19,3%) que já se seguia há 10 meses. O ganho 
de peso nas neoplasias de TGI são dificilmente observadas 
mesmo com o uso de suportes orais, por isso a evolução 
apresentada é entendida como boa resposta ao plano 
terapêutico abordado. 
Palavras-chave: Câncer 59ástrico.

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