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aps 8 - Unip Direito

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
CAMPUS PARAISO
TRABALHO PARA AVALIAÇÃO SEMESTRAL
Atividades Práticas Supervisionadas – APS – 8ºsemestre
Prof.ª: Andréia Wild
Alunos
 RA
São Paulo
2020 
1-Introdução
Ginésio Solstício é morador de uma casa de fundos no Bairro Pedra Alta, em Itapepino, cidade do Estado do Rio de Janeiro. O morador da casa da frente, Sildásio Sepomeda é um senhor de 85 anos que vive sozinho, goza de muito boa saúde, porém tem perda auditiva significativa e, em consequência, ouve muito mal. O senhor Sildásio coloca todos os seus aparelhos eletrônicos em som muito alto, em especial durante o dia, quando ele liga o rádio e a TV ao mesmo tempo. O vizinho Ginésio é garçom de um bar muito famoso em Itapenino e trabalha diariamente no horário das 18 às 02 horas da manhã. 
Depois que o bar fecha, por volta de 01 hora da manhã, Ginésio tem que arrumar todas as mesas e cadeiras, ajudar a lavar o chão e a louça utilizada e ainda colocar refrigerantes e cervejas no freezer para que estejam geladas no dia seguinte no almoço. É um trabalho bem desgastante fisicamente, por isso quando retorna para casa Ginésio quer tomar um banho, comer alguma coisa e dormir até o início da tarde. Mas, quem disse que ele consegue? Já às 06 horas da manhã o vizinho Sildásio liga o rádio, a TV e coloca no último volume em razão da sua deficiência auditiva. Ginésio adoraria mudar dali para outra casa, mas no momento não dispõe de condições financeiras e o aluguel está bem barato, o que é bastante conveniente para ele. Ele já tentou conversar com o vizinho, mas, todas as vezes, a conversa terminou em discussão. O vizinho Sildásio alega que só faz barulho durante o dia e que isso é permitido por lei. Cansado, Ginésio procurou o Grupo de Solução de Conflitos mantido pelo Fórum da cidade de Itapepino, para tentar obter uma solução por mediação ou por conciliação.
2 – Mediação, Conciliação e suas diferenças 
2.1 Mediação: 
A mediação é um método de resolução de conflitos, em que duas ou mais partes recorrem a uma terceira pessoa imparcial, que no caso é o mediador, com o objetivo de trabalhar o conflito para tentarem chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.
É um recurso que pode ser utilizado por qualquer tipo de litígio, inclusive direito de família. O processo é confidencial e voluntário, no qual a decisão negociada cabe as partes envolvidas.
Trata-se de um processo informal, que tem baixo risco, que podem retornar ao processo judicial a qualquer momento. A chance de obter êxito é muito maior, quando é realizada a mediação no inicio do conflito. 
2.2 Conciliação:
A conciliação consiste na intervenção do profissional, que imparcial, escuta e da investigação das e da situação. Vai auxiliar aqueles que estão em conflito, que negociem um acordo que atenda os interesses de todos. 
O objetivo é que depois de uma reflexão proporcionados às partes, e também sugestões para que se coloque um ponto final no conflito. São as partes que constroem a solução para os próprios problemas, tornando-se responsáveis pelos compromissos que assumem, resgatando, tanto quanto possível, a capacidade de relacionamento.
É um processo consensual breve, que busca uma efetiva harmonização social e a restauração, dentro dos limites possíveis, da relação social das partes.
2.3 A diferença entre os dois:
Visualiza-se que na mediação de conflitos, um terceiro, um mediador, atua como facilitador da resolução do problema, contribuindo para o restabelecimento ou manutenção da comunicação entre as partes para que se possam chegar à solução da controvérsia que gerou o conflito. 
Por sua vez, na conciliação existe um terceiro, conciliador, que conduz e orienta as partes na elaboração do acordo, opinando e propondo soluções. O defensor ainda aponta que na mediação o assistido conta com uma equipe de profissionais multidisciplinar para também ajudar na resolução do conflito relacional com a outra parte.
3- Mediação: solução do conflito
Às vezes não é fácil fazer um vizinho barulhento entender que ele incomoda. Em situações assim, é melhor recorrer à mediação.
A mediação procura chegar a uma resolução que atenda ambas as partes, sendo essa resolução alcançada por elas mesmas sem que um terceiro ou juiz decida por elas. Sempre com auxílio do mediador que adota técnicas próprias para auxiliá-los na pacificação do conflito.
Quando um mediador oficial, ajuda a solucionar um conflito, pode redigir um acordo entre as partes, o qual valerá como título executivo extrajudicial e, em caso de descumprimento, poderá ser executado na Justiça.
O método não tem garantia de sucesso e o conflito pode acabar sendo levado para a Justiça, mas é vantajoso pela velocidade: se ambas as partes estiverem dispostas a ceder, o problema pode ser resolvido no ato. As milhões de ações judiciais têm um custo e esse custo é rateado por todos nós. Na mediação, só as partes envolvidas arcam com os custos. 
Pode-se resolver com diálogo e argumentação; a conversa pode começar frisando o quanto a música alegra o espírito da pessoa e como é bom saber que o vizinho está feliz e ativo durante todo o dia, mas que no momento ele acaba de chegar do trabalho e que precisa descansar durante o dia, pois o seu horário de trabalho é diferente do habitual. O diálogo sempre é a melhor opção.
Um dos argumentos usados também é explicar que a não existe horário especifico para fazer ou não barulho. Os limites de ruído são definidos pela Lei de Zoneamento. Nas Zonas residenciais, é de 50 decibéis, entre 07 e 22 horas; das 22 às 7 horas, o limite cai para 45 decibéis. Nas Zonas mistas, das 07 às 22 horas, entre 55 e 65 decibéis (dependendo da região); das 22 às 07 horas, varia entre 45 e 55 decibéis. 
Antes de chegar a situação de mediação, juntar provas como gravações e até mesmo vizinhos para mostrar que a reclamação tem fundamento e que precisa de ajuda para a solução de conflito. E frisar que já foi tentado anteriormente, resolver a situação, mas que não obteve êxito. 
3- Divisão de papéis 
 
Em debate de sala de aula, nos dividimos em um grupo para que pudéssemos debater o tema, para a solução do problema. Sempre orientados pela professora. 
E assim, cada um no papel indicado, sempre argumentando o motivo que estavam fazendo agir daquela maneira e porque chegaram a mediação para a solução do conflito. 
4- 
Dividimos os personagens para a melhor leitura do ponto de vista de cada um:
Sildásio: o senhor de idade alega que mora sozinho e sente solidão e que os aparelhos eletrônicos o fazem companhia e distraem durante o dia. E que o seu horário para realizar suas atividades é cedo e que não vê problemas, afinal, acredita que o dia foi feito para ficar acordado. 
Ginésio: o trabalhor que tem o horário diferenciado, alega que trabalha e que paga o seu aluguel em dia e que precisa descansar. E que já tentou conversar e que nada foi resolvido. Justificou o motivo que levou o procurar a mediação, alegando o difícil convívio com o vizinho. E que ele acredita que pela falta de sono, vai atrapalhar o desempenho no trabalho e que está prejudicando gravemente sua saúde física e mental. 
Mediador: Antes de tudo ele escuta as partes e fazem refletir, tentando com que uma se coloque no lugar da outra.
- Sugerindo para o senhor Sildásio que possa minimizar o barulho antes ou depois de algumas horas do dia. O lugar onde vivem deve ter uma regra quanto ao barulho. Abaixando o volume dos equipamentos eletrônicos, quando perceber que o seu vizinho está em casa. Assim evitando maiores problemas. 
- Para o senhor Ginésio, informar o proprietário da casa sobre o problema com o barulho e colocar isoladores acústicos na casa, evitando assim o desconforto com o ruído em sua residência. E que dentro da residência procure um cômodo, que o ruído não seja tão intenso, para que possa descansar. 
-E que os dois busquem o bom senso. Sempre procurar se atentar no que atrapalharia o seu vizinho e como evitar qualquer desgaste. Sempre manter aharmonia e paz, para que ambos consigam seguir suas vidas com tranqüilidade. 
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