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ACESSEASVIDEOAULASNOSITE
www.folhaweb.com.br
Londrina, terça-feira, 15 de setembro de 2015
11
FASCÍCULO
APOIO
Linguagens,Códigos
e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Neste fascículo, serão tratadas as competências 5 e 6, que
abrangem as habilidades de 15 a 20 da área de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias.
Segundo a Matriz de Referência para o ENEM, a competência
de área 5 tem por objetivo analisar, interpretar e aplicar
recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com
seus contextos, mediante a natureza, função, organização e
estrutura das manifestações, de acordo com suas condições
de produção e recepção. Nessa área, estão contidas as
habilidades de 15 a 17, que tratam das relações entre o texto
literário, seu momento de produção e seus procedimentos de
construção. Tratam ainda do reconhecimento da presença de
valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no
patrimônio literário nacional.
A competência de área 6 lida com a compreensão e o uso dos
sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de
organização cognitiva da realidade. Nela estão contempladas
as habilidades 18, 19 e 20, que tratam, respectivamente, de
identificar os elementos que concorrem para a progressão
temática e para a organização de textos de diferentes gêneros;
analisar as funções da linguagem em situações específicas de
interlocução; e reconhecer a importância do patrimônio
linguístico para a preservação da memória e da identidade
nacional.
O próximo fascículo contemplará itens da área de Matemática
e suas Tecnologias.
Bons estudos!
Texto I
Meus oito anos
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora daminha vida,
Daminha infância querida
Que os anos não trazemmais
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! [...]
Casimiro de Abreu. Poesias completas de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro: Ediouro. p. 19-20.
Texto II
Meus oito anos
Oh! Que saudade que tenho
Da aurora daminha vida
Das horas
Deminha infância querida
Que os anos não trazemmais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais. [...]
Oswald de Andrade. Primeiro caderno do aluno de poesia
Oswald de Andrade. 4ª. ed. São Paulo: Globo, 2006. p. 52.
Estabelecendorelaçõesentreotextoliterárioeomomento
de sua produção, pode-se inferir que os textos I e II
pertencem, respectivamente, às estéticas
romântica, pelo tom declamativo, e modernista, pelaa)
valorizaçãométrica.
barroca, pela presença da dualidade, e parnasiana, pelob)
rigor formal.
romântica, pelo sentimentalismo exagerado, e parnasiana,c)
pelo culto à forma.
romântica, pelo saudosismo, e modernista, pela liberdaded)
formal.
simbolista, pelo intenso escapismo, e modernista, peloe)
prosaísmo cotidiano.
Dividamos omundo entre as máquinas!
Vêm quinhentos mil escravos no bojo das fábricas.
A metademorreu na escuridão, sem ar.
LIMA, Jorge de. Poesia completa. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 200.
A poesia modernista é, em grande parte, fruto da observação
do momento sociopolítico e econômico em que foi produzida.
Os versos de Jorge de Lima remetem a um fato que se
configurou fortemente no Brasil do início do século XX,
que hoje é ainda mais vivo na sociedade e que pode ser
representado como prática na imagem da opção:
a)
Disponível em: <http://tinyurl.com/kej98t7>.
COMPETÊNCIA DA ÁREA 5:
Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das
linguagens, relacionando textos comseus contextos,mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações,
de acordo com as condições de produção e recepção.
HABILIDADE 15:
Estabelecer relações entre o texto literário e o
momento de sua produção, situando aspectos do
contexto histórico, social e político.
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b)
Disponível em: <http://tinyurl.com/l6ssghm>.
c)
Disponível em: <http://tinyurl.com/nweztuo>.
d)
Disponível em: <http://tinyurl.com/ppmgrvo>.
e)
Disponível em: <http://tinyurl.com/lrtp6wu>.
Cultismo e Conceptismo
Duas tendências de estilo se manisfestaram no
Barroco. São elas:
• Cultismo: gosto pelo rebuscamento formal,
caracterizado por jogos de palavras, grande número
de figuras de linguagem e vocabulário sofisticado, e
pela exploração de efeitos sensoriais, tais como cor,
som, forma, volume, sonoridade, imagens violentas
e fantasiosas.
•Conceptismo (do espanhol concepto, “ideia”): jogo
de ideias, constituído pelas sutilezas do raciocínio e
do pensamento lógico, por analogias, histórias
ilustrativas etc.
Embora seja mais comum a manifestação do
Cultismo na poesia e a do Conceptismo na prosa, é
normal aparecerem ambos em um mesmo texto.
Além disso, essas tendências não se excluem. Um
mesmo escritor, tanto pode pender para uma delas
quanto apresentar traços de ambas as tendências.
Ao conceituar o Cultismo e o Conceptismo, no
contexto da estética barroca brasileira, o texto
propõe
estabelecer relações entre o texto literário e oa)
momento de sua produção, situando o contexto
histórico.
relacionar informações sobre procedimentos deb)
construção do texto literário.
reconhecer a presença de valores humanosc)
atualizáveis no patrimônio literário nacional.
identificar aspectos que comprovem a existência ded)
elementosdopassadopresentesnasestéticasatuais.
comprovar as teses de que as característicase)
literárias são estanques e não podem repetir-se
em períodos distintos.
Evocação do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não aMauritsstad dos armadores das Índias
Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nemmesmo o Recife que aprendi a amar depois
- Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife semmais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicotequeimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o
pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada
com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava nomeio da rua
Osmeninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!
Manuel Bandeira.
Disponível em: <http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/evocacao.htm.>.
Acesso em: 8 ago. 2013.
HABILIDADE 16:
Re l a c i on a r i n f o rma çõe s s ob re
concepções artísticas e procedimentos
de construção do texto literário.
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A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de
significados profundos a partir de elementos do cotidiano.
No poema Evocação do Recife, o lirismo do poeta revela
a partir do título, uma atitude reverencial a um espaço quea)
só lhe traz infelicidades.
um olhar mitificador sobre lugares, objetos, paisagens eb)
afetos experimentados pelo interlocutor do poeta.
Um Recife distinto do factual, envolto numa ficção derivadac)
do processo de reconstituição memorialística.
Um poeta que parece forçado a reinventar-se a cadad)
instante, na busca de si mesmo, do poema e de uma poesia
desvinculada damemória.
Um Recife recriado e mitificado pelo dizer poético, mase)
desvinculado de suas lembranças pessoais.
ANosso Senhor Jesus Cristo com atos
de arrependimento e suspiros de amor
Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos temminhamaldade.
Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todome há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.
Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, queme rendem vossa luz.
Luz, que claro memostra a salvação,
A salvação pretendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.
Disponível em: <http://dilsoncatarino.blogspot.com. br/
2012/10/poemas-de-gregorio-de-matos-guerra-o.html>.
Os procedimentos da construção literária no período
barroco configuram influências do contexto histórico
conturbado do fim do século XVI e de quase todo o século
XVII.No poema de Gregório de Matos, percebese essas
influências
na religiosidade reta demonstrada pelo poeta, livre dea)
comportamentos que contrastem com sua fé e submissão a
Deus.
na opção do poeta pelo soneto e por rimas interpoladas nosb)
dois quartetos.
na sequenciação por retomada da palavra final de cadac)
verso no início do seguinte.
na oposição existente entre pecado e perdão, entre ofensa ed)
submissão.
no uso de grande número de particípios e na presença doe)
“eu” em quase todos os versos.
BARROCO CLASSICISMO
Quanto ao conteúdo
Conflito entre visão
antropocêntrica e teocêntrica
Antropocentrismo
Oposição entre omundo
material e o mundo espiritual;
visão trágica da vida
Equilíbrio
Conflito entre fé e razão Racionalismo
Cristianismo Paganismo
Morbidez
Influência da cultura
greco-latina
Idealização amorosa;
sensualismo e sentimento
de culpa cristão
Idealização amorosa;
neoplatonismo; sensualismo
Consciência da
efemeridade do tempo
Universalismo
Gosto por raciocínios complexos,
intricados, desenvolvidos em
parábolas e narrativas bíblicas
Busca de clareza
Carpe diem
Quanto à forma
Gosto pelo soneto Gosto pelo soneto
Emprego damedida nova
(poesia)
Emprego damedida nova
(poesia)
Gosto pelas inversões
e por construções complexas
e raras; emprego frequente de
figuras de linguagem como a
antítese, o paradoxo, a metáfora,
a metonímia etc.
Busca do equilíbrio formal
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Obse rvando o quadro compara t ivo e
relacionando informações sobre concepções
artísticas, pode-se inferir quehá, entreoBarroco
e o Classicismo,
antagonismo quanto à forma, pelo uso do soneto.a)
concordância quanto à questão religiosa eb)
espiritual.
divergência no que diz respeito ao emprego doc)
decassílabo e do alexandrino, chamados de
medida nova.
convergência em certos aspectos formais e nad)
temática amorosa.
antagonismo em todos os aspectos já que cadae)
escola nega sua antecessora.
Hípica
Saltos recordes
cavalos da Penha
correm jóqueis de Higionópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca chá
Na sala de cocktails
ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. In: Obras completas. Rio deJaneiro: Civilização
Brasileira, 1974. v. 7, p. 129. Disponível em: <http://tinyurl.com/ovcb5z5>.
A composição do poema tem influência do Cubismo
e, no contexto dessa vanguarda, a fragmentação do
todo é que permi t i a mos t rá - l o em suas
simultaneidades. Assim, para retratar em sua
completudeoambienteondeocorreumacorrida
de cavalos, Oswald de Andrade, no poema
“hípica”, promoveu
uma “sobreposição” de imagens que deslocam oa)
olhar do leitor da pista, onde estão cavalos e
jóqueis, para o público entretido pela orquestra, o
que resulta em uma imagem multifacetada,
composta de fragmentos de diferentes planos da
realidade.
a predominância de nomes sobre verbos, o queb)
confere velocidade às ações da cena e estabelece
ambiguidades quanto aos agentes das duas
formas verbais.
o uso do vocábulo “chá” em contexto em quec)
poderia ser substituído por seu homônimo
“xá”.
o uso de versos nominais, brancos e livres e ad)
descrição dinâmica da cena.
o sincretismo de termos de diferentes idiomas,e)
com o emprego de vocábulos vernáculos e de
estrangeirismos.
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão demeu viver,
Pois que tu és já toda aminha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo nomundo, meu Amor, a ler
Nomisterioso livro do teu ser
Amesma história tantas vezes lida!
“Tudo nomundo é frágil, tudo passa…”
Quandome dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala emmim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”
ESPANCA, Florbela. Livro de Soror Saudade. Disponível em:
<http://www.prahoje.com.br/florbela/?p=78>.
A partir da leitura do poema anterior, da poeta
portuguesa Florbela Espanca, nota-se uma expansão
do lirismo típico de seu estilo. Tamanho lirismo
demonstra também o uso de figuras de linguagem
como a hipérbole, que incide quando há demasia
propositada num conceito, expressa de modo a
definir de forma dramática aquilo que se ambiciona
vocabular, transmitindo uma ideia aumentada do
autêntico; o que se pode notar nos versos:
Passo no mundo, meu Amor, a ler No misteriosoa)
livro do teu ser
Quando me dizem isto, toda a graça Duma bocab)
divina fala emmim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastrosc)
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida Meusd)
olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver, Pois que tu ése)
já toda aminha vida!
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar,
Na verdade não há.
Legião Urbana
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/
legiao-urbana/pais-e-filhos.html>.
HABILIDADE17:
Reconhecer a presença de valores sociais
e humanos atualizáveis e permanentes
no patrimônio literário nacional.
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A literatura brasileira, em sua evolução, reincide na
abordagem de valores sociais e humanos, podendo-se
dizer, então, que eles são atualizáveis e permanentes no
patrimônio literário nacional. Muitos poetas brasileiros
estimulam a sensibilidade, como se vê nos versos do
Legião Urbana, em que se conclama o amor entre os
homens. Essa sensibilidade em relação ao outro e à sua
valorização também é perceptível na poesia de
Drummond quando afirma:
Não serei o poeta de um mundo caduco. Também nãoa)
cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estãob)
taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. Entre eles,
considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nosc)
afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, nãod)
direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da
janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de
suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por
serafins.
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, ose)
homens presentes, a vida presente.
Mulher da vida
Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.’
CORALINA, Cora. Poemas de Goiás e Estórias Mais, p. 201, 1996. Disponível em:
<http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm>. Acesso em: 4 set. 2013.
O poema de Cora Coralina apresenta uma voz lírica
feminina que revela
o quanto o machismo e o conservadorismo ainda estãoa)
presentes no discurso poético contemporâneo.
uma noção de mulher reificada, ou seja, marcada pelab)
autonomia e pela comiseração.
uma preocupação sobre a interferência dos papéisc)
sociais na segregação das pessoas.
uma visão poética, mas referencial, sobre o cotidianod)
das mulheres do baixo meretrício.
a luta pela igualdade entre os gêneros como algoe)
ultrapassado e antiquado.
O e-mail é um gênero textual de natureza digital e nasceu
na esteira da Revolução Tecnológica do final do século XX.
Trata-se de um tipo de texto estruturado e organizado
com elementos próprios, tais como:
linguagem sintética, abreviações vocabulares e marcasa)
de oralidade.
linguagem prolixa, marcas de hermetismo e erudiçãob)
vocabular.
l inguagem simples, erudição formal e marcas dec)
oralidade.
l inguagem espontânea , marcas de ora l idade ed)
preciosismo formal.
l inguagem informal , abreviações vocabulares ee)
vocabulário técnico.
COMPETÊNCIA DA ÁREA 6:
Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes
linguagens comomeios de organização cognitiva da realidade
pela constituição de significados, expressão, comunicação e
informação.
HABILIDADE18:
Identificar os elementos que concorrem para a
progressão temática e para a organização e
estruturaçãode textos dediferentes gêneros e tipos.
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Disponível em: <http://www.poderososemguerra.blogspot.com>.
Bula é o nome que se dá ao conjunto de informações
sobre um medicamento que, obrigatoriamente, os
laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à
embalagem de seus produtos vendidos no varejo. As
informações podem ser direcionadas aos usuários
dos medicamentos, aos profissionais de saúde ou a
ambos.
Ao analisar os aspectos do gênero, nota-se que
em sua parte conhecida como “posologia” há um
predominante caráter
missivo.a)
argumentativo.b)
narrativo.c)
injuntivo.d)
coercitivo.e)
Ovírusdaaids(HIV),decertaforma,ofuscouaexistência
de outras doenças. Entre as mais comuns está a HPV
(vírus doPapilomaHumano), que podeprovocar lesões
em praticamente todas as partes do corpo, podendo
evoluir para o câncer. Mais uma vez, a vida sexual
promíscua está na raiz do problema. Portanto, o uso de
preservativoéuma importantearmacontraoHPV.
Jornal Diário do Nordeste, 13 fev. 2000.
Concorre para a progressão temática, a
organização e a estruturação do parágrafo,
o pronome indefinido “outras”, cuja presençaa)
permite inferir que o HIV é uma doença.
o artigo definido “as” na expressão “Entre as maisb)
comuns”, que, por ser usado para contribuir na
referência a um elemento já apresentado ao leitor,
dispensa a existência de um novo substantivo
para recuperar esse elemento.
o pronome relativo “que”, o qual se refere aoc)
substantivo “doenças”.
gerúndio“podendo”,oqualpoderiasersubstituídod)
pela conjunção adversativa “mas”.
a conjunção “portanto”, a qual inicia umaconclusãoe)
que tem como premissas as três frases anteriores.
Relatóriodizquemudançadoclima
podeafetaralimentoeenergianopaís
Dados coletados por cientistas brasileiros serão
divulgados nesta 2ª (9). Agricultura nacional pode
sofrer prejuízo anual de R$ 7 bilhões, estimam.
Eduardo Carvalho do G1, em São Paulo
HABILIDADE19:
Anal isar a função da l inguagem
predominante nos textos em situações
específicas de interlocução.
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USO VETERINÁRIO
Vermífugo Polivalente à base
de Mebendazol para cães e gatos.
Frascos com 30 mL
AGITE ANTES DE USAR
Fórmula - Cada 5 mL contém:
Mebendazol ...............................
100mg
Veículo aromatizado edulcorado q.s.p.
..5mL
Mebencovet é um vermicida à base
de Mebendazol, especialmente de-
senvolvido para cães e gatos, é aro-
matizado e edulcorado para facilitar
sua aplicação em pequenos animais.
Apresenta, também, ação sobre os
ovos de alguns helmintos. O tratamen-
to de animais com Mebencovet não
requer nenhuma precaução especial
como, por exemplo, restrições à dieta
alimentar ou jejum. Utilização de pur-
gantes ou enemas de limpeza, antes,
durante ou imediatamente após o tra-
tamento, não são necessários.
Indicações:
Mebencovet es tá i nd icado nas
infestações,em cães e gatos, por ne-
matódeos dos gêneros Toxocara, To-
xascaris, Ancylostoma,Trichuris e
Uncinaria e por vermes cestódeos
dos gêneros Taenia, Echinococcus e
Dipylidium.
Modo de Usar:
Mebencovet deve ser administrado
por via oral, com auxílio de uma co-
lher, de acordo com a posologia indi-
cada, preferencialmente antes da
alimentação.
Precauções:
Mebencovet não deve ser administra-
do a animais prenhes ou que estejam
amamentando. Estudos clínicos de-
monstraram ser, o Mebendazol, em-
briotóxico e teratogênico.
Posologia:
Cães e Gatos com até 10 kg: 1 co-
lher das de chá (2,5 mL) da suspen-
são, diariamente, durante 5 dias con-
secutivos. Cães com mais de 10 kg: 1
colher das de sobremesa (5 mL) da
suspensão, diariamente, durante 5
dias consecutivos.
Venda sob prescrição do Médico
Veterinário.
Conservar em local seco e fresco,
ao abrigo da luz solar. Manter fora
do alcance de crianças e animais
domésticos.
Propr. e Fabr.: ECOVET
Indústria Veterinária Ltda.
Av. Cel. Sezefredo Fagundes,
16.430 A - Cep 02306-005
São Paulo - SP - CNPJ Nº
68.339.423/0001-74
INDÚSTRIA BRASILEIRA
Responsável Técnico:
Dra. Alessandra Silvério CRMV/SP -
Nº 15.442
Licenciado no Ministério da Agricultura
sob Nº 4.349 em 02/07/93.
A vazão de importantes rios do país e o abastecimento de
lençóis freáticos, responsáveis pelo fornecimento de água
potável para a população, poderão ser comprometidos se a
temperatura subir até 6 °C nas próximas décadas e o volume
de chuvas diminuir, conforme cenário do primeiro relatório
de avaliação elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças
Climáticas (PBMC) que considera que os níveis de emissões de
gases causadores de efeito estufa permaneçam altos.
Disponível em: <http://tinyurl.com/mfavcgx>. Acesso em 7 set. 2013.
Essa notícia, publicada emsite de grande circulação, apresenta
resultadosdeumrelatóriodeumapesquisacientífica realizada
peloPainelBrasileirodeMudançasClimáticas.Nessasituação
específica de comunicação, a função referencial da
linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza
as suas opiniões, baseadas em fatos.a)
os aspectos objetivos e precisos.b)
os elementos de persuasão do leitor.c)
os elementos estéticos na construção do texto.d)
os aspectos subjetivos damencionada pesquisa.e)
Viva Saúde, n° 59.
Em um texto instrucional , onde há a intenção
predominante de orientar ou dar conselhos sobre como
proceder em determinados contextos , vê-se a
proeminência da função da linguagem
conativa, com predomínio de formas nominais e frasesa)
exclamativas.
referencial, com intuito de valorizar o conteúdo técnico ab)
ser ensinado pelo receptor.
conativa, com presença de verbos no modo imperativo ec)
frases diretas.
apelativa, com elementos de natureza metafórica.d)
emotiva, com ênfase no emissor e na natureza poética dae)
mensagem.
Coesão interfrásica
Acoesão interfrásicadesignamecanismosdesequencialização
que marcam diversos tipos de interdependência entre as
frases que ocorrem num texto. Basicamente, a conexão
interfrásica é assegurada pelos conectores, que podem ser
conjunções ou advérbios conectivos.
Disponível em: <http://www.prof2000.pt/users/dani/coesao/coesaofrasicaexp.htm>.
A função da linguagem predominante no texto anterior é
a expressiva, visto que ele expressa o significado do termoa)
“coesão interfrásica”.
a estética, visto que ele orienta que tipo de coesão deveb)
predominar em textos literários.
a conativa, visto que ele se concentra no receptor,c)
orientando-o sobre qual tipo de coesão estabelecer em seus
textos.
a referencial, visto que ele trata de uma forma ded)
referenciação coesiva.
a metalinguística, visto que ele orienta sobre o significadoe)
de um termo, configurando-se, assim, a condição da língua
de se explicar.
Quando amanhãmadrugava
Calma, alta, clara
Clara morria de amor
Faca de ponta
Flor e flor
Disponível em: <www.vagalume.com.br/caetano-veloso/clara.html>.
A função da linguagem que predomina nos versos de Caetano
Veloso é a função estética ou poética.Aprincipal intenção do
poeta não é a narração do que ocorre a Clara, mas sim a
expressão poética, o que se percebe
no uso da terceira pessoa do discurso.a)
na inversão da ordem canônica das orações, visto que umab)
oração que expressa circunstância temporal antecede ao
fato principal.
na predominância do uso da vogal aberta a para ac)
expressividade fonológica em consonância com o nome
“Clara” e na exploração da palavra clara como substantivo
próprio e adjetivo.
na referência ao amor, tema exclusivo dos textos poéticos.d)
na atenção maior à mensagem, e não à forma como ée)
transmitida.
Viva Saúde,
HABILIDADE 20:
Reconhecer a importância do patrimônio
linguístico para a preservação da memória e da
identidade nacional.
C H
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15
Ah, moleque!
Pe lo Facebook ,
Hugo Périssé me
pergunta: “Gabriel,
gostaria de saber a
e t i m o l o g i a d a
palavra ‘moleque’.”
Meu caro Hugo, a
palavra vem do
quimbundo(línguafalada em Angola)
muleke, “garoto”, “filho”. Sobrepôs-se a “curumim”,
de origem indígena, com o mesmo sentido de
“menino”.
A palavra “moleque”, no Brasil, ficou inicialmente
associada ao filho do escravo, ao negrinho, e depois
ao menino solto, malcriado, travesso. O preconceito
promoveu a conotação pejorativa da palavra (com
especial força nas discussões entre políticos),
designando o adulto irresponsável, vagabundo,
ordinário, canalha etc.
Cu r i o samen te , “mo l eque ”, no por tuguês
moçambicano,nãosignifica“criança”nem“rapazote”,
mas “empregado doméstico” ou “lacaio”.
Disponível em: <http://palavraseorigens.blogspot.com.br/>.
Acesso em: 8 set. 2013.
Na leitura do fragmento do texto “Ah, moleque!”
constata-se uma discussão interessante sobre a
origem das palavras que compõem a língua
portuguesa do Brasil. De acordo com o autor, o
léxico da língua oficial do Brasil é resultado
das diversas misturas étnicas e sincretismosa)
culturais que aqui se operaram.
da implantação mimética da língua portuguesab)
de Portugal no Brasil.
do aspecto heterogêneo que circunda ac)
colonização portuguesa na Ásia.
da homogeneidade lexical trazida pelos africanosd)
para o Brasil.
de uma realidade linguística europeia invariável ee)
estável.
Emseu romance “Triste FimdePolicarpoQuaresma”,
Lima Barreto descreve o protagonista como um
idealista, que faz requerimento ao Congresso
Nacional pedindo que “decrete o tupi-guarani como
língua oficial e nacional do povo brasileiro”.
(BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo
Quaresma. São Paulo, Brasiliense, 1969, 6ª. edição,
pág. 78-94). O requerimento é recebido com chacota
pelos congressistas e pela imprensa, e a redação
inadvertida (ou melhor, movida por sua paixão) de
um ofício em tupi, provoca uma reação que acaba
levando Policarpo aomanicômio.
Disponível em: <http://www.labjor.unicamp.br/
patrimonio/materia.php?id=215>.
O excerto anterior permite inferir que o personagem
Quaresma sabia da importância de preservar o
patrimônio linguístico e, assim, preservar amemória
e a identidade nacional. Vê-se que o que desejou não
se realizou no país, mas também se vê que algumas
ações foram empreendidas para que, pelo menos, as
línguas indígenas não fossem subtraídas do
patrimônio histórico e cultural do país. O fato que
se configuramais forte para esse fim é o que está
descrito em:
É verdade que as línguas faladas pelos diferentesa)
grupos indígenas vêmrecebendoatençãoespecial
não apenas de linguístas, mas também de agentes
de políticas públicas.
Fatomarcante foi, apartirde1991,oenvolvimentob)
do Ministério da Educação na formação escolar
dos povos ind í genas , a t é en t ão sob a
responsabilidade da Funai.
Essa mudança teve como fundamento ac)
Constituição Federal de 1988, que reconhece, com
base nos artigos 215, parágrafo 2º, e 231, que os
indígenas terão direito a uma educação
diferenciada.
A formação de educadores aptos a ministrar umad)
educação básica bilíngue tem sido um dos eixos
centrais dessa política, ação que certamente
contribuirá para a sobrevivência das cerca de
duzentas línguas indígenas ainda faladas hoje no
Brasil.
Outro fato marcante nesse sentido foi ae)
promulgação, no município de São Gabriel da
Cachoeira (AM), onde cerca de 90% da população
é de indígenas e descendentes, da lei 145/2002,
que cooficializa as línguas nheengatu, tukano e
baniwa.
1. D 2. B 3. B 4. C
5. D 6. D 7. A 8. E
9. C 10. C 11. A 12. D
13. B 14. B 15. C 16. E
17. C 18. A 19. D
GABARITO
18
19
Resoluções
01 D
Casimiro de Abreu é um legítimo representante da estética
romântica brasileira. Trata-se de umpoeta da 2a fase, chamada
de ultrarromântica pela exacerbação sentimental e pelo
saudosismo em relação ao passado histórico e à infância. Já
Oswald de Andrade representa o primeiro momento do
modernismo, caracterizado pela ruptura com o passado
conservador do país, por meio do uso de formas livres e
temáticas associadas ao cotidiano.
02 B
Jorge de Lima remete às condições dos trabalhadores da
indústria no Brasil do início do século XX. As opções A e B
são as únicas que podem ser relacionadas ao processo
industrial, visto que há um robô na opção A e um carro na
opção B. Elas diferem, porém, pois A mostra apenas um
produto do processo fabril, enquanto B mostra um produto e
o processo de sua fabricação. Como o enunciado do item se
refere a um fato que pode ser representado como prática,
deve-se assinalar a opção B.
03 B
Ao definir o Cultismo e o Conceptismo e ao contextualizá-los
no Barroco, o item entra em consonância com a habilidade 16
da competência de área 5, que trata da relação entre as
concepções artísticas e os procedimentos de construção do
texto literário.
04 C
Amemória, que recria experiências no âmbito significativo da
poesia, foi alcançada no poema pela experiência do resgate
das lembranças de sua infância.
05 D
O poeta assume que delinquiu e pede perdão por isso. Assume
que ofendeu a Deus e se diz submisso. Deve-se assinalar a
opção D. Quanto à opção A, invalida-a o fato de a religiosidade
do eu poético não ser reta, pois ele não é livre do pecado. A
opçãoB, por sua vez, é falsa porque a opção pelo soneto e pelas
rimas interpoladas antecedeu ao Barroco e não registra a
existência de conflitos. Do mesmo modo,não configuram
influências do conflito existencial barroco, as características
das opções C e E.
06 D
O quadro comparativo revela pontos de convergência ou
semelhança, entre o Barroco e o Classicismo, quanto à forma,
pois ambos cultuavam o gosto pelo soneto. Nota-se ainda uma
consonância à temática amorosa, associada ao sensualismo.
Nos demais casos, notam-se claras distinções, umas mais
acentuadas, comoaoposiçãodocristianismocomopaganismo
ou da complexidade com a clareza, outras menos, como o
contraste do conflito fé e razão com o racionalismo.
07 A
O poema retrata dois ambientes de um todo: a pista de um
espaço de corrida de cavalos e uma sala em que há magnatas,
meninas e uma orquestra. A multiplicidade de planos é um
traço cubista. Quanto à opção B, há nela um erro: os agentes
das duas ações verbais são os “jóqueis” e a “orquestra”. Não há
ambiguidade em relação aos agentes das duas ações, e, caso
houvesse, não seria isso que configuraria um traço cubista. As
opções C, D e E, embora façam afirmações coerentes, não
apresentam traços que caracterizem especificamente o
Cubismo.
08 E
(F) Ocorre apenas umametáfora.a)
(F) Caso de personificação.b)
(F) Assíndeto.c)
(F) Pleonasmo e gradação.d)
(V) O uso do exagero configura nitidamente a presença dae)
figura de linguagem conhecida como hipérbole.
09 C
Oeu poético diz em todas as opções que se prende à realidade
do presente, mas só se refere à necessidade da união que
deve se estabelecer entre os homens na opção C (“Não nos
afastemos muito, vamos de mãos dadas”). É nesse momento
que se pode inferir sua sensibilidade em relação ao outro,
estabelecendo-se uma semelhança entre seu verso e os do
Legião Urbana (“É preciso amar as pessoas/Como se não
houvesse amanhã”).
10 C
Por meio da observação do cotidiano das mulheres da vida, o
eu lírico expressa a sua preocupação sobre a segregação
imposta a muitas pessoas por conta das escolhas destas a
respeito dos papéis sociais que pretendem interpretar.
11 A
O e-mail é um gênero textual de natureza digital que pertence
ao universo tecnológico chamado de ciberespaço. Nele, os
textos digitais circulampor amplos espaços em curtos espaços
de tempo. Por uma questão de economia, a linguagem deve
ser sintética com abreviações de palavras, expressões e até
frases inteiras, contando inclusive com ícones chamados de
emoticonsqueauxiliamnaproduçãodediferentesmensagens.
Além disso, faz-se também o uso de coloquialismos, gírias e
marcas de oralidade.
12 D
Texto injuntivo é o tipo de texto que leva o leitor a
mais que uma simples informação, que instrui o
leitor. Não é o texto que argumenta, que narra, que
debate, mas que leva o leitor à determinada
orientação transformadora. O texto injuntivo-
instrucional pode ter o poder de transformar o
comportamento do leitor.
13 B
O artigo definido“as” contribui para a recuperação
do substantivo “doenças” por elipse. A opção A é
falsa porque o “outras” como pronome adjetivo da
palavra “doenças” permite inferir que a aids, e não o
HIV, é uma doença. A opção C é falsa porque o
pronome relativo “que” se refere ao “HPV”, e não ao
substantivo “doenças”. A opção D é falsa porque o
gerúndio “podendo” poderia ser substituído por “e”,
com supressão da vírgula que antecede a ele, e não
por “mas”. A opção E é falsa porque a conjunção
“portanto” inicia uma conclusão que tem como base
apenas a última das frases anteriores.
14 B
A função referencial existe na generalidade das
mensagens e é determinada pelo contexto: o emissor
tem a intenção de informar, de referir, de descrever
uma s i t ua ção , um es t ado de co i s a s , um
acontecimento.
15 C
A função conativa ou apelativa da linguagem está
voltada ao convencimento e/ou persuasão ao
receptor da mensagem. Ela predomina em textos
cujo propósito é aconselhar ou orientar acerca de
procedimentos específicos como se vê, por exemplo,
no texto-base, que faz uso do verbo no imperativo
como em “mantenha”, “mexa-se”, “concentre-se” etc.
e períodos simples separados por pontos que
revelam o teor imperativo e a objetividade do texto.
16 E
A função da linguagem que tem como foco o código
linguístico é ametalinguística. A função expressiva ou
emotiva (opção A) se concentra na expressão do “eu”,
ou seja, do emissor, e não no significado de palavras. A
estética ou poética (opção B), na maneira artística de
transmitir amensagem.A conativa ou apelativa (opção
C), no receptor. A referencial ou informativa (opção D),
na informação sobre elemento que não seja o emissor,
nemo receptor, nemo código linguístico.
17 C
A fonoestilística faz referência à tentativa de
poetas de registrar impressões sonoras que
remetam ao contexto de seus poemas. Isso foi
feito por Caetano Veloso nos versos da questão,
bem como foram exploradas duas cargas de
significação para o vocábulo clara. Quanto aos
procedimentos citados nas opções A e B, não são
exclusivos da linguagem poética. A opção D, por
sua vez , contém um erro . O amor é tema
recorrente também na prosa, e não só na poesia,
especialmente na prosa romântica. A opção E
expõe o oposto do que se pode dizer sobre a
função poética: é o modo como se transmite a
mensagem e não a mensagem em si que configura
essa função.
18 A
Reconhecera importânciadopatrimônio linguístico
para a preservação da memória e da identidade
nacional é o principal objetivo da questão. No caso,
o aluno deve reconhecer que as diversas misturas
étnicas e sincretismos culturais que aqui se
operaram foram responsáveis pelo léxico variado e
heterogêneo que forma o idioma oficial da nação
brasileira.
19 D
As opções D e E são as que fazem referência à
preservação de línguas indígenas, mas é a D que
se configura mais forte para esse fim, pois alude a
uma ação “que certamente contribuirá para a
sobrevivência das cerca de duzentas línguas
indígenas ainda faladas, hoje, no Brasil”. Na opção
E, há menção à preservação de apenas três
línguas.
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